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RESUMO:

O cobre é um micromineral essencial para todos os organismos vivos. A sua importância


biológica, funcional e estrutural está relacionada com as funções metabólicas de enzimas
cupro-dependentes como a, citocromo-C-oxidase, lisil oxidase, superóxido dismutase, entre
outras, as quais catalisam reações fisiológicas importantes relacionadas com a respiração,
biosíntese de melanina, metabolismo da dopamina, homeostase do ferro e defesa
antioxidante.

Por estar envolvida no mecanismo de oxidação, a deficiência do cobre causa transtornos no


metabolismo oxidativo, causando anemia, queda da resistência a infecções, distúrbios
reprodutivos e transtornos nervosos. Por outro lado, o excesso de cobre pode causar necrose
hepática e crise hemolítica.

Por tais motivos, devem-se considerar as exigências deste mineral para cada animal,
dependendo da etapa fisiológica e nível produtivo, uma vez que a carência ou excesso deste
mineral pode gerar doenças, que representam perdas na produção e redução no bem-estar
animal.

O escopo desta revisão foi abordar os aspetos mais importantes do metabolismo do cobre,
assim como as principais doenças associadas ao excesso ou carência deste mineral na dieta
dos animais de produção.

Introdução
O cobre é um oligoelemento essencial em pequenas quantidades, presente em todos os
animais e plantas. A presença deste microelemento no organismo animal cumpre uma
grande variedade de funções, por estar envolvido na transferência de elétrons nas
atividades enzimáticas de oxidação-redução, fisiologicamente importantes, assim como na
catalisação de várias reações bioquímicas.

O principal papel desempenhado pelo cobre é como co-fator em enzimas envolvidas na


produção de energia celular (citocromo-C-oxidase), na desintoxicação de radicais livres
280 PubVet Maringá, v. 9, n. 5, p. 279-286, Jun., 2015 (cobre-zinco superóxido dismutase ou
SOD), na produção do tecido conjuntivo (lisil oxidase), na mobilização de ferro
(ceruloplasmina) e na neurotransmissão (dopamina β-hidroxilase) (Suttle, 2010).

A essencialidade deste mineral foi observada em 1928 por Hart e Elvehjem, quando
verificaram em alguns estudos com ratos, que o cobre, é essencial para crescimento, formação
de hemoglobina, assim como, para a prevenção de uma ampla gama de distúrbios clínicos
e patológicos associadas à sua deficiência como a anemia (McDonald, 2006).

A fonte principal deste mineral é a dietética. As exigências de cobre para bovinos e ovinos
são aproximadamente as mesmas, variando entre 4 a 8 mg/Kg de matéria seca (MS).

A grande diferença entre as duas espécies reside nos níveis de tolerância, que são
aproximadamente 700 mg/Kg para bovinos e 20 mg/kg para ovinos.

No caso dos frangos, o NRC (1994) recomenda a suplementação de 8 ppm para todas as
fases, enquanto que Rostagno et al. (2000) recomendam suplementar 8,5 ppm. Já para
suínos, o NRC (1998), recomenda a suplementação de 4 a 6 ppm de cobre para todas as
fases e Rostagno et al. (2000) recomendam suplementar 10 ppm.
A nutrição balanceada é fundamental para garantir níveis adequados deste mineral no
organismo. Nos casos em que a suplementação dietética é menor ou excede a quantidade
exigida pelos animais de acordo com a categoria animal e o nível de produção, pode ocorrer
o desenvolvimento de doenças, causando redução na produtividade e, a capacidade
reprodutiva, podendo levar os animais à morte.

Desta forma, objetivou-se com esta revisão abordar os aspetos mais importantes do
metabolismo do cobre, assim como as doenças associadas ao excesso ou carência deste
mineral na dieta dos animais de produção.

Revisão O cobre é um micronutriente encontrado em quantidades variáveis na maioria dos


alimentos e, é considerado um contaminante natural da água. Desta forma, a incorporação
corpórea de cobre advém, principalmente, por via oral através da alimentação.

O conteúdo de cobre na forragem varia muito dependendo da espécie da planta e a


disponibilidade no solo. Por exemplo, as leguminosas, geralmente apresentam maiores
concentrações de cobre do que as gramíneas (7,8 Cu mg/kg MS e 4,7 Cu mg/kg MS,
respectivamente). Os grãos de cereais apresentam de 4 - 8 mg Cu/kg de MS, as sementes
de leguminosas, assim como os farelos de oleaginosas contém em torno de 15 - 30 mg/kg
de MS(NRC, 2001; Pedreira, 2011).

As principais fontes inorgânicas de cobre utilizadas pela indústria são variadas. Entre as
principais fontes, tem se o óxido de cobre (CuO), o carbonato de cobre (CuCO3Cu(OH)2),
sulfato de cobre (CuSO4H2O) e o sulfato de cobre pentahidratado (CuSO45H2O), sendo
este último o mais utilizado no Brasil, por estar 100% disponível em relação às demais
fontes deste importante mineral (Gattás & Barbosa, 2004).

Nas duas últimas décadas, tem sido sugerida a utilização de fontes mais solúveis de cobre.
A associação de minerais com compostos orgânicos, presentes nos alimentos, aumenta a
disponibilidade destes minerais para o organismo animal.

Desta forma, a disponibilidade dos minerais quelatados é superior a 90%, sendo


demonstrado em alguns estudos, que a utilização de minerais quelatados, pode melhorar o
crescimento, reprodução e sanidade de animais. No caso do cobre, são conhecidos o Cu-lisina,
histidina (Zhou et al., 1994), ou citrato cúprico, os quais permitem melhoraro desempenho
dos animais e, ao mesmo tempo, reduzir a deposição de cobre no meio ambiente.

Distribuição do cobre nos órgãos e tecidos O cobre é um constituinte normal do organismo


animal. As concentrações do Cobre variam entre as espécies e com a idade do animal. Nos
bovinos, a concentração de cobre é de 13 -14 mg de cobre e em suínos é aproximadamente de
3,5 a 4 mg de cobre.

Já as aves, apresentam uma menor concentração de Cobre, sendo esta de 60-80 µg de cobre
(Georgievskii et al., 1980). Ainda de acordo com o mesmo autor, nos órgãos e tecidos de
ovinos adultos, o Cobre esta em maior concentração no fígado (72-79%), músculos (8-12%),
pelo (9%) e ossos 2%. Nas aves, a maior concentração de Cobre está nos músculos (30-
32%), ossos (25-28%), fígado (18-20%), pele e penas (9%) e, sangue (5-6%). Funções biológicas
do cobre O papel do cobre nas atividades enzimáticas de oxidação/redução é consequência
da sua

281 PubVet Maringá, v. 9, n. 5, p. 279-286, Jun., 2015 capacidade para atuar como
intermediário da transferência de elétrons. Deste modo, o cobre está presente nas
enzimas envolvidas na respiração celular, na defesa contra radicais livres, na função de
neurotransmissão, na síntese de tecido conjuntivo e no metabolismo celular do ferro (Fe).
Em algumas delas, o cobre é necessário como cofator, como no caso da superóxido
dismutase1 (SOD1), da citocromo-C oxidase, da ceruloplasmina e da tirosinase. Além disso, a
atividade oxidase da ceruloplasmina e da SOD1 requer especificamente a presença de cobre
(Rosa & Mattioli, 2002). A enzima citocromo-C oxidase,é conhecida como o complexo IV,
sendo este o último complexo proteico da cadeia de transporte de elétrons.

Esta proteína da membrana mitocondrial interna é a última da cadeia transportadora de


elétrons, que catalisa a redução do oxigênio molecular (O2) em água (H2O) com formação
de ATP, passo essencial da respiração celular. A deficiência de cobre resulta na redução
da atividade da citocromo-C oxidase e na capacidade respiratória das mitocôndrias,
particularmente no fígado, coração e cérebro (Carrolet al., 2004).

A ceruloplasmina (CP) é uma oxidase, produzida exclusivamente no fígado. Contém mais


de 90% do cobre sérico total encontrado nos vertebrados. Estruturalmente é caracterizada
pela presença de seis íons de cobre fortemente ligados, três dos quais formam o centro I,
que participa no processo de transferência de elétrons.

Além disso, esta enzima está envolvida nas reações de fase aguda da inflamação e na
remoção de radicais livres (RL), protegendo as células contra o dano celular oxidativo
(Lönnerdal, 2008,Kim, 2008).

O metabolismo do ferro e do cobre está interligado pela atividade ferroxidase da


ceruloplasmina. Deste modo, a ceruloplasmina oxida o Fe+2 (íon ferroso) em Fe3+ (íon
férrico), processo necessário para que o ferro possa se ligar à transferrina sérica, uma
glicoproteína que transporta o ferro a nível plasmático apenas quando este se encontra
em seu estado férrico (Fe3+). Assim, a deficiência de ceruloplasmina é acompanhada pela
acumulação de ferro no fígado (Suttle, 2010).

A superóxido dismutase (SOD1) é uma enzima abundante no fígado, rim e eritrócitos,


capaz de catalisar a dismutação do ânion superóxido (O2-) no citoplasma, o qual é um
subproduto da respiração celular.

Durante a dismutação, o cobre do centro ativo da SOD1 é reduzido pelo substrato O2- dando
origem a dois metabolitos: o oxigênio molecular (O2) e o peróxido de hidrogénio (H2O2),
defendendo o organismo dos radicais livres do oxigênio.

As mutações genéticas que modifiquem a SOD1 estão relacionadas a um aumento da


apoptose das células neurais e peroxidação de lipídios (Carroll et al., 2004). A tirosinase é a
enzima responsável pela síntese de melanina, a qual confere proteção contra a exposição
a raios ultravioleta e, é responsável pela coloração do cabelo, lã, pele e olhos.

Já a dopamina-β-monooxigenase ou hidroxilase é a enzima principal da produção de


catecolaminas (adrenalina, noradrenalina, tiramina, triptamina e serotonina), envolvidas na
transmissão neuronal no sistema nervoso central. E a lisil oxidase, é necessária para uma
correta integração do colágeno e a elastina nos tecidos permitindo estabilidade das
estruturas de tecido conetivo (Lönnerdal, 2008, Kim, 2008).

Metabolismo do cobre Vários aspectos do metabolismo do cobre, em animais e seres


humanos, têm sido estudados permitindo estabelecer os mecanismos fisiológicos
atualmente descritos. A manutenção da homeostase do cobre exige mecanismos bastante
complexos de absorção, transporte, captação, distribuição e desintoxicação celular e a
excreção de cobre, alguns deles dependentes de nutrientes.

A absorção de cobre é realizada em vários locais no trato, partindo do estômago e, até


o intestino grosso do trato digestivo das diferentes espécies. Nos ruminantes, o duodeno e
jejuno são os principais locais de absorção. No íleo a absorção ocorre em menor
intensidade. Particularmente nos ovinos, ocorre absorção significativa no intestino grosso.
Nas aves, a absorção do cobre pode ocorrer no proventrículo e/ou no duodeno.

A absorção intestinal do cobre pode ser por transporte ativo, nos casos em que o cobre
está presente em baixas concentrações, ou por difusão simples quando a concentração deste
mineral é alta. De forma geral, nos animais jovens a absorção é entre 15 – 30% do Cobre e
de 10 a 15% em animais adultos (Olivares, 1996). O cobre é transportado para dentro das
células ligado a uma ou mais proteínas, como o

282 PubVet Maringá, v. 9, n. 5, p. 279-286, Jun., 2015 transportador de cobre (CTR1, do inglês
Cooper transporter1). Este possui dois centros de atração para o metal, um domínio rico
em metionina (Terminal N extracelular) e outro rico em histidina (Terminal C
intracelular).

O CTR1 transporta especificamente o cobre na sua forma de íon cuproso (Cu+) e não na
forma de íon cuprico (Cu2+), presente em maior proporção nos organismos, causando a
redução prévia deste íon ao nível de membrana (Nederbragtet al., 1984).

Esta redução é realizada pela presença da enzima metaloredutase, a qual reduz os íons
cúpricos (Cu2+) a íons cuprosos (Cu+), permitindo a absorção do cobre pelo CTR1
(Arredondo & Nunes, 2005, Kim, 2008).

O cobre também pode ser absorvido pela proteína transportadora de metal divalente
(DMT-1), no entanto, a afinidade do cobre a esta proteína é baixa, sendo que sua função
mais importante é na absorção de ferro (Kim, 2008). Uma vez o cobre ingressa no citoplasma,
este elemento representa um risco para a célula, podendo causar dano oxidativo.

Existem dois sistemas protetores que podem participar na desintoxicação celular, as


metalotioneínas (MT) e as metalochaperonas. O primeiro destes sistemas parece basear-se
em uma via de sequestro não específico do Cobre, na qual a glutationarapidamente se
liga ao Cu+para posteriormente entrega-lo às metalotioneínas.

As MT são polipeptídios que funcionam como um local de armazenamento transitório de


cobre (Arredondo & Nunes, 2005). O cobre intracelular também pode ligar as proteínas
especializadas conhecidas como as metalochaperonas, as quais atuam levando o cobre
para enzimas e organelas específicas.

Estas proteínas citoplasmáticas (metalochaperonas) se ligam ao cobre e evitam a presença


de íons de cobre livres, ligando e liberando-os quando se conjugam com uma proteína
alvo. Apenas um pequeno número de metalochaperonas de cobre foi identificado até o
momento.

Os dados disponíveis sugerem que cada uma das proteínas dependentes de cobre na célula
é servida por uma metalochaperona de cobre específico. Desta forma, as
metalochaperonas de cobre não podem ser substituídas por outra proteína
transportadora, pelo que as metalochaperonas de cobre entregam o cobre à mesma proteína,
em diferentes tipos de células. As metalochaperonas mais importantes são (Kim, 2008):

A citocromooxidade 17 (COX17) que é responsável pela entrega de cobre às


mitocôndrias para incorporação do metal na citocromo-c oxidase, A citocromooxidade 11
(COX11) é uma proteína da membrana mitocondrial interna, necessária para a formação dos
centros de cobre e magnésio da citicromo-c oxidase,

A superóxido dismutase (SDO1) que catalisa a dismutação do superóxido em oxigênio e


peróxido de hidrogênio, sendo uma importante defesa antioxidante na maioria das células
expostas ao oxigênio, A metalochaperona de cobre para a SDO1, conhecida como aCCS,
tem a função de disponibilizar cobre no citoplasma para ser incorporado na SDO1,

A antioxidante 1 (Atox1) é a proteína que permite a ligação do cobre com a ATPase, para o
transporte de cobre à rede trans-Golgie posteriormente para a incorporação à
ceruloplasmina. Esta proteína funciona também como um antioxidante contra o superóxido
e de peróxido de hidrogênio, e, portanto, podem desempenhar um papel importante na
carcinogénese (Rosa & Mattioli, 2002; Lönnerdal, 2008, Kim, 2008

(Figura 1). O cobre é liberado das células intestinais à corrente sanguínea (circulação portal)
através de um transporte ativo estabelecido por ATPases ou pela presença de um
transportador CTR1 na membrana basolateral.

Na circulação portal o cobre é ligado principalmente à albumina ou à transcuprina. Uma


pequena quantidade do metal pode ligar-se a peptídeos e a aminoácidos, especialmente à
histidina. A maior parte do cobre chega ao fígado, órgão central do metabolismo do Cu
(Nederbragt et al., 1984). No hepatócito, o cobre é transportado para o aparelho de Golgi
pela ATPase para ser incorporado na ceruloplasmina (Rosa & Mattioli,2002).

A ceruloplasmina é sintetizada no fígado e secretada na corrente sanguínea. Cada molécula


de ceruloplasmina retém seis átomos de cobre. Cerca de 90 – 93% do cobre total do soro estão
ligados a esta globulina, sendo considerada a principal proteína carreadora de cobre no soro,
exercendo papel fundamental no metabolismo do cobre (Figura 2).

283 PubVet Maringá, v. 9, n. 5, p. 279-286, Jun., 2015 Figura 1. Absorção e transporte do


cobre nos enterócitos. Adaptado de Speet al.,2005.

A albumina, também cumpre uma função de transporte do cobre, sendo responsável pelo
transporte dos 7-10% restantes de cobre no soro (Arredondo & Nunes, 2005). Parte desse
cobre é distribuído nos tecidos (2,9 %), no leite (3,5 %) e urina (1,5 %).

Entre as funções atribuídas a ceruloplasmina são o transporte do cobre até órgãos como
coração, cérebro e ossos para ser incorporada nas enzimas destes órgãos, mobilização de
ferro armazenado no fígado e, eliminação de radicais livres. Quando ocorre grave deficiência
de cobre a ceruloplasmina é reduzida a concentrações muito baixas, desenvolvendo-se
anemia devido à falta de mobilização de Ferro (Rosa & Mattioli, 2002).

Figura 2. Modelo do metabolismo do cobre na célula hepática. Proteínas transportadoras de


cobre CTR1 ou DMT1, rede trans-Golgi (TGN), metalochaperonas (Hah1, Atox1, CCs, Cox17),
superóxido-dismutase (SOD), glutationa (GSH), metalotioneína (MT), ceruloplasmina (CP).
Adaptado de Carroll et al., 2004; Arredondo; Nunes, 2005.

A principal rota de excreção do cobre é via sistema biliar, permitindo a reciclagem enterro
hepática de cobre e a excreção de excessos nas fezes. Nas aves o cobre biliar se torna
indisponível para reabsorção. O excesso de cobre no fígado pode ser incorporado na
mitocôndria, nos lisossomos, sendo armazenada e posteriormente degradada, protegendo
as células hepáticas do efeito tóxico do cobre.

Apenas uma pequena quantidade pode ser excretada na urina (Lönnerdal, 2008). As células
epiteliais descamativas não parecem contribuir de forma significativa para a excreção de
cobre. Apesar da elevada concentração deste elemento no cabelo e unhas, as perdas diárias
associadas não são importantes. Interações do cobre com outros nutrientes Muitos fatores
são capazes de interferir com a absorção de cobre.

No rúmen, existem inter-relações entre sulfato (S), molibdênio (Mo) e cobre (Cu),
formando complexos insolúveis, os chamados tiomolibdatos (Tm). Esta interação pode ser
devida à redução de sulfato para sulfeto no rúmen. O sulfeto reage com Mo para formar
tiomolibdatos (MoS4) e, posteriormente a formação de cupro-tiomolibdatos (CuMoS4), os
quais são altamente insolúveis.

No caso de excesso de enxofre ou carência de molibdênio, o enxofre reduzido reage com o


cobre tornando-o insolúvel, sendo excretado pela urina (Nederbragtet al., 1984; Suttle,
2010). As porcentagens com que participam os Tm são, 41% como tetratiomolibdato (Tm4
ou MoS42), 34% como tritiomolibdato (Tm3 ou MoOS32), e monotiomolibdato (Tm1 ou
MoO3S2-) e ditiomolibdato (Tm2 ou MoO2s22-) em menores quantidades.

Os tiomolibdatos em excesso, quando absorvidos passam para a corrente sanguínea,


desenvolvendo distúrbios no metabolismo do cobre. Estes distúrbios fazem com que os
níveis de cobre se elevem no sangue e diminuam nos tecidos, surgindo os sintomas de
deficiência de cobre.
A proporção ideal de cobre:molibdênio na dieta para bovinos segundo o NRC (2000) é de 6:1
ou 10:1.O alto conteúdo de carboidratos fermentáveis nos alimentos digeríveis pode
diminuir o pH e aumentar a disponibilidade do cobre por incremento da absorção do
enxofre e decomposição química dos Tm. Alguns agentes que competem como o
molibdênio pelo sulfato no rúmen influencia, provavelmente, a interação Cu-Mo-S.

O ferro é potencialmente o exemplo mais importante para animais em pastagem, porque


grandes quantidades de ferro são ingeridas através dos solos e provavelmente uma
fração se ligue ao sulfato.

A inibição do metabolismo do Cu por suplementos de ferro em ovelhas tem sido


atribuída particularmente à captura do sulfato como FeS no rúmen, seguida pela liberação
do sulfato no meio ácido do abomaso para formar CuS (Suttle, 2010).

Ainda de acordo com o mesmo autor, a absorção também é influenciada pela competição
de vários íons, incluindo o zinco, o ferro, o chumbo e o cádmio, inibidores mais potentes
da absorção, possivelmente pela competição com o cobre para o transporte e/ou pelo
aumento das concentrações intestinais de metalotioneínas.

O ácido ascórbico é conhecido como antagonista de cobre na maioria dos animais,


provavelmente devido à sua capacidade para reduzir o cobre da forma monovalente à
bivalente.

Ocorre diminuição na ligação de metalotioneína de cobre no intestino e no fígado após a


adição de ácido ascórbico, o que sugere que danifica o estado do cobre por meio da
redução da absorção ou aumento da mobilização. Doenças associadas ao cobre Tanto a
deficiência como a toxicidade do Cobre, pode ocorrer em condições naturais.

Os sintomas são de importância produtiva, incluindo perda de peso, transtornos


reprodutivos, assim como o desenvolvimento de lesões patológicas e, até a morte do animal.
Deficiência do cobre A deficiência de cobre conhecida como hipocrupose, pode ser
causada por fonte inadequada de cobre na dieta, ou por menor disponibilidade deste
elemento nos alimentos ingeridos.

Esta é a segunda deficiência mineral mais comum na criação de gado no mundo. Os


sintomas de deficiência (hipocrupose), geralmente estão relacionados com a redução da
atividade das cuproenzimas.

As manifestações mais comuns são a anemia microcítica e hipocrômica, diarréia, desordens


ósseas, pigmentação da pele, falha na queratinização e, redução do volume corpuscular e
concentração de hemoglobina, pela participação do cobre no metabolismo do ferro (Rosa
& Mattioli, 2002).

As formas nervosas da deficiência de cobre podem se manifestar de duas maneiras em


caprinos e ovinos, principalmente. Uma congênita denominada swayback (sway=atáxico,
back=dorso) e, como ataxia enzoótica, doença desenvolvida depois do nascimento. As duas
são causadas pela deficiência nutricional de cobre na dieta da fêmea na segunda metade da
gestação, levando a maturação anormal e degeneração dos

285 PubVet Maringá, v. 9, n. 5, p. 279-286, Jun., 2015 neurônios e da mielina, apresentando a


doença no feto e no animal neonato (Smith & Sherman, 1994). A deficiência de cobre
também é resultado de altos níveis de antagonistas desse elemento na dieta, como
molibdênio e enxofre (Nederbragt et al, 1984).

Em aves, a deficiência de Cobre pode levar a desmielinização e ruptura da aorta como


consequência da redução da atividade lisil oxidase e subsequente falha da síntese de
colágeno. Toxicidade do cobre A toxicidade do cobre é causada por um desequilíbrio entre
o fluxo de cobre no corpo e sua excreção, levando ao acúmulo de cobre no fígado com
consequente dano celular.

A toxicidade pode ser devida ao aumento da oferta dietética de cobre, aumento da


disponibilidade de cobre ingerido, ou pela diminuição da excreção biliar de cobre (Rosa &
Mattioli, 2002).

Os ruminantes em geral e, os ovinos em particular são bastante sensíveis à intoxicação por


cobre, devido à incapacidade de eliminação biliar do cobre, permanecendo armazenado no
fígado após da absorção. O fígado é o órgão de armazenamento principal para o cobre, e
uma vez armazenado o cobre é em grande parte ligado a metalotioneína na maioria das
espécies.

Quando o cobre na dieta encontra-se exacerbado, a ligação àmetalotioneína parece ser um


importante mecanismo de desintoxicação em algumas espécies animais. Em ovinos, uma
proporção muito menor do cobre no fígado liga-se a metalotioneína, e estes têm uma
capacidade limitada de aumentar a síntese de metalotioneína em resposta ao aumento de
cobre no fígado, causando acumulação e toxidez.

A intoxicação aguda é caracteriza-se por uma liberação excessiva de cobre na corrente


sanguínea, devido à incapacidade do fígado em armazenar o cobre, apresentando uma
gastrenterite severa e crise hemolítica.

Nesta fase, a morte pode ocorrer em período de poucas horas até dois a quatro dias. A
toxicose aguda por cobreo corre após a ingestão de quantidades exageradas de cobre
(25 – 50 mg/kg). O diagnóstico é baseado na historia clinica, nos sinais clínicos (náuseas,
apatia, vômito, diarréia hemorrágica, choque e morte), nas lesões histopatológicas
(gastroenterite grave, congestão e necrose hepática, renal e esplênica).

O tratamento é inespecífico e orientado para controlar a desidratação, choque e lesões


gastrointestinais (Nederbragtet al, 1984). A intoxicação crônica é mais frequente. Nesta
intoxicação é observa-se um período passivo de acúmulo de cobre nos tecidos, que pode
variar de algumas semanas a mais de um ano, durante o qual o animal não exibe sintomas
de intoxicação.

As lesões mais comuns são a necrose hepática e crise hemolítica, resultando em icterícia e
hemoglobinúria, seguida de bloqueio dos túbulos renais, aumentando o tamanho dos rins e
morte súbita (Suttle, 2010). Em ovinos, para evitar quadros como este é feita a
suplementação com cobre, usando a inter-relação entre cobre e o molibdênio, já que o
molibdênio indisponibiliza o cobre para absorção enas formulações de mineral para ovinos,
normalmente o molibdênio está presente.

O tratamento dos casos de intoxicação pode ser realizado através da administração de 100
mg de molibdato de amônio e 1 g de sulfato de sódio anidro/animal/dia durante 10 dias, para
ajudar na mobilização do cobre estocado no fígado, aumentando com isso, a excreção fecal
de cobre, prevenindo a morte de um número adicional de animais após a instalação dos
surtos de intoxicação.

A administração de tetratiomolibdato via endovenosa para que haja a complexação dos


tetratiomolibdatos com o cobre mobilizado, na corrente sanguínea (Suttke, 2010). Conclusões
O cobre cumpre um papel relevante dentro de diversas funções biológicas essenciais para o
funcionamento do organismo vivo, atuando principalmente como cofator em processos
para produção de energia celular, liberação de radicais livres, formação de hemoglobina,
entre outros. Desta forma, a inclusão de fontes de minerais que contem cobre nas raciones
dos animais de produção, indiretamente permite uma melhoria dos índices zootécnicos.

Devem-se considerar as exigências deste mineral para cada animal, dependendo da etapa
fisiológica e nível produtivo, assim como a biodisponibilidade da fonte utilizada, uma vez
que a carência ou excesso deste mineral pode gerar doenças, que representam perdas
na produção e redução no bem-estar animal

Tudo o que você precisa saber sobre a


Cúrcuma.
A cúrcuma é absolutamente uma das minhas especiarias favoritas que uso para cozinhar
devido aos seus fantásticos benefícios para a saúde e seu sabor. Quem se importa se
você manchar a roupa, as mãos, a bancada ou os novos utensílios de cozinha, enquanto
estiver usando a cúrcuma na cozinha, é tudo em nome da saúde e da vitalidade, certo?
Portanto, vamos explorar esta joia de tempero.

Honestamente, eu não consigo viver sem cúrcuma. Os benefícios para a saúde são tão
poderosos, mas ainda assim muitas vezes é subutilizado na cultura ocidental e isso me
espanta. Não é culpa da nossa cultura, a cúrcuma não é comum na nossa região ou
cozinha. Mas seu ponto de vista poderá mudar a favor do uso dessa especiaria amarelada
mais vezes após hoje. (pelo menos eu espero que sim, *dedos cruzados*).

Através da história a cúrcuma tem sido usada em diversos campos desde como
medicamento para várias doenças ou até mesmo como tintura para tecidos. O sabor
predominante da cúrcuma é terroso, morno, quase picante e algumas vezes até mesmo
amargo. Também é chamada de “Açafrão-Indiano” (no Brasil é Açafrão-da-terra) devido
a sua cor amarelo-dourada profunda, que é bem similar a cor deixada pelo Açafrão-
Verdadeiro.

Como usar a cúrcuma:

 Curries (Molhos)
 Temperar carne, aves, peixes, feijão, tofu, etc.
 Temperar vegetais assados
 Temperar arroz, quinoa e outros grãos
 Pode ser usada no fertilizante (hummus)
 Use em caldos, sopas ou guisados.
 Use nos smoothies e outras bebidas.
 Faça Leite Dourado
 Etc.

Por que a cúrcuma arrasa?

A cúrcuma possui poderosas propriedades medicinais devido a sua alta concentração de


nutrientes, antioxidantes, componentes anti-inflamatórios e fito-nutrientes que vêm sendo
estudo profundamente, especialmente para prevenção contra o câncer. A atenção deve ser
voltada à curcumina. Curcumina é um dos princípios ativos principais encontrados na
cúrcuma e é o responsável pelos seus benefícios medicinais e suas propriedades.
A cúrcuma e a curcumina vêm sendo utilizado em estudos para: Síndrome do Intestino
Inflamado, Doença de Crohn, sistema imunológico, artrite reumática, fibrose cística,
inibidor do crescimento de células cancerígenas, prevenção ao câncer de cólon, prevenção
ao câncer de pâncreas e seu crescimento, prevenção ao câncer de próstata, reduz o risco
de leucemia infantil, melhora o funcionamento do fígado, para combate a diabetes, pelos
benefícios ao sistema cardiovascular, para reduzir o colesterol, para cicatrização e para
combater o Alzheimer. Essas informações valiosas demonstram o quão incrível a
cúrcuma é.

Tal como acontece com a maioria dos estudos, os compostos dos alimentos são estudados
em grandes doses, assim como podemos aplicar isso na nossa vida cotidiana? A maioria
dos estudos diz que devemos usar de 2-7g de curcumina, porém é muito açafrão para
comer, pois a curcumina representa apenas 3,14% do peso da cúrcuma em si. Então, a
recomendação é usar diariamente, e verificar com seu médico no caso de estar usando
algum medicamento, mas novamente, eu entendo que esse é um novo tempero para ser
usado no seu dia-a-dia, na comida.

O que encontro em 100g de Cúrcuma: Manganes, Ferro, Potássio, Magnesio, Fósforo,


Zinco, Cobre, Cálcio, Vitamina B6, Vitamina B1, Vitamina B2, Vitamina B3, Vitamina
B9, Vitamina C, Vitamina E, Vitamina K, Antioxidantes e Fitonutrientes.

Nota: A Cúrcuma pode ter interações com anticoagulantes como Plavix, Coumadin, etc.
o que pode aumentar o risco de sangramento em algumas pessoas; a cúrcuma está no
grupo de alimentos que podem interagir com esse tipo de medicação, assim como: alho,
ginseng, gengibre, o salgueiro, o trevo vermelho, o trevo e outros. Só uma dica, converse
com seu médico se você acredita que isso pode impactar no seu estilo de vida ou se você
pretende consumir uma grande quantidade desses alimentos.

Fonte: o artigo original pode ser encontrado em inglês no


link http://www.curejoy.com/content/need-know-aabout-turmeric

Autora: Emma Olliff – Emma é uma Terapeuta Nutricional qualificada e registrada na


BANT (British Association for Nutritional Therapy) e na CMA (Complimentary Medical
Association). Ela é apaixonada por ajudar seus clientes a atingirem uma ótima saúde
através da dieta e do estilo de vida.

A Curcumina

O principal ingrediente ativo do açafrão é a curcumina. Ela é um pigmento fenólico que


tem um sabor ligeiramente amargo e picante e um cheiro bastante característico que
lembra a mostarda.
É a curcumina que dá ao açafrão a propriedade anti-inflamatória e seu caráter
preventivo em relação ao câncer.

Embora ainda estejam sendo feitos estudos a respeito dos efeitos da curcumina sobre o
câncer, nota-se que em países como a Índia e o Sri Lanka, onde a cúrcuma é consumida
diariamente a incidência de câncer de colo, útero, próstata e pulmões é muito mais baixa
do que nos países que não têm o hábito de consumi-la.

Benefícios da curcumina – A melhor forma de se obtê-los e como toma-la

O açafrão pode ser facilmente adicionado à dieta. Seja na forma de pó (depois de


cozido, seco e ralado), ralado cru como se faz com o gengibre, ou como suplemento na
forma de cápsulas, extrato ou gotas.

A maioria dos estudos sobre o açafrão mostra que seus benefícios à saúde ocorrem
quando se consome uma dosagem superior a um grama por dia intercalado com as
refeições. No entanto, é muito difícil chegar a este nível de consumo usando-o apenas
como tempero dos alimentos.

Para obter seus efeitos completos, é preciso tomar um extrato que contenha quantidades
significativas de curcumina.

Para aumentar a absorção de curcumina nos intestinos é recomendado o consumo


concomitante de pimenta do reino, gengibre ou azeite.

Pesquisas mostraram que o consumo diário de duas a três gramas de cúrcuma por um
período de dois meses curou úlceras estomacais em até 75 por cento dos pacientes
tratados.

Perfil Nutricional

A cúrcuma é uma excelente fonte de ferro e manganês. É também uma boa fonte de
vitamina B6, fibras e potássio. Veja todos os valores de referência na tabela a seguir:

Valores em porcentagem ideal para o consumo diário tendo como referência uma
quantidade de duas colheres de chá de cúrcuma ralada.

Calorias totais: 16

Nutriente Porcentagem

Manganês 17

Ferro 10

Vitamina B6 5

Fibras 4

Cobre 3

Potássio 3
8 principais benefícios da cúrcuma

A cúrcuma pode ser o suplemento nutricional mais eficaz existente. Muitos estudos de
alta qualidade mostram que ela tem grandes benefícios para o corpo e cérebro. Veja os
10 principais benefícios para a saúde atribuídos a ela.

1- A curcumina é um composto anti-inflamatório natural

A curcumina é um potente anti-inflamatório e, ao contrário da maior parte dos


medicamentos usados para tratar inflamações, a ingestão do açafrão não provoca úlceras
ou leva ao risco de hemorragias internas. Pelo contrário, ela ajuda a proteger os órgãos
do sistema digestivo.

A curcumina age em vários estágios do processo inflamatório, mas sua eficácia está no
fato de se tratar de uma substância bioativa, que combate a inflamação em nível
molecular. Estudos já mostraram que a curcumina pode ser comparada com os fármacos
tradicionais usados como anti-inflamatórios, porém, sem os efeitos colaterais que os
medicamentos provocam.

A revista americana Oncogene publicou os resultados de um estudo comparativo entre


vários compostos anti-inflamatórios e descobriu que a aspirina e o ibuprofeno são
menos eficazes que a curcumina, o que a coloca entre os compostos anti-inflamatórios
mais eficazes do mundo.

Algumas pesquisas mostram que a curcumina pode aliviar os sintomas de uveíte –


inflamação intraocular. Outra pesquisa mostrou que tomar açafrão diariamente durante
vários meses pode melhorar a função dos rins em pacientes com inflamação nestes
órgãos.

Pesquisadores ainda ressaltam que algumas doenças fatais como câncer, colite ulcerosa,
artrite, níveis elevados de colesterol e dor crónica podem ser resultado de inflamações.

2- Cúrcuma aumenta drasticamente a capacidade antioxidante do organismo

Acredita-se que a oxidação das células e tecidos é um dos mecanismos que leva ao
envelhecimento e ao desenvolvimento de muitas doenças. A oxidação no organismo
seria causada por radicais livres, moléculas que tendem a reagir com substâncias
orgânicas importantes, tais como ácidos graxos e proteínas.

A curcumina é um potente antioxidante da cúrcuma que pode neutralizar os radicais


livres, devido à sua estrutura química. Além isso, a curcumina também aumenta a
atividade de enzimas antioxidantes próprias do corpo. Dessa forma, a curcumina age
duplamente contra os radicais livres primeiro bloqueando-os diretamente e, em seguida,
estimulando os mecanismos antioxidantes do próprio organismo.

3- A curcumina reduz o risco de doença cardíaca

As doenças cardíacas são atualmente a maior causa de mortes no mundo. Estudos


sugerem que a curcumina pode ajudar a prevenir o acúmulo de placas que podem
obstruir as artérias e levar a ataques cardíacos e derrames. Ela funciona porque seu
princípio ativo pode ser capaz de impedir a oxidação do colesterol no organismo. Sabe-
se que o colesterol oxidado é o que danifica os vasos sanguíneos e acumula-se levando a
ataques cardíacos e acidentes vasculares no cérebro.
Além disso, a cúrcuma é uma boa fonte de vitamina B6, necessária para manter os
níveis de um aminoácido chamado homocisteína. Altos níveis de homocisteína são
considerados um fator de risco significativo para danos nos vasos sanguíneos,
aterosclerose e doenças cardíacas. Já uma ingestão elevada de vitamina B6 está
associada com um risco reduzido de doenças do coração.

4- Diminui os níveis de colesterol no organismo

Pesquisas revelam que as moléculas de curcumina funcionam como mensageiras que se


comunicam com genes das células do fígado, direcionando-as para aumentar a produção
de proteínas que criam receptores para o LDL (mau colesterol). Com mais receptores de
LDL, as células do fígado são capazes de eliminar uma maior quantidade de colesterol
do organismo do que naturalmente faria.

5- A curcumina melhora a função cerebral e diminui o risco de mal de Alzheimer

Os neurônios são células capazes de se dividir, se multiplicar e formar novas ligações ao


longo de toda a nossa vida. Um dos principais fatores deste processo é fator
neurotrófico (ou BDNF – Brain-Derived Neurotrophic Factor), um tipo de hormônio de
crescimento que funciona no cérebro. Muitos distúrbios cerebrais comuns têm sido
associados à diminuição dos níveis deste hormônio. Isto inclui a depressão e a doença
de Alzheimer.

Curiosamente, a curcumina pode aumentar os níveis cerebrais de BDNF e com isso,


retardar ou até mesmo reverter a diminuição de funções cerebrais relacionadas à idade e
prevenir doenças cerebrais.

Um número grande de estudos tem sugerido que a curcumina também protege contra a
doença de Alzheimer diretamente. Ela age acionando um gene responsável pela
produção de proteínas antioxidantes no cérebro. Um estudo publicado no Jornal italiano
de Bioquímica em 2003 detalhou o papel da curcumina na indução de um sistema de
proteção de tecido cerebral. De acordo com esta pesquisa, quando tal sistema é acionado
ele induz a produção de um potente antioxidante, que protege o cérebro contra lesões
oxidativas causadas por radicais livres. A oxidação é tida como um fator importante no
envelhecimento e responsável por doenças neurodegenerativas incluindo demências
como a doença de Alzheimer.

6- Cúrcuma pode ajudar a prevenir e até mesmo tratar alguns tipos de câncer

O câncer é uma doença caracterizada pelo crescimento descontrolado de grupos de


células no organismo. Pesquisadores afirmam que a ingestão de cúrcuma pode interferir
bloqueando o crescimento, o desenvolvimento e a propagação do câncer em nível
molecular nas células.

Acredita-se que as funções antioxidantes da curcumina agiriam protegendo as células do


cólon, da próstata, da mama, da pele, entre outros órgãos, dos radicais livres que podem
danificar o DNA celular. No caso destes órgãos, a renovação celular é bastante rápida, o
que os torna mais sensíveis à ocorrência de câncer. Isto se explica porque há uma
replicação celular frequente e com isso a possibilidade de mutações no DNA também
aumenta e pode resultar na formação de células cancerosas.

Um estudo americano de 2007 combinou a curcumina com a quimioterapia para o


tratamento de câncer de intestino em células de um laboratório. Os resultados
mostraram que o tratamento combinado matou mais células cancerosas do que a
quimioterapia sozinha.

A curcumina também ajuda o corpo a destruir as células cancerosas que já sofreram


mutação evitando que se espalhem através do corpo na forma de metástase. Esta ação se
dá através do reforço da função hepática e da inibição da síntese de uma proteína que
colabora na formação de tumores fornecendo sangue adicional necessário para o
crescimento das células destes.

Novos estudos ainda estão sendo desenvolvidos para provar que doses elevadas de
curcumina podem ajudar a tratar o câncer em seres humanos, no entanto, há evidências
de que sua ingestão pode ajudar a prevenir a ocorrência do câncer especialmente do
sistema digestivo. Num estudo com 44 homens com lesões no cólon que, por vezes, se
tornam cancerosas, foram dadas quatro gramas de curcumina por dia, durante 30 dias.
Observou-se uma redução de 40% do número de lesões nos pacientes.

7- Pacientes com artrite respondem muito bem à suplementação com curcumina

A artrite é um problema comum nos países ocidentais. Existem vários tipos diferentes,
mas a maioria envolve algum tipo de inflamação nas articulações. Dado que a
curcumina é um potente anti-inflamatório e age também contra a dor, ela poderia ajudar
no tratamento contra a artrite.

Também pela sua ação antioxidante, a curcumina é capaz de neutralizar os radicais


livres, substâncias químicas que podem viajar através do corpo e causar grandes danos
às células saudáveis e suas membranas celulares. Isto é importante em doenças como a
artrite, onde os radicais livres são responsáveis pela inflamação das articulações que
geralmente causa dor e danos em sua estrutura. Por este motivo, pessoas com doenças
nas articulações encontrar alívio quando usam o tempero regularmente.

Em um estudo recente entre pacientes com artrite reumatoide, compararam a curcumina


com fenilbutazona e perceberam que as pessoas que receberam curcumina tiveram
melhorias mais significativas em relação à rigidez matinal e a capacidade de caminhar,
além de diminuição do inchaço das articulações.

8- Age na prevenção ao diabetes

Estudos preliminares sugerem que tomar açafrão diariamente pode ser essencial para a
redução de açúcar no sangue e para reverter a resistência à insulina.

Em 2009, a revista Biochemistry and Biophysical Research Communications,


especializadas em pesquisas biológicas, publicou um estudo sobre como a
suplementação com cúrcuma pode ajudar a inverter o diabetes.

O estudo descobriu que a curcumina no açafrão é literalmente 400 vezes mais potente
do que a metformina, uma droga usada comumente para melhorar a sensibilidade à
insulina e ajudar a reverter o diabetes tipo dois.

Além de prevenir as causas da diabetes, a curcumina também tem provado ajudar a


reverter muitas das questões relacionadas com a resistência à insulina e a hiperglicemia.
Um exemplo a ser citado é o caso da retinopatia (doença da retina), uma das
complicações mais comuns do diabetes onde vasos sanguíneos danificados causam
cegueira. Um estudo descobriu que a suplementação com curcumina pode retardar essa
complicação horrível do diabetes por causa de suas propriedades anti-inflamatórias e
antioxidantes.

Como tomar? Ideias para servir a cúrcuma no dia a dia

– Adicione cúrcuma ao ovo cozido da salada para dar-lhe uma cor amarela mais
apetitosa;

– Misture o arroz integral com passas e castanha de caju e tempere com açafrão,
cominho e coentro;

– Adicione a especiaria diretamente à couve-flor cozida no vapor, ou ainda faça um


molho cremoso para acompanha-la adicionando açafrão e cebola seca a um pouco
maionese, sal e pimenta.

– Cúrcuma é um ótimo tempero para incrementar as receitas que levam lentilhas.

– Dê aos molhos para salada um tom amarelo-alaranjado, adicionando um pouco de pó


de açafrão a eles.

Leia mais https://www.mundoboaforma.com.br/curcuma-o-que-e-beneficios-efeitos-


colaterais-e-como-tomar/#rFcGoVC1bJkTQs1K.99

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