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O experimento pôde ser avaliado quanto à precisão dos métodos computacionais, e verificado

com a realidade física do problema. A partir da filmagem de um dos componentes do grupo, a


trajetória de uma bola foi capturada desde o lançamento, até o quique no chão e sua chegada
ao alvo (cesto de lixo).

Foi aproximado um movimento balístico, onde um certo objeto se desloca para a frente em
uma trajetória que vai até uma altura máxima e volta a descer, formando uma trajetória
parabólica, cuja peculiaridade é sua locomoção, ao mesmo tempo, na horizontal e vertical
(TONIOL). As quatro posições a partir dos quatro frames que foram obtidos do vídeo, tiveram
que ser modificadas para atender a necessidade física do problema. Primeiramente, a
coordenada Y teve de ser subtraída da altura total da imagem, visto que o eixo adotado no
Paint é inverso ao Scilab (programa utilizado para testar os métodos).Também considera-se
que a bola parte da origem, saindo do chão e chegando ao alvo (típico de um movimento
parabólico), dessa forma, a coordenada X inicial teve de ser subtraída de todos os frames. Por
fim, bastava apenas a conversão de pixels para metros, a partir de uma régua de 50 cm como
referencial que foi capturada junto ao vídeo, e dessa forma, foi feita a conversão de todos os
valores.

Os resultados obtidos em seguida condizem com o esperado. Como o ângulo pôde ser obtido a
partir das duas posições das duas primeiras imagens, o valor de 76,29 graus é válido para uma
inclinação tão alta entre os dois frames iniciais da bola. O valor esperado era de fato, próximo
a 90 graus. A partir da equação de movimento para esse tipo de problema, a única incógnita
era a velocidade inicial, que foi obtida a partir dos métodos numéricos: Bissecção, Falsa
Posição, Secante e Newton. O método da bissecção levou 17 iterações para chegar no valor da
raiz, que foi de 4,8866158 m/s^2. Já o método da falsa posição ,por ser mais preciso, levou 6
iterações. O método de Newton e da Secante convergiram em 4 iterações, com 4,886617
m/s^2 respectivamente. Esses resultados já eram esperados, visto que o método de Newton
por trabalhar com derivadas converge bem mais rápido. Vale ressaltar que os dois primeiros
métodos citados são intervalares e os intervalos avaliados serviram de base para encontrar a
raiz.

Outros valores que não são de interesse do experimento podem ser verificados com os valores
obtidos a partir dos métodos numéricos, como o alcance horizontal máximo ou vertical
máximo, ambos já conhecidos. O primeiro, por exemplo, a partir da função horária da posição
para um Movimento Retilíneo Uniforme (MRU), onde é utilizado o ângulo inicial e velocidade
inicial (SILAS). Já a altura máxima poderia ser obtida a partir da equação de Torricelli, usada
para determinar importantes grandezas do movimento uniformemente variado quando não se
sabe o tempo decorrido, mas sim características como aceleração (SILVA; 2013). Dessa forma,
esses valores conhecidos pelo experimento podem ser validados e se equivalem com o real.
Isso serve para mostrar que os métodos empregados nesse experimento são fisicamente
comprováveis e úteis.

Foi feita também uma comparação da velocidade inicial obtida pelos métodos, com a
velocidade inicial obtida pelas imagens. Com conhecimentos de decomposição de vetores e
sua resultante, a velocidade em X e em Y utilizando valores dos tempos em que foram
capturados os frames podem ser encontrados. A velocidade foi de 5.027 m/s^2, próximo ao
encontrado anteriormente.

Por fim, temos que a partir de uma gravação e frames capturados, métodos para encontrar
raízes podem ser utilizados e comparados para encontrar um valor de interesse, sendo a
velocidade inicial da bola neste caso. Foi observado que diferentes métodos geram, ou não,
valores mais precisos, e que seu algoritmo influencia o número de iterações necessárias para
se chegar em um resultado. Todos os valores foram verificados e condizem bem com a
natureza do problema, típica de uma questão de movimento balístico em duas dimensões.

https://www.infoescola.com/fisica/equacao-de-torricelli/

https://brasilescola.uol.com.br/fisica/lancamento-obliquo.htm

https://www.portalsaofrancisco.com.br/fisica/lancamento-obliquo

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