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Tratamento: lubrificação do olho por causa do logftalmo e pode ou não fazer
corticoide. Aciclovir se for o zóster.
Otite média complicada, tumor em osso temporal, herpes zóster e Bell
Sindrome de Hansey Hunt:
o Infecção pelo herpes zóster
o Produz dor de ouvido intensa, perda auditiva e vertigem podendo causar
paralisia facial (síndrome de Hansey Hunt)
o Lesão eritematosas -> vesiculosas
- Caso 4(diabética, urêmica, carencial – vitamina b12, medicamentosa, alcóolica,
paraneoplásica, infecciosas):
Dona Carminha, 61 anos, tem sentido dores em queimação nos pés há vários
meses. Resolveu procurar assistência médica quando notou acometimento
também dos dedos das mãos. Ao exame clínico foram observadas: paresia
distal leve, reflexos tendinosos profundos normoativos mas aquileu ausentes,
hipoestesia táctil-dolorosa em bota de cano curto, hipopalestesia (diminuição da
sensibilidade vibratória) distal em membros inferiores.
Obs: Em polineuropatia o reflexo Aquileu sempre vai estar diminuído ou ausente. Se tiver
normal não é
- Etiologia das polineuropatias:
Diabetes (impotência sexual pode ser uma das primeiras manifestações)
Paraneoplásica
Carenciais
Medicamentosa: talidomida, isoniazida, quimioterápicos
Auto-imune: LES, hipotireoidismo, SGB
Infecciosas: HIV, zóster e hanseníase
- Neuropatia diabética:
DM é a principal causa de neuropatia periférica (150 milhões de diabéticos no
mundo)
50% dos diabéticos tendem a desenvolver neuropatia.
Fatores de risco:
- Independe do tipo de DM, se 1 ou 2
- Duração do diabetes
- Níveis de hemoglobina glicosilada
- Peso
- Tabagismo
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- Hipertensão
Clínica:
- Dor
- Parestesias
- Reflexo tendinosos: patelar normal e Aquileu diminuído ou abolido.
- Alteração da sensibilidade bota/luva
- Miose/anidrose/hipotensão/impotência
Tratamento:
- Controle glicêmico
- Sintomático: carbamazepina, amitriptilina, gabapentina (dormência), pregabalina (dor),
sertralina, venlafaxina e acumputura.
- Prevenção de complicações
- Caso 5 ( Síndrome de Guillain Barre)
Antenor, 29 anos e trabalhador de construção civil, estava em bom estado de
saúde exceto por ocorrência recente de quadro de gastroenterite aguda. Ele
começou a notar parestesias nos pés, no dia seguinte, dificuldade em subir a
escada. O quadro foi piorando de forma que, após dois dias Antenor já não
conseguia mais ficar em pé sem apoio e iniciou parestesias nas mãos e
dificuldade de segurar objetos. A avaliação no Serviço de emergência revelou
paresia grau 3 em membros inferiores e grau 4 em membros superiores,
arreflexia tendinosa profunda e ausência de déficits sensitivos objetivos.
Antenor ficou internado e a eletroneuromiografia mostrou latência distal motora
prolongada e redução da velocidade de condução nevosa. O exame do líquido
cefalorraquidiano mostrou nível de proteinorraquia de 80mg/dl sem pleocitose e
glicorraquia normal. O tratamento foi realizado e após alguns dias, Antenor
começou a notar melhora na força em membros superiores e depois também
em membros inferiores.
Eletroneuromiografia para prognóstico
Diagnóstico: clínica e liquor
Tratamento: plasmaférese e imunoglobulina IV
- Guillain Barre
Neuropatia desmielinizante inflamatória aguda
Etiologia (5 dias – 3 semanas antes):
- IVAS
- Infecção do TGI
- Imunização
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Incidência: igual em mulheres e homens
- Caso 6 (miastenia gravis – fraqueza flutuante)
Maria Amélia, 23 anos, tem uma rotina diária de exercícios na academia há um
ano e meio e conseguiu excelente condicionamento físico. Agora Maria tem
sofrido dificuldades para completar o programa habitual de treinamento.
Inicialmente apresentava sensação de peso nas pernas após cerca de 15
minutos na aula de step, com piora caso insistisse. Maria Amélia substituiu o
step por esteira mas, com o passar das semanas, acabou deixando a academia
por não tolerar mais as atividades. Ela procurou o médico queixando-se de
fraqueza até mesmo em atividades diárias e episódios de diplopia após 1 horas
de leitura. Ao exame clínico, os reflexos tendinosos profundos e a sensibilidade
estavam normais. O exame dos pares cranianos e da coordenação também não
mostrou alterações. O exame da força mostrou paresia com atividade muscular
sustentada e, após 2 minutos olhando para cima, a paciente apresentava algum
grau de ptose bilateral.
Obs: na junção neuromuscular – reflexos e sensibilidades normais.
- Miastenia Gravis:
Etiologia: produção de anticorpos pelos plasmócitos em órgãos linfóides
periféricos, medula óssea e timo contra receptores para acetilcolina.
Formas:
- Juvenil/adulta (20-40 anos)
- Neonatal:
12% filhos de mães miastenicas
Filho de mães miastênicas (sintomáticas) com sintomas que iniciam nas
primeiras 48h
Dificuldade para sugar, choro fraco, membros flácidos, insuficiência
respiratória
Desaparece os sintomas quando declinam os anticorpos
- Congenita:
Rara
Mães assintomáticas
Oftalmoplegia (sinal dominante)
- Induzida por drogas:
Uso da penicilamina para tratamento de AR, Wilson, esclerodermia
Desaparece com suspensão da droga
Patologia:
- 70% do time não involuem
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Clínica
- Queixa inicial de fadiga e fraqueza de grupo muscular específico
- Acometimento de musculatura extraocular ou ptose inicial em 50% dos pacientes (90%
durante o curso clínico da doença)
- Acometimento principalmente de força proximal
- Fadigabilidade durante o dia
- Pode haver flutuações dos sintomas
- Fatores que levam à piora da força muscular:
Cirurgias
Estresse
Menstruação
Infecções
Medicamentos: quinolonas, aminoglicosídeos, lítio, fenitoína, beta-
bloqueadores, bloqueadores neuromusculares.
Sintomas:
- Fraqueza flutuante
- Musculatura ocular: 40%
Ptose
Oftalmoparesia
Diplopia
- Músculos faciais e orofaringeos (mais propensos a desenvolver crise)
Disartria
Disfagia
Limitação movimentos da face
- Considera-se crise miastênica quando uma exacerbação envolve músculos respiratórios
provocando ventilação inadequada.
- Estresse ou doença sistêmica podem agravar a fraqueza miastênica (motivo não
esclarecido)
Sinais:
- Fácies inexpressiva com queda pálpebras
- Paralisia do olhar conjugado
- Sensibilidade e reflexos são normais mesmo nos músculos enfraquecidos
Diagnostico:
6
- Dosagem de anticorpo anti-receptor de acetilcolina:
Especificidade de 100%
Positivo em até 90% dos pacientes com doença generalizada
50-70% de positividade de formas oculares
- Avaliação do timo:
Radiografia/tomografia
- Eletroneuromiografia
- RM nas formas oculares
Diagnóstico formal:
- Resposta de drogas anticolinérgicas
- Presença de anticorpos para receptores da acetilcolina
- Alteração eletrofisiológica
Tratamento:
- Anticolinesrerásicos: Piridostigmine (efeitos colaterais: cólicas e diarreia)
- Imunosupressão: azatioprina, micofenolato, corticoterapia
- Crise miastênica (suporte ventilatório)
- Evolução: timectomia
- Caso 7 (miopatia)
Luciane, 46 anos e secretaria, começou a notar dor nos ombros e quadril ao fim
do dia de trabalho. Embora acordasse relativamente melhor, Luciane piorava ao
decorrer do dia. Ela simplesmente não entendia o que estava acontecendo pois
não mudou a rotina do trabalho e não sofre lesões relacionadas ao trabalho.
Com o tempo, ela notou dificuldades em levantar objetos acima dos ombros e
subir degraus mais altos. A situações foi piorando de forma que, após alguns
meses, Luciane já não conseguia lavar os cabelos ou subir qualquer escada. O
exame neurológico mostrou paresia simétrica dos flexores do pescoço, ombros
e cintura pélvica e sinal de Gowers. Os exames complementares revelaram leve
aumento das transaminases e CPK de 12000U/L.
Desordens onde há o comprometimento funcional ou estrutural primário do
músculo
Sem relação com inervação ou desordem da junção neuromuscular
Hereditárias:
- Distrofias musculares
- Miotomias
7
- Miopatias congênitas
Adquiridas:
- Inflamatórias
- Relacionadas a doenças endócrinas
- Relacionadas a drogas e substâncias tóxicas
- Relacionadas a doenças sistêmicas
Avaliação:
- Mais importante fator é a história
- Tentar classificar num dos grupos
- Determinar o músculo
- Avaliar tratamento, se possível
Etapas:
1. Sinais e sintomas negativos
Fraqueza é o mais comum: proximal x distal
Mialgias: episódicas (metabólicas) e constante (inflamatória)
2. – (não consegui tirar a foto)
3. Há história familiar de miopatia?
4. Há fatores predisponentes que desencadeiam fraqueza:
Uso de drogas ou medicações
Mioglobinúria após exercícios
Fraqueza após exercícios ou refeições ricas em carboidratos
5. Há sinais ou sintomas sistêmicos?
Dismorfismos – miopatias congênitas
Rash – dermatomiosite
Doença sistêmica – amiloidose, colagenose, endocrinopatias.
6. Qual a distribuição da fraqueza?
Avaliação laboratorial:
- Dosagem de creatinoquinase é o mais útil na avaliação:
Elevado na maioria das miopatias, pode estar anormal nas lentamente
progressivas
Avaliar nível
- Estudos eletrofisiológicos:
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Confirmar se patologia é mesmo muscular
Afastar diagnósticos diferenciais
- Biópsia muscular e testes genéticos também podem ser realizados.
Distrofia muscular
Duchene Becker
Fraqueza > cintura Início por volta 10
pélvica anos de idade
Pseudo-hipertrofia Aos 35 anos muitos
panturrilhas/marcha deambulam
anserina/Sinal de
Gowers
Cadeira de rodas Não há tratamento
aos 12 anos específico, podendo
ser usado o
Deflazacort 1-
1,5mg/kg/dia
Cardiomiopatia
CK muito e,evada
(10x > normal)
9
ou normal
10