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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO

Patrícia De Maria Joner

COMO É VISTA A PARTICIPAÇÃO DAS GERAÇÕES BABY BOOMERS E X NO


PROGRAMA DE ESTÁGIO DE UM ORGÃO PÚBLICO FEDERAL

Porto Alegre
2018
Patrícia De Maria Joner

COMO É VISTA A PARTICIPAÇÃO DAS GERAÇÕES BABY BOOMERS E X NO


PROGRAMA DE ESTÁGIO DE UM ORGÃO PÚBLICO FEDERAL

Artigo apresentado como requisito parcial para obtenção


de aprovação na disciplina de Gestão de Pessoas, no Curso
de Administração, na Universidade Federal do Rio Grande
do Sul.
Professora: Elaine Di Diego Antunes
Mestranda: Gisele Maria Klein Rausch

Porto Alegre
2018
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RESUMO

Este artigo, pretende analisar como são vistos os estagiários das gerações Baby Boomers e X,
que participam do programa de estágios de um orgão público federal, pessoas nesta faixa etária têm
ingressado em maior número nos programas de estágio nos últimos ano. Este ingresso vem sendo
constatado nos países desenvolvidos, e também no Brasil, que nas últimas décadas vem sofrendo
modificações na sua estrutura etária, entre elas, o aumento na expectativa de vida da população. Como
consequência destas mudanças demográficas, um maior tempo de permanência dos trabalhadores no
mercado de trabalho, fator que exige um novo planejamento de carreira por parte dos indivíduos e que
implica em uma visão ampla da conjuntura social, econômica, política e cultural, por parte dos
governos e das empresas, frente a uma sociedade cada vez mais globalizada e tecnológica, com uma
dinâmica cada vez mais competitiva, demandando constante atualização profissional. Para isso, foram
desenvolvidas pesquisas com objetivo exploratório como uma revisão baseada em fontes
bibliográficas como, obras, artigos científicos e sites da Internet, e uma pesquisa de abordagem
qualitativa. Através de entrevistas constatou-se que a participação dos estagiários das gerações Baby
Boomers e X no programa de estágio deste orgão público, apresenta como principal contribuição o
rompimento de estereótipos sociais relativos ao tema das gerações.
Palavras-chave: Estagiários; Mudanças Demográficas; Sociedade; Gerações; Estereótipos.
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1 INTRODUÇÃO

O aumento na expectativa de vida da população brasileira impacta em aspectos sociais,


econômicos, políticos e culturais.
Uma das consequências é a permanência do trabalhador por mais tempo no mercado
de trabalho, em meio a transformações decorrentes da globalização, que trouxeram um novo
nível de competição mundial para as organizações produtivas e prestadoras de
serviço(NOGUEIRA, BARRETO, MACIEL, ROSINHA, 1999).
Estas alterações, vêm fazendo com que os indivíduos procurem no ensino superior
uma alternativa para o desenvolvimento pessoal, e para a qualificação profissional.
Neste contexto, têm crescido nos últimos anos o número de estagiários das gerações
Baby Boomers e X, pessoas acima dos quarenta anos.
Entre os trabalhos que relacionam o tema dos estagiários destas faixas etárias, está um
artigo baseado no filme “Os Estagiários”, que aborda a gestão do convívio intergeracional nas
organizações(RAMALHO, PINHEIRO, MOURA, 2017), um outro estudo realizado em
Portugal, analisa o ingresso na universidade após os quarenta e cinco anos, enquanto evento
não- normativo(RAPOSO, GÜNTHER, 2008).
Entretanto, apesar de existirem muitos trabalhos sobre estágios, poucos são aqueles
que relacionam os fatores faixa etária e estagiários, havendo portanto, espaço para abordagens
no sentido de explorar o tema.
Sendo assim, desenvolveu-se uma análise do tema, através de levantamentos
bibliográficos e pesquisa qualitativa, em que foram realizadas entrevistas em um orgão
público federal.
As respostas das entrevistas demonstraram uma percepção positiva, por parte dos
entrevistados, principalmente quanto ao rompimentos de estereótipos sociais relacionados à
temática das gerações.
Na próxima seção é apresentada a revisão bibliográfica, que inclui a perspectiva
sociológica sobre o conceito de gerações, as descrições encontradas relativas às gerações, e o
tema da estrutura etária e mudanças no perfil geracional dos estagiários no Brasil, em seguida
o relato da metodologia utilizada, posteriormente são discutidos os resultados a partir das
entrevistas realizadas, e na última parte, as considerações finais e as referências bibliográficas.
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2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Perspectiva Sociológica do Conceito de Gerações

O tema que envolve o conceito de gerações, “ vai além da divisão etária, pois inclui a
influência política, cultural e social existentes durante os momentos históricos que cada
geração presenciou”(FORQUIM, 2003 apud COLLISTOCH, FONSECA, SILVA,
WATANABE, BERTOIA, NAKATA, p.13, 2012).
O próprio desenvolvimento do conceito de gerações, inseriu-se no contexto dos
acontecimentos mais impactantes do século XX, a Primeira e a Segunda Guerra Mundial.
No período entreguerras, a noção de revezamento geracional, através do vinculação da
existência humana ao curso da história, foi um consenso geral(ORTEGA Y GASSET, 1923;
MANHEIM, 1928 apud FEIXA, LECCARDI, 2010), marcando o primeiro dos três momentos
históricos do pensamento social contemporâneo, sobre a temática geracional(FEIXA,
LECCARDI, 2010).
O segundo momento histórico, ocorreu nos anos 1960, em uma época caracterizada
por intensos protestos, a explosão demográfica pós Segunda Guerra Mundial, gerou um
número sem precedentes de jovens dispostos a repensar os rumos sociais, políticos e culturais
da sociedade, indo além do foco sobre as necessidades materiais da vida que tinham
preocupado seus pais. A noção de problema histórico, levou a fundamentação da teoria do
conflito(FEUER, 1960; MENDEL, 1969 apud FEIXA, LECCARDI, 2010).
A importância das inovações tecnológicas, especialmente a tecnologia digital, define o
terceiro momento histórico, e ainda em desenvolvimento, iniciado em meados dos anos 1990,
com o advento da sociedade em rede, e a formulação de uma teoria sobre a noção de
sobreposição geracional, situação em que os jovens que já nascem em meio a um ambiente
digital, são mais habilidosos com essas tecnologias, que as gerações anteriores(TAPISCOTT,
1998, CRICHOLM, 2005 apud FEIXA, LECCARDI, 2010).
A aceleração da difusão tecnológica e dos meios de comunicação, surgida com a
entrada da Internet em nível comercial, a partir de 1990, e a posterior chegada dos
smartphones e outras tecnologias inovadoras, fazem parte do processo de globalização,
constituído por um conjunto de transformações, de ordem política, econômica, social e
cultural, que tem sua origem com o mercantilismo no século XV, avançando no período pós
Segunda Guerra Mundial, intensificando-se, sobretudo, no final do século XX, e que
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tornaram-se os fatos mais marcantes nessa virada para o século XXI, sendo eles próprios
propagadores de outros elementos de transformação, através da comunicação, trazendo à tona
a emergência de parâmetros históricos comuns a todas as gerações que convivem hoje no
ambiente organizacional.
O termo “geração”, tem diferentes aplicações, dependendo da disciplina em que é
empregado, que vão desde estudos etnológicos, demográficos, e sociológicos, sendo esses
dois últimos aspectos os mais relevantes para o presente ensaio.
No contexto sociológico, o termo “geração”, está relacionado a filiação de conjuntos
de indivíduos a determinado tempo cronológico e a uma similaridade de influências, sociais
políticas, econômicas e culturais.
Considerado um dos fundadores dos estudos sociológicos, o francês Auguste
Comte(1798-1857), desenvolveu a doutrina positivista, exposta no seu livro “Curso de
Filosofia Positiva” (1830-1842), propondo que o conhecimento e a sociedade, evoluem em
três fases distintas, a teológica, em que o ser humano explica a realidade por meio de
entidades supranaturais ,os "deuses"; a metafísica, espécie de meio-termo entre a teologia e a
positividade, no lugar dos deuses há entidades abstratas para explicar a realidade, "o Éter", "o
Povo", "o Mercado financeiro", etc; e a positiva, etapa final e definitiva, em que por meio da
descoberta e do estudo das leis naturais, ou seja, relações constantes de sucessão ou de
coexistência, será atingido a evolução da sociedade.
Esta teoria fundamentada em uma noção linear de progresso, afirmava que o mesmo
devia-se entre outros fatores ao equilíbrio entre as mudanças produzidas pela nova geração e a
estabilidade mantida pelas gerações anteriores, Comte propôs uma lei geral, baseada na
biologia, sobre o ritmo da história, relacionando a sucessão geracional, ao estabelecimento de
mudanças que levariam ao progresso.
Outros estudiosos argumentavam que a especificidade das ciências humanas exigia um
método diferente daquele das ciências naturais, para o filósofo alemão Wilhelm
Dilthey(1833-1911), poderia buscar-se explicações para os fenômenos da natureza, mas a
vida psíquica, deveria ser compreendida. Em 1883, foi publicado o primeiro volume de sua
“Introdução ao Estudo das Ciências Humanas”. Nessa obra, o filósofo procurou assegurar
uma independência de método às ciências do homem ou ciências do espírito, distinção que
percorreria praticamente toda a sua obra.
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A explicação, busca as causas dos fenômenos para estabelecer leis, como fez Comte,
enquanto que a compreensão depende da interpretação e vincula-se a experiência psicológica,
permeada por motivações diversas, valores e finalidades, sendo essa experiência, o meio a
permitir a apreensão da realidade histórica e humana, com sua visão romântica Dilthey
desvinculou-se da abordagem determinista de Comte, na sua concepção o que mais importa é
a qualidade dos vínculos que os indivíduos das diferentes gerações mantém em conjunto,
através de acontecimentos e vivências compartilhadas, constituindo-se em influências
históricas em comum.
Visto como fundador da abordagem moderna do tema das gerações, o sociólogo
húngaro Karl Mannheim(1893-1947). Quando Mannheim desenvolveu sua teoria das
gerações, distanciou-se tanto do positivismo, bem como da perspectiva romântico-histórica.
Seu maior interesse foi o de incluir as gerações em sua pesquisa sobre as bases sociais e
existenciais do conhecimento em relação ao processo histórico-social(FEIXA, LECCARDI,
2010).
Para Mannheim, a demarcação geracional é algo apenas potencial(MANNHEIM, 1964,
p. 542 apud WELLER, 2010), o que realmente forma uma geração incluindo fatores como
idade e classe, é a experiência conjunta dos mesmos problemas históricos, pois quando
pessoas de um mesmo grupo etário, especialmente os jovens, cujos esquemas psicológicos
para compreender a realidade ainda permanecem maleáveis a influências sociais, políticas e
culturais vivenciam momentos de rupturas históricas, se estabelece uma conexão particular,
pois compartilham de forma similar suas primeiras impressões. Por outro lado :
Alguém é velho principalmente pelo fato de viver em um contexto de experiências
específicas, autoadquiridas e pré-formativas, através das quais cada nova experiência
é, até certo ponto, classificada de antemão quanto à sua forma e localização. Em
contraposição, na nova vida as forças configuradoras estão se constituindo, as
intenções primárias e a forte impressão de novas situações ainda precisam ser
processadas ( MANNHEIM, 1964, p. 534 apud WELLER, 2010).

Mannheim(1964), se opõe à ideia de uma suposta dicotomia existente entre as velhas e


as novas gerações e destaca o caráter contínuo das mudanças geracionais e aponta para a
necessidade de compreensão do problema das gerações como um processo dinâmico,devido a
complexa interação existente entre distintos fatores que constituem as diferentes gerações.
Um conceito, que aborda de forma marcante a ideia de ruptura histórica foi mostrado
no livro Modernidade Líquida, publicado no ano de 2001, pelo sociólogo polonês Zygmunt
Bauman, (1925-2017).
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A modernidade, segundo Bauman(2001), pode ser definida como um período de


liquidez, de volatilidade, de incerteza e insegurança, em que o período anterior, denominado
pelo autor como modernidade sólida, e que se estendeu até meados do século XX, seria
substituído pela lógica do consumo, do gozo e da artificialidade imediatos.
Logo, a noção de fluidez e liquidez que marcam a contemporaneidade se manifestam
no cotidiano em diversos contextos, como por exemplo, nos relacionamentos afetivos, na
maneira como as identidades se constroem,nas relações de trabalho, etc.

Dessa forma, a flexibilidade torna-se um dos pilares da sociedade líquido moderna,


sendo uma das características necessárias aos indivíduos para sobreviverem à instabilidade do
tempo presente.

Bauman direcionou alguns de seus escritos para refletir diretamente sobre a juventude.
Para ele, há uma longa história de incompreensão recíproca entre as gerações dos adultos e a
dos jovens , gerando assim, uma desconfiança mútua(BAUMAN,2011).

A consequência disso, para o autor, é o surgimento de um conflito entre as gerações,


quando os mais velhos se sentem ameaçados e inseguros com a possibilidade das gerações
atuais destruírem a estabilidade, que eles, os mais velhos, levaram muito tempo para construir,
enquanto que os mais jovens, sentem necessidade de corrigir o que foi estragado pelas
gerações anteriores. Ou seja, dependendo do ponto de vista, a culpa recai para um dos polos.
A respeito da diferentes categorias nas quais se enquadram determinadas características
dos seres humanos, observa:
Nenhum ser humano é exatamente igual a outro – e isso se aplica tanto aos jovens
quanto aos velhos. Contudo, é possível notar que, em determinadas categorias de
seres humanos, algumas características ou atributos tendem a aparecer com maior
frequência que em outras. É essa “condensação relativa” de traços característicos
que nos permite falar, em primeiro lugar, em “categorias”, sejam elas nações,
classes, gêneros ou gerações. Ao fazê-lo, ignoramos temporariamente a
multiplicidade de características que faz de cada um de seus integrantes uma
entidade única e irrepetível, diferente de todas as outras, um ser que se destaca de
todos os demais membros da “mesma categoria”.(BAUMAN, 2011, p. 39).

2.2 Gerações

No século XX, o maior momento de ruptura foi a Segunda Guerra Mundial, com
destaque para o Holocausto dos Judeus, o lançamento feito pelos Estados Unidos da América
de duas bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki, cidades japonesas e para os mais de 60
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milhões de mortos. O final da Segunda Guerra foi um momento de alívio e euforia, a geração
dos nascidos após Segunda Guerra Mundial até a metade da década de 1960 é denominada
Baby Boomers, a designação vem da expressão "baby boom", que representa a explosão na
taxa de natalidade nos Estados Unidos e Europa do pós-guerra. Devido ao seu tamanho e
espaço temporal esta geração de indivíduos tiveram um profundo impacto da sociedade
americana (HUDSON, 2010).

Alguns acontecimentos como o rock and roll, a corrida espacial e a independência das
mulheres no mercado trabalho, marcaram essa geração. O impacto destes eventos moldou a
personalidade dessa geração, com traços de otimismo, e idealismo (GLASS, 2007).
Os Baby Boomers no Brasil viveram a Ditadura Militar e as promessas do milagre
econômico, cresceram com oportunidades de trabalho ligadas à estabilidade dentro de grandes
indústrias, em um período de otimismo financeiro e ascensão social. Mas também passaram
por mudanças políticas e graves crises econômicas, que reforçaram na maturidade, o
conservadorismo de seus investimentos e comportamento no geral, no mercado de trabalho,
os Baby Boomers são fiéis às companhias, com carreiras de 20 ou 30 anos em uma mesma
empresa, valorizam a hierarquia e procuram estabilidade no trabalho, são colaboradores fiéis
para as empresas, mas pouco dados à inovação. Para essa geração trabalho e sacrifício são os
geradores de bons resultados financeiros (GLASS, 2007).
A principal influência tecnológica do Baby Boomers foi a televisão, produzido em
escala industrial a partir de 1945, tornando-se o principal meio de comunicação do século XX.
A geração posterior aos Baby Boomers é a chamada geração X, dos nascidos em
meados da década de 1960 até começo da década de 1980. No contexto mundial a
bipolarização do mundo, a chamada Guerra Fria, oposição entre o bloco capitalista americano
e o bloco socialista soviético, tensão marcada pela ameaça da bomba atômica ainda em
decorrência da Segunda Guerra, e que permaneceu até 1990, tendo arrefecido após a queda do
muro de Berlim, 1989.
Em 1991, tinha fim a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas-URSS, e o tipo de
capitalismo desenvolvido na esfera de influência dos EUA aparecia ao mundo como o
vitorioso de uma disputa que marcou o século XX.
Esse período é fortemente marcado pela contestação em muitos aspectos, no Brasil
protestos contra a Ditadura Militar, no mundo a luta contra o racismo, o avanço do feminismo,
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e a ruptura dos modelos tradicionais de convivência familiar, principalmente devido a uma


maior inserção das mulheres no mercado de trabalho, que passa a assumir novos papéis
sociais.
A televisão também fez parte do dia a dia na infância dessa geração, fomentando os
desejos de consumo, turbinados pela publicidade. Por outro lado, mudanças drásticas na
economia, na década de 1970, causadas pelo choque do aumento dos preços do petróleo,
trazem muita insegurança aos lares no que diz respeito aos empregos, o que viria a influenciar
muito essa geração a trabalhar por conta própria, e a serem empreendedores, para com isso, de
forma autossuficiente poderem realizar seus desejos materiais e pessoais, sempre buscando a
independência, não confiando seus destinos ao vínculo com uma determinada organização, e
também exercendo uma maior liberdade em relação ao seu estilo de vida, priorizando
aspectos como, qualidade de vida e novos modelos de relações familiares e corporativos, mais
informais e menos baseados na autoridade.
Essa geração teve grande contato com as inovações tecnológicas, assistiu ao
surgimento do vídeocassete, do computador pessoal, da Internet e muitas outras novidades
tecnológicas, que começaram a prosperar na sua juventude e continuam num ritmo acelerado
nos dias atuais (OLIVEIRA, 2008). “As empresas que revolucionaram a Internet, como
Google, Amazon, YouTube, ícones da Web 2.0, foram criadas por pessoas dessa
geração”.(ANDRADE, MENDES, CORREA, ZAINE, OLIVEIRA, 2012, p.4)
A geração Y é também chamada de Millenials, por serem os primeiros a chegarem à
idade adulta após a virada do milênio. Nasceram no começo da década de 1980 e cresceram
em contato com as tecnologias de informação, sendo a primeira geração a ter maior
conhecimento tecnológico, que as anteriores, desde a infância. No Brasil, no final da década
de 1980, vivenciaram o processo de redemocratização, mas também, encontraram o país
passando por grande instabilidade econômica, “ com um conturbado período de ajustamento
recessivo”(AMADO; CARUSO, 2011, p.490) devido em parte a fatores resultantes do
contexto internacional, como “a ampliação do processo de desregulamentação pelos países
industrializados, e por todos os mercados emergentes [...]propiciada pela liberalização dos
fluxos internacionais de capitais”(CARCANHOLO,2001, p.127). Além disso “o padrão de
acumulação ampliada, ancorado nas inovações tecnológicas, estimula a flexibilização das
relações de trabalho”(TENENBLAT, 2014, p.343),
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As pessoas dessa geração, quando oriundas de classes menos desfavorecidas, passaram


a infância com a agenda cheia de atividades e de aparelhos eletrônicos. Captando os
acontecimentos em tempo real e se conectando com uma variedade de pessoas.
Atualmente tais indivíduos estão compartilhando o mesmo ambiente de trabalho com
pessoas de gerações anteriores, convívio este que tem gerado conflitos de ideias e valores,
pois estes indivíduos não se relacionam com a hierarquia da mesma forma que as gerações X
e Baby Boomers, acreditando em em relações mais informais, também são mais agitados e
vivem constantemente em busca de informação, o que os torna cada vez mais impacientes, e
têm elevado o nível de rotatividade nas empresas. “Ao mesmo tempo, as pessoas dessa
geração que tem adentrado ao mercado de trabalho são interessantes e importantes para as
organizações, dadas as suas habilidades e talentos cultivados junto ao advento da tecnologia,
tão contemporânea a elas e às suas infâncias” (FLINK, FERREIRA, HONORATO, ARAÚJO,
& PROENÇA, 2012, p.1).
A geração Z é formada pelos chamados nativos digitais, termo criado por Marc Prensky,
em 2001, a partir da “rápida difusão da tecnologia digital nas últimas décadas do século XX”
(PRENSKY, 2001, p.1), e que define, os nascidos a partir do final dos anos 1990, em uma
sociedade voltada às tecnologias da informação.
Esta geração se formou através da Internet, smartphones, computadores, videogames,
televisores e vídeos em alta definição, devido a isso, “foi denominada por zapear de uma coisa
para outra, olham televisão, ficam no telefone, no computador entre outras coisas,
simultaneamente” (BORGES; SILVA, 2013, p. 4).
Este fato demonstra outra característica da geração Z, que é o seu comportamento
orientado por um número grande de informação, pois tudo que acontece é noticiado em tempo
real. A geração Z está começando no mercado de trabalho e é imediatista e exigente, mas
também pró-ativa e empreendedora(SILVA, 2011).
Em termos políticos e econômicos, vivenciou na sua infância a crise das hipotecas
imobiliárias nos Estados Unidos, em 2008, com repercussões mundiais, e vem presenciando o
medo do terrorismo em escala mundial, os conflitos migratórios e a intensificação de vários
conflitos étnicos e geográficos no mundo.

2.3 Estrutura Etária e Mudanças no Perfil Geracional dos Estagiários no Brasil


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Segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística- IBGE, o


número de idosos cresceu 18% em 5 anos e ultrapassou 30 milhões em 2017.
A população brasileira manteve a tendência de envelhecimento dos últimos anos e
ganhou 4,8 milhões de idosos desde 2012, superando a marca dos 30,2 milhões em 2017,
segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – Características dos
Moradores e Domicílios.
Em 2012, a população com 60 anos ou mais era de 25,4 milhões. Os 4,8 milhões de
novos idosos em cinco anos correspondem a um crescimento de 18% desse grupo etário, que
tem se tornado cada vez mais representativo no Brasil. As mulheres são maioria expressiva
nesse grupo, com 16,9 milhões (56% dos idosos), enquanto os homens idosos são 13,3
milhões (44% do grupo).
Entre 2012 e 2017, a quantidade de idosos cresceu em todas as unidades da federação,
sendo os estados com maior proporção de idosos o Rio de Janeiro e o Rio Grande do Sul,
ambas com 18,6% de suas populações dentro do grupo de 60 anos ou mais. O Amapá, por sua
vez, é o estado com menor percentual de idosos, com apenas 7,2% da população.
A gerente da PNAD Contínua, Maria Lúcia Vieira explica que no mundo todo vem se
observando essa tendência de envelhecimento da população nos últimos anos. Ela decorre
tanto do aumento da expectativa de vida pela melhoria nas condições de saúde quanto pela
questão da taxa de fecundidade, pois o número médio de filhos por mulher vem caindo. ”Esse
é um fenômeno mundial, não só no Brasil. Aqui demorou até mais que no resto do mundo
para acontecer”(IBGE, 2017).
Os gráficos abaixo demonstram essas mudanças demográficas.
Gráfico 1 - Evolução etária no brasil

Fonte: IBGE, Censo demográfico 1960-2010


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Gráfico 2 - Distribuição da população por sexo e grupo de idade em 2017

Fonte: IBGE. PNAD Contínua- Características de domicílio e moradores

Nesse contexto de mudanças etárias, é possível perceber a presença dos idosos nas
faculdades em busca de qualificação ou de uma nova profissão. Segundo matéria do site
G1(CAVALLINI, 2018), com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira- INEP, de 2014 para 2015 o número matriculados dessa faixa
etária cresceu 8,5%. Para mudar de carreira, profissionais mais velhos apostam no estágio
como porta de entrada.
Nesta mesma matéria, o superintendente nacional de atendimento do Centro de
Integração Empresa Escola- CIEE, Luiz Gustavo Coppola explica que o perfil dos estagiários
mais velhos é basicamente de pessoas que já têm uma profissão, mas sem formação superior,
e que decidem fazer a graduação e tentar uma nova carreira. Também é comum que mulheres
acima de 40 anos que interromperam a carreira para cuidar dos filhos ou não tiveram tempo
nem renda para estudar antes, busquem uma graduação tardia ingressando em programas de
estágio na expectativa de conseguir depois um emprego na nova área.
No CIEE, os cursos mais procurados pelos estagiários com mais de 40 anos são
pedagogia, direito, psicologia e enfermagem.
Segundo Luiz Gustavo Coppola, a instituição identifica o candidato que seja mais
próximo do perfil da vaga, e isso independe da idade. “Em alguns casos, os mais velhos
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levam vantagem por serem mais experientes nas situações de trabalho e acabam se
tornando mentores dos mais novos”, afirma Coppola.
O superintendente do CIEE aponta que a rotatividade nos estágios é menor entre os
mais velhos. “O estagiário de mais idade está mais decidido com o que quer, normalmente
ficam até o final do contrato até serem efetivados. Já o jovem ainda está experimentando, se
percebe que não é o que quer, ele vai buscar uma outra oportunidade”, segundo Coppola.
Em janeiro, o Centro de Integração Empresa Escola-CIEE, contabilizava 6,2 mil
estagiários com idades acima de 40 anos, 3,5% do total de 179 mil. Segundo levantamento
feito pela recrutadora de estagiários, essa proporção tem se mantido desde 2013, conforme
tabela abaixo:

Tabela 1-Número de estagiários e proporção da faixa etária acima dos 40 entre o total

 
Fonte: Elaborado pelo site G1 com informações do Centro de Integração Empresa Escola - CIEE

Já no Núcleo Brasileiro de Estágios-NUBE, o número de vagas para essa faixa etária


tem se mantido perto de 200 ao ano desde 2012,conforme tabela abaixo:
Tabela 2 - Número de estagiários acima dos 40 anos no Nube

Fonte: Núcleo Brasileiro de Estágios - NUBE


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Para Yolanda Brandão, gerente de treinamento do Nube, os estagiários mais velhos buscam a
faculdade que não puderam fazer para ter a carreira que os realize ou fazem a segunda graduação para
ter outras opções de inserção no mercado.
Segundo ela, esses profissionais preferem cursos tradicionais e valorizados, como pedagogia e
direito, ou que tenham um leque grande de empregabilidade, como administração.

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Como métodos de pesquisa, foram realizadas pesquisas bibliográficas ”realizadas


em obras, artigos científicos, sites especializados e revistas indexadas que abordam o
assunto”(ANDRADE, MENDES, CORREA, ZAINE, OLIVEIRA, 2012, p.1).

A outra abordagem utilizada no estudo refere-se à qualitativa, na qual foram


realizadas entrevistas individuais, no local de trabalho, com quatro servidores públicos
federais, durante o mês de maio de 2018, utilizando-se um roteiro estruturado com três
questões, todas as entrevistas foram gravadas com o devido consentimento dos
participantes, sendo posteriormente transcritas e analisadas.
Quanto ao perfil dos quatro entrevistados, três são do sexo feminino, e um do sexo
masculino, todos graduados, em áreas como administração, música, nutrição e direito.
Estão no serviço público em períodos que variam entre cinco e dezessete anos.

4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

Os quatro servidores públicos que responderam às entrevistas, são denominados


nesta pesquisa como, CF, que corresponde a chefe de seção, e os outros três servidores
lotados nos cargos de assistente administrativo, são chamados de A1, A2, e A3.
Quando perguntados se foram percebidas mudanças na faixa etária dos
estagiários nos últimos anos, todos responderam que sim, com um consenso nas
respostas, também quanto ao período que correspondente aos dois últimos anos, segundo
CF “[...]foram quatro estagiários, um após o outro, com mais de quarenta anos, realmente
me chamou a atenção”.
Quando perguntados sobre atributos relacionados às gerações Baby Boomers e
X, que contribuam na realização do estágio, CF relatou que a seção estava tendo
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dificuldade em reter os estagiários mais jovens, devido a natureza repetitiva do


trabalho”[...]é um trabalho que envolve rotina[...]os estagiários mais velhos, acham esse
fator secundário, uma estagiária já me disse que o importante é estar atuando na área de
estudo, para ter experiência”. Para A1 e A3, se percebe mais motivação no trabalho, mas
principalmente em relação aos estudos, A3 comentou que “[...] estão sempre trocando
informações sobre assuntos de estudo[...] esse interesse eu não achei tão visível nos mais
novos que passaram por aqui’.
A2 relatou que o trabalho na seção envolve o atendimento telefônico de pessoas
idosas, “[...] os mais jovens, até mesmo por não terem uma bagagem de vida, tinham
dificuldades em lidar com esse público, que muitas vezes precisa de atenção[...]os
estagiários mais velhos conversam um pouco mais”.
Além disso três dos quatro entrevistados mencionaram o rompimento de
estereótipos sociais quanto ao tema das gerações e o tempo adequado para a realização de
estágios, como um fator positivo, para CF ”[...] enquanto a pessoa tiver interesse e
motivação, toda idade é boa para estudar e trabalhar com aquilo que se gosta”. Para A1
“não existe idade certa para estagiar, a função do estágio é preparar o estudante para
atuar na área em que está estudando, e isso independe da idade”. A2 mencionou “[...]
geralmente quando se pensa num estagiário se imagina um jovem, essa quebra de
estereótipos é bem positiva para as pessoas verem que não devem se prender a
convenções[...] não deixar de fazer aquilo que acham melhor, por vergonha ou medo da
opinião dos outros”.
Quando perguntados sobre dificuldades relacionadas às gerações Baby
Boomers e X, em relação a realização do estágio, dificuldades em relação a defasagem
de conhecimento em informática foram citadas por dois entrevistados, CF mencionou o
caso de um estagiário de cinquenta e seis anos, que na entrevista já informou a sua
dificuldade, mas também argumentou que tinha muito interesse em aprender”[...]tanto a
sinceridade, como a disposição determinaram que ele fosse aceito, inclusive nós temos
vários cursos online a disposição dos servidores e dos estagiários, para que eles possam
melhorar o conhecimento em informática[...]não me arrependi da escolha, além de ter
outras qualidades, aos poucos e com o apoio dos colegas ele foi aprendendo o necessário
para o trabalho na seção”.
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A3 conta que os estagiários mais velhos”[...]alguns, não todos[...]já solicitaram


instruções mais detalhadas em relação às tarefas no computador”[...]melhor perguntar do
que fazer tudo de novo[...] eu sempre digo para todos os estagiários, pode perguntar não
tem problema”. Também acrescentou:”Acho que como eles tiveram que conciliar trabalho
em tempo integral com outras responsabilidades como contas e filhos, estão encontrando
no estágio, condições para se aperfeiçoar”.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este artigo pretendeu conhecer, como é vista a participação das gerações Baby
Boomers e X, nos programas de estágio de um orgão público federal. Para explorar o
tema, buscou-se demonstrar o processo histórico de cada geração, sob uma perspectiva
sociológica, bem como as descrições encontradas relativas às gerações. Também foi
realizada análise dos fatores demográficos envolvidos.
Foi possível observar correspondência entre o referencial bibliográfico pesquisado e
o evento da ampliação do número de participantes das gerações Baby Boomers e X em
programas de estágio.
A partir das respostas obtidas nas entrevistas, constatou-se que a função do estágio
de promover o desenvolvimento e a aprendizagem do estagiário, relacionados com a
profissão escolhida, não permite a criação de estereótipos sociais, incluindo os relativos a
idade
Este estudo encontra limitações em função do pequeno grupo pesquisado. Também
por este grupo ser pertencente somente ao setor público.
Para expandir o contexto da análise, sugere-se a realização de entrevistas em
organizações da iniciativa privada. Aspectos como a percepção dos próprios estagiários
sobre a sua inserção no ambiente organizacional, por exemplo, poderiam ser considerados
em um novo estudo.
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