Agricultura de Precisão
na Semeadura
Recapitulando ..........................................................................................................................................................15
Recapitulando ......................................................................................................................................................... 23
Recapitulando ......................................................................................................................................................... 29
Recapitulando ......................................................................................................................................................... 37
Aula 2 » Tipos de barras de luzes ............................................................................................................................ 38
Recapitulando ......................................................................................................................................................... 42
Recapitulando .........................................................................................................................................................50
Recapitulando ......................................................................................................................................................... 62
Recapitulando .........................................................................................................................................................70
Recapitulando ......................................................................................................................................................... 79
Recapitulando ......................................................................................................................................................... 87
Recapitulando ......................................................................................................................................................... 92
Gabarito ........................................................................................................................................................................................................120
Referências...................................................................................................................................................................................................121
Introdução ao curso
Você sabia que a semeadura é uma das operações mecanizadas mais complexas dentro do
processo agrícola? É a etapa que precisa de monitoramento mais constante e, na maioria das
vezes, é realizada junto com a adubação, sendo de fundamental importância para o sucesso
da lavoura.
Mas antes de entrar no tema da semeadura em si, vale explorar um pouco a correta formação
dos estandes e sua relação com a produtividade.
estandes
Cada cultura tem um número certo de plantas por metro de linha ou por hectare, ou seja, um
estande apropriado que varia para cada tipo de cultivo.
Por um lado, você pode afirmar que uma maior produtividade se dá quando se coloca o maior
número de plantas no mesmo terreno de cultivo. Por outro, sabe-se que a realidade não é bem
assim: o exagero na densidade de plantas gera competição por luz, água e nutrientes, o que
prejudica o desenvolvimento do plantio, e consequentemente a produção.
mapa de variabilidade
Mapas que orientam a semeadura conforme análise do solo e de suas características. Veja
conceito completo no próximo módulo.
Outro dispositivo muito utilizado nas semeadoras-adubadoras modernas é a barra de luzes. Elas
proporcionam diversas vantagens à distribuição de sementes e adubos, orientando o operador
do trator a definir melhor a distância entre passadas e o alinhamento de plantio.
Pois bem, uma vez que as sementes são depositadas dentro do solo, é um grande risco aguardar
até o fim da colheita para verificar se a operação foi bem-sucedida ou não. Para auxiliar neste
gerenciamento e evitar perdas, pode-se utilizar diversos tipos de sensores, estrategicamente
dispostos na máquina, que permitem a coleta de dados para avaliar, em tempo real, o funciona-
mento dos dosadores e de outros mecanismos.
Neste curso, portanto, você vai conhecer as ferramentas da agricultura de precisão disponíveis
para uso em semeadoras e, dessa forma, aprimorar ainda mais o seu conhecimento das técnicas
de plantio, estudando os seguintes assuntos:
Agricultura de Precisão
na Semeadura
» Módulo 1: Semeadura a Taxa Variável
Ao longo deste módulo, você vai perceber que a semeadura a taxa variável depende de uma
série de dispositivos e equipamentos que equipam as semeadoras-adubadoras. Para tanto, a
máquina deve ser equipada com um GPS, que vai cruzar informações com os mapas de recomen-
dação e de variabilidade e, assim, reconhecer a localização e a recomendação da densidade de
semeadura em cada área.
Você vai compreender que, por via de regra, nos locais com maior potencial de produtividade
deve-se recomendar uma maior densidade de semeadura, enquanto que nas áreas com baixo
potencial produtivo, deve-se aceitar esta menor produtividade e recomendar uma pequena taxa
de semeadura e de aplicação de fertilizante, de forma a reduzir os gastos com estes insumos.
Aula 1
A importância da semeadura a taxa variável
Os solos brasileiros, em especial os solos do bioma do cerrado, apresentam grandes variabili-
dades em seus atributos, mesmo em pequenas distâncias horizontais. Isso faz com que o cultivo
responda de formas diferentes ao plantio de sementes, ocasionando muitas vezes pouca produ-
tividade. Dessa forma, realizar a semeadura levando-se em consideração a diversidade do solo
é fundamental para aumentar a eficiência produtiva.
Você já estudou que a Agricultura de Precisão é um dos melhores benefícios que a tecnologia
vem trazendo ao campo. A título de comparação, vemos muitas vezes na agricultura convencio-
nal erros de semeadura que poderiam ser evitados, como você verá a seguir.
Fonte: Embrapa
Economia na Semeadura em uma menor densidade nas áreas com baixo po-
Utilização de tencial produtivo, tais como, solo de menor fertilidade ou com
Sementes limitação na parte física, proporcionando economia na utilização
de sementes e de fertilizante, que são insumos de alto custo ao
produtor.
Além disso, estas semeadoras apresentam recursos que permitem acompanhar e garantir a qua-
lidade da semeadura.
É importante frisar que a relação entre a densidade de semeadura e a produtividade varia con-
forme a cultura, ou seja, os estandes são o resultado da semeadura mais densa ou menos densa,
de acordo com a espécie plantada.
Recapitulando
Nesta primeira aula, você estudou que a semeadura a taxa variável é uma ferramenta de grande
importância ao produtor rural, pois visa à otimização do uso dos insumos e ao aumento da pro-
dutividade das lavouras. A distribuição de fertilizantes e sementes de acordo com a variabilida-
de dos atributos tem como objetivo aumentar a densidade de plantio nas áreas que têm maior
potencial produtivo, e reduzir a densidade naquelas com menor potencial, fazendo também o
ajuste na dose do fertilizante de acordo com esta variabilidade.
Desta forma, é possível reduzir a quantidade total de insumos utilizados, além de aumentar a
produtividade devido à utilização de critérios técnicos para determinação da taxa de semeadura
e do estande ideal de plantas na área.
Aula 2
Equipamentos utilizados nas semeaduras a taxa variável
Na aula anterior, você pôde conferir como é importante a semeadura ser feita sob a forma de
taxa variada. Para viabilizar esta operação, as semeadoras-adubadoras apresentam uma série de
equipamentos que permitem a inserção de informações, o acompanhamento da semeadura e a
automação da operação de forma variável e com grande precisão.
Ao fim desta aula, você deverá ser capaz de identificar os principais equipamentos utilizados nas
semeadoras para distribuição variável de sementes, e reconhecer o papel de cada um deles.
O sucesso do estabelecimento e produção de uma lavoura começa com uma boa semeadura e
um bom estande de plantas na área. Para tanto, alguns critérios técnicos devem ser cuidadosa-
mente determinados e acompanhados durante a semeadura, como os seguintes:
Semeadora
Saiba Mais
Além disso, é sempre bom ter em mente que o sistema dosador de sementes nas máquinas deve
ser escolhido de acordo com a realidade e disponibilidade de cada propriedade.
Tópico 2
Demais equipamentos importantes para a semeadora à taxa variável
Antena Receptora de
Sinal DGPS
Fonte: <http://www.tecnoparts.
agr.br/novidades/71-sistema-au-
to-pilot-conheca-as-vantagens>.
Monitor
Cabos e conectores
Cabos e conectores.
Fonte: Senar, 2013.
As configurações dos controladores de semeadura variam de acordo com cada marca ou mode-
lo. Portanto, para maior segurança e precisão na semeadura, o operador deve ler e reconhecer
a configuração do controlador utilizado, bem como dos demais equipamentos necessários na
operação. Algumas configurações específicas serão abordadas detalhadamente em uma aula
mais adiante.
Confira o site da fabricante de tratores Valtra muito conhecida pelo setor sucroalcooleiro
para conhecer alguns modelos de plantadoras e adubadoras: <www.valtra.com.br/produ-
tos/implementos/plantadeiras>.
Cheque também o Material Complementar I deste curso, no fim deste m dulo. Trata-se de
um material de divulgação com especificações técnicas da plantadora adubadora Valtra
modelo HiTech BP905M.
Não esqueça que os materiais complementares deste curso também estão disponíveis para
download no Ambiente de Estudos!
Recapitulando
As semeadoras-adubadoras para agricultura de precisão são equipadas com uma série de dispo-
sitivos e equipamentos que permitem a semeadura a taxa variável. A máquina deve ser equipada
com um GPS para que, em conjunto com o controlador, reconheça a localização e a recomenda-
ção da densidade de semeadura em cada área. Através de comandos hidráulicos ou elétricos,
sempre que necessário, ocorre uma variação na rotação dos motores que determinam a distri-
buição de sementes nas linhas de semeadura. Por meio de um monitor, é possível acompanhar
todas as informações sobre a operação, por exemplo, a falta de sementes em determinada linha,
e a velocidade de deslocamento da máquina, determinada por um sensor ou radar.
Aula 3
Mapas de variabilidade na semeadura à taxa variável
A operação de semeadura a taxa variável em áreas com grande variabilidade pode reduzir gas-
tos com insumos e aumentar a produtividade da lavoura. Desta forma, os critérios utilizados para
análise e elaboração do mapa de semeadura são de grande importância.
Como você estudou no começo do curso, os solos brasileiros apresentam grande variabilidade
espacial em seus atributos, por isso, deve-se conhecer e considerar estas variações para tomar
as decisões mais acertadas de manejo.
A esta altura, você sabe dizer prontamente qual é a diferença entre a agricultura tradicional e a
de precisão?
Em áreas onde há grande variabilidade nos atributos do solo, o acréscimo no retorno econômico
proporcionado pela prática da semeadura a taxa variável é muito maior do que o valor propor-
cionado pelo cultivo mais homogêneo.
A seguir, você pode conhecer alguns dos mapas de variabilidade gerados na propriedade e suas
interpretações para elaboração do mapa de recomendação da semeadura.
Vale lembrar que existem softwares que auxiliam na interpretação em conjunto destes mapas
de variabilidade, ajudam o profissional a tomar a melhor decisão e a realizar o mapa de reco-
mendação de semeadura de acordo com a in uência de cada característica analisada sobre a
produtividade.
Para fechar esta aula, re ita um pouco sobre a seguinte questão antes de seguir para o final do
módulo: se a semeadura deve ser aplicada apropriadamente apenas nas subáreas de carac-
terísticas adequadas para a lavoura, onde serão aplicados os procedimentos de agricultura de
precisão para a correção do solo?
Agora, siga para o final da aula e faça as atividades de aprendizagem relacionadas ao m dulo
Nas pr ximas páginas, você vai encontrar a atividade de aprendizagem para verificar os conhe-
cimentos construídos ao longo deste módulo. Não esqueça que você deve entrar no Ambiente
de Estudos para registrar as respostas no sistema, que também vai liberar o próximo módulo de
conteúdo!
a) A semeadura à taxa variável deve ser feita indiscriminadamente para qualquer tipo de
solo e cultura semeada.
b) A produtividade das lavouras pode ser aumentada por meio da semeadura a taxa variável.
c) A variação na taxa de semeadura é importante mesmo nas situações em que não se co-
nhece a variabilidade da área.
d) Para maior eficiência técnica e econ mica, é importante realizar a semeadura a taxa variá-
vel, e manter a taxa de aplicação de fertilizante constante.
2. De acordo com o que você estudou nesta aula, analise as afirmativas seguintes e marque a
alternativa correta.
a) s subáreas com menor potencial produtivo devem receber maior densidade de semeadura
e maior dose de fertilizante para compensar sua produtividade.
b) Os mapas de variabilidade da produtividade da área podem ser desprezados, uma vez que
se referem a safras passadas.
d) Subáreas com alto teor de matéria orgânica devem, obrigatoriamente, receber maior den-
sidade de semeadura.
Sabe-se que os sistemas de semeadura convencional utilizam técnicas para marcação e orienta-
ção no campo que apresentam grandes margens de erro. Para minimizá-los e garantir a precisão
do espaçamento entre as passadas, a barra de luzes se apresenta como boa solução. Você co-
nhece esta ferramenta?
Portanto, ao longo deste módulo, serão apresentados os conceitos relativos à barra de luzes,
bem como sua importância para a semeadura, seus tipos e principais ferramentas. Vamos lá?
Aula 1
A importância da barra de luzes
Através da ação da barra de luzes, a agricultura de precisão consegue aumentar a eficiência e a
precisão na semeadura. A utilização desse método implica em diminuição de custos, de danos
ambientais e culturais, evitando também sobreposições ou perdas na semeadura e distribuição
de fertilizantes.
Portanto, ao final desta aula, espera-se que você esteja apto a reconhecer as vantagens do uso
da barra de luzes para a semeadura.
O período de semeadura normalmente segue uma agenda curta, porque é dependente das con-
dições do solo e do clima, além, claro, da disponibilidade de máquinas e funcionários etc. É pre-
ciso conciliar todos estes fatores para que a semeadura ocorra.
Neste cenário, o produtor se empenha ao máximo em ter alto rendimento nesta operação, apro-
veitando as condições climáticas favoráveis, além de esperar o mesmo de seus funcionários.
Assim, o operador pode ficar sobrecarregado com suas atividades, o que pode naturalmente
acarretar certos erros na semeadura.
Até mesmo para os operadores mais experientes e dedicados, é difícil manter um paralelismo
perfeito entre as passadas da semeadora. Portanto, mais um motivo para se utilizar a barra de
luzes.
A finalidade princi-
pal da barra de luzes,
ou dos sistemas de
direcionamento du-
rante a semeadura, é
orientar o operador
no direcionamento
da máquina no cam-
po por meio de sinais
de satélite.
O sistema de direcionamento via satélite com o auxílio de barra de luzes consiste em um con-
junto de sinais luminosos ligado a um processador que recebe a informação de posicionamento
de um receptor GPS. Eles oferecem a informação visual sobre a rota programada através de um
conjunto de luzes indicativas dispostas à frente do operador, que pode assim manter o equipa-
mento no caminho certo.
• Mapas de semeadura.
• Ocorrência de falhas e
sobreposições.
• Velocidade de trabalho.
• Área semeada.
Vantagens
Recapitulando
Nesta aula, você pôde compreender que os sistemas tradicionais de semeadura utilizam deter-
minadas técnicas de orientação ou marcação que não garantem a precisão do espaçamento
entre as linhas de passadas, o que proporciona gastos maiores com insumos e também perda
de produtividade da lavoura. Desta forma, a barra de luzes, ou sistema de direcionamento, surge
como uma ferramenta importante da agricultura de precisão para orientar o operador no direcio-
namento da máquina no campo, por meio de um sistema de orientação por satélites, emitindo
sinais luminosos num painel a sua frente. O uso da barra de luzes garante uma maior precisão no
paralelismo entre as passadas da semeadora, por isso, ela representa uma importante ferramen-
ta para orientação e para garantir maior eficiência técnica e econômica ao produtor.
Aula 2
Tipos de barras de luzes
Na aula anterior, você teve a oportunidade de verificar o quanto as barras de luzes são impor-
tantes para a qualidade da distribuição de sementes. Mas você sabia que o produtor pode fazer
uso de vários tipos de barras?
As primeiras barras possuíam apenas uma sequência de luzes que orientava o operador quanto
ao alinhamento correto a ser seguido. Porém, como as operações de semeaduras exigem maior
rigor na qualidade do serviço, é importante empregar barras com monitor integrado ou com
sistema de autodirecionamento.
O conhecimento desses dois tipos deve ser bem assimilado pelo operador para que ele possa
fazer uso adequado dos equipamentos.
Portanto, o objetivo específico dessa aula é de que você possa diferenciar os tipos de barras de
luzes mais utilizados nas semeadoras.
A semeadura foi uma das operações que mais se beneficiaram desse avanço, uma vez que o pro-
cesso de marcação de linhas de plantio tornou-se mais simples e eficiente.
De modo geral, as barras de luzes são intercambiáveis, ou seja, as mesmas barras utilizadas no
preparo do solo, aplicação de corretivos e fertilizantes e de defensivos podem ser utilizadas na
operação de semeadura.
Assim, dois tipos de barras de luzes são mais empregados nas operações de semeadura: barra
de luzes com monitor integrado e barra de luzes com autodirecionamento.
Tópico 1
Barras de luzes com monitor integrado
A barra de luzes com monitor integrado é formada por uma sequência de 15 a 20 leds de dio-
dos emissores de luzes com cores vermelhas e verdes. Abaixo das luzes está o monitor onde é
possível verificar diversas informações. Elas são colocadas nas cabines dos tratores em locais de
fácil visualização, e normalmente ficam logo em frente ao campo de visão do operador. As telas
dos monitores mais modernos possuem tecnologia touchscreen, o que permite o acesso rápido
e amigável a diversas informações, como mapas de semeadura, erro no alinhamento, área se-
meada, densidade de sementes depositadas etc.
Touchscreen
Tela sensível à pressão, que dispensa a necessidade de outros equipamentos como teclados.
As barras de luzes operam mediante sinas de satélites de navegação e, nesse caso, aquelas que
captam sinais das portadoras L1 e L2 possuem melhor desempenho para a semeadura, pois re-
sultam em erros menores. Outra característica importante é a capacidade de se receber sinais
de satélites NAVSTAR e também GLONASS, permitindo assim reduzir os erros no alinhamento.
Sinais de satélites
Além disso, as barras devem ser compatíveis com a tecnologia de comunicação digital serial
Controller Area Network (CAN). Essa observação se torna importante, tendo em vista o grande
número de empresas fabricantes desses produtos, e a falta de normas internacionais que as
obriguem a seguir um padrão de tamanho e forma para os dispositivos, com o objetivo de reali-
zar conexões de transferências de dados.
As barras de luzes com sistema de autodirecionamento são também conhecidas como piloto
automático. Surgiram do desenvolvimento tecnológico das barras de luzes mais simples, e agre-
garam capacidade de automação do trator. A finalidade básica desse sistema é direcionar auto-
maticamente o trator por meio de um mecanismo orientado pela barra de luzes, acoplado ao
sistema de direção do equipamento.
Os pilotos automáticos também trabalham com um sistema de correção das inclinações impos-
tas pelo terreno, que eventualmente poderiam comprometer a distribuição de sementes pela
variação da pressão no interior do depósito.
Saiba Mais
Antes de avançar no curso, que tal conferir a apresentação de um modelo de barra de luzes
da empresa Jacto <www.otmis.com.br>? Uma matéria do programa de TV Marcas e Máqui-
nas, do Canal Rural <www.canalrural.com.br>, sobre este equipamento, pode ser visualiza-
do no seguinte link: <www.youtube.com/watch?v=sP_FRpU4G3g>.
Recapitulando
Nesta aula, você pôde verificar que os tipos de barras de luzes mais adequados para a operação
de semeadura são aqueles que apresentam monitor integrado e sistema de autodirecionamento.
O primeiro tipo consiste em uma sequência de luzes ou setas vermelhas e verdes, que indicam
ao operador para onde direcionar o trator em caso de falta de alinhamento. O segundo sistema
de barra de luzes é comumente conhecido como piloto automático e é mais avançado do que o
primeiro. Este último gera erros menores pois, nesse caso, a direção é monitorada e executada
por mecanismos eletrônicos posicionados diretamente no volante na barra de direção.
Aula 3
Configuração dos componentes das barras de luzes
Os procedimentos de configuração das barras de luzes para a operação de semeadura são se-
melhantes aos procedimentos de configuração das operações de distribuição de corretivos e
fertilizantes e aplicação de defensivos. Este fato indica que é muito importante que o operador
conheça adequadamente as características da semeadora e atente para os detalhes operatórios
que o modelo de barras utilizado possa exigir para a operação de plantio.
Para tanto, o operador deve estar familiarizado com as partes constituintes do equipamento e
realizar sua montagem de forma adequada.
As barras de luzes evoluíram de forma sistemática nos últimos anos, e seus componentes estão
cada vez mais sofisticados. Acompanhe na ilustração os componentes típicos de um sistema de
barra de luzes atual.
Barra de luzes
Ventosa
Monitor
Chicote
Conectores
Ao fixar a barra de luzes dentro da cabine, deve-se atentar para alguns cuidados importantes,
visando manter condições apropriadas de trabalho e boa estrutura operacional. O monitor e
barra, por exemplo, algumas vezes são partes constituintes da mesma peça e devem ficar no
campo de visão e ao alcance das mãos do operador, sem dificultar a visibilidade de outras partes
importantes, como painel, alavancas e parte frontal do trator.
O monitor e a barra são fixados por ventosas que se prendem ao vidro do para-brisas ou à coluna
da capota por pressão. O local de fixação deve ser adequadamente higienizado para facilitar a
fixação, e contribuir com o prolongamento da vida útil da borracha da ventosa.
Atenção ao local de aplicação da ventosa: ele deve ser limpo com pano úmido e preferen-
cialmente com limpadores e condicionadores recomendados pelo fabricante. Nunca com
solventes, gasolina ou outros produtos agressivos à borracha.
A seguir, confira um breve check list de cuidados para uma correta instalação da barra de luzes.
Tópico 3
Configuração da barra de luzes
Uma vez instalada a barra de luzes, é preciso configurar o seu monitor. Para fazer esta configu-
ração, o operador deve realizar treinamento específico para o modelo que tem à sua disposição.
Em geral, os fabricantes providenciam esse treinamento no momento da entrega do produto.
Além disso, deve ser feita uma leitura atenta e constante no manual para tirar qualquer dúvida.
O manual deve ser conservado em local de fácil acesso onde possa ser bem preservado.
É fundamental que o operador conheça o trator e a semeadora que vai operar. Além de
proporcionar melhor qualidade do serviço, esse conhecimento está relacionado com questões
de segurança durante a operação.
A largura de trabalho é uma das primeiras informações que será utilizada durante os procedi-
mentos de configuração do monitor da barra de luzes. Esses procedimentos variam de acordo
com o modelo e fabricante do equipamento.
Largura
nominal de
trabalho
Utiliza-se essa função quando se deseja operar apenas com parte dos
Registro das mecanismos de distribuição de sementes. Esse procedimento se ade-
seções a serem qua às operações nas bordaduras e arremates de plantio. Nesse caso,
utilizadas o equipamento deve ser dotado de válvulas que permitam a abertura
e o fechamento em cada unidade semeadora separadamente.
Registro Essa é uma das partes mais importantes durante a preparação da bar-
das guias de ra de luzes. Trata-se da definição do percurso que o equipamento irá
referências realizar. Acompanhe na sequência mais informações a respeito.
No caso da definição das guias de referência, no geral têm-se três possibilidades de percursos
para se percorrer no plantio.
Para a definição dos trajetos, deve-se posicionar o trator no ponto que representa o início da
operação (ponto A). Em geral, as telas dos monitores indicam para o operador o momento de
pressionar a tecla com a letra correspondente ao ponto que deve ser marcado. Nesse caso, a
tecla irá piscar, indicando a necessidade de definir esse ponto.
A B C D
Saiba Mais
Para visualizar uma simulação de configuração e operação de barra de luzes, acesse o site
da Plantium AG-Electronica, empresa sediada em Curitiba-PR, no seguinte endereço: <www.
plantium.com.br/Resources/Puntoab.swf>
Recapitulando
Nesta aula, você estudou que para configurar a barra de luzes utilizadas nas semeadoras é muito
importante estudar as características da máquina utilizada, bem como a correta instalação dos
equipamentos no trator. Durante a configuração, deve-se atentar para os detalhes exigidos pelo
modelo da barra, como as unidades de medidas e a própria sequência de execução dos proce-
dimentos.
Nas próximas páginas, você vai encontrar a atividade de aprendizagem para verificar os conhe-
cimentos construídos ao longo deste módulo. Não esqueça que você deve entrar no Ambiente
de Estudos para registrar as respostas no sistema, que também vai liberar o próximo módulo de
conteúdo!
c) A utilização da orientação por barra de luzes reduz o tempo de trabalho da máquina du-
rante o dia.
a) As barras de luzes com monitores integrados são mais eficientes na correção do alinha-
mento das semeadoras em relação àquelas com piloto automático.
c) As barras de luzes com piloto automático universal geram erros elevados devido aos erros
existem nos sinais dos satélites.
d) As barras de luzes com piloto automático integrado são constituídas de dispositivos colo-
cados diretamente no volante ou na barra de direção do trator.
a) A fixação do monitor e do receptor de sinal GNSS deve ser feito por parafuso para permitir
maior robustez durante a operação.
d) As guias de referência traçadas no monitor das barras de luzes utilizadas nas semeadoras
são apenas retas.
A esta altura do curso, você já estudou que existe uma grande diversidade de equipamentos e
recursos para se alcançar uma melhor precisão no processo de semeadura. Além de todo o ma-
quinário técnico já estudado, é importante destacar também os distribuidores de sementes e fer-
tilizantes para o adequado estabelecimento dos estandes. Deles dependem a correta dosagem
e a deposição uniforme no solo das sementes e dos adubos. Para fazer uso adequado desses
mecanismos, os operadores devem conhecer as características de cada distribuidor visando à
regulagem correta.
Aula 1
Tipos de mecanismos distribuidores de sementes e fertilizantes
A evolução das semeadoras-adubadoras e de seus mecanismos distribuidores foi muito impor-
tante para o crescimento do potencial produtivo que a maioria das lavouras possui atualmente.
Com o advento da agricultura de precisão, eles se tornaram um assunto muito estudado para
que pudessem se tornar cada vez mais automatizados e realizar a distribuição a taxas variadas.
Ao final desta aula, você deve ser capaz de diferenciar os tipos de mecanismos distribuidores de
sementes e fertilizantes que equipam as semeadoras-adubadoras.
Tópico 1
Distribuidores de sementes em linha
• disco perfurado;
• correias perfuradas;
• cilindro canelado; e
• distribuidor pneumático.
Além dos discos perfurados, a distribuição precisa de sementes em linha ainda pode ser feita por
correias perfuradas, cilindro canelado ou distribuidor pneumático. Acompanhe as respectivas
descrições.
Cilindro canelado
Os cilindros canelados são dispositivos utilizados
para distribuição de sementes em linha contínua.
Eles apresentam uma série de ranhuras e giram
sob o depósito de sementes. Em geral, são fabrica-
dos em náilon ou em outro material não oxidável.
Fonte: Fonte: Adaptada de Balastreire.
Tópico 2
Distribuidores de sementes a lanço
Uma vez conhecidos os distribuidores de semente em linha, é hora de aprender sobre os me-
canismos de distribuição a lanço. Estes mecanismos basicamente espalham as sementes pela
força centrífuga, podendo fazer a distribuição a lanço tanto de fertilizantes granulados como de
sementes em geral.
2) chapa raspadora;
TDP
Tomada de Potência.
1) Reservatório;
2) Dosador gravitacional;
3) Agitador mecânico;
A Tomada de Força ou Tomada de Potência (TDP) está localizado na parte traseira do trator
e tem a função de conduzir a potência do motor (torque e rotação) para mover as máquinas
e os equipamentos agrícolas acopladas ao trator como roçadeiras, pulverizadores, distribui-
dores, etc.
Fonte: Wikipedia
Rotor dentado
Dosador helicoidal
Para a distribuição de fertilizantes, há o cilindro canelado, eixo helicoidal, rotor centrífugo e ca-
nhão pendular.
Aula 2
Regulagem dos mecanismos distribuidores de sementes e
fertilizantes
A regulagem dos mecanismos distribuidores de sementes e fertilizantes vai definir todo o suces-
so da operação. As sementes precisam ser depositadas de forma a criar bons estandes, equidis-
tantes e em espaçamentos que favoreçam o crescimento das plantas sem competição entre elas.
Além disso, o fertilizante também deve ser uniformemente distribuído para evitar fitotoxicidade
pelo excesso, ou baixa produção pela pequena quantidade depositada. A definição das quantida-
des de sementes e adubos também é importante para o ajuste da distribuição a taxas variáveis.
Tópico 1
Regulagem quantidade de semente
Para compreender como se calcula a quantidade de semente a ser depositada, vamos usar um
exemplo apropriado. Considere que o objetivo seja regular uma semeadora de milho com os
parâmetros definidos a seguir.
Características
As sementes possuem poder germinativo de 85% e pureza de
das Sementes e
98%, as plântulas possuem índice de sobrevivência de 90%.
Plântulas
Equação 4
Em que:
EES = espaçamento entre sementes, m.sem-1;
NSm = número de sementes por metro;
C = capacidade de enchimento do disco dosador, %.
Logo:
1
EES = x 0,90 EES = 0,27m.sem-1
3,33
P 2,41
Sem.volta -1
= Sem.volta-1 = Sem.volta-1 = 9sem.volta-1
EES 0,27
P = Perímetro da roda motriz, m.
Saiba Mais
Depois da regulagem de sementes, é hora de entender como se fazem os cálculos para regula-
gem do adubo no caso da semeadora de milho. O raciocínio é similar, e a seguir serão apresen-
tadas duas etapas por meio de equações.
q
Q= .1000
L
Equação 1
Em que:
Q = quantidade de adubo, g m-1;
Q = dosagem recomendada, kg ha-1
L = distância percorrida, m ha-1.
Logo:
400 x 1000
Q= Q = 20gm -1
20000
Como confirmar se a quantidade está correta? Essa verificação pode ser feita
colocando-se um recipiente na saída do tubo de descida e coletando a quantida-
de depositada no recipiente em dez metros. No caso, deve-se coletar 440 g.
Aferição alternativa:
Conclusão Outra forma de conferir se a quantidade de adubo depositada está correta é atra-
vés da análise do número de voltas na roda motriz suspensa.
Considerando-se que a roda motriz possui um diâmetro de 0,70 m, tem-se que o
seu perímetro (PI x D) é de 2,199 m por volta.
Logo:
Saiba Mais
Nas próximas páginas, você vai encontrar a atividade de aprendizagem para verificar os conhe-
cimentos construídos ao longo deste módulo. Não esqueça que você deve entrar no Ambiente
de Estudos para registrar as respostas no sistema, que também vai liberar o próximo módulo de
conteúdo!
a) A patinagem da roda motriz representa uma maior velocidade nos eixos dos dispositivos
dosadores de sementes e fertilizantes.
b) A baixa capacidade de enchimento dos discos dosadores reduz o espaçamento entre se-
mentes.
d) O ajuste na quantidade de semente pode ser feito pela troca dos discos dosadores e alte-
ração nas engrenagens motoras e movidas nos mecanismos de transmissão.
Nas aulas anteriores, você estudou que as semeadoras são constituídas por diversos tipos de
mecanismos dosadores, e que a maioria deles é acionada pela roda motriz. Além disso, pôde
entender como se faz a regulagem desses mecanismos, e que este é um fator essencial para a
qualidade no estabelecimento das lavouras, sobretudo quando se trabalha com distribuição a
taxa variável na agricultura de precisão.
O próximo assunto é muito importante, e deve ser estudado com atenção: trata-se do monitora-
mento dos mecanismos da semeadora. É o que você conhecerá neste módulo. Vamos lá?
Ao final desta aula, espera-se que você seja capaz de reconhecer a importância dos sensores co-
mumente utilizados nas semeadoras-adubadoras para o correto estabelecimento dos estandes
das lavouras.
Considerando a variabilidade dos solos, a distribuição das sementes pode ser otimizada se for
realizada de acordo com o potencial produtivo de cada parte da área. Para tanto, semeadoras
adaptadas para distribuição a taxas variáveis dispõem de sensores que aumentam ou reduzem
a rotação dos eixos dos mecanismos dosadores, de acordo com o potencial da localização geo-
gráfica da máquina. O tempo de resposta desses dispositivos deve ser o mais curto possível para
que a alteração seja rapidamente processada.
Tópico 1
Desafios da semeadura
Fonte: <http://campossustentaveis.blogspot.com.br/>.
De modo geral, essa operação é realizada por um operador que abre o sulco de plantio manual-
mente e faz a conferência visual do número de sementes por metro, do espaçamento entre elas
e da profundidade em que se encontram.
Para áreas muito extensas, muitas vezes se torna inviável realizar esta operação com os cui-
dados necessários, o que pode comprometer o estabelecimento dos estandes. Entretanto, é
possível instalar alguns sensores para realizar esse monitoramento com elevada eficiência de
desempenho.
Fonte: <http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/Fontes
HTML/Cenoura/Cenoura_Daucus_Carota/plantio.html#fig1>.
Foto: Homero B. S. V. Pessoa
Você pode entender mais sobre segurança no trabalho acessando o programa de Gestão de
Riscos do Portal EaD Senar Goiás.
Recapitulando
Nesta aula, você pôde verificar que os sensores são muito importantes para realizar o monitora-
mento das diversas funções das semeadoras-adubadoras, melhorando em muito a qualidade ge-
ral da operação. Dentre as melhorias, destacam-se a uniformidade de distribuição de sementes
e adubos, e o monitoramento da quantidade de produtos no reservatório. Na maioria das vezes,
esse monitoramento é feito por operadores que estão sujeitos, além das limitações humanas, a
condições de risco durante a operação. Há uma tendência de que, no futuro, todos os fabricantes
disponibilizem máquinas no mercado já com pelo menos alguns desses sensores instalados.
Aula 2
Tipos de sensores utilizados nas semeadoras-adubadoras
Na aula anterior, você estudou que os sensores são muito importantes para melhorar a quali-
dade da operação com as semeadoras-adubadores. Para tanto, as empresas têm investido em
diversos tipos de sensores, interessadas em um mercado em franca ascensão.
É importante que o operador conheça os tipos e a forma de atuação de cada sensor para que
possa fazer deles um uso adequado.
Alias, são essas válvulas e sensores que controlam, com precisão, a distribuição das sementes e
do adubo, e eliminam possíveis variações e falhas que possam ocorrer com os mecanismos de
distribuição convencionais (os quais são acionados pelos rodados da semeadora-adubadora).
Variações nas quantidades aplicadas podem ocorrer devido às oscilações na velocidade da má-
quina. Acompanhe dois diferentes cenários.
Monitor de controle e
programação
Unidade eletrônica de
tratamento de informação
Atuadores elétricos
de regulagem de depósito
Fonte: <http://www.plantium.com.br/images/KIT-PLANTIO.png>.
Basicamente, os sensores utilizados para medição de sementes podem ser de dois tipos.
Sensor óptico
analógico
Fonte: Stara.
Fonte: Stara.
2
3 4
1 Monitor
2 Cabo de força
1 3 Cabo de comunicação monitor-sensores
4 Cabo extensão da semeadora-adubadora
5 Cabo de conexão do sensor 1
Basicamente, todos os sensores podem ser operados apenas por uma central de comando. Em
geral, elas são de fácil operação e possuem interfaces amigáveis, comunicando-se facilmen-
te com o operador.
Saiba Mais
As configurações dos modelos de centrais de comando podem variar de acordo com o modelo
e a marca. Entretanto, alguns procedimentos normalmente são semelhantes entre
elas, por exemplo:
A seguir, você pode acessar informações complementares para ajudá-lo ainda mais na sua
capacitação. O material está separado por tema, assim você pode escolher aquele que mais
lhe interesse:
1) Vídeos demonstrativos de como instalar sensores:
<http://www.prosolus.com>.
Recapitulando
Nesta aula, você teve a oportunidade de conhecer os sensores mais utilizados nas semeadoras-
-adubadoras, e como eles realizam o monitoramento da descida de sementes e fertilizantes para
o solo. Estudou também que outros sensores são empregados na medição da velocidade de
trabalho e da quantidade de sementes e adubo presentes no interior do reservatório. Em geral,
eles são conectados a uma central de comando, de onde se pode monitorar o funcionamento
de todos os sensores, e realizar ajustes necessários. Essas centrais são de fácil entendimento e
possuem interfaces amigáveis.
Aula 3
Principais regulagens dos sensores utilizados nas
semeadoras-adubadoras
Nas aulas anteriores, você estudou sobre a importância dos sensores no monitoramento das
funções das semeadoras. Para que eles desempenhem adequadamente suas funções, é neces-
sário que estejam instalados e ajustados de acordo com as orientações dos fabricantes.
Além disso, a manutenção diária é importante para uma jornada de trabalho sem imprevistos:
deve-se verificar o estado geral de todas as partes do sistema, e realizar limpezas dos conecto-
res, terminais e chicotes.
Portanto, ao final desta aula espera-se que você seja capaz de reconhecer a importância das
regulagens dos sensores para a obtenção de dados confiáveis de distribuição de sementes e
fertilizantes.
Antes de iniciar o trabalho, é preciso que o operador verifique o estado das conexões do chicote
de transmissão de dados e de energia.
Passo 1
Passo 2
Para adequado fornecimento de
energia, recomenda-se que o chi-
cote de alimentação seja conec-
tado diretamente aos terminais
da bateria, e que a tensão esteja
sempre entre 12 e 24 V. A insta-
lação de um fusível proporciona
maior segurança e durabilidade
ao funcionamento do sistema.
Saiba Mais
Tópico 2
Instalação dos Sensores
É possível que, nos primeiros metros de deslocamento, o sistema apresente alguma variação na
medição, o que deve se normalizar logo em seguida.
Entretanto, os sensores magnéticos para medição de velocidades necessitam passar por alguns
procedimentos de regulagem durante sua instalação. Esses procedimentos podem variar entre
os modelos e marcas disponíveis no mercado, mas, de maneira geral, é necessário observar os
cuidados descritos a seguir.
Passo 1
Primeiramente, é necessário instalar o sensor
em um eixo da semeadora (preferencialmente
nos primeiros eixos), de modo que ele tenha ve-
locidade inalterada mesmo após a regulagem
da máquina. No eixo, devem-se fixar os imãs
que acompanham o sensor de velocidade, o
qual deve ficar próximo ao sensor (em torno de
2 mm).
Após a instalação, é necessário que se façam alguns ajustes finais antes do início da operação:
a) com a semeadora parada, posiciona-se o imã na marca circular ao lado do led verde por
aproximadamente três segundos, ao retirar o imã, o led verde deve se acender e perma-
necer aceso;
c) por fim, posiciona-se o imã próximo à marca por alguns instantes, e quando o led se apa-
gar, o sensor estará regulado e pronto para ser utilizado.
Recapitulando
Nesta aula, você estudou que os sensores utilizados nas semeadoras requerem cuidados espe-
ciais concernentes à instalação, manutenção e regulagens para que possam funcionar adequa-
damente. Os sensores que medem a quantidade de sementes e adubos, em geral, são instalados
e já estão prontos para uso, bastando informar na tela a quantidade desejada.
Nas próximas páginas, você vai encontrar a atividade de aprendizagem para verificar os conhe-
cimentos construídos ao longo deste módulo. Não esqueça que você deve entrar no Ambiente
de Estudos para registrar as respostas no sistema, que também vai liberar o próximo módulo de
conteúdo!
c) Os sensores são importantes para o monitoramento das várias funções das semeadoras-
-adubadoras no que diz respeito à qualidade e à segurança da operação.
a) Os sensores responsáveis pelo acionamento dos mecanismos dosadores são do tipo do-
ppler.
d) Cada sensor instalado na semeadora é controlado por uma central, ou seja, deve existir
uma central para cada sensor.
a) A instalação dos chicotes de transmissão de dados deve ser realizada de modo que os
cabos permaneçam esticados ao máximo.
b) Os cabos, conectores e terminais devem ser verificados semanalmente, sob pena de apre-
sentarem mau funcionamento.
d) Os sensores para medição de velocidades tipo magnético devem ser regulados antes de
sua instalação na máquina.
Fonte: shutterstock
Como você pode perceber, a semeadura é uma das etapas mais importantes do cultivo de uma
lavoura. A partir do sucesso da semeadura é que se garante um bom estande de plantas, com
boas condições de desenvolvimento e produção.
Fatores relacionados a erros na semeadura levam a problemas muitas vezes irreversíveis, resul-
tando em redução do retorno econômico da atividade.
Aula 1
Fatores que interferem na eficiência da deposição de sementes e
fertilizantes
Alguns cuidados devem ser observados no momento da operação para garantir que ela seja
realizada com grande eficiência.
De forma geral, podemos dizer que as operações de semeadura seguem as etapas listadas a
seguir.
Após isso, ele deve ser fechado com solo, retornando também a
Etapa 3 palha anteriormente retirada da linha de semeadura, no sistema
de plantio direto.
• falhas em geral.
Uma semeadura com qualidade é obtida pela combinação de inúmeros fatores, dentre eles:
2. espaçamento uniforme; e
Como se pode perceber, a qualidade de semeadura é obtida pela interação de vários fatores, tais
como, bom desempenho dos componentes de corte, sulcadores, compactadores, dosadores e
distribuidores das semeadoras-adubadoras em condições variadas de velocidade e condições
de solo. Dentre os fatores mencionados, daremos destaque a três deles nos próximos tópicos
desta aula.
Tópico 2
Velocidade de deslocamento da semeadora
Durante o deslocamento da semente dentro do tubo condutor, após sair do disco até chegar ao
chão, as sementes sofrem vibrações provocadas pela movimentação da máquina, o que altera o
tempo de queda até o solo e, consequentemente, a uniformidade do espaçamento no sulco de
semeadura.
Agora você pode estar se perguntando: sendo assim, qual será a velocidade ideal de desloca-
mento?
Tópico 3
Características do solo e qualidade da semente
A operação de semeadura direta em solos compactados ou com alto teor de argila é bastante
afetada. Nestes solos, a alta resistência à penetração dos componentes rompedores do solo
proporciona semeaduras em pequenas profundidades, ao passo que a variação da textura do
solo dentro da mesma área pode possibilitar a semeadura em profundidade maior e, assim, cau-
sar redução na eficiência do plantio.
Por outro lado, um solo com bom preparo e mobilização pode oferecer condições mais favoráveis
à semeadura do que áreas com determinados tipos de solo e palhada sobre a superfície no sistema
de plantio direto.
No que diz respeito à qualidade da semente, a uniformidade no tamanho e massa das semen-
tes também podem afetar a eficiência da semeadura. Sementes de uma mesma espécie podem
apresentar variações de tamanho e diferenças por conta de possíveis tratamentos que sejam
necessários (tais como uso de inoculantes, inseticidas e fungicidas).
Por conta das variações anteriormente mencionadas, essas sementes têm seu coeficiente de
atrito alterado dificultando que elas se alojem adequadamente nos alvéolos dos dosadores. Por
este motivo é que se recomenda, na maioria das vezes, o uso de grafite como lubrificante seco,
para reduzir o atrito e facilitar o escoamento das sementes.
O grau de umidade das sementes também pode influenciar. Sementes muito secas podem sofrer
injúrias mecânicas durante a semeadura e comprometer sua eficiência e viabilidade.
Tópico 4
Fatores relacionados à máquina e ao operador
A semeadora deverá estar com sua manutenção e calibração em dia. A regulagem também deve
ser feita sempre antes da operação, para garantir que a máquina funcione da forma planejada. A
utilização dos discos corretos para cada situação, bem como a regulagem da profundidade e do
local de deposição das sementes e do fertilizante são fatores que afetam diretamente a eficiên-
cia da semeadura.
A utilização de discos errados pode proporcionar a passagem de mais de uma semente ou até
mesmo impedir a sua passagem. O adubo e a semente devem ser depositados no solo com
uma distância mínima, vertical e horizontal, para garantir que o adubo não reduza a eficiência
Grande parte dos fatores discutidos anteriormente necessita também de um cuidado do opera-
dor, para que os riscos sejam minimizados.
• estar capacitado, ser responsável e motivado para realizar a operação com qualidade.
Recapitulando
Vários fatores podem interferir negativamente na eficiência da semeadura de uma lavoura. Entre
os principais, destaca-se a velocidade de deslocamento como um dos mais relevantes, uma vez
que reduz a eficiência da semeadura na medida em que se aumenta a velocidade.
Além deste, outros também são importantes e devem ser analisados com atenção, tais como,
textura, compactação e preparo do solo, calibração e regulagem da máquina, profundidade e
distância do fertilizante e da semente, umidade, tamanho, massa e forma das sementes, e capa-
citação do operador para atender a todas as exigências e cuidados da operação.
Aula 2
Principais formas de monitoramento da deposição de sementes e
fertilizantes
Realizar uma boa regulagem da semeadora ajuda a garantir o sucesso na operação. Também é
muito importante conhecer as ferramentas disponíveis para avaliar e acompanhar o andamento
da operação, visualizando os problemas na semeadura e as formas de corrigi-los.
Fonte: Shutterstock.
Fonte: Senar-GO.
Entre softwares existentes no mercado, podemos citar o SeedSense da empresa Precision Plan-
ting. Esta é uma ferramenta para acompanhamento da qualidade dos parâmetros referentes à
operação de semeadura. Nesta ferramenta, existe um sensor de massa no interior do tubo que
leva a semente até o solo, o que possibilita a leitura de quantas sementes estão caindo e de qual
é a distância entre elas.
Fonte: <http://www.precisionplanting.com.br/>.
• Singulation: indica o percentual de sementes que estão sendo liberadas de forma individual.
• Good Spacing: indica o percentual de sementes que estão caindo dentro do espaçamento
determinado.
• Good Ride: indica o percentual mínimo de sementes que devem cair dentro do espaçamento
determinado, considerado tolerável.
Este raciocínio é válido para todas as características avaliadas. Neste caso, é recomendado que o
operador analise o motivo do alerta e corrija-o para atingir às condições desejadas.
Caso o produtor queira receber uma mensagem sempre que um alerta for emitido pelo monitor,
também é possível. Desta forma, mesmo à distância, ele pode controlar e saber como está o
andamento do plantio, bem como a forma em que está sendo feito.
Desta forma, há um controle muito grande na semeadura que, associado a um operador qualifi-
cado, garante o sucesso da operação.
Saiba Mais
Aula 3
Configurações do monitor de plantio
Como visto ao longo deste curso, a operação de semeadura a taxa variável é de grande impor-
tância dentro da agricultura de precisão, pois torna o processo mais eficiente e gera maior pro-
dutividade.
O ajuste na taxa de deposição das sementes é conseguido pelo funcionamento de uma série de
aparelhos e equipamentos, e todas as informações sobre a operação podem ser acompanhadas
pelo monitor do controlador. Para garantir o sucesso da operação, qualquer configuração ou in-
serção de informações no monitor devem ser feitas de forma correta e no momento ideal.
Assim, espera-se que ao final desta aula você consiga reconhecer e compreender os procedi-
mentos para configurar os monitores de plantio.
Você já viu neste curso que o monitor de semeadora tem por objetivo apresentar ao operador as
informações referentes ao processo de semeadura, como densidade de sementes depositadas
no solo, área do terreno semeada, velocidade da máquina na operação, certo?
Pois bem, utilizando o monitor é possível também controlar diversas variáveis da operação de
semeadura, tais como:
• área trabalhada;
Outra função é a emissão de alarmes sonoros e visuais quando forem excedidos os parâmetros
preestabelecidos pelo cliente, evitando, assim, qualquer falha no plantio e excessos de velocida-
de. O sistema é adaptável a qualquer tipo de semeadora, e é de alta confiabilidade. O sensor de
adubos ultrassônico permite detectar a interrupção no fluxo de adubos granulados, aumentando
assim a produtividade do campo.
Por isso, devem-se conhecer as configurações do monitor do controlador, que são necessárias
para realizar a operação de semeadura a taxa variável.
Tópico 2
Configurações dos controladores
As configurações dos controladores podem variar de acordo com cada marca e modelo, porém
as finalidades são semelhantes. Todas as etapas da configuração do controlador são encontra-
das no manual da ferramenta, que deve ser sempre consultado de acordo com cada modelo.
A título de exemplo será apresentado um passo a passo com base nas informações apresenta-
das na configuração do controlador Topper 4500. Acompanhe!
Saiba Mais
Nas próximas páginas, você vai encontrar a atividade de aprendizagem para verificar os conhe-
cimentos construídos ao longo deste módulo. Não esqueça que você deve entrar no Ambiente
de Estudos para registrar as respostas no sistema, que também vai liberar o próximo módulo de
conteúdo!
1. Com base no que foi apresentado durante esta aula, analise as seguintes afirmativas e mar-
que aquele que for correta.
d) O alarme não pode ser configurado para a velocidade de deslocamento, pois esta veloci-
dade é variável no decorrer da operação.
Parabéns por ter chegado ao fim do curso Agricultura de Precisão na Semeadura! Chegou o mo-
mento de fazer uma retrospectiva dos assuntos estudados no decorrer dos módulos do curso.
Fonte: Shutterstock
Neste curso, você pôde comprovar que a semeadura convencional tem dado espaço para a se-
meadura à taxa variável, através da técnica de Agricultura de Precisão.
• o uso dos monitores de plantio, que permitem trabalhar com as informações de mapas de
variabilidade e sinais de receptores GNSS; e
• o uso de atuadores que controlam a abertura e a rotação dos eixos que acionam os mecanis-
mos dosadores de semente e adubo.
Os monitores de plantio são um avanço tecnológico originário das barras de luzes. Hoje, a fun-
ção de orientação pelas barras é básica para todos os modelos de monitores disponíveis no
mercado.
A semeadura é uma etapa em que é fundamental monitorar todas as funções. Para tanto, as
máquinas mais sofisticadas operam com sensores específicos para desempenhar essa tarefa.
Em geral, os sensores mais utilizados realizam o monitoramento da descida de sementes e ferti-
lizantes para o solo. Outros sensores são empregados na medição da velocidade de trabalho, e
da quantidade de sementes e adubo presentes no interior do reservatório.
Módulo 1 Módulo 4
1-B 1-C
2-C 2-C
3-C 3-C
Módulo 2 Módulo 5
1-B 1-B
2-D 2-C
3-C 3-A
Módulo 3
1-C
2-D
MACHADO, P.L.O.A.; BERNARDI, A.C.C.; SILVA, C.A. Agricultura de Precisão para o Manejo da
Fertilidade do Solo em Sistema de Plantio Direto. Embrapa Solos: Rio de aneiro, 2004. 209 p.
MONICO, .F.G. Posicionamento pelo GNSS: descrição, fundamentos e aplicações. São Paulo:
Editora UNESP, 2007. 433 p.
SENAR Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (RS); STARA. Agricultura de Precisão – Mó-
dulo 1. Porto Alegre: SENAR (RS), 2011. Não paginado.
. Agricultura de Precisão – Módulo 2. Porto Alegre: SENAR (RS), 2011. Não paginado.
STARA S/A IND STRIA DE IMPLEMENTOS AGR COLAS. Monitor de Plantio Stara – MPS. En-
genharia de Produto da Stara S/A - Departamento de tecnologia. Suporte ao produto. Boletim
Técnico N 028/12. 2012.
OHN DEERE - Manual do operador - Barra de Luzes GreenStar . OMPFP10057. EDIÇÃO G0.
2010, 28p. disponível em https://stellarsupport.deere.com/pt BR/Support/pdf/ompfp10057
Lightbar.pdf
UHR , D. Avaliação e critério para a utilização de semeadora com sistema de taxa variável
de sementes na cultura da soja. 2013. 141 f. Tese (Doutorado em Engenharia Agrícola ) - Univer-
sidade Federal de Santa Maria, Santa Maria. 2013.