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Ao novo mestre, com carinho

O criador criou sua criatura,


Rogando à sua peça eternidade:
Tenha em sua vida só felicidade
E que não lhe ocorra desventura!

E o titereiro, enfim, assim pregava:


Alcance o mais belo grau de beleza,
Sem descurar que a própria natureza
Respeito à fealdade ordenava.

E prosseguia: conjugue o verbo ter


Sempre na primeira do singular,
Finja, de verdade, ter a quem amar,
Sem, por isso, ter com que se aborrecer.

Por fim, cuide de si mais do que tudo.


Mas, sempre louve a opinião alheia,
Tudo que fizer, faça bem a meia,
Ao mesmo tempo para si e o mundo.

Assim, suas convicções seguia,


O novo ser, entre o eterno e o banal,
Sombra divina, concreto e virtual,
Absorto e imerso em dicotomia.

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