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JUSTIÇA MILITAR DA UNIÃO

SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR

PODER JUDICIÁRIO Diário de Justiça Eletrônico


N.º 140/2019 Divulgação: Quarta-feira, 14 de agosto de 2019. Publicação: Quinta-feira, 15 de agosto de 2019.

SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR A negativa de seguimento foi fundamentada no art. 1.030, inciso I,
alínea "a", do Código de Processo Civil [1], e no art. 6º, inciso IV, do
Praça dos Tribunais Superiores RISTM [2].
Asa Sul No entanto, houve erro material no referido Decisum no que diz
CEP: 70098-900 respeito à parte dispositiva, por mencionar o art. 1.030, inciso I, alínea
Telefone: (61)3313-9292 "a", do CPC, quando o correto seria o art. 1.030, inciso V [3], do
mesmo dispositivo legal.
http://www.stm.jus.br
Pelo exposto, corrijo de ofício, o erro material para negar
seguimento ao Recurso Extraordinário com fundamento no art. 1.030,
Alte Esq MARCUS VINICIUS OLIVEIRA DOS SANTOS inciso V, do Código de Processo Civil, e no art. 6º, inciso IV, do
Ministro-Presidente RISTM.
Dê-se vista à Procuradoria-Geral da Justiça Militar para
Dr. JOSE BARROSO FILHO contrarrazoar o Agravo interposto.
Ministro Vice-Presidente Após, encaminhe-se o presente Agravo ao Supremo Tribunal Federal,
nos termos do art. 1.042, § 4º, do Código de Processo Civil [4] e do art.
SILVIO ARTUR MEIRA STARLING 135, inciso I e § 4º, do RISTM [5], em face da ausência de previsão
para a apreciação do requisito de admissibilidade por esta Presidência.
Diretor-Geral
Providências pela Secretaria Judiciária.

GIOVANNA DE CAMPOS BELO


Brasília-DF, 01 de agosto de 2019.
Secretária Judiciária
Alte Esq MARCUS VINICIUS OLIVEIRA DOS SANTOS
Ministro-Presidente
© 2019
[1] Art. 1.030. Recebida a petição do recurso pela secretaria do
ÍNDICE tribunal, o recorrido será intimado para apresentar contrarrazões no
prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual os autos serão conclusos ao
Superior Tribunal Militar.....................01 presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, que deverá:
Secretaria Judiciária.......................01 I - negar seguimento: (Incluído pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)
Seção de Diligências......................01 a) a recurso extraordinário que discuta questão constitucional à qual o
Seção de Acórdãos.........................02 Supremo Tribunal Federal não tenha reconhecido a existência de
Auditorias da Justiça Militar.................04 repercussão geral ou a recurso extraordinário interposto contra acórdão
Auditoria da 5ª CJM.........................04 que esteja em conformidade com entendimento do Supremo Tribunal
Auditoria da 7ª CJM.........................05 Federal exarado no regime de repercussão geral;
[2] Art. 6º São atribuições do Presidente:
(...)
SECRETARIA JUDICIÁRIA IV - decidir sobre a admissibilidade de Recurso Extraordinário,
observado o disposto nos arts. 131 a 134;
SEÇÃO DE DILIGÊNCIAS [3] (...)
V - realizar o juízo de admissibilidade e, se positivo, remeter o feito ao
DESPACHOS E DECISÕES Supremo Tribunal Federal ou ao Superior Tribunal de Justiça, desde
que:
AGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO Nº
7000603-97.2019.7.00.0000. a) o recurso ainda não tenha sido submetido ao regime de repercussão
geral ou de julgamento de recursos repetitivos;
RELATOR: Ministro MARCUS VINICIUS OLIVEIRA DOS
SANTOS. b) o recurso tenha sido selecionado como representativo da
controvérsia;
AGRAVANTE: MANOEL ANDRADE RIBEIRO.
c) o tribunal recorrido tenha refutado o juízo de retratação.
AGRAVADO: MINISTÉRIO PÚBLICO MILITAR.
[4] Art. 1.042. Cabe agravo contra decisão do presidente ou do
ADVOGADO: Dr. PEDRO SERGIO VINENTE DE SOUSA –
vice-presidente do tribunal recorrido que inadmitir recurso
OAB/PA nº 6.337.
extraordinário ou recurso especial, salvo quando fundada na aplicação
de entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em
DESPACHO julgamento de recursos repetitivos.
Trata-se de Agravo em Recurso Extraordinário interposto pela (...)
Defesa do civil MANOEL ANDRADE RIBEIRO contra Decisão de
§ 4º Após o prazo de resposta, não havendo retratação, o agravo será
minha lavra, de 24/05/2019 (evento 8), que não admitiu o Recurso
remetido ao tribunal superior competente.
Extraordinário nº 7000397-83.2019.7.00.0000 e negou-lhe seguimento
[5] Art. 135. Cabe Agravo:
ao Supremo Tribunal Federal.

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Dje nº 140/2019, Quinta-feira, 15 de agosto de 2019. Justiça Militar da União

I - contra decisão do Presidente do Tribunal que não admitir APELADOS: THIAGO PEDRICI, MINISTÉRIO PÚBLICO
Recurso Extraordinário, desde que não esteja fundado na aplicação MILITAR, JOSÉ CARLOS NOGUEIRA
de entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em ADVOGADOS: JÚLIO CEZAR DA SILVA FAGUNDES, JOÃO
julgamento de recursos repetitivos; MARCOS GENN DE SOUZA E DEFENSORIA PÚBLICA DA
(...) UNIÃO
§ 4º A seguir, os autos serão remetidos, eletronicamente, ao DECISÃO: Sob a Presidência do Excelentíssimo Senhor Ministro Alte
Supremo Tribunal Federal. Esq MARCUS VINICIUS OLIVEIRA DOS SANTOS, o Plenário do
Superior Tribunal Militar, por unanimidade, conheceu e deu
provimento ao recurso ministerial, para, mantida a condenação de
SEÇÃO DE ACÓRDÃOS primeira instância, aumentar a pena de JOSÉ CARLOS
NOGUEIRA para 3 (três) anos, 10 (dez) meses e 20 (vinte) dias de
ACÓRDÃOS
reclusão, como incurso no delito do art. 251, caput, do CPM, com o
APELAÇÃO Nº 7000105-98.2019.7.00.0000 regime prisional aberto e apena acessória de exclusão da Forças
RELATOR: MINISTRO ODILSON SAMPAIO BENZI Armadas, ex vi dos arts. 98, inciso IV, e 102 do CPM; e, por maioria,
condenar THIAGO PEDRICI à pena de 2 (dois) anos, 4 (quatro) meses
REVISOR: MINISTRO ARTUR VIDIGAL DE OLIVEIRA
e 24 (vinte e quatro) dias de reclusão, como incurso no delito do art.
APELANTE: ROBSON DE SOUZA CRUZ
251, caput, do CPM, e o regime prisional aberto, nos termos do voto da
APELADO: MINISTÉRIO PÚBLICO MILITAR
Relatora Ministra MARIA ELIZABETH GUIMARÃES TEIXEIRA
ADVOGADO: DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO ROCHA. Os Ministros JOSÉ COÊLHO FERREIRA, ALVARO LUIZ
DECISÃO: Sob a Presidência do Excelentíssimo Senhor Ministro Alte PINTO, LÚCIO MÁRIO DE BARROS GÓES e FRANCISCO
Esq MARCUS VINICIUS OLIVEIRA DOS SANTOS, o Plenário do JOSELI PARENTE CAMELO davam provimento ao apelo ministerial
Superior Tribunal Militar, por maioria, conheceu e negou provimento para reformar a Sentença e condenar THIAGO PEDRICI à pena de 2
a presente Apelação, mantendo incólume a Sentença condenatória (dois) anos de reclusão, como incurso no delito do art. 251, caput, do
recorrida, nos termos do voto do Relator Ministro ODILSON CPM, com o regime prisional aberto. Por fim, o Tribunal, por
SAMPAIO BENZI. Os Ministros ARTUR VIDIGAL DE OLIVEIRA unanimidade, declarou, de ofício, a extinção da punibilidade de
(Revisor), JOSÉ COÊLHO FERREIRA, LÚCIO MÁRIO DE THIAGO PEDRICI, concernente aos crimes previstos no art. 251,
BARROS GÓES e JOSÉ BARROSO FILHO conheciam e davam caput, do CPM, em face do advento da prescrição da pretensão punitiva
parcial provimento ao Recurso de Apelação interposto pela Defensoria pela in concreto, com fundamento no art. 123, inciso IV, c/c os arts.
Pública da União para condenar, por desclassificação, o ex-Sd Ex 125, inciso VI, e §§ 1º e 3º, todos do Diploma Penal Castrense.
ROBSON DE SOUZA CRUZ, como incurso no art. 206, §1º, do CPM, Acompanharam o voto da Relatora os Ministros ODILSON SAMPAIO
à pena de 3 (três) anos de detenção, fixando o regime prisional BENZI (Revisor), WILLIAM DE OLIVEIRA BARROS, JOSÉ
inicialmente aberto, nos termos do art. 33, § 2º, alínea "c", do Código BARROSO FILHO, MARCO ANTÔNIO DE FARIAS e CARLOS
Penal Comum. Acompanharam o voto do Relator os Ministros VUYK DE AQUINO. O Ministro JOSÉ COÊLHO FERREIRA fará
WILLIAM DE OLIVEIRA BARROS, LUIS CARLOS GOMES declaração de voto. Os Ministros ARTUR VIDIGAL DE OLIVEIRA,
MATTOS, CARLOS AUGUSTO DE SOUSA, FRANCISCO JOSELI LUIS CARLOS GOMES MATTOS e CARLOS AUGUSTO DE
PARENTE CAMELO, MARCO ANTÔNIO DE FARIAS, PÉRICLES SOUSA não participara do julgamento. Ausência justificada do
AURÉLIO LIMA DE QUEIROZ e CARLOS VUYK DE AQUINO. O Ministro PÉRICLES AURÉLIO LIMA DE QUEIROZ. (Sessão de
Ministro Revisor fará voto vencido. A Ministra MARIA ELIZABET 13/6/2019.)
GUIMARÃES TEIXEIRA ROCHA não participou do julgamento. EMENTA: APELAÇÃO. ESTELIONATO. EFEITO DEVOLUTIVO.
Ausência justificada do Ministro ALVARO LUIZ PINTO. Na forma LIMITES. PETIÇÃO DE INTERPOSIÇÃO. RAZÕES RECURSAIS.
regimental, usaram da palavra o Defensor Público Federal de Categoria SILÊNCIO INTENCIONAL E MALICIOSO. CARACTERIZAÇÃO
Especial, Dr. Afonso Carlos Roberto do Prado, e o DE MEIO FRAUDULENTO. DOSIMETRIA DA PENA.
Vice-Procurador-Geral da Justiça Militar, Dr. Roberto Coutinho. MAJORAÇÃO. O efeito devolutivo do apelo criminal também pode
(Sessão de 1º/8/2019.) encontrar limites nas razões expostas pelo recorrente, em respeito ao
EMENTA: APELAÇÃO. DEFESA. HOMICÍDIO. DOLO princípio do devido processo legal, quando a petição de interposição
EVENTUAL. BRINCADEIRA COM ARMAMENTO DENTRO DO for genérica. Contudo, em regra, a extensão da apelação deve ser
ALOJAMENTO DA OM. O dolo é o elemento subjetivo do tipo que medida pela petição de sua interposição, e não pelas razões recursais,
consubstancia a intenção de praticar o crime. Pode ser direto ou mormente quanto se tratar de recurso da acusação expressamente
indireto. Dolo direto é consciência e vontade. Dolo eventual é uma limitado na interposição que, a despeito disso, almeja a piora na
forma de dolo indireto, no qual há consciência e aceitação do possível dosimetria da pena em desfavor de todos os réus, exclusivamente em
resultado, e, mesmo assim, se pratica a conduta. À luz da teoria sede de razões, o que se afigura inadmissível por preclusão lógica. Na
finalista da ação, o dolo, seja direto ou eventual, é sempre natural, o hipótese, 21 (vinte e um) pedidos de serviços de obras sobre as águas
que implica afirmar que consubstancia unicamente a vontade de foram protocolados e processados na Capitania Fluvial do Tietê-Paraná
praticar a conduta proibida descrita no tipo. O militar que aventura-se, (CFTP), sem o devido pagamento das guias de recolhimento da União.
de forma consciente, a brincar com armamento municiado, dentro do O silêncio intencional e malicioso também constitui o meio fraudulento
aquartelamento, a qual veio a provocar o óbito de colega de farda, age característico do estelionato. O art. 69 do CPM não prevê 10 (dez)
com dolo eventual, inexistindo culpa. Recurso defensivo não provido. circunstâncias judiciais, mas apenas 8 (oito). Isso porque, no âmbito do
Decisão por maioria. Direito Penal Militar, a gravidade do crime praticado e a
personalidade do réu são gêneros, dos quais são espécies as demais
APELAÇÃO Nº 7000523-70.2018.7.00.0000 circunstâncias. O primeiro universo (gravidade do crime) diz respeito
RELATORA: MINISTRA MARIA ELIZABETH GUIMARÃES às circunstâncias judiciais de caráter objetivo, cujo rol é a maior ou
TEIXEIRA ROCHA menor extensão do dano ou perigo de dano, os meios empregados, o
REVISOR: MINISTRO ODILSON SAMPAIO BENZI modo de execução, e as circunstâncias de tempo e lugar. O segundo
APELANTES: MINISTÉRIO PÚBLICO MILITAR E EDINEY DE (personalidade do réu), por sua vez, concerne às circunstâncias
MORAES MOTA judiciais de caráter subjetivo, isto é, relativamente ao autor do fato

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típico, sendo espécies a intensidade do dolo ou grau de culpa, os


motivos determinantes, os antecedentes do réu e sua atitude de APELAÇÃO Nº 7000920-32.2018.7.00.0000
insensibilidade, indiferença ou arrependimento após o crime. Devem RELATORA: MINISTRA MARIA ELIZABETH GUIMARÃES
ser valorados desfavoravelmente, na primeira fase da dosimetria TEIXEIRA ROCHA
sancionatória, os 14 (quatorze) delitos que não serão considerados para REVISOR: MINISTRO ALVARO LUIZ PINTO
fração de aumento da continuidade delitiva, uma vez que tão somente APELANTE: JOÃO EMÍLIO LUCENA FIDELIS
7 (sete), dos 21 (vinte e um) crimes, são capazes de majorar a sanção
APELADO: MINISTÉRIO PÚBLICO MILITAR
em seu máximo legal. Embora este Tribunal, por vezes, entenda ser
ADVOGADO: DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
possível o afastamento da continuidade delitiva, a medida há de ser
aplicada excepcionalmente no caso concreto, em atenção ao princípio DECISÃO: Sob a Presidência do Excelentíssimo Senhor Ministro
da proporcionalidade da pena, o que não seria a hipótese dos autos, em JOSÉ BARROSO FILHO, Vice-Presidente, na ausência ocasional do
razão da grande quantidade de crimes praticados em face da Ministro Presidente, o Plenário do Superior Tribunal Militar, por
Administração Castrense por graduado estável. Assim, constatada a unanimidade, conheceu e negou provimento ao Apelo defensivo, para
prática de 21 (vinte e um) estelionatos, 7 (sete) deles devem majorar a manter inalterada a Decisão hostilizada, por seus próprios e jurídicos
sanção em 2/3. fundamentos, nos termos do voto da Relatora Ministra MARIA
ELIZABETH GUIMARÃES TEIXEIRA ROCHA. Acompanharam o
voto da Relatora os Ministros ALVARO LUIZ PINTO (Revisor),
APELAÇÃO Nº 7000890-94.2018.7.00.0000
WILLIAM DE OLIVEIRA BARROS, ARTUR VIDIGAL DE
RELATORA: MINISTRA MARIA ELIZABETH GUIMARÃES OLIVEIRA, LUIS CARLOS GOMES MATTOS, LÚCIO MÁRIO
TEIXEIRA ROCHA DE BARROS GÓES, JOSÉ BARROSO FILHO, ODILSON
REVISOR: MINISTRO MARCO ANTÔNIO DE FARIAS SAMPAIO BENZI, CARLOS AUGUSTO DE SOUSA,
APELANTE: RICARDO VIEIRA FRANCISCO JOSELI PARENTE CAMELO, MARCO ANTÔNIO
APELADO: MINISTÉRIO PÚBLICO MILITAR DE FARIAS, PÉRICLES AURÉLIO LIMA DE QUEIROZ e
ADVOGADO: DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO CARLOS VUYK DE AQUINO. O Ministro JOSÉ COÊLHO
DECISÃO: Sob a Presidência do Excelentíssimo Senhor Ministro Alte FERREIRA não participou do julgamento. (Sessão de 7/8/2019.)
Esq MARCUS VINICIUS OLIVEIRA DOS SANTOS, o Plenário do EMENTA: APELAÇÃO. DEFESA. DROGAS. ART. 290 DO CPM.
Superior Tribunal Militar, por unanimidade, conheceu e deu AUTORIA. CONFISSÃO. CONDUTA ILÍCITA. CONSCIÊNCIA.
provimento parcial ao recurso defensivo, para condenar RICARDO MATERIALIDADE. LAUDOS. COMPROVAÇÃO. DOLO.
VIEIRA à pena de 1 (um) ano, 4 (quatro) meses e 24 (vinte e quatro) PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. INAPLICABILIDADE.
dias de reclusão, como incurso no delito do art. 312 do CPM, sem INCONVENCIONALIDADE. CONVENÇÕES DE NOVA IORQUE
poder recorrer em liberdade e sem fazer jus ao sursis, conforme E DE VIENA. TESE REJEITADA. DESPROVIMENTO. DECISÃO
inteligências dos arts. 527 do CPPM e 84, incisos I e II, do CPM, UNÂNIME. A conduta é típica, antijurídica e o agente culpável. A
estabelecendo o regime inicial semiaberto, nos termos do art. 33, autoria e a materialidade delitivas restaram incontroversas no processo.
§ 2°, alínea "b", do CP, para eventual cumprimento da pena, No tocante ao reconhecimento da atipicidade da conduta, uma vez
mantendo-se os demais fundamentos da Sentença, nos termos do voto incidindo in casu os princípios da insignificância e fragmentariedade,
da Relatora Ministra MARIA ELIZABETH GUIMARÃES TEIXEIRA não assiste razão a Defesa. Sabe-se, independente da quantidade ou do
ROCHA. Acompanharam o voto da Relatora os Ministros MARCO efetivo consumo, que o mero porte de entorpecentes no
ANTÔNIO DE FARIAS (Revisor), JOSÉ COÊLHO FERREIRA, aquartelamento vai de encontro aos pilares máximos da vida na caserna.
WILLIAM DE OLIVEIRA BARROS, ARTUR VIDIGAL DE Ora, a presença de psicotrópico, por si só, já tem o condão de colocar
OLIVEIRA, LUIS CARLOS GOMES MATTOS, LÚCIO MÁRIO DE em efetivo risco a segurança das instalações militares e da sociedade
BARROS GÓES, JOSÉ BARROSO FILHO, ODILSON SAMPAIO civil, sendo forçoso pensar na aplicação da legislação castrense
BENZI, CARLOS AUGUSTO DE SOUSA, FRANCISCO JOSELI tão-somente diante de casos extremos. Destaco, outrossim, que o
PARENTE CAMELO e CARLOS VUYK DE AQUINO. O Ministro regramento penal castrense em nada se contrapõe aos Diplomas
PÉRICLES AURÉLIO LIMA DE QUEIROZ não participou do Internacionais. Recurso não provido. Decisão unânime.
julgamento. Ausência justificada do Ministro ALVARO LUIZ PINTO.
(Sessão de 6/8/2019.) CORREIÇÃO PARCIAL Nº 7000488-76.2019.7.00.0000
EMENTA: APELAÇÃO. FALSIDADE IDEOLÓGICA. ÁLIBI. NÃO RELATOR: MINISTRO JOSÉ COÊLHO FERREIRA
COMPROVAÇÃO. AUTORIA DELITIVA. CARACTERIZAÇÃO. REQUERENTE: ALEXANDRE DOS SANTOS LOUREIRO
IN DUBIO PRO REO. NÃO CONFIGURAÇÃO. REQUERIDO: MINISTÉRIO PÚBLICO MILITAR
INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA. EQUÍVOCO NA DOSIMETRIA.
ADVOGADO: ERIC RAFAEL JACQUES DE MATTOS
REPARAÇÃO DO DECISUM A QUO. PROVIMENTO PARCIAL.
DECISÃO: Sob a Presidência do Excelentíssimo Senhor Ministro Alte
DECISÃO UNÂNIME. O agente tinha por cunho esquivar-se da
Esq MARCUS VINICIUS OLIVEIRA DOS SANTOS, o Plenário do
aplicação da lei penal. O Certificado de Dispensa de Incorporação era
Superior Tribunal Militar, por unanimidade, indeferiu a presente
um dos documentos obtidos com o fim de ludibriar as autoridades e
Correição Parcial, mantendo-se a Decisão do Juiz Federal Substituto da
outros possíveis interessados que indagassem sobre sua identificação.
3ª Auditoria da 3ª CJM, proferida nos autos da Ação Penal Militar nº
O argumento de que o acusado não fez inserir informações falsas no
7000118-14.2018.7.03.0303, que indeferiu o pedido de nulidade da
CDI, por tê-lo adquirido de um terceiro, é um mero álibi, do qual a
perícia, por falta de observância do parágrafo único do art. 325 do
Defesa não conseguiu sedes incumbir. Há, no julgado a quo,
CPPM, nos termos do voto do Relator Ministro JOSÉ COÊLHO
sistemática violação à norma constitucional, ante a inexistência de
FERREIRA. Acompanharam o voto do Relator os Ministros
fundamentação idônea apta a amparar o quantum das majorações
WILLIAM DE OLIVEIRA BARROS, ARTUR VIDIGAL DE
estabelecidas na primeira e na segunda fase e, bem assim, o regime
OLIVEIRA, LUIS CARLOS GOMES MATTOS, LÚCIO MÁRIO DE
inicial fechado. Uma vez demonstrados os enganos realizados no
BARROS GÓES, JOSÉ BARROSO FILHO, ODILSON SAMPAIO
estabelecimento da sanção pelo Juízo de piso, incumbe a esta Corte
BENZI, CARLOS AUGUSTO DE SOUSA, FRANCISCO JOSELI
a reparação dos desajustes da pena, escoimando-a de vícios.
PARENTE CAMELO, MARCO ANTÔNIO DE FARIAS, PÉRICLES
Recurso parcialmente provido. Decisão unânime.
AURÉLIO LIMA DE QUEIROZ e CARLOS VUYK DE AQUINO.

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Os Ministros MARIA ELIZABETH GUIMARÃES TEIXEIRA Acompanharam o voto da Relatora os Ministros JOSÉ COÊLHO
ROCHA e ALVARO LUIZ PINTIO não participaram do julgamento. FERREIRA, WILLIAM DE OLIVEIRA BARROS, ARTUR
(Sessão de 7/8/2019.) VIDIGAL DE OLIVEIRA, LUIS CARLOS GOMES MATTOS,
EMENTA: CORREIÇÃO PARCIAL. Nulidade da perícia realizada em LÚCIO MÁRIO DE BARROS GÓES, JOSÉ BARROSO FILHO,
sede de inquérito policial. INDEFERIMENTO. DECISÃO UNÂNIME. ODILSON SAMPAIO BENZI, CARLOS AUGUSTO DE SOUSA,
I - Pedido de perícia negado pelo Juízo a quo sob o fundamento de FRANCISCO JOSELI PARENTE CAMELO, MARCO ANTÔNIO
inexistência de mácula na confecção do exame pericial em questão. II - DE FARIAS e CARLOS VUYK DE AQUINO. O Ministro PÉRICLES
Foi assegurada à Defesa a oportunidade, em sede de IPM, de apresentar AURÉLIO LIMA DE QUEIROZ não participou do julgamento.
quesitos para a elaboração do referido laudo pericial, em observância Ausência justificada do Ministro ALVARO LUIZ PINTO. (Sessão de
ao art. 325 do CPPM. III - Portanto, não se verifica cerceamento de 6/8/2019.)
defesa, uma vez que o Órgão julgador decidiu com observância às EMENTA: PECULATO. DENÚNCIA. EXPOSIÇÃO DOS FATOS
disposições processuais penais. IV - Correição Parcial indeferida. CRIMINOSOS. RECEBIMENTO. AUSÊNCIA DE DOLO. ANÁLISE
Decisão unânime. SOB O CRIVO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL. PRINCÍPIO DA
BAGATELA. CRIME CONTRA A ADMINISTRAÇÃO MILITAR.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO Nº 7000323-29.2019.7.00.0000 INAPLICABILIDADE. A Denúncia, como peça inaugural da ação
RELATORA: MINISTRA MARIA ELIZABETH GUIMARÃES penal, deve trazer a exposição dos fatos tidos como criminosos,
TEIXEIRA ROCHA visando a aplicação da reprimenda estatal. Por ocasião do seu
oferecimento, cabe ao magistrado analisar a existência de provas da
EMBARGANTE: JORGE FIGUEIREDO NOVAES
materialidade delitiva e de indícios de autoria, uma vez que, nessa fase,
EMBARGADO: MINISTÉRIO PÚBLICO MILITAR
o princípio da presunção de inocência subjuga-se ao postulado do in
ADVOGADOS: CLAUDIO SERPA DA COSTA E DIOGO
dubio pro societate. Demonstradas as condições obrigatórias, recebe-se
MENTOR DE MATTOS ROCHA
a exordial. Os demais aspectos, sejam materiais ou processuais, hão de
DECISÃO: Sob a Presidência do Excelentíssimo Senhor Ministro Alte ser aferidos e sopesados no transcorrer da instrução criminal. In casu, a
Esq MARCUS VINICIUS OLIVEIRA DOS SANTOS, o Plenário do exordial narrou, indubitavelmente, a ocorrência de ilícito penal. A
Superior Tribunal Militar, por unanimidade, não conheceu dos justificativa apresentada pelo sujeito ativo deve ser ponderada não
Embargos de Declaração opostos por JORGE FIGUEIREDO apenas à luz dos elementos colhidos na fase inquisitorial, mas também
NOVAES, mantendo inalterada a Decisão hostilizada, nos termos do das provas produzidas em Juízo sob o crivo do devido processo legal.
voto da Relatora Ministra MARIA ELIZABETH GUIMARÃES Assim, é impossível afirmar, nesse momento procedimental, a ausência
TEIXEIRA ROCHA. Acompanharam o voto da Relatora os Ministros de dolo específico do denunciado com base tão só em seu depoimento
WILLIAM DE OLIVEIRA BARROS, ALVARO LUIZ PINTO, colhido no inquérito, como também não se afigura correto o
ARTUR VIDIGAL DE OLIVEIRA, LÚCIO MÁRIO DE BARROS afastamento, de plano, da justificativa apresentada. Outrossim, é
GÓES, JOSÉ BARROSO FILHO, ODILSON SAMPAIO BENZI, inaplicável a bagatela. O peculato encontra-se inserido no Título VII do
FRANCISCO JOSELI PARENTE CAMELO, MARCO ANTÔNIO CPM - dos Crimes contra a Administração Militar, e não contra o
DE FARIAS e CARLOS VUYK DE AQUINO. Os Ministros JOSÉ patrimônio. Desdobra-se em dois elementos o objeto jurídico desse
COÊLHO FERREIRA, LUIS CARLOS GOMES MATTOS e agravo: a tutela da moralidade da Administração Pública e a do
CARLOS AUGUSTO DE SOUSA não participaram do julgamento. patrimônio público exercida pelo agente, tanto de forma direta
Ausência justificada do Ministro PÉRICLES AURÉLIO LIMA DE (domínio), como indireta (guarda). O bem jurídico resguardado será,
QUEIROZ. (Sessão de 13/6/2019.) invariavelmente, o Erário e a imagem da Governança. Por isso, o
EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. RECURSO EM entendimento adotado pela instância a quo revelou-se equivocado, uma
SENTIDO ESTRITO. OMISSÃO. INEXISTÊNCIA. AMPLO vez que o delito de peculato tutela amoralidade administrativa, sendo o
ENFRENTAMENTO DAS MATÉRIAS NO ACÓRDÃO. NÃO aspecto patrimonial objeto secundário de proteção. Recurso provido.
CONHECIMENTO. UNÂNIME. Não há omissão quando a matéria Decisão unânime.
questionada em sede de embargos de declaração sequer foi cogitada em
momento anterior pela parte, nem é considerada de cognição
Brasília-DF, 14 de agosto de 2019.
obrigatória pelo juízo. O processo transcorreu em observância estrita ao
GIOVANNA DE CAMPOS BELO
devido processo legal, sem defeitos (ambiguidade, obscuridade,
Secretária Judiciária.
contradição ou omissão) a serem sanados, razão pela qual os
embargos de declaração não foram conhecidos. Decisão unânime.
AUDITORIAS DA JUSTIÇA MILITAR
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO Nº
7000337-13.2019.7.00.0000 AUDITORIA DA 5ª CJM
RELATORA: MINISTRA MARIA ELIZABETH GUIMARÃES
TEIXEIRA ROCHA SENTENÇA - APM (PO) Nº
RECORRENTE: MINISTÉRIO PÚBLICO MILITAR 242-20.2017.7.05.0005
RECORRIDO: DIEGO SILVEIRA DE FREITAS
Em r. Sentença proferida monocraticamente em 14.08.2019, nos autos
ADVOGADOS: GIOVANNI ENOS TULIO E JULIO CESAR CHER
da APM (PO) nº 242-20.2019.7.05.0005, o MM Juiz Federal da
DECISÃO: Sob a Presidência do Excelentíssimo Senhor Ministro Alte
Justiça Militar JULGOU improcedente a denúncia
Esq MARCUS VINICIUS OLIVEIRA DOS SANTOS, o Plenário do
para absolver o acusado LUAN GOMES MORETO, civil, da acusação
Superior Tribunal Militar, por unanimidade, conheceu e deu
de prática dos delitos capitulados nos arts. 223 e 299, ambos do CPM,
provimento ao Recurso ministerial para, reformando a Decisão
com supedêneo no art. 439, alínea "e", do CPPM.
recorrida, receber a Denúncia oferecida contra o ex-3º Sgt Ex DIEGO
SILVEIRA DE FREITAS, como incurso no art. 303, caput, do CPM,
determinando a baixa dos autos à instância de origem para o DECISÃO - IPM Nº 7000248-68.2018.7.05.0005
prosseguimento do feito, nos termos do voto da Relatora Ministra
MARIA ELIZABETH GUIMARÃES TEIXEIRA ROCHA. Em r. Decisão de 3.08.2019, o MM. Juiz Federal da Justiça Militar:

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Dje nº 140/2019, Quinta-feira, 15 de agosto de 2019. Justiça Militar da União

1. concordando com a manifestação do Ministério Público Militar nos


autos do IPM nº 7000248-68.2018.7.05.0005, determinou
o ARQUIVAMENTO PARCIAL do mencionado feito, com
fundamento no art. 397 do Código de Processo Penal Militar, eis que
embora configurado em tese o crime de dano, previsto no CPM, n~]ao
foi possível confirmar a identidade do respectivo autor;
2. recebeu a Denúncia oferecida pelo Ministério Público Militar, nos
autos do IPM nº 7000248-68.2018.7.05.0005, em desfavor dos civis
DIOGO NASCIMENTO DOS PASSOS, DOUGLAS LUIZ
BOTELHO, EDUARDO DORNELLES MARTINS, FELIPE
GONÇALVES FONTENELE, LEANDRO DE SOUZA e VINICIUS
DORNELLES MARTINS, como incursos nas sanções dos arts. 223 e
299, ambos do Código Penal Militar.

DECISÃO - IPM Nº 7000087-24.2019.7.05.0005

Em r. Decisão de 13.08.2019, o MM. Juiz Federal Substituto da Justiça


Militar, concordando com a manifestação do Ministério Público Militar
nos autos do IPM nº 7000087-24.2019.7.05.0005, declarou
a INCOMPETÊNCIA da Justiça Militar da União para a apreciação
dos fatos referentes à divulgação não consentida de fotos intímas da
ofendida, com fulcro no art. 146, do CPPM, declinando-a em favor da
Justiça Criminal Comum no Estado do Paraná, lugar da suposta
infração.

AUDITORIA DA 7ª CJM
HOMOLOGAÇÃO DE PRISÃO PREVENTIVA

Em decisão de 1 4AGO 2019, nos Autos de Prisão em Flagrante nº


7000172-47.2019.7.07.0007, foi homologada a prisão em flagrante
lavrada contra o 3º SG ANDERSON SATURNO CAMELO DE
ARAÚJO, porém CONVERTIDA a prisão em flagrante em MEDIDA
DE SEGURANÇA, em regime de internação em estabelecimento
psiquiátrico , em caráter provisório, nos termos do artigo 113 e seu § 1º,
do Código Penal Militar, c/ artigo 272, alínea "a", parte final, do
Código de Processo Penal Militar.

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