O Estado moderno nasceu durante o Absolutismo, e por alguns séculos todos os defeitos e virtudes do Monarca absoluto confundiram-se com as qualidades do Estado. Isso explica porque no séc. XIII, o poder público era visto como inimigo da liberdade individual. A burguesia que já dispunha do poder econômico, pregava a intervenção mínima do Estado na vida social. Outros direitos naturais foram promulgados, principalmente na esfera econômica, como a propriedade, visando evitar qualquer interferência do Estado. Em sua obra lançada em 1776, Adam Smith, deixa claro que ‘’ cada homem é o melhor juiz de seus interesses e deve ter a liberdade de promove-los segundo a sua livre vontade, com isso o autor condena qualquer intervenção Estatal. No campo político, o liberalismo se afirmaria como doutrina em durante o século XIX, com a publicação da obra ´´ Da Liberdade (1859), de Stuart Mill. Para Stuart, é necessário que os indivíduos observem certas regras gerais no seu relacionamento recíproco, a fim de que as pessoas possam saber o que as espera. Mas, acreditando nas virtudes naturais do homem, acrescenta que no tocante aos assuntos que respeitam a cada um deve ser assegurado o livre exercício da espontaneidade individual. O indivíduo é melhor árbitro de seus interesses do que o Estado, não podendo haver mal maior do que permitir que outra pessoa julgue o que convém a cada um. Assim, qualquer erro que alguém cometa, consciente ou inconscientemente, não produz tanto mal quanto a submissão ao Estado. O autor apresenta três objeções fundamentais à interferência do governo: a) ninguém é mais capaz de realizar qualquer negócio ou determinar como ou por que deva ser realizado do que aquele que está diretamente interessado. Assim, é mais provável que os indivíduos façam melhor melhor do que o governo; B) mesmo que os indivíduos não realizem tão bem o que se tem em vista, como o fariam os agentes do governo, é melhor ainda que o indivíduo o faça, como elemento da própria educação mental; c) a terceira razão, que ele considera ´´a mais convincente de todas´´, refere-se ao grande mal de acrescer-lhe o poder sem nescessiadade.