Ext Cei DPDF 197 PDF

CEI-DP/DF
CONHECIMENTOS SOBRE
O DISTRITO FEDERAL – DPDF
ATENÇÃO: é proibida a reprodução deste material, ainda que sem fins lucrativos. O CEI
possui um sistema de registro de dados que marca o material com o seu CPF ou nome
de usuário. O descumprimento dessa orientação acarretará na sua exclusão do Curso.
Agradecemos pela sua gentileza de adquirir honestamente o curso e permitir que o CEI
continue existindo.
www.cursocei.com www.editoracei.com
CEI-DP/DF
CONHECIMENTOS SOBRE O DISTRITO FEDERAL – DPDF CEI
CÍRCULO DE ESTUDOS PELA INTERNET
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
PROFESSORES
Alexandre Cabral. Defensor Público Federal, Especialista em Segurança Pública. Espe-

cialista em Direito Público. Mestre em Administração Pública. Ex Secretário Geral Execu-
tivo da DPU.
André Ribeiro Giamberardino. Professor de Direito Penal e Direito de Execução Penal. De-
fensor Público do Estado do Paraná, Professor da UFPR e da UP, doutor em Direito (UFPR) e
Mestre em Direito (UFPR) e Criminologia (Università di Padova). Coautor com Massimo Pa-
varini do livro “Teoria da Pena e Execução Penal – Uma Introdução Crítica” (Lumen Juris).
Caio Paiva. Coordenador e Professor de Direito Processual Penal, Direitos Humanos e

Princípios Institucionais da Defensoria Pública. Defensor Público Federal, Especialista
em Ciências Criminais. Autor dos livros Audiência de Custódia e o Processo Penal Bra-
sileiro e Prática Penal para Defensoria Pública, além de coautor do livro Jurisprudência
Internacional de Direitos Humanos.
Daniel Chiaretti. Professor de Filosofia do Direito e Sociologia Jurídica. Juiz Federal Subs-
tituto em Foz do Iguaçu – PR (aprovado no XVII Concurso do TRF4). Bacharel em Direito e
Filosofia pela USP. Mestre e Doutorando em Ética e Filosofia Política pela USP. Ex-Defensor
Público Federal. Coautor da obra “Comentários ao Estatuto dos Refugiados” (Ed. CEI - 2019).
Felipe Pires Pereira. Professor de Direito Civil e Direito Empresarial. Doutor em Direito
Civil pela PUC/SP. Defensor Público do Estado de São Paulo. Professor da Universidade
Católica de Santos. Autor do livro “O abuso do direito nas relações possessórias” (Lumen
Juris).
www.cu rsocei.com PÁ G I N A 2
CEI-DP/DF
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
PROFESSORES
Giancarlo Vay. Professor de Direito da Criança e do Adolescente. Professor de Direito

da Criança e do Adolescente. Defensor Público do Estado de São Paulo, com atuação na
área da infância e juventude. Foi membro do Núcleo Especializado de Infância e Juven-
tude da DPE/SP (2014/2015). Presidente do Grupo de Trabalho de Infância e Juventude
do IBCCrim (2015-2016) e coordenador-auxiliar da unidade de Santo André da DPE/SP
(2015-2016). É autor de diversos artigos disponíveis na internet e em periódicos.
Júlio Camargo de Azevedo. Professor de Direito Processual Civil e Direitos Difusos e Cole-
tivos. Mestrando em Direito Processual Civil pela Universidade de São Paulo (USP). Espe-
cialista em Direito Processual Civil e Bacharel pela Universidade Estadual Paulista “Júlio
de Mesquita Filho” (UNESP). Coordenador do Grupo de Estudos de Direito Processual Civil
da Defensoria Pública de São Paulo (GEDPC-DPSP). Membro do Centro de Estudos Avan-
çados de Processo (CEAPRO). Membro colaborador do Núcleo Especializado de Promoção
dos Direitos da Mulher da Defensoria Pública do Estado de São Paulo (NUDEM). Mediador
formado pelo Instituto de Mediação Transformativa. Professor convidado de Cursos Pre-
paratórios para Concurso Público e de Cursos de Pós-graduação. Vencedor do VII Prêmio
“Justiça para Todas e Todos – Josephina Bacariça” na categoria Defensor Público.
Thimotie Aragon Heemann. Professor de Direito Constitucional. Promotor de Justiça do

Estado do Paraná. Graduado em Direito pela Escola Superior do Ministério Público do Rio
Grande do Sul/ESFMP. Especialista em Processo Penal Internacional. Coautor do livro Juris-
prudência Internacional de Direitos Humanos. Professor de Direitos Humanos e Direito Cons-
titucional do Curso CEI. Palestrante. Autor de artigos publicados em revistas especializadas.
Tiago Fensterseifer. Doutor e Mestre em Direito Público pela PUC/RS (Ex-Bolsista do CNPq),
com pesquisa de doutorado-sanduíche junto ao Instituto Max-Planck de Direito Social e
Política Social de Munique, na Alemanha (Bolsista da CAPES). Atualmente, realiza pesquisa
em nível de pós-doutorado junto ao Instituto Max-Planck de Direito Social e Politica Social
de Munique (2018-2019). Conselheiro eleito do Conselho Superior da Defensoria Publica do
Estado de São Paulo (2008-2009). Membro-colaborador do Núcleo de Direitos Humanos da
Defensoria Publica do Estado de São Paulo (2007-2012). Examinador das disciplinas de Direi-
CEI-DP/DF
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
to Constitucional, Direitos Humanos, Direitos Difusos e Coletivos e Princípios Institucionais

da Defensoria Pública de diversos concursos para o cargo de Defensor Publico Estadual (DP/
SP, DP/SC, DP/BA, DP/ES, DP/AM, DP/AP). Autor, entre outras, das obras Defensoria Pública,
Direitos Fundamentais e Ação Civil Pública (São Paulo: Saraiva, 2015) e Defensoria Pública
na Constituição Federal (Rio de Janeiro: GEN/Forense, 2017); coautor, juntamente com Ingo
Wolfgang Sarlet, das obras Direito Constitucional Ambiental (6.ed. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2019, no prelo), Direito Ambiental: Introdução, Fundamentos e Teoria Geral (São
Paulo: Saraiva, 2014), obra finalista do Premio Jabuti 2015, na Categoria Direito, e Princípios
do Direito Ambiental (2.ed. São Paulo: Saraiva, 2017); coautor, juntamente com Ingo W. Sarlet
e Paulo Affonso Leme Machado da obra Constituição e Legislação Ambiental Comentadas
(São Paulo: Saraiva, 2015). Defensor Público do Estado de São Paulo (desde 2007).
Francisco Sandrin. Formado pela Universidade Estadual Paulista - Unesp. Ex-Analista do Mi-
nistério Público do Estado de São Paulo. Ex-Juiz do Tribunal de Justiça do Estado de Mato
Grosso. Defensor Público do Distrito Federal.
CEI-DP/DF
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
CONHECIMENTOS SOBRE O DISTRITO FEDERAL – DPDF
PROFESSOR ALEXANDRE CABRAL

E-mail: profcei.alexandrecabral@gmail.com
Amigas e amigos do curso CEI, a Lei Distrital nº 5.768/2016 alterou a Lei Distrital 4.909/2012 (que
rege os concursos no DF), e tornou obrigatória a cobrança em concursos da Administração Direta,
autárquica, fundacional e nas empresas públicas que recebam recursos do Tesouro do Distrito Fe-
deral, os conhecimentos sobre a realidade étnica, social, histórica, geográfica, cultural, política e
econômica do Distrito Federal e da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e En-
torno – RIDE, instituída pela Lei Complementar federal nº 94/98 ( e alterada pela LC 163/18).
A fim de auxiliar quem enfrentará pela primeira vez a cobrança de tal conteúdo, resumimos, após
pesquisa em questões de certames onde ele já foi cobrado, alguns dos temas mais comumente exi-
gidos, tudo no modelo da banca CEBRASPE, em 30 (trinta) questões seguindo o modelo “CERTO x
ERRADO”.
Eventuais dúvidas podem ser sanadas no meu Instagram: @alexandrecabraljus
Sucesso!
CEI-DP/DF
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
QUESTÕES SEM O GABARITO COMENTADO
QUESTÃO 1. A Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno – RIDE engloba

vários municípios do estado de Goiás, havendo projetos para futura inclusão também de municí-
pios do estado de Minas Gerais, o que gera grande debate político e jurídico sobre a possibilidade
de tal extensão.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 2. Na hipótese de desmembramento de um município incluso na RIDE, a nova municipa-

lidade automaticamente passará a fazer parte da Região Integrada de Desenvolvimento do Dis-
trito Federal e Entorno.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 3. A área metropolitana de Brasília reúne os seis municípios mais próximos goianos e
de maior interação com o Distrito Federal, conforme previsão em lei complementar específica
que criou a região metropolitana de Brasília.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 4. A construção de Brasília, ideia historicamente recente, que apenas ganhou força no
começo do séc. XX, decorreu do ideal modernista e da tentativa de afastar a capital do litoral para
fins de defesa militar, pensamento que fundamentou a chamada expedição Cruls, em 1942.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 5. O nome Brasília foi aventado pela primeira vez para a eventual nova capital em 1823,
quando José Bonifácio de Andrada e Silva encaminhou um estudo à Assembleia Constituinte do
Império do Brasil, sugerindo para sua sede a comarca de Paracatu, em Minas Gerais, e para a ca-
pital com os nomes Petrópole ou Brasília.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 6. Francesco Tosi Colombina, cartógrafo italiano a serviço de Portugal, esteve em Goiás
em 1749 e elaborou a Carta de Goiás e das Capitanias Próximas sugerindo a mudança da capital
do litoral para a região central da colônia, o que comprova ser antiga a ideia mudancista.
CERTO ERRADO
CEI-DP/DF
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
QUESTÃO 7. Considerado padroeiro de Brasília ao lado de Nossa Senhora Aparecida, Dom Bosco,
santo católico fundador da congregação dos salesianos, foi assim nominado em virtude de um
sonho que teve quando previu um local abençoado e rico, uma nova terra, exatamente entre os
paralelos geográficos em que hoje é localizada Brasília.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 8. Sendo uma cidade projetada, Brasília teve o seu Plano Piloto tombado como patri-
mônio histórico nacional e a Unesco o inscreveu na lista do Patrimônio Mundial, mérito, dentre
outros, do projeto urbanístico da cidade, elaborado, após vitória em concurso, por Oscar Nieme-
yer.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 9. Com a revisão constitucional de 1946, ficou estabelecida a necessidade de uma nova
comissão de estudos para localização da nova capital do brasil, que efetivamente foi nomeada
pelo Presidente Eurico Gaspar Dutra e ficou conhecida como “Missão Cruls”
CERTO ERRADO
QUESTÃO 10. A empresa pública criada para gerenciar a construção da nova capital do Brasil em
1956, e que teve como seu primeiro presidente o famoso Israel Pinheiro, chamava-se TERRACAP.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 11. Pesquisas arqueológicas e antropológicas confirmaram que a região em que hoje se
situam o Distrito Federal e seu entorno não possuíram ocupação humana anterior à colonização
portuguesa.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 12. A construção de Brasília foi a chamada meta-síntese do plano de metas de Jusce-
lino Kubitschek, que incluía 30 objetivos para seu governo, tendo sido incluída a construção da
capital federal como o 31º deles.
CERTO ERRADO
CEI-DP/DF
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
QUESTÃO 13. Entre os que trabalhavam na construção de Brasília, eram maioria os nordestinos.
Apelidados de candangos, esses operários encaravam horas exaustivas de jornada, com even-
tuais manifestações reprimidas violentamente pela Guarda Especial de Brasília (GEB), força cria-
da especialmente para manter a ordem na região.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 14. O primeiro prefeito de Brasília foi Israel Pinheiro.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 15. O Lago Paranoá é formado pelas águas represadas do Rio Paranoá, Acampamento,
Bananal, Torto, Cabeça de Veado, Gama, Vicente Pires e Riacho Fundo, e seu uso como lazer é o
que explica Brasília possuir a terceira frota registrada em embarcações de lazer no Brasil.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 16. O Distrito Federal é em grande parte arborizado, possuindo 12 espécies de árvores
tombadas como patrimônio ecológico do DF, incluindo sua árvore símbolo, o Ipê.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 17. Foi em 1955, num comício de campanha na cidade de Belo Horizonte/MG, que o
então candidato Juscelino Kubitschek, quando questionado por Antônio Soares Neto, conhecido
como “Toniquinho da Farmácia”, sobre se iria cumprir integralmente a Constituição e mudar a
capital do Rio de Janeiro para o planalto central, afirmou publicamente o compromisso de cons-
truir Brasília.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 18. Inaugurada em 21 de abril de 1960, Brasília estava conclusa.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 19. A renda per capita do Distrito Federal é a maior do país e quase o dobro da média
nacional.
CERTO ERRADO
CEI-DP/DF
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
QUESTÃO 20. Brasília, cujo relevo é predominantemente plano, fica a 1.000 metros acima do ní-
vel do mar e seu ponto culminante é o pico do roncador, na serra de sobradinho.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 21. Em Brasília se encontram as cabeceiras de afluentes de três dos maiores rios bra-
sileiros – o Rio Maranhão, afluente do Rio Tocantins; o Rio Preto, afluente do São Francisco; e os
rios São Bartolomeu e Descoberto, tributários do Rio Paraná.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 22. Brasília possui clima tropical, com temperatura média de 22 °C e variações que vão
de 13 °C a 28 °C ao longo do ano. O período com mais chuvas, geralmente fortes e de curta dura-
ção, é entre o fim da primavera e o fim do verão, de outubro ao início de maio, quando a umidade
relativa do ar é mais alta. Já entre maio e setembro, há baixa umidade e o período de seca, breve,
que não ultrapassa dois meses.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 23. A região administrativa do Núcleo Bandeirante nasceu antes da inauguração de

Brasília.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 24. O Distrito Federal é a menor unidade da Federação, tendo uma população estimada
pelo IBGE para 2019 em torno de um milhão e meio de habitantes. Dentre suas regiões adminis-
trativas, a mais populosa é a do Plano Piloto/Brasília.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 25. O solo do cerrado é fértil e propício à agricultura, razão pela qual o cinturão verde
do Distrito Federal tem como seu maior produto agrícola o feijão.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 26. O complexo penitenciário da papuda, segundo o folclore local, deriva seu nome da
região em que instalado, onde já houve endêmica incidência da doença denominada de bócio.
CERTO ERRADO
CEI-DP/DF
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
QUESTÃO 27. O distrito federal possui autonomia como ente federativo, embora ela seja mitigada
por algumas previsões em que há tutela da União. O DF é regido não por uma constituição esta-
dual, mas por uma Lei Orgânica.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 28. A Defensoria Pública do Distrito Federal e Territórios nunca chegou a existir, apesar
de sua previsão formal na Constituição da República de 1988.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 29. Antes da EC nº 69 de 2012 e da criação DA Defensoria Pública do Distrito Federal,

era o antigo Centro de Assistência Judiciária – CEAJUR do Distrito Federal, constituído por uma
fração da procuradoria do distrito federal, que exercia de fato as funções de Defensoria Pública.
CERTO ERRADO
QUESTÃO 30. Ao transferir a titularidade da organização de sua Defensoria Pública para o Distrito
Federal a EC nº 69/20912, e posteriormente a emenda à Lei Orgânica do DF nº 61/2012, vedaram
que os então procuradores de assistência judiciária mantivessem sem regime jurídico, tendo to-
dos os cargos ocupados de procuradores de assistência judiciária sido transformados em cargos
de defensores públicos do distrito federal.
CERTO ERRADO
CEI-DP/DF
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
GABARITO
Q. 1 - GABARITO: ERRADO. 15 Q. 16 - GABARITO: ERRADO. 22
Q. 2 - GABARITO: CERTO. 16 Q. 17 - GABARITO: ERRADO. 22
Q. 4 - GABARITO: ERRADO. 17 Q. 19 - GABARITO: CERTO. 23
Q. 5 - GABARITO: CERTO. 17 Q. 20 - GABARITO: CERTO. 24
CEI-DP/DF
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
QUESTÕES COM O GABARITO COMENTADO
QUESTÃO 1. A Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno – RIDE engloba

vários municípios do estado de Goiás, havendo projetos para futura inclusão também de municí-
pios do estado de Minas Gerais, o que gera grande debate político e jurídico sobre a possibilidade
de tal extensão.
Ponto do edital:1 Realidade étnica, social, histórica, geográfica, cultural, política e econômica do Distrito
Federal e da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (RIDE), instituída pela Lei
Complementar nº 94/1998 e suas alterações.)
A RIDE materializa competência constitucional da União (art. 21, IX) e foi criada pela LC 94/1998, sendo
plenamente viável a extensão de seus limites, o que já ocorreu (via LC 163/2018 que adicionou 12 muni-
cípios a ela).
De fato, a RIDE engloba hoje 33 (trinta e três) municípios, 29 (vinte e nove) de GO E 4 (quatro) de MG(!), a
saber: as cidades mineiras de Arinos, Buritis, Cabeceira Grande e Unaí.
Obs: Não confunda RIDE com região metropolitana (art. 25, §3º, CR/88)! A primeira é criada pela União via
Lei Complementar Federal (há 03 no Brasil, contando com essa do DF e entorno), já a segunda pelos esta-
dos, agrupando municípios limítrofes e por lei complementar estadual. Não existe uma região metropoli-
tana de Brasília, ao menos legal/formalmente, embora na prática o Distrito Federal seja apontado como
centro de desenvolvimento de toda essa região.
💡💡 GABARITO: ERRADO.
QUESTÃO 2. Na hipótese de desmembramento de um município incluso na RIDE, a nova municipa-

lidade automaticamente passará a fazer parte da Região Integrada de Desenvolvimento do Dis-
trito Federal e Entorno.
Trata-se de previsão formal da LC 94/1998, em seu artigo 1º, §2º:
Art. 1º [...]
§ 1º [...]
CEI-DP/DF
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
§ 2º Os Municípios que vierem a ser constituídos a partir de desmembramento de território

de Município citado no § 1º deste artigo passarão a compor, automaticamente, a Região
Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno.
💡💡 GABARITO: CERTO.
QUESTÃO 3. A área metropolitana de Brasília reúne os seis municípios mais próximos goianos e
de maior interação com o Distrito Federal, conforme previsão em lei complementar específica
que criou a região metropolitana de Brasília.
A dita Área Metropolitana de Brasília (AMB) ou Periferia Metropolitana de Brasília (PMB) é composta pelo
DF e 12 (doze) municípios goianos próximos a ele que guardam com o distrito federal um alto nível de
integração, como fluxo populacional elevado e uso de sérvios públicos de forma permanente. Trata-se de
denominação INFORMAL, sem previsão legal, mas efetuada pela Companhia de Planejamento do Distrito
Federal – CODEPLAN para fins de estudo da Metrópole Nacional que é Brasília (segundo classificação do
IBGE).
Esses municípios são: Águas Lindas de Goiás, Alexânia, Cidade Ocidental, Cocalzinho de Goiás, Cristalina,
Formosa, Luziânia, Novo Gama, Padre Bernardo, Planaltina/GO, Santo Antônio do Descoberto e Valparaí-
so de Goiás.
QUESTÃO 4. A construção de Brasília, ideia historicamente recente, que apenas ganhou força no
começo do séc. XX, decorreu do ideal modernista e da tentativa de afastar a capital do litoral para
fins de defesa militar, pensamento que fundamentou a chamada expedição Cruls, em 1942.
Já no Brasil colônia do século XVIII o governo português cogitava a possibilidade de transferir a capital do
Brasil para o interior. A primeira Constituição da República (1891) estabeleceu, em seu artigo 3º, a área
de 14 mil Km² no planalto central, a ser demarcada para a transferência da futura capital (a mudança
seguiu prevista nas Constituições de 34 e 46!). Em 1892 o presidente Floriano Peixoto determinou que
CEI-DP/DF
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
uma comissão de cientistas explorasse o Planalto Central e demarcasse a área que seria destinada ao DF:
a Comissão Exploradora do Planalto Central, chefiada pelo astrônomo e geógrafo belga Louis Ferdinand
Cruls, conhecida como “Missão Cruls”, que demarcou 14.400 Km² considerados adequados para a futura
capital, o “Quadrilátero Cruls”, tendo apresentado seu relatório final em 1894.
QUESTÃO 5. O nome Brasília foi aventado pela primeira vez para a eventual nova capital em 1823,
quando José Bonifácio de Andrada e Silva encaminhou um estudo à Assembleia Constituinte do
Império do Brasil, sugerindo para sua sede a comarca de Paracatu, em Minas Gerais, e para a ca-
pital com os nomes Petrópole ou Brasília.
Como dito, a chamada “ideia mudancista” era antiga, e embora formalizada posteriormente, já no Brasil
colônia e no Império ela era conhecida e debatida.
QUESTÃO 6. Francesco Tosi Colombina, cartógrafo italiano a serviço de Portugal, esteve em Goiás
em 1749 e elaborou a Carta de Goiás e das Capitanias Próximas sugerindo a mudança da capital
do litoral para a região central da colônia, o que comprova ser antiga a ideia mudancista.
Fala-se que o Marquês de Pombal teria sido o mentor da viagem de Colombina, sendo certo que foi ele o
mentor da mudança da capital de Salvador para a cidade do Rio de Janeiro em 1763. Documentadamente,
os inconfidentes mineiros, em 1789, pretendiam ter por nova capital a cidade de São João Del Rey. Merece
registro também que em 1808, o jornalista Hipólito José da Costa fundou, em Londres, o jornal Correio
Braziliense, que foi editado naquela versão até 1813 e no qual, em sucessivos artigos, tentou fomentar na
opinião pública a ideia de uma nova capital no interior do país.
CEI-DP/DF
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
QUESTÃO 7. Considerado padroeiro de Brasília ao lado de Nossa Senhora Aparecida, Dom Bosco,
santo católico fundador da congregação dos salesianos, foi assim nominado em virtude de um
sonho que teve quando previu um local abençoado e rico, uma nova terra, exatamente entre os
paralelos geográficos em que hoje é localizada Brasília.
Em 1883, o italiano São João Bosco, ou “Dom Bosco”, fundador da Congregação dos Salesianos viu, em
sonho, o surgimento de uma nova terra, cidade ou civilização, entre os paralelos 15° e 20° do hemisfério
sul, descrevendo a região com um lago e de onde jorraria leite e mel e riqueza inconcebível. Brasília está
localizada no mesmo espaço geográfico delimitado pelo sonho, erguida às margens do Lago Paranoá
(criado artificialmente e previsto desde a missão Cruls a fim de propiciar recreação, paisagismo e, para al-
guns, aumentar a umidade da cidade, localizada numa região bastante seca boa parte do ano – havendo
certa controvérsia se esse aspecto da umidade fora considerado na época da missão Cruls ou não).
É por tal razão que Dom Bosco é o padroeiro da cidade, ao lado de Nossa Senhora Aparecida.
QUESTÃO 8. Sendo uma cidade projetada, Brasília teve o seu Plano Piloto tombado como patri-
mônio histórico nacional e a Unesco o inscreveu na lista do Patrimônio Mundial, mérito, dentre
outros, do projeto urbanístico da cidade, elaborado, após vitória em concurso, por Oscar Nieme-
yer.
Todos os fatos narrados na assertiva são reais, exceto a autoria do projeto urbanístico da cidade, que é
de LÚCIO COSTA (após vencer concurso público, em 1957). OSCAR NIEMEYER foi o responsável pelo plano
ARQUITETÔNICO de Brasília.
QUESTÃO 9. Com a revisão constitucional de 1946, ficou estabelecida a necessidade de uma nova
comissão de estudos para localização da nova capital do brasil, que efetivamente foi nomeada
CEI-DP/DF
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
pelo Presidente Eurico Gaspar Dutra e ficou conhecida como “Missão Cruls”
Como vimos, a ideia “mudancista” da capital prosseguiu prevista nas constituições republicanas. A de
46 estabeleceu para a mudança a necessidade de uma comissão técnica para promover os estudos. No-
meada pelo presidente Eurico Gaspar Dutra, em 1946, chamaram-na de Comissão de Estudos para a loca-
lização da nova Capital do Brasil, presidida pelo chefe do Serviço Geográfico do Exército, general Djalma
Polli Coelho, tornando-se conhecida como “Missão Poli Coelho” ou “Comissão Poli Coelho”. Fato curioso
é que essa comissão chegou a inspecionar e ter como possível localização da nova capital a cidade de
Uberlândia/MG e terrenos a ela próximos, o que depois foi revisto sendo que a área original delimitada
pela “Missão Cruls” (ou a atual Brasília) acabou sendo escolhida por influência política do famoso político
goiano Pedro Ludovico, valendo notar que dos 12 integrantes da “Missão Coelho” cinco ainda votaram em
Uberlândia, que, por dois votos, não foi capital da República.
QUESTÃO 10. A empresa pública criada para gerenciar a construção da nova capital do Brasil em
1956, e que teve como seu primeiro presidente o famoso Israel Pinheiro, chamava-se TERRACAP.
A empresa pública em tela chamava-se NOVACAP, tendo sido realmente presidida pelo pioneiro Israel
Pinheiro. Com o desenvolvimento da capital ela foi dividida noutras empresas, como a Companhia de
Eletricidade de Brasília – CEB, ou a Companhia Imobiliária de Brasília, a TERRACAP, esta criada pela Lei
5.861 de 1972.
QUESTÃO 11. Pesquisas arqueológicas e antropológicas confirmaram que a região em que hoje se
situam o Distrito Federal e seu entorno não possuíram ocupação humana anterior à colonização
portuguesa.
CEI-DP/DF
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Ao contrário, as pesquisas das citadas áreas científicas demonstram que essa região do Centro-Oeste na-
cional no qual se inclui o atual Distrito Federal foi ocupada por indígenas do tronco linguístico macro-jê,
como é o caso dos Acroás, Xacriabás, Xavantes, Caiapós, Javaés, dentre outros.
QUESTÃO 12. A construção de Brasília foi a chamada meta-síntese do plano de metas de Jusce-
lino Kubitschek, que incluía 30 objetivos para seu governo, tendo sido incluída a construção da
capital federal como o 31º deles.
JK, como popularmente chamado, tinha um projeto de desenvolvimento econômico e administrativo,

o famoso “50 anos em 5”. Suas metas de governo incluíam trinta objetivos, com a construção de Brasília
tendo sido adicionado como 31º deles, e chamado de “meta-síntese” pois seria a realização concreta de
todos os demais avanços desejados.
QUESTÃO 13. Entre os que trabalhavam na construção de Brasília, eram maioria os nordestinos.
Apelidados de candangos, esses operários encaravam horas exaustivas de jornada, com even-
tuais manifestações reprimidas violentamente pela Guarda Especial de Brasília (GEB), força cria-
da especialmente para manter a ordem na região.
A construção em ritmo acelerado da capital atraiu dezenas de milhares de trabalhadores, do Nordeste

(maioria), Centro-Oeste (GO, notadamente) e mesmo do Sudeste (MG, notadamente). Esses pioneiros ti-
nham jornada exaustiva e péssimos alojamentos, e ganharam o apelido de “candangos”. Em sua home-
nagem há uma estátua na praça dos três poderes em Brasília (confira no google). As manifestações dos
trabalhadores eram, sim, reprimidas com violência pela GEB (efetivo de vigilantes recrutados pela NOVA-
CEI-DP/DF
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
CAP). Essa tropa depois foi aproveitada para compor o efetivo tanto do DFSP - Departamento Federal de
Segurança Pública (atual Polícia Federal), já que os policiais da Polícia Civil do rio de Janeiro, novo Estado
da Guanabara, não se interessaram em deixá-la, quanto, na época do regime militar, foram incorporados
à Polícia Militar do Distrito Federal.
QUESTÃO 14. O primeiro prefeito de Brasília foi Israel Pinheiro.
Até 1967 o DF foi administrado por um prefeito. O Engenheiro Israel Pinheiro, presidente da NOVACAP, foi
o primeiro. Em 1969, por meio da Emenda Constitucional n.º 01, o cargo de prefeito foi transformado para
o de governador, (o primeiro: Hélio Prates da Silveira). De 1969 a 1989, o governador era indicado pelo
Presidente da República, o que deixou de acontecer em 1990, com a eleição do governador e dos vinte e
quatro deputados distritais. A autonomia política foi concedida pela Constituição de 1988. Em 1985, uma
emenda constitucional determinou que o DF teria representação no Congresso Nacional, porque se consi-
derava inadmissível que uma população já superior a um milhão de habitantes não tivesse representação
para defender seus interesses. Em 1986, foram eleitos pelo voto popular direto 8 deputados federais e 3
senadores que trabalharam na constituinte que daria a definitiva autonomia ao DF.
QUESTÃO 15. O Lago Paranoá é formado pelas águas represadas do Rio Paranoá, Acampamento,
Bananal, Torto, Cabeça de Veado, Gama, Vicente Pires e Riacho Fundo, e seu uso como lazer é o
que explica Brasília possuir a terceira frota registrada em embarcações de lazer no Brasil.
Embora a rede hidrográfica do DF não seja navegável, o Lago Paranoá, que se situa numa área de 48 km2,
com cerca de 80km de perímetro e profundida máxima de 38 metros, realmente permite que exista a 3ª
maior frota registrada no Brasil, incluindo de lanchas, barcos e embarcações náuticas várias (há cerca de
31.000 delas registradas na Capitania Fluvial do Distrito Federal).
CEI-DP/DF
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
QUESTÃO 16. O Distrito Federal é em grande parte arborizado, possuindo 12 espécies de árvores
tombadas como patrimônio ecológico do DF, incluindo sua árvore símbolo, o Ipê.
Realmente há 12 (doze) variedades de árvores tombadas como patrimônio ecológico do DF (Decreto

14.783/93), entre elas os belos Ipês que florescem na seca, contudo a árvore símbolo é o BURITI (também
tombado, e que dá nome ao palácio que abriga a sede do Executivo local, também), nos termos da Lei
1.282/96.
QUESTÃO 17. Foi em 1955, num comício de campanha na cidade de Belo Horizonte/MG, que o
então candidato Juscelino Kubitschek, quando questionado por Antônio Soares Neto, conhecido
como “Toniquinho da Farmácia”, sobre se iria cumprir integralmente a Constituição e mudar a
capital do Rio de Janeiro para o planalto central, afirmou publicamente o compromisso de cons-
truir Brasília.
De fato, o episódio aconteceu em 4 de abril de 1955, quando o então candidato à Presidência da Re-
pública Juscelino Kubitschek fez um comício onde se comprometeu a construir a nova capital. Em seu
discurso, Juscelino afirmara que cumpriria a Constituição Federal na íntegra, caso eleito. Foi quando
uma pergunta do Sr. Antônio Soares Neto, conhecido como “Toniquinho da Farmácia”, abordou o tema,
aludindo à Constituição de 1946, que determinava a transferência da capital, mas não definia data para a
conclusão dos trabalhos técnicos e início das obras. Juscelino respondeu que era algo difícil, mas que se
comprometia a realizar a mudança, ao que foi delirantemente aplaudido.
Ocorre, todavia, que o comício em tela ocorreu na cidade GOIANA de JATAÍ, e não em Belo Horizonte/MG.
CEI-DP/DF
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
QUESTÃO 18. Inaugurada em 21 de abril de 1960, Brasília estava conclusa.
A inauguração de Brasília se deu de forma inconclusa, com muitos prédios ainda em construção ou a ser
construídos, e com diversos órgãos federais permanecendo no Rio de Janeiro, tendo ocorrido assim para
garantir que a cidade surgisse ainda no governo de JK. Temia-se que os sucessores não seguissem na
construção e, de fato, no período Jânio Quadros/João Goulart (61 a 64) as obras e transferências de ór-
gãos seguiram timidamente. Apenas no governo militar, a partir de 1964 a cidade foi consolidada como
capital federal com prosseguimento das obras, sendo que mesmo partes previstas desde o projeto inicial
do Plano Piloto (e.g. Museu nacional e Biblioteca Nacional) só vieram a ser construídos apenas por inicia-
tiva do Governo do DF e já no século XX (2006).
QUESTÃO 19. A renda per capita do Distrito Federal é a maior do país e quase o dobro da média
nacional.
Sem entrar no mérito da discussão sobre o quanto de realidade uma avaliação de renda per capita traduz,
fato é que o DF possui tanto a maior renda média per capita no país, historicamente, quando ela é em
regra quase duas vezes maior que a média nacional.
Como exemplo, segundo o IBGE, em 2018 a renda média nacional per capita era de R$ 1.373,00; a de SP R$
1.898,00; a do Maranhão (menor do país) R$ 605 e a do DF R$ 2.460,00.
QUESTÃO 20. Brasília, cujo relevo é predominantemente plano, fica a 1.000 metros acima do ní-
vel do mar e seu ponto culminante é o pico do roncador, na serra de sobradinho.
CEI-DP/DF
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Como bem disse assertiva, o ponto culminante do DF e mesmo o Pico do Roncador, que fica a 1.341 me-
tros de altitude e é localizado na Serra do Sobradinho, no Parque Nacional de Brasília, na área conhecida
como Colina do Rodeador, na região administrativa de Brazlândia.
QUESTÃO 21. Em Brasília se encontram as cabeceiras de afluentes de três dos maiores rios bra-
sileiros – o Rio Maranhão, afluente do Rio Tocantins; o Rio Preto, afluente do São Francisco; e os
rios São Bartolomeu e Descoberto, tributários do Rio Paraná.
Afluentes e tributários são sinônimos, convém recordar, significando que são rios menores que desaguam
em rios maiores, contribuindo com sua vazão para a daqueles.
QUESTÃO 22. Brasília possui clima tropical, com temperatura média de 22 °C e variações que vão
de 13 °C a 28 °C ao longo do ano. O período com mais chuvas, geralmente fortes e de curta dura-
ção, é entre o fim da primavera e o fim do verão, de outubro ao início de maio, quando a umidade
relativa do ar é mais alta. Já entre maio e setembro, há baixa umidade e o período de seca, breve,
que não ultrapassa dois meses.
As informações da assertiva estão quase todas corretas exceto na parte final, onde trata da famosa seca
de Brasília. Esse período sem chuvas, na verdade, não é breve, e pode durar até 5 (cinco) meses em anos
mais áridos. Há no DF duas estações bem definidas, um verão, com chuvas e mais calor, e um inverno,
seco e mais frio.
QUESTÃO 23. A região administrativa do Núcleo Bandeirante nasceu antes da inauguração de

Brasília.
CEI-DP/DF
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Atenção(!), o termo “cidades-satélites” caiu em desuso (até por certo conteúdo pejorativo que nele se
embutia). Como sabemos, a Constituição veda que o DF se divida em municípios, e o DF é constituído
por Regiões Administrativas, chamadas, também, por RAs. O Distrito Federal possui 31 (trinta e uma) re-
giões administrativas, sendo que o núcleo bandeirante é, sim, anterior a Brasília, por ter abrigado can-
dangos ao longo da construção da cidade e sido fundado em dezembro de 1956. O mesmo acontece com a
RA da Candangolândia, com mesma formação e criada ainda em janeiro de 1956. Ao menos duas regiões
administrativas são MUITO anteriores à Brasília/DF, caso de Planaltina (que antes era um município único e
pertencia a Goiás, e que com a criação do DF se desmembrou em duas cidades, uma RA no DF e uma cidade
goiana nova) e Brazlândia, núcleo rural criado ainda na década de 30 (e que antes também pertencia a GO).
QUESTÃO 24. O Distrito Federal é a menor unidade da Federação, tendo uma população estimada
pelo IBGE para 2019 em torno de um milhão e meio de habitantes. Dentre suas regiões adminis-
trativas, a mais populosa é a do Plano Piloto/Brasília.
O DF é realmente a menor unidade da federação com área total em trono de 5.779 km2 (observe que a
área final do DF ficou bem menor do que aquela que era estimada ainda na Missão Cruls no séc XIX, que
era de 14.400 km2!).
A população estimada pelo IBGE em 2019 para o DF é de 2.974.073 habitantes, sendo que no último censo
nacional (2010) era de 2.570.160 habitantes. A RA mais populosa segundo dados da Companhia de Plane-
jamento do Distrito Federal (CODEPLAN) de 2015/2016 é a da Ceilândia, com 486.351 habitantes, seguida
por Samambaia (254 439) e Taguatinga (222 598). O Plano Piloto/Brasília fica apenas em 4º lugar (220 393)
QUESTÃO 25. O solo do cerrado é fértil e propício à agricultura, razão pela qual o cinturão verde
do Distrito Federal tem como seu maior produto agrícola o feijão.
CEI-DP/DF
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Na verdade, o solo ácido do cerrado dificulta o plantio de muitos alimentos.
Com a utilização da técnica da calagem, que consiste em adicionar cal ao solo, se tem obtido êxito na
monocultura de cereais, sobretudo a soja. É ela o principal produto agrícola do Distrito Federal.
Não custa recordar que maior atividade econômica do Distrito federal é a do setor terciário, que engloba o
comércio, os serviços e a administração pública; seguida em relevância pela atividade no setor secundário,
a indústria, e apenas depois dela pelo setor terciário, ou agricultura.
QUESTÃO 26. O complexo penitenciário da papuda, segundo o folclore local, deriva seu nome da
região em que instalado, onde já houve endêmica incidência da doença denominada de bócio.
O local onde hoje se encontra o Complexo Penitenciário da Papuda já foi uma grande fazenda de gado
leiteiro. O folclore local realmente aponta que o nome “Papuda” foi dado em referência a um casal de
negros escravizados que vivia na região. A mulher teria sido acometida pelo bócio, uma deformidade na
região do pescoço associada à deficiência da ingestão de iodo que causa um enorme “papo” no pescoço
de quem sofre daquele mal e era muito comum no centro-oeste no século XIX e começo do século XX. A
região “da papuda” teria assim sido batizada, merecendo destaque que naquele local também já existiu
um quilombo.
QUESTÃO 27. O distrito federal possui autonomia como ente federativo, embora ela seja mitigada
por algumas previsões em que há tutela da União. O DF é regido não por uma constituição esta-
dual, mas por uma Lei Orgânica.
CEI-DP/DF
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Como sabemos, o DF é um ente federativo sui generis que reúne atribuições de município e estado-mem-
bro. Rege-se não por uma Constituição Estadual, mas por uma Lei Orgânica a qual já foi reconhecida a
natureza jurídica constitucional.
Recordemos previsões constitucionais pertinentes, primeiro sobre o DF:
Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger-se-á por lei orgânica, vota-
da em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara
Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição.
§ 1º Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados
e Municípios.
§ 2º A eleição do Governador e do Vice-Governador, observadas as regras do art. 77, e dos
Deputados Distritais coincidirá com a dos Governadores e Deputados Estaduais, para man-
dato de igual duração.
§ 3º Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o disposto no art. 27.
§ 4º Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, das polícias civil
e militar e do corpo de bombeiros militar.
Agora sobre a tutela parcial da União sobre essa autonomia:
Art. 21. Compete à União:

[...]
XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos Ter-
ritórios e a Defensoria Pública dos Territórios;
XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Dis-
trito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de
serviços públicos, por meio de fundo próprio;
Nesse sentido (e veja o texto da Súmula Vinculante 39 do STF: “Compete privativamente à União legislar
sobre vencimentos dos membros das polícias civil e militar e do corpo de bombeiros militar do Distrito Fede-
ral) temos que há uma autonomia mitigada do DF, pois embora as polícias e corpo de bombeiros sejam
integrantes de sua estrutura (são servidores distritais, subordinados ao Governador – art., 144,§6º CR/88),
as forças são remuneradas por e a legislação sobre esta remuneração cabe privativamente à União, que
também as organiza em lei – art. 21, XIV CR/88).
Demais disso o MPDFT e o TJDFT são integrantes de estruturas federais, embora com atribuições locais.
Quanto à Defensoria Pública do Distrito Federal, veja a próxima questão.
CEI-DP/DF
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
QUESTÃO 28. A Defensoria Pública do Distrito Federal e Territórios nunca chegou a existir, apesar
de sua previsão formal na Constituição da República de 1988.
O texto original da CR/88 previa no art. 21, XIV, que a União organizaria e manteria o TJDFT, o MPDFT (in-
tegrante do MPU) e a DPDFT. Esta, porém, nunca foi criada.
A situação perdurou até a EC nº 69 de 2012, que transferiu a atribuição de organizar a Defensoria Pública
do DF ao Distrito Federal, mantendo para a União o dever futuro de organizar alguma Defensoria Pública
nos Territórios, se criados forem.
Posteriormente, a EC nº74 de 2013 conferiu à recém prevista Defensoria do DF e à Defensoria Pública da

União a mesma autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro
dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, o que já era previsto para as Defensorias es-
taduais desde a EC nº 45 de 2004 (dita “reforma do judiciário”).
QUESTÃO 29. Antes da EC nº 69 de 2012 e da criação DA Defensoria Pública do Distrito Federal,

era o antigo Centro de Assistência Judiciária – CEAJUR do Distrito Federal, constituído por uma
fração da procuradoria do distrito federal, que exercia de fato as funções de Defensoria Pública.
O CEAJUR nasceu em janeiro de 1987, quando o ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça, Humberto
Gomes, à época, procurador-geral do Distrito Federal, o idealizou dentro da estrutura da Procuradoria,
após convencer o governo da necessidade de uma instituição a garantir assistência jurídica integral e
gratuita aos hipossuficientes.
Assim, o CEAJUR surgiu antes mesmo da Constituição Federal de 1988 constitucionalizar a Defensoria
Pública.
A partir de 2007, um grupo de procuradores de assistência judiciária do Distrito Federal (que era quem
exercia de fato a função de “defensores públicos”), resolveu tentar modificar a situação jurídica da insti-
tuição concebida pela Constituição de 1988, até porque a DPDFT nunca havia sido criada nem instalada
CEI-DP/DF
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
justamente ao argumento de que já existia o CEAJUR(!). Destarte, buscou-se “distritalização” da Defen-

soria Pública do DF, politicamente, pela apresentação, em 05 de março de 2008, da Proposta de Emenda
Constitucional 007/2008, que transferia da União para o Distrito Federal as atribuições de organizar e
manter a sua Defensoria Pública.
Nesse interim foi aprovada/sancionada a Lei Complementar Distrital nº 828, de 26 de julho de 2010, regu-
lando a prestação de assistência jurídica pelo Distrito Federal e dispondo sobre a organização do Ceajur,
conferindo-lhe certa autonomia no âmbito distrital e determinando a continuidade de que uma fração da
procuradoria distrital seguisse destinada à prestação de assistência jurídica gratuita.
Após a EC 69/2012, no âmbito distrital foi promulgada a Emenda à Lei Orgânica do Distrito Federal nº 61
em 17.12.2012, transformando o Centro de Assistência Judiciária em Defensoria Pública.
QUESTÃO 30. Ao transferir a titularidade da organização de sua Defensoria Pública para o Distrito
Federal a EC nº 69/20912, e posteriormente a emenda à Lei Orgânica do DF nº 61/2012, vedaram
que os então procuradores de assistência judiciária mantivessem sem regime jurídico, tendo to-
dos os cargos ocupados de procuradores de assistência judiciária sido transformados em cargos
de defensores públicos do distrito federal.
Embora de constitucionalidade duvidosa, o que o normativo em tela (emenda à LODF nº 61) previu foi a
transformação dos cargos de procuradores de assistência judiciária em defensores públicos, mas ressalvan-
do, para quem optasse no prazo de dez dias após a publicação da emenda, a manutenção do seu regime
jurídico, seguindo como procuradores do distrito federal e, portanto, excluindo-se da Defensoria Pública.
Logo nem todos os procuradores de assistência judiciária se tornaram defensores públicos.

Ext Cei DPDF 197 PDF

Enviado por

Dados do documento

Título original

Direitos autorais

Formatos disponíveis

Compartilhar este documento

Compartilhar ou incorporar documento

Opções de compartilhamento

Você considera este documento útil?

Este conteúdo é inapropriado?

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Ext Cei DPDF 197 PDF

Enviado por

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

CEI-DP/DF

Alexandre Cabral. Defensor Público Federal, Especialista em Segurança Pública. Espe-

Caio Paiva. Coordenador e Professor de Direito Processual Penal, Direitos Humanos e

Giancarlo Vay. Professor de Direito da Criança e do Adolescente. Professor de Direito

Thimotie Aragon Heemann. Professor de Direito Constitucional. Promotor de Justiça do

to Constitucional, Direitos Humanos, Direitos Difusos e Coletivos e Princípios Institucionais

CONHECIMENTOS SOBRE O DISTRITO FEDERAL – DPDF

PROFESSOR ALEXANDRE CABRAL

Eventuais dúvidas podem ser sanadas no meu Instagram: @alexandrecabraljus

QUESTÕES SEM O GABARITO COMENTADO

QUESTÃO 1. A Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno – RIDE engloba

QUESTÃO 2. Na hipótese de desmembramento de um município incluso na RIDE, a nova municipa-

QUESTÃO 14. O primeiro prefeito de Brasília foi Israel Pinheiro.

QUESTÃO 18. Inaugurada em 21 de abril de 1960, Brasília estava conclusa.

QUESTÃO 23. A região administrativa do Núcleo Bandeirante nasceu antes da inauguração de

QUESTÃO 29. Antes da EC nº 69 de 2012 e da criação DA Defensoria Pública do Distrito Federal,

Q. 1 - GABARITO: ERRADO. 15 Q. 16 - GABARITO: ERRADO. 22

Q. 2 - GABARITO: CERTO. 16 Q. 17 - GABARITO: ERRADO. 22

Q. 3 - GABARITO: ERRADO. 16 Q. 18 - GABARITO: ERRADO. 23

Q. 4 - GABARITO: ERRADO. 17 Q. 19 - GABARITO: CERTO. 23

Q. 5 - GABARITO: CERTO. 17 Q. 20 - GABARITO: CERTO. 24

Q. 6 - GABARITO: CERTO. 17 Q. 21 - GABARITO: CERTO. 24

Q. 7 - GABARITO: CERTO. 18 Q. 22 - GABARITO: ERRADO. 24

Q. 8 - GABARITO: ERRADO. 18 Q. 23 - GABARITO: CERTO. 25

Q. 9 - GABARITO: ERRADO. 19 Q. 24 - GABARITO: ERRADO. 25

Q. 10 - GABARITO: ERRADO. 19 Q. 25 - GABARITO: ERRADO. 26

Q. 11 - GABARITO: ERRADO. 20 Q. 26 - GABARITO: CERTO. 26

Q. 12 - GABARITO: CERTO. 20 Q. 27 - GABARITO: CERTO. 27

Q. 13 - GABARITO: CERTO. 21 Q. 28 - GABARITO: CERTO. 28

Q. 14 - GABARITO: CERTO. 21 Q. 29 - GABARITO: CERTO. 29

Q. 15 - GABARITO: CERTO. 22 Q. 30 - GABARITO: ERRADO. 29

QUESTÕES COM O GABARITO COMENTADO

QUESTÃO 1. A Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno – RIDE engloba

QUESTÃO 2. Na hipótese de desmembramento de um município incluso na RIDE, a nova municipa-

Trata-se de previsão formal da LC 94/1998, em seu artigo 1º, §2º:

§ 2º Os Municípios que vierem a ser constituídos a partir de desmembramento de território

JK, como popularmente chamado, tinha um projeto de desenvolvimento econômico e administrativo,

A construção em ritmo acelerado da capital atraiu dezenas de milhares de trabalhadores, do Nordeste

QUESTÃO 14. O primeiro prefeito de Brasília foi Israel Pinheiro.

Realmente há 12 (doze) variedades de árvores tombadas como patrimônio ecológico do DF (Decreto

QUESTÃO 18. Inaugurada em 21 de abril de 1960, Brasília estava conclusa.

QUESTÃO 23. A região administrativa do Núcleo Bandeirante nasceu antes da inauguração de

Na verdade, o solo ácido do cerrado dificulta o plantio de muitos alimentos.

Recordemos previsões constitucionais pertinentes, primeiro sobre o DF:

Art. 21. Compete à União:

Posteriormente, a EC nº74 de 2013 conferiu à recém prevista Defensoria do DF e à Defensoria Pública da

QUESTÃO 29. Antes da EC nº 69 de 2012 e da criação DA Defensoria Pública do Distrito Federal,

justamente ao argumento de que já existia o CEAJUR(!). Destarte, buscou-se “distritalização” da Defen-

Você também pode gostar