Você está na página 1de 31

Superior Tribunal de Justiça

RECURSO ESPECIAL Nº 983.597 - RJ (2007/0217476-6)


RELATOR : MINISTRO PAULO DE TARSO SANSEVERINO
RECORRENTE : BANCO GUANABARA S/A
ADVOGADOS : HÉLIO JOSÉ CAVALCANTI BARROS E OUTRO(S)
CARLOS HUMBERTO ROSENBERG MOLETTA
ADVOGADOS : ANDREA HELENA COSTA PRIETO
JULIANA ESTEVÃO LIMA DIAS
RECORRIDO : MARCOS ANDRÉ CARVALHO DE AGUIAR
ADVOGADO : MONICA CARVALHO DE AGUIAR

EMENTA

RECURSO ESPECIAL. VIOLAÇÃO AO ART. 535 DO CPC.


INOCORRÊNCIA. INSCRIÇÃO INDEVIDA EM
CADASTROS DE INADIMPLENTES. CONTRATO DE
FINANCIAMENTO FIRMADO POR TERCEIRO, COM USO
DE DOCUMENTAÇÃO FURTADA DO AUTOR.
RESPONSABILIDADE DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA.
REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA
07/STJ. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ (CPC, ART. 17, VII).
AFASTAMENTO. DANOS MORAIS. QUANTUM
INDENIZATÓRIO. REDUÇÃO.
1. Ausência de maltrato ao art. 535 do Código de Processo
Civil quando o acórdão recorrido, ainda que de forma
sucinta, aprecia com clareza as questões essenciais ao
julgamento da lide, não estando o magistrado obrigado a
rebater, um a um, os argumentos deduzidos pelas partes.
2. "A circunstância da conta bancária ser aberta por
terceiro, com a utilização de documentos furtados ou
roubados, não elide a responsabilidade da instituição
financeira. A ausência de comunicação do furto ou do roubo
dos documentos às autoridades policiais e ao SPC, por si só,
não afasta a obrigação de indenizar" (REsp 856.085/RJ, Rel.
Min. NANCY ANDRIGHI, Terceira Turma, DJ de
08.10.2009).
3. Para que se infirmassem as conclusões do julgado no
sentido da efetiva ocorrência do dano moral e da ilegalidade
da inscrição, seria necessária a incursão na seara
fático-probatória da demanda, providência vedada em sede
especial, a teor da súmula 07/STJ.
4. Consoante doutrina e jurisprudência pacíficas, não há que
se falar em litigância de má-fé, decorrente da interposição
de recurso meramente protelatório (art. 17, VII, do CPC),
quando a parte apenas se vale do recurso cabível - in casu, a
apelação - para, fundamentadamente, formular sua
Documento: 1028276 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: Página 1 de 31
06/09/2011
Superior Tribunal de Justiça
irresignação e requerer a reforma da sentença.
5. O valor arbitrado a título de reparação por danos morais
está sujeito ao controle do Superior Tribunal de Justiça,
desde que ínfimo ou exagerado, o que ocorre no presente
caso, em que fixado em 300 (trezentos) salários mínimos.
6. Quantia reduzida para 50 (cinqüenta) salários mínimos,
corrigidos a partir desta data, em atenção às peculiaridades
do caso em concreto e ao primado da razoabilidade.
7. RECURSO ESPECIAL CONHECIDO E PARCIALMENTE
PROVIDO.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima


indicadas, acordam os Ministros da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça,
por unanimidade, dar parcial provimento ao recurso especial, nos termos do voto
do(a) Sr(a). Ministro(a) Relator(a). Os Srs. Ministros Vasco Della Giustina
(Desembargador convocado do TJ/RS), Nancy Andrighi, Massami Uyeda e Sidnei
Beneti votaram com o Sr. Ministro Relator.

Brasília (DF), 07 de dezembro de 2010(Data do Julgamento)

MINISTRO PAULO DE TARSO SANSEVERINO


Relator

Documento: 1028276 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: Página 2 de 31


06/09/2011
Superior Tribunal de Justiça
RECURSO ESPECIAL Nº 983.597 - RJ (2007/0217476-6)

RECORRENTE : BANCO GUANABARA S/A


ADVOGADOS : HÉLIO JOSÉ CAVALCANTI BARROS E OUTRO(S)
CARLOS HUMBERTO ROSENBERG MOLETTA
JULIANA ESTEVÃO LIMA DIAS
RECORRIDO : MARCOS ANDRÉ CARVALHO DE AGUIAR
ADVOGADOS : LUIZ CARLOS MARTINS LOPES
TEODORICO TELES NETO
RELATÓRIO

O EXMO. SR. MINISTRO PAULO DE TARSO SANSEVERINO (Relator):

Versam os autos acerca de ação de indenização por danos morais ajuizada


por MARCOS ANDRÉ CARVALHO DE AGUIAR em face do BANCO
GUANABARA S/A.
Em primeiro grau de jurisdição, o pedido foi julgado procedente, tendo
sido fixado o quantum indenizatório em 300 (trezentos) salários mínimos.
O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro negou provimento à
apelação do réu, condenando-o, "de ofício, nos termos do artigo 18, do Código
de Processo Civil, a pagar ao autor, a título de perdas e danos, pela litigância
de má-fé, o correspondente a 200 (duzentos) salários mínimos" (fls. 144).
Eis a ementa do julgado:

"Responsabilidade Civil. Negativação indevida do nome do autor no


rol dos maus pagadores. Ato gravíssimo praticado pelo réu. Dano
moral insuportável. Procedência do pedido. Inconformismo do réu.
Improvimento do recurso. Litigância de má-fé caracterizada.
Tendo sido gravíssimo o ato do réu, que negativou o nome do autor
em Tribunal Privado de Exceção, sem que o mesmo nada lhe devesse,
o que perdurou por 4 (quatro) anos, sem que tomasse ele qualquer
providência para evitar os efeitos maléficos daquela anotação,
impõe-se a confirmação do julgado, que o condenou a compensar a
dor moral insuportável sofrida." (fls. 139)

O aresto desafiou embargos de declaração, que restaram desacolhidos.


A instituição financeira interpôs, então, o presente recurso especial, com
fundamento no art. 105, III, "a" e "c", da Constituição Federal.
Documento: 1028276 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 06/09/2011 Página 3 de 31
Superior Tribunal de Justiça
Nas razões do especial, aduziu o recorrente: (a) violação aos arts. 165,
458, II, e 535, I e II, do Código de Processo Civil, uma vez não apreciadas
questões fundamentais ao desate da lide; (b) ofensa ao art. 17 do Código de
Processo Civil, pois "a apelação interposta não tem o mínimo caráter
protelatório" (fls. 442), devendo ser afastada, pois, sua condenação em
litigância de má-fé; (c) maltrato ao art. 18, § 2º, do Código de Processo Civil,
porquanto fixado o valor da multa por litigância de má-fé em desacordo com os
limites legais; (d) violação aos arts. 5º da Lei de Introdução ao Código Civil, 42
do Código de Defesa do Consumidor, 159 e 160, I, do Código Civil, diante da
legalidade da inscrição do nome do devedor nos cadastros restritivos de crédito,
bem como do exagero na fixação do quantum indenizatório. Alegou, ainda,
dissídio jurisprudencial em favor de suas teses.
Não houve oferecimento de contra-razões.
O Terceiro Vice-Presidente do Tribunal a quo negou seguimento ao
recurso.
Diante da inadmissão do especial, o recorrente interpôs agravo de
instrumento perante o Superior Tribunal de Justiça (Ag 640.953/RJ).
O agravo foi provido por decisão da lavra do Ministro Castro Filho, que
determinou a subida dos autos de recurso especial.
É o relatório.

Documento: 1028276 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 06/09/2011 Página 4 de 31
Superior Tribunal de Justiça
RECURSO ESPECIAL Nº 983.597 - RJ (2007/0217476-6)

VOTO

O EXMO. SR. MINISTRO PAULO DE TARSO SANSEVERINO (Relator):

A irresignação merece, em parte, acolhida.


De início, no que concerne à alegação de negativa de prestação
jurisdicional, verifica-se que as questões submetidas ao Tribunal a quo foram
suficiente e adequadamente apreciadas, com abordagem integral do tema e
fundamentação compatível.
Amolda-se a espécie, pois, ao massivo entendimento pretoriano no
sentido de que, "quando o Tribunal de origem, ainda que sucintamente,
pronuncia-se de forma clara e suficiente sobre a questão posta nos autos, não
se configura ofensa ao artigo 535 do CPC. Ademais, o magistrado não está
obrigado a rebater, um a um, os argumentos trazidos pela parte" (AgRg no Ag
1265516/RS, Rel. Min. JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, Quarta Turma, DJ de
30.06.2010).
Destarte, não se configura ofensa aos arts. 165, 458, II, e 535, I e II, do
Código de Processo Civil.
De outro lado, correto o acórdão recorrido ao reconhecer como indevida a
negativação do nome do autor.
Com efeito, nos termos da iterativa jurisprudência desta Corte acerca da
matéria, "a circunstância da conta bancária ser aberta por terceiro, com a
utilização de documentos furtados ou roubados, não elide a responsabilidade
da instituição financeira. A ausência de comunicação do furto ou do roubo dos
documentos às autoridades policiais e ao SPC, por si só, não afasta a
obrigação de indenizar" (REsp 856.085/RJ, Rel. Min. NANCY ANDRIGHI,
Terceira Turma, DJ de 08.10.2009).
Ademais, para que se infirmassem as conclusões do julgado no sentido da
Documento: 1028276 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 06/09/2011 Página 5 de 31
Superior Tribunal de Justiça
efetiva ocorrência do dano moral e da ilegalidade da inscrição, seria necessária
a incursão na seara fático-probatória da demanda, providência vedada em sede
especial, a teor da súmula 07/STJ.
Quanto às demais matérias objeto do recurso especial, melhor sorte
assiste ao recorrente.
No que toca à litigância de má-fé, a multa foi fixada pelo Tribunal de
origem com fundamento no art. 17, VII, do Código de Processo Civil, verbis :

Art. 17 - Reputa-se litigante de má-fé aquele que:


(...)
VII - Interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório.

A fim de bem elucidar a questão, transcrevo os comentários de NELSON


NERY JUNIOR e ROSA MARIA DE ANDRADE NERY ao mencionado
dispositivo legal (in Código de Processo Civil Comentado. 11ª ed. São Paulo:
RT, 2010 - p. 228):

(...) O recurso é manifestamente infundado quando o recorrente tiver


a intenção deliberada de retardar o trânsito em julgado da decisão,
por espírito procrastinatório. É também manifestamente infundado
quando destituído de fundamentação razoável ou apresentado de sem
as imprescindíveis razões do inconformismo. O recurso é, ainda,
manifestamente infundado quando interposto sob fundamento
contrário a texto expresso de lei ou a princípio sedimentado da
doutrina e da jurisprudência.

Na espécie, todavia, não houve interposição de recurso manifestamente


protelatório ou infundado.
Com efeito, o réu, nas razões da apelação, (a) manifestou de forma clara o
intento de reforma da sentença, (b) apresentou arrazoado formalmente
adequado e dotado de fundamentação razoável, bem como (c) formulou
pretensão com apoio na lei e na jurisprudência pertinentes.
Ademais, esta Corte tem entendimento assente no sentido de que "não há
se falar em litigância de má-fé quando a parte apenas se vale de recurso
Documento: 1028276 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 06/09/2011 Página 6 de 31
Superior Tribunal de Justiça
legalmente previsto para, fundamentadamente, indicar sua irresignação e
requerer a cassação ou reforma da sentença" (REsp 620.407/RS, Rel. Min.
HUMBERTO MARTINS, Segunda Turma, DJ de 14.02.2007).
Destarte, deve ser afastada a condenação do recorrente por litigância de
má-fé.
Por fim, afigura-se exagerado o quantum indenizatório, fixado pelo
Tribunal de origem em 300 (trezentos) salários mínimos.
Com efeito, o Superior Tribunal de Justiça tem arbitrado com parcimônia
a indenização por danos morais decorrentes de inscrição indevida em cadastros
de inadimplentes.
Em diversas oportunidades, ao cuidar de hipóteses similares à dos autos
(negativação decorrente do inadimplemento de contrato firmado, de forma
fraudulenta, por terceiro, em nome do devedor, cuja documentação fora
furtada), ambas as Turmas integrantes da Segunda Seção desta Corte adotaram
como parâmetro o valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais).
Confiram-se, a propósito: REsp 856.085/RJ, Rel. Min. NANCY
ANDRIGHI, Terceira Turma, DJ de 08.10.2009; REsp 917.464/RJ, Rel. Min.
NANCY ANDRIGHI, Terceira Turma, DJ de 08.10.2008; REsp 678.224/RS,
Rel. Min. JORGE SCARTEZZINI, Quarta Turma, DJ de 17.10.2005.
No entanto, muito embora excessivo o valor fixado na origem, as
particularidades do caso ora em apreço recomendam arbitramento em quantia
superior àquela normalmente estipulada por esta Corte.
Efetivamente, o recorrido em nada contribuiu para a negativação de seu
nome, pois sequer firmou o contrato que deu origem à inscrição, tendo sido
vítima de furto de seus documentos pessoais.
Outrossim, consoante asseverado no acórdão recorrido, a inscrição
indevida perdurou por longos quatro anos, período que ultrapassa sobremaneira
os limites da razoabilidade.
Documento: 1028276 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 06/09/2011 Página 7 de 31
Superior Tribunal de Justiça
Ademais, o recorrido alegou que, em decorrência da distribuição da ação
de busca e apreensão, não pôde tomar posse no cargo de Auditor Fiscal do
Estado da Bahia, para o qual foi nomeado após aprovação em concurso público.
O autor fez prova da nomeação e da exigência, para a posse, de certidão
negativa dos distribuidores cíveis.
Não houve, todavia, consoante asseverado pelo acórdão recorrido, prova
inequívoca do liame entre a inscrição indevida e a vedação à posse.
Ainda assim, não há como excluir a possibilidade de que, efetivamente, a
posse tenha sido negada ao recorrido em face da ausência de certidão negativa.
Destarte, a questão relativa ao concurso público deve ser levada em conta
na fixação do quantum indenizatório, ainda que seus reflexos não sejam tão
drásticos quanto seriam na hipótese de efetiva comprovação dos fatos alegados
pelo recorrido.
Neste contexto, atendendo aos padrões de razoabilidade e às
peculiaridades da espécie, reputo razoável o arbitramento da indenização em 50
(cinqüenta) salários mínimos, que será atualizado a partir da data de hoje pela
variação do IPC.
Ante o exposto, voto no sentido de conhecer do recurso especial e lhe
dar parcial provimento, afastando a condenação do recorrente por
litigância de má-fé e reduzindo o quantum indenizatório para 50
(cinqüenta) salários mínimos, corrigidos monetariamente a partir desta
data.
É o voto.

Documento: 1028276 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 06/09/2011 Página 8 de 31
Superior Tribunal de Justiça
RECURSO ESPECIAL Nº 983.597 - RJ (2007/0217476-6)

RELATOR : MINISTRO PAULO DE TARSO SANSEVERINO


RECORRENTE : BANCO GUANABARA S/A
ADVOGADOS : HÉLIO JOSÉ CAVALCANTI BARROS E OUTRO(S)
CARLOS HUMBERTO ROSENBERG MOLETTA
ADVOGADOS : ANDREA HELENA COSTA PRIETO
JULIANA ESTEVÃO LIMA DIAS
RECORRIDO : MARCOS ANDRÉ CARVALHO DE AGUIAR
ADVOGADOS : LUIZ CARLOS MARTINS LOPES
TEODORICO TELES NETO

VOTO

O SR. MINISTRO VASCO DELLA GIUSTINA (DESEMBARGADOR


CONVOCADO DO TJ/RS): Penso que há uma concorrência de culpas, eu fixaria em
cinquenta salários-mínimos.
Acompanho o voto do Sr. Ministro Relator.
O

Documento: 1028276 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 06/09/2011 Página 9 de 31
Superior Tribunal de Justiça

RECURSO ESPECIAL Nº 983.597 - RJ (2007/0217476-6) (f)

RELATOR : MINISTRO PAULO DE TARSO SANSEVERINO


RECORRENTE : BANCO GUANABARA S/A
ADVOGADOS : HÉLIO JOSÉ CAVALCANTI BARROS E OUTRO(S)
CARLOS HUMBERTO ROSENBERG MOLETTA
ADVOGADOS : ANDREA HELENA COSTA PRIETO
JULIANA ESTEVÃO LIMA DIAS
RECORRIDO : MARCOS ANDRÉ CARVALHO DE AGUIAR
ADVOGADO : MONICA CARVALHO DE AGUIAR

VOTO-VOGAL

EXMO. SR. MINISTRO MASSAMI UYEDA:


Com esse debate que estamos travando, penso que essa
ponderação do Sr. Ministro Paulo de Tarso Sanseverino está correta, com toda
vênia a V. Exa., Sra. Ministra Nancy Andrighi.
Acompanho o voto do Sr. Ministro Relator.

Ministro MASSAMI UYEDA

Documento: 1028276 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 06/09/2011 Página 1 0 de 31
Superior Tribunal de Justiça

RECURSO ESPECIAL Nº 983.597 - RJ (2007/0217476-6) (f)

RELATOR : MINISTRO PAULO DE TARSO SANSEVERINO


RECORRENTE : BANCO GUANABARA S/A
ADVOGADOS : HÉLIO JOSÉ CAVALCANTI BARROS E OUTRO(S)
CARLOS HUMBERTO ROSENBERG MOLETTA
ADVOGADOS : ANDREA HELENA COSTA PRIETO
JULIANA ESTEVÃO LIMA DIAS
RECORRIDO : MARCOS ANDRÉ CARVALHO DE AGUIAR
ADVOGADO : MONICA CARVALHO DE AGUIAR

ESCLARECIMENTOS 1

EXMO. SR. MINISTRO MASSAMI UYEDA:


Srs. Ministros, antes de mais nada, saúdo a ilustre Advogada, que,
com muita objetividade, levantou uns pontos até interessantes.
Na sustentação oral formulada agora da tribuna, a eminente
Advogada sustentou que esses documentos foram furtados e utilizados, mas que
não houve comunicação desse furto aos órgãos de segurança. Esse contrato de
aquisição de veículo por alienação fiduciária foi assinado por uma das pessoas - a
eminente Advogada disse que pela a ex-esposa -, e o banco não tinha como saber,
enfim, se a ex-esposa usou o documento do marido, deve ter usado um homem
para poder assinar esse contrato.
Não se desconhece, aqui, na citação que o eminente Ministro
Relator fez, de um acórdão da Sra. Ministra Nancy Andrighi, que diz que a ausência
de comunicação do furto ou roubo dos documentos às autoridades policiais e ao
SPC, por si só, não afasta a obrigação de indenizar.
Mas, fico pensando, como é possível o banco saber se alguém que
se apresenta trazendo um documento furtado é ou não aquela pessoa?
E, neste caso, também, pela leitura do voto do eminente Relator,
essa situação de persistência da negativação do nome do interessado persistiu por
quatro anos. A consequência dessa negativação, segundo ele, foi que não teria tido
a oportunidade de tomar posse, como Auditor, em um concurso aprovado. Tivemos
outro dia, aqui, um caso, também, que a Sra. Ministra Nancy Andrighi rotulou como
Documento: 1028276 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 06/09/2011 Página 1 1 de 31
Superior Tribunal de Justiça

uma perda da chance...

Ministro MASSAMI UYEDA

Documento: 1028276 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 06/09/2011 Página 1 2 de 31
Superior Tribunal de Justiça

RECURSO ESPECIAL Nº 983.597 - RJ (2007/0217476-6) (f)

RELATOR : MINISTRO PAULO DE TARSO SANSEVERINO


RECORRENTE : BANCO GUANABARA S/A
ADVOGADOS : HÉLIO JOSÉ CAVALCANTI BARROS E OUTRO(S)
CARLOS HUMBERTO ROSENBERG MOLETTA
ADVOGADOS : ANDREA HELENA COSTA PRIETO
JULIANA ESTEVÃO LIMA DIAS
RECORRIDO : MARCOS ANDRÉ CARVALHO DE AGUIAR
ADVOGADO : MONICA CARVALHO DE AGUIAR

ESCLARECIMENTOS 2

EXMO. SR. MINISTRO MASSAMI UYEDA:


A irresignação recursal levanta uma infringência ao art. 535:
omissão, contradição, enfim, e V. Exa. diz que essa questão foi devidamente detida.
Não sei se realmente V. Exa. viu se, no recurso, ou mesmo na defesa - o banco
deve ter formulado isso no Primeiro Grau -, isso foi levantado, se a sentença foi ...

Ministro MASSAMI UYEDA

Documento: 1028276 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 06/09/2011 Página 1 3 de 31
Superior Tribunal de Justiça

RECURSO ESPECIAL Nº 983.597 - RJ (2007/0217476-6) (f)

RELATOR : MINISTRO PAULO DE TARSO SANSEVERINO


RECORRENTE : BANCO GUANABARA S/A
ADVOGADOS : HÉLIO JOSÉ CAVALCANTI BARROS E OUTRO(S)
CARLOS HUMBERTO ROSENBERG MOLETTA
ADVOGADOS : ANDREA HELENA COSTA PRIETO
JULIANA ESTEVÃO LIMA DIAS
RECORRIDO : MARCOS ANDRÉ CARVALHO DE AGUIAR
ADVOGADO : MONICA CARVALHO DE AGUIAR

ESCLARECIMENTOS 3

EXMO. SR. MINISTRO MASSAMI UYEDA:


Parece que a nossa dúvida é a mesma.

Ministro MASSAMI UYEDA

Documento: 1028276 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 06/09/2011 Página 1 4 de 31
Superior Tribunal de Justiça

RECURSO ESPECIAL Nº 983.597 - RJ (2007/0217476-6) (f)

RELATOR : MINISTRO PAULO DE TARSO SANSEVERINO


RECORRENTE : BANCO GUANABARA S/A
ADVOGADOS : HÉLIO JOSÉ CAVALCANTI BARROS E OUTRO(S)
CARLOS HUMBERTO ROSENBERG MOLETTA
ADVOGADOS : ANDREA HELENA COSTA PRIETO
JULIANA ESTEVÃO LIMA DIAS
RECORRIDO : MARCOS ANDRÉ CARVALHO DE AGUIAR
ADVOGADO : MONICA CARVALHO DE AGUIAR

ESCLARECIMENTOS 4

EXMO. SR. MINISTRO MASSAMI UYEDA:


O banco, à polícia.

Ministro MASSAMI UYEDA

Documento: 1028276 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 06/09/2011 Página 1 5 de 31
Superior Tribunal de Justiça

RECURSO ESPECIAL Nº 983.597 - RJ (2007/0217476-6) (f)

RELATOR : MINISTRO PAULO DE TARSO SANSEVERINO


RECORRENTE : BANCO GUANABARA S/A
ADVOGADOS : HÉLIO JOSÉ CAVALCANTI BARROS E OUTRO(S)
CARLOS HUMBERTO ROSENBERG MOLETTA
ADVOGADOS : ANDREA HELENA COSTA PRIETO
JULIANA ESTEVÃO LIMA DIAS
RECORRIDO : MARCOS ANDRÉ CARVALHO DE AGUIAR
ADVOGADO : MONICA CARVALHO DE AGUIAR

ESCLARECIMENTOS 5

EXMO. SR. MINISTRO MASSAMI UYEDA:


Ou, então, ele provasse com um boletim de ocorrência que o
documento foi furtado.

Ministro MASSAMI UYEDA

Documento: 1028276 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 06/09/2011 Página 1 6 de 31
Superior Tribunal de Justiça

RECURSO ESPECIAL Nº 983.597 - RJ (2007/0217476-6) (f)

RELATOR : MINISTRO PAULO DE TARSO SANSEVERINO


RECORRENTE : BANCO GUANABARA S/A
ADVOGADOS : HÉLIO JOSÉ CAVALCANTI BARROS E OUTRO(S)
CARLOS HUMBERTO ROSENBERG MOLETTA
ADVOGADOS : ANDREA HELENA COSTA PRIETO
JULIANA ESTEVÃO LIMA DIAS
RECORRIDO : MARCOS ANDRÉ CARVALHO DE AGUIAR
ADVOGADO : MONICA CARVALHO DE AGUIAR

ESCLARECIMENTOS 6

EXMO. SR. MINISTRO MASSAMI UYEDA:


Ah, sim, já há, aqui, uma abertura de quantum, porque de duzentos
já passa para cinquenta, e cita os precedentes nossos de cinco mil, não?

Ministro MASSAMI UYEDA

Documento: 1028276 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 06/09/2011 Página 1 7 de 31
Superior Tribunal de Justiça

RECURSO ESPECIAL Nº 983.597 - RJ (2007/0217476-6) (f)

RELATOR : MINISTRO PAULO DE TARSO SANSEVERINO


RECORRENTE : BANCO GUANABARA S/A
ADVOGADOS : HÉLIO JOSÉ CAVALCANTI BARROS E OUTRO(S)
CARLOS HUMBERTO ROSENBERG MOLETTA
ADVOGADOS : ANDREA HELENA COSTA PRIETO
JULIANA ESTEVÃO LIMA DIAS
RECORRIDO : MARCOS ANDRÉ CARVALHO DE AGUIAR
ADVOGADO : MONICA CARVALHO DE AGUIAR

ESCLARECIMENTOS 7

EXMO. SR. MINISTRO MASSAMI UYEDA:


É trezentos a litigância de má-fé.

Ministro MASSAMI UYEDA

Documento: 1028276 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 06/09/2011 Página 1 8 de 31
Superior Tribunal de Justiça

RECURSO ESPECIAL Nº 983.597 - RJ (2007/0217476-6) (f)

RELATOR : MINISTRO PAULO DE TARSO SANSEVERINO


RECORRENTE : BANCO GUANABARA S/A
ADVOGADOS : HÉLIO JOSÉ CAVALCANTI BARROS E OUTRO(S)
CARLOS HUMBERTO ROSENBERG MOLETTA
ADVOGADOS : ANDREA HELENA COSTA PRIETO
JULIANA ESTEVÃO LIMA DIAS
RECORRIDO : MARCOS ANDRÉ CARVALHO DE AGUIAR
ADVOGADO : MONICA CARVALHO DE AGUIAR

ESCLARECIMENTOS 8

EXMO. SR. MINISTRO MASSAMI UYEDA:


Tudo bem. Porque, na verdade, poderia até, então, configurar
também uma questão de concorrência de culpa, compensação, porque penso,
também, que o banco tem a responsabilidade objetiva, mas ...

Ministro MASSAMI UYEDA

Documento: 1028276 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 06/09/2011 Página 1 9 de 31
Superior Tribunal de Justiça

RECURSO ESPECIAL Nº 983.597 - RJ (2007/0217476-6) (f)

RELATOR : MINISTRO PAULO DE TARSO SANSEVERINO


RECORRENTE : BANCO GUANABARA S/A
ADVOGADOS : HÉLIO JOSÉ CAVALCANTI BARROS E OUTRO(S)
CARLOS HUMBERTO ROSENBERG MOLETTA
ADVOGADOS : ANDREA HELENA COSTA PRIETO
JULIANA ESTEVÃO LIMA DIAS
RECORRIDO : MARCOS ANDRÉ CARVALHO DE AGUIAR
ADVOGADO : MONICA CARVALHO DE AGUIAR

ESCLARECIMENTOS 9

EXMO. SR. MINISTRO MASSAMI UYEDA:


Era correntista esse autor, aqui, para poder ter padrão de
referência?

Ministro MASSAMI UYEDA

Documento: 1028276 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 06/09/2011 Página 2 0 de 31
Superior Tribunal de Justiça

RECURSO ESPECIAL Nº 983.597 - RJ (2007/0217476-6) (f)

RELATOR : MINISTRO PAULO DE TARSO SANSEVERINO


RECORRENTE : BANCO GUANABARA S/A
ADVOGADOS : HÉLIO JOSÉ CAVALCANTI BARROS E OUTRO(S)
CARLOS HUMBERTO ROSENBERG MOLETTA
ADVOGADOS : ANDREA HELENA COSTA PRIETO
JULIANA ESTEVÃO LIMA DIAS
RECORRIDO : MARCOS ANDRÉ CARVALHO DE AGUIAR
ADVOGADO : MONICA CARVALHO DE AGUIAR

ESCLARECIMENTOS 10

EXMO. SR. MINISTRO MASSAMI UYEDA:


Pois é, alguém vai ao banco e diz assim: "Eu quero comprar um
carro financiado e os meus documentos são esses". E o banco fala: "Muito bem, Sr.
Fulano de tal, é isso". E é uma outra pessoa.

Ministro MASSAMI UYEDA

Documento: 1028276 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 06/09/2011 Página 2 1 de 31
Superior Tribunal de Justiça

RECURSO ESPECIAL Nº 983.597 - RJ (2007/0217476-6) (f)

RELATOR : MINISTRO PAULO DE TARSO SANSEVERINO


RECORRENTE : BANCO GUANABARA S/A
ADVOGADOS : HÉLIO JOSÉ CAVALCANTI BARROS E OUTRO(S)
CARLOS HUMBERTO ROSENBERG MOLETTA
ADVOGADOS : ANDREA HELENA COSTA PRIETO
JULIANA ESTEVÃO LIMA DIAS
RECORRIDO : MARCOS ANDRÉ CARVALHO DE AGUIAR
ADVOGADO : MONICA CARVALHO DE AGUIAR

ESCLARECIMENTOS 11

EXMO. SR. MINISTRO MASSAMI UYEDA:


Bom, não vamos entrar em matéria de revolvimento de prova, mas
indago do Sr. Ministro Relator se realmente o Juiz e o Tribunal chegaram a aflorar
essa questão, e se isso foi dito, também, na contestação.

Ministro MASSAMI UYEDA

Documento: 1028276 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 06/09/2011 Página 2 2 de 31
Superior Tribunal de Justiça

RECURSO ESPECIAL Nº 983.597 - RJ (2007/0217476-6) (f)

RELATOR : MINISTRO PAULO DE TARSO SANSEVERINO


RECORRENTE : BANCO GUANABARA S/A
ADVOGADOS : HÉLIO JOSÉ CAVALCANTI BARROS E OUTRO(S)
CARLOS HUMBERTO ROSENBERG MOLETTA
ADVOGADOS : ANDREA HELENA COSTA PRIETO
JULIANA ESTEVÃO LIMA DIAS
RECORRIDO : MARCOS ANDRÉ CARVALHO DE AGUIAR
ADVOGADO : MONICA CARVALHO DE AGUIAR

ESCLARECIMENTO 12

EXMO. SR. MINISTRO MASSAMI UYEDA:


Apenas para refrescar um pouco a nossa memória, naquele outro
caso que V. Exa. penso que pediu vista, exatamente, da perda da chance...

Ministro MASSAMI UYEDA

Documento: 1028276 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 06/09/2011 Página 2 3 de 31
Superior Tribunal de Justiça

RECURSO ESPECIAL Nº 983.597 - RJ (2007/0217476-6) (f)

RELATOR : MINISTRO PAULO DE TARSO SANSEVERINO


RECORRENTE : BANCO GUANABARA S/A
ADVOGADOS : HÉLIO JOSÉ CAVALCANTI BARROS E OUTRO(S)
CARLOS HUMBERTO ROSENBERG MOLETTA
ADVOGADOS : ANDREA HELENA COSTA PRIETO
JULIANA ESTEVÃO LIMA DIAS
RECORRIDO : MARCOS ANDRÉ CARVALHO DE AGUIAR
ADVOGADO : MONICA CARVALHO DE AGUIAR

ESCLARECIMENTOS 13

EXMO. SR. MINISTRO MASSAMI UYEDA:


Pois é, mas se ele era Vice-Presidente do Banco Bozzano
Simonsen, no mercado financeiro, a faixa salarial é mais ou menos essa.

Ministro MASSAMI UYEDA

Documento: 1028276 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 06/09/2011 Página 2 4 de 31
Superior Tribunal de Justiça

RECURSO ESPECIAL Nº 983.597 - RJ (2007/0217476-6) (f)

RELATOR : MINISTRO PAULO DE TARSO SANSEVERINO


RECORRENTE : BANCO GUANABARA S/A
ADVOGADOS : HÉLIO JOSÉ CAVALCANTI BARROS E OUTRO(S)
CARLOS HUMBERTO ROSENBERG MOLETTA
ADVOGADOS : ANDREA HELENA COSTA PRIETO
JULIANA ESTEVÃO LIMA DIAS
RECORRIDO : MARCOS ANDRÉ CARVALHO DE AGUIAR
ADVOGADO : MONICA CARVALHO DE AGUIAR

ESCLARECIMENTOS 14

EXMO. SR. MINISTRO MASSAMI UYEDA:


Mas havia carta, lá, provando isso.

Ministro MASSAMI UYEDA

Documento: 1028276 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 06/09/2011 Página 2 5 de 31
Superior Tribunal de Justiça

RECURSO ESPECIAL Nº 983.597 - RJ (2007/0217476-6) (f)

RELATOR : MINISTRO PAULO DE TARSO SANSEVERINO


RECORRENTE : BANCO GUANABARA S/A
ADVOGADOS : HÉLIO JOSÉ CAVALCANTI BARROS E OUTRO(S)
CARLOS HUMBERTO ROSENBERG MOLETTA
ADVOGADOS : ANDREA HELENA COSTA PRIETO
JULIANA ESTEVÃO LIMA DIAS
RECORRIDO : MARCOS ANDRÉ CARVALHO DE AGUIAR
ADVOGADO : MONICA CARVALHO DE AGUIAR

ESCLARECIMENTOS 15

EXMO. SR. MINISTRO MASSAMI UYEDA:


Mas é que o Advogado também esclareceu que ele, para poder ser
diretor financeiro e ocupar aquele cargo, necessariamente, pela legislação
financeira, tinha que ter uma ação. Então, ele era portador de uma ação, mas não
por causa de ser acionista...

Ministro MASSAMI UYEDA

Documento: 1028276 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 06/09/2011 Página 2 6 de 31
Superior Tribunal de Justiça

RECURSO ESPECIAL Nº 983.597 - RJ (2007/0217476-6) (f)

RELATOR : MINISTRO PAULO DE TARSO SANSEVERINO


RECORRENTE : BANCO GUANABARA S/A
ADVOGADOS : HÉLIO JOSÉ CAVALCANTI BARROS E OUTRO(S)
CARLOS HUMBERTO ROSENBERG MOLETTA
ADVOGADOS : ANDREA HELENA COSTA PRIETO
JULIANA ESTEVÃO LIMA DIAS
RECORRIDO : MARCOS ANDRÉ CARVALHO DE AGUIAR
ADVOGADO : MONICA CARVALHO DE AGUIAR

ESCLARECIMENTOS 16

EXMO. SR. MINISTRO MASSAMI UYEDA:


Não, ele também não disse isso.

Ministro MASSAMI UYEDA

Documento: 1028276 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 06/09/2011 Página 2 7 de 31
Superior Tribunal de Justiça

RECURSO ESPECIAL Nº 983.597 - RJ (2007/0217476-6) (f)

RELATOR : MINISTRO PAULO DE TARSO SANSEVERINO


RECORRENTE : BANCO GUANABARA S/A
ADVOGADOS : HÉLIO JOSÉ CAVALCANTI BARROS E OUTRO(S)
CARLOS HUMBERTO ROSENBERG MOLETTA
ADVOGADOS : ANDREA HELENA COSTA PRIETO
JULIANA ESTEVÃO LIMA DIAS
RECORRIDO : MARCOS ANDRÉ CARVALHO DE AGUIAR
ADVOGADO : MONICA CARVALHO DE AGUIAR

ESCLARECIMENTOS 17

EXMO. SR. MINISTRO MASSAMI UYEDA:


Não, não disse. V. Exa. é que rotulou como uma perda de chance.
Aqui também não está se falando em perda de chance.

Ministro MASSAMI UYEDA

Documento: 1028276 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 06/09/2011 Página 2 8 de 31
Superior Tribunal de Justiça

RECURSO ESPECIAL Nº 983.597 - RJ (2007/0217476-6) (f)

RELATOR : MINISTRO PAULO DE TARSO SANSEVERINO


RECORRENTE : BANCO GUANABARA S/A
ADVOGADOS : HÉLIO JOSÉ CAVALCANTI BARROS E OUTRO(S)
CARLOS HUMBERTO ROSENBERG MOLETTA
ADVOGADOS : ANDREA HELENA COSTA PRIETO
JULIANA ESTEVÃO LIMA DIAS
RECORRIDO : MARCOS ANDRÉ CARVALHO DE AGUIAR
ADVOGADO : MONICA CARVALHO DE AGUIAR

ESCLARECIMENTOS 18

EXMO. SR. MINISTRO MASSAMI UYEDA:


Aqui não está se discutindo perda de chance.

Ministro MASSAMI UYEDA

Documento: 1028276 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 06/09/2011 Página 2 9 de 31
Superior Tribunal de Justiça

RECURSO ESPECIAL Nº 983.597 - RJ (2007/0217476-6) (f)

RELATOR : MINISTRO PAULO DE TARSO SANSEVERINO


RECORRENTE : BANCO GUANABARA S/A
ADVOGADOS : HÉLIO JOSÉ CAVALCANTI BARROS E OUTRO(S)
CARLOS HUMBERTO ROSENBERG MOLETTA
ADVOGADOS : ANDREA HELENA COSTA PRIETO
JULIANA ESTEVÃO LIMA DIAS
RECORRIDO : MARCOS ANDRÉ CARVALHO DE AGUIAR
ADVOGADO : MONICA CARVALHO DE AGUIAR

ESCLARECIMENTOS 19

EXMO. SR. MINISTRO MASSAMI UYEDA:


E tampouco a inicial falou isso, falou?

Ministro MASSAMI UYEDA

Documento: 1028276 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 06/09/2011 Página 3 0 de 31
Superior Tribunal de Justiça

CERTIDÃO DE JULGAMENTO
TERCEIRA TURMA

Número Registro: 2007/0217476-6 REsp 983.597 / RJ

Números Origem: 113632002 17757 20000117757 200301161752 878102


PAUTA: 07/12/2010 JULGADO: 07/12/2010

Relator
Exmo. Sr. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro MASSAMI UYEDA
Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. JOSÉ BONIFÁCIO BORGES DE ANDRADA
Secretária
Bela. MARIA AUXILIADORA RAMALHO DA ROCHA
AUTUAÇÃO
RECORRENTE : BANCO GUANABARA S/A
ADVOGADOS : HÉLIO JOSÉ CAVALCANTI BARROS E OUTRO(S)
CARLOS HUMBERTO ROSENBERG MOLETTA
JULIANA ESTEVÃO LIMA DIAS
RECORRIDO : MARCOS ANDRÉ CARVALHO DE AGUIAR
ADVOGADOS : LUIZ CARLOS MARTINS LOPES
TEODORICO TELES NETO
ASSUNTO: DIREITO CIVIL - Responsabilidade Civil - Indenização por Dano Moral

SUSTENTAÇÃO ORAL
Dr(a). ANDREA HELENA COSTA PRIETO, pela parte RECORRENTE: BANCO GUANABARA
S/A
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia TERCEIRA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão
realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
A Turma, por unanimidade, deu parcial provimento ao recurso especial, nos termos do
voto do(a) Sr(a). Ministro(a) Relator(a). Os Srs. Ministros Vasco Della Giustina (Desembargador
convocado do TJ/RS), Nancy Andrighi, Massami Uyeda e Sidnei Beneti votaram com o Sr.
Ministro Relator.
Brasília, 07 de dezembro de 2010

MARIA AUXILIADORA RAMALHO DA ROCHA


Secretária

Documento: 1028276 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 06/09/2011 Página 3 1 de 31

Você também pode gostar