Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CENTRO DE EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO, POLÍTICA E SOCIEDADE
VITÓRIA - ES
2018
ALICE LUCAS DE SOUZA
CINTIA SILVA PESSANHA
CLESTON FORECHI
LUCAS CARVALHO DO CARMO
MONIQUE LACERDA
VITÓRIA – ES
2018
ALICE LUCAS DE SOUZA
CINTIA SILVA PESSANHA
CLESTON FORECHI
LUCAS CARVALHO DO CARMO
MONIQUE LACERDA
COMISSÃO EXAMINADORA
_______________________________________
_______________________________________
Aos professores, por serem dedicados ao fazer docente nos fazendo acreditar
na educação como forma de mudança da realidade de muitos. Em especial, ao
Vilmar Borges por todas as práticas compartilhadas, por nos proporcionar um
estágio sério e organizado, pela parceria e ajuda seja com emails respondidos em
velocidade recorde, dentro da academia, seja por toda sua contribuição para a
nossa formação enquanto docentes. Agradecemos, também, à Gisele Girardi, por
ser tão carinhosa e atenciosa conosco, comprovando seu afeto tanto nas dúvidas
que tirou quanto no tempo que dedicou em nos ajudar com nossas questões.
Agradecemos ao nosso orientador Soler Gonzalez, pois sem sua parceria não
conseguiríamos realizar um trabalho tão completo. Ele nos revelou o caminho para
realizar um trabalho de conclusão fora dos modelos colonizadores e hegemônicos.
Dessa forma, entendemos que é possível sim romper com os moldes pré-
estabelecidos que fazem com que a educação esteja sempre estagnada e a serviço
de uma mecanização e exploração dos corpos e mentes.
Este trabalho aborda as questões hídricas sob a perspectiva ecologista que está
presente nas proposições de Marcos Reigota e Rodrigo Barchi. Dessa forma, traz
como objetivo geral a abordagem das diferentes relações e tomadas de decisões
dos sujeitos desta pesquisa, bem como a análise das práticas empregadas no
contexto de uma Educação Ambiental libertária e o ensino de Geografia no cotidiano
escolar vivenciado no Estágio Supervisionado. Considera-se as vozes e as leituras
de mundo desses atores enquanto sujeitos da história, de acordo com o pensamento
freireano. A partir disso, traça-se uma aproximação destas práticas pedagógicas por
meio de um diálogo crítico que é estabelecido mediante aulas dialógicas e
participativas que envolveram dinâmicas, narrativas, imagens e campo. Buscou-se,
portanto, abordar com criticidade as problemáticas ligadas ao saneamento básico e
a poluição das bacias hidrográficas em face de um modo de civilização
antiecológica.
This work deals with water issues from the ecological perspective that is present in
the propositions of Marcos Reigota and Rodrigo Barchi. Thus, the general objective
is to approach the different relationships and decision making of the subjects of this
research, as well as the analysis of the practices used in the context of a Libertarian
Environmental Education and the teaching of Geography in the daily school life
experienced in the Supervised Internship. It is considered the voices and THE
KNOWLEDGE of these actors WHILE THEY ARE subjects of THIS history, according
to Freirean thinking. HENCE, an approximation of these pedagogical practices is
traced through a critical dialogue that is established through dialogic and participative
classes that involved dynamics, narratives, images and field. It was therefore sought
to deal critically with the problems related to SEWAGE DISPOSAL and
WATERSHED pollution in the face of an anti-ecological civilization.
Figura 19 – Cartaz com as fotos utilizadas na Dinâmica "Teia da Vida" realizada com
a turma de 2ª ano noturno da EEEFM Aflordízio Carvalho Da Silva .........................30
Figura 20 – Fluxograma com planejamento de atividades na EEEFM Hunney Everest
Piovesan Silva ...........................................................................................................32
Figura 34: Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria da Vitória – Pontos de
captação ....................................................................................................................42
Tabela 3 – População residente por bairro, sexo e moradores por domicílio ...........17
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 11
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 60
ANEXOS ................................................................................................................... 62
ANEXO I ................................................................................................................ 63
ANEXO II ............................................................................................................... 68
11
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I
A B
Encontrarmos com uma horta nos cotidianos escolares foi, para nós, uma
possibilidade para discutirmos as problemáticas atuais acerca do agronegócio, o
poder político da bancada ruralista e suas decisões sobre as vidas de milhares de
pessoas que sobrevivem da agricultura familiar. Assim como, os transgênicos e a
saúde humana, a questão hídrica, a responsabilidade e cuidado com o outro, dentre
outras temáticas emergentes e relevantes nos contextos do ensino de Geografia.
[...] Contato com a terra e cultivo de plantas não é uma atividade muito
comum aos moradores das grandes cidades. O resgate desse contato
permite nos sentir como participantes do meio em que vivemos [sic]. É
dentro desse espírito que está sendo desenvolvido o projeto da Horta
Escolar, com os alunos do programa Mais tempo na escola. Uma ótima
oportunidade para os alunos desenvolverem questões ambientais, que nem
16
A B
C D
E F
A B
Figura 04: Mapa de localização com o entorno da Escola Estadual Aflordízio Carvalho da Silva;
Diante desse contexto de opressão, a vida cotidiana desses jovens tem sido
marcada pela negação, desesperança, violência e, sobretudo, de resistência, e isso
imprime neles certa descrença na educação, fazendo com que muitos não
reconheçam a escola como um dos instrumentos para modificação da realidade.
Mas, pudemos perceber com o estágio e a pesquisa em educação, que há
movimentos que indicam outros modos de existir na escola, de criar saberes e
relações éticas e ecológicas.
26
CAPÍTULO II
A ―Teia da Vida‖ consiste num rodo de barbante com várias fotos divulgadas
pela mídia, através da internet, sobre a tragédia-crime em Mariana - MG sobre o Rio
Doce e os animais afetados pela lama de rejeitos de mineração, fotos de como ficou
o Rio Doce, após o rompimento da barragem de Fundão, dos movimentos sociais,
protestando após o acidente, das empresas poluidoras, de mapas, descrevendo a
trajetória dos rejeitos, bem como fotografias comparando o Rio Doce antes e após o
desastre, além de outras fotos relacionadas à temática ambiental.
A B
Outro aluno recebeu a foto que mostrava a barragem de Fundão e esse aluno
relatou que a barragem liberou muita lama tóxica da Samarco. Os outros colegas
que receberam fotos sobre a empresa poluidora falaram que a empresa foi
irresponsável e só se preocupou com o dinheiro e não em garantir a segurança da
população e do meio ambiente. Neste momento vários alunos concordaram e
atribuíram às empresas Vale Samarco e BHP o crime ambiental e também culpou o
governo em ser negligente quanto à punição dessas empresas não ter sido realizada
de forma efetiva.
33
A B
C D
E F
Figura 17: A: Desastre Ambiental de Mariana - MG, objetos e bens dos afetados pela lama de
rejeitos; B: ibidem C: ibidem D: ibidem E: ibidem F: ibidem;
Fonte: UOL, 2015
A B
C D
Figura 19: Cartaz com as fotos utilizadas na Dinâmica "Teia da Vida" realizada com a turma
de 2ª ano noturno da EEEFM Aflordízio Carvalho Da Silva;
Autora: Cíntia Pessanha.
36
CAPÍTULO III
A aula de campo é mais que um simples passeio a algum lugar, sendo aqui
pensada como uma prática pedagógica coletiva, participativa e que potencializa a
criação de redes de saberes, sendo também uma oportunidade dos educandos e
educadores de estarem em outros espaços de convivência e de aprendizagem.
Figura 20: Fluxograma com planejamento de atividades na EEEFM Hunney Everest Piovesan Silva;
Elaboração: Cíntia Pessanha.
— Desenhei um copo de água, representa que temos de consumir água sem abusos
e evitando o desperdício para a água não acabar, pois sem a água podemos morrer.
39
— O planeta saindo de uma torneira, pois temos mais água do que terra;
— No desenho coloquei o #economize porque precisamos economizar água;
— É sobre o desperdício de água no planeta;
40
— Economize, #águaévida;
41
— Fiz o desenho do planeta feliz com a água e outra, de ele triste sem a água;
— Então, água é vida, então não desperdice.
No dia 24 de Maio nosso grupo decidiu realizar uma aula para dar subsídio
para a visita à ETA. Pensamos nesta aula como uma oportunidade de fazer um
diagnóstico com os alunos, verificando seus saberes a respeito dos conceitos que
poderiam ser abordados durante a aula de campo. A partir desse diagnóstico, foi
possível fazer uma melhor construção dos significados junto aos alunos.
Ao final das anotações, pedimos para que um aluno de cada grupo fosse até
a frente e explicasse para turma o significado do termo que o grupo obteve pelo
sorteio. Após a explicação, pedimos para que eles anotassem no quadro esse
conceito para ser discutido com a turma e se possível, acrescentar mais ideias no
que fora anotado.
46
Figura 34: Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria da Vitória – Pontos de captação;
Fonte: AGERH.
Solicitamos aos alunos que localizassem no mapa da bacia, que foi entregue
ao grupo, os pontos de captação presentes em uma menor escala. Abordamos
nessa dinâmica, noções de cartografia, iniciando com um conhecimento prévio dos
mapas e a área a ser estudada, de forma a se familiarizar com o local de estudo,
fazendo com que estes possam compreender melhor as questões que envolvem o
espaço geográfico.
48
CAPÍTULO IV
Quando Freire (1970) propôs uma educação libertadora, pelo qual o processo
ensino-aprendizagem não é imposto, porém conquistado através de um diálogo
constante, fundamentado pela troca de experiências entre educandos e educadores,
colegas, comunidade e escola, o educando passa a construir seu próprio
conhecimento, indo contra a educação bancária, que transfere conteúdos de forma
descontextualizada e descolada da realidade, sem propor reflexão para o mesmo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BARCHI, Rodrigo. Uma educação ambiental libertária. Rev. eletrônica Mestr. Educ.
Ambient. ISSN 1517-1256, v. 22, janeiro a julho de 2009.
______. Pedagogia do Oprimido. 50ª edição. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2011.
______. Pedagogia do Oprimido. 17ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
<http://legado.vitoria.es.gov.br/regionais/Censo_2010/Dados_Universo/bairro/trabalh
o_rendimento/Rendimento2.pdf>. Acesso em: 01 de mar. 2018.
.
62
ANEXOS
63
ANEXO I
PLANOS DE AULA
64
65
66
67
68
ANEXO II
VISITA À ETA