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HIPERTENSÃO ARTERIAL
GUIA DE BOLSO SOBRE O TRATAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO
Organização:
Colaboração:
FORTALEZA
2009
H558 Hipertensão arterial: guia de bolso sobre o tratamento farmacoterapêutico /
Marta Maria de França Fonteles, Luzia Izabel Mesquita Moreira da Silva
(organizadores). – Fortaleza: UFC/FFOE/GPUIM/CEATENF, 2009.
XXp.
Vários Colaboradores
CDD: 616.132
APRESENTAÇÃO
• Não fumar
O tabagismo é uma doença e deve ser tratado como tal. Desde o ano de 2004 está
incluído no Sistema Único de Saúde (SUS) o suporte completo para o dependente de cigarros
abandonar o vício: adesivos e gomas de mascar de nicotina para substituir a dose mínima da
substância em quadros de crise de abstinência, e um antidepressivo usado para auxiliar no
abandono do fumo.Os postos de saúde também oferecem ao fumante um programa de
psicoterapia em grupo.
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3 SITUAÇÕES ESPECIAIS
3.2 Idosos
3.3 Diabéticos
3.4 Gravidez
3.5 Obesidade
3.6 Asmáticos
3.7 Dislipêmicos
• Estimar o nível da pressão sistólica (palpar o pulso radial e inflar o manguito até seu
desaparecimento, desinflar rapidamente e aguardar 1 minuto antes da medida)
• Palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar a campânula do estetoscópio sem
compressão excessiva
• Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível estimado da pressão sistólica
• Proceder à deflação lentamente (velocidade de 2 a 4 mmHg por segundo)
• Determinar a pressão sistólica na ausculta do primeiro som (fase I de Korotkoff), que é
um som fraco seguido de batidas regulares, e, após, aumentar ligeiramente a
velocidade de deflação
• Determinar a pressão diastólica no desaparecimento do som (fase V de Korotkoff)
• Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu
desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa
• Se os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a pressão diastólica no
abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff) e anotar valores da
sistólica/diastólica/zero
• Esperar 1 a 2 minutos antes de novas medidas
• Informar os valores de pressão arterial obtidos para o paciente
• Anotar os valores e o membro
5 ADESÃO AO TRATAMENTO
CLONIDINA 00,1-0,2 mg VO h/h 30-60 min 6-8,5 h Hipotensão postural, sonolência, boca seca
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INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
• Bisoprolol: pode resultar em exagerada
resposta hipertensiva, taquicardia ou
arritmias durante estresse fisiológico ou
exposição a catecolaminas exógenas.
• Entacapone: risco aumentado de
taquicardia, hipertensão e arritmias.
• Ferro: pode diminuir a efetividade da
metildopa.
• Fenilpropanolamina: pode resultar em
hipertensão. O uso de simpaticomiméticos
deve ser evitado em pacientes em
tratamento com metildopa.
• Haloperidol: pode resultar em toxicidade
para o SNC (demencia) ou parkinsonismo.
• Inibidores da MAO (contra-indicado):
pode resultar em crise hipertensiva (dor de
cabeça, palpitação, rigidez da nuca).
• Pseudoefedrina: possível perda do controle
da pressão e resultar em urgência
hipertensiva.
• Sotalol: pode resultar em exagerada
resposta hipertensiva, taquicardia ou
arritmias durante estresse fisiológico ou
exposição a catcolaminas exógenas.
RECOMENDAÇÕES AO PACIENTE
• Como a metildopa pode causar sonolência,
deve ser tomado cuidado ao executar
tarefas que requeiram atenção como dirigir
ou operar máquinas.
• Evitar a interrupção abrupta do tratamento.
• Pode ser usada por lactantes e gestantes.
• O paciente deve consultar o
médico/farmacêutico se apresentar angina,
bradicardia, hipotensão, sintomas de
disfunção renal (alteração na cor da urina
como escurecimento ou aparência
sanguinolenta, dor ou ardor ao urinar,
aumento da frequência urinária, inchaço
dos tornozelos ou ao redor dos olhos, dor
lombar) ou pancitopenia.
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• Erva de São João - o uso concomitante pode • O paciente deve ser advertido a não descontinuar
diminuir a biodisponibilidade do bloqueador do bruscamente o tratamento.
canal de cálcio. • Se esquecer de tomar uma dose, tomá-la logo que
• Ácido valpróico - pode aumentar a toxicidade do lembrar, entretanto se já for quase hora da próxima
nimodipino (tontura, hipotensão, rubor, dor de dose tomar só a dose seguinte. Não dobrar a dose.
cabeça, edema periférico). • Manter fora do alcance das crianças, pois a
ingestão única de doses terapêuticas de adultos
RECOMENDAÇÕES AO PACIENTE pode resultar em morte quando ingeridas por
crianças. .
• Este medicamento pode causar diarréia, náusea ou
O paciente dever avisar ao médico caso haja o
cólicas.
surgimento de efeitos colaterais menos graves tais
• As cápsulas não devem ser tomadas junto com como nariz escorrendo ou entupido, erupção
alimentos, o intervalo de 1 hora antes ou 2 horas cutânea ou desconforto gástrico.
após as refeições deve ser respeitado.
• O paciente deve ser advertido que este
medicamento pode causar tonturas
• Evitar o uso de álcool
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• Amiodarona: pode resultar em bradicardia, fenitoína levando a níveis tóxicos desta no soro. A
bloqueio atrioventricular e/ou parada utilização de uma classe terapêutica alternativa
sinusal. Aconselhar precaução se (inibidores da ECA, por exemplo) pode ser necessária
amiodarona e um bloqueador dos canais de para minimizar a possibilidade de uma interação com
cálcio forem usados em conjunto. Evitar o a fenitoína.
uso concomitante de amiodarona e • Aspirina: pode resultar em um aumento do risco de
bloqueadores dos canais de cálcio em hemorragia. Monitorar sinais ou sintomas de
pacientes com síndrome do nódulo sinusal. sangramento excessivo.
• Sinvastatina: pode resultar em um aumento • Flecainida: pode resultar em excesso de efeitos
do risco de miopatia ou rabdomiólise. A dose inotrópicos negativos e prolongamento da condução
de sinvastatina não deve exceder 20 mg por atrioventricular. Tenha cuidado com a co-
dia em doentes que recebem a terapêutica administração de verapamil e flecainida. Monitorar
concomitante de verapamil. Se a terapêutica os pacientes para sinais e sintomas de efeitos aditivos
concomitante for necessária, monitorar o na contratilidade miocárdica, condução AV, e
paciente para sinais e sintomas de miopatia ou repolarização.
rabdomiólise (dores musculares, sensibilidade • Itraconazol: aumento das concentrações séricas e
ou fraqueza). Monitorar a creatina quinase toxicidade do verapamil (tonturas, hipotensão, rubor,
(CK) e interromper o uso se os níveis de CK cefaléia, edema periférico). Observar o paciente para
tiverem um aumento significativo, ou se o desenvolvimento de toxicidade associada com
miopatia ou rabdomiólise for diagnosticada ou verapamil (edema periférico, tontura, hipotensão,
suspeita. rubor facial, dor de cabeça). Considerar a redução da
• Eritromicina: pode resultar em um aumento do dose de verapamil.
risco de cardiotoxicidade (prolongamento do • Indinavir: podem resultar em aumento das
intervalo QT, torsades de pointes, bradicardia, concentrações plasmáticas dos bloqueadores dos
hipotensão, parada cardíaca). A administração canais de cálcio. Observar o paciente por
concomitante de eritromicina e verapamil prolongamento dos efeitos terapêuticos e adversos
deve ser evitada. Aconselha-se precaução se a dos bloqueadores dos canais de cálcio. Pacientes em
eritromicina e verapamil são usados juntos. tratamento com indinavir devem iniciar o uso dos
Monitorar o intervalo QT no início, e bloqueadores dos canais de cálcio em doses baixas e
acompanhar de perto o intervalo Qtc, ajustá-las com base na resposta e desenvolvimento de
freqüência cardíaca e pressão arterial durante toxicidade.
o tratamento concomitante. • Nevirapina: pode resultar em diminuição das
• Oxcarbazepina: pode resultar em potencial concentrações plasmáticas de verapamil. O ajuste da
perda de eficácia oxcarbazepina. Se a dose do verapamil pode ser necessária devido à
oxcarbazepina e verapamil forem co- possível diminuição no efeito clínico.
administrados, monitorar a resposta clínica a • AINEs: pode resultar em um aumento do risco de
oxcarbazepina. hemorragia gastrintestinal e/ou antagonismo do efeito
• Fenobarbital: pode resultar em diminuição da hipotensor. Recomenda-se precaução do uso de
eficácia do Verapamil. Monitorar o paciente AINEs e bloqueadores dos canais de cálcio
para a perda de efeitos dos bloqueadores dos concomitantemente. Monitorar sinais e sintomas de
canais de cálcio, incluindo sinais ou sintomas hemorragia gastrointestinal, tais como fraqueza,
clínicos de hipertensão ou angina. Aumentar a náuseas e sangue nas fezes. Os efeitos anti-
dose se for necessário. hipertensivos dos bloqueadores dos canais de cálcio
• Quinidina: pode resultar em hipotensão, e são antagonizados pela administração concomitante
possível toxicidade da quinidina (arritmias de AINEs.
ventriculares, hipotensão, agravamento da • Cimetidina: pode resultar em aumento das
insuficiência cardíaca). Monitorar a pressão concentrações de verapamil e possível toxicidade
arterial para ocorrência de hipotensão, e cardiovascular. Monitorar a resposta cardiovascular
também monitorar a toxicidade da quinidina, da pressão arterial se a cimetidina é adicionada ao
incluindo a confirmação laboratorial de regime.
alterações nos níveis séricos de quinidina. • Claritromicina: pode resultar em aumento das
Evitar o uso desta associação em pacientes concentrações plasmáticas do verapamil e um risco
com cardiomiopatia hipertrófica. aumentado de hipotensão e/ou bradicardia. Monitorar
• Fenitoína, Fosfenitoína: pode resultar em para possível hipotensão e ajustar a dose de verapamil
diminuição da eficácia do Verapamil. em conformidade.
Monitorar a eficácia clínica do verapamil. • Saquinavir: pode resultar em aumento das
Doses maiores do que esperado podem ser concentrações séricas de verapamil e potencial de
necessárias. Bloqueadores dos canais de cálcio toxicidade (tonturas, dores de cabeça, rubor, edema
devem ser usados com cautela, uma vez que, periférico, arritmia cardíaca). Tomar cuidado e
alguns destes agentes têm interagido com a acompanhar os sinais e sintomas de toxicidade dos
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bloqueadores dos canais de cálcio (tonturas, pode ser considerado como uma alternativa ao
dores de cabeça, rubor, edema periférico, verapamil.
arritmia cardíaca). Reduzir as doses de
verapamil conforme necessário.
• Lítio: pode resultar em perda de controle da RECOMENDAÇÕES AO PACIENTE
mania, neurotoxicidade, bradicardia. Níveis • Orientar ao paciente para comunicar se ocorrer
séricos de lítio devem ser cuidadosamente qualquer sinal de efeito adverso como: edema,
monitorizados. Os doentes devem ser constipação, náuseas e dor de cabeça.
cuidadosamente monitorizados para sinais de • Alertar ao paciente para limitar a ingestão de cafeína
mania ou psicose, bem como quaisquer e álcool durante o tratamento.
sintomas de neurotoxicidade (ataxia, tremores, • Reforçar que as doses esquecidas não devem ser
zumbido), náuseas, vômitos ou diarréia. dobradas.
• Carbamazepina: pode resultar em aumento • Orientar ao paciente para mudar lentamente de
das concentrações plasmáticas da posição postural para evitar hipotensão postural.
carbamazepina e do risco de toxicidade • Alertar ao paciente contra a interrupção súbita do
(ataxia, nistagmo, diplopia, cefaléia, vômitos, medicamento, pois pode precipitar uma crise
apnéia, convulsões, coma). Monitoração de hipertensiva.
sinais clínicos de toxicidade da carbamazepina, • Ensinar que os comprimidos não devem ser
juntamente com os níveis séricos. Ajustar a macerados ou mastigados, devendo ser ingeridos
dose de acordo com necessidade. O nifedipino inteiros e com alimentos para diminuir a irritação
não parece interagir com carbamazepina e gástrica.
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INDICAÇÕES
6 a 7 horas.
Controle da hipertensão arterial, controle da
angina pectoris e arritmias cardíacas. CONTRA-INDICAÇÕES E PRECAUÇÕES
Tratamento do infarto do miocárdio. • Hipersensibilidade ao atenolol ou aos outros
Intervenção precoce e tardia após infarto do componentes da fórmula.
• Bradicardia.
miocárdio.
• Choque cardiogênico.
EFEITOS ADVERSOS • Hipotensão.
Hipotensão postural, bradicardia, piora da • Acidose metabólica.
insuficiência cardíaca. Vertigem, alterações de • Distúrbios graves da circulação arterial periférica.
• Bloqueio cardíaco de segundo ou terceiro grau.
humor, confusão, cefaléia. Distúrbios
• Síndrome do nodo sinusal.
gastrointestinais e boca seca. Broncoespasmo
• Feocromocitoma não tratado.
em pacientes com asma brônquica ou queixas • Pode aumentar o número e a duração dos ataques de
asmáticas. Distúrbios visuais. Fadiga. angina em pacientes com angina de Prinzmetal.
Impotência. • Pode agravar distúrbios menos graves da circulação
arterial periférica.
TEMPO DE INÍCIO • Deve ser administrado com cautela em pacientes com
O início da resposta se dá em 3 horas. bloqueio cardíaco de primeiro grau.
• Pode modificar a taquicardia da hipoglicemia e pode
TEMPO DE EFEITO MÁXIMO mascarar os sinais de tireotoxicose.
• Possui ação de redução da freqüência cardíaca.
Efetivo por pelo menos 24 horas após a dose. • Não deve ser descontinuado abruptamente em
pacientes com doença cardíaca isquêmica.
PICO DE CONCENTRAÇÃO • Pode causar uma reação mais grave a uma variedade
PLASMÁTICA de alérgenos quando administrado a pacientes com
história de reação anafilática a tais alérgenos.
De 2 a 4 horas.
• Pode causar um aumento da resistência das vias
respiratórias em pacientes asmáticos.
MEIA-VIDA
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• Não deve ser utilizado por grávidas/lactantes • Quinidina: bradicardia, hipotensão. Monitorar
sem orientação médica. Há acúmulo cuidadosamente a função cardíaca. Pode ser necessário
significativo de atenolol no leite materno. reduzir a dose inicial de cada droga.
• A utilização durante a gravidez pode causar • Hipoglicemiantes: hipoglicemia, hiperglicemia, ou
dano fetal: retardo de crescimento intra- hipertensão. O atenolol causa menos distúrbio do
uterino, reduzido peso ao nascimento. Deve metabolismo da glicose e menos mascaramento dos
ser evitado nos primeiros estágios da gravidez efeitos hipoglicemiantes do que o propranolol.
e administrado com precaução nas fases
posteriores. Atenolol tem sido utilizado com
segurança no terceiro trimestre para o
tratamento de hipertensão para diminuir a • Bloqueadores dos canais de cálcio Diidropiridinas:
incidência de pré-eclâmpsia nas mulheres risco maior de hipotensão e falência cardíaca em
consideradas em risco. Recém-nascidos de pacientes com insuficiência cardíaca latente.
mulheres que receberam atenolol ao parto
podem estar em risco de bradicardia e • Glicosídeos digitálicos: aumenta o tempo de condução
hipoglicemia. atrioventricular.
• Clonidina: hipertensão de rebote. O atenolol deve ser
descontinuado vários dias antes da retirada da
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS clonidina.
• Amiodarona: hipotensão, bradicardia ou parada • Agentes simpatomiméticos: pode neutralizar os
cardíaca. Deve-se monitorar a função cardíaca e
observar sinais de bradicardia ou bloqueio efeitos dos β-bloqueadores.
cardíaco. • Inibidores da prostaglandina sintetase: diminui
• Verapamil: hipotensão, bradicardia. Monitorar efeitos hipotensores dos beta-bloqueadores.
a função cardíaca e pressão arterial,
especialmente em pacientes predispostos a RECOMENDAÇÕES AO PACIENTE
insuficiência cardíaca. • Orientar para a importância de comunicar ao médico
• Diltiazem: aumento do risco de hipotensão, qualquer sinal de efeito adverso.
bradicardia, distúrbios da condução AV. • Orientar para ingerir de estomago vazio porque a
Monitorar a função cardíaca e pressão arterial presença de alimento diminui sua absorção.
com cuidado, especialmente em pacientes • O uso concomitante de atenolol e produtos que
predispostos a insuficiência cardíaca. Um ajuste contenham alumínio, cálcio ou magnésio pode resultar
da dosagem para metabolização hepática dos β- em redução de eficácia do atenolol. Deve-se evitar
bloqueadores pode ser necessário. tomar atenolol e produtos contendo alumínio, cálcio ou
• Disopiramida: bradicardia, diminuição do magnésio ao mesmo tempo. Atenolol deve ser
débito cardíaco. Monitorar cuidadosamente a administrado duas horas antes ou seis horas depois do
função cardíaca, particularmente em doentes produto que contenha alumínio, cálcio ou magnésio.
com doença cardíaca pré-existente. • Avisar ao médico se for realizar procedimento
• Alfa-1-bloqueadores: resposta hipotensora cirúrgico, pois em uso de atenolol, os anestésicos
exagerada com a primeira dose do bloqueador atenuam a taquicardia de reflexo e aumentam o risco de
alfa. Iniciar o bloqueador alfa, com uma menor hipotensão severa.
dose habitual, de preferência ao deitar.
• Erva de São João: diminuição da eficácia dos
bloqueadores beta-adrenérgicos. O aumento da
dose do bloqueador beta-adrenérgico pode ser
necessário para alcançar os objetivos
terapêuticos.
• Digoxina: bloqueio AV e possível aumento da
toxicidade da digoxina. Acompanhar ECG e as
concentrações séricas de digoxina. A dose deve
ser ajustada.
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pode causar sonolência excessiva e cognição • Orietar o paciente contra a interrupção súbita da
prejudicada. droga, pois isso pode precipitar a hipertensão arterial,
• Este medicamento pode causar bradiarritmia, angina ou infarto do miocárdio. Pode ser necessário
extremidades frias, anorexia, náuseas, diminuir a dosagem ao longo do período de algumas
vômitos, insônia, parestesia, dispnéia e semanas.
sibilância. • Em caso de esquecimento, instrua o paciente a tomar
• Diga ao paciente para relatar sensações uma dose logo que possível, mas se a próxima dose a
anormais ou alterações no comportamento, ser administrada corresponder a um intervalo de
pois o propranolol pode causar depressão e menos de 4 horas ignore a dose esquecida.
transtorno psicótico.
• Aconselhar os pacientes diabéticos para
monitorar cuidadosamente a glicemia
sangüínea.
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• Diltiazem: pode resultar em um aumento do risco de • Orientar o paciente a não usar este medicamento se
hipotensão, bradicardia, distúrbios da condução AV. ele tiver asma, doença grave do fígado ou
Monitorar a função cardíaca e pressão arterial com problemas cardíacos.
cuidado, especialmente em pacientes predispostos a • Avisar que este medicamento deve ser tomado
insuficiência cardíaca. com alimentos ou leite.
• Falar para o paciente não esmagar, quebrar ou
• Bloqueadores alfa-1 adrenérgicos: O uso mastigar a cápsula, se ele não conseguir engolir a
concomitante de alfa-1-bloqueadores e β-bloqueadores de liberação prolongada, poderá abri-la e derramar
pode resultar em uma resposta hipotensora exagerada o medicamento em uma pequena quantidade de
alimentos moles, como pudim, iogurte ou sumo de
com a primeira dose do bloqueador alfa. Quando a maçã, misturar bem e engolir sem mastigar.
terapêutica concomitante com um α-bloqueador e β- • O médico deve ser avisado em caso de gravidez
bloqueador é necessária, iniciar o bloqueador alfa, ou amamentação doença renal ou hepática,
com uma menor dose habitual, de preferência ao bradicardia, doença arterial coronariana, problemas
deitar. Monitorar o paciente cuidadosamente quanto à circulatórios, diabetes, edema (retenção de líquidos
hipotensão. ou inchaço corporal), pressão arterial baixa,
pulmão ou outros problemas respiratórios (como
• Digoxina: pode resultar em bloqueio AV e bronquite ou enfisema), hipertireoidismo,
feocromocitoma (tumor da glândula supra-renal),
possibilidade de toxicidade da digoxina. Quando os β-
ou se está tendo dores no peito freqüentemente.
bloqueadores e digoxina são administrados • Em caso de cirurgia, avisar ao médico do uso de
concomitantemente, deve-se acompanhar atentamente carvedilol, pois o uso concomitante de fentanil
o ECG e as concentrações séricas de digoxina. Ajustar (anestésico) e β-bloqueadores pode resultar em
as doses de acordo com as observações. A diminuição hipotensão severa.
da dose de digoxina em pelo menos 25% deverá ser • Orientar que pode haver necessidade de diminuir
considerada na co-administração de carvedilol em lentamente a dose do medicamento antes de parar
crianças. completamente. A suspensão deste medicamento
pode levar a um aumento da pressão arterial.
• Comunicar ao médico se tem diabetes.
• Cimetidina: pode resultar em aumento dos efeitos
• Explicar ao paciente que ele pode sentir tonturas
adversos do carvedilol (tontura, insônia, sintomas
ao levantar-se de uma posição deitada ou sentada,
gastrointestinais, hipotensão postural). Monitorar a orientar para que o paciente levante-se lentamente.
resposta do paciente (pressão arterial, freqüência de • Procurar o médico imediatamente se notar algum
pulso) para carvedilol quando usado destes efeitos secundários: comichão ou urticária,
concomitantemente com cimetidina. Ajustar a dose de inchaço em seu rosto ou mãos, inchaço ou
carvedilol, conforme necessário. formigamento na boca ou na garganta, sensação de
aperto no peito, dificuldade para respirar. Dor
torácica (pode estar relacionada à sua doença e não
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• Aconselhar o paciente a utilizar protetor solar • Encorajar o paciente a informar o médico sobre a
para proteger a pele dos efeitos da ocorência de efeitos adversos.
fotossensibilidade,
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INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
EFEITOS ADVERSOS
Dor de cabeça, sonolência, distúrbios gastrintestinais
• Digoxina: pode aumentar a toxicidade da digoxina
(cólica e diarréia). Ataxia, confusão mental, erupção
(náusea, vômito, arritmias cardíacas).
cutânea ou prurido. Boca seca, sede. Ginecomastia,
• Arginina: hiperpotassemia potencialmente fatal.
outros distúrbios endócrinos como hisurtismo,
• IECA (captopril, valsartan), Antagonistas do
irregularidades menstruais, impotência,
receptor de angiotensina II: risco de hipercalemia
hiponatremia e hipercalemia (sinais de arritmias
severa.
cardíacas), acidose, hemorragia gástrica,
agranunocitose, trobocitopenia, hepatotoxicidade, • Sotalol: risco aumentado de cardiotoxicidade.
nefrotoxicidade, osteomalácia. • Antiinflamatórios não esteroidais (fenilbutazona,
ácido mefenânmico, ibuprofeno, indometacina,
diclofenaco, ácido acetisalicílico): diminuição da
TEMPO DE INÍCIO efetividade do diurético, hipercalemia ou possível
2 a 4h nefrotoxicidade.
• Alcaçuz (Naturetti, Tamarine, Tamaril,
TEMPO DE EFEITO MÁXIMO
16 a 24h Laxarine, Camomiline C): risco elevado de
hipocalemia e/ou redução da eficácia do diurético.
Deve-se evitar o uso concomitante de alcaçuz e
PICO DE CONCENTRAÇÃO PLASMÁTICA diuréticos.
1 a 3h
RECOMENDAÇÕES AO PACIENTE
MEIA-VIDA • Evitar a ingestão excessiva de alimentos ricos em
1,3h potássio, o uso de substitutos do sal e outros
suplementos de potássio. Nos idosos pode haver
CONTRA-INDICAÇÕES E PRECAUÇÕES maior risco de desenvolver hiperpotassemia.
• Pacientes com idade avançada, insuficiência renal • Conservar o produto bem protegido do calor e
ou diabetes mellitus correm maior risco de umidade.
desenvolver hipercalemia. • Informar ao médico a ocorrência de gravidez
• O uso concomitante com IECA e antagonistas do durante o tratamento.
receptor de angiotensina II deve ser feito com • A dose diária pode ser administrada tanto em doses
cuidado principalmente em pacientes nas fracionadas como em dose única.
condições citadas anteriormente, não devem ser • Tomar o medicamento por volta do mesmo horário
usadas doses maiores que 25mg diárias. diariamente.
• Não deve ser administrada em pacientes com • Pode levar duas semanas ou mais para que o efeito
hipercalemia ou insuficiência renal severa. máximo da espironolactona fique evidente.
• A relação risco-benefício deverá ser avaliada na • Evitar bebidas alcoólicas.
presença de anúria ou disfunção renal, diabetes • Evitar o excesso de alimentos ricos em potássio
mellitus, nefropatia diabética, disfunção hepática, (banana, suco de laranja, ameixa, frutas secas,
hiponatremia, distúrbios menstruais, ginecomastia. água de coco).
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• Se esquecer uma dose tomar logo que lembrar. Se • Avisar imediatamente ao médico se houver o
já for próximo do horário da dose seguinte, aparecimento de algum destes efeitos secundários:
desconsiderar a dose esquecida. Não tomar duas confusão, fraqueza, batimentos cardíacos
doses juntas. irregulares, falta de ar, dormência ou
• Avisar ao médico ou dentista sobre o uso de formigamento nas mãos, pés ou lábios, boca seca,
espironolactona se for realizar procedimento que aumento da sede, cãibras musculares, náuseas ou
use anestesia geral ou regional (a espironolactona vômitos, febre, calafrios, tosse, rouquidão,
reduz a resposta vascular à norepinefrina). problemas para urinar, dor na lateral ou parte
• No caso de ingestão acidental, induzir o vômito ou inferior das costas, erupção cutânea ou prurido.
realizar cuidadosa lavagem gástrica e instituir as
medidas assistenciais necessárias.
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regularmente por mais de duas semanas após aconselhados a descontinuar o uso de produtos
o ajuste de dose. contendo ginseng ou germânio enquanto tomarem
• AINES: pode resultar em diminuição da diuréticos de alça. Uso prolongado de germânio não
efetividade diurética e antihipertensiva. é recomendado, visto que está associado à
Monitorar sinais de falha renal, assim como, a insuficiência renal crônica.
eficácia diurética. • Alcaçuz (Naturetti, Tamarine, Tamaril, Laxarine,
• Colestiramina, Colestipol: diminuição da Camomiline C): risco elevado de hipocalemia e/ou
eficácia da furosemida. Deve-se administrar a redução da eficácia do diurético. Deve-se evitar o
colestiramina/colestipol quatro horas após a uso concomitante de alcaçuz e diuréticos.
furosemida e monitorar o efeito diurético. Um
ajuste de dose da furosemida pode ser RECOMENDAÇÕES AO PACIENTE
requerido. • Avisar ao paciente quanto à possível reação de
• Clofibrato: pode ocasionar dor e rigidez fotossensibilidade. Explicar que a reação é uma foto-
muscular, acentuação do efeito diurético e alergia na qual a radiação ultravioleta altera a
elevação das transaminases séricas e da estrutura do fármaco, causando reações alérgicas em
creatina fosfoquinase. Evitar uso conjunto, alguns indivíduos. Evitar o sol sempre que possível e
mas se for necessário, deve-se monitorar usar bloqueador solar.
sinais de miopatia, efeitos diuréticos • Recomendar a ingestão diária de alimentos ricos em
excessivos, função renal, transaminases potássio (feijões, ervilha, vegetais de cor verde,
séricas e creatina fosfoquinase. Em pacientes banana, melão, cenoura, beterraba, frutas secas,
com baixa albumina sérica, a dose diária de tomate, batata inglesa e laranja) ou uso de
clofibrato não deve exceder 0,5 gramas para suplementos d epotássio, se necessário.
cada 1g/100ml de concentração de albumina • Recomendar a ingestão da furosemida de estômago
sérica. vazio para garantir a biodisponibilidade adequada e
• Ginseng, Germânio: pode resultar em manter um efeito diurético mais consistente.
resistência ao diurético. Pacientes devem ser
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suplementos de potássio, embora o nível de potássio devem ser relatadas ao médico e a decisão de
sérico seja normal. O uso da combinação de continuar o tratamento com ginkgo biloba deve ser
diuréticos poupadores de potássio também é uma feita com base no risco versus benefício potencial.
abordagem racional. • Topiramato: pode diminuir os níveis séricos de
• Sotalol: aumento do risco de cardiotoxicidade. potássio e aumentar as concentrações plasmáticas de
Monitorar o paciente para sinais de toxicidade ao topiramato. Se a hidroclorotiazida é adicionado à
sotalol, como o intervalo QT prolongado, desmaios, terapia do topiramato, ajustar a dose de topiramato
tonturas e taquicardia. Hipocalemia ou de acordo com a necessidade e monitorar, pois pode
hipomagnesemia causada por diuréticos podem haver aumento dos efeitos adversos do topiramato.
aumentar o risco de toxicidade do sotalol. • Alcaçuz (Naturetti, Tamarine, Tamaril,
• Lítio: aumento da concentração plasmática de lítio e Laxarine, Canomiline C): pode resultar em risco
toxicidade do lítio (fraqueza, tremores, sede aumentado de hipocalemia e/ou reduzida eficácia do
excessiva, confusão). Monitorar os níveis séricos de diurético. Evitar o uso concomitante de alcaçuz e
lítio durante os primeiros cinco a sete dias de adição diuréticos.
ou tirada da hidroclorotiazida e depois • Glipizida: pode resultar em diminuição da eficácia
periodicamente. Doses baixas de lítio podem ser da glipizida. Realizar a monitorização da glicemia
necessárias com a terapêutica concomitante de do paciente diabético, bem como considerar a
hidroclorotiazida. monitorização de eletrólitos (potássio, sódio).
• Clorpropamida: diminuição da eficácia da • AINES: pode resultar em diminuição da eficácia
clorpropamida. Atenção para a diminuição da anti-hipertensiva e diurética. Ao administrar
glicemia do paciente diabético, sendo necessária diuréticos e agentes antiinflamatórios não esteróides
monitorização cuidadosa. Além disso, deve ser (AINEs) simultaneamente, monitorar a pressão
considerada a monitorização de eletrólitos do arterial e o peso. Além disso, acompanhar o paciente
paciente (potássio, sódio). para sinais de insuficiência renal, incluindo a
• Colestiramina: diminuição da eficácia da diminuição da produção de urina e aparecimento de
hidroclorotiazida. A dose de diurético deve ser edema.
administrada pelo menos quatro horas antes da • Carbamazepina: pode resultar em hiponatremia.
colestiramina. Entretanto, mesmo com o Monitorar os eletrólitos durante a terapia
escalonamento de dose, uma redução de até 85% na concomitante. Considerar a retirada do diurético ou
absorção de hidroclorotiazida pode ocorrer. Um selecionar um anticonvulsivante alternativo, se
aumento da dose do diurético pode ser necessário. necessário.
• Carbonato de Cálcio: pode resultar em síndrome
do leite-alcalóide (alcalose metabólica RECOMENDAÇÕES AO PACIENTE
hipercalcêmica, insuficiência renal). Evitar a • Ingerir juntamente com alimento para evitar
ingestão excessiva de cálcio, de qualquer forma desconforto no TGI.
(antiácidos, produtos lácteos) durante a terapia com • O medicamento deve ser tomado pela manhã ou à
hidroclorotiazida. O médico pode considerar a tarde bem cedo para não interromper o sono.
monitorização dos níveis séricos de cálcio do • Recomendar a utilização de bloqueador solar para
paciente e/ou função da paratireóide. evitar reações de fotossensibilidade.
• Inibidores da Enzima Conversora de • Consultar o médico antes de tomar medicamentos
Angiotensina: pode resultar em hipotensão postural OTC.
(primeira dose). Começar com uma dose muito • O paciente não deve ingerir bebidas alcoólicas
baixa da enzima conversora da angiotensina (ECA) à durante o tratamento com este medicamento.
noite e acompanhar a pressão arterial para evitar • Atividades que exijam coordenação devem ser
uma resposta hipotensiva grave, durante quatro evitadas, pois o medicamento pode causar visão
horas após a dose inicial. Monitorar o status para a embaçada e tontura.
hipotensão, líquido e peso corporal regularmente até • Orientar o paciente para aumentar o consumo de
duas semanas após o ajuste da dose. alimentos com alto teor de potássio (laranjas,
• Ginkgo biloba: pode resultar em aumento da bananas, ervilha, beterraba, frutas secas, vegetais de
pressão arterial. O uso concomitante de ginkgo cor verde e feijão).
biloba e diuréticos exigem um acompanhamento
cuidadoso. Pacientes que iniciam o tratamento para a
pressão arterial devem ser orientados a respeito do
uso de medicamentos à base de plantas. Pacientes
com hipertensão que planejam utilizar Gingko
biloba devem controlar sua pressão arterial
freqüentemente. Alterações na pressão arterial
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com diuréticos. Embora este problema tenha sido ao uso do creme de capsaicina durante o tratamento
mais comumente observado com diuréticos de alça, com inibidores da ECA. A substância P é
hipotensão na primeira dose é comum em pacientes parcialmente metabolizada por inibidores da ECA,
com depleção de sódio ou hipovolemia devido a o acúmulo de seus metabólitos parece levar à
diuréticos ou restrição de sódio. Esta resposta irritação local do trato respiratório.
hipotensiva é geralmente transitória. No entanto, a • Metformina: Foi relatado um caso de
combinação destas classes de fármacos em geral, hipercalemia e acidose lática em uma mulher de 71
melhora o controle da pressão arterial e pode anos de idade, com diabetes tipo 2, hipertensão e
reduzir os efeitos adversos metabólicos de insuficiência renal ao fazer uso concomitante desse
diuréticos no potássio e magnésio medicamento com enalapril.
• Diuréticos poupadores de potássio • Clomipramina: A adição de clomipramina à longa
(Espironalactona, Canrenoato, Amilorida, terapia com enalapril resultou em altos níveis
Triamtereno): Hiperpotassemia. A enzima sanguíneos de clomipramina e sinais de toxicidade
conversora da angiotensina (IECA) e menores níveis (confusão, insônia, irritabilidade e alterações de
de aldosterona podem causar retenção de potássio. O humor) em 2 casos. Redução da dose de
uso concomitante de diuréticos poupadores de clomipramina resultou na diminuição destes
potássio (espironolactona, potássio canrenoato, fatores.
amilorida, triamtereno) e um inibidor da ECA têm • O enalapril não apresenta interações com
sido relacionados com o aumento do potássio do alimentos.
soro de 1 a 1,5 mEq / L, quando comparado com
qualquer fármaco usado isoladamente. Isso tem RECOMENDAÇÕES AO PACIENTE
ocasionalmente resultado em significativas arritmias • Instruir o paciente sobre a história natural da
e morte. hipertensão e a importância do tratamento e efeitos
• Interferon α: O uso concomitante de interferon colaterais do fármaco.
alfa e enalapril tem sido associado ao • Estimular o paciente a fazer perguntas,
desenvolvimento de anormalidades hematológicas particularmente no que concerne as doses ou aos
(granulocitopenia, trombocitopenia) em alguns efeitos colaterais dos medicamentos e estimular
pacientes. Entretanto, relatórios da terapia de para que eles monitorem a pressão arterial.
combinação sem conseqüências hematológicas • Não fazer uso durante a gravidez.
também existem. • Conservar o medicamento em recipiente fechado, à
• Potássio: Houve relatos de casos de temperatura ambiente longe do calor, umidade e
hiperpotassemia severa e arritmias devido a luz direta.
ingestão de suplementos de potássio, em • Incentivar o paciente a fazer uso do medicamento
conjugação com IECA. Nos pacientes com na hora exata indicada pelo médico.
disfunção renal ou naqueles que recebem
suplementos de potássio, o aumento do potássio
sérico geralmente é evidente dentro de dois a
quatro dias.
• Azatioprina: O uso de enalapril para controle da
hipertensão em pacientes recebendo azatioprina
induziu anemia grave. A terapia combinada de
azatioprina com outros inibidores da enzima
conversora tem causado leucopenia
• Trimetropim: Hiperpotassemia severa foi relatada
com o uso concomitante de inibidores da enzima
conversora e trimetoprim.
• Diuréticos de alça e diuréticos tiazídicos:
Hipotensão postural grave tem sido relatada
quando os inibidores da ECA são adicionados ao
circuito com diuréticos. Hipotensão de primeira
dose é comumente observada em pacientes com
depleção de sódio ou hipovolemia devido a
diuréticos ou restrição de sódio. Embora a
combinação deva aumentar a natriurese,
paradoxalmente, os inibidores da ECA podem
também reduzir a filtração glomerular, a diurese, e
resposta a diuréticos natriuréticos levando ao
edema e retenção de líquidos.
• Capsaicina: Pode levar ao aumento da incidência
de tosse. Foi relatado um caso de tosse associado
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conjugação com IECA. Nos pacientes com • Lisinopril não apresenta interações com
disfunção renal ou naqueles que recebem alimentos.
suplementos de potássio, o aumento do potássio
sérico geralmente é evidente dentro de dois a RECOMENDAÇÕES AO PACIENTE
quatro dias. • Instruir o paciente sobre a história natural da
• Diuréticos de alça e diuréticos tiazídicos: hipertensão e a importância do tratamento e
Hipotensão postural grave tem sido relatada efeitos colaterais do medicamento.
quando os inibidores da ECA são adicionados ao • Estimular o paciente a fazer perguntas,
circuito com diuréticos. Hipotensão de primeira particularmente no que concerne as doses ou aos
dose é comumente observada em pacientes com efeitos colaterais dos medicamentos e estimular
depleção de sódio ou hipovolemia devido a para que eles monitorem a pressão arterial. Não
diuréticos ou restrição de sódio. fazer uso na gravidez.
• Capsaicina (Moment): pode aumentar a • Fazer a verificação da glicemia com mais
incidência de tosse. Foi relatado um caso de tosse freqüência durante o primeiro mês de uso.
associado ao uso do creme de capsaicina durante • Incentivar o paciente a fazer uso do medicamento
o tratamento com inibidores da ECA. A na hora exata indicada pelo médico.
substância P é parcialmente metabolizada por • Conservar o medicamento em recipiente fechado,
inibidores da ECA, o acúmulo de seus à temperatura ambiente longe do calor, umidade e
metabólitos parece levar à irritação local do trato luz direta.
respiratório.
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outros): pode resultar em diminuição da aconselha-se que o paciente espere e tome a dose
efetividade anti-hipertensiva e aumento do risco seguinte no horário marcado, omitindo a dose
de insuficiência renal. Monitorar os níveis esquecida. Não dobrar as doses.
pressóricos, e função cardiovascular para • O uso deste medicamento durante a gravidez
determinação da diminuição da atividade do anti- pode causar problemas ao feto. Durante o
hipertensivo e para observação de dano renal. tratamento é recomendado que seja usado um
• Fluconazol: pode diminuir a conversão da método anticoncepcional efetivo. Se há suspeita
losartana ao seu metabólito ativo. de gravidez durante o tratamento, avisar ao
• Indometacina: pode resultar em diminuição da médico para que o tratamento seja descontinuado
efetividade do anti-hipertensivo. Monitorar os logo que possível.
níveis pressóricos. • Devido aos potenciais efeitos adversos para o
• Lítio: pode resultar em aumento da toxicidade do lactente, deve-se decidir entre a continuação do
lítio (fraqueza, tremores, sede excessiva, tratamento ou a interrupção do aleitamento.
confusão). Monitorar níveis plasmáticos do lítio e • Este medicamento pode causar tontura e
possíveis reações de toxicidade do mesmo. sonolência, portanto evitar dirigir, operar
• Rifampicina: pode levar a diminuição da eficácia máquinas ou outra atividade que requeira
da losartana. Monitorar os níveis pressóricos e atenção.
considerar ajuste de dose da losartana, se • A hipertensão geralmente é assintomática,
necessário. portanto, não interromper o tratamento mesmo
que ocorra melhora do quadro clínico.
RECOMENDAÇÕES AO PACIENTE • Evitar o uso de suplementos de potássio ou
• Em caso de esquecimento de dose, tomá-la logo substitutos do sal sem orientação médica ou
que lembrar, entretanto se o horário da dose farmacêutica.
seguinte estiver próximo (menos de uma hora),
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BIBLIOGRAFIA
SOCIEDADE Brasileira de Hipertensão alerta para o alto consumo de sal dos brasileiros.
Disponível em:
<http://www.sbh.org.br/sbh_leigos.php?op=300&id_srv=2&id_tpc=2&nid_tpc=&id_grp=1&
add=&lk=1&nti=189&l_nti=S&itg=S&st=&dst=3>. Acesso em: 02 set. 2009.