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DA REPROVAÇÃO AO 1º LUGAR:

COMO EU VENCI A 1ª FASE COM


CRIATIVIDADE

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Jorge Ottoni (000.000.000-00) COMO EU VENCI A 1ª FASE COM CRIATIVIDADE www.portalbnd.com.br

Índice

1. Encartes 3
1.1 DA REPROVAÇÃO AO 1º LUGAR: COMO EU VENCI A 1ª FASE COM CRIATIVIDADE 4
1.2 GABARITE - Direito Constitucional - Intervenção Federal e Estadual 29

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Encartes

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DA REPROVAÇÃO AO 1º LUGAR: COMO EU VENCI A 1ª FASE

COM CRIATIVIDADE

O que é isso?

Nesse e-book vou te contar os dois principais passos que me levaram a ser aprovado em 1º
lugar em diversas provas objetivas. Ao final do livro, você encontrará uma série de questões
criativas e dinâmicas para praticar um pouco sobre o que falarei aqui. Boa leitura!

Quem sou eu?

Meu nome é Jorge Ottoni. Formei em direito pela Universidade de São Paulo (USP) e hoje sou
Procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro,
professor em diversos cursos preparatórios para concursos, palestrante e co-fundador do
Bomnodireito - BND. Fui aprovado em 18 concursos de nível superior aos 26 anos de
idade, 8 deles entre os três primeiros colocados, e agora busco ajudar quem está na batalha
pelo cargo. Esses foram os concursos em que passei:

1. Ministério Público junto ao Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (1º colocado -


concorrência ampla).
2. Procurador da Assembleia Legislativa de Goiás (1º colocado).
3. Procurador do Município de São Paulo.
4. Procurador do Banco Central (BACEN).
5. Procurador Federal (AGU).
6. Procurador do Município de Niterói.
7. Procurador da Câmara do Município de São Paulo.
8. Procurador do Município de Atibaia (2º colocado).
9. Procurador do Município de Limeira (1º colocado).
10. Procurador do Município de Jundiaí.
11. Procurador do Município de Taboão da Serra (1º colocado).
12. Procurador do Município de Araras (2º colocado).
13. Procurador do Município de Ilhabela (1º colocado).
14. Advogado da Companhia Paulista de Obras e Serviços.
15. Advogado São Paulo Urbanismo (3º colocado).
16. Advogado da Dataprev.
17. Procurador Geral da Câmara de Caieiras.
18. Analista de Contas Públicas do TCE/SC – Especialidade Direito

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*aprovado ainda para a prova oral do MPC/SC, contudo o certame foi anulado.

Parece bastante coisa, né? Mas, assim como você, já estive do outro lado da trincheira achando
que ser aprovado era impossível! Por isso quero contar rapidamente um “pedaço” da minha
história de concurseiro. Vamos lá?

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1. A GRANDE PENEIRA

“Sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância”


Sócrates

Um caderno de mais ou menos 20 folhas com letras miúdas e – geralmente – 100 testes de
múltipla escolha, acompanhado de uma folha com centenas de “bolinhas” em branco para
preencher. Uma aprovação começa com o preenchimento das “bolinhas” certas. Essa é a prova
objetiva, a primeira porta a ser aberta para ser aprovado.

A 1ª fase, sendo a primeira porta, é uma grande peneira. Milhares ou mesmo dezenas de
milhares tentam passar a cada concurso, mas apenas dezenas ou um par de centenas a
atravessam. De fato, para mim foi, de longe, a etapa mais difícil e traumática... eu simplesmente
não conseguia lidar com essa “DECOREBA” típica da 1ª fase...

Para começar eu tinha uma enorme dificuldade de identificar os temas mais importantes para
minha carreira e – principalmente – o que mais caía dentro de cada tema. E mesmo quando eu
acabava dando atenção para um ponto importante (geralmente por acidente), eu não conseguia
memorizar de forma eficiente o conteúdo...

Nunca me esqueço de um sábado no qual li todo o capítulo do tema Poder Legislativo e saí com
a doce sensação de que realmente tinha entendido e decorado tudo. É ótimo sentir que você
domina a matéria, não é? Mas, no meu caso, essa sensação durou pouco...

No dia seguinte, fiz uma prova objetiva em que caíram duas questões sobre Poder Legislativo.
Quando as vi, sorri, com a certeza de que ganharia esses dois pontos, afinal, tinha acabado de
estudar todo o tema e imaginava saber todos os debates sobre imunidades parlamentares,
CPI’s, espécies normativas, enfim, acreditava dominar toda a TEORIA.

...mas na hora “h” a surpresa: na primeira questão o examinador queria saber quem é
competente para autorizar a lavra de minérios em terras indígenas; e na outra, qual o prazo para
a medida provisória entrar em regime de urgência. Adivinha? Errei as duas questões!

A resposta da primeira era “competência exclusiva do Congresso”, mas achei que era algo
decidido pelo Congresso e sancionado pelo Presidente... errei porque nem imaginava que era
relevante saber distinguir as competências exclusivas do Congresso (art. 49 CF), daquelas que

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devem ser sancionadas pelo Presidente (art. 48 CF) ou das competências próprias da Câmara
(art. 51 CF) e do Senado (art. 52, CF)... clássico erro de identificação do conteúdo relevante
para a prova.

Já na segunda questão... o erro doeu ainda mais, porque eu tinha lido com atenção e até
resumido a parte sobre medidas provisórias! Mas, mesmo assim, não consegui memorizar
aqueles detalhes chatos da letra da lei e caí como um pato na “pegadinha” que a banca fez...

Eu lembrava que a medida provisória tinha um prazo de 60 dias, prorrogáveis pelo mesmo
período. E a alternativa “a” já vinha de cara com a opção “60 dias”. Marquei felizão e fui para a
próxima questão...errei feio. A questão queria o prazo para a MP entrar em regime de urgência,
que é de 45 dias (art. 62 § 6º da CF)!

Clássico vício de memorização incompleta e despreparo frente às pegadinhas comuns


dos examinadores.

Eu me lembro bem daquela segunda-feira, depois de consultar o gabarito oficial... fiquei


desolado... nesse dia ficou escancarado que meus estudos não estavam convertendo em
pontuação... eu tinha que fazer algo a respeito.

Resolvi ser extremo. Reduzi o ritmo do meu trabalho como advogado (e também o quanto
ganhava), aumentei minhas horas de estudo, troquei livro texto de uma ou outra disciplina,
passei a fazer resumos... mas, para a minha surpresa, o resultado continuou basicamente o
mesmo de sempre:

- Desempenho fraco, cerca de 10 pontos abaixo da nota de corte


- Dificuldade de memorizar, principalmente a letra da lei
- Estagnação nos estudos
- Desmotivação
- Erros recorrentes em temas recém-estudados
- Fugindo daquele parente chato que vive perguntando “como estão os concursos?”
para depois emendar que “a prima de fulano virou juíza em 3 meses”... sei sei...

Acabei entrando numa “espiral negativa”: a desmotivação me levava a estudar com menos
afinco, acabava memorizando menos e, no final, ficava ainda mais desmotivado. Estava à beira
de desistir. Passar em concurso parecia uma missão impossível, reservada a poucos “gênios”
que “tinham nascido para isso”.

Contudo, antes de jogar a toalha, achei que precisava conversar com algum desses “gênios
aprovados” e entender se meu caso tinha jeito... foi o que fiz!

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2. NA PRÁTICA, A TEORIA É OUTRA

“Mais cedo ou mais tarde, a teoria sempre acaba assassinada pela experiência”
Albert Einstein

Lá fui eu procurar conselho. E à moda antiga. Naquela época não tinha professor estrelinha na
rede social, coach, vários depoimentos nas mídias compartilhadas ou gurus de instagram. Se
você queria falar com um aprovado, o negócio era bater na porta de um gabinete mesmo.

Como eu queria procuradoria, resolvi bater perna lá na Procuradoria Geral do Estado de SP,
meu Estado de residência, depois de ralar numa audiência judicial no fórum central (ainda sem
saber que esse cliente me daria um calote!).

Chegando na portaria, acabei barrado sem saber dizer o nome do procurador com quem ia
falar... até que me lembrei de um conhecido da faculdade, que tinha formado um ano antes de
mim, recém aprovado na PGE/SP.

Depois de muita dificuldade, acabei conseguindo ser liberado para “despachar” com o
procurador. Quando finalmente o encontrei, ele estava ocupado e disse que só teria 10
minutinhos para falar comigo.

Contei desesperado sobre minha situação, as provas, os livros que usava, a quantidade de
horas que estudava por dia, a dificuldade de memorizar e encontrar o que realmente caía nas
provas, até que ele me interrompeu “Jorge, quantas questões você faz por dia?”.

Nem sabia responder... QUANDO eu fazia, não eram muitas. Umas 10, 15, geralmente as do
livro-texto e mais uma ou outra nesses livros de “10 mil questões” que vendem por aí. Ele
respondeu “pronto, tá aí o problema, para acertar questões tem que fazer questões. Começa a
fazer mais questões, esse é o caminho”. Em seguida, disse que tinha que voltar ao trabalho.

Fiquei revoltado...“que lixo de conselho, óbvio que tem que fazer questões, eu já faço. Aquele
maldito falou qualquer coisa só para me dispensar” - pensei. Insatisfeito, procurei outro sábio
naquele mesmo prédio e acabei conversando rapidamente com o procurador que tinha sido
aprovado em 1º lugar naquele concorrido concurso.

Para meu espanto, em menos de cinco minutos o diagnóstico foi o mesmo “fazer mais
questões”. Mas dessa vez o conselho foi mais explícito: ele disse que costumava fazer uns 60 a
100 testes por dia quando estava estudando.

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Pensei que ele estava tirando onda com a minha cara... todo santo dia fazer até 100 testes? Até
duvidei e fui checar o perfil dele no Qconcursos, e lá de fato estavam registradas dezenas de
milhares de questões resolvidas.

“Bom... se é assim que a banda toca, quem sou eu na fila do pão para questionar?”. E foi aí que
começou a minha virada no mundo dos concursos.

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3. A VIRADA: MENOS LIVROS E MAIS QUESTÕES

“Errei mais de 9.000 cestas e perdi quase 300 jogos. Em 26 diferentes finais de partidas fui
encarregado de jogar a bola que venceria o jogo... e falhei. Eu tenho uma história repleta de
falhas e fracassos em minha vida. E é exatamente por isso que sou um sucesso”.
Michael Jordan

Questões até a exaustão

Eu costumava ler muita doutrina... e, para encaixar uma grande quantidade de questões na
minha rotina, tive que deixar os livros um pouco mais de lado... fiz isso com muito receio, com
medo de não aprender direito as disciplinas. De fato, não adiantava continuar estudando do
mesmo jeito de sempre e esperar uma grande melhoria. Era hora de arriscar algo novo.

E foi justamente essa guinada do meu estudo para as questões que me fez entender que o
estudo para a 1ª fase não tem NADA a ver com o estudo que você faz na faculdade ou no
mestrado. Nessas ocasiões, você realmente precisa compreender o estudado com profundidade
e os detalhes são “meros detalhes”. Na prova objetiva não é assim: é possível tirar notas
altas sem se aprofundar em um tema e os detalhes são justamente o que o seu
examinador vai te cobrar, em especial armando uma “pegadinha”, como aquela do prazo
para a medida provisória entrar em regime de urgência na qual eu havia caído como um
patinho!

E adivinha qual o melhor jeito de perceber quais são esses detalhes que você precisa saber?
Fazendo questões. Muitas! Até a exaustão! Assim, mesmo nas matérias em que eu era bem
fraco (tal como direito penal), eu conseguia pegar o que mais caía e evitar pegadinhas bobas. O
suficiente para uma 1ª fase – e, às vezes, para todo o concurso; afinal, algumas matérias
acessórias muitas vezes não caem na 2ª fase ou na prova oral!

Além disso, percebi que o estudo-treino (i.e. resolvendo questões) tem uma ENORME
VANTAGEM sobre a leitura de livros. Sabe qual? O PROTAGONISMO.

Seja o protagonista do seu estudo

Quando lemos um livro ou assistimos a uma aula, geralmente assumimos uma postura
excessivamente passiva e isso pode nos deixar pouco envolvidos com o que estamos fazendo.
É comum estar lendo aquele livro gigante e contemplar as palavras ali escritas, sem
desenvolver qualquer raciocínio sobre aquele conteúdo. Essa postura é um convite para que

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sua atenção seja despejada em qualquer outro lugar imaginário desse mundo (no meu caso,
invariavelmente no mar e nas ondas).

Na resolução de exercícios, esse risco é menor, pois você é forçado a concatenar um raciocínio
sobre aquilo em que você está se debruçando. Isso faz com que você simplesmente esteja ali,
com a mente presente naquele momento de estudo. Em outras palavras: quando você é o
protagonista do estudo, é mais fácil ter FOCO . Isso é um diferencial tremendo. Muitos
concurseiros se vangloriam dizendo por aí que estudam até 10 ou 12 horas brutas diariamente,
porém tenho certeza de que são poucos os que - de fato - estão com a mente presente no
estudo por mais de 5 horas diárias. Por quanto tempo você consegue se manter concentrado
apenas lendo um texto?

Com efeito, diversos estudos científicos indicam que a resolução de exercícios ou


problemas práticos é muito mais eficiente para o processo cognitivo e memorização do
que a mera leitura de livros ou mesmo que a elaboração de resumos. Isso se dá justamente
em razão do protagonismo que assumimos nesses casos. Inclusive, a prática de exercícios
acompanhada da fixação de metas de quantidade de acertos é uma ferramenta valiosa para
tornar mais dinâmica sua rotina e mantê-lo motivado nos estudos.

Como praticar questões?

Basicamente, o concursando tem três caminhos para treinar testes objetivos: (i) baixar provas
anteriores na internet, (ii) livros de questões objetivas comentadas (tal como esses “revisaços”)
e (iii) sites especializados, tal como o www.qconcursos.com.br ou o www.tecconcursos.com.br.

Percorri todos os três caminhos e penso que o mais eficiente é a prática de testes em sites
especializados com comentários. Isso porque a presença de um “buscador de questões”
permite ao concursando selecionar exatamente o que ele precisa treinar. Por exemplo, quando
estudei para os concursos de Procurador Federal (AGU) e Procurador do Banco Central
(BACEN), em 2013, eu selecionava somente testes da Banca CESPE (organizadora desses
dois certames) e cargos de advocacia pública para que eu descobrisse exatamente o perfil da
Banca e pudesse decidir as minhas prioridades de estudo (i.e. selecionar quais os pontos
essenciais para essa banca e carreira).

Com consciência de que não teria tempo para esgotar o edital e focando seletivamente minha
atenção para identificar padrões na combinação “carreira advocacia pública” e banca CESPE,
consegui, de forma eficiente, definir o “núcleo essencial do edital” (i.e. os pontos mais
importantes). Não deu outra: fui aprovado nos dois certames, ainda que fosse considerado um
“concurseiro inexperiente” em razão do pouco tempo que dediquei aos estudos quando prestei

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esses concursos (cerca de 1 ano de estudo)

Escolha bem seu filtro

De fato, é interessante calcular bem o seu filtro de questões para alinhar com a Banca e/ou
Carreira que você almeja. Gosto de começar sempre mais específico, e ir “abrindo o leque”
conforme eu “zere” as questões do meu primeiro filtro.

Por exemplo, quando me preparei para AGU e BACEN, coloquei no filtro a banca CESPE,
carreiras de advocacia pública dos últimos 2 anos. Essa seleção era a MAIS importante para
meu objetivo. Porém, depois que resolvi todas as questões que atendiam esse requisito, voltei
aos temas mais importantes para o cargo ampliando para últimos 5 anos e colocando outras
carreiras jurídicas de alto nível, como magistratura, defensoria e MP, de forma a ter uma base
muito maior de questões.

Anote o filtro que você está usando e, em um primeiro momento, busque usar um único critério
por um determinado período de tempo. Não fique trocando o filtro casuisticamente.

Também é importante fazer um corte temporal (últimos 2, 3, 5 anos e por aí vai) que faça
sentido com a quantidade de tempo que você dedica à resolução de questões.

Quanto tempo do seu estudo você deve focar nos exercícios?

Essa resposta dependerá da realidade de cada um, sendo inapropriado traçar uma
porcentagem ou quantitativo em abstrato. Contudo, duas observações quase sempre serão
válidas:

- Dedique mais tempo do que você imaginou inicialmente,


- A porcentagem do seu tempo a ser dedicado à resolução de questões deve aumentar
ao longo do tempo.

No meu caso, por exemplo, fui aumentando progressivamente o tempo que me dedicava às
questões conforme eu consolidava uma base sobre os assuntos. Contudo, mesmo sem dominar
bem certas matérias, eu arriscava encarar os exercícios. De fato, a prática de exercícios é o
meio mais eficiente para fazer uma revisão, motivo pelo qual quanto mais eu aprendia, mais
trocava a leitura pelos exercícios.

A prática de testes é essencial até mesmo para organizar seus estudos. É resolvendo questões

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para o cargo desejado que você descobre o que é mais relevante para seu estudo. Inclusive, eu
registrava toda a minha estatística de resolução de testes em um arquivo Excel programado
para sistematizar a quantidade de testes resolvidos por matéria, porcentagem de acertos e
outros dados, inclusive com formação de gráficos. Sim, eu me tornei um nerd das questões .

Conheça os seus pontos fracos

Eu registrava todos os meus erros em um “caderno de erros”, separando-os por matéria/tema,


indicando a resposta e a razão do erro (ex. desconhecimento de lei, doutrina, jurisprudência
ou falta de atenção). Para facilitar eu só abreviava “DL”, DD”, DJ” ou “FA”.

Com essas duas ferramentas, é mais fácil orientar seu estudo de forma estratégica e descobrir
as “lacunas” em seu conhecimento. Foi com base nesses materiais que, por exemplo, eu
percebi que precisava remodelar meu estudo para incluir de forma intensa o estudo de
jurisprudência e informativos. Nesse tocante, recomendo o bom e velho
www.dizerodireito.com.br, onde, para a 1ª fase, eu focava nos informativos comentados versão
resumida.

Inversão eficiente

Por fim, ao contrário do que a maioria faz, eu optava por primeiro resolver testes de certo
tema, para apenas depois estudar lei e a doutrina correspondente. Tal inversão pode ser
especialmente útil para candidatos mais experientes e para aqueles que se motivam diante da
dificuldade.

Não conseguir fazer algo de forma adequada sempre me incomoda a ponto de me encher de
vontade para aprender a fazer a tarefa a contento. Experimentava essa reação também quando
me propunha a resolver questões objetivas de concurso de temas que eu não dominava antes
mesmo de estudar. Frequentemente, eu tinha uma baixa performance nesses testes, o que me
motivava a ler a lei e a doutrina com muito mais ânimo justamente porque queria virar o jogo e
me sair bem nas questões da próxima vez.

Ademais, esse método permite que você mapeie de antemão qual a abordagem e conteúdo
mais cobrados pelas bancas em cada tema, direcionando assim o meu estudo pós-testes não
só para atacar o núcleo essencial do edital, mas também para compensar as minhas fraquezas.

Por exemplo: se eu identificava que a maioria meus erros foram letra de lei, focava mais na lei
do que na doutrina ao longo estudo. Essa técnica de inversão, contudo, não deve ser usada se

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o candidato tem uma base fraca na disciplina ou se ele se sente muito desmotivado ao errar
numerosas questões.

- A maioria dos concurseiros dedica pouco tempo à resolução de exercícios... mas lembre-se
que “a maioria” também não passa no concurso. Entre os aprovados, todos reconhecem que
fazer muitas questões é fundamental.

- Quanto tempo vale dedicar ao estudo-treino? Essa resposta depende de uma análise
específica do seu perfil. De todo modo, vale observar a seguinte regra: a porcentagem de
tempo deve aumentar conforme você avança na preparação. Comecei dedicando cerca de
20% do tempo e, ao final, cerca de 70% do meu estudo se baseava na resolução de questões.

- Benefícios do estudo-treino: (i) identificação do “núcleo essencial do edital”; (ii) identificação


de “lacunas” de conhecimento, (iii) protagonismo no estudo; e (iii) aumento do foco.

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4. A EVOLUÇÃO DAS QUESTÕES

“Quero melhorar em tudo. Sempre”


Ayrton Senna

De repente, eu era um novo concurseiro. Fazia muitas questões todos os dias e meu
desempenho melhorou demais. Consegui garimpar as primeiras aprovações. Minha
performance estava boa, mas eu precisava de ainda mais resultado.

Já tinha sido aprovado em carreiras bastante interessantes (como a AGU, Banco Central e boas
PGM’s), mas em certo ponto eu decidi que queria ser membro do Ministério Público de Contas
(MPC), também conhecido como Procurador de Contas ou parquet especial.

E essa carreira tem um grande PROBLEMA: a quantidade de vagas. Geralmente, o MPC de


cada estado é composto por cerca de 5 a 8 membros, de modo que – como regra –, quando
abre esse concurso, ele geralmente prevê apenas 1 ou 2 vagas.

Quando você estuda para um concurso com 50 vagas, você precisa ser muito bom para passar,
mas não precisa ser o melhor. Se a disputa é por uma cadeira, você tem que ser o melhor. Um
vacilo com um mero detalhe e pronto, você pode estar aprovado em 2º lugar e nunca ser
nomeado.

Para piorar, eu praticamente não tinha “títulos” que me levassem a incrementar a pontuação ao
final do concurso. Desse modo, eu realmente precisava batalhar por cada questão. Comecei a
mapear onde estavam meus erros frequentes e o que podia fazer para melhorar. O
diagnóstico: continuava apanhando da maldita letra de lei .

Eu nunca fui bom de ler letra de lei. Por muito tempo menosprezei sua importância e, mesmo
depois de perceber esse calcanhar de Aquiles, nunca consegui ter foco para ler a lei.

Um belo dia, contudo, abriu concurso para o MPC de Santa Catarina. Todo Procurador de
Contas é lotado na capital do seu Estado, então logo estava sonhando como seria delicioso
morar em Florianópolis, pegar altas ondas e curtir as suas praias e natureza maravilhosa.
Quantas vagas? Apenas uma. Eu precisava ser o melhor.

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Nesse dia, criei um plano ousado para enfrentar a letra de lei. Aumentei minha jornada de
estudos e estipulei metas agressivas de leitura da lei seca. Nos primeiros 20 ou 30 minutos até
funcionava bem, mas logo em seguida eu sentia um SONO tremendo... tentando ler aquelas
letras miúdas do vade mecum. E, mesmo me esforçando muito, não conseguia manter o
foco na leitura, já que minha mente acabava “viajando” em devaneios muito distantes da
lei .

Além disso, após quase dois anos de estudo intenso, já estava sentindo muito TÉDIO na rotina
de estudos. E, por alguma razão, nessa reta final a mesmice da rotina de estudos beirava o
insuportável. Sempre as mesmas leis, o mesmo livro surrado; até mesmo as questões, eu
acabava repetindo. Esse tédio estava comprometendo a minha capacidade de FOCAR
durante os estudos.

Para piorar, muito embora eu estivesse “bem” nos concursos, sentia que minha evolução tinha
estagnado... pois continuava com a dificuldade de memorizar alguns pontos, especialmente
aqueles em relação aos quais não era muito fã, e ainda penava para decorar a letra da lei. Eu
era bom o suficiente para passar em concursos com várias vagas, mas não para me garantir
nas primeiras colocações em concursos super concorridos. Precisava fazer algo diferente, só
não sabia o que!

A resposta veio de forma inesperada. Estava estudando tributos estaduais e, pela milésima vez,
eu ERRAVA DE NOVO A MESMA COISA: aquela confusão de fixação de alíquotas mínimas ou
máximas de ICMS, ITCMD e IPVA... para quem não sabe, a CF – de forma confusa –
estabelece que o Senado Federal poderá regular as alíquotas dos impostos estaduais, mas
cada um de uma forma diferente. A saber:

Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e
as prestações se iniciem no exterior;
III - propriedade de veículos automotores

(...)
§1º O imposto previsto no inciso I: (...) IV - terá suas alíquotas máximas fixadas pelo
Senado Federal;

(...)
§2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:
V - é facultado ao Senado Federal:

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a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, mediante resolução de


iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros;
b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito específico que
envolva interesse de Estados, mediante resolução de iniciativa da maioria absoluta e
aprovada por dois terços de seus membros;

(...)
§6º O imposto previsto no inciso III: I - terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado
Federal;

Eu não sei você, mas eu sempre achei esse art. 155 um inferno. Dezenas de incisos, diversos
parágrafos e essa confusão de que o Senado fica apitando sobre as alíquotas de cada imposto
de forma distinta, um fixa a alíquota máxima, outro o mínimo e o outro as duas alíquotas,
conforme o caso. Não importa quantas vezes eu lesse isso, eu sempre acabava errando.

Até que resolvi fazer um exercício. Copiei esse artigo no word. Suprimi a parte das alíquotas e
imprimi para no dia seguinte completar as lacunas. Parece besteira, mas, ao fazer isso, coloquei
tanta atenção e comprometimento na leitura que não só acertei as alíquotas como senti que
tinha memorizado muito melhor as outras partes da norma.

Na mesma semana, resolvi pegar um “branquinho” e saí apagando diversas palavras chaves de
artigos que eu tinha alguma dificuldade para memorizar. Minha ideia era preencher as lacunas
da norma. Até que deu certo, mas acabou ficando muito bagunçado, até porque a letra desses
vade mecuns é muito pequena.

Achei o máximo esse exercício de ler a lei completando lacunas. Mais do que isso, percebi que
fazer questões em formatos “diferentes” me empolgava muito mais do que continuar nas
mesmas questões tradicionais.

Resolvi ir mais longe: fiz mais exercícios criativos envolvendo a letra de lei – questões de ligar
os pontos, completar a lacuna indicando duas opções (sendo uma a certa e a outra uma
pegadinha frequente de prova), completar tabelas, fazer correlações e, pasme, cheguei até
mesmo a fazer uma cruzadinha envolvendo o maldito tema das alíquotas.

O resultado foi além do que eu imaginava. Comecei a pontuar alto em temas que eu
sentia dificuldade há muito tempo; senti que, além de quebrar o tédio da rotina de
estudos, eu memorizava de forma muito mais eficiente o conteúdo trabalhado dessa
forma “criativa”.

Sem me dar conta, superei, ainda, uma velha barreira: a dificuldade de memorizar a lei seca.

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Quando fazia esses exercícios criativos, eu estava basicamente “lendo de forma ativa” a
letra da lei, mantendo meu foco e aumentando minha capacidade de armazenar as
informações, em especial os pontos de cuidado, as pegadinhas de prova.

Essas questões criativas foram, para mim, uma verdadeira “evolução das questões”. Fazer
questões é definitivamente a chave para aumentar a sua performance, mas ESSES
EXERCÍCIOS CRIATIVOS ERAM AINDA MAIS EFICIENTES.

O resultado? Fui aprovado em 3º lugar na 1ª fase desse concurso, e também aprovado na 2ª


fase entre os cabeças...

Contudo, houve uma fraude no certame e ele foi anulado antes da prova oral. Os outros
candidatos ficaram revoltados, todos conversavam sobre o que fazer, se iriam judicializar o
concurso e tudo mais... mas eu fiquei tranquilo no meu canto.

Continuei meus estudos e complementava todos os “pontos fracos” ou de alta incidência criando
e resolvendo esses exercícios criativos. Tinha encontrado a peça que faltava para melhorar
ainda mais a minha performance.

De fato, com essa nova “metodologia criativa” passei para um “outro nível” de
concurseiro.

Para você ter uma ideia, depois que adotei essa estratégia, fiquei entre as 3 primeiras
colocações na prova objetiva em todos os 6 concursos nos quais fui aprovado em 2015,
sendo que em 3 deles fui aprovado em 1º lugar nessa etapa. Cheguei a fazer mais de 90
pontos na primeira fase em alguns desses.

Sem dúvida, a prova objetiva deixou de ser o maior obstáculo para se tornar a etapa mais fácil
do concurso. Eu sabia que, com comprometimento e resiliência, virar Procurador de Contas
seria questão de tempo.

E foi. Após 18 aprovações em concursos, 3 delas em 1º lugar, e depois de exercer os cargos de


Procurador de dois ótimos municípios, fui nomeado Procurador de Contas no Tribunal de
Contas do Rio de Janeiro – em um concurso com apenas 1 vaga para a concorrência ampla.
Hoje exerço esse cargo com toda alegria e comprometimento do mundo e pretendo continuar
até a minha aposentadoria compulsória. Amém!

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Essa foto abaixo é do meu discurso de posse... um dos dias mais emocionantes da minha vida.
Tomar posse já é demais, mas ter a honra de discursar sendo o 1º empossado é ainda melhor !

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5. O MÉTODO GABARITE: A CRIATIVIDADE A SERVIÇO DA APROVAÇÃO

“O pessimista vê dificuldade em cada oportunidade;


o otimista vê oportunidade em cada dificuldade”
Winston Churchill

A minha história acabou com um final feliz. E eu poderia ter parado o ebook no capítulo anterior,
afinal, geralmente as histórias acabam nesse final feliz...

Contudo, ao me tornar professor de cursos preparatórios, cativei uma grande ambição:


aprimorar, ampliar e aperfeiçoar as questões criativas que fazia, para transformá-las em um
verdadeiro método de estudo que pudesse aumentar - de verdade - a performance do
concurseiro.

Com a ajuda de outros aprovados de alto nível (juízes, promotores, defensores, delegados e
procuradores), chegamos a um modelo de estudo por questões - altamente eficiente - para a
memorização e aprendizado: o Método Gabarite!

O que é?

O Método Gabarite é um programa de preparação para a 1ª FASE de concursos de alto nível


baseado em rodadas semanais de exercícios objetivos CRIATIVOS e DINÂMICOS,
desenhados e organizados para:

1. Estimular a memorização do aluno de forma mais eficiente do que ocorre com a


resolução de questões tradicionais.

2. Focar nos pontos e detalhes de maior incidência em cada um dos temas,


inclusive antecipando “pegadinhas” de prova.

3. Proporcionar um treino dinâmico que quebre a mesmice da rotina de estudos

4. Permitir o “mapeamento” das fraquezas dos alunos em cada tema e em cada


canal de conteúdo (uma vez que os exercícios são segmentados por tema e por fonte
– lei, doutrina ou jurisprudência)

5. Funcionar como uma “leitura ativa” da legislação na seção “letra de lei”,


facilitando o aprendizado da lei seca até mesmo para os mais avessos ao vade
mecum.

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Idealizei o Gabarite enquanto ainda era concurseiro, e hoje pude aperfeiçoá-lo com a ajuda de
diversos aprovados em concursos, muitos nas primeiras colocações, resultando em um treino
inédito e extremamente eficiente para aumentar a sua performance.

Como funciona?

Após analisarmos dezenas de milhares de questões de concurso, confirmamos a nossa intuição


de que toda a carreira tem uma distribuição DESPROPORCIONAL de questões. Assim, todo
cargo possui o que chamamos de “núcleo essencial” do edital, isto é, uma parcela de cerca de
30% do edital que pode concentrar até 60% de todas as questões cobradas.

O Método Gabarite visa abordar justamente essa fração do edital que é mais importante para
cada carreira. Assim, o programa é dividido por CARREIRA e abordará os 48 temas de maior
incidência para cada uma das carreiras abrangidas pelo programa.

Além de selecionarmos os temas mais importantes para cada carreira, fazemos uma
rigorosa análise para abordar os artigos, doutrina e jurisprudência mais incidentes dentro
de cada um desses temas.

Com base nessa análise, toda semana disponibilizaremos 2 temas de altíssima incidência. Tais
tópicos serão trabalhados no formato Gabarite ao longo de 6 meses, até completarmos os 48
pontos.

Quais os benefícios do Método Gabarite?

Após extenso estudo de como cada tema vem sendo cobrado pelas bancas, elaboramos os
exercícios de uma forma criativa e especialmente desenhados para que você:

1. Aumente sua nota na 1ª fase (com toda a certeza do mundo, você verá abaixo!)
2. Faça um treino dinâmico e criativo, diferente da rotina típica do concurseiro.
3. Otimize a memorização do conteúdo.
4. Identifique os temas mais importantes e o que mais cai em cada um deles
5. Possa mapear sua performance: a estrutura do material permite que você possa
checar como foi em cada tema e em cada canal de conteúdo exigido (lei, doutrina e
jurisprudência).
6. Antecipe pegadinhas de 1ª fase
7. Faça uma leitura ativa e dinâmica da letra de lei

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Exemplo de como elaboramos o Gabarite

Como explicado, fazemos uma análise rigorosa para identificar o que vem sendo cobrado e
como trabalhar esse conteúdo para melhor memorização do candidato. Vou mostrar como
funciona.

Lembra daquela questão que eu errei sobre o prazo para a medida provisória entrar em
urgência? Que eu caí na pegadinha de achar que seria 60 dias, quando na verdade esse é o
prazo para sua conversão em lei?

Pois é, errei essa questão lá em 2013, mas até hoje as bancas continuam deixando a mesma
armadilha para os candidatos, olha só:

(VUNESP, Procurador de Arujá, 2019) Se a medida provisória não for apreciada em até
30 dias contados de sua publicação, entrará em regime de urgência

(FCC, Defensor Público – MA - 2018) se a medida provisória não for apreciada em até
30 dias contados de sua publicação, entrará em regime de urgência,
subsequentemente em cada uma das Casas do Congresso Nacional.

(FAPEC, Promotor de Justiça – MS, 2016) Se a medida provisória não for apreciada em
até 60 dias contados de sua publicação, entrará em regime de urgência.

(VUNESP, Procurador de Mogi das Cruzes, 2017) Se a medida provisória não for
apreciada em até 60 dias contados de sua publicação, entrará em regime de urgência

Ao identificar uma “pegadinha” ou uma cobrança repetitiva, elaboramos exercícios que irão
trazer sua atenção para a armadilha, de uma forma que você fatalmente irá memorizar o
problema. Quer ver? Olha só esse trecho do nosso Gabarite de Processo Legislativo:

I. Complete as lacunas com as informações corretas:

Como a medida provisória tem força de lei, ela deve ser submetida _______ (de imediato / em
60 dias) ao Congresso Nacional, onde deve ser analisada rapidamente.

Por isso, o Constituinte determina que a medida provisória não apreciada pelo Congresso em
até _______ (60 / 45) dias contados da sua publicação entrará em regime de urgência.

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Já o prazo máximo para encerrar a votação da medida provisória em ambas as casas é de


_______ (60 / 45) dias contados da sua publicação, podendo esse prazo ser prorrogado pelo
mesmo período uma única vez.

Caso seja rejeitada, por votação ou decurso do prazo, a MP perde a eficácia desde a sua
___________ (edição / rejeição), devendo o Congresso, no prazo de _______ (30 / 60) dias,
disciplinar por decreto legislativo as relações dela decorrentes.

(...)

GABARITO

Como a medida provisória tem força de lei, ela deve ser submetida DE IMEDIATO ao
Congresso Nacional, onde deve ser analisada rapidamente.

Por isso, o Constituinte determina que a medida provisória não apreciada pelo Congresso em
até 45 dias contados da sua publicação entrará em regime de urgência.

Já o prazo máximo para encerrar a votação da medida provisória em ambas as casas é de 60


dias contados da sua publicação, podendo esse prazo ser prorrogado pelo mesmo período uma
única vez.

Caso seja rejeitada, por votação ou decurso do prazo, a MP perde a eficácia desde a sua
REJEIÇÃO, devendo o Congresso, no prazo de 60 dias, disciplinar por decreto legislativo as
relações dela decorrentes.

Fundamento: art. 62 da CF/88, § 3º, 6º e 7º.


(...)

Veja só, a própria forma como o exercício é estruturado te obriga a fazer um raciocínio
pelo qual – ainda que você não tenha lido a CF/88 – você deduzirá que, como a MP deve
ser analisada rapidamente, ela deve ser enviada de imediato ao Congresso e que o prazo
para entrar em regime de urgência fatalmente deve ser menor que o prazo para encerrar a
votação, de forma que o prazo para o regime de urgência só pode ser o de 45 dias,
enquanto o prazo da votação é de 60 dias.

Você acha que é mais fácil memorizar esses prazos lendo o confuso art. 62 da CF ou fazendo
esse exercício? Abre a CF/88 e compara com esse exercício que você facilmente saberá a
resposta.

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Para garantir que você vai lembrar desses prazos até o fim dos seus dias (eu lembro de cor
até hoje ), no final do material reforçamos novamente essa pegadinha da seguinte maneira:

XII. Ligue corretamente as ocasiões e prazos da medida provisória:

Qual a ideia? Trazer sua atenção para esse tipo de detalhe e exercitá-lo de forma que você
memorize DEFINITIVAMENTE as informações mais relevantes.

Esse treino criativo fez TODA A DIFERENÇA na minha performance e me lançou de vez
nas primeiras posições.

E quer saber a boa notícia? Eu não sou o único que pôde se beneficiar com essa metodologia.
Hoje, diversos alunos vêm aumentando substancialmente suas notas de 1ª fase com o Método
Gabarite, inclusive alcançando a sonhada aprovação – em alguns casos até mesmo em 1º
lugar. Confira abaixo a opinião de alguns de nossos ex-alunos:

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“A abordagem criativa dos exercícios no Método Gabarite realmente faz você


memorizar demais o conteúdo estudado, principalmente os detalhes que te derrubam
na hora da prova. Ajudou muito para aumentar minha pontuação na 1ª fase!”

Luigi Monteiro Sestari, aprovado em 1º lugar Juiz de Direito - TJ/CE (2019)

“Fui aprovado no concurso para juiz do TRF2 e a maior parte de minha preparação foi
com os cursos do BND (Revisão Estratégica e Método Gabarite). Para mim foi umas
das melhores formas para treino de primeira fase, tanto que até hj minha maior nota em
prova objetiva foi a do TRF3 (85 pontos) no período posterior às resoluções dos
exercícios. A prova objetiva do TRF2 não demorou muito e com a bagagem
proporcionada pelos cursos também foi possível uma nota que me garantiu a
aprovação para a segunda fase. Com a especialização dos concursos e a nota de corte
subindo cada vez mais, só ler a lei seca e responder questões (separadamente) não é
mais suficiente para assegurar o corte. É preciso sempre um atrativo que eleve o
interesse pela matéria, bem como uma forma lúdica, o que é a proposta dos
professores do BND. Essa inovação os torna diferenciado no mercado de cursos para
concurso de alta performance. Eu só tenho a agradecer”.

Kleiton Ferreira, aprovado no cargo de Juiz Federal TRF 2 (2019)

"O Método Gabarite é ótimo, realmente me ajudou muito na memorização e, por ser
algo muito diferente e até lúdico, fez o estudo fluir muito bem. Os textos explicativos
eram ricos e inclusive ajudaram a complementar o meu material. Posso dizer que o
Gabarite foi útil não só para a aprovação 1ª fase, mas também às seguintes"

Caio Leão. Procurador do Estado de São Paulo (PGE/SP - 2019)

“O Método Gabarite realmente é diferenciado, vai direto ao ponto, abordando de uma


forma inusitada os pontos mais cobrados nas provas, antecipando as pegadinhas que
os examinadores gostam de exigir”

Heloá Mendes, PGM São Bernardo (2019), aprovada em outras 3 PGMs.

“Mas será mesmo que funciona?”

Se você for desses mais céticos, você pode estar pensando “ah, mas isso é só um punhado de
exercícios, não vai ser suficiente para melhorar a minha nota na 1ª fase”. Se você tem dúvidas,
quero te propor um DESAFIO que vai mostrar que SIM, o Método Gabarite vai te levar a um

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outro nível de acertos.

Separe uma tarde ociosa. Faça 20 questões aleatórias sobre intervenção federal e anote
quantas você acertou. Em seguida, IMPRIMA, RESOLVA E CONFIRA AS RESPOSTAS do
nosso gabarite de intervenção que disponibilizo no final desse ebook. Por fim, faça outras 20
questões aleatórias sobre o tema e anote seu resultado.

Eu tenho CERTEZA de que sua performance após treinar com o Gabarite será muito melhor do
que na primeira. E digo mais: aposto que as questões que você errou são respondidas em
nosso gabarite...

Não acredita? Então simplesmente aceite o desafio e veja com seus próprios olhos. A opinião
de quem já usou é sempre de satisfação, olha só algumas mensagens de nossos alunos:

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“Incrível, aumentei minha nota e quero mais!”

Fez o desafio? Se surpreendeu com o resultado? Tenho certeza que sim!

Todos os alunos do Método Gabarite até agora ficaram MUITO satisfeitos e tiveram inegável
aumento na performance na primeira fase.

Se você também quer aumentar sua nota na 1ª fase, você vai adorar participar da próxima
turma do Método Gabarite - Extensivo, que contemplará as seguintes opções de carreira:

1. Advocacia Pública
2. Juiz de Direito e Promotor Estadual (TJ/MPE)
3. Juiz Federal e Procurador da República (TRF/MPF)
4. Juiz e Procurador do Trabalho (JT/MPT)
5. Delegado
6. Defensoria Pública
7. Analista dos Tribunais (TRF/TJ)

*se você tem interesse em outra carreira ainda não abordada pelo programa, por favor, mande
email para contato@portalbnd.com.br indicando qual o cargo de interesse!

Conforme já explicado, abordaremos os 48 pontos mais incidentes em cada uma das carreiras,
sendo os programas diferentes entre si, muito embora possam existir pontos de contato (ex.
controle de constitucionalidade é um ponto de alta incidência na maioria das carreiras).

Estuda para uma dessas carreiras e quer ver sua performance na 1ª fase disparar? Então
clique no link abaixo para fazer sua PRÉ-INSCRIÇÃO GRATUITA no Método Gabarite –
Extensivo para ser notificado do lançamento do programa e garantir um desconto
especial de 40% off.

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Bônus – videoaulas para gabaritar a 1ª fase: além dos 48 pontos mais incidentes na carreira
escolhida, gravarei 5 videoaulas envolvendo técnicas e formas de estudo que eu utilizei para
alavancar minha nota na 1ª fase juntamente com as questões criativas do Gabarite:

1. Técnicas de resolução de provas objetivas


2. “Quevisão”: a melhor forma de revisar
3. Caderno de erros: como elaborar e estudar.
4. 7 técnicas para afiar seu chute
5. Como estudar a lei seca de forma eficiente?

Quer ver mais um demonstrativo?

Fazendo a pré-inscrição gratuita você ganhará, ainda, mais um demonstrativo do Método


Gabarite envolvendo o tema Falências e Recuperação Judicial!

[FAZER PRÉ INSCRIÇÃO E GANHAR MAIS UM GABARITE!]

Agora chega de falação, hora de você fazer o meu desafio e ver com os próprios olhos que o
Gabarite FUNCIONA... e MUITO!

Bom treino!

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GABARITE - Direito Constitucional - Intervenção Federal e

Estadual

PARTE 1 – QUESTÕES “LETRA DE LEI”

I - Os artigos 34 e 36 da CF/88 disciplinam os processos para decretação da intervenção


federal. Procurando uma forma de esquematizar e memorizar todas as espécies e seus
respectivos procedimentos, vamos explorá-los de forma separada. Em cada item abaixo
há um diagrama com as fases dos procedimentos, sempre com duas assertivas uma falsa
e outra verdadeira. Assinale a alternativa correta e ao final, selecione os fundamentos
previstos no art. 34 que correspondem a respectiva espécie de intervenção.

1 – Intervenção Federal Espontânea:

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Em seguida, dentre as opções abaixo, selecione os fundamentos da intervenção federal


espontânea:

( ) Manter a integridade nacional.

( ) Repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra.

( ) Pôr termo a grave comprometimento da ordem pública.

( ) Garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação.

( ) Reorganizar as finanças da unidade da Federação que: suspender o pagamento


da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior; ou
deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro
dos prazos estabelecidos em lei.

2 – Intervenção Federal Provocada por Solicitação:

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Em seguida, dentre as opções abaixo, selecione os fundamentos da intervenção federal


provocada por solicitação:

( ) Manter a integridade nacional.

( ) Pôr termo a grave comprometimento da ordem pública.

( ) Garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação.

( ) Prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial.

( ) Assegurar a observância dos princípios constitucionais sensíveis.

3 – Intervenção Federal Provocada por Requisição (existem dois procedimentos para a


intervenção federal provocada por requisição, desta forma, vamos tratá-los separadamente):

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Em seguida, dentre as opções abaixo, selecione os fundamentos da intervenção federal


provocada por requisição relacionada ao procedimento acima:
( ) Manter a integridade nacional.

( ) Pôr termo a grave comprometimento da ordem pública.

( ) Garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação.

( ) Prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial.

( ) Assegurar a observância dos princípios constitucionais sensíveis.

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Em seguida, dentre as opções abaixo, selecione os fundamentos da intervenção federal


provocada por requisição relacionada ao procedimento acima:

( ) Manter a integridade nacional.

( ) Pôr termo a grave comprometimento da ordem pública.

( ) Garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação.

( ) Prover a execução de ordem ou decisão judicial.

( ) Assegurar a observância dos princípios constitucionais sensíveis.

4 – Intervenção Federal – Representação Interventiva:

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Em seguida, dentre as opções abaixo, selecione os fundamentos da intervenção federal


provocada por representação interventiva:

( ) Manter a integridade nacional;

( ) Reorganizar as finanças da unidade da Federação que: suspender o pagamento


da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior; ou
deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro
dos prazos estabelecidos em lei;

( ) Prover a execução de lei federal.

( ) Assegurar a observância dos princípios constitucionais sensíveis.

II - Conforme a redação do art. 34, VII da CF/88 selecione abaixo os princípios


constitucionais cuja inobservância permite a intervenção federal por meio da
representação interventiva.

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III - No tocante às hipóteses de intervenção federal previstas no art. 34 da CF/88, complete


corretamente as assertivas abaixo. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito
Federal, exceto para:

1- Manter a _________________ nacional.

2- Repelir _________________ estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra.

3- Pôr termo a grave _________________da ordem pública.

4- Garantir o _________________ de qualquer dos Poderes nas unidades da


Federação.

5- Reorganizar as finanças da unidade da Federação que suspender o pagamento da


dívida fundada por mais de ______ anos consecutivos, salvo motivo
de _________________.

6-Reorganizar as finanças da unidade da Federação que deixar de entregar aos


Municípios _________________ fixadas na Constituição, dentro dos prazos
estabelecidos em lei.

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7- Prover a execução de _________________, _________________ ou decisão


judicial.

dois invasão quatro

integridade receitas tributárias comprometimento

receitas não tributárias lei complementar livre exercício

lei federal calamidade ordem

força maior fundada flutuante

IV - Em relação à intervenção estadual, julgue as assertivas abaixo verdadeiras ou falsas:

1 - O Estado não intervirá em seus Municípios, mas a União intervirá nos Municípios
localizados em Território Federal como regra.
V( )F( )

2 - O Estado poderá intervir em seu Município que deixar de pagar, sem motivo de força
maior, por três anos consecutivos, a dívida fundada ou consolidada.
V( )F( )

3 - Poderá ocorrer intervenção estadual quando em âmbito Municipal não forem


prestadas contas devidas, na forma da lei;
V( ) F( )

4 - Uma das hipóteses da intervenção estadual é a não aplicação pelo Município do


mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas
ações e serviços públicos de saúde e na segurança pública.
V( )F( )

5 - Poderá ser decretada a intervenção estadual quando o Tribunal de Justiça der


provimento a representação para assegurar a observância de princípios indicados na
Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão
judicial.
V( ) F( )

6 - Na hipótese em que a intervenção estadual ocorrer por provimento da


representação pelo Tribunal de Justiça, o decreto interventivo se limitará a suspender a

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execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da


normalidade.
V( )F( )

7 - Quando ocorrer a intervenção estadual com fundamento no art. 35, II da CF/88 (


não forem prestadas contas devidas, na forma da lei) o decreto não sofrerá o controle
político da Assembleia Legislativa do respectivo Estado.
V( )F( )

8 - Quando ocorrer a intervenção estadual com fundamento no art. 35, III da CF/88
(não forem prestadas contas devidas, na forma da lei) o decreto será submetido à
apreciação da Assembleia Legislativa do Estado.
V( )F( )

V - É correto afirmar que após a expedição do decreto de intervenção, se não estiver


funcionando o Congresso Nacional ou a Assembleia Legislativa, far-se-á convocação
extraordinária, no prazo de vinte e quatro horas.

VI - Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos:

( ) a estes voltarão, salvo impedimento legal.

( ) não poderão a estes regressar porque estarão impedidas.

VII - A Constituição Federal permite a intervenção federal per saltum de forma que a
União poderá intervir diretamente em Município pertencente a Estado-membro para pôr
termo a grave comprometimento da ordem pública.

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VIII – A representação será proposta pelo Procurador-Geral da República em caso de


recusa, por parte de Estado-Membro, à execução de decisão judicial e violação aos
princípios constitucionais sensíveis.

PARTE 2 – QUESTÕES “DOUTRINA”

I - Encontre o erro da assertiva: Existem hipóteses de intervenção federal em que é


dispensada a apreciação do decreto interventivo pelo Congresso Nacional, como por exemplo
aquela prevista no art. 34, V da CF/88 (pôr termo a grave comprometimento da ordem pública).
Nesses casos, se o decreto que suspendeu o ato impugnado não foi suficiente para
restabelecer a normalidade, o Presidente decretará a intervenção federal devendo este ato
sofrer controle político.

( ) A assertiva está errada porque não existem hipóteses em que se dispensa a


apreciação do Congresso Nacional.

( ) A assertiva está errada na parte em que exemplifica as hipóteses de dispensa do


controle político. Isto porque somente não haverá apreciação do Congresso Nacional
quando for decretada a intervenção federal para prover a execução de lei federal,
ordem ou decisão judicial e quando houver afronta aos princípios sensíveis da CF/88.

( ) A assertiva está errada porque se o decreto interventivo não for suficiente para
restabelecer a normalidade, o Presidente da República deverá obrigatoriamente
nomear interventor.

II - Criptograma. Complete corretamente o criptograma abaixo de acordo com as dicas.

1 - Iniciativa do Presidente da República para expedir o decreto de intervenção federal.

2 - Trata-se da natureza jurídica do rol do art. 34 da CF/88, que prevê as hipóteses de


intervenção federal.

3 - Trata-se da natureza jurídica do controle realizado pelo Congresso Nacional na apreciação

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do decreto de intervenção federal.

4 - Na intervenção provocada por requisição, o Presidente da República está _________,


devendo, portanto, expedir o decreto interventivo.

III - Cruzadinha. De acordo com as informações abaixo complete acertadamente a


cruzadinha no que concerne às modalidades de intervenção federal:

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1 - Ocorre por provocação do Supremo Tribunal Federal quando há coação do Poder


Judiciário. Também se verifica quando há desobediência à ordem ou decisão judicial, cuja
provocação será efetuada pelo Supremo Tribunal Federal, Superior Tribunal de Justiça ou
Tribunal Superior Eleitoral.

2 - Ocorre nos casos em que o Presidente da República expede o decreto interventivo sem
provocação, ou seja, de ofício.

3 - Ocorre quando há coação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo, dependendo da


provocação de um desses poderes.

4 - É uma modalidade provocada pelo Procurador-Geral da República e ocorre quando há


violação aos princípios constitucionais sensíveis ou para prover a execução de lei federal.
Neste último caso tem como pressuposto ter havido recusa execução da lei federal.

IV - Mito ou Verdade? Julgue os itens a seguir sobre a intervenção federal e a


intervenção estadual:

1- A intervenção é uma medida de restrição da soberania dos entes federados.

2 – A intervenção federal é um limite circunstancial ao poder de reforma da CF/88.

3- As Constituições estaduais estão autorizadas a ampliar o rol de motivos geradores da


intervenção estadual, e a formalização da intervenção estadual depende de decreto interventivo
do Governador, por simetria à esfera federal.

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4- Na decretação de intervenção no Município, o fato de já ter sido decretada outra intervenção


desse mesmo Município em outro processo e por outro motivo é impeditivo para nova
decretação de intervenção.

PARTE 3 – QUESTÕES “JURISPRUDÊNCIA”

I - Selecione as assertivas abaixo que estão em consonância com a jurisprudência dos


Tribunais Superiores.

1 - ( ) Não cabe recurso extraordinário contra acórdão de tribunal de justiça que


defere pedido intervenção em município.

2 - ( ) A Constituição Estadual poderá prever outras hipóteses de intervenção


estadual distintas das previstas pela Constituição Federal.

3 - ( ) A intervenção se impõe nas hipóteses em que o Poder Executivo estadual, em


uma inércia imotivada ou fundada em conveniência e oportunidade, deixa de fornecer
força policial para o cumprimento de ordem judicial.

4 - ( ) O descumprimento do pagamento de precatórios a ensejar a intervenção da


União nos Estados ou deste em seus Municípios deve ser voluntário, intencional e com
a existência de recursos financeiros.

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GABARITO

PARTE 1 – QUESTÕES “LETRA DE LEI”

I - Os artigos 34 e 36 da CF/88 disciplinam os processos para decretação da intervenção


federal. Procurando uma forma de esquematizar e memorizar todas as espécies e seus
respectivos procedimentos, vamos explorá-los de forma separada. Em cada item abaixo
há um diagrama com as fases dos procedimentos, sempre com duas assertivas uma falsa
e outra verdadeira. Assinale a alternativa correta e ao final, selecione os fundamentos
previstos no art. 34 que correspondem a respectiva espécie de intervenção.

1 – Intervenção Federal Espontânea:

Em seguida, dentre as opções abaixo, selecione os fundamentos da intervenção federal


espontânea:

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( X ) Manter a integridade nacional.

( X ) Repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra.

( X ) Pôr termo a grave comprometimento da ordem pública.

( ) Garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação.

( X ) Reorganizar as finanças da unidade da Federação que: suspender o pagamento


da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior; ou
deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro
dos prazos estabelecidos em lei.

- Comentários: Trata-se de literalidade do art. 34, I, II, III, V e 36, §1º da CF/88.

2 – Intervenção Federal Provocada por Solicitação:

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Em seguida, dentre as opções abaixo, selecione os fundamentos da intervenção federal


provocada por solicitação:

( ) Manter a integridade nacional.

( ) Pôr termo a grave comprometimento da ordem pública.

( X ) Garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação.

( ) Prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial.

( ) Assegurar a observância dos princípios constitucionais sensíveis.

- Comentários: Trata-se de literalidade do art. 34, IV e 36, I, primeira parte e §1º da CF/88.

3 – Intervenção Federal Provocada por Requisição (existem dois procedimentos para a


intervenção federal provocada por requisição, desta forma, vamos tratá-los separadamente):

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Em seguida, dentre as opções abaixo, selecione os fundamentos da intervenção federal


provocada por requisição relacionada ao procedimento acima:

( ) Manter a integridade nacional.

( ) Pôr termo a grave comprometimento da ordem pública.

( X ) Garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação.

( ) Prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial.

( ) Assegurar a observância dos princípios constitucionais sensíveis.

- Comentários: Trata-se de literalidade do art. 34, IV e 36, I, segunda parte da CF/88.

Em seguida, dentre as opções abaixo, selecione os fundamentos da intervenção federal

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provocada por requisição relacionada ao procedimento acima:

( ) Manter a integridade nacional.

( ) Pôr termo a grave comprometimento da ordem pública.

( ) Garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação.

( X ) Prover a execução de ordem ou decisão judicial.

( ) Assegurar a observância dos princípios constitucionais sensíveis.

- Comentários: Trata-se de literalidade do art. 34, VI e 36, II da CF/88.

4 – Intervenção Federal – Representação Interventiva:

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Em seguida, dentre as opções abaixo, selecione os fundamentos da intervenção federal


provocada por representação interventiva:

( ) Manter a integridade nacional;

( ) Reorganizar as finanças da unidade da Federação que: suspender o pagamento


da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior; ou
deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro
dos prazos estabelecidos em lei;

( X ) Prover a execução de lei federal.

( X ) Assegurar a observância dos princípios constitucionais sensíveis.

- Comentários: Trata-se de literalidade do art. 34, VI, primeira parte, VII e 36, III, primeira
parte da CF/88 e arts. 2º, 11 e 12 da Lei nº 12.562/2011.

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II - Conforme a redação do art. 34, VII da CF/88 selecione abaixo os princípios


constitucionais cuja inobservância permite a intervenção federal por meio da
representação interventiva.

- Comentários: Trata-se de literalidade do art. 34, VII da CF/88.

III - No tocante às hipóteses de intervenção federal previstas no art. 34 da CF/88, complete


corretamente as assertivas abaixo. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito
Federal, exceto para:

1- Manter a integridade nacional.

2- Repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra.


3- Pôr termo a grave comprometimento da ordem pública.

4- Garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação.

5- Reorganizar as finanças da unidade da Federação que suspender o pagamento da


dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior.

6-Reorganizar as finanças da unidade da Federação que deixar de entregar aos


Municípios receitas tributárias fixadas na Constituição, dentro dos prazos
estabelecidos em lei.

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7- Prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial.

dois invasão quatro

integridade receitas tributárias comprometimento

receitas não tributárias lei complementar livre exercício

lei federal calamidade ordem

força maior fundada flutuante

- Comentários: Trata-se de literalidade do art. 34, I a VI da CF/88.

IV - Em relação à intervenção estadual, julgue as assertivas abaixo verdadeiras ou falsas:

1 - O Estado não intervirá em seus Municípios, mas a União intervirá nos Municípios
localizados em Território Federal como regra.
V( )F( X )

- Comentários: Alternativa FALSA. O Estado não intervirá em seus Estados, assim como a
União não intervirá nos Municípios localizados em Território Federal. A intervenção federal é
medida excepcional. Trata-se de literalidade do art. 35, caput, da CF/88. Art. 35. O Estado
não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território
Federal, exceto [...]

2 - O Estado poderá intervir em seu Município que deixar de pagar, sem motivo de força
maior, por três anos consecutivos, a dívida fundada ou consolidada.
V( )F( X )

- Comentários: Alternativa FALSA. O Estado poderá intervir em seu Município que deixar de
pagar, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada. Trata-se
de literalidade do art. 35, I da CF/88.

3 - Poderá ocorrer intervenção estadual quando em âmbito Municipal não forem


prestadas contas devidas, na forma da lei;
V( X )F( )

- Comentários: Alternativa VERDADEIRA. Trata-se de literalidade do art. 35, II da CF/88.

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4 - Uma das hipóteses da intervenção estadual é a não aplicação pelo Município do


mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas
ações e serviços públicos de saúde e na segurança pública.
V( )F(X )

- Comentários: Alternativa FALSA. A hipótese de intervenção estadual a que se refere esta


assertiva é a não aplicação pelo Município do mínimo exigido da receita municipal na
manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
Trata-se de literalidade do art. 35, III da CF/88, que não menciona a segurança pública.

5 - Poderá ser decretada a intervenção estadual quando o Tribunal de Justiça der


provimento a representação para assegurar a observância de princípios indicados na
Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão
judicial.
V( X )F( )

- Comentários: Alternativa VERDADEIRA. Trata-se de literalidade do art. 35, IV da CF/88.

6 - Na hipótese em que a intervenção estadual ocorrer por provimento da


representação pelo Tribunal de Justiça o decreto interventivo se limitará a suspender a
execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da
normalidade.
V( X )F( )

- Comentários: Alternativa VERDADEIRA. Trata-se de literalidade do art. 36, §3º da CF/88.

7 - Quando ocorrer a intervenção estadual com fundamento no art. 35, II da CF/88 (


não forem prestadas contas devidas, na forma da lei) o decreto não sofrerá o controle
político da Assembleia Legislativa do respectivo Estado.
V( )F( X )

- Comentários: Alternativa FALSA. De acordo com o art. 36, §1º da CF/88 o decreto de
intervenção será submetido à apreciação do Congresso Nacional ou da Assembleia
Legislativa do Estado, no prazo de vinte e quatro horas. A única hipótese em que o decreto
de intervenção estadual não será submetido ao Poder legislativo é a prevista no art. 35, IV
conforme art. 36, §3º, ambos da CF/88.

Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios

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localizados em Território Federal, exceto quando:


[...]
IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância
de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de
ordem ou de decisão judicial.

Art. 36. A decretação da intervenção dependerá:


§1º O decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as condições de
execução e que, se couber, nomeará o interventor, será submetido à apreciação do
Congresso Nacional ou da Assembléia Legislativa do Estado, no prazo de vinte e
quatro horas.
[...]
§3º Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, IV, dispensada a apreciação pelo
Congresso Nacional ou pela Assembléia Legislativa, o decreto limitar-se-á a suspender
a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da
normalidade.

8 - Quando ocorrer a intervenção estadual com fundamento no art. 35, III da CF/88
(não forem prestadas contas devidas, na forma da lei), o decreto será submetido à
apreciação da Assembleia Legislativa do Estado.
V(X)F( )

- Comentários: Alternativa VERDADEIRA. Trata-se de literalidade do art. 36, §1º da CF/88.

V - É correto afirmar que, após a expedição do decreto de intervenção, se não estiver


funcionando o Congresso Nacional ou a Assembleia Legislativa, far-se-á convocação
extraordinária, no prazo de vinte e quatro horas.

- Comentários: Alternativa VERDADEIRA. Trata-se de literalidade do art. 36, §2º da CF/88.

VI - Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos:

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( X ) a estes voltarão, salvo impedimento legal.

( ) não poderão a estes regressar porque estarão impedidas.

- Comentários: Trata-se de literalidade do art. 36, §4º da CF/88, a saber "§ 4º Cessados os
motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos a estes voltarão, salvo
impedimento legal".

VII - A Constituição Federal permite a intervenção federal per saltum de forma que a
União poderá intervir diretamente em Município pertencente a Estado-membro para pôr
termo a grave comprometimento da ordem pública.

- Comentários: Alternativa FALSA. A regra é a não intervenção, conforme se depreende do


arts. 34 e 35 da CF/88. Todavia verificados os pressupostos, Estados poderão intervir em
seus Municípios e a União poderá intervir nos Estados e nos Municípios localizados em
Território Federal. A CF/88 não admite a intervenção per saltum. Art. 35. O Estado não
intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território Federal,
exceto quando se verificarem as hipóteses legais.

VIII – A representação será proposta pelo Procurador-Geral da República em caso de


recusa, por parte de Estado-Membro, à execução de decisão judicial e violação aos
princípios constitucionais sensíveis.

- Comentários: Alternativa FALSA. A representação interventiva será proposta pelo


Procurador Geral da República em caso de recusa por parte do Estado membro, à
execução de lei federal e violação aos princípios constitucionais sensíveis. Aplica-se o art.
34, VI, primeira parte, de forma a não incluir como pressuposto à representação interventiva
a desobediência à ordem ou decisão judicial. Art. 2º da Lei nº 12.562/2011.
Art. 2º A representação será proposta pelo Procurador-Geral da República, em caso de

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violação aos princípios referidos no inciso VII do art. 34 da Constituição Federal, ou de


recusa, por parte de Estado-Membro, à execução de lei federal.

PARTE 2 – QUESTÕES “DOUTRINA”

I - Encontre o erro da assertiva: Existem hipóteses de intervenção federal em que é


dispensada a apreciação do decreto interventivo pelo Congresso Nacional, como por exemplo
aquela prevista no art. 34, V da CF/88 (pôr termo a grave comprometimento da ordem pública).
Nesses casos, se o decreto que suspendeu o ato impugnado não foi suficiente para
restabelecer a normalidade, o Presidente decretará a intervenção federal devendo este ato
sofrer controle político.

( ) A assertiva está errada porque não existem hipóteses em que se dispensa a


apreciação do Congresso Nacional.

( X ) A assertiva está errada na parte em que exemplifica as hipóteses de dispensa do


controle político. Isto porque somente não haverá apreciação do Congresso Nacional
quando for decretada a intervenção federal para prover a execução de lei federal,
ordem ou decisão judicial e quando houver afronta aos princípios sensíveis da CF/88.

( ) A assertiva está errada porque se o decreto interventivo não for suficiente para
restabelecer a normalidade, o Presidente da República deverá obrigatoriamente
nomear interventor.

- Comentários: Como regra geral, o decreto interventivo deverá ser apreciado pelo
Congresso Nacional (controle político). Excepcionalmente, a CF (art. 36, §3º) dispensa a
aludida apreciação, sendo que o decreto se limitará a suspender a execução do ato
impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade. As hipóteses em
que o controle político é dispensado são as seguintes: art. 34, VI – para prover a execução
de lei federal, ordem ou decisão judicial; art. 34, VII- quando houver afronta aos princípios
sensíveis da CF. Nesses casos no entanto, se o decreto que suspendeu a execução do ato
impugnado não foi suficiente para o restabelecimento da normalidade, o Presidente da
República decretará a intervenção federal, nomeando, se couber, interventor, devendo
submeter o seu ato ao exame do Congresso Nacional (controle político), no prazo de 24
horas, nos termos do art. 36, §1º, conforme referido. (LENZA, Pedro. Direito constitucional
esquematizado. São Paulo: Saraiva, 2014. Pág. 529).

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II - Criptograma. Complete corretamente o criptograma abaixo de acordo com as dicas.

1 - Iniciativa do Presidente da República para expedir o decreto de intervenção federal.

- Comentários: De acordo com o art. 84, X da CF/88 a decretação e execução da intervenção


federal é de competência privativa do Presidente da República. Desta forma, a doutrina
assevera que essa competência privativa se dá tanto na intervenção federal espontânea,
quanto na provocada.

2 - Trata-se da natureza jurídica do rol do art. 34 da CF/88 que prevê as hipóteses de


intervenção federal.

- Comentários: A intervenção federal, por consubstanciar-se em situações de anormalidade e


exceção, tem suas causas expressamente previstas no art. 34 da CF/88, cujo rol é taxativo,
numerus clausus.

3 - Trata-se da natureza jurídica do controle realizado pelo Congresso Nacional na


apreciação do decreto de intervenção federal.

- Comentários: O controle exercido pelo Congresso Nacional tem natureza política.


Conforme art. 49, IV o Poder Legislativo ou rejeitará ou aprovará o decreto interventivo.
Sendo que em caso de rejeição, o Presidente da República deverá cessar a intervenção
federal de forma imediata, sob pena de responder por crime de responsabilidade. (art. 85, II
da CF/88). (LENZA, op. cit., Pág. 528).

4 - Na intervenção provocada por requisição, o Presidente da República está vinculado


, devendo, portanto, expedir o decreto interventivo.

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- Comentários: [...] havendo requisição do Judiciário, não sendo caso de suspensão da


execução do ato impugnado (art. 36, §3º), o Presidente da República estará vinculado e
deverá decretar a intervenção federal, sob pena de responsabilização. (LENZA, op. cit.,
Pág. 528).

III - Cruzadinha. De acordo com as informações abaixo complete acertadamente a


cruzadinha no que concerne às modalidades de intervenção federal:

1 - Ocorre por provocação do Supremo Tribunal Federal quando há coação do Poder


Judiciário. Também se verifica quando há desobediência a ordem ou decisão judicial, cuja
provocação será efetuada pelo Supremo Tribunal Federal, Superior Tribunal de Justiça ou
Tribunal Superior Eleitoral.

2 - Ocorre nos casos em que o Presidente da República expede o decreto interventivo sem
provocação, ou seja, de ofício.

3 - Ocorre quando há coação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo, dependendo da


provocação de um desses poderes.

4 - É uma modalidade provocada pelo Procurador-Geral da República e ocorre quando há


violação aos princípios constitucionais sensíveis ou para prover a execução de lei federal.

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Neste último caso tem como pressuposto ter havido recusa execução da lei federal.

IV - Mito ou Verdade? Julgue os itens a seguir sobre a intervenção federal e a


intervenção estadual:

1 - A intervenção é uma medida de restrição da soberania dos entes federados.

- Comentários: Alternativa FALSA. A intervenção é uma medida de restrição da autonomia


dos entes federados. Conforme preceitua o art. 18 da CF/88, os entes federativos são
autônomos, ou seja, são dotados de um poder jurídico balizado pela Constituição Federal.
Soberania é um poder político, que no Brasil corresponde à República Federativa do Brasil.

2 - A intervenção federal é um limite circunstancial ao poder de reforma da CF/88.

- Comentários: Alternativa VERDADEIRA. De acordo com o art. 60, §1º da CF/88, a mesma
não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal. A intervenção é uma
limitação circunstancial ao poder de reforma da Constituição Federal. Nas palavras de
Marcelo Novelino, “são limitações consubstanciadas em normas aplicáveis a situações
excepcionais, de extrema gravidade, nas quais a livre manifestação do Poder Reformador
possa estar ameaçada. Nessas circunstâncias, a instabilidade institucional poderia motivar
alterações precipitadas e desnecessárias no texto da Lex Mater”. (NOVELINO, Marcelo.
Curso de direito constitucional. Salvador:Ed. JusPodivm, 2016. Págs. 74 e 75).

3 - As Constituições estaduais estão autorizadas a ampliar o rol de motivos geradores da


intervenção estadual, e a formalização da intervenção estadual depende de decreto interventivo
do Governador, por simetria à esfera federal.

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- Comentários: Alternativa FALSA. A primeira parte da afirmativa está incorreta. Na verdade,


a intervenção estadual somente poderá acontecer naquelas hipóteses taxativamente
elencadas pelo art. 35 da Constituição Federal e, portanto, as Constituições estaduais não
estão autorizadas a ampliar o rol de motivos geradores da intervenção. Por sua vez, está
correta a afirmação de que a formalização da intervenção estadual depende de decreto
interventivo do Governador, por simetria à esfera federal. (MASSON, Nathalia. Manual de
Direito Constitucional. Salvador: Editora JusPodivm, 2016, p. 587).

4 - Na decretação de intervenção no Município, o fato de já ter sido decretada outra intervenção


desse mesmo Município em outro processo e por outro motivo é impeditivo para nova
decretação de intervenção.

- Comentários: Alternativa FALSA. Conforme aponta Alexandre de Moraes, na decretação de


intervenção no Município, não é obstáculo impeditivo o fato de já ter sido decretada outra
intervenção desse mesmo Município em outro processo e por outro motivo. (MORAES,
Alexandre de. Curso de Direito Constitucionol. 26• ed. São Paulo: Atlas, 2010, p. 325).

PARTE 3 – QUESTÕES “JURISPRUDÊNCIA”

I - Selecione as assertivas abaixo que estão em consonância com a jurisprudência dos


Tribunais Superiores.

1 - ( X ) Não cabe recurso extraordinário contra acórdão de tribunal de justiça que


defere pedido intervenção em município.

- Comentários: Alternativa VERDADEIRA. Trata-se de literalidade da Súmula nº 637 do

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Supremo Tribunal Federal. Não há cabimento do recurso extraordinário neste caso porque o
Tribunal de Justiça ao deferir pedido de intervenção em município emana decisão de
natureza político-administrativa e não jurisdicional. Desta forma, considerando que essas
decisões, apesar de serem proferidas pelo Poder Judiciário, não se revestem de caráter
jurisdicional não dão azo ao cabimento do recurso extraordinário. Lembrando que, conforme
art. 102, III da CF/88 o recurso extraordinário é cabível no âmbito de “causa judicial”.

2 - ( ) A Constituição Estadual poderá prever outras hipóteses de intervenção


estadual distintas das previstas pela Constituição Federal.

- Comentários: Alternativa FALSA. “As disposições do artigo 35 da CB/88 também


consubstanciam preceitos de observância compulsória por parte dos Estados-membros,
sendo inconstitucionais quaisquer ampliações ou restrições à hipóteses de intervenção.
(STF. Plenário. ADI 336, Rel. Min. Eros Grau, julgado em 10/02/2010).

3 - ( X ) A intervenção se impõe nas hipóteses em que o Poder Executivo estadual, em


uma inércia imotivada ou fundada me conveniência e oportunidade, deixa de fornecer
força policial para o cumprimento de ordem judicial.

- Comentários: Alternativa VERDADEIRA. Firme a jurisprudência desta Corte Superior de


Justiça no sentido de que a eventual inércia imotivada ou mesmo fundada em critérios de
mera conveniência do Poder Executivo no cumprimento das decisões judiciais equivale, por
certo, à usurpação do Poder Judiciário e, por consequência, a quebra de um dos pilares de
sustentação do Estado Brasileiro - o princípio federativo da independência e harmonia dos
Poderes (art. 2º da Constituição Federal), autorizando a intervenção. In casu, a "política de
não utilização da força policial na resolução de conflitos agrários adotada pelo Governo do
Estado do Paraná" gera, ainda que de modo transverso, a recusa do cumprimento da
decisão judicial que determinou a imediata reintegração de posse nos autos da ação nº
226/2006 do d. Juízo Único da Comarca de Barbosa Ferraz/PR. (IF 116/PR, Rel. Ministro
FELIX FISCHER, CORTE ESPECIAL, julgado em 16/12/2015, DJe 02/02/2016)

4 - ( X ) O descumprimento do pagamento de precatórios a ensejar a intervenção da


União nos Estados ou deste em seus Municípios deve ser voluntário, intencional e com
a existência de recursos financeiros.

- Comentários: Alternativa VERDADEIRA. Pagamento de precatório judicial.


Descumprimento voluntário e intencional. Não ocorrência. Inadimplemento devido a

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Jorge Ottoni (000.000.000-00) COMO EU VENCI A 1ª FASE COM CRIATIVIDADE www.portalbnd.com.br

insuficiência transitória de recursos financeiros. Necessidade de manutenção de serviços


públicos essenciais, garantidos por outras normas constitucionais. Precedentes. Não se
justifica decreto de intervenção federal por não pagamento de precatório judicial,
quando o fato não se deva a omissão voluntária e intencional do ente federado, mas a
insuficiência temporária de recursos financeiros. (IF 5101, Relator(a): Min. CEZAR
PELUSO (Presidente), Tribunal Pleno, julgado em 28/03/2012, ACÓRDÃO ELETRÔNICO
DJe-176 DIVULG 05-09-2012 PUBLIC 06-09-2012)

DESEMPENHO DO ALUNO:

1. Questões - “letra de lei”: __/54


2. Questões - “doutrina”: __/16
3. Questões - “jurisprudência”: __/4

TOTAL: __/71

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