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17/08/2019 Liev Tolstói – Wikipédia, a enciclopédia livre

Liev Tolstói
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Liev Nikoláievich Tolstói, mais conhecido em Lev Nikolayevich Tolstói
português como Leão, Leon, Leo ou Liev Tolstói (em Лев Николаевич Толстой
russo: Лев Николаевич Толстой ; Governorado de
Tula, 9 de setembro de 1828 — Astapovo, 20 de novembro
de 1910), foi um escritor russo, amplamente reconhecido
como um dos maiores de todos os tempos.

Nascido em 1828, em uma família aristocrática, Tolstói é


conhecido pelos romances Guerra e Paz (1869) e Anna
Karenina (1877), muitas vezes citados como verdadeiros
pináculos da ficção realista. Ele alcançou aclamação
literária ainda jovem, primeiramente com sua trilogia
semi-autobiográfica, Infância, Adolescência e Juventude
(1852-1856) e por suas Crônicas de Sebastopol (1855),
obra que teve como base suas experiências na Guerra da
Crimeia. A ficção de Tolstói inclui dezenas de histórias
curtas e várias novelas como A Morte de Ivan Ilitch Tolstoy em maio de 1908, quatro meses antes de
(1886), Felicidade Conjugal (1859) e Hadji Murad (1912). seu aniversário de 80 anos (fotografado em
Yasnaya Polyana por Prokudin-Gorskii; a primeira
Ele também escreveu algumas peças e diversos ensaios foto colorida tirada oficialmente na Rússia)
filosóficos.
Nascimento 9 de setembro de 1828
Yasnaya Polyana, perto de Tula,
Durante a década de 1870, Tolstói experimentou uma Governorado de Tula, Império
profunda crise moral, seguida do que ele considerou um Russo (atual Oblast de Tula,
despertar espiritual igualmente profundo, conforme Rússia)
descrito em seu trabalho não-ficcional A Confissão (1882). Morte 20 de novembro de 1910 (82 anos)
Sua interpretação literal dos ensinamentos éticos de Jesus,
Astapovo, Governorado de
Ryazan, Império Russo (atual
centrada no Sermão da Montanha, fez com que ele se distrito de Lev-Tolstovsky, Oblast
tornasse um fervoroso anarquista cristão e pacifista. As de Lipetsk, Rússia)
ideias de Tolstói sobre resistência não-violenta, Nacionalidade russa
expressadas em obras como O reino de deus esta em vós
Cônjuge Sofia Tolstói (de 1862 até sua
(1894), teriam um impacto profundo em figuras centrais morte em 1910)
do século 20 como Wittgenstein, William Jennings Bryan e Filho(s) 14
Gandhi.[1] Tolstói também se tornou um defensor
Ocupação Escritor, Novelista, Ensaísta,
dedicado do Georgismo, filosofia econômica de Henry Filósofo
George, incorporada em sua obra intelectual, sobretudo
Género romance
em seu último romance Ressurreição (1899). literário
Movimento Realismo
literário

Índice Magnum opus Guerra e Paz


Ana Karenina
Vida e carreira Religião Cristianismo
Vida pessoal Assinatura
Novelas e trabalhos ficcionais
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Filosofia religiosa e política


Morte
Bibliografia MENU
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Novelas
Não-ficcionais "Voz de Tolstói, gravada em 1908.
Contos
Ver também
Referências
Ligações externas

Vida e carreira
Tolstói nasceu em Yasnaya Polyana, uma propriedade familiar localizada a
12 quilômetros do sudoeste de Tula e a 200 quilômetros ao sul de Moscou.
Os Tolstoys eram uma família prestigiada pela nobreza da Rússia, pois
descendem de um famoso nobre do Império Lituano chamado Indris.[2][3]
Liev foi o quarto dos cinco filhos do Conde Nikolai Ilyich Tolstói, um
veterano da Invasão francesa da Rússia, e a Condessa Mariya Tolstaya
(Volkonskaya). Os pais de Tolstói morreram quando ele era jovem, o que
levou ele seus irmãos a serem criados por parentes. Em 1844, os irmãos
Tolstoy começaram a estudar direito e línguas orientais na Universidade de
Kazan. Seus professores os descreveram como "incapaz e sem interesse
pelo aprendizado". Tolstói abandonou a Universidade no meio do curso,
retornou à Yasnaya Polyana e passou a maior parte de seu tempo em
Moscou e São Petersburgo. Em 1851, depois de ter acumulado muitas
dívidas, ele e seu irmão mais velho foram para o Cáucaso e se juntaram ao
exército. Foi a partir dessa experiência que ele começou a escrever.[4]
O jovem Tolstói, 1854.
A experiência no exército seguida de duas viagens pela Europa (em 1857 e
1860) foram muito marcantes para Tolstói, e o transformaram definitivamente em um anarquista pacifista. Outros
que seguiram caminhos análogos foram Alexander Herzen, Mikhail Bakunin e Peter Kropotkin. Durante sua primeira
viagem pela Europa, Tolstói testemunhou uma execução pública em Paris, experiência que lhe foi traumática. Numa
carta enviada ao seu amigo Vasily Botkin, ele escreveu: "A verdade é que o Estado é uma conspiração desenhada não
somente para explorar, mas acima de tudo para corromper seus cidadãos... de agora em diante, eu jamais servirei a
nenhum governo em nenhum lugar."[5] O conceito de Tolstói de não-violência ou Ahimsa foi reforçado quando ele leu
uma tradução alemã dos versos sagrados Tirukkural. Mais tarde, ele sugeriu esse estilo de vida ao jovem Mahatma
Gandhi através de sua Carta ao Hindu. Na época Gandhi procurava conselhos de Tolstói por meio de
correspondências.[6]

Durante sua segunda viagem pela Europa, Tolstói foi influenciado política e literariamente por Victor Hugo. Essa
influência ficou evidente na obra Guerra e Paz (1865), onde Tolstói descreve as batalhas de maneira semelhante à de
Os Miseráveis, obra-prima de Hugo. A filosofia política de Tolstói também sofreu influência de uma visita feita em
março de 1861 ao libertário Pierre-Joseph Proudhon, que se encontrava exilado em Bruxelas. Tolstói cedeu a
Proudhon o título de sua magnum opus à obra La Guerre et la Paix, a qual ajudou a revisar. Sobre a experiência, ele
escreveu:[7]

"Proudhon (...) foi o homem que entendeu o significado da educação e da imprensa de nosso tempo".[7]

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Entusiasmado com a experiência, ele retornou à Yasnaya Polyana onde fundou 13 escolas para crianças de camponesas
que acabavam de ser emancipadas pela reforma de 1861.[8] Tolstói descreveu os princípios educacionais em seu ensaio
The School at Yasnaya Polyana (1862). No entanto, suas experiências pedagógicas duraram pouco por conta do
assédio imposto pela polícia secreta czarista. Tolstói pode ser considerado o percursor da liberdade na educação
escolar, além de ser pioneiro na aplicação teórica da gestão democrática nas escolas.[9]

Vida pessoal
Em 23 de setembro de 1862, Tolstói se casou com Sophia Andreevna Behrs, filha de um médico da corte. Eles tiveram
13 filhos, oito dos quais chegaram à vida adulta:[10]

Conde Sergei Lvovich Tolstói (10 de julho de 1863 - 23 de dezembro


de 1947), compositor e etnomusicologista
Condessa Tatyana Lvovna Tolstaya (4 de outubro de 1864 - 21 de
setembro de 1950), esposa de Mikhail Sergeevich Sukhotin
Conde Ilya Lvovich Tolstoy (22 de maio de 1866 - 11 de dezembro de
1933), escritor
Conde Lev Lvovich Tolstói (1 de junho de 1869 - 18 de outubro de
1945), escritor e escultor
Condessa Maria Lvovna Tolstaya (1871-1906), esposa de Nikolai
Leonidovich Obolensky
Conde Pedro Lvovich Tolstói (1872-1873), morreu na infância
Conde Nikolai Lvovich Tolstói (1874-1875), morreu na infância
A condessa Varvara Lvovna Tolstaya (1875-1875) morreu na infância
Conde Andrei Lvovich Tolstói (1877-1916), soldado na Guerra Russo-
Japonesa
Conde Michael Lvovich Tolstoy (1879-1944)
Conde Alexei Lvovich Tolstói (1881-1886)
Condessa Alexandra Lvovna Tolstaya (18 de julho de 1884 - 26 de
setembro de 1979)
Conde Iván Lvovich Tolstói (1888-1895)
De início, o casamento com Sophia foi marcado pela intensidade sexual e
insensibilidade emocional. Na véspera de seu casamento, Tolstói entregou
Sophia, esposa de Tolstói, com sua
a sua noiva seu diário pessoal que detalhava toda sua intensa vida sexual
filha Alexandra Tolstaya.
anterior a seu noivado. Os relatos incluíam o fato de ele ter tido um filho
com uma de suas empregadas. Ainda assim, o casamento foi afortunado e
proporcionou a Tolstói liberdade e estrutura familiar que o ajudaram a escrever as obras Guerra e Paz e Anna
Karenina com Sophia atuando como sua secretária pessoal, editora e gerente financeira.[10][11]

No entanto o casamento foi deteriorando à medida que o estilo de vida e as crenças de Tolstói se tornavam cada vez
mais radicais. Por conta de seu estilo de vida, ele rejeitou sua herança, incluindo os direitos autorais de suas obras.[12]

A família Tolstoy deixou a Rússia após a Revolução Russa de 1905. Os descendentes de Leo Tolstói vivem hoje
espalhados pela Suécia, Alemanha, Reino Unido, França e Estados Unidos. Entre eles estão a cantora sueca Viktoria
Tolstoy, o empresário sueco Christopher Paus.[13]

Novelas e trabalhos ficcionais


Tolstói é um dos gigantes da literatura russa; entre suas obras se destacam as novelas Guerra e Paz, Anna Karenina,
Hadji Murad e A Morte de Ivan Ilitch. Seus contemporâneos lhe prestaram diversas homenagens. Fiodor Dostoievski
o classificou como o maior romancista de sua época. Gustave Flaubert, ao ler uma tradução de Guerra e Paz,
exclamou: "Que artista e que psicólogo!" Anton Chekhov, que muitas vezes visitou Tolstói em sua propriedade rural,
escreveu: "Quando a literatura possui um Tolstói, torna-se fácil e agradável ser escritor, mesmo quando você sabe que
não foi bem sucedido e que continuará fracassando. Isso não soa tão terrível, pois Tolstói já foi bem-sucedido o
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suficiente por todos nós”. O poeta e crítico britânico Matthew Arnold


opinou que "um romance de Tolstói não é uma obra de arte, mas um
pedaço de vida".[14]

Críticos e romancistas contemporâneos continuam a desfrutar do legado e


da arte de Tolstói. Virginia Woolf o nomeou como "o maior de todos os
romancistas".[14] James Joyce observou que: "Ele nunca é maçante,
estúpido, cansativo, pedante ou teatral!". Thomas Mann elogiou a arte
aparentemente inocente de Tolstói: "Raramente a arte trabalhou tanto
quanto a natureza". Tais sentimentos foram compartilhados por Proust,
Faulkner e Nabokov. O último empilhou superlativos sobre A Morte de
Ivan Ilitch e Anna Karenina; mas questionou, no entanto, a reputação de
Guerra e Paz, e criticou duramente A Ressurreição e A Sonata a
Kreutzer.[15]

Os irmãos Tolstói (Leo e Nikolai) As primeiras obras de Tolstói, as novelas autobiográficas Infância ,
Meninas e Jovens (1852-1856), narram a história de um filho de um rico
proprietário e a sua lenta percepção do abismo social o separava de seus empregados camponeses. Embora mais tarde
ele tenha rejeitado essas novelas, classificando-as como sentimental, grande parte da vida de Tolstói é revelada nessas
primeiras obras. Elas se mantêm como contos universais relevantes a respeito do tema crescimento.[16]

Tolstói serviu como segundo tenente em um regimento de artilharia durante a Guerra da Crimeia, experiência narrada
em Crônicas de Sebastopol. As experiências na batalha ajudaram a fomentar seu pacifismo e lhe deram material para
a descrição realística dos horrores da guerra em trabalhos posteriores.[16]

Seu estilo ficcional tenta sempre transmitir de maneira realista a sociedade russa na qual ele viveu; Os cossacos (1863)
descreve a vida cossaca por da história de um aristocrata russo apaixonado por uma menina cossaca. Anna Karenina
(1877) conta histórias paralelas de uma mulher adúltera presa pelas convenções e falsidades da sociedade adúltera,
que sai da casa do marido para viver com o amante, Conde Vronsky, oficial da cavalaria. Tolstói não só exprimiu de
suas próprias experiências, mas também criou personagens à sua imagem, tal como Pierre Bezukhov, o Príncipe
Andrei de Guerra e Paz, Levin de Anna Karenina e até certo ponto, o príncipe Nekhlyudov de A Ressurreição.[17]

Sua magnum opus Guerra e Paz é majoritariamente reconhecida como a maior obra de literatura do Século XIX e
unanimemente a maior obra da literatura russa. Escrita entre 1865 e 1869, a novela narra a história de cinco famílias
que lutam durante a invasão da Rússia pelas tropas Napoleônicas. Tolstói criou 580 personagens, algumas históricas,
outras ficcionais.[18] A ideia original de Tolstói era investigar as causas da Revolta Dezembrista, a que se refere apenas
nos últimos capítulos. A novela acabou explorando, no entanto, a teoria da história de Tolstói e, em particular, a
insignificância de indivíduos como Napoleão e Alexandre I da Rússia. Surpreendentemente, Tolstói não considerou
Guerra e a Paz uma novela (nem considerava que muitas das grandes ficções russas escritas na época eram
romances). Essa visão se torna menos surpreendente se levarmos em conta o fato de que Tolstói era um romancista da
escola realista e, portanto, considerava o romance como um quadro para o exame de questões sociais e políticas.[19]
No entanto Tolstói passou a considerar Guerra e Paz uma prosa épica, fato que a desqualificou como análise social.
Sendo assim, ele considerou Anna Karenina sua primeira novela verdadeira.[20]

Depois de Anna Karenina, Tolstói concentrou-se em temas cristãos, e seus romances posteriores, como A Morte de
Ivan Ilitch (1886) e O que deve ser feito? (1899) desenvolvem uma filosofia anarco cristã radical, fato que levou à sua
excomunhão da Igreja Ortodoxa Russa em 1901.[21] Por toda a comoção ocasionada em cima de Anna Karenina e
Guerra e Paz, Tolstói rejeitou as duas obras mais tarde, classificando-as como “obras que não retratavam a
verdade”.[22]

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Em sua última novela A Ressurreição (1899), Tolstói expõe a injustiça das


O Poder da Escuridão
leis feitas pelo homem e a hipocrisia da igreja institucionalizada. Tolstói
também explora e explica a filosofia econômica do Georgismo, da qual ele
se tornou um forte defensor pelo resto de sua vida.[23]

Filosofia religiosa e política


Depois de ler O Mundo como Vontade e
Representação de Arthur Schopenhauer,
Tolstói converteu-se gradualmente à
moral ascética. Para ele, esse seria o
caminho espiritual ideal a ser traçado
pela alta-classe.[24]

“Estou convencido de que


Schopenhauer é o mais
genial dos homens. (…) Ao
lê-lo não posso
compreender como o seu
nome pôde permanecer
desconhecido. A única
explicação possível é a que 2015 no teatro Akademie de Vienna
ele mesmo repete tantas
vezes, que há quase só
idiotas no mundo.”[24]

No capítulo VI de A Confissão, Tolstói citou o último parágrafo do trabalho de


Schopenhauer. Nele, Schopenhauer explica como o nada que resulta da completa
"negação de si mesmo" é apenas um nada relativo, e, portanto, não deve ser temido.
O romancista ficou impressionado com a descrição da renúncia ascética cristã,
budista e hindu como o caminho da santidade. Depois de ler essas passagens, que
Tolstói vestido com roupas
camponesas, por Ilya Repin são abundantes nos capítulos éticos de Schopenhauer, o nobre russo escolheu a
(1901) pobreza e a negação formal da vontade:[25]

“Já encontramos um caminho para o ascetismo, ou negação do


querer propriamente dito, entendendo eu por tal expressão
precisamente aquilo que o Evangelho chama renunciar a si mesmo e
levar a própria cruz (Mateus XVI). Tal caminho se acentuou sempre
mais e deu origem aos penitentes, aos anacoretas e ao estado
monacal, que, puro e santo primeiro, e, portanto, fora de proporção
com a natureza da maior parte dos homens, não podia conduzir senão
à hipocrisia e à abominação, porque abusus optimi, pessimus (torna-
se péssimo o abuso do ótimo). Desenvolvendo-se o cristianismo,
vemos este embrião ascético germinar e atingir o florescimento nos
escritos dos santos e dos místicos cristãos. Estes, além do mais puro
amor, pregam a resignação absoluta, a pobreza voluntária, a
verdadeira calma, a completa indiferença pelas coisas da terra, o
dever de morrer para a vontade e de renascer em Deus, o olvido total
da própria pessoa para a absorção na contemplação do Senhor.”[26]

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"Assim, Sidarta Gautama nasceu um príncipe, mas voluntariamente passou a viver como mendigo; e
Francisco de Assis, o fundador das ordens mendicantes que, foi criado numa redoma, e poderia escolher
dentre qualquer filha de qualquer nobre. No entanto, quando lhe fora perguntado 'Agora, Francisco,
você não vai fazer sua escolha agora dessas beldades?' ele: 'Eu fiz uma escolha muito mais bonita!'
'Qual?' 'La povertà (a pobreza)': depois disso ele abandonou tudo e perambulou pela terra como um
mendicante."[25]

Em 1884, Tolstói escreveu um livro intitulado "No que eu acredito ", onde ele confessou abertamente suas crenças
cristãs. Ele afirmou sua crença nos ensinamentos de Jesus Cristo e foi particularmente influenciado pelo Sermão da
Montanha. Tolstói interpretou o “Ofereça a outra face” como um 'mandamento de não-resistência ao mal pela força,
configurando assim uma doutrina de pacifismo e não-violência. Em seu trabalho, O reino de deus esta em vós, ele
explica que considerou equivocada a doutrina da Igreja pois, em sua visão, eles corromperam os ensinamentos de
Cristo. Tolstói também recebeu cartas de quakers americanos que compartilhavam pensamentos de outros pacifistas
americanos, tal como George Fox e William Penn. Tolstói achava que o pacifismo era uma obrigação cristão. O
pacifismo de Tolstói somado a negação de qualquer Estado fizeram Tolstói ser considerado um anarquista.[27]

Mais tarde, várias versões da "Bíblia de Tolstói" foram publicadas, indicando as passagens que Tolstói confiava mais,
sobretudo, àquelas que transcreviam as palavras do próprio Jesus.[28]

Tolstói acreditava que um verdadeiro cristão poderia encontrar a felicidade


duradoura esforçando-se para atingir a auto perfeição interior, seguindo o
mandamento de amar o próximo e a Deus. Ele privilegia a busca pessoal
em detrimento da Igreja ou do Estado. Sua crença na não-resistência
quando enfrentada pelo conflito é outro fundamento baseado nos
ensinamentos de Cristo. Ao influenciar diretamente Mahatma Gandhi com
essa ideia através de seu trabalho O Reino de Deus está dentro de vós, a
influência de Tolstói sobre o movimento de resistência não-violenta ressoa Mohandas K. Gandhi e outros
até os dias atuais. Ele acreditava que a aristocracia era um fardo para os residentes da "Fazenda Tolstói",
pobres e que a única solução para o problema social estaria no África do Sul, 1910
anarquismo.[27]

Ele também se opôs à propriedade privada e à propriedade de terra, bem como à instituição do casamento e valorizou
os ideais de castidade e abstinência sexual. Essas ideais foram colocadas em prática pelo jovem Gandhi.[29]

Tolstói teve uma profunda influência no desenvolvimento do pensamento anarquista cristão.[27] Os Tolstóianos
surgiram como um pequeno grupo anarquista, criado por Vladimir Chertkov, para difundir os ensinamentos religiosos
de Tolstói. O filósofo Peter Kropotkin escreveu no artigo sobre o anarquismo na Enciclopédia Britânica de 1911:[30]

Sem nomear-se anarquista, Leo Tolstói, assim como seus predecessores dos movimentos religiosos
populares dos séculos XV e XVI, Chojecki, Denk, optou pela posição anarquista no que diz respeito aos
direitos de propriedade em face ao Estado, deduzindo suas conclusões do espírito geral dos
ensinamentos do Cristo. Com todo o poder de seu talento, ele fez (especialmente em O Reino de Deus
em si mesmo) uma crítica poderosa à igreja, ao estado e às leis, e especialmente às leis de propriedade.
Ele descreveu o estado como a dominação dos ímpios, apoiados em uma força brutal. Os ladrões, diz ele,
são muito menos perigosos do que um governo bem organizado. Ele fez uma crítica aos benefícios
conferidos aos homens pela igreja, pelo Estado e pela distribuição da propriedade e, a partir dos
ensinamentos do Cristo, ele formulou a regra da não-resistência bem como a condenação absoluta de

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todas as guerras. Seus argumentos religiosos são, contudo, tão bem combinados com argumentos
observados a partir dos males de sua época, que o anarquismo de suas obras atrai a atenção tanto o
leitor religioso quanto o leitor não-religioso.[30]

Durante o Levante dos Boxers na China, Tolstói apoiou os Boxers. Ele fez
duras críticas às atrocidades cometidas pela Aliança das Oito Nações,
composta de 20 mil soldados russos, americanos, britânicos, franceses,
japoneses, alemães, do Império Austro-Húngaro e italianos. Quando soube
dos estupros, saques e excessos cometidos pela tropa que foi enviada para
ocupar a sede imperial.[31] Tolstói acusou os monarcas Nicolau II da Rússia
e Guilherme II da Alemanha como responsáveis diretos pelas
atrocidades.[32][33] Durante essa época, Tolstói se correspondeu com o
Tolstói fornecendo alívio durante
intelectual chinês Gu Hongminge e o aconselhou para que China
períodos de fome, Samara, 1891
permanecesse uma nação agrária e advertindo-o contra as reformas, como
as que foram implementadas pelo Japão.[34][35][36]

A intervenção russo-americana no Levante dos Boxers foi denunciada por Tolstói, assim como os conflitos nas
Filipinas pela América. Ele usou palavras terríveis para descrever a injustiça e crueldade impostas pela intervenção
czarista.[37] Durante essa época, ele aproximou-se das obras de Confúcio e Lao Tsé.[38] Ele escreveu uma epístola para
o povo Chinês como parte da crítica à guerra organizada por intelectuais russos. As operações russas na China
capitaneadas por Nicolau II foram descritas por ele em uma carta aberta em 1902. Gu Hongming, junto de Toslói,
também se opôs à Reforma dos Cem Dias de Kang Youwei. A ideologia da não-violência modificou o pensamento
sociedade chinesa, influenciando nos estudos futuros do socialismo do país.[39]

Tolstói reiterou as críticas anarquistas Ao Estado em centenas de ensaios


escritos nos últimos 20 anos de sua vida. Ele recomendou livros de Kropotkin
e Proudhon aos seus leitores, ao passo que condenou as propagandas pelos
atos, de origem anarquista.. No ensaio de 1900, Sobre o Anarquismo, ele
escreveu; "Os anarquistas estão certos em tudo, na negação da ordem
existente e na afirmação de que, sem autoridade, não poderia haver pior
violência do as impostas pelas autoridades atuais. Contudo eles estão
enganados se pensam que a anarquia pode ser instituída por meio de uma
revolução. Ele será instituído apenas quando houver mais e mais pessoas que Gravação do aniversário de 80
anos de Tolstói. O filme mostra
não exigem a proteção do poder governamental.... Deve haver apenas uma
sua esposa, Sophia, pegando
revolução permanente – a moral: a regeneração do homem interior ". Apesar
flores no jardim. Filmado por
de suas discordâncias em relação à violência anarquista, Tolstói circulou Aleksandr Osipovich Drankov,
publicações proibidas de pensadores anarquistas na Rússia, e revisou o texto 1908.
de Words of a Rebel, obra de Kropotkin ilegalmente publicada em São
Petersburgo no ano de 1906.[40]

Tolstói entusiasmou-se com o pensamento econômico de Henry George, incorporando-o em obras posteriores como A
Ressurreição (1899), livro que o levou a ser excomungado. Em 1908, Tolstói escreveu a Carta ao Hindu, descrevendo
sua crença de não-violência como um meio para que a Índia ganhasse a independência do domínio britânico. Em
1909, Gandhi leu uma cópia da carta se tornou um ativista. A carta de Tolstói foi impactante para Gandhi, que passou
a se corresponder frequentemente com o autor russo. Gandhi apelidou Tolstói de "o maior apóstolo da não-violência
que a modernidade produziu". A correspondência entre Tolstói e Gandhi só durou um ano, de outubro de 1909 até a
morte de Tolstói, em novembro de 1910. Esse fato levou Gandhi a batizar sua fazenda na África do Sul de “Tolstoy”.
Além da resistência não-violenta, Gandhi e Tolstói compartilharam outra crença: o vegetarianismo.[41]

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Tolstói também se tornou um grande defensor do movimento esperanto.


Tolstói ficou impressionado com as crenças pacifistas dos Doukhobors e
denunciou a perseguição imposta a ele à comunidade internacional. Ele
ajudou os Doukhobors a migrarem para o Canadá. Em 1904, durante a Guerra
Russo-Japonesa, Tolstói condenou a batalha, escrevendo ao sacerdote budista
japonês Soyen Shaku em uma tentativa fracassada de conciliação. No final de
sua vida, Tolstói passou a se ocupar cada vez mais da teoria econômica e da
filosofia social de Henry George, o Georgismo. Ele também escreveu o prefácio
da obra Problemas sociais de George. Tolstói e George rejeitavam a Túmulo de Tolstói coberto por
flores, em Yasnaya Polyana
propriedade privada em formato agrícola bem como a economia planificada
comunista. Alguns autores postulam que esse pensamento incorporado por
Tolstói foi um afastamento de suas visões anarquistas, uma vez que o georgismo exige alguma administração central.
No entanto, versões anarquistas do Georgismo também foram propostas desde então. O romance de Tolstói de 1899, A
Ressurreição explora seus pensamentos sobre o Georgismo com mais detalhes e sugere que Tolstói. Na obra ele sugere
a possibilidade de pequenas comunidades como forma de governança local e ainda se faz presentes críticas às
instituições estatais.[42]

Morte
Tolstói morreu em 1910, aos 82 anos de idade. Antes da morte sua família se dedicava à cuidar de sua saúde
diariamente. Nos últimos dias, Tolstói conversou e escreveu sobre a experiência da morte. Renunciando ao estilo de
vida aristocrático, ele deixou sua casa no meio do inverno daquele ano, às escondidas. Sua partida se deu por conta das
crises de ciúmes de sua esposa Sophia. Ela se opôs abertamente a muitos de seus ensinamentos, e nos últimos anos
parecia invejar a dedição que o marido dedicada a seus discípulos.[43]

Tolstoy morreu de pneumonia na estação de trem de Astapovo, depois de um dia inteiro de viagem. O mestre da
estação levou Tolstói a seu apartamento, e seus médicos pessoais foram chamados para socorrê-lo. Ele recebeu
injeções de morfina e cânfora. A polícia tentou limitar o acesso a sua procissão de funeral, mas milhares de
camponeses se reuniram nas redondezas, pois pensaram que “algum nobre havia morrido”.[44]

Segundo algumas fontes, Tolstói passou as últimas horas de sua vida pregando o amor, a não-violência e o georgismo
aos passageiros do trem.[45]

Bibliografia

Novelas
Infância (1852)
Adolescência (1854)
Juventude (1856)
Felicidade Conjugal (1859)
Os cossacos (1863)
Guerra e Paz (1869)
Anna Karenina (1877)
A Morte de Ivan Ilitch (1886)
A Sonata a Kreutzer (1889)
O Diabo (1889)
A Ressurreição (1899)
Falso Cupom (1904)
Hadji Murat (1904)

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Não-ficcionais Contos
A Confissão (1879) A Invasão (1852)
Uma Crítica à Teologia Dogmática (1880) Crônicas de Sebastopol (1855-1856)
Uma Curta Exposição do Evangelho (1881) A Tempestade de Neve (1856)
Igreja e Estado (1882) A Manhã do Proprietário (1856)
No que eu acredito (também traduzido como Minha Lucerne (1857)
religião (1884) Albert (1858)
O que é para ser feito? (1886) Três mortes (1859)
Na vida (1887) A boneca de porcelana (1863)
O amor de Deus e do próprio vizinho (1889) Polikṣshka (1863)
Por que os homens se intoxicam? (1890) Deus vê a verdade, mas a espera (1872)
O primeiro passo: no vegetarianismo (1892) [2] O Prisioneiro no Cáucaso (1872)
O reino de deus esta em vós (1893) O caçador de ursos (1872)
Não-atividade (1893) Pelo que os homens vivem? (1881)
O significado da recusa do serviço militar (1893) Memórias de um louco (1884)
Razão e religião (1894) Uma faísca não percebida queima a casa (1885)
Religião e Moralidade (1894) "Dois Velhos" (1885)
Cristianismo e Patriotismo (1894) Onde o amor está, Deus está (1885)
Não-Resistência: carta aberta a Ernest H. Crospy Ivan o Tolo (1885)
(1896)
Almas do mal (1885)
Como ler os evangelhos (1896)
Sabedoria das crianças (1885)
A Decepção da Igreja (1896)
Ilyas (1885)
Carta aos liberais (1898)
Os Três Hermitas (1886)
Ensino Cristão (1898)
Promovendo um Diabo (1886)
Sobre o Suicídio (1900)
De quanta Terra um homem precisa? (1886)
A escravidão dos nossos tempos (1900)
O grão (1886)
Não Matarás (1900)
Arrependimento (1886)
Resposta ao Santo Sínodo (1901)
O Filho de Deus (1886)
O Único Caminho (1901)
Croesus e Fé (1886)
Sobre a Tolerância Religiosa (1901)
Uma oportunidade perdida (1889)
O que é religião e qual é a sua essência? (1902)
Francoise (1892)
Ao clero ortodoxo (1903)
Uma conversa entre pessoas ociosas (1893)
Pensamentos de homens sábios (compilação, 1904)
Ande pela luz enquanto há luz (1893)
A Única Necessidade (1905)
O Café da Surrat (1893)
The Grate Sin (1905)
Mestre e Homem (1895)
Um Ciclo de Leitura (compilação; 1906)
Caro demais (1897)
Não matarás (1906)
Padre Sergius (1898)
Ame-se (1906)
Esarhaddon, rei da Assíria (1903)
Um apelo à juventude (1907)
Trabalho, Morte e Doença (1903)
A Lei do Amor e do Direito da Violência (1908)
Três Perguntas (1903)
O único comando (1909)
Depois da bola (1903)
Um calendário de sabedoria (1909)
Divino e Humano (1906)
"Pelo que?" (1906)

Ver também
Tolstoísmo
Anarquismo cristão

Referências
https://pt.wikipedia.org/wiki/Liev_Tolstói 9/12
17/08/2019 Liev Tolstói – Wikipédia, a enciclopédia livre

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Ligações externas
Este artigo incorpora texto (em inglês) da Encyclopædia Britannica (11.ª edição), publicação em domínio público.
Obras de Leo Tolstoy (http://www.gutenberg.org/author/Tolstoy,+Leo,+graf) no Projeto Gutenberg
Obras de ou sobre Liev Tolstói (https://archive.org/search.php?query=%28subject%3A%22Tolstoy%2C%20Leo%
22%20OR%20subject%3A%22Leo%20Tolstoy%22%20OR%20creator%3A%22Tolstoy%2C%20Leo%22%20O
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3A%22Leo%20Tolstoy%22%29%20OR%20%28%221828-1910%22%20AND%20Tolstoy%29) no Internet
Archive
Yasnaya Polyana, Museu de Tolstoi em Tula (http://www.ypmuseum.ru/)

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https://pt.wikipedia.org/wiki/Liev_Tolstói 11/12
17/08/2019 Liev Tolstói – Wikipédia, a enciclopédia livre

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