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ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES

FINANCEIRAS

Profª. Ana Cristina Zenha Lousada, MSc

MACAÉ (RJ), 1º SEMESTRE DE 2008.


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ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

PERÍODO: CRÉDITOS: 02 CARGA HORÁRIA: 40 h/a

Objetivos da análise de balanços. Estrutura das demonstrações


EMENTA:
financeiras. Análise vertical e horizontal. Indicadores econômico-
financeiros.

OBJETIVO:

Capacitar os acadêmicos a compreenderem e analisarem os principais


demonstrativos financeiros e contábeis das empresas, possibilitando-lhes uma melhoria do
processo decisório.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:

1. OBJETIVOS DA ANÁLISE DE BALANÇOS.


Processo de decisão.
Objetivos da análise de balanços.
Finalidades e usuários.
Formas de apresentação e análise.

2. ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS


Estrutura do Balanço Patrimonial – BP.
Estrutura da demonstração do resultado do exercício – DRE.
Padronização das demonstrações financeiras.

3. INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS.
Introdução.
Principais quocientes ou índices de estrutura.
Principais quocientes ou índices de liquidez.
Análise de rentabilidade

4. ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL


Análise horizontal: conceito e interpretação.
Análise vertical: conceito e interpretação.
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BIBLIOGRAFIA:

Livros texto:
MATARAZZO, Dante C. Análise financeira de balanço. São Paulo: Atlas, 2003.

NETO, Alexandre Assaf. Estrutura e Análise de Balanços – Um Enfoque Econômico-


Financeiro. São Paulo: Atlas, 2000.

Bibliografia Adicional:

IUDÍCIBUS, Sérgio de. Análise de Balanços. São Paulo: Atlas, 1995.

IUDÍCIBUS, Sérgio de, et.all. Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações. São
Paulo: Atlas, 2007.

SILVA, José Pereira da. Análise financeira das empresas. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1999.

Professora: Ana Cristina Zenha Lousada¹


e-mail de contato: crislousada@viacabo.com.br
Telefone: (22) 8112-6097

Graduada em Ciências Contábeis pela Universidade do Vale do Itajaí – SC.


Especialista em Contabilidade Gerencial e Finanças pela Universidade do Vale do Itajaí – SC.
Mestre em Contabilidade e Controladoria pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da
Universidade de São Paulo – FEA/USP.
Professora da Universidade Estácio de Sá – campus Macaé.
Professora da Faculdade Salesiana Maria Auxiliadora – Macaé-RJ.
Ex-Professora da Universidade do Vale do Itajaí – Itajaí - SC; Faculdade Sinergia – Navegantes – SC e
Faculdade Avantis – Bal. Camboriú - SC

MATERIAL PREPARADO COM BASE NO REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO


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SLIDES TOMADA DE DECISÃO NA GESTÃO DE NEGÓCIOS

TOMADA DE DECISÃO

• Mudanças econômicas, técnicas, operacionais, administrativas, financeiras, de


mercado são a certeza com que os profissionais responsáveis por decisões junto aos
negócios convivem.

TOMADA DE DECISÃO

• Metodologia de atuação sintonizada e com reciclagem constante pelos talentos


humanos integrantes das organizações fazem a diferença na guerra instalada no
mercado pela busca da melhor posição junto aos concorrentes.

TOMADA DE DECISÃO

• Propriedade intelectual – conhecimento é um dever das entidades que


comandam nossa sociedade.

TOMADA DE DECISÃO

• Práticas de análise de risco para qualquer raciocínio referente a tomada de


decisão com foco na possibilidade de sucesso ou insucesso e dos reflexos associados ao
“amanhã” das linhas de negócios.

TOMADA DE DECISÃO

• A complexidade e a velocidade com que uma decisão específica deva ser


adotada implica que o talento humano valha-se de um conjunto grande de
conhecimentos.

TOMADA DE DECISÃO

• Qualidade como essência dos negócios.


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• Segurança como requisito a continuidade operacional.

• Informática.

• Integração.

• Auditoria como “argamassa” – garantindo eficiência/eficácia.

TOMADA DE DECISÃO

• Exceção como busca constante de prioridades para maior nível de certeza nos
destinos das organizações.

• Mensuração como ferramenta indispensável para tomada de decisão.

TOMADA DE DECISÃO
Fases principais do processo de tomar decisões:

• 1 – Identificação do problema ou oportunidade.

• 2 – Diagnóstico.

• 3 – Geração de alternativas.

• 4 – Escolha de uma alternativa.

• 5 – Avaliação da decisão.

TOMADA DE DECISÃO
Decisões programadas
• Economizam tempo e energia intelectual.

• Soluções padronizadas.

Decisões não-programadas

• Preparadas uma a uma. São situações novas

TOMADA DE DECISÃO
Decisões em grupos:
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• Característica principal: influência que cada pessoa recebe das demais.

• Nem sempre a decisão é democrática.

• Discussões acaloradas/cansaço.

• Aumento da propensão ao risco.

TOMADA DE DECISÃO
Fatores importantes nas decisões de grupo:

• Habilidades de liderança de alguns integrantes.

• Persuasão.

• Formação de subgrupos.

• Temperamento dos integrantes.

TOMADA DE DECISÃO

• Em lugar de resolver um problema, uma decisão pode criar outros problemas


maiores, quando algum erro é cometido ao longo do processo decisório.

• O problema não é percebido como tal; o diagnóstico é mal feito; as alternativas


não são apropriadas ou não foram corretamente avaliadas.

TOMADA DE DECISÃO
Principais dificuldades:

• 1 – Incapacidade de reconhecer o problema.

• 2 – Decisão precipitada.

• 3 – Avaliação prematura ou premissas insuficientes.

• 4 - Excesso de confiança na experiência.


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TOMADA DE DECISÃO

• 5 – Comprometimento prematuro.

• 6 – Ênfase em apenas uma solução.

• 7 – Incapacidade de definir prioridades.

• 8 – Falta de tempo.

• 9 – Confusão entre informação e opinião.

1. PROCESSO DE DECISÃO

1.1 Introdução

Uma decisão é uma escolha entre alternativas ou possibilidades. As decisões são


tomadas para resolver problemas ou aproveitar oportunidades. O processo de tomar
decisões (ou processo decisório) é a seqüência de etapas que vai da identificação de uma
situação que oferece um problema ou uma oportunidade, até a escolha e colocação em
prática de uma ação ou solução. Quando a decisão é colocada em prática, o ciclo se fecha.
Uma decisão que se coloca em prática cria uma situação nova, que pode gerar outras
decisões ou processos de resolver problemas.
O processo de tomar decisões, para resolver problemas e aproveitar oportunidades,
tem cinco fases principais:
 Identificação do problema ou oportunidade.
 Diagnóstico.
 Geração de alternativas.
 Escolha de uma alternativa.
 Avaliação da decisão.
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a) Identificação do problema ou oportunidade: O processo de tomar decisões
começa com uma situação de frustração, interesse, desafio, curiosidade ou irritação. Há um
objetivo a ser atingido e apresenta-se um obstáculo, ou acontece uma condição que se deve
corrigir, ou está ocorrendo um fato que exige algum tipo de ação, ou apresenta-se uma
oportunidade que pode ser aproveitada. Esta é a fase em que se percebe que o problema
está ocorrendo e que é necessário tomar uma decisão.

b) Diagnóstico: Esta etapa consiste em procurar entender o problema ou


oportunidade e identificar suas causas e conseqüências.

c) Geração de alternativas: Uma vez definido e diagnosticado o problema, a etapa


seguinte consiste em gerar alternativas para solução. Muitas vezes as alternativas já vêm
junto com o problema ou oportunidade. Em outros casos, não há alternativas prévias e é
preciso ter idéias. O processo de resolver problemas torna-se um processo de gerar idéias.

d) Escolha de uma alternativa: Na tomada de decisão, as alternativas são avaliadas,


julgadas e comparadas, para que uma escolha possa ser feita. A escolha depende de
avaliação e julgamento de alternativas, permitindo selecionar a idéia que apresenta maiores
vantagens. O pensamento crítico, além da criatividade, é fundamental para as decisões.

e) Avaliação da decisão: O processo de resolver problemas completa-se quando a


decisão é implementada e seus efeitos são avaliados. A avaliação de uma decisão reinicia o
ciclo do processo de resolver problemas. Uma decisão pode gerar outras decisões ou
processos de resolver problemas.

Estudo de caso: Quem é mais importante? (texto xerocado)


Questões:
1) Quais problemas esse grupo está enfrentando? Há um problema mais
importante que outro?
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2) Com base no processo de tomada de decisão, faça o diagnóstico dos problemas,
crie e pondere alternativas e faça sugestões de decisões.
3) Explique as diferentes expectativas dos cinco amigos em relação a sua
participação e suas recompensas na empresa.
4) Quais são seus prognósticos para esse grupo: dissolução ou sucesso como
empresa? Fundamente.

EXERCÍCIO DA NASA: A BUSCA DE UM CONSENSO

Você é membro da tripulação de uma nave espacial que programou um “encontro” junto com
outra nave, na superfície luminosa da lua. Entretanto, dificuldades mecânicas obrigaram sua nave
a uma descida forçada, num ponto distante de 100 km do planejado “encontro”. A maior parte do
equipamento, na descida forçada, ficou avariado, e desde que sua sobrevivência dependa de
alcançar o ponto de “encontro”, à distância de 100 km, trata-se de escolher os itens abaixo mais
essenciais para este percurso.
Abaixo há uma lista de 15 itens de coisas que não ficaram estragadas na descida. Seu trabalho
será de numerar esses itens em termos de sua importância para alcançar o ponto de “encontro”.
Coloque o número 1 para o item mais importante, o número dois para o segundo mais
importante, até o número 15 para o item menos importante.

Objetos Decisão Decisão Ordem Diferença Diferença


Individual Grupal Correta Individual Grupal
Caixa de fósforos 15
Alimento concentrado 4
Corda de nylon 6
Seda de pára-quedas 8
Aquecedor portátil 13
Duas pistolas de calibre 45 11
Caixa de leite em pó 12
Um mapa estelar (da 3
constelação lunar)
Balsa salva vidas 9
10
Dois tanques de oxigênio de 1
100 libras cada
Uma bússola 14
Cinco galões de água 2
Sinais luminosos 10
Um estojo de 1º socorros 7
com agulha de injeção
Um FM receptor e 5
transmissor movido à força
solar
TOTAL DAS DIFERENÇAS

1.2 Decisões Financeiras


Basicamente, qualquer que seja a natureza de sua atividade operacional, uma
empresa é avaliada como tomadora de duas grandes decisões financeiras: decisão de
investimento – aplicações de recursos – e decisão de financiamento – captações de
recursos.
Uma terceira decisão que envolve a alocação do resultado líquido da empresa,
também conhecida por decisão de dividendos, é geralmente incluída na área de
financiamento por representar, em última análise, uma alternativa de financiar suas
atividades. Dividendo é uma decisão que envolve, fundamentalmente, a distribuição de
parte dos lucros aos acionistas, ou o custo de oportunidade de manter esses valores retidos,
visando lastrear seus negócios.
As decisões financeiras são tomadas pelas empresas de forma contínua e inevitável.
A decisão de investimento, considerada como a mais importante de todas, envolve todo o
processo de identificação, avaliação e seleção das alternativas de aplicações de recursos na
expectativa de se auferirem benefícios econômicos futuros. Por não se ter certeza da
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realização futura de lucros, a decisão de investimento envolve risco, devendo ser avaliada
em termos de relação risco-retorno.
As decisões de investimento criam valor e, portanto, mostram-se economicamente
atraentes quando o retorno esperado da alternativa exceder a taxa de retorno exigida pelos
proprietários de capital. É importante destacar que essas decisões inserem-se no âmbito do
planejamento estratégico da empresa, e são reflexo de planos futuros traçados para a
condução dos negócios. Reflete, em outras palavras, um compromisso com a continuidade
do empreendimento.
As decisões de financiamento, por outro lado, preocupam-se principalmente com a
escolha das melhores ofertas de recursos e a melhor proporção a ser mantida entre capital
de terceiros e capital próprio. O objetivo central dessa decisão envolve a determinação da
melhor estrutura de financiamento da empresa, de maneira a preservar sua capacidade de
pagamento e dispor de fundos com custos reduzidos em relação ao retorno que se espera
apurar de suas aplicações.

SLIDES ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

ANÁLISE DE BALANÇOS
 A análise de Balanços visa relatar, com base nas informações contábeis
fornecidas pelas empresas, a evolução econômico-financeira atual.
Causas da evolução e as tendências futuras.

ANÁLISE DE BALANÇOS
 Posição econômico-financeira.

 O que significa?
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ANÁLISE DE BALANÇOS
 O grande objetivo da análise de balanços é o de produzir informações.

 A análise de balanços começa onde termina a contabilidade.

ANÁLISE DE BALANÇOS
 A análise de balanço é uma arte.

 A maneira com que os indicadores são utilizados é particular de quem


faz a análise.

ANÁLISE DE BALANÇOS
 O grau de excelência da análise é dado exatamente pela qualidade e
extensão das informações que conseguir gerar.

 A linguagem deve ser dirigida a leigos.

ANÁLISE DE BALANÇOS
 A análise de balanços deve ser a “tradução” das demonstrações
financeiras.
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ANÁLISE DE BALANÇOS
Datas importantes:
 1890 - início com os banqueiros americanos.
 1915 - Obrigatória.
 1919 - Alexander Wall - considerado o pai da Análise de Balanços.
Apresentou um modelo de análise através de índices.

ANÁLISE DE BALANÇOS
 No Brasil até 1968 era pouco utilizada.

 A análise de balanços é fundamentalmente dependente da qualidade


das informações e do volume de informações disponíveis ao analista.

ANÁLISE DE BALANÇOS
 Os insumos básicos do processo de análise são os relatórios contábeis
elaborados periodicamente pelas empresas.

 Relatórios obrigatórios / não obrigatórios.

ANÁLISE DE BALANÇOS
Técnicas de Análises:
 Análise horizontal.
 Análise vertical.
 Análise da liquidez.
 Análise de endividamento.
 Análise de rentabilidade e lucratividade.
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 Comparações temporal e interempresarial.

ANÁLISE DE BALANÇOS
Usuários:
 Fornecedores
 Clientes
 Bancos
 Acionistas
 Concorrentes
 Governo
 Administradores

2. OBJETIVOS DA ANÁLISE DE BALANÇOS

2.1 Objetivos

A análise de balanços visa relatar, com base nas informações contábeis fornecidas
pelas empresas, a posição econômico-financeira atual, as causas que determinaram a
evolução apresentada e as tendências futuras, ou seja, pela análise de balanços extraem-se
informações sobre a posição passada, presente e futura (projetado) de uma empresa.
A análise de balanços é uma arte, porque não há nenhum critério metodológico
formal de análise válidos nas diferentes situações e aceitos unanimemente pelos analistas.
Dessa maneira, é impossível sugerir-se uma seqüência metodológica ou um instrumental
científico capazes de fornecer diagnósticos sempre precisos das empresas.
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A maneira com que os indicadores de análise são utilizados é particular de quem faz
análise, sobressaindo-se, além do conhecimento técnico, a experiência e a própria intuição
do analista. Dois analistas podem chegar às conclusões bem diferentes sobre uma empresa,
mesmo tendo eles trabalhado com as mesmas informações e utilizado iguais técnicas de
análise, no entanto, estas diferenças podem estar bem próximas, conforme o nível de
experiência do analista.
Em suma, a preocupação do analista centra-se nas demonstrações contábeis da
sociedade, das quais extrai suas conclusões a respeito de sua situação econômico-
financeira, e toma (ou influencia) decisões com relação a conceder ou não crédito, investir
em seu capital acionário, alterar determinada política financeira, avaliar se a empresa está
sendo bem administrada, identificar sua capacidade de solvência (estimar se irá falir ou
não), avaliar se é uma empresa lucrativa e se têm condições de saldar suas dívidas com
recursos gerados internamente etc.
Para essas conclusões e decisões, a análise de balanços é fundamentalmente
dependente da qualidade das informações (exatidão dos valores registrados, rigor nos
lançamentos e princípios contábeis adotados etc.) e do volume de informações disponíveis
ao analista.

2.2 Insumos da Análise de Balanços

Os insumos básicos do processo de análise de balanços são os relatórios contábeis


elaborados periodicamente pelas empresas.
Os relatórios contábeis distinguem-se em obrigatórios e não obrigatórios.
Os relatórios obrigatórios são aqueles definidos pela legislação societária, sendo
mais conhecidos por “demonstrações contábeis ou financeiras”.
Os relatórios não obrigatórios não fazem parte da estrutura básica das
demonstrações contábeis que devem ser elaboradas para efeitos de divulgação, sendo
normalmente destinados ao uso gerencial interno.

2.3 Metodologia e Técnicas para a Análise de Balanços


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Esquema básico de avaliação.

2.3.1 A empresa e o mercado

Uma preocupação essencial do analista deve ser a de conhecer mais detalhadamente


a empresa e seu mercado de atuação, de maneira a melhor avaliar as decisões financeiras
(investimento e financiamento) tomadas.
A análise de balanços torna-se bem mais consistente quando interpretada dentro das
características do setor de atividade da empresa. Dividindo a empresa em atividade,
possibilita avaliar o potencial atual e futuro do mercado consumidor, o nível e o tamanho da
concorrência, a dependência tecnológica, os fornecedores, a política de preços adotada para
o setor etc.

2.3.2 Relatórios financeiros

Este item engloba todas as demonstrações contábeis elaboradas pela empresa, que
servirão de fonte de informações para a análise econômico-financeira. É importante neste
item avaliar-se os procedimentos contábeis padronizados para o setor, o plano de contas, o
tratamento da inflação adotado nos demonstrativos etc.

2.3.3 Análise horizontal e vertical

A aplicação dessas técnicas tem por objetivo básico a avaliação dos demonstrativos
contábeis pela evolução de seus valores ao longo do tempo (análise horizontal), e pela
participação relativa de cada valor em relação a um total (análise vertical).

2.3.4 Análise da liquidez

O estudo da liquidez visa conhecer a capacidade de pagamento da empresa, isto é,


suas condições financeiras de cobrir no vencimento todos seus compromissos passivos
assumidos. Revela, ainda, o equilíbrio financeiro e sua necessidade de investimento em
capital de giro.
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2.3.5 Análise de endividamento

Avalia basicamente a proporção de recursos próprios e de terceiros mantidos pela


empresa, sua dependência financeira por dívidas de curto prazo, a natureza de suas
exigibilidades e seu risco financeiro.

2.3.6 Análise de rentabilidade e lucratividade

É uma avaliação econômica do desempenho da empresa, dimensionando o retorno


sobre os investimentos realizados e a lucratividade apresentada pelas vendas.

2.3.7 Conclusões

Apesar de cada item do esquema proposto de análise proporcionar conclusões


específicas, esta parte final deve se apresentar conclusiva, desenvolvendo sucintamente a
efetiva situação econômico-financeira da empresa e suas perspectivas de desempenho.

2.4 Usuários da Análise de Balanços

A análise das demonstrações contábeis de uma empresa pode atender a diferentes


objetivos consoantes aos interesses de seus vários usuários ou pessoas físicas ou jurídicas
que apresentam algum tipo de relacionamento com a empresa. Nesse processo de avaliação,
cada usuário procurará detalhes específicos e conclusões próprias e, muitas vezes, não
coincidentes. Dentre os principais usuários, destaca-se:

Fornecedores - Estes usuários estão preferencialmente voltados para o


conhecimento da capacidade de pagamento da empresa, ou seja, sua liquidez.

Clientes – É prudente que as empresas compradoras avaliem firmas vendedoras de


algumas situações especiais, tais como quando ocorrer forte dependência de certos
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fornecedores, os quais não apresentam uma estrutura empresarial compatível com a
importância dos pedidos, ou quando o número de fornecedores disponíveis no mercado é
muito reduzido. Neste sentido a avaliação concentra-se na capacidade física instalada de
produção, existência de projetos de expansão, nível dos investimentos em pesquisas e
desenvolvimento de produtos, condições econômicas e financeiras a curto e longo prazo, e,
também, no potencial de captação de recursos, notadamente em longo prazo.

Bancos Comerciais e de Investimentos – O interesse dos bancos, em geral, inclui


o conhecimento da posição de curto e longo prazo da empresa. Mesmo que a operação de
crédito se verifique em curto prazo, o relacionamento entre bancos e clientes é geralmente
visto também no longo prazo em razão das possibilidades de renovações dos empréstimos.
Dessa forma, além dos aspectos tradicionais da análise de balanços em curto prazo, o grau
de endividamento, solvência, rentabilidade, entre outros, assume também grande
importância no processo de avaliação.

Acionistas – Procuram prioritariamente identificar o retorno de seus investimentos,


ou seja, a capacidade que a empresa apresenta em gerar lucros e remunerar os recursos
próprios aportados. O interesse pela liquidez financeira está mais restrito a identificar a
capacidade da empresa em manter suas operações e, muitas vezes, em avaliar as condições
atuais e futuras de distribuição de dividendos. Além disso, os acionistas também procuram
estudar os indicadores de ações, tais como preço de mercado da ação, valorizações, lucro
por ação etc.

Concorrentes – Esta análise é muito importante à medida que a empresa possa


melhor conhecer seu mercado e comparar sua posição econômico-financeira (liquidez,
rentabilidade, crescimento de vendas etc.) em relação a seu setor de atividade (empresas
concorrentes). Por essa análise de toda a concorrência, é possível a construção de índices-
padrão indispensáveis a uma auto-avaliação.

Governo – O interesse do governo pela análise de balanço é explicado em processo


de concorrência pública, em que o desempenho empresarial é fator importante no processo
de seleção; na necessidade de conhecer a posição financeira dos diferentes ramos e setores
de atividade como forma de subsidiar a formulação de certas políticas econômicas etc.
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Próprios Administradores - Serve como instrumento de acompanhamento e


avaliação das decisões financeiras tomadas pela empresa. Com base nas informações, os
dirigentes das empresas poderão mensurar os resultados de suas políticas de investimentos
e financiamentos. Será possível conhecer o retorno dos investimentos totais, a rentabilidade
do capital próprio, a rotação dos ativos, o volume de dívidas em relação ao capital dos
proprietários etc.

2.5 Técnicas de Análise de Balanços

O raciocínio básico da análise de balanços desenvolve-se por meio de técnicas


oriundas de diferentes áreas do saber (contabilidade, matemática e estatística).

As principais técnicas de análise de balanços são apresentadas a seguir:

2.5.1 Análise horizontal

Identifica a evolução dos diversos elementos patrimoniais e de resultados ao longo


de determinado período de tempo. É uma análise temporal do crescimento da empresa, que
permite avaliar a evolução das vendas, custos e despesas; o aumento dos investimentos
realizados nos diversos itens ativos; a evolução das dívidas etc.

2.5.2 Análise vertical


Objetiva basicamente o estudo das tendências da empresa. Complementando as
informações horizontais, o estudo vertical das demonstrações contábeis permite conhecer a
estrutura financeira e econômica da empresa, ou seja, a participação relativa de cada
elemento patrimonial e de resultados. Por exemplo, qual a porcentagem das vendas que
representa lucro líquido, do total de seu passivo quanto a empresa deve a curto e em longo
prazo etc.

2.5.3 Indicadores econômico-financeiros


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Procura relacionar elementos afins das demonstrações contábeis de forma a melhor
extrair conclusões sobre a situação da empresa. Existem diversos índices úteis para o
processo de análise, sendo metodologicamente classificados nos seguintes grupos: liquidez,
estrutura e rentabilidade.

2.5.4 Comparações
A análise de balanço é fundamentalmente comparativa. Os índices, quando
avaliados isoladamente, não produzem informações suficientes para uma correta conclusão.
É indispensável que se conheça como evoluiu esse resultado nos últimos anos e em que
nível ele se situa em relação aos concorrentes e aos padrões do mercado.
Dessa forma, a comparação que se processa na análise de balanços apresenta-se de
duas formas.

Temporal: Envolvendo resultados de períodos anteriores. São estudados geralmente


os três últimos exercícios sociais da empresa. O essencial da análise está em compreender-
se a tendência apresentada pelos indicadores de desempenho, e não limitar a avaliação num
resultado restrito a um único período.

Interempresarial: relacionando o desempenho de uma empresa com o setor de


atividade e o mercado em geral. Neste caso são utilizados índices-padrão do mercado.

O FIM DAS PEQUENAS EMPRESAS - Stephen Kanitz

Hoje em dia as grandes empresas desempregam mais do que contratam. São as


pequenas e médias que geram emprego, aqui e mundo afora. Mas, em vez de fortalecer a
pequena empresa, quase todos os governos do Brasil a ignoram ou a enfraquecem.

As pequenas e médias empresas são tipicamente dirigidas pela classe média alta, em
torno de 10% da população brasileira. Se cada membro da classe média empregasse dez
funcionários, não teríamos desemprego neste país. Teríamos 100% da população
empregada, por definição. Hoje, com os inúmeros cursos disponíveis de administração,
gerenciar uma empresa com dez pessoas não é coisa do outro mundo. O difícil é abrir e
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manter uma pequena ou média empresa no Brasil. A maioria das leis, voltadas para conter a
grande empresa, acaba contendo a pequena e a média.

Entre no Google e pesquise os assuntos mais tratados pelos nossos economistas e


governantes - os temas mais freqüentes são juros, inflação e câmbio. "Pequenas e médias
empresas" raramente fazem parte do temário de discussão. Ajudar a pequena e a média
empresa a crescer, nem pensar.

Estamos assistindo a uma sistemática destruição desse setor no Brasil, de roldão, de


nossa classe média. Os ricos com suas grandes empresas já não criam mais empregos e os
pobres não têm como gerá-los. Denegrir e dizimar a classe média por seus "valores
pequeno-burgueses" pode ser uma grande vitória política, mas será um enorme suicídio
econômico.

De vinte anos para cá, além de aumentarem os impostos, reduziram os prazos de


pagamento desses impostos de 120 para quinze dias. Hoje, as empresas precisam pagar
40% de sua receita ao governo antes de receber de seus clientes. O capital de giro dessas
empresas sumiu; em vez de financiar a produção, financia o governo.

Não é a economia informal que está crescendo, é a economia formal e a classe


média que vêm sendo destruídas, e rapidamente. Estudo realizado pelo Sebrae, e
apresentado por Alencar Burti, estima que 31% das pequenas empresas quebrarão até 2005.
Ou seja, não somente não irão empregar ninguém como vão desempregar aqueles que já
têm emprego.

Não é exatamente uma previsão fora de propósito, porque a grande maioria dessas
empresas não obtém lucro há mais de três anos, e 90% delas não possuem mais capital,
muito menos capital de giro. Se levarmos em conta os encargos fiscais em atraso, os Refis,
os processos trabalhistas a pagar, a maioria está com patrimônio negativo, ou seja,
encontra-se literalmente quebrada. Muitas não fecham imediatamente porque não podem
pagar os elevados custos da demissão dos funcionários. Vão levando, na esperança de que
as coisas melhorem. A maioria dos pequenos e médios empresários nem pensa mais em
crescer, mas em vender suas empresas assim que a economia melhorar.

Até recentemente, as empresas médias sobreviviam sonegando um ou outro dos 46


impostos a pagar. Sonegavam o suficiente para se manter vivas. Hoje não dá mais para
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sonegar. Ou se sonega tudo, devido ao excelente controle e amarrações entre os órgãos
arrecadadores, ou não se sonega nada. Como sonegar todos os impostos dá cadeia, e não
sonegar nenhum significa falência em alguns anos, a saída é fechar a empresa assim que for
possível.

Ainda segundo estimativas de Burti, 59% das pequenas e médias empresas fecharão
as portas em 2009. Essas estatísticas não são exageradas. O número de insolvências nesse
segmento sempre foi elevado, só que antigamente cinco novas empresas eram criadas para
cada quatro que quebravam.

Hoje não. Não vejo mais aquela vontade de ser empresário e empreendedor no
Brasil, muito pelo contrário. Entre abrir uma pequena empresa e arrumar um emprego
público, os filhos da classe média estão preferindo a opção mais segura. E eles têm razão.

Quando baixarem os juros dos empréstimos, nossos intelectuais vão descobrir que
não haverá mais classe média para tomá-los, não haverá administrador de empresas
querendo administrá-los, não haverá engenheiro querendo empregá-los.

Em sua opinião, quem tem mais condições de gerar os empregos de que este país
necessita? Nossos intelectuais, nossos economistas, nosso governo ou nossa classe média?
É uma interessante questão para ser discutida.............

Revista Veja, Editora Abril, edição 1845, ano 37, nº 11, 17 de março de 2004.

QUESTÕES PARA REFLEXÃO

1. Em que ponto a causa dos empreendimentos que encerram suas atividades é afetado
pela ausência da contabilidade?

2. Há pesquisas mostrando que quando a empresa aberta é franqueada, apenas 30%


encerram suas atividades nos primeiros cinco anos. Por que as empresas
franqueadas fecham em número menor que as demais?
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3. CIA. EMBU TECIDOS
CGC ....................
RELATÓRIO DA DIRETORIA
Prezados Acionistas,

Atendendo às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V. Sas.


as demonstrações financeiras relativas ao exercício 19X9.
Apesar de uma inflação de 500% em 19X9, tivemos um desempenho extraordinário
neste ano:
 aumentamos as vendas;
 reduzimos nossos custos drasticamente;
 houve crescimento no lucro de 10%.
O nosso Balanço Social (que destaca o valor adicionado) evidencia um cuidado
muito especial com recursos humanos, apesar da grande fatia que destinamos ao governo
em forma de impostos:
Em $ milhares
BALANÇO SOCIAL 19X8 19X9
Venda 160,00 590,00
s
( - ) Compras (60,00) (290,00)
Valor adicionado 100,00 300,00

Destino do Valor Adicionado: X8 E X9


Propaganda R$ 10 .....10%............ R$ 35 .......11,7%.........
Pessoal Administrativo R$ 10......10%........... R$ 25 ........8,3%..........
Pessoal Fábrica R$ 20 ......20%.......... R$ 55 ........18,3%........
Diretoria R$ 15 .......15%.......... R$ 60 .........20%.........
Impostos R$ 15 .......15%.......... R$ 30 ..........10%.........
Dividendos R$ 10 .......10%.......... R$ 55 ...........18,3%.....
Outros R$ 20 .......20%.......... R$ 40 ..........13,4%.......

A empresa está preocupada com a assistência médica a seus funcionários. O item


Assistência Médica está incluso em Outros no Balanço Social (valor adicionado).
24
Nós, na qualidade de presidente da empresa e principal acionista, colocamo-nos à
disposição para qualquer outro esclarecimento.
A seguir, são apresentadas as Demonstrações Financeiras da Cia. Embu.

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Em $ milhares


BALANÇO PATRIMONIAL DEMONSTRAÇÃO DO
ATIVO PASSIVO e PL RESULTADO DO
EXERCÍCIO
Data Data Receita 19X8 19X9
Bruta
19X8 19X9 19X8 19X9 Vendas 160,00 590,00
( - ) Custos 40,00 250,00
xxxx xx xx xxxx xx xx xxxx xx xx
xxxx xx xx xxxx xx xx xxxx xx xx
xxxx xx xx

Total 80,00 500,00 Total 80,00 500,00 Lucro 20,00 22,00



qui
do

Em R$ milhares

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO DEMONSTRAÇÃO DE


PL ou DEMONSTRAÇÃO DE ORIGENS E APLICAÇÃO
LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS DE RECURSOS
Data Data
19X8 19X9 19X8 19X9
Saldo Exercício Anterior - 60,00
Lucro Líquido 19X8 20,00 22,00 xxxx xx xx
( - ) Dividendos (10,00) (55,00) xxxx xx xx
Saldo Final 10,00 27,00 xxxx xx xx

Notas Explicativas
a. .......................................................................................................................................
25
b. .......................................................................................................................................
c. .......................................................................................................................................
d. .......................................................................................................................................
e. O total do nosso ativo até 30-12-X9 era de R$ 358,00. Em 31-12-X9 foi contabilizado
um acréscimo de R$ 142,00 relativo a reavaliação de um terreno cujo valor, estava
desatualizado. A empresa especializada em avaliação é a Cia. “X”, pertencente ao grupo
“M”, considerada a segunda multinacional de Auditoria.
f. ..................... g. ..................... h. ..................... i. ..................... j .....................
ASSINATURAS PARECER DA AUDITORIA
José Hermano - Examinamos as Demonstrações Financeiras
Presidente da Cia. Embu Tecidos em 31-12-X9.
José Hermano Filho - Nossos exames foram efetuados de acordo
Vice-Presidente com as normas de Auditoria geralmente
aceitas.
M. das Graças Gushman Hermano - Os valores referentes ao ano anterior foram
Superintendente auditados pelo grupo “M”.
Bartolomeu Bueno - Em nossa opinião, as demonstrações
Técnico em Contabilidade financeiras representam adequadamente a
Nº do CRC/SP 30.216 posição patrimonial e financeira da Cia.
Embu, apresentada conforme os Princípios
Contábeis.
- Ressaltamos a excelente iniciativa da
empresa em publicar também o Balanço
Social, bem como seu excelente desempenho
financeiro como conseqüência de uma
administração eficiente e democrática.
São Paulo, 27 de março de 19X0
PIRITUBA Auditoria, Consult., Planej.
CPD...S/C
J. J. Bonilha Gushman
Contador (Fictício) CRC/SP 198.392

Pede-se:

1. Você concorda que a empresa teve um bom desempenho:


26
- nas Vendas? Não, as vendas não acompanharam a inflação de 500%.
- na redução de Custo? Os custos aumentaram como a inflação e a sua
participação nas vendas é maior.
- no crescimento do Lucro? O lucro cresceu 10% e a inflação foi de 500%.
2. A empresa possui um “carinho especial” com recursos humanos? Houve progresso real
para o pessoal da fábrica e administrativo em termos salariais?
Recursos humanos 30% / 26,6% - reduziu a fatia
3. O governo realmente é a causa da redução da participação de diversos setores no valor
adicionado?
Governo 15% / 10% - caiu a participação
4. Se o governo não foi a causa, qual é efetivamente?
Diretoria/dividendos – 25% / 38,3% - aumentou a fatia
5. A empresa realmente está investindo em assistência médica a seus funcionários?
Outros – 20% / 13,4% - Provavelmente não está investindo em assistência médica

6. O auditor afirma que a empresa é “democrática”. Podemos concordar com esta


afirmação?
Não aparenta ser democrática, pois diretoria aumentou a participação.
7. O último parágrafo do Parecer de Auditoria é compatível? Reflete a realidade? Mostra
que é uma empresa de auditoria séria?
Não é séria, e sim demagógica.
8. Relacione algum item que não foi evidenciado no Relatório da Diretoria.
Benefício pessoal dos diretores.

3. ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

3.1 Estrutura do Balanço Patrimonial

O balanço apresenta a posição patrimonial e financeira de uma empresa em dado


momento. A informação que esse demonstrativo fornece é totalmente estática e, muito
provavelmente, sua estrutura se apresentará relativamente diferente algum tempo após seu
27
encerramento. No entanto, pelas relevantes informações de tendências que podem ser
extraídas de seus diversos grupos de contas, o balanço servirá como elemento de partida
indispensável para o conhecimento da situação econômica e financeira de uma empresa.

O balanço compõe-se de três partes essenciais: ativo, passivo e patrimônio líquido.


Cada uma dessas partes apresenta suas diversas contas classificadas em “grupos”, os quais,
por sua vez, são dispostos em ordem decrescente de grau de liquidez.

No ativo relacionam-se todas as aplicações de recursos efetuadas pela empresa.


Esses recursos poderão estar distribuídos em ativos circulantes, assim denominados por
apresentarem alta rotação, como: valor em caixa, valor a receber em curto prazo etc.; em
ativos realizáveis em longo prazo, e em ativos classificados como permanentes, como:
prédios, terrenos, máquinas, equipamentos etc., os quais irão servir a vários ciclos
operacionais. O ativo permanente, ainda, é subdividido em investimentos, imobilizado e
diferido.

O passivo identifica as exigibilidades e obrigações da empresa, cujos valores


encontram-se investidos nos ativos. Os recursos dos passivos são classificados como curto
prazo e longo prazo, sendo definidos, respectivamente, por passivo circulante e exigível a
longo prazo.

O patrimônio líquido é representado pela diferença entre o total do Ativo e do


Passivo em determinado momento. Identifica os recursos próprios da empresa, sendo
composto de capital social, reservas de capital, reservas de reavaliação, reservas de lucros e
lucros ou prejuízos acumulados.

Para efeito de identificação de curto prazo e longo prazo, a legislação baseou-se no


exercício social da empresa. Assim, todos os direitos e obrigações vencíveis no exercício
seguinte ao encerramento do balanço serão classificados como curto prazo. Em caso
contrário, serão considerados como longo prazo.
28
O quadro abaixo ilustra a estrutura básica do balanço de acordo com o previsto na
legislação. São apresentados os grupos patrimoniais do ativo e passivo, conforme
resumidos acima.
Estrutura Básica do Balanço Patrimonial
ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante Passivo Circulante
Disponibilidades Fornecedores
Clientes ou Duplicatas a Receber Empréstimos e Financiamentos
(-) Provisão para Devedores Duvidosos Impostos e Contribuições a Recolher
(-) Duplicatas Descontadas Contas a Pagar
Outros Valores a Receber Outros Valores a Pagar
Estoques Exigível a Longo Prazo.
Resultado do Exercício Futuros **
Ativo Realizável a Longo Prazo Patrimônio Líquido
Ativo Permanente Capital Realizado
Investimentos Reservas de Capital
Imobilizado Reservas de Lucro
Diferido Lucros ou Prejuízos Acumulados

** Só deverão constar valores recebidos que não serão em hipótese alguma devolvidos pela
empresa nem representam qualquer obrigação, por parte daquele que recebeu o valor da receita
adiantadamente, de entregar no futuro os bens e os serviços, ou o valor recebido antecipadamente.
Os recebimentos referem-se às operações que estão aguardando o decorrer do tempo, pois afetarão
o patrimônio líquido nos exercícios futuros, à medida que estas receitas forem sendo consideradas
ganhas em razão do regime de competência.
As receitas devem ser diminuídas de custos e despesas a ela correspondentes.

No entanto, a Deliberação CVM nº 488, de 03/10/2005, apresenta a seguinte


estrutura para o Balanço Patrimonial:

ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante Passivo Circulante
Disponibilidades Fornecedores
Clientes ou Duplicatas a Receber Empréstimos e Financiamentos
(-) Provisão para Devedores Duvidosos Impostos e Contribuições a Recolher
(-) Duplicatas Descontadas Contas a Pagar
Outros Valores a Receber Outros Valores a Pagar
Estoques Passivo Não Circulante
Exigível a Longo Prazo.
Ativo Não Circulante Resultado do Exercício Futuros
Ativo Realizável a Longo Prazo Patrimônio Líquido
29
Ativo Permanente Capital Realizado
Investimentos Reservas de Capital
Intangível Reservas de Lucro
Imobilizado Lucros ou Prejuízos Acumulados
Diferido

3.2 Estrutura da Demonstração do Resultado

A demonstração de resultados do exercício visa fornecer, de maneira esquematizada,


os resultados (lucro ou prejuízo) auferidos pela empresa em determinado exercício social,
os quais são transferidos para contas do patrimônio líquido. O lucro (ou prejuízo) é
resultante de receitas, custos e despesas incorridos pela empresa no período e apropriados
segundo o regime de competência, ou seja, independentemente de que tenham sido esses
valores pagos ou recebidos.
A atual legislação estabelece seqüência de apresentação dos vários elementos da
demonstração do resultado para efeitos de publicação.

Estrutura Básica da Demonstração do Resultado de Acordo com a Lei das S.A


Receita Bruta de Vendas e Serviços
(-) Deduções:
Descontos concedidos, abatimentos e devoluções
Impostos sobre vendas
(=) Receita Líquida
(-) Custos dos produtos, mercadorias ou serviços vendidos
(=) Lucro Bruto
(-) Despesas com Vendas
(-) Despesas Administrativas
(-) Despesas financeiras líquidas
(-) Outras Despesas Operacionais
(+) Outras Receitas operacionais
Lucro Operacional
(-) Despesas não operacionais
(+) Receitas não operacionais
30
(=) Lucro antes do Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro
(-) Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro
(=) Lucro Líquido do Exercício

EXERCÍCIOS
1. Uma empresa possui o seguinte patrimônio:
Caixa Bem R$ 1.300,00 Duplicatas a Pagar R$ 700,00 Bancos R$ 1.500,00
Obrigação Direito
Estoques Bem R$ 1.700,00 Móveis e Utensílios R$ 500,00 Veículos R$ 2.500,00
Bem Bem
Aluguéis a Pagar R$ 1.000,00 Aplicações R$ 300,0 Edifícios R$ 2.000,00
Obrigação Financeiras Bem
Direito
Salários a Pagar R$ 200,00 Empréstimos R$ 600,00 Terrenos R$ 900,00
Obrigação Bancários Bem
Obrigação
Financiamentos R$ 2.700,00 Ferramentas R$ 400,00
Obrigação Bem

Pede-se: a) TOTAL BENS:__9.300,00___ b) TOTAL DIREITOS: ____1.800,00____


c)TOTAL OBRIGAÇÕES:_____5.200,00___ d) PL:____5.900,00______

2. A empresa X possui um capital de terceiros que é exatamente o dobro do Patrimônio


Líquido. O capital próprio, por sua vez, é exatamente o montante de bens da empresa que é
igual a $ 1.000. Preencha o Balanço Patrimonial abaixo:
Balanço Patrimonial
Ativo P e PL
Bens (1) 1.000,00 Exigível 2.000,00
Direitos 2.000,00 Não Exigível 1.000,00
Total 3.000,00 Total 3.000,00

3. O Balanço Patrimonial
ATIVO PASSIVO e PL
31
Caixa Bem 10.000,00 Fornecedores a pagar obrig. 200.000,00
Duplicatas a receber Direito 40.000,00 Empréstimos a pagar obrig. 40.000,00
Estoques Bem 50.000,00 Salários a pagar obrig. 60.000,00
Máquinas Bem 100.000,00 Capital social PL 200.000,00
Terrenos Bem 200.000,00
Títulos a receber Direito 100.000,00
TOTAL 500.000,00 TOTAL 500.000,00

Pede-se:
a) Total de origens e aplicações 500.000,00
b) Total de capital de terceiros 300.000,00
c)Total de capital próprio 200.000,00
d) Total de bens 360.000,00
e) Total de direitos 140.000,00
f) Disponível 10.000,00
g) Patrimônio Líquido 200.000,00

4. Uma empresa possui o seguinte Patrimônio:


Caixa AC R$ 5.000,00 Estoques AC R$ 3.000,00
Terrenos AP R$ 2.000,00 Veículos AP R$ 9.000,00
Salários a Pagar PC R$ 3.000,00 Obras de Arte AP R$ 2.000,00
Encargos Sociais a Pagar PC R$ 1.500,00 Bancos AC R$ 3.000,00
Dupl.a Receber – CP AC R$ 2.000,00 Fornecedores PC R$ 1.000,00
Financiamentos – LP PELP R$ 1.000,00 Aluguéis a Receber AC R$ 1.500,00
Empréstimo Bancário – CP PC R$ 3.000,00 Ctas a Rec.a LP ARLP R$ 1.000,00
Capital Social PL R$ 10.000,00 Lucros Acumulados PL R$ 9.000,00

Pede-se, determinar o total de :


a) Ativo circulante 14.500,00 b) Ativo realizável a longo prazo 1.000,00
c) Ativo Permanente 13.000,00 d) Ativo Não Circulante 14.000,00
e) Total do ativo 28.500,00 f) Passivo circulante 8.500,00
g) Passivo Não Circulante 1.000,00 h) Passivo Exigível a longo prazo 1.000,00
i) Patrimônio líquido 19.000,00 j) Passivo + PL 28.500,00
32

5. Estruture o Balanço Patrimonial da Cia. Simétrica em 31-12- 200X


Caixa: 1.800; Fornecedores 4.000; Capital Social 10.000; Máquinas 3.000; Estoques 6.500;
Financiamentos a Pagar de Longo Prazo 7.320; Gastos Pré-Operacionais 200; Lucros
Acumulados 3.400; Duplicatas a Receber 3.400; Salários a Pagar 6.500; Participações em
Outras Empresas 7.320; Contas a Pagar 200; Prédios 4.000; Impostos a Pagar no curto
prazo 1.800; Títulos a pagar no longo prazo 3.000; e Títulos a Receber no longo prazo
10.000.
Cia. Simétrica
Balanço Patrimonial
Em $ mil
ATIVO PASSIVO
Circulante Circulante
Caixa 1.800 Fornecedores 4.000
Duplicatas a Receber 3.400 Salários a Pagar 6.500
Estoque 6.500 Contas a Pagar 200
11.700 Impostos a Pagar 1.800
Não Circulante 12.500
Realizável a Longo Prazo Não Circulante
Títulos a Receber (LP) 10.000 Exigível na Longo Prazo
Financiamentos 7.320
Permanente Títulos a Pagar 3.000
Investimentos 10.320
Participações em Outras 7.320
Empresas
Patrimônio Líquido
Imobilizado Capital Social 10.000
Máquinas 3.000 Lucros Acumulados 3.400
Prédio 4.000 13.400

Diferido
Gastos Pré-Operacionais 200
14.520
Total 36.220 Total 36.220

6. A Cia tempos modernos(fabricante de patins), recém constituída, apresenta os seguintes


dados referentes a sua fase pré-operacional:
Fase pré-operacional (até 30-9-X8)
a) Os acionistas contribuem com uma quantia inicial (Capital Social) de R$ 280.000,00 que
serão aplicados da seguinte maneira:
33
Bancos Cta Movimento 100.000,00
Caixa 10.000,00
Maq. e Equipamentos 70.000,00
GASTOS PRÉ OPERACIONAIS
280.000,00 Propaganda Institucional 50.000,00
Treinamento de Pessoal 20.000,00
Abertura da Empresa 30.000,00

b) A empresa adquire um financiamento a longo prazo do Banco de Desenvolvimento de


seu Estado, na ordem de R$ 200.000,00 para providenciar as instalações necessárias e
adquirir móveis e utensílios. Houve uma sobra de R$ 20.000,00, que a empresa aplica em
Ações da Cia. Princesa de Hong-Kong, que será sua associada.

Instalações 170.000,00
Ações 20.000,00
200.000,00
Móveis e Utensílios 10.000,00

c) A empresa adquire matéria prima a prazo, no valor de R$ 260.000,00 para iniciar a


produção de patins.
Estoques 260.000,00

Com isso a Cia Tempos Modernos está apta para iniciar sua atividade. Antes de a empresa
iniciar suas atividades, vamos estruturar seu Balanço Patrimonial.
34

Cia. Tempos Modernos


Balanço Patrimonial
ATIVO PASSIVO
Circulante Circulante
Caixa 10.000 Fornecedores 260.000
Bancos 100.000
Estoque 260.000
370.000
Não Circulante
Realizável a Longo Prazo Não Circulante
------------------------------- --------- Exigível a Longo Prazo
Financiamento 200.000
Permanente
Investimentos
Ações 20.000

Imobilizado
Instalações 170.000
Móveis e Utensílios 10.000
Máquinas e Equipamentos 70.000
250.000
Diferido
Propaganda Institucional 50.000
Treinamento Pessoal 20.000 Patrimônio Líquido
Abertura Empresa 30.000 Capital Social 280.000
100.000
Total 740.000 Total 740.000
35

7. Classificar as contas da Cia Corezzo, dentro dos seus respectivos grupos de contas:
Caixa AC 100,00 Imóveis AP - Imobilizado 2.500,00
Estoque de produtos acabados 1.200,00 Participações em outras Cias 900,00
AC AP - Investimento
Duplicatas a receber – 10 1.000,00 Títulos a receber – 10 meses 550,00
meses AC AC
Estoque de Matéria Prima 5.000,00 Aplicações Financeiras – 11 600,00
AC meses AC
Estoque de produtos em 340,00 Banco Cta Movimento AC 250,00
processo AC
Veículos AP - Imobilizado 230,00 Aplicação Financeira – 2 anos 600,00
ARLP
Contas a receber – 3 anos 660,00 Móveis e utensílios 200,00
ARLP AP - Imobilizado
Gastos pré operacionais 321,00 Imóveis alugados para terceiros 468,00
AP - Diferido AP - Investimentos
Terrenos para alugar 1.800,00 Instalações AP - Imobilizado 200,00
AP - Investimentos
Maq. e Equipamentos 600,00 Títulos a receber – 1,5 anos 4.228,00
AP - Imobilizado ARLP

8. Uma empresa possui os seguintes saldos:


Vendas R$ 10.000,00 CMV R$ 3.000,00
ICMS R$ 2.000,00 Salários R$ 2.000,00
Receitas não operacionais R$ 1.000,00 Encargos Sociais R$ 1.000,00
Pede-se: Estruturar o DRE.

Receita Bruta de Vendas 10.000,00


(-) Deduções
36
ICMS (2.000,00)
= Receita Líquida 8.000,00
(-) CMV (3.000,00)
= Lucro Bruto 5.000,00
(-) Despesas Administrativas (3.000,00)
= Lucro Operacional 2.000,00
(+) Receitas não-operacionais 1.000,00
= Lucro antes do IR 3.000,00

9. Uma empresa possui os seguintes saldos:


Vendas R$ 20.000,00 Despesas não R$ 1.000,00 CMV R$ 7.000,00
Operacionais
Salários R$ 2.500,00 Encargos Sociais R$ 1.000,00 ICMS R$ 2.000,00
Aluguéis R$ 2.000,00 Juros pagos R$ 500,00 Seguros pagos R$ 500,00
Propagandas R$ 1.500,00 Receitas não R$ 1.000,00 Devoluções R$ 500,00
Operacionais
Pede-se: Estruturar o DRE.
Receita Bruta de Vendas 20.000,00
(-) Deduções
ICMS (2.000,00)
Devoluções (500,00)
= Receita Líquida 17.500,00
(-) CMV (7.000,00)
= Lucro Bruto 10.500,00
(-) Despesas com vendas (1.500,00)
(-) Despesas Administrativas (6.000,00)
(-) Despesas Financeiras (500,00)
= Lucro Operacional 2.500,00
(-) Despesas não-operacionais 1.000,00
(+) Receitas não-operacionais 1.000,00
= Lucro antes do IR 2.500,00

10. Julgue os itens a seguir (certo ou errado)

No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que


registrem e agrupadas de modo a facilitar tanto o conhecimento quanto a análise da situação
financeira da companhia. CERTO

O balanço é composto de três elementos básicos: ativo, passivo e patrimônio líquido (PL).
O ativo é dividido em circulante, realizável a longo prazo e diferido; o passivo, em
circulante e exigível a longo prazo; e o PL, em capital social, reservas e lucros ou prejuízos
acumulados. ERRADO
37

Classificam-se no grupo Resultados de Exercícios Futuros-REF, os valores recebidos


líquidos que, pelo regime de competência, ainda não tenham sido incorporados ao
patrimônio líquido, como os aluguéis recebidos antecipadamente e os adiantamentos
recebidos de clientes para futura entrega de mercadorias ou serviços. ERRADO

O grau de evidenciação das demonstrações contábeis deve propiciar o suficiente


entendimento do que cumpre demonstrar, inclusive com o uso de notas explicativas que,
entretanto, não poderão substituir o que é intrínseco às demonstrações. CERTO

4. PADRONIZAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

As demonstrações financeiras devem ser preparadas para a análise, da mesma forma


que um paciente que vai submeter-se a exames médicos.

Padronização consiste numa crítica às contas das demonstrações financeiras, bem


como na transcrição delas para um modelo previamente definido.

A Padronização é feita pelos seguintes motivos:

Simplificação - Um balanço apresentado segundo a Lei 6404/76, compreende cerca


de 60 contas. Isso dificulta a visualização do balanço como um todo.

Comparabilidade – Com exceção das companhias que operam em ramo onde


exista um plano de contas legal obrigatório (como acontece com bancos, seguradoras etc),
toda empresa tem seu próprio plano de contas, com maior ou menor grau de detalhes e com
títulos de contas em que é difícil descobrir a origem. Como a análise se baseia em
comparação, só faz sentido analisar um balanço após o seu enquadramento num modelo
que permita comparação com outros balanços.

Adequação aos objetivos da análise – Há pelo menos uma conta a ser classificada:
Duplicatas Descontadas; do ponto de vista contábil, é uma dedução de Duplicatas a receber;
do ponto de vista de financiamentos, porém, é um recurso tomado pela empresa junto aos
bancos, devido à insuficiência de recursos próprios. Em nada se distingue de empréstimos
38
bancários, do ponto de vista financeiro. Por isso, as Duplicatas Descontadas devem figurar
no Passivo Circulante.

Precisão nas classificações de contas – É freqüente encontrarem-se balanço


patrimonial e demonstrações de resultados com falhas nas classificações de contas, como
por exemplo, certos investimentos de caráter permanente que aparecem no Ativo
Circulante, despesas do próprio exercício que figuram como Despesas do Exercício
seguinte etc.

Descoberta de Erros – Há casos de erros, intencionais ou não, verificados nas


demonstrações financeiras. Exemplo:
 Estoques finais ou iniciais da Demonstração do Resultado do Exercício não
coincidem com os estoques dos balanços.
 Provisão para devedores duvidosos do balanço não coincide com a que foi
constituída na Demonstração de resultado do exercício.
 Impossível conciliar o Patrimônio Líquido Final com os resultados do exercício
mais o Patrimônio líquido Inicial.

Nos casos acima, deve-se desconfiar da veracidade das demonstrações financeiras e


suspender a análise até que se esclareçam as dúvidas.

Na prática, uma padronização rigorosa deveria sempre ser precedida da elaboração


de um Fluxo de Caixa porque este tem a virtude de mostrar a coerência entre dois balanços
e a demonstração de resultado, descobrindo qualquer eventual falsificação de uma dessas
peças.

Intimidade do analista com as demonstrações financeiras da Empresa – a


padronização obriga o analista a pensar em cada conta das demonstrações financeiras e a
decidir sobre sua consistência com outras contas.

4.1 Modelo de Padronização

As principais características desse modelo de padronização são:


39
 O Ativo apresenta apenas as contas essenciais como: Disponibilidades; Aplicações
Financeiras, Duplicatas a Receber Líquida; Estoques; Despesas Antecipadas;
Investimentos; Imobilizado e Diferido líquido.
 O Passivo Circulante é dividido em Operacional e Financeiro, sendo que as
“duplicatas descontadas” fazem parte deste último.
 No lado do Passivo, acha-se um subtotal representado por Capitais de Terceiros
(Passivo Circulante mais Passivo Exigível a Longo Prazo).
 Por representar recursos próprios da empresa, o grupo “resultado de exercícios
futuros” se incorpora geralmente ao do “patrimônio líquido”.
 No Patrimônio Líquido aparecem apenas o “Capital Social” já deduzido de
eventuais “Capital a Realizar” e somado às “Reservas”.
 A “Demonstração de Resultado” evidencia apenas os valores fundamentais para
análise.
 A Receita Líquida de Vendas está deduzida das “Devoluções e Abatimentos” e
“Impostos”.

BALANÇO PATRIMONIAL
MODELO DE PADRONIZAÇÃO
BALANÇOS FINDOS EM:
31/12/ 31/12/
VA AV AH VA AV AH
ATIVO
CIRCULANTE
FINANCEIRO
 Disponível
 Aplicações Financeiras
SOMA
OPERACIONAL
 Clientes
 Estoques
 Outros Créditos
40
SOMA
Total do Ativo Circulante
NÃO CIRCULANTE
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
PERMANENTE
 Investimentos
 Imobilizado
 Intangível
 Diferido
Total do Ativo Permanente
Total do Ativo Não Circulante
TOTAL DO ATIVO

Legenda: VA = Valores Absolutos; AV = Análise Vertical; AH = Análise Horizontal.


PASSIVO
CIRCULANTE
OPERACIONAL
 Fornecedores
 Outras Obrigações
SOMA
FINANCEIRO
 Empréstimos Bancários
 Duplicatas Descontadas
SOMA
Total do Passivo Circulante
NÃO CIRCULANTE
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
Total do Passivo não circulante
CAPITAIS DE TERCEIROS
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
 Capital e Reservas
 Lucros Acumulados
Total do Patrimônio Líquido
TOTAL DO PASSIVO
Legenda: VA = Valores Absolutos; AV = Análise Vertical; AH = Análise Horizontal.

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO


MODELO DE PADRONIZAÇÃO
Demonstração do Resultado do Exercício Findo Em:
31/12/ 31/12
VA AV AH VA AV AH
RECEITA LÍQUIDA
(-) Custo dos Produtos Vendidos
= Lucro Bruto
(-) Despesas Operacionais
41
(+/-) Outras Rec./Desp. Operacionais
= LUCRO OPERACIONAL
(antes dos resultados financeiros)
(+) Receitas Financeiras
(-) Despesas Financeiras
= Lucro Operacional
(+/-) Resultado não Operacional
= LUCRO ANTES DO IRPJ e CSLL
LUCRO LÍQUIDO
Legenda: VA = Valores Absolutos; AV = Análise Vertical; AH = Análise Horizontal.

5 INDICADORES FINANCEIROS E ECONÔMICOS

5.1 Introdução

A análise de balanços encontra seu ponto mais importante no cálculo e avaliação do


significado de quocientes, relacionando principalmente itens e grupos do Balanço e da
Demonstração de Resultado.

A técnica de análise financeira por quocientes é um dos mais importantes


desenvolvimentos da contabilidade, pois é muito mais indicado comparar, digamos, o ativo
circulante com o passivo circulante do que simplesmente analisar cada um dos elementos
individualmente.

O analista externo à empresa normalmente estará apenas de posse dos balanços,


demonstrativos operacionais e outras poucas informações adicionais, ao passo que o
analista interno poderá dispor dos detalhes somente encontrados nos registros analíticos da
empresa.

O uso de quocientes ou índices tem como finalidade principal permitir ao analista


extrair tendências e comparar os quocientes com padrões preestabelecidos. A finalidade da
análise é, mais do que retratar o que aconteceu no passado, fornecer algumas bases para
inferir o que poderá acontecer no futuro.
42
Portanto, Índice é a relação entre contas ou grupo de contas das Demonstrações
Financeiras, que visa evidenciar determinado aspecto da situação econômica ou financeira
de uma empresa.

Os índices constituem a técnica de análise mais empregada. Muitas vezes na prática,


ou mesmo em alguns livros, confunde-se Análise de Balanços com extração de índices. A
característica fundamental dos índices é fornecer visão ampla da situação econômica ou
financeira da empresa.

Este tópico engloba os relacionamentos entre contas do balanço que refletem uma
situação estática de posição de liquidez ou o relacionamento entre fontes diferenciadas de
capital. Conquanto de importância, como todos os quocientes ou grupos de quocientes,
perdem em significação se não forem analisados em conjunto com outros grupos. No caso
específico, os quocientes de rentabilidade e de atividade têm, ao longo dos anos, um efeito
muito grande sobre os de liquidez. Já no que se refere à posição de endividamento, muitas
vezes ela é o foco inicial de uma boa ou má situação de rentabilidade futura. Na verdade,
liquidez e rentabilidade interagem uma sobre a outra, levando a uma determinada
configuração empresarial.

5.2 Principais Quocientes ou Índice de Estrutura.

5.2.1 Participação de Capitais de Terceiros:


Fórmula: (Capitais de Terceiros/Patrimônio Líquido) x 100
Indica: Quanto à empresa tomou de capitais de terceiros para cada R$ 100,00 de
capital próprio investido.
Interpretação: Quanto menor, melhor.
43

Este quociente é um dos mais utilizados para retratar o posicionamento das


empresas com relação aos capitais de terceiros. Grande parte das empresas que vão a
falência apresenta, durante um período relativamente longo, altos quocientes de Capitais de
Terceiros/Capitais Próprios. Isto não significa que uma empresa com um alto quociente
necessariamente irá à falência, mas todas ou quase todas as empresas que vão à falência
apresentam este sintoma. Daí o cuidado que deve ser tomado com relação à projeção de
captação de recursos quando vislumbramos uma necessidade ou uma oportunidade de
expansão.

5.2.2 Composição de Participação das Dívidas de Curto Prazo sobre o


Endividamento total ou Composição de Endividamento:

Fórmula: (Passivo Circulante /Capitais de Terceiros) x 100


Indica: Qual o percentual de obrigações de curto prazo em relação às obrigações
totais.
Interpretação: Quanto menor, melhor.

Representa a composição do Endividamento Total ou qual a parcela que se vence no


curto prazo, no endividamento total.
A empresa em franca expansão deve procurar financiá-la, em grande parte com
endividamento de longo prazo, de forma que à medida que ela ganhe capacidade
operacional adicional com a entrada em funcionamento dos novos equipamentos e outros
recursos de produção, tenha condições de começar a amortizar suas dívidas.

5.2.3 Imobilização do Patrimônio Líquido


Formula: (Ativo Permanente /Patrimônio Líquido) x 100
Indica: Quanto a empresa aplicou no Ativo Permanente para cada R$ 100,00 de
Patrimônio Líquido.
44
Interpretação: Quanto menor, melhor.

Este índice envolve importantes decisões estratégicas da empresa, quanto à


expansão, compra, aluguel ou leasing de equipamentos. São os investimentos que
caracterizam o risco da atividade empresarial.
O ideal em termos financeiros é a empresa dispor do Patrimônio Líquido suficiente
para cobrir o Ativo Permanente e ainda sobrar uma parcela – CCP Capital Circulante
Próprio – suficiente para financiar o Ativo Circulante.

5.2.4 Imobilização dos Recursos não Correntes


Fórmula: [AP / (PL + ELP)] x 100
Indica: que percentual de Recursos não Correntes a empresa aplicou no Ativo
Permanente.
Interpretação: Quanto menor, melhor.

Os elementos do Ativo Permanente têm vida útil que pode ser de 2, 5, 10 ou 50


anos. Assim, não é necessário financiar todo o imobilizado com recursos próprios. É
perfeitamente possível utilizar recursos de longo prazo, desde que o prazo seja compatível
com o de duração do imobilizado ou então que o prazo seja suficiente para a empresa gerar
recursos capazes de resgatar as dívidas de longo prazo. Daí a lógica de comparar as
aplicações fixas (Ativo Permanente) com os Recursos não Correntes (Patrimônio Líquido +
Exigível a Longo Prazo).

5.3 Principais Quocientes ou Índices de Liquidez

5.3.1 Introdução
45
Os índices de liquidez não são índices extraídos do fluxo de caixa que comparam as
entradas com as saídas de dinheiro. São índices que, a partir do confronto dos Ativos
Circulantes com as Dívidas, procuraram medir quão sólida é a base financeira da empresa.
Uma empresa com bons índices de liquidez tem condições de ter boa capacidade de pagar
suas dívidas, mas não estará, obrigatoriamente, pagando suas dívidas em dia em função de
outras variáveis como prazo, renovação de dívidas etc.

5.3.2 Liquidez Geral

Formula: [(Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo) / (Passivo Circulante +


Exigível a Longo Prazo)].
Indica: Quanto a empresa possui no Ativo Circulante e Realizável a Longo Prazo
para cada R$ 1,00 de dívida total.
Interpretação: Quanto maior, melhor.

Este quociente serve para detectar a saúde financeira (no que se refere à liquidez) de
longo prazo do empreendimento.

5.3.3 Liquidez Corrente

Formula: Ativo Circulante / Passivo Circulante


Indica: Quanto a empresa possui no Ativo Circulante para cada R$ 1,00 de Passivo
Circulante.
Interpretação: Quanto maior, melhor.

Este quociente relaciona quantos reais dispomos imediatamente disponíveis e


conversíveis em certos prazos em dinheiro, com relação às dívidas de curto prazo. É um
índice muito divulgado e freqüentemente considerado como o melhor indicador da situação
de liquidez da empresa.
46
5.3.4 Liquidez Seca

Formula: [Ativo Circulante – Estoques ] / Passivo Circulante.


Indica: Quanto a empresa possui de Ativo Líquido para cada R$ 1,00 de Passivo
Circulante (dívida de curto prazo).
Interpretação: Quanto maior, melhor.

Está é uma variante muito adequada para se avaliar conservadoramente a situação


de liquidez da empresa. Eliminando-se os estoques, estamos eliminando uma fonte de
incerteza. Por outro lado estamos eliminando as influências e distorções que a adoção deste
ou daquele critério de avaliação de estoques poderia acarretar, principalmente se os critérios
forem mudados ao longo dos períodos.

5.3.5 Liquidez Imediata

Formula: Disponibilidades / Passivo Circulante.


Indica: Quanto a empresa possui imediatamente para cada R$ 1,00 de Passivo
Circulante (dívida de curto prazo).
Interpretação: Quanto maior, melhor.

Para efeitos de análise, é um índice sem muito realce, pois relacionamos


dinheiro disponível com valores, que vencerão em datas as mais variadas possíveis,
embora em curto prazo. Assim, temos contas que vencerão daqui a cinco ou dez
dias, como também temos as que vencerão daqui a 360 dias, e que não se
relacionam com a disponibilidade imediata.

5.4 - Análise de Rentabilidade


47
5.4.1 Introdução

Expressar a rentabilidade em termos absolutos tem uma utilidade informativa


bastante reduzida. De maneira geral, portanto, devemos relacionar um lucro de um
empreendimento com algum valor que expresse a dimensão relativa do mesmo, para
analisar quão bem se saiu a empresa em determinado período. O melhor conceito de
dimensão poderá ser ora volume de vendas, ora valor do ativo total, ora valor do patrimônio
líquido, ou valor do ativo operacional, dependendo da aplicação que fizermos.

5.4.2 Giro do Ativo

Fórmula: Vendas Líquidas / Ativo


Indica: Quanto a empresa vendeu para cada R$ 1,00 de investimento total.
Interpretação: Quanto maior, melhor.

Este índice mede o volume de vendas da empresa em relação ao total investido

5.4.3 Margem Líquida

Formula: [Lucro Líquido / Vendas Líquidas] x 100


Indica: Quanto a empresa obtém de lucro líquido para cada R$ 100,00 vendidos.
Interpretação: Quanto maior, melhor.

Este coeficiente, apesar dos esforços constantes para melhorá-lo, comprimindo


despesas e aumentando a eficiência, apresenta-se baixo ou alto de acordo com o tipo de
empreendimento. Por exemplo, normalmente a indústria automobilística (ou de refino de
petróleo) tem margens pequenas e valor de venda muito alto. O inverso pode ocorrer para
pequenos negócios comerciais, industriais etc.

5.4.4 Rentabilidade do Ativo


48
Fórmula: (Lucro Líquido / Ativo) x 100
Indica: Quanto à empresa obtém de lucro para cada R$ 100 de investimento total.
Interpretação: Quanto maior, melhor.

Este índice mostra quanto a empresa obteve de Lucro Líquido em relação ao Ativo.
É uma medida do potencial de geração de lucro da parte da empresa. É uma medida da
capacidade da empresa em gerar lucro líquido e assim poder capitalizar-se. É ainda uma
medida do desempenho comparativo da empresa ano a ano.

5.4.5 Rentabilidade do Patrimônio Líquido

Fórmula: (Lucro Líquido / Patrimônio Líquido) x 100


Indica: Quanto a empresa obteve de lucro para cada R$ 100 de Capital Próprio
investido.
Interpretação: Quanto maior, melhor.

O papel do índice da rentabilidade do patrimônio líquido é mostrar qual a taxa de


rendimento do Capital Próprio. Essa taxa pode ser comparada com a de outros rendimentos
alternativos no mercado, como Caderneta de Poupança, CDBs, Letras de Câmbio, Ações,
Aluguéis, Fundos de Investimentos etc. Com isso se pode avaliar se a empresa oferece
rentabilidade superior ou inferior a essas ações.
49
6 ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL

6.1 Análise Horizontal

Baseia-se na evolução de cada conta de uma série de demonstrações financeiras em


relação à demonstração anterior e/ ou em relação a uma demonstração financeira básica,
geralmente a mais antiga da série.

6.2 Análise Vertical

A Análise Vertical é também um processo comparativo, expresso em porcentagem,


que se aplica ao se relacionar uma conta ou grupo de contas com um valor afim ou
relacionável, identificado no mesmo demonstrativo.
Dessa forma, dispondo-se dos valores absolutos em forma vertical, pode-se apurar
facilmente a participação relativa de cada item contábil no ativo, no passivo ou na
demonstração de resultados, e sua evolução no tempo.

6.3 Objetivos da análise vertical / horizontal

Em termos genéricos, os objetivos são os seguintes:


 Análise vertical: mostrar a importância de cada conta em relação à demonstração
financeira a que pertence e, através da comparação com padrões do ramo ou com
percentuais da própria empresa em anos anteriores, permitir inferir se há itens fora
das proporções normais.
 Análise horizontal: mostrar a evolução de cada conta das demonstrações
financeiras e, pela comparação entre si, permitir tirar conclusões sobre a evolução
da empresa.
50
6.4 Como a inflação afeta a análise vertical / horizontal.

A análise vertical, em termos práticos, não é afetada pela inflação, porque nela são
relacionados dois valores de uma mesma demonstração financeira; portanto, encontram-se
em moeda de uma mesma data.
Ao dividir, por exemplo, o ativo circulante pelo ativo total encontra-se um
percentual dado por dois valores que se acham, em tese, em moeda da data de encerramento
do balanço. Esse percentual é um número puro que, portanto, é plenamente comparável
com os percentuais de anos seguintes ou anteriores.
É diferente o que ocorre com a análise horizontal. Nela são comparados valores de
um mesmo item em anos sucessivos; portanto, em moeda de diferente poder aquisitivo.
Para obter conclusões adequadas da análise horizontal é necessário eliminar as
variações devidas à inflação, o que poderá ser feito convertendo-se todos os valores à
moeda de uma mesma data. Normalmente corrigem-se os valores das demonstrações
financeiras para a moeda do último exercício, pois por estar este mais próximo da data das
análises, proporciona melhor noção dos valores de demonstrações financeiras anteriores em
termos do seu significado hoje.

EXERCÍCIOS

1. Em janeiro de 2006, a Cia Beta, com um ativo circulante de R$ 180.000,00, apurou o


Ìndice de Liquidez corrente (ILC) de 1,5. Na mesma data, antes de qualquer outra operação,
fez a aquisição de mercadorias para revenda a prazo, para pagamento nos próximos 60 dias,
no valor de R$ 30.000,00. Concluída a operação, o Índice de Liquidez corrente da Cia Beta
será:

a) 1,20
b) 1,25
c) 1,30
d) 1,40
e) 1,50
51

2. Extraíram-se das demonstrações contábeis da Cia. Monte Alegre os seguintes dados:

GRUPO DE CONTAS EXERCÍCIO 2004 EXERCÍCIO 2005


Ativo Total 250.000,00 300.000,00
Passivo Circulante 75.000,00 110.000,00
Passivo Exigível a Longo Prazo 35.000,00 60.000,00
Com base exclusivamente nesses dados, pode-se afirmar que a variação do Índice de
Participação de Terceiros (PCT), em relação ao capital próprio, entre 2004 e 2005, foi:
a) 78,57%
b) 66,44%
c) 50,00%
d) 30,77%
e) 25,73%

3. A Cia. Serra Negra Ltda. apresentou o Balanço Patrimonial abaixo em 31 de dezembro


de 2005.
ATIVO PASSIVO
Disponível 200,00 Fornecedores 200,00
Valores a receber 150,00 Contas a pagar 100,00
Estoques 100,00 Passivo Circulante 300,00
Ativo Circulante 450,00 Exigível Longo Prazo 200,00
Realizável Longo Prazo 50,00 Capital 500,00
Investimentos 150,00 Reservas 100,00
Imobilizado 350,00 Lucros Acumulados 100,00
Diferido 200,00 Patrimônio Líquido 700,00
Ativo Permanente 700,00
Total do Ativo 1.200,00 Total do Passivo 1.200,00
Com base nos dados acima, pode-se afirmar que o índice de imobilização do capital
próprio, em reais, foi de:
a) 0,50
b) 0,75
c) 1,00
d) 1,25
e) 2,00

4. Uma empresa tem patrimônio líquido de R$ 230.000,00 realizável e exigível a longo


prazo, com saldo igual a zero; obrigações para com terceiros de curto prazo, montando a R$
120.000,00 e capital circulante líquido positivo de R$ 20.000,00.
Considerando-se exclusivamente essas informações, o montante do ativo permanente, em
reais, será:
a) 450.000,00
b) 430.000,00
c) 240.000,00
d) 230.000,00
e) 210.000,00
52

5. Foram extraídos, da análise de demonstrações contábeis da Cia Brasília, os seguintes


dados:

ÍNDICES 2004 2005


Liquidez Geral 1,18 0,88
Liquidez Corrente 1,46 1,61

Com base exclusivamente nessas informações, pode-se afirmar que a empresa está:

a) Melhorando o perfil de liquidez geral entre 2004 e 2005.

b) Dependendo de geração futura de recursos para liquidar suas dívidas totais, em 2005.

c) Dependendo de geração futura de recursos para liquidar suas dívidas de curto prazo, em
2005.

d) Comprometida com dívidas, destinando metade do capital total da empresa para liquidar
suas dívidas, em 2005.

e) Impossibilitada de pagar suas dívidas de curto ou de longo prazo, em 2005, sem utilizar
empréstimos de curto prazo.

“PARA UMA VERDADEIRA TRANSFORMAÇÃO INTERNA É PRECISO


REALIZAR UM ESFORÇO CONTINUADO. TRATA-SE DE UM
PROCESSO GRADUAL. NÃO HÁ FORMA DE SE SOBREPOR AOS
FATORES ESSENCIAIS: DETERMINAÇÃO, ESFORÇO E TEMPO SÃO
AS AUTÊNTICAS CHAVES DA FELIDADE.”

DALAI LAMA

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