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CAMPUS DE CURITIBA
E DE MATERIAIS - PPGEM
DISSERTAÇÃO
CURITIBA
2009
MOZART MARCOS MARMENTINI
CURITIBA
DEZEMBRO - 2009
TERMO DE APROVAÇÃO
_________________________________
Prof. Giuseppe Pintaúde, D. Eng.
Coordenador do Curso
Banca Examinadora
______________________________ ______________________________
Profa. Izabel Fernanda Machado, D. Eng. Prof. Carlos Cziulik, Ph.D.
(USP) (UTFPR)
______________________________ ______________________________
Prof. Julio Cesar Klein das Neves, D. Eng. Prof. Paulo André de Camargo
(UTFPR) Beltrão, Ph.D. (UTFPR)
AGRADECIMENTOS
Aos meus orientadores, Paulo André de Camargo Beltrão e Giuseppe Pintaúde, pela
oportunidade e orientação no desenvolvimento deste estudo.
À Tupy S/A., principalmente ao Dr. Wilson Luiz Guesser, pelo fornecimento dos corpos-de-
prova em ferro fundido.
À Fersart Ferramentas Ltda, principalmente ao Sr. Egberto Sartori, pelas afiações das
brocas.
Ao aluno de iniciação científica João Fedevjcyk, pelo auxílio nos ensaios de materiais;
A minha querida família, pela compreensão nos momentos de ausência em que estava
dedicado a este estudo.
v
RESUMO
ABSTRACT
In search for constant improvement in the cutting tools life, many investigations have
been conducted to improve the material, the cutting geometry or to modify the
properties of the tool surface. One present trend among the industries is the use of
carbide tools, which are employed for different kinds of materials and several types of
machining operations. In processing materials of difficult machinability and in special
conditions of machining, as in the deep drilling with interrupted cut, the use of carbide
tools is not most recommended, because it has low toughness and low bend
strength. In this cases, the nitrided HSS drills can be better, because the nitriding
process improve the mechanical properties in surface, make better the wear
resistance, while drill core maintain tough. This work proposes a new application field
to nitrided drills. For this, the process of drilling of the ductile cast iron was done
using drill HSS M2 nitrided and carbide in special condition of interrupted cut. Some
of the factors influences were exanimate such as: nitrided layer, cutting speed, feed
rate, microstructure of the workpiece material and angle of the drill tip on the surface
finishing and geometry of the drilled holes. By the monitoring the cutting forces and
surface finishing of the drilled holes it was possible to compare the performance of
M2 drills with and without nitrided with carbide tools. The obtained results show that
the nitrited drills present lower levels of flank wear in comparison to the other ones.
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
Tabela 2.1 – Composição química do aço rápido M2, segundo ISO/DIN – 4957
(STEMMER, 2001)................................................................................21
Tabela 2.2 – Composição química básica dos ferros fundidos nodulares
(CHIAVERINNI, 2008)..........................................................................34
Tabela 2.3 – Classificação do ferro fundido nodular segundo norma ABNT P-EB 585
(CHIAVERINNI, 2008)..........................................................................39
Tabela 3.1 – Composição química do ferro fundido nodular utilizado........................46
Tabela 3.2 – Fatores e níveis utilizados nos ensaios................................................ 53
Tabela 3.3 – Arranjo ortogonal para os fatores em estudo…………………………....54
Tabela 4.1 – ANOVA para os valores de microdureza dos ciclos de nitretação........76
xii
SUMÁRIO
RESUMO......................................................................................................................v
ABSTRACT..................................................................................................................vi
LISTA DE FIGURAS.................................................................................................. vii
LISTA DE TABELAS....................................................................................................xi
LISTA DE ABREVEATURAS E SIGLAS....................................................................xiv
LISTA DE SIMBOLOS................................................................................................xv
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................01
1.1 Objetivos da dissertação.................................................................................03
1.1.1 Objetivo geral .........................................................................................03
1.1.2 Objetivos específicos............................................................................. 03
1.2 Organização da dissertação............................................................................03
REFERÊNCIAS........................................................................................................107
xiv
LISTA DE SÍMBOLOS
HB – Dureza Brinell
α – Ângulo de incidência
β – Ângulo de cunha
γ – Ângulo de saída
ξ – Ângulo de quina
σ – Ângulo de ponta
ψ – Ângulo do gume transversal
rε – Raio de quina
HRC – Dureza Rockwell C
HRA – Dureza Rockwell A
VB – Desgaste de flanco
Km – Desgaste de cratera
W – Desgaste de quina
Ct – Desgaste do gume transversal
Cm – Desgaste do gume transversal
Mw – Desgaste da guia lateral
Fa – Força de avanço
Fc – Força de corte
Fe – Força resultante de corte efetiva
Fp – Força passiva
Vc – Velocidade de corte [m/min]
Ve – Velocidade de corte efetiva
Vf – Velocidade de avanço [mm/min]
Mf – Momento torsor [N.m]
f – Avanço [mm/rot]
Kc – Pressão específica de corte [N/mm²]
Nc – Potência de corte [CV]
Nf – Potência de avanço [CV]
PC – Potencia de corte [kW]
η - Rendimento
γ’ – Nitretos do tipo Fe4N
ε - Nitretos do tipo Fe2N1-x
xvi
LISTA DE SÍMBOLOS
1 INTRODUÇÃO
1
Segundo Stemmer (2001), cortes interrompidos, ocorrem em operações de usinagem onde o contato entre a
ferramenta e a peça ocorre de maneira intermitente, como no caso do torneamento de um cilindro com ranhura
longitudinal. O impacto conduzirá a uma falha mais rápida, principalmente se o material da ferramenta for frágil.
2
incidência, obtidos por uma afiação adequada, definida pelo tipo de material e
avanços utilizados (DINIZ et al., 2003).
Figura 2.6 – Ângulos de ponta para furos profundos e para alguns tipos de materiais
(STEMMER,1995).
Pode ser visualizada uma queda abrupta no valor de dureza do aço rápido a
partir de 500 ºC. Segundo ASM (1995), a dureza a quente é uma propriedade que o
material possui de manter elevada dureza em elevadas temperaturas. No caso dos
aços rápidos, com a adição dos teores dos elementos de liga: V, W e Co, têm-se
uma melhora na propriedade do material, mantendo sua dureza em temperaturas
mais elevadas.
13
2.3.2 Abrasão
2.3.3 Adesão
2.3.4 Difusão
2.3.5 Oxidação
Figura 2.11 – Evolução do desgaste em brocas helicoidais: (1) desgaste inicial; (2)
desgaste leve – regular; (3) desgaste moderado por microlascamentos; (4) desgaste
severo; e (5) colapso (BARBOSA, 2009).
Legenda:
Fa – Força de avanço;
Fc – Força de corte;
Fp – Força passiva;
Fr – Força resultante.
Segundo Diniz, et al. (2002), durante o corte, uma broca helicoidal é submetida
a esforços de torção devido à rotação da broca e a esforços de compressão, devido
ao avanço da ferramenta. Deste modo, para determinar os esforços de um processo
de furação, basta calcular o momento torsor e a força de avanço. O momento torsor
pode ser medido diretamente através de um dinamômetro na peça ou na ferramenta,
podendo ser expresso através da Eq. 2.1:
18
Fc × D f × D2
Mf = = Kc × [N .m] Eq. 2.1
2000 8000
Onde:
Fc: força de corte [N];
D: diâmetro da broca [mm];
f: avanço [mm/rot];
Kc: pressão específica de corte [N/mm²].
Fc × Vc
Nc = [CV ] Eq. 2.2
60 × 75
Ff × Vf
Nf = [CV ] Eq. 2.3
1000 × 60 × 75
Ne = Nc + Nf Eq. 2.4
Nc
Nm = Eq. 2.5
η
19
Mt × 2 × π × n Mt × n
Pc = = [kW ] Eq. 2.6
60000 9549
A tabela 2.1 apresenta a composição química dos aços rápidos mais comuns,
utilizados na fabricação de ferramentas de corte e em destaque o aço rápido M2.
21
desgaste. Apesar de apresentar maior dureza que a fase γ’ (Fe4N), apresenta menor
ductilidade (ibidem).
O nitrogênio pode reagir com o ferro e outros elementos de liga presentes na
superfície do aço, formando uma camada externa, denominada camada composta.
Os elementos de liga, (Cr, Al, Ti, Si, Mo, V, Mn, W, entre outros) presentes nos aços
são de fundamental importância na determinação da característica e comportamento
da camada nitretada, pois são eles os elementos formadores dos nitretos (MUÑOZ
et al., 2006).
A camada composta (camada branca) é encontrada na superfície com
espessura de alguns micrometros. Na zona de difusão, os átomos de nitrogênio
podem estar instersticialmente dissolvidos, ou precipitados como carbonitretos dos
principais elementos da liga (ROCHA et al., 2003).
A camada composta, melhora as propriedades de desgaste por deslizamento
devido ao aumento na dureza superficial e a redução do coeficiente de atrito,
enquanto que a zona de difusão melhora a resistência à fadiga do componente. A
camada nitretada melhora também a resistência à corrosão e a oxidação dos
componentes nitretados (MUÑOZ et al., 2006; LESKOVŠEK et al., 2007).
Tais melhorias nas propriedades mecânicas e térmicas (oxidação) das
camadas nitretadas ocorrem devido às elevadas tensões residuais superficiais, que
são geradas pelos gradientes de composição química, campos de tensão ao redor
dos precipitados, mudanças de volume e efeitos térmicos (ROCHA et al., 2003).
Por melhorar o desempenho em aplicações de engenharia, é crucial o controle
da formação da camada nitretada e sua espessura, a qual pode ser realizada
através do controle dos parâmetros de nitretação (MUÑOZ et al., 2006).
Segundo Reis (2007), é possível relacionar a profundidade da camada nitretada
com o tempo de nitretação através da relação da Eq. 2.8:
onde:
• D é o coeficiente de difusão (m²/s);
• t é o tempo (s).
26
− Qd
D = D0 exp Eq. 2.9
RT
onde:
• D0 é uma constante pré-exponencial independente da temperatura (m²/s);
• Qd é a energia de ativação para a difusão (J/mol, cal/mol, eV/átomo);
• R é a constante dos gases (8,31 J/mol-K, 1,987 cal/mol-K, 8,62 x 10-5
eV/átomo);
• T é a temperatura absoluta (K).
Qd 1
ln D = ln D0 − Eq. 2.10
R T
Qd 1
log D = log D0 − Eq. 2.11
2,3R T
uma vez que D0, Qd e R são valores constantes, a equação (2.11) assume a forma
da equação de uma reta:
y = b + mx Eq. 2.12
2
Segundo ASM (1991a), os processos convencionais de nitretação, utilizam pressões entre 14 e 105 kPa para o
abastecimento do gás amônia no forno de nitretação.
29
O processo de nitretação por plasma, caracteriza-se por ser mais caro, devido
ao consumo de energia elétrica, pois trabalha com descargas elétricas elevadas,
com voltagens entre 700 e 1500 V. A difusão do nitrogênio ocorre com taxa mais
elevada, favorecendo a formação de superfícies mais ásperas, podendo também
apresentar nitretos frágeis. A distribuição da camada nitretada não é homogênea,
pois depende fortemente da geometria da peça, devido à elevada densidade de
corrente do plasma que ocorre nos cantos, elevando ainda mais a absorção de
nitrogênio na região. O processo de nitretação sob baixa pressão é um processo
mais barato por não utilizar elevadas voltagens de corrente elétrica, possui melhor
controle da espessura da camada nitretada, mesmo em peças com geometrias
delgadas (MANDL et al., 1998; KWIETNIEWSKI et al., 2004; UEDA et al., 2004).
Nayal et al. (1999), obtiveram o perfil de microdureza em amostras de aço
rápido M2 nitretadas e relacionou-o com a distribuição de penetração do nitrogênio
na camada superficial. Esta comparação pode ser observada na figura 2.21.
32
Figura 2.22 – Precipitação nos contornos de grão observados nos cantos das
ferramentas nitretadas a 500 oC (KWIETNIEWSKI et al., 2004).
O ferro fundido nodular, também conhecido como ferro fundido dúctil, é obtido
pela adição controlada de pequena quantidade de magnésio ou cério no ferro
fundido de alto carbono em estado líquido, de modo a produzir a forma desejada de
grafita e contrabalancear o efeito de alguns elementos de liga indesejáveis tais como
o titânio, chumbo, bismuto e arsênio que interferem no processo de nodulização. A
estrutura normal do ferro nodular no estado fundido bruto é constituída de uma
matriz perlítica com grafita esferoidal, podendo apresentar ferrita ou cementita livre
(CHIAVERINI, 2008).
A tabela 2.2 apresenta a composição química básica do ferro fundido nodular e
a estrutura.
Tabela 2.2 – Composição química básica dos ferros fundidos nodulares
(CHIAVERINI, 2008).
nodular com o aço, o ferro nodular apresenta usinabilidade de 20 a 90% melhor que
aços forjados a quente (ŞEKER et al, 2003).
Tal usinabilidade deve-se, principalmente, a presença da grafita na estrutura,
que atua como quebra-cavacos e aumenta a lubrificação entre a ferramenta de corte
e a peça usinada. A grafita possui densidade muito baixa sendo considerada como
vazios na matriz dos ferros fundidos (CHIAVERINI, 2008).
As propriedades mecânicas dos ferros fundidos dependem, em grande parte da
quantidade, forma, tamanho e distribuição da grafita. Nos ferros fundidos nodulares,
o controle da morfologia da grafita tem recebido atenção especial, tanto para evitar a
formação de partículas de formas degeneradas em relação à esferoidal, como
avaliar os efeitos destas morfologias nas propriedades do material. A grafita possui a
mesma estrutura cristalina e propriedades mecânicas, quer se apresentem na forma
de lamelas ou na forma de nódulos. A grafita possui baixa resistência ao
escorregamento em planos paralelos à base hexagonal da sua célula unitária. Isso
justifica a hipótese de que em todos os tipos de ferros fundidos a grafita atua como
um elemento enfraquecedor da matriz frente ao escorregamento. A grafita reduz de
um lado a área resistente da matriz, conhecida como efeito de estrangulamento e
por outro lado, determina a concentração de tensões em certos pontos, conhecida
como efeito de entalhe. As linhas de fluxo de tensões na matriz metálica dos ferros
fundidos são desviadas e aproximadas em torno de lamela ou nódulo de grafita. O
efeito de redução de seção resistente e de entalhe por causa da grafita provoca a
diminuição da resistência mecânica e ductilidade dos ferros fundidos, se comparado
com um aço de mesma matriz metálica. A influência da diminuição da seção
resistente é pequena quando comparada ao efeito de entalhe. Considerando-se um
aço fundido com limite de resistência de 80 kgf/mm², a introdução de vazios
correspondente a 3% deste constituinte (10% em volume) que acarretaria uma
queda das propriedades mecânicas para cerca de 70 kgf/mm². Verifica-se, porém
que a resistência de um ferro fundido cinzento com essa quantidade de grafita
possui uma resistência à tração da ordem de 25 kgf/mm², devido a concentração de
tensões junto ao entalhe como representado na figura 2.23. Por outro lado, o efeito
de entalhe promovido pela grafita esferoidal é muito menos intenso, permitindo que
70 a 90% da resistência e da ductilidade em relação ao aço fundido sejam mantidas,
resultando em propriedades mecânicas mais elevadas para o ferro nodular em
relação ao cinzento (ANGELO, 2003).
36
No Nódulos / mm²
(a) N° de nódulos.
Figura 2.24 – Curvas obtidas através da análise do ferro nodular obtido pelo
processo de fundição contínua. No de nódulos (a) e % perlita (b) em função da
profundidade e diâmetro das barras (ANGELO, 2003).
Nódulo Nódulo
Perlita
Ferrita
Ferrita
250 µm 250 µm
Nódulo
Nódulo
Perlita
Perlita
Ferrita Ferrita
250 µm 250 µm
Figura 2.28 – Perfil de dureza Brinell para barras cilíndricas de ferro nodular
fabricadas pelo processo FUCO® (ANGELO, 2003).
Material C Si Mn P S Cu Mg Ceq
Ferro Fundido Nodular 3,75 2,54 0,16 0,068 0,009 0,60 0,037 4,60
Ceq é o carbono equivalente
3 METODOLOGIA EXPERIMENTAL
Metodologia
experimental
Etapa 1:
Etapa 2: Etapa 3
Caracterização dos Materiais
Ensaios preliminares (Taguchi) Ensaios complementares(corte interrompido)
Determinação da
Determinação da matriz metálica
espessura da camada
Determinação da dureza
Perfil de microdureza
Análise do acabamento
superficial das brocas
O roteiro dos ensaios foi divido em três etapas conforme mostrado na figura
3.1. Na primeira etapa, foi realizada a caracterização dos materiais da peça e da
ferramenta, através de técnicas ópticas convencionais e ensaios mecânicos. A
segunda etapa, consistiu nos ensaios preliminares de furação, utilizando a técnica
Taguchi para analisar o efeito dos fatores de processo na rugosidade e cilindricidade
dos furos usinados. E por fim, na terceira etapa, com os ensaios de furação com
corte interrompido, foram monitorados os esforços de corte e rugosidade superficial
46
dos furos usinados ao longo da vida da brocas para comparar o desempenho entre
as brocas de aço rápido com e sem nitretação e metal duro.
A descrição do sistema tribológico do processo de furação estudado está
representado na figura 3.2 e segue os padrões descritos na norma DIN 50320, com
as indicações dos respectivos elementos de ação: corpo, contra-corpo, meio
interfacial e meio circunvizinho.
Tipo de desgaste:
Tipo de movimento:
Abrasão por deslizamento,
Movimento rotativo e deslizante
Adesão e lascamento
Medida de desgaste:
Velocidade:
Desgaste / avarias na ponta da broca
Velocidades de corte e de avanço
(mm).
Duração da operação:
Comprimento usinado (m)
Carga normal:
( 1 ) Corpo - Broca de M2 e metal duro.
Taxa de avanço (mm/rot).
( 2 ) Contra-corpo - ferro fundido nodular.
( 3 ) Elemento interfacial - Fluído refrigerante
( 4 ) Meio - Ar
Condições de corte:
Corte contínuo e interrompido.
Condições de contato:
Características superficiais do corpo Abrasão entre corpo e contra-corpo e
fenômeno tribo-químico devido ao
atrito sólido, podendo ocasionar
oxidação e difusão.
Caracterização superficial:
Microestrutura, Dureza e Rugosidade,
Composição superficial:
M2, M2 com camada nitretada e Metal duro.
Nos ensaios preliminares foram realizadas furações nas três regiões para
comparar a usinabilidade de cada microestrutura.
49
(a) (b)
(c)
Figura 3.6 – Indentações nas brocas de aço rápido M2 nitretadas em ciclo curto
(a e b) e ciclo longo (c).
modo, o estudo abordou apenas brocas com camadas nitretadas espessas e brocas
em estado de fornecimento (sem tratamento).
Figura 3.10 - Centro de usinagem utilizado nos ensaios de furação com corte
interrompido.
Sistema de
aquisição Célula
de carga
CDP furação
Localização
Localização
2 3
4 5
Localização
6 7
8 9
9 5 1 3 7
30
200
Tamanho do nódulo de
No. de nódulos /mm²
25
grafita (um)
150
20
15
100
10
50
5
0 0
6e7 2e3 1 5e4 9e8
Posição na barra
200
190 187
N° de nódulos / mm²
180
170
160
150
140
130
130
125
120
110
Superfície Meio raio Centro
30
Tamanho do nódulo de grafita (µm)
29
28
26
26
24
22 22
20
Superfície Meio raio Centro
Figura 4.7 – Tamanho médio dos nódulos de grafita em cada região da barra.
65
Localização
Localização
2 3
4 5
Localização
6 7
8 9
100%
6,4 7,8 9,0
16,4 17,2
80% 23,7
60%
[%]
20%
0%
Superfície Meio raio Centro
250
248
245
241
Dureza (HB10)
240
235
230
225
225
220
Superfície Meio raio Centro
900
800
700
Dureza (HV)
R2 = 0,986
600
500
400
300
200
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90
Distância apartir da extremidade da ponta (mm)
(a) (b)
(c)
Figura 4.15 – Microestruturas de brocas M2 em três regiões distintas antes da
nitretação.
A camada nitretada com o ciclo curto pode ser visualizada na figura 4.16.
73
18,8 µm
14,5 µm
(a) (b)
15,9 µm
(c)
Figura 4.16 – Imagens das brocas nitretadas com o ciclo curto.
A camada nitretada com o ciclo longo pode ser visualizada na figura 4.17.
74
18,8 µm
23,2 µm
(a) (b)
14,5 µm
(c)
Figura 4.17 – Imagens das brocas nitretadas com o ciclo longo.
16
15
14
Microdureza (GPa)
13
12 2
R = 0,1683
2
11 R = 0,2739
10
8
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Profundidade (um)
microdureza (ciclo curto) microdureza (ciclo longo) Polinômio (microdureza (ciclo longo)) Polinômio (microdureza (ciclo curto))
RESUMO
Grupo Contagem Soma Média Variância
Ciclo curto 108 1316,611554 12,19085 0,963665
Ciclo longo 104 1273,401227 12,24424 0,801317
ANOVA
Fonte da variação SQ gl MQ F valor-P F crítico
Entre grupos 0,151049695 1 0,15105 0,170864 0,679767 3,886121
Dentro dos grupos 185,6477924 210 0,884037
0,900
0,800
0,700
Ra (µm)
0,600
0,500
0,400
0,300
1 2 3 4 5
Analisando a figura 4.19, pode-se perceber que quatro das cinco brocas
apresentaram uma redução nos valores de Ra após o processo de nitretação.
Considerando o valor médio de todas as brocas, a rugosidade que anteriormente era
0,644 µm, reduziu para 0,559 µm (redução de 13,2%).
Provavelmente, essa sensível melhora no acabamento superficial, deve-se a
formação de uma fina camada óxida na superfície da ferramenta. Alguns autores,
como: Udovic et. al (1984); Zlatanovic et al. (2004) e Li et al. (2007), analisaram a
formação de uma camada externa de óxido de ferro, denominada magnetita (Fe3O4),
que reduz o coeficiente de atrito, melhora as propriedades contra a corrosão e o
desgaste. Essa camada de óxido, pode ser obtida através de processos termo-
químico à vácuo, utilizando técnicas gasosas ou por plasma, como por exemplo, a
carbonitretação. Esses processos, requerem um controle de parâmetros muito
preciso, e, dependendo do ajuste, podem favorecer a formação da magnetita,
criando uma fina camada estável, com espessura de poucos mícrons sobre a
camada de difusão de nitrogênio. Através da oxidação, que ocorre na etapa de
resfriamento no processo de carbonitretação, as fases ε e γ’ presentes na camada
nitretada podem se converter em óxidos: Fe3O4, Fe2O3 ou FeO. Porém, somente a
magnetita melhora as propriedades de desgaste e corrosão.
2,5
2,0
Ra (microns)
1,5
sem com superficie meio-raio centro 118º 130º 118/90º
Vel.corte A v anço
3,0
2,5
2,0
1,5
20 25 30 0,090 0,135 0,180
Microestrutura 0,32
Avanço 0,13
Interação entre os Fatores: Camada Nitretada e Ângulo de Ponta no Ra dos Furos Interação entre os Fatores Camada Nitretada e Avanço no Ra dos Furos
3,5 Ang.ponta 3,0 A vanço
118o 0,090
130o 0,135
118/90o 0,180
3,0
2,5
Ra (microns)
Ra (microns)
2,5
2,0
2,0
1,5
1,5
(a) (b)
Interação entre os Fatores: Microestrutura e Velocidade de corte no Ra dos Furos Interação entre os Fatores: Microestrutura e Avanço no Ra dos Furos
3,0 Vel.corte 3,0 A vanço
20 0,090
25 0,135
30 0,180
2,5 2,5
Ra (microns)
Ra (microns)
2,0 2,0
1,5 1,5
1,0 1,0
superficie meio-raio centro superficie meio-raio centro
Microestrutura Microestrutura
(c) (d)
Figura 4.22 – Interações fracas entre os fatores no Ra dos furos. (a) camada
nitretada e ângulo de ponta, (b) camada nitretada e avanço, (c) microestrurura e
velocidade de corte e (d) microestrurura e avanço.
Interação entre os Fatores: Camada Nitretada e Microestrutura no Ra dos Furos Interação entre os Fatores: Camada Nitretada e Velocidade de Corte no Ra dos Furos
3,5 Microestrutura Vel.corte
superficie 3,5 20
meio-raio 25
centro 30
3,0
3,0
Ra (microns)
Ra (microns)
2,5
2,5
2,0
2,0
1,5
1,5
1,0
1,0
sem com sem com
Cam.nitretada Cam.nitretada
(a) (b)
Interação entre os Fatores: Microestrutura e Ângulo de ponta no Ra dos Furos Interação entre os Fatores: Ângulo de ponta e Velocidade de corte no Ra dos Furos
3,5 A ng.ponta Vel.corte
118o 3,5 20
130o 25
118/90o 30
3,0
3,0
Ra (microns)
Ra (microns)
2,5
2,5
2,0
2,0
1,5 1,5
(c) (d)
Interação entre os Fatores: Velocidade de corte e Avanço no Ra dos Furos Interação entre os Fatores: Ângulo de ponta e Avanço no Ra dos Furos
3,0 A vanço A vanço
0,090 4,0 0,090
0,135 0,135
0,180 0,180
3,5
2,5
3,0
Ra (microns)
Ra (microns)
2,0 2,5
2,0
1,5
1,5
1,0
1,0
20 25 30 118o 130o 118/90o
Vel.corte Ang.ponta
(e) (f)
Figura 4.23 - Interações fortes entre os fatores no Ra dos furos. (a) camada nitretada
e microestrutura, (b) camada nitretada e velocidade de corte, (c) microestrutura e
ângulo de ponta, (d) ângulo de ponta e velocidade de corte, (e) velocidade de corte e
avanço e (f) ângulo de ponta e avanço.
0,035
Erro de Cilindricidade (mm)
0,030
0,025
0,035
0,030
0,025
Figura 4.24 - Efeitos principais dos fatores de estudo na cilindricidade dos furos.
Avanço 0,35
Microestrutura 0,27
Fatores
Figura 4.25 - Nível de significância dos fatores de estudo na cilindricidade dos furos.
86
Interação entre os Fatores: Camada Nitretada e Microestrutura na Cilindricidade dos Furos Interação entre os Fatores: Camada Nitretada e Avanço na Cilindricidade dos Furos
0,038 Microestrutura A vanço
superficie 0,040 0,090
0,036 meio-raio 0,135
centro 0,180
Erro de Cilindricidade (mm)
0,032
0,030 0,030
0,028
0,025
0,026
0,024
0,020
0,022
0,020 0,015
sem com sem com
Cam.nitretada Cam.nitretada
(a) (b)
Interação entre os Fatores: Ângulo de Ponta e Avanço na Cilindricidade dos Furos Interação entre os Fatores: Ângulo de Ponta e Velocidade de Corte na Cilindricidade dos Furos
0,050 A vanço 0,040 Vel.corte
0,090 20
0,135 25
0,045 0,180 30
Erro de Cilindricidade (mm)
0,040 0,035
0,035
0,030 0,030
0,025
0,020 0,025
0,015
118o 130o 118/90o 118o 130o 118/90o
Ang.ponta Ang.ponta
(c) (d)
Figura 4.26 – Interações fracas entre os fatores na rugosidade Ra dos furos. (a)
camada nitretada e microestrutura, (b) camada nitretada e avanço, (c) ângulo de
ponta e avanço e (d) ângulo de ponta e velocidade de corte.
Interação entre os Fatores: Camada Nitretada e Ângulo de Ponta na Cilindricidade dos Furos Interação entre os Fatores: Camada Nitretada e Velocidade de Corte na Cilindricidade dos Furos
0,038 A ng.ponta 0,034 Vel.corte
118o 20
0,036 130o 25
118/90o 0,033 30
Erro de Cilindricidade (mm)
0,030 0,031
0,028 0,030
0,026
0,029
0,024
0,028
0,022
0,027
0,020
sem com sem com
Cam.nitretada Cam.nitretada
(a) (b)
Interação entre os Fatores: Microestrutura e Ângulo de Ponta na Cilindricidade dos Furos Interação entre os Fatores: Microestrutura e Avanço na Cilindricidade dos Furos
0,05 A ng.ponta 0,045 A vanço
118o 0,090
130o 0,135
118/90o 0,180
0,040
Erro de Cilindricidade (mm)
0,035
0,03
0,030
0,02 0,025
0,020
0,01
superficie meio-raio centro superficie meio-raio centro
Microestrutura Microestrutura
(c) (d)
Interação entre os Fatores: Microestrutura e Velocidade de corte na Cilindricidade dos Furos Interação entre os Fatores: Velocidade de Corte e Avanço na Cilindricidade dos Furos
0,045 Vel.corte 0,045 A vanço
20 0,090
25 0,135
30 0,180
0,040 0,040
Erro de Cilindricidade (mm)
0,035 0,035
0,030 0,030
0,025 0,025
0,020 0,020
(e) (f)
Figura 4.27 - Interações fortes entre os fatores na rugosidade Ra dos furos. (a)
camada nitretada e ângulo de ponta, (b) camada nitretada e velocidade de corte, (c)
microestrutura e ângulo de ponta, (d) microestrutura e avanço, (e) microestrutura e
velocidade de corte e (f) velociade de corte e avanço.
No gráfico (a): para se obter a melhor qualidade do furo, utilizar broca sem
nitretação com ângulo de ponta de 130º. No caso de brocas nitretadas, recomenda-
se a utilização de ângulo de ponta de 118º.
No gráfico (b): as melhores combinações para a qualidade geométrica dos
furos são: broca sem nitretação com velocidade de corte de 30 m/min ou broca
nitretada com velocidade de corte de 25 m/min;
Nos gráficos (c) e (d): na região de meio-raio, recomenda-se a utilização de
brocas com ponta de 118º e avanço de 0,18 mm/rot. Já para as regiões da superfície
e centro, utilizar broca de 130º com avanço de 0,135 mm/rot;
No gráfico (e): para uma melhor qualidade geométrica dos furos na região da
superfície e meio-raio, utilizar velocidade de corte de 25 m/min. Já para a região do
centro, recomenda-se a utilização de uma velocidade de corte de 30 m/min;
No gráfico (f): para as velocidades de corte de 20 e 30 m/min, o avanço de
0,135 mm/rot é a melhor opção. Já para a velocidade de corte de 25 m/min,
recomenda-se a utilização de avanço de 0,18 mm/rot.
Ra ++ - +
Velocidade de corte
Cilindricidade - ++ +
Ra ++ + +
Avanço
Cilindricidade - ++ +
1 1
1
1
2
2
2 2
3 3
3 3
4 4
4 4
5 5
5 5
6 6
6 6
Analisando a figura 4.29, pode-se constatar que as brocas de aço rápido sem
nitretação, apresentaram desgaste mais acentuado nas regiões da quina e próximo
ao gume transversal. O mecanismo de desgaste nessas regiões é
predominantemente abrasivo. Ao longo do gume foram observados pequenos
lascamentos. Foram observadas também, marcas de oxidação, conseqüência do
superaquecimento gerado devido ao desgaste da broca.
As brocas nitretadas (figura 4.30), apresentaram desgaste menos intenso nas
quinas. Porém, apresentaram lascamentos maiores ao longo do gume. Não foram
observadas marcas de oxidação nas brocas nitretadas, provavelmente devido ao
menor aquecimento na região de corte.
As brocas de metal duro (figura 4.31), apresentaram lascamento excessivo ao
longo do gume e principalmente nas quinas. Conforme apresentado na figura 2.14,
já eram esperados mecanismos diferentes de desgaste entre as brocas de M2 e de
metal duro devido à tenacidade do material. A condição de corte interrompido em
que as brocas foram submetidas fez com que as magnitudes dos desgastes fossem
maiores.
A figura 4.32 apresenta o desgaste de flanco (VB máximo) observado em cada
broca.
0,20
0,177
0,157 0,152 0,153
0,147
0,15
0,132 0,128
0,125
0,118
VBmáx (mm)
0,10
0,05
0,00
1 2 Média 3 4 Média 5 6 Média
Sem Nitretação Com Nitretação Metal Duro
50
30
20
10
0
0,000 0,672 1,344 2,016
3,3
3,2
Momento Torsor (Nm)
3,1
3,0
2,9
2,8
2,7
0,000 0,672 1,344 2,016
Comprimento Perfurado (m)
Broca 1 Broca 2
peça, visto que, os CDP provavelmente foram fixados na máquina com diferentes
orientações durante os ensaios de furação, conforme mencionado no final do
capítulo 4.4.1.
A figura 4.34 apresenta a evolução da força de avanço e do momento torsor ao
longo do comprimento perfurado para as brocas de aço rápido M2 com tratamento
de nitretação.
60
50
Força de Avanço (N)
40
30
20
10
0
0,000 0,672 1,344 2,016
3,3
3,3
3,2
Momento Torsor (Nm)
3,2
3,1
3,1
3,0
3,0
2,9
2,9
2,8
0,000 0,672 1,344 2,016
40
35
Força de Avanço (N)
30
25
20
15
10
0
0,000 0,672 1,344 2,016
3,4
3,3
Momento Torsor (Nm)
3,2
3,1
3,0
2,9
2,8
2,7
2,6
0,000 0,672 1,344 2,016
Para as brocas de metal duro, como nas brocas de aço rápido sem nitretação,
foi possível correlacionar o aumento da força de avanço com o desgaste de flanco
VB. A broca número 1, com desgaste de flanco de 0,177 mm, apresentou um
incremento na força de avanço de 40 N, enquanto que a broca que apresentou
desgaste de flanco de 0,128 mm, apresentou um incremento na força de avanço de
apenas 21 N.
99
45
40
35
Força de Avanço (N)
30
25
20
15
10
5
0
0,000 0,672 1,344 2,016
Comprimento Perfurado (m)
Sem nitretação Com nitretação Metal duro
3,2
3,1
3,1
3,0
3,0
2,9
2,9
2,8
0,000 0,672 1,344 2,016
Comprimento Perfurado (m)
Sem Nitretação Com Nitretação Metal Duro
3,0
2,5
Rugosidade Ra (µm)
2,0
1,5
1,0
0,5
0,000 0,672 1,344 2,016
2,5
Rugosidade Ra (µm)
2,0
1,5
1,0
0,5
0,000 0,672 1,344 2,016
Analisando a figura 4.37, percebe-se que três das quatro brocas iniciaram a
operação com rugosidade Ra de aproximadamente 2 µm. Após a primeira etapa
(0,672 m de usinagem), a rugosidade reduziu para 1,5 µm. No primeiro furo, os raios
da broca estão bem afiados, principalmente na quina da ferramenta, que tem grande
influência no acabamento superficial. Após alguns furos usinados, os raios da ponta
das brocas ficam mais arredondados com o desgaste inicial da ferramenta. Com
102
2,5
Rugosidade Ra (µm)
2,0
1,5
1,0
0,5
0,000 0,672 1,344 2,016
2,5
Rugosidade Ra (µm)
2,0
1,5
1,0
0,000 0,672 1,344 2,016
5.1 Conclusões
Com base nos ensaios planejados, que foram analisados e discutidos com o
auxílio de ferramentas estatísticas, que proporcionaram confiabilidade nas
respostas, pode-se concluir que:
Para dar continuidade a essa linha de pesquisa, são propostos alguns temas
que completariam a importância desta pesquisa:
a) Comparar a usinabilidade de cada região do material através do
monitoramento do esforço de corte;
b) Investigar com mais detalhes a influência do ângulo de ponta secundário
no acabamento superficial do ferro fundido nodular;
c) Comparar o desempenho com brocas de aço rápido com diferentes
espessuras da camada nitretada;
d) Investigar o efeito dos parâmetros de processo da nitretação gasosa sobre
o acabamento superficial do aço rápido M2;
e) Investigar a formação da camada de magnetita na superfície das
ferramentas nitretadas;
f) Analisar a viabilidade técnica do recondicionamento das brocas nitretadas;
107
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