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Manipueiracartilha 130215120716 Phpapp02 PDF
Manipueiracartilha 130215120716 Phpapp02 PDF
CARTILHA DA MANIPUEIRA
USO DO COMPOSTO COMO INSUMO
AGRÍCOLA
3a Edição
de Gratidão:
Ao Doutor Francisco Ariosto Holanda, a quem a gente
excluída dos processos produtivos do novo Ceará deve, com
a idealização e implantação dos Centros Vocacionais
Tecnológicos (CVTs), o mais competente instrumento de
resgate da cidadania; e a quem devo, em particular, o estímulo
para produzir esta Cartilha;
de Agradecimento:
Aos que, ungidos com a essência do mesmo ideal, fizeram-se
romeiros da mesma fé, dedicados colaboradores de minhas
tantas pesquisas sobre manipueira.
Às instituições que me deram apoio logístico – Universidade
Federal do Ceará (UFC), Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Fundação
Cearense de Amparo à Pesquisa (FUNCAP), estas em
importantes etapas do “Projeto Manipueira”; aquela, minha
oficina de trabalho, o tempo todo;
de Reconhecimento:
À pesquisadora Maria Erbene Góes Menezes, dileta e
infatigável companheira das mais recentes (e ousadas)
experiências com manipueira – incluindo a formulação da
manipueira em pó – e grande incentivadora desta nova edição
da Cartilha e, máxime, de sua versão para o inglês, dando
uma dimensão internacional a este livro.
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ................................................................................9
1 – INTRODUÇÃO .......................................................................... 11
2 – MANIPUEIRA: UM “NÃO” AOS AGROTÓXICOS ....... 15
3 – MANIPUEIRA COMO NEMATICIDA ............................... 19
3.1 – Recomendações Práticas e Posologia .................................. 22
3.2 – Informações Adicionais ......................................................... 23
4 – MANIPUEIRA COMO INSETICIDA E ACARICIDA .... 25
4.1 – Recomendações Práticas e Posologia .................................. 28
4.1.1 – Manipueira como formicida .............................................. 29
5 – MANIPUEIRA COMO FUNGICIDA E BACTERICIDA . 31
5.1 – Recomendações Práticas e Posologia .................................. 33
6 – MANIPUEIRA COMO HERBICIDA .................................... 35
7 – MANIPUEIRA COMO ADUBO ............................................ 39
7.1 – Recomendações Práticas e Posologia .................................. 40
7.2 – Informações Adicionais ......................................................... 41
8 – OUTRAS SERVENTIAS ........................................................... 43
9 – COMO TER MANIPUEIRA O ANO TODO ...................... 45
10 – MANIPUEIRA EM PÓ ............................................................ 47
REFERÊNCIAS ................................................................................... 49
ANEXOS .............................................................................................. 55
8
APRESENTAÇÃO
9
Na Cartilha da Manipueira, o prof. José Júlio relata, de forma
sumariada, todas as experiências científicas desenvolvidas por ele,
usando a manipueira como adubo foliar e defensivo agrícola em
suas mais variadas especificações. Apresenta a Manipueira como
Nematicida, Inseticida, Acaricida, Fungicida, Bactericida e
Herbicida, mostrando, inclusive, suas fases experimentais e as
recomendações práticas para uso e posologia.
Pela importância do conteúdo e linguajar utilizado, de fácil
entendimento mesmo por leigos no assunto, o documento tem tido
excelente circulação entre técnicos extensionistas, produtores
orgânicos e agricultores familiares, fato que justifica o investimento
do BNB em sua 3ª edição.
10
1 – INTRODUÇÃO
11
e) por fim, levada ao forno para secagem, após o que se tem
a farinha – um pó branco, granuloso, de variável finura e
sabor peculiar. (Convencionalmente, o forno é uma grande
estrutura circular, construída de tijolo e cimento, cuja
plataforma mede de 3 a 5 metros de diâmetro).
Durante a prensagem da massa pastosa – etapa relatada no
item “c” –, flui uma suspensão aquosa de tonalidade bege ou
amarelada e odor ativo, mas agradável – é a manipueira. Este
subproduto jorra com abundância, haja vista que o mesmo é
contido na proporção de 3:1; ou seja, 1 litro de manipueira para
cada 3 kg de raízes de mandioca prensadas. A par de abundante
em todas as regiões de cultivo e industrialização de mandioca, a
manipueira é, no geral, cedida graciosamente, pois ainda se trata
de um resíduo descartável em sua quase totalidade, com esporádicos
e restritos aproveitamentos em molhos de pimenta e de tucupi (este
no Estado do Pará) e no fabrico da tiquira, bebida alcoólica de
consumo praticamente limitado ao Estado do Maranhão. Mas esse
desprestígio da manipueira tende a desaparecer, a fazer parte do
passado, quando se atentar para a excelência dos seus préstimos
como insumo agrícola, seja como pesticida ou adubo, consoante os
resultados de numerosas e pacientes pesquisas conduzidas pelo
autor e objetos de relato nesta cartilha.
Com efeito, a manipueira contém um glucosídeo cianogênico
– a linamarina –, de cuja hidrólise (por ação da linamarase) provém
a acetona-cianohidrina, da qual resultam, por ação enzimática (a-
hidroxinitrila-liase) ou por quebra espontânea, o ácido cianídrico
(bastante volátil) e os cianetos, além de aldeídos (Tabela 1). São
estes cianetos que respondem pelas ações inseticida, acaricida e
nematicida do composto, enquanto o enxofre, presente em larga
quantidade (cerca de 200 ppm), garante-lhe a destacada eficiência
como fungicida, sem embargo da presença, em menor escala, de
outras substâncias que exercem, também, ação antifúngica, tais
como cetonas, aldeídos, cianalaninas, lectinas e outras proteínas
tóxicas, inibidoras de amilases e proteinases, que atuam como
ingredientes ativos complementares. Ademais, o enxofre tem,
também, ação inseticida-acaricida. Na atualidade, a manipueira,
quando investida nas funções de pesticida, vem sendo empregada
12
em sua forma natural, tal como é recolhida da prensa, na casa-de-
farinha. Não sofre qualquer beneficiamento, quer físico ou químico,
salvo eventuais diluições em água, quando necessárias ou
aconselháveis, a fim de se obter maior rendimento ou para prevenir
efeitos fitotóxicos em plantas de compleição mais delicada. Isto não
invalida, obviamente, a possibilidade de a manipueira vir, em futuro
próximo, a ser industrializada para uso como pesticida. E, neste
sentido, o primeiro passo já foi dado pelo Autor deste livro, em
parceria com Erbene Góes, pesquisadora-assistente da Clínica de
Planta “Dr. Júlio da Ponte”, os quais formularam a manipueira em
pó – ainda em fase de reconhecimento de patente –, produto que
oferece algumas vantagens em relação à manipueira natural
(líquida), conforme comentários inseridos no capítulo 10.
13
em adubação convencional (aplicação no solo), seja por via foliar,
esta com maiores proveitos, tanto pelo menor desperdício de
manipueira como pelo provimento de respostas mais rápidas por
parte da planta, pois a síntese deste processo nutricional passará a
demandar menos energia e tempo.
14
2 – MANIPUEIRA: UM “NÃO” AOS AGROTÓXICOS
15
intoxicações instantâneas podem ser graves ou, até mesmo, letais,
sobretudo quando ocorre a soma de dois fatores: a alta toxicidade
do veneno e a falta de equipamentos básicos de proteção,
recomendados para o ato de aplicação.
Por mais paradoxal que possa parecer, esse exagerado
investimento em agrotóxicos, crescente a cada ano, não
correspondeu, em nosso país, a uma redução significativa das
perdas agrícolas devidas a pragas e doenças. Em muitos casos, os
resultados foram, até mesmo, contraproducentes, em função da
intensidade dos desequilíbrios biológicos causados pelo coquetel
de pesticidas utilizados, culminando com o extermínio dos inimigos
naturais dos agentes de pragas e fitomoléstias.
Em correspondência com a assertiva acima exposta, tal
investimento foi, em linhas gerais, economicamente frustrante.
Com efeito, no período de dez anos (1976/85), cresceu em 500% o
consumo de agrotóxicos no Brasil, enquanto, no mesmo período,
registrava-se um aumento de produtividade de apenas 5%, ganho
que, além de irrisório, não pode ser creditado, exclusivamente, aos
pesticidas. A enorme discrepância entre tais números sinaliza o
malogro de tão pesado investimento em agrotóxicos. Não obstante,
por força de uma campanha tenaz e massificante, indo da
persistente propaganda na mídia à corrupção de pesquisadores e
técnicos, o faturamento das multinacionais dos agroquímicos
continua em alta. Assim, de 1993 a 1997, as vendas cresceram em
104%, passando de U$ 1,050 bilhão para U$ 2,161 bilhões (GALLI,
1998, p. 3-8). Em oposto, os ganhos de produtividade continuaram
irrelevantes, enquanto relevantes foram os impactos ambientais, a
contaminação de alimentos e as intoxicações causadas em
agricultores e consumidores. Com efeito, no mesmo período, os casos
de intoxicações instantâneas – sem considerar, portanto, as
conseqüências a médio e longo prazos – cresceram em 65%. Mas,
seguramente, no doce embalo dos polpudos faturamentos, isto
pouco importou aos fabricantes de pesticidas. Mesmo que seus
produtos sejam comprovadamente cancerígenos. À guisa de
exemplo, cite-se o captafol (produto comercial Orthodifolatan), o
qual, durante duas décadas, prevaleceu como o fungicida mais
consumido no país, até ser proscrito do mercado, quando da
16
comprovação de tal periculosidade. O mais preocupante é que o
citado produto não constitui um exemplo isolado, pois também
são cancerígenos vários derivados do carbofuram, ditiocarbamato
e captan, sem esquecer a forte suspeição que pesa sobre outros
grupos químicos usados na mesma indústria.
Os fatos e dados, ora relatados, são irrefutáveis. Não obstante,
o atual presidente da Associação Nacional de Defesa Vegetal, fiel
escudeiro desses fabricantes, declarou, cinicamente, que “o
crescimento das vendas de produtos fitossanitários vem resultando
em aumento da produtividade agrícola” (GALLI, 1998, p. 3-8).
Seria cômico, se não fosse trágico. Os pesticidas biológicos, exaltados
pelo citado presidente no mesmo pronunciamento, são ainda
restritos e têm faixa de atuação bastante limitada, posto que
específicos para determinadas pragas. A verdade é bem outra,
porquanto os agrotóxicos de última geração, em sua maioria, são
mais caros e mais tóxicos, acréscimos estes que resultam,
respectivamente, em aumento do custo da produção e em crescente
ameaça para a saúde humana e para a ecologia, dizimando fauna
e flora, envenenando lençóis freáticos e desertificando solos.
Consciente da gravidade do problema, o Autor do presente
trabalho instituiu, junto à Universidade Federal do Ceará, desde
1979, uma linha de pesquisa que objetiva a descoberta de defensivos
naturais, a partir de extratos e derivados vegetais. No decurso desse
programa, dezenas de compostos já foram testados, com alguns
resultados bem gratificantes. A infusão das raízes do tipi (Petiveria
alliacea L.) destacou-se como nematicida, no tratamento de solos
infestados de nematóides fitoparasitas (PONTE; FRANCO;
SILVEIRA-FILHO, 1996). Todavia, os melhores resultados foram
obtidos com a manipueira (extrato líquido ou sumo das raízes de
mandioca), um resíduo industrial abundante e gratuito em todas
as regiões onde se cultiva essa planta.
A manipueira foi, sucessivamente, testada como nematicida,
inseticida, fungicida e acaricida, mostrando excelentes resultados
para todas essas finalidades, a ponto de superar, nos ensaios
experimentais, os melhores pesticidas comerciais dos respectivos
gêneros. Mais recentemente, a partir do pleno conhecimento da
composição química da manipueira (rica em todos os macro e
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micronutrientes requeridos pelas plantas, com exceção do
molibdênio), resolveu-se testá-la como adubo foliar (tese de
mestrado orientada pelo Autor), com respostas sumamente
positivas. Assim, nessa oportunidade, plantas de tomate, quiabo e
gergelim, então adubadas (via foliar) com manipueira, cresceram
e produziram bem mais do que aquelas adubadas com um
fertilizante sintético dos mais conceituados e que fora escolhido
como testemunha ou referencial.
Os resultado dessas pesquisas envolvendo manipueira foram
e vêm sendo difundidos em periódicos científicos, revistas de
divulgação técnica e reportagens em jornal e televisão. Em função
disto, muitos agricultores já a usam regularmente, sobretudo como
inseticida, e o mesmo já se faz em muitos países do terceiro mundo,
consoante centenas de cartas que o autor tem recebido. A mais
curiosa delas procede de Bahia Blanca, Argentina, escrita pelo
Secretário de Saúde daquele município platino. A carta suplicava
informações mais detalhadas sobre o uso da manipueira como
defensivo, a fim de minimizar, ali, o consumo de agrotóxicos que,
de tão exagerado, vinha sobrecarregando a saúde pública com
numerosos casos de envenenamento, inclusive em berçários,
vitimando criancinhas que se alimentavam do leite materno
contaminado por resíduos de pesticidas.
Eis, portanto, o surgimento de um pesticida natural inócuo à
saúde humana e do mais baixo custo, pois se trata de um resíduo
industrial abundante em todas as regiões de cultivo de mandioca;
abundante e gratuito, pois ainda se trata de um produto descartável
em sua quase totalidade. A notoriedade dessas pesquisas vem
merecendo repercussão em diversos países, particularmente nos
países essencialmente agrícolas do terceiro mundo, para o que muito
contribuíram os trabalhos publicados pelo Autor em língua
estrangeira (PONTE, 1988, 1989, 1993).
Os tópicos que se seguem abordam, por ordem seqüencial
das pesquisas desenvolvidas pelo Autor, as diversas utilidades da
manipueira como insumo agrícola, enfocando os seus fundamentos
científicos e modo de uso.
18
3 – MANIPUEIRA COMO NEMATICIDA
19
planta/nematóide das galhas, a exemplo do conhecido sinergismo
Fusarium + Meloidogyne (LORDELLO, 1968), que se há notabilizado
por graves implicações econômicas a determinadas culturas, máxime
às do algodão (Gossypium spp.) e tomate (Lycopersicon esculentum
Mill.). Acrescentando-se, ademais, as grandes dificuldades que,
habitualmente, se opõem ao controle desses vermes, ter-se-á, por
fim, uma clara idéia da dimensão de sua extraordinária importância
econômica. Mui justificável, por conseguinte, que as investigações
sobre uma possível ação nematicida da manipueira começassem pelos
nematóides das galhas.
Logo na primeira investigação, Ponte; Torres e Franco (1979),
a manipueira já revelava uma enérgica potencialidade nematóxica.
Este teste preliminar envolveu o cultivo de plantas de quiabo
(Hibiscus esculentus L.) em solos envasados que haviam sido
previamente infestados com ovos e larvas de nematóides das galhas
e, dez dias depois, tratados com manipueira. Na ocasião, a partir
de crescentes dosagens de manipueira – 0, 500, 750 e 1000 ml por
vaso, com 6 litros de solo –, os autores obtiveram decrescentes
percentagens de plantas atacadas por Meloidogyne: 100, 60, 50 e
30%, respectivamente.
Dois anos depois, Ponte e Franco (1981) comprovaram essa
potencialidade nematóxica através de resultados ainda mais
positivos do que os obtidos no comentado experimento pioneiro.
Com efeito, para a dosagem de 1000 ml/vaso, a percentagem de
plantas atacadas, que fora de 30% no primeiro ensaio, caiu para
0% (Tabela 2). Segundo os citados autores, este melhor desempenho
deveu-se ao uso exclusivo de manipueira extraída a partir,
exclusivamente, de cultivares de mandioca brava e não de uma
mistura de mandiocas brava e mansa (macaxeira), como houvera
acontecido no primeiro experimento. Com efeito, a mandioca brava
garante um teor bem maior de cianetos, justo os ingredientes ativos
da manipueira. Neste segundo ensaio, o tomateiro cv. “Santa Cruz”
foi admitido como planta-teste, haja vista a sua condição de
hospedeiro da mais alta suscetibilidade ao parasitismo de
nematóides do gênero Meloidogyne.
Já no ano seguinte, Sena e Ponte (1982), confirmando os
resultados obtidos em casa-de-vegetação, constataram um excelente
20
controle de meloidoginose em canteiros de cenoura (Daucus carota L.):
nos canteiros tratados com manipueira (1 litro/m2), a par da leve
infestação de nematóide das galhas constatada à época da colheita,
a produção de cenoura foi 100% superior à obtida nos canteiros
não tratados, onde a incidência da meloidoginose se fez severa e
generalizada.
21
Alguns dos aspectos então esclarecidos constituíram tema de
uma tese de mestrado (FRANCO, 1986) orientada pelo Autor.
Louve-se, no tocante a esses esclarecimentos complementares, a
determinação da dosagem mínima de manipueira para tratamento
de solos infestados, quer para um tratamento extensivo a toda a
área de cultivo (PONTE; FRANCO; PONTES, 1987; FRANCO;
PONTE, 1988; FRANCO et al., 1990), quer para uma aplicação
restrita, direcionada exclusivamente aos sulcos de plantio (PONTE
et al., 1995). Importante, também, foi a mensuração do tempo de
estocagem do composto, à temperatura ambiente (25-32°C), sem
perda de sua ação nematicida; esse tempo é de apenas três dias
(PONTE; FRANCO, 1983b). A partir do quarto dia, o processo de
fermentação da manipueira vai abatendo os teores de compostos
cianogênicos (MELO, 1999) e, por conseguinte, vai minando,
gradativamente, a nematoxicidade. Releve-se, ademais, a
abordagem feita a cerca das implicações da manipueira sobre a
população rizobiana (Rhizobium spp.) do solo (PONTE; FRANCO,
1983a), fato que assume importância quando o solo a tratar destina-
se ao plantio de leguminosas. A propósito, os mencionados autores
concluíram que, mesmo induzindo uma redução populacional
dessas bactérias, em escala inversamente proporcional à quantidade
de manipueira aplicada, o tratamento, ainda assim, é vantajoso,
pois o aumento do grau de fertilidade do solo, proporcionado pelo
composto, compensa a perda numérica de rizóbios.
22
- Revolver o solo antes de voltar a cultivá-lo.
b) Tratamento Restrito às Linhas de Cultivo
- Usar a manipueira em diluição aquosa, na proporção
de 1:1;
- Aplicar, no mínimo, 2 litros dessa diluição por metro
de sulco;
- Observar um período de repouso semelhante ao
prescrito para a modalidade de tratamento anterior, e
- Revolver o solo, operação que, no caso, restringir-se-á à
terra inerente e adjacente à linha de cultivo.
23
24
4 – MANIPUEIRA COMO INSETICIDA E ACARICIDA
25
Razafindrakoto (1997), a manipueira é assiduamente empregada no
controle de cochonilhas, sobretudo em culturas de subsistência. A
propósito, ensaios desenvolvidos, simultaneamente, em Madagascar
e no Brasil (RAZAFINDRAKOTO, 1999), demonstraram a excelência
da manipueira no tratamento de estacas (manivas) de mandioca
densamente atacadas por duas espécies de cochonilhas. Com efeito, a
imersão desses propágulos vegetativos em manipueira pura, durante
1 h, foi tão eficiente quanto à termoterapia (imersão em água quente,
47°C/30 min), seguida de quimioterapia (imersão em solução de
benomyl a 20%/30 min), além de ser um ato operacional bem mais
simples, menos dispendioso e sem qualquer afetação ao poder
germinativo das estacas. Os resultados então obtidos podem ser
extrapolados, em nível de recomendação de prévio tratamento, para
outros propágulos vegetativos usuais: tubérculos, bulbos, rizomas etc.
Duas outras comprovações da extraordinária eficácia da
manipueira como inseticida ocorreram já neste século, quando
Ponte (2001) a testou no controle de Stenodiplosis sp. – agente de
cecídias em folhas de cajueiro (Anacardium occidentale L.) – e,
principalmente, quando Ponte (2002) a avaliou contra a cochonilha
“piolho-branco” (Orthezia insignis Browe), praga que se destaca
por sua elevada agressividade (assíduo fator limitante da
longevidade e produtividade da cultura da acerola, Malpighia glabra
L.) e, também, por sua notável resistência aos inseticidas sintéticos,
só sendo controlada por compostos sistêmicos da maior toxicidade,
daqueles que exigem seis meses de carência. No caso do inseto das
cecídias, a manipueira, nas concentrações 1:0 e 1:1 (pura e em
diluição aquosa a 50%) e em quatro pulverizações a intervalos
semanais, determinou 95 e 86% de mortandade, respectivamente
(Tabela 3); no caso da Orthezia, as mesmas concentrações
induziram, após igual número de aplicações, 100 e 95% de
mortandade, resultado da maior relevância, dadas as razões acima
expostas. Em ambos os experimentos, acrescentou-se 1% de farinha
de trigo à manipueira para efeito de melhor aderência.
Independentemente de recomendações calcadas em novos
testes e ensaios científicos, os agricultores já identificados com o
uso da manipueira a vêm usando no controle de uma extensa gama
de insetos-pragas. De outra parte, a Clínica de Planta “Dr. Júlio da
26
Ponte”, em sua dinâmica operacional, há recomendado o mesmo
composto no controle alternativo de pragas, sem o antecipado apoio
de resultados experimentais, mas sempre com ótimas referências
de seus clientes.
28
- Acrescentar à manipueira, pura ou diluída, o
correspondente a 1% de farinha de trigo, a fim de garantir-
lhe uma melhor aderência;
- Usar manipueira pura ou, por outra, diluída em água, de
conformidade com a praga e, sobretudo, com a cultura a ser
tratada. Assim, no tratamento de árvores (citros, abacateiro,
jambeiro etc), usar manipueira pura ou em diluição 1:1; para
arbustos (murici, maracujá etc.), deve prevalecer a diluição
1:1 ou, até mesmo, 1:2, esta para controlar ácaros ou insetos
mais sensíveis, tais como traças e pulgões; para plantas
herbáceas de maior porte (pimentão, berinjela etc),
recomendam-se as diluições 1:2 e 1:3 e, para aquelas de menor
porte, mais delicadas, usar a diluição 1:4. Todavia, para os
dois últimos casos, ou seja, para as herbáceas em geral, é
sempre conveniente fazer, antes do tratamento definitivo,
um teste preliminar, envolvendo um pequeno lote de plantas,
a fim de ajustar a diluição à sensibilidade da planta a ser
tratada e da praga a ser controlada, e
- Para o caso específico de tratamento de propágulos
vegetativos (estacas, rizomas etc.) praguejados, imergi-los
em manipueira pura durante 1h, sendo dispensável o
acréscimo de farinha de trigo. A fim de usá-la como
carrapaticida, acrescentar 20 a 50% de óleo de rícino, dadas
as razões expostas anteriormente.
29
30
5 – MANIPUEIRA COMO FUNGICIDA E BACTERICIDA
31
efetiva participação na síntese e constituição de aminoácidos
essenciais, tais como cisteína, cistina e metionina. Vale recordar
que a deficiência de S nos vegetais superiores assemelha-se, em
suas conseqüências, à carência de N, uma vez que impede,
igualmente, a formação de proteínas.
Dois outros oídios – Oidium anacardii Noack e Oidium sp.,
fungos patogênicos ao cajueiro a à ciriguela (Spondias purpurea L.),
respectivamente – foram rigorosamente controlados pela
manipueira pura ou em diluição aquosa (1:1), conforme notificaram,
pela ordem, Ponte (2001) e o fitopatologista Francisco das Chagas
de Oliveira Freire, este em programa rural de TV. No primeiro caso,
o Oídio do cajueiro foi objeto de um controle curativo absoluto
(100%), conforme dados expostos na Tabela 3. Acresça-se que este
estudo fez parte de um projeto (citado anteriormente) envolvendo
a manipueira no controle de doenças e pragas do cajueiro e
desenvolvido na Clínica de Planta “Dr. Júlio da Ponte”.
Independentemente de outros testes de avaliação da
manipueira como oidicida, é claro que os resultados desses
experimentos pioneiros podem ser extrapolados e prescritos para
os oídios de um modo geral, os quais constituem um importante
grupo de fitomoléstias para muitas culturas, a exemplo das
anacardiáceas, rosáceas e curcubitáceas, além do citado urucu. E
tal prescrição equivaleria a um tratamento tão eficaz quão
econômico, haja vista as razões acima enumeradas, máxime a
supressão de riscos ao ambiente e à saúde humana, tão próprios
dos agrotóxicos em geral.
Duas outras bem sucedidas avaliações da manipueira como
fungicida ocorreram em datas recentes, sendo relatadas por Ponte e
Góes (2000) e Ponte (2001), envolvendo, respectivamente, fungos de
“ferrugem”e “antracnose”: Uredo crotonis (P. Henn.) e Glomerella
cingulata (Ston.) Spauld. & Schrenk., sobre plantações de cróton-de-
jardim (Croton variegatus L.) e cajueiro (Anacardium occidentate L.). No
primeiro caso, a manipueira foi usada em diluição aquosa 1:1, com
1% de farinha de trigo à guisa de adesivo. Uma única aplicação do
composto foi suficiente para prevenir, durante três semanas, o
surgimento de novas pústulas de ferrugem. No segundo caso, a
manipueira, sem ou com adição de água (1:1), também acrescida de
32
farinha de trigo (1%), mediante seis aplicações a intervalos semanais,
suprimiu praticamente o aparecimento de novas lesões foliares
(mancha ou crestamento) de Antracnose nas plantas de caju
submetidas ao tratamento. Os resultados desta segunda pesquisa estão
sumariados na Tabela 3 e foram obtidos com o projeto “Investigação
sobre o Uso da Manipueira no Controle da Antracnose do Cajueiro”,
elaborado e executado pela Clínica de Planta “Dr. Júlio da Ponte”.
Mas a avaliação fungicida continua em aberto, ainda longe
de ser concluída. Com efeito, a manipueira ainda deverá ser testada
no controle de diversas outras doenças, de muitos outros grupos
de fungos fitopatogênicos, tais como os agentes de cercosporioses,
cancros, carvões, míldios, fusarioses e podridões de frutos, para
citar alguns dos mais assíduos em culturas tropicais (PONTE, 1980;
1996c). Tais testes estariam cercados de expectativas otimistas, haja
vista que, além do enxofre e cianetos, a manipueira contém outras
substâncias antifúngicas (MAGALHÃES, 1993), com destaque para
cetonas, aldeídos, tioninas, fitoalexinas, quitinases, lectinas e outras
proteínas de baixo peso molecular. Eis, portanto, um sugestivo filão
que se oferece aos pesquisadores igualmente interessados em
minimizar o uso de agrotóxicos.
Até hoje, a única experiência de controle de fitobacteriose
com manipueira é a que se fez envolvendo a Galha de Coroa do
urucu, doença causada por Agrobacterium tumefaciens (E.F.Sm. &
Towsend) Conn., a qual foi preventivamente controlada com
aplicações semanais desse composto, na diluição de 1:1 (PONTE;
HOLANDA, 1995). Todavia, neste caso, a ação de controle foi mais
de natureza inseticida, pois exercida sobre o percevejo-grande
(Leptoglossus gonagra Fabr.) que, nas circunstâncias experimentais,
atuava como ativo agente disseminador da bactéria. Não obstante,
os testes laboratoriais, envolvendo a mesma bactéria, demonstraram
um enérgico poder bactericida da manipueira, fato a ser reiterado
em experimentos vindouros.
33
Assim, o tratamento deve estender-se por, no mínimo, três
ou quatro semanas, com uma pulverização a cada sete dias.
Prevalece, também, a recomendação no sentido de acrescentar-se
1% de farinha de trigo ao composto, a fim de dar-lhe mais
aderência, uma condição particularmente importante no trato de
doenças, haja vista a prevalência do controle preventivo sobre o
curativo. E, no tocante à dosagem, as prescrições pertinentes são,
também, as mesmas. Desta forma, a opção pelo uso da manipueira
pura ou diluída (diluições aquosas de 1:1, 1:2, 1:3 e 1:4) fica na
dependência, sobretudo, do porte e tolerância da planta, reiterando-
se a conveniência, no caso de tratamento de plantas delicadas, de
proceder-se a um prévio teste de sensibilidade.
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6 – MANIPUEIRA COMO HERBICIDA
35
passarinhos, répteis, lacertílios, insetos e outros pequenos animais
que, com certa freqüência, danificam as instalações elétricas por
provocarem curto-circuitos. Assim, a Coelce encomendou à Clínica
de Planta “Dr. Júlio da Ponte” um estudo sobre a viabilidade do
uso da manipueira como herbicida. Então, a Clínica elaborou o
projeto “Investigação sobre a Utilização da Manipueira como
Herbicida nas Subestações da Coelce”. Consoante este projeto, a
manipueira pura (sem diluição em água) foi, com auxílio de
regadores, aplicada, por três vezes, na área experimental
(quadrilátero de terreno onde estão fincadas as torres do
instrumental elétrico da empresa), a intervalos de 24 horas e na
proporção de 5 litros por m2 de solo. Ali, estavam presentes 17
diferentes espécies de plantas invasoras. Conforme Ponte e Góes
(2002b) que conduziram os trabalhos, 12 dentre as 17 espécies de
ervas (70,58%) comportaram-se como suscetíveis, logo fenecendo
ao impacto do tratamento; três outras espécies (17,64%)
posicionaram-se como moderadamente suscetíveis, apresentando
graves sintomas de atrofia e crestamento foliar, embora
sobrevivessem (mas, segundo os autores, as chances de
sobrevivência seriam mínimas, caso o tratamento prosseguisse com
mais uma ou duas aplicações do composto); por fim, apenas duas
espécies (11,76%) – no caso, o ciúme ou flor-de-seda (Calotropis
procera R. Br.) e a salsa (Ipomoea asarifolia Roem. & Schult.) –
comportaram-se como resistentes, mostrando-se infensas ao
tratamento. Tais resultados, expostos no Quadro 1, revelam uma
outra qualificação da manipueira no âmbito de sua utilização como
defensivo agrícola: uma apreciável ação herbicida. Aliás, como
defensivo, a manipueira sobreleva-se em relação a qualquer outro
composto, por sua abrangência, pela amplitude de seu leque de
opções, atuando como inseticida, acaricida, fungicida, nematicida
e, também, como herbicida.
36
Planta Comportamento
Nome Científico Nome Vulgar
Alternanthera tenella Moq. Quebra-pedra
Aster chinensis L. Raínha Margarida
Boerhaavia coccinea Mill. Pega-pinto
Cenchrus echinatus L. Carrapicho-de-boi
Chamaesyce hyssopifolia
(L.) Small Erva-de-leite Suscetíveis
Chloris gayana Kunth Capim Rhodes
Croton sp. Marmeleiro
Cyperus rotundus L. Capim-junco
Evolvulus argenteus Pursch Dinheiro-em-penca
Malva silvestris L. Malva
Priva echinata Juss. Verbena-encarnada
Schrankia leptocarpa DC. Malícia-roxa
37
38
7 – MANIPUEIRA COMO ADUBO
39
Estimulado pelo sucesso desse teste inicial, o autor elegeria o
mesmo tema para a dissertação de mestrado (ARAGÃO, 1995) que,
pouco depois, iria orientar e para a qual projetou, naturalmente,
um experimento de maior amplitude, envolvendo duas culturas
(tomate e quiabo) e quatro diluições de manipueira (1:4, 1:6, 1:8 e
1:10), também aplicadas seis vezes, a intervalos semanais. Este
trabalho viria comprovar a eficiência da manipueira como
fertilizante foliar, pois as plantas com ela tratadas, indiferentemente
à diluição testada, apresentaram produção significativamente
superior àquela obtida com a aplicação de um fertilizante sintético
de grande aceitação comercial e que fora escolhido como referencial
de nutrição via foliar (ARAGÃO; PONTE, 1995).
Na esteira do mesmo filão, seguiu-se o trabalho de Ponte et al.
(1998), envolvendo cultivo de sorgo forrageiro (Sorghum bicolor (L.)
Moench.), sob condições de solo paupérrimo (com baixos teores de
N, P e K). As plantas de sorgo forrageiro foram adubadas, via foliar,
com manipueira (diluição 1:6), acrescida ou não de um coadjuvante
adesivo, no caso a farinha de trigo. Em ambas as situações, isto é,
com ou sem este adesivo, a adubação com manipueira, praticada
seis vezes, a intervalos semanais, induziu uma produção de massa
verde estatisticamente superior à da testemunha, com aumentos da
ordem de duas e três vezes mais, respectivamente. Aliás, a inclusão
da farinha de trigo não melhorou o rendimento da manipueira como
adubo foliar; pelo contrário, restringiu-lhe a eficiência, com retorno
em ganho de peso verde estatisticamente inferior ao que se obteve
sem esse adesivo. Provavelmente, o aumento da densidade do
composto, pela incorporação da farinha, dificultou, em parte, a sua
absorção pelas folhas.
A mais nova experiência da manipueira como fertilizante
foliar fez-se em data recente, já envolvendo um significativo avanço
tecnológico em torno deste composto – sua formulação em pó. Os
resultados (excelentes) então obtidos e as características do novo
formato do produto serão comentados mais adiante, no capítulo
10, totalmente reservado à manipueira em pó.
40
7.1 – Recomendações Práticas e Posologia
À luz dos resultados ora relatados, conclui-se que a
manipueira, para efeito de adubação, pode ser usada por vias foliar
e edáfica, o que implica em recomendações distintas para tais
modalidades de uso.
a) Fertilização do solo
- Usar a manipueira na diluição 1:1;
- Aplicá-la ao solo, justo na linha de cultivo, com o auxílio
de um regador ou vasilhame similar, na razão de 2 a 4
litros da diluição por metro de sulco;
- A aplicação deve preceder ao plantio – adubação de
fundação –, e o solo, após o tratamento, deve ficar em
repouso por 8 ou mais dias, e
- Revolver levemente o solo que compõe e margeia a linha
de cultivo, antes de proceder à semeadura.
b) Fertilização foliar
- As diluições mais apropriadas são 1:6 e 1:8, a menos
que haja, simultaneamente, necessidade de controle de
pragas ou doenças, optando-se, em tais casos, por
diluições mais concentradas, de acordo com as
recomendações apostas nos capítulos correspondentes
a tais controles;
- Fazer o mínimo de seis e o máximo de dez pulverizações,
preferentemente a intervalos semanais, e
- Quando do uso da manipueira com a finalidade
exclusiva de fertilização foliar, não adicionar farinha
de trigo, ingrediente só recomendável nos casos de
controle de pragas e doenças.
41
no item b, do tópico 3.1. Portanto, ao fazermos uma adubação de
fundação com manipueira, estaremos, também, efetuando o
controle dos nematóides fitoparasitas porventura presentes no
mesmo solo. São, por conseguinte, operações simultâneas, o que
releva o aproveitamento da manipueira como fertilizante.
Destacamos a conveniência da diluição do composto em água (1:1),
a fim de torná-lo mais fluido e, assim, garantir-lhe uma maior
penetração no solo. No zelo dessa finalidade, a adição da farinha
de trigo ou de qualquer coadjuvante-adesivo seria
contraproducente, sobre ser desnecessária.
Do mesmo modo, ao fazermos o controle de pragas e doenças
foliares mediante pulverizações com manipueira, estaremos,
qualquer que seja a diluição utilizada, fazendo, simultaneamente,
uma fertilização foliar, fato que torna ainda mais rentável a opção
pelo uso desse composto como defensivo agrícola.
42
8 – OUTRAS SERVENTIAS
43
44
9 – COMO TER MANIPUEIRA O ANO TODO
45
A terceira alternativa, de fundamentação industrial e,
portanto, de maior validade prática, é a “manipueira em pó”,
matéria enfocada no capítulo seguinte.
46
10 – MANIPUEIRA EM PÓ
47
arachidicola W. A. Jenkins, agente da Mancha Castanha. Usaram-se
duas dosagens de manipueira em pó: 1 e 2 colheres de sopa por litro
de água (cada colher contendo cerca de 20g do composto),
comparando-as com a manipueira líquida em diluição aquosa 1:1 e
a testemunha (água + 1% de farinha de trigo, componente adesivo
também incluso nos demais tratamentos). Todos os tratamentos foram
ministrados quatro vezes, mediante pulverizações a intervalos
semanais. A incidência da Mancha Castanha foi praticamente nula
nas plantas tratadas com manipueira em pó e os efeitos deste
composto como fertilizante foliar, especialmente na dosagem de 2
colheres/litro, foram excelentes, aumentando, de um modo
estatisticamente significativo, tanto a produção (peso total de vagens)
como o porte vegetativo (peso fresco) das plantas de amendoim.
Novos experimentos com manipueira em pó – investigando-
a como inseticida, acaricida etc. – estão sendo programados, mas
já cercados de uma expectativa otimista, haja vista o sucesso deste
ensaio pioneiro.
48
REFERÊNCIAS
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53
ANEXOS
56
Foto 1 – Descascamento manual de raízes de mandioca
Fonte: Sebastião da Ponte.
57
Foto 3 – Massa pastosa de mandioca, após a trituração.
Fonte: Sebastião da Ponte.
58
Foto 5 – Prensagem da massa de mandioca em prensa de madeira
de acionamento manual
Fonte: Sebastião da Ponte.
59
Foto 7 – Manipueira: extrato líquido das raízes de mandioca, um
subproduto da farinhada
Fonte: Sebastião da Ponte.
60
Foto 9 – Haste de urucu infectada pela bactéria Agrobacterium
tumefaciens, agente causal da Galha de Coroa
Fonte: Sebastião da Ponte.
61
62
O AUTOR1
1
Apresentação parcialmente extraída do texto escrito por Osvaldo de Oliveira
Riedel – médico e membro da ACECI, prefaciando um dos livros de José Júlio da
Ponte.
63
Desde os primeiros passos de sua longa e infatigável
peregrinação científica, ele fez da luta contra os agrotóxicos a
preocupação maior de suas investigações, fosse através da criação
de variedades resistentes, fosse mediante a busca de defensivos
agrícolas naturais, insistência esta premiada com a “descoberta”
da manipueira. Este trabalho, a “Cartilha da Manipueira”, é uma
paciente e minuciosa dissecação de tudo quanto já fez em prol do
aproveitamento da manipueira como insumo agrícola, em
substituição aos famigerados agroquímicos.
Vale a pena conhecê-lo.
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65
SUPERINTENDÊNCIA DE LOGÍSTICA
Ambiente de Recursos Logísticos
Célula de Produção Gráfica
OS 2006-01/0677 - Tiragem: 2.000