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Filho do ex-guerrilheiro Fernando Safatle, então participante da luta armada pela Aliança

Libertadora Nacional, e de Ilmeide Tavares Pinheiro, Vladimir Safatle nasceu em Santiago do


Chile, em 1973. Comprometida com a construção do socialismo chileno, sua família se mudou
para o Brasil em virtude da ascensão de Augusto Pinochet ao poder, quando Vladimir tinha
poucos meses de vida. No Brasil, instalaram-se primeiramente em Brasília e, a partir de 1987,
em Goiânia, quando seu pai assumiu o cargo de Secretário do Planejamento no governo de
Goiás.

Em 1991, mudou-se para São Paulo, onde iniciou seus estudos universitários. Cursou
simultaneamente a graduação em filosofia na Universidade de São Paulo e em publicidade na
Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Em 1997, concluiu o seu mestrado de
filosofia na Universidade de São Paulo sob a orientação de Bento Prado Júnior, com o título "O
amor pela superfície: Jacques Lacan e o aparecimento do sujeito descentrado". Em 2002,
concluiu o doutorado em "Espaços e transformações da filosofia" na Universidade Paris VIII,
sob a orientação de Alain Badiou. Sua tese de doutorado, intitulada A Paixão do Negativo:
Modos de Subjetivação e Dialética na Clínica Lacaniana, foi publicada em 2006 pela Editora
UNESP e traduzida para o francês em 2010 (Georg Olms Verlag).

Desde 2003, Vladimir Safatle é professor no Departamento de Filosofia da Universidade de São


Paulo, sendo professor titular desde 2019, além de professor convidado e pesquisador em
outras universidades e instituições europeias e americanas.

Vladimir Safatle é também compositor, tendo composto trilhas sonoras para peças de teatro
como Leite Derramado e Caesar, ambas de Roberto Alvim. Pela última, recebeu o Prêmio
Aplauso/ 2015 por Melhor Trilha Sonora Original. Em 2019, lançou, juntamente com a cantora
Fabiana Lian, o album "Músicas de Superfície", com peças para piano e voz compostas entre
1994 e 1998

Entre 2010 e 2019, foi colunista semanal do jornal Folha de S. Paulo. Atua constantemente em
programas televisivos, tendo sido comentarista político do Jornal da Cultura por quatro anos.

Com participação política ativa, ministrou várias aulas públicas em greves e eventos de
ocupação como "Ocupa Sampa" e "OcupaSalvador". Em 30 de setembro de 2013, após um
longo período de aproximação, filiou-se ao Partido Socialismo e Liberdade onde foi convidado
pelo diretório estadual do partido para tornar-se candidato ao Governo do Estado de São
Paulo. No entanto, a candidatura não prosperou por divergências internas.

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