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1.

Organizaçaã o da Justiça do Trabalho


a. Em 1932, saã o instituíídas as Juntas de Conciliaçaã o e Julgamento
b. Emenda constitucional 24/1999 extinguiu as Juntas de Conciliaçaã o e criou as Varas do
Trabalho – Juiz Classista substituíído pelos Juíízes substitutos ou titulares
c. Para se criar uma Vara do Trabalho eí necessaí ria cerca de 1500 processos anuais.
d. Jurisdiçaã o da Vara do Trabalho seraí estipulada pela Lei que a instituiu
i. Estrutura atual:
1. Varas do Trabalho (Juíízes do trabalho) – TRT – TST
2. OBS.: somente o Estado de Saã o Paulo possui TRT’s
2. Competeê ncia da Justiça do Trabalho
a. Competeê ncia corresponde a delimitaçaã o da jurisdiçaã o
b. Competeê ncia material: refere-se aos tipos de demandas, assuntos, questoã es que podem ser
julgadas pelo juiz
c. Competeê ncia em razaã o da mateí ria – art. 114 CF e 651 CLT
i. Servidores puí blicos celetistas se submeteraã o a Justiça do Trabalho. Os demais
servidores puí blicos se submeteraã o a Justiça Comum, inclusive dos contratos
temporaí rios – ADI 3395-6, 27/01/2005
1. Corrente majoritaí ria compete a Justiça Comum julgas açoã es relativas a
profissionais liberais e seus clientes. Entendem tratar-se de relaçaã o de
consumo – SUM 363, STJ
2. Atualmente, a Justiça do Trabalho continua julgando as relaçoã es de emprego,
empreiteiros operaí rios/artíífice e trabalhadores avulsos – art. 652 CLT
3. Antes da EC 45/2004: compete aà Justiça do Trabalho CONCILIAR e julgar
4. Apoí s a EC 45/2004: compete aà Justiça do Trabalho PROCESSAR e julgar
ii. Açoã es que envolvam o exercíício do direito de greve
1. Antes da EC 45/2004, era da competeê ncia da Justiça Comum todas as açoã es
relacionadas ao direito de greve. Com a EC 45/2004, todas as repercussoã es
do direito de greve dos trabalhadores da iniciativa privada pertencem aà
Justiça do Trabalho, inclusive as açoã es possessoí rias (SUM V 23). Ato de
tipificaçaã o penal compete a Justiça Comum
iii. Açoã es sobre representaçaã o sindical
1. Saã o açoã es: SINDICATO X SINDICATO, SINDICATO X TRABALHADORES,
SINDICADO X EMPREGADORES
2. Obs.: haí imposto sindical de empregados e imposto sindical patronal.
3. Obs.: havendo dois sindicatos na mesma base territorial, aplica-se o principio
da anterioridade, prevalecendo o sindicato mais antigo
iv. Açoã es relativas aà s penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos
oí rgaã os de fiscalizaçaã o das relaçoã es de trabalho
1. A fiscalizaçaã o do trabalho eí realizada pelo Ministeí rio do Trabalho e Emprego
2. Criteí rio da dupla visita
3. Fiscal do trabalho concede um prazo determinado para a empresa resolver a
irregularidade
4. Esgotado o prazo, o fiscal do trabalho retornara a empresa
5. Se tiver resolvido a irregularidade, ok
6. Se naã o tiver resolvido, autuaraí a empresa e aplicaraí penalidades
7. O fiscal do trabalho poderaí interditar estabelecimentos, embargar obras, ateí
que as condiçoã es que entende necessaí rias sejam implementadas na empresa.
8. A Justiça do Trabalho tem entendido que a execuçaã o das penalidades
administrativas eí de competeê ncia da Justiça do Trabalho. A Uniaã o poderaí
promover essas execuçoã es na Justiça do Trabalho.
v. MS, HC, HD quando o ato questionado envolver mateí ria sujeita a sua jurisdiçaã o
1. Trabalho escravo: naã o eí necessaí rio impetrar HC para liberar trabalhadores
2. Habeas Corpus estaí restrito as prisoã es determinadas pelo juiz do trabalho,
como testemunhas, obrigaçaã o de fazer
3. Mandado de Segurança quando houver abuso de direito de ato de autoridade.
Ex.: abuso de direito em ato do fiscal do trabalho na aplicaçaã o de penalidade
administrativa
4. Habeas Data: conhecimento de informaçoã es reativas aà pessoa do impetrante
em banco de dados puí blicos.
5. Obs.: em caso de uma decisaã o interlocutoí ria prejudicial, causadora de grave
dano, caberaí MS
6. Obs.: empresas concessionaí rias de serviço puí blico, os Correios eí impossíível
impetrar HD
vi. Açoã es de indenizaçaã o por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relaçaã o de
trabalho
1. Antes da EC 45/2004 a indenizaçaã o por dano moral ou patrimonial
decorrentes da relaçaã o de trabalho era de competeê ncia da Justiça Comum.
Apoí s a EC 45/2004 a competeê ncia passou a ser da Justiça do Trabalho
2. Dano moral preí -contratual: empresa fala que vai contratar o trabalhador e
fica com sua CTPS por 01 meê s. Naã o havia formalizaçaã o do contrato de
trabalho (para parte da doutrina) ao passo que para outra parte, o contrato jaí
se formalizou. Neste caso, cabe indenizaçaã o por dano moral e patrimonial,
alegando “perda de uma chance”
3. Dano moral/patrimonial contratual: doença que decorra da profissaã o. As
atividades de elevado grau de risco saã o de responsabilidade objetiva do
empregador
4. Se a atividade for de risco maí ximo, aplica-se a responsabilidade objetiva do
empregador. Na responsabilidade subjetiva, precisaraí provar que o
empregador tem responsabilidade na atividade
5. Dano moral poí s contratual: apoí s o víínculo de emprego, empregador vai aà
delegacia de políícia e denuncia o empregado por receptaçaã o
vii. Execuçaã o de oficio das contribuiçoã es sociais/previdenciaí rias decorrentes das
sentenças de proferir
1. A Justiça do Trabalho poderaí executar de oficio as contribuiçoã es
sociais/previdenciaí rias decorrentes das sentenças de proferir
2. STF – os juíízes do trabalho poderaã o executar de oficio, as contribuiçoã es
sociais/previdenciaí rias reconhecidas em sentença. As contribuiçoã es
previdenciaí rias naã o calculadas na sentença trabalhista seraã o executadas na
Justiça Federal – OJ 414, SDI – 1. SUM 368, TST SUM V 53
3. Na sentença trabalhista o juiz trabalhista especificaraí sobre quais parcelas
incidiraã o a contribuiçaã o previdenciaí ria
4. O juiz deveraí intimar a advocacia geral da Uniaã o sobre a sentença proferida,
tornando a prevideê ncia social terceiro interessado
5. Benefíício previdenciaí rio decorrente de acidente de trabalho eí de
competeê ncia da Justiça Estadual
6. Se for soí de doença o benefíício deve ser requerido na Justiça Federal quando
for negado pelo INSS
7. A Justiça do Trabalho não tem competência para as ações penais e
previdenciárias
d. Competeê ncia territorial – artigo 651 da CLT
i. Regra: seraí a localidade em que houve a prestaçaã o do serviço
ii. Obs.: em virtude do acesso ao poder judiciaí rio, o trabalhador poderaí propor a açaã o
onde ele estaí , e naã o necessariamente propor a açaã o onde ele prestou o serviço. Seraí
o foro e que foi contratado.
iii. O empregador tem o oê nus da prova quando ele fala que houve a prestaçaã o de
serviços, poreí m naã o como ele (empregado) fala, por exemplo: naã o foi relaçaã o de
emprego e sim trabalho por empreitada
iv. Suí mula 338 TST
v. Artigo 651, §3º eí aplicado por analogia pelo princíípio do acesso ao poder judiciaí rio
e ao sujeito hipossuficiente
vi. §1º - se no local de trabalho naã o tem empresa/filial/escritoí rio, entaã o a competeê ncia
seraí o do domicíílio do empregado
vii. SUM 207 TST – cancelada
viii. Naã o eí admissíível o foro de eleiçaã o na justiça do trabalho
e. Competeê ncia funcional – artigo 678
PLENO
TST Sessaã o
especializada
em dissíídios
individuais
Rec. Revista TURMAS Sessaã o
especializada
em dissíídios
coletivos

Acoí rdaã o TRT Competeê ncia


originaí ria
para julgar
dissíídios
coletivos
Rec. Ordinaí rio Varas do
Trabalho

4. Partes no processo do trabalho


a. Artigo 792 CLT – estabelece que eí aos 18 anos para trabalhar
b. Representaçaã o legal eí diferente de assisteê ncia – artigo 793 CLT
c. Representante convencional, artigo 791, §1º - naã o se trata dos incapazes e sim
no caso de uso de preposto que pode ser representado
d. Capacidade de ser parte, todos temos se tivermos o direito
e. Capacidade de estar no processo depende da idade
f. Capacidade postulatoí ria – jus postulandi – eí voceê mesmo sem advogado figurar
como autor ou se defender no processo –artigo 791, “caput”
i. Quem tem direito? Empregados e trabalhadores, naã o abrange os
sindicatos
ii. SUM 425 – naã o eí ate os tribunais, somente tribunais regionais do trabalho
ou ateí recurso ordinaí rio. Nas demais instancias a defesa eí teí cnica, entaã o
precisa de certo conhecimento
g. Sucessaã o das partes
i. Da pessoa fíísica
1. Pela morte seraí substituíído pelo espoí lio ou herdeiros
2. Se for empregado ou empregador no poí lo passivo pode suceder os
herdeiros. Antigamente era preciso abrir inventaí rio para que o
espoí lio sucedesse. Se jaí tiver feito o inventaí rio, entaã o os herdeiros
seraã o parte e faraã o jus ao rateio entre eles
3. Sucessaã o de empregador – possibilidade de os soí cios serem
chamados, se a empresa fechar ou falir ou ser alienada
4. Empresas do mesmo grupo econoê mico respondem solidariamente,
neste caso naã o ocorre sucessaã o
h. Substituiçaã o processual
i. Ela tem alguns problemas
ii. Ela naã o cabe em todo tipo de açaã o, naã o cabe para defender direito
individual, para que haja substituiçaã o eí necessaí rio que exista coletividade
iii. Jus postulanti – ateí 2º grau – pode ter do empregado ou do empregador –
naã o tem valor para usar
i. Litisconsortes
i. Necessaí rio: eí difíícil encontrar na justiça do trabalho porque se trata de
direito personalííssimo
ii. Facultativo: esse eí possíível encontra no direito do trabalho
iii. Artigo 842 CLT
iv. No caso de grupo econoê mico naã o eí preciso chamar na petiçaã o inicial
todos as empresas que fazem parte daquele grupo, pois quando for entrar
com a execuçaã o pode-se escolher para qual empresa para qual vai se
dirigir a execuçaã o
j. Advogados na justiça do trabalho e honoraí rios de sucumbeê ncia
i. SUM 425 TST
ii. Artigo 85, §3º ao 7º CPC – quando contra a Fazenda Puí blica
iii. Precisa de advogado para ingressar com a açaã o na Justiça do trabalho
iv. Novo CPC diz que naã o eí possíível compensar os honoraí rios de
sucumbeê ncia quando for recííproca, poois ele eí do advogado, entaã o cada
parte teraí que pagar
v. Haí honoraí rios de sucumbeê ncia na Justiça do Trabalho? Sim e naã o
1. Se for o caso de sindicato que contrata advogados teraí honoraí rios,
bem como nos casos de assisteê ncia
vi. Lei 5584/70
vii. SUM 219 TST – traz os casos de honoraí rios de sucumbeê ncia
viii. Para que haja honoraí rio de sucumbeê ncia na justiça do trabalho eí preciso
que a parte esteja representada pelo sindicato, ou seja, hipossuficiente
aqui naã o eí soí o fato de perder a causa, eí preciso o reconhecimento dos
demais requisitos. Nos demais casos naã o seraã o devidos
ix. Entre empregado x empregador naã o tem honoraí rios de sucumbeê ncia,
pois existe o jus postulanti, entaã o se haí a contrataçaã o de advogado eí luxo
x. Artigo 389 e 404 CPC
1. Pagar a díívida + honoraí rios do advogado do credor
k. Assisteê ncia judiciaí ria e justiça gratuita
i. Artigos 790 CLT e 98 CPPC
ii. O primeiro saã o os beneficiaí rios da justiça gratuita na justiça do trabalho.
O segundo diz respeito ao momento, que pode ser a qualquer tempo ateí a
fase recursal, artigo 98 CPC
iii. Na justiça do trabalho naã o tem muitos problemas com a assisteê ncia
gratuita para os empregados que recebem ateí 2 salaí rios míínimos, ou se
recebe mais, mas naã o tem condiçoã es de pagar. No caso do empregador
pagaraí , naã o tem gratuidade – 1º corrente
iv. Tanto o empregado como o empregador tem direito aà gratuidade da
justiça – 2º corrente
v. Artigo 791 CLT
l. Intervençaã o de terceiros
i. Soí vem para complicar o processo, por isso quase naã o se admite na CLT
ii. A CLT soí admite uma hipoí tese de intervençaã o de terceiros
iii. Artigo 119 CPC seguintes – na assisteê ncia
iv. Artigo 138 CPC – Amicus Curie – amigo da corte
v. Aplicaçaã o dos artigos 338 e 339 do CPC
vi. Artigo 682 CPC seguintes – oposiçaã o – uma açaã o autoê noma que pode ser
feita ateí a sentença
vii. Artigo 125 CPC seguintes – denunciaçaã o aà lide – possibilidade – artigo
486 CLT
viii. Artigo 130 CPC – chamamento ao processo – possibilidade
5. Atos e prazos processuais
a. Princíípios que regem os atos processuais
i. Princíípio da publicidade – artigo 770 CLT
1. Saã o puí blicos, salvo quando determinar o interesse social
2. Excepcionalmente haveraí sigilo na justiça do trabalho
ii. Princíípio dos limites temporais
1. Entre 06h00min e 20h00min
2. Resoluçaã o – 136/2014 e Lei 11414/2006 – processo eletroê nico
a. Ateí as 24h do uí ltimo dia do prazo eí possíível realizar os atos
processuais no processo eletroê nico
iii. Forma de realizaçaã o dos atos processuais
1. Preclusaã o – eí a perca do tempo para realizar o ato processual
iv. Contagem do prazo
1. Prazo do dia da notificaçaã o/citaçaã o (sinoê nimos) naã o conta o dia do
começo, começa a contar a partir do dia subsequü ente ateí o ultimo
dia
v. Notificaçaã o/citaçaã o
1. Chamar o reí u para entrar no processo
2. Artigo 841 CLT – regra geral – pelos correios
3. Naã o necessariamente pessoalmente, basta ser entregue no
endereço
4. Possibilidade por edital ou por oficial
vi. Intimaçaã o
vii. EÉ feita pelos advogados e estes comunicam seus clientes
viii. A contestaçaã o na justiça do trabalho eí ato da audieê ncia – no dia da
audieê ncia que eí feita
6. Despesas processuais – custas
a. Na justiça do trabalho temos custas processuais e emolumentos
i. Artigo 789 CLT – custas
1. Quando paga? 2% sempre, com base no valor final da condenaçaã o
ou acordo
2. Quem paga? O vencido/condenado
3. Quando paga?
a. Ao final apoí s o transito em julgado da sentença
b. Se houver recurso seraí na interposiçaã o do recurso
4. Se desistir da açaã o seraí 2% sobre o valor que constar na inicial
5. Na justiça do trabalho naã o tem honoraí rios sucumbeê ncias
recííprocos. Quem vai pagar eí soí aquele que foi condenado a pagar
algo. Calculado sobre o valor da condenaçaã o
6. Se houver acordo, caberaí montantes iguais para cada uma das
partes
7. Custas do processo de execuçaã o - artigo 789-A CLT
7. Nulidade
a. Artigo 795 CLT
b. Naã o se anula ato que naã o trouxe prejuíízo
c. Se causar prejuíízo seraí declarado nulidade
d. Tem que ser arguü ida no primeiro momento que se fala nos autos em audieê ncia
8. Requisitos da petiçaã o inicial
a. Requisitos da PI
b. Artigo 840 CLT
c. Pode ser escrita ou verbal (neste uí ltimo o jus postulanti)
d. Designaçaã o da autoridade judiciaí ria – competeê ncia
e. Qualificaçaã o das partes
f. Causa de pedir
g. Pedidos – certo e determinado ou pode ser geneí rico
h. Data e assinatura

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