Você está na página 1de 15
Terga-feira, 6 de Outubro de 2015 I SERIE — Numero 79 » BOLETIM DA REPUBLICA PUBLICAGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE MOCAMBIQUE SUPLEMENTO IMPRENSA NACIONAL DE MOGAMBIQUE, E.P. AVISO ‘A maria a publcar po «Boletmn da Repiblica» deve. ser remetida fem e6pia devidamente autenticada, uma por cada aseunte, donce consi, além dasindcagdes noceseésias para esse etelt,o averbemerto Sequinte, assinado e aulenticado: Para publicago no «Boletlm da Republica» ‘i SUMARIO. Assembieia da Repiblica: Lein= 62018: Cia o Sistema de informagio de Crédito de Gestéo Privada, Letn= 772018: ‘Alieracrepublicaa Lei n°24/2013,de | de Novembro. que aprova Lei Orginia da Jurisdigdo Adminisirativa. Lela ams: ‘Altera republican Lei n? 14/2014, de 14 de Agosto, que aprova a Lei da Organizacio, Puncionamento e Processo da Secgo de Contas Pblicas do Tribunal Administrativo. ASSEMBLEIA DA REPULICA Lei n @/2015 408 de Outubro Havendo necessidade de estabelecer o quadro legal que disciplina’a constiwigdo ¢ funcionamento de entidades que prestam servigos de gestdo de informagdes de crédito ede pagamentoao abrigo don. | do antigo 179, da Constituigo, a Assembleia da Repailica, determina: CAPITULOT Disposigses gerals ‘Axnico 1 (Object0) 1A presente Lei cria o Sistema de Informagio de Crédito de Gestiio Privada em Mocambique ¢ estabelece as. normas do seu funcionamento, 2. 0 sistema referido no n° 1 do presente artigo é composto pelo conjunto de centrais de informagdo de crédito de gestio Privada, seus processos operacionais, provedores de dados, assinantes e clientes. Agtioo 2 (Ampito de apticagéo) A presente Lei aplica-se as centrais de informagao de crédito, provedores de dados, assinantes e clientes, Axmioo 3 (@etintgses) As definig6es dos termos usados na presente Lei constam do Glossério em anexo, que dela faz parte integrante. CAPITULO II Licenciamento Agnico 4 (Obrigatoriedede de ticenclaments) 1. A constituigo de centrais de informagio de crédito esté sujeita.ao licenciamento prévio do Banco de Mocambique. 2., licenga concedida pelo Banco de Mocambique ¢ intrans- missivel ¢ inegocisvel. ‘Agno 5 (Peside da tenga} 1.0 pedido de licenga deve ser acompanhado de documentos ‘que comprover 4) a idoneidade dos proponentes; ‘6) a capacidade financeira dos proponentes, para garantit ‘a estabilidade da Central de Informagio de Crédito; ©) a viabilidade do projecto. 2. O Regulamento da Lei especifica a informagdo, os doc. mentos eos procedimentos necessérios para. ainstrugo-do pedido de licenca. Agnco 6 (Coducidade da tcongs) Aicenga eaduca se: 4@) a insttuigdo nil for constituida no prazo de seis meses a contar da data da autorizago; +) a instituigdo ni iniciar a actividade no prazo de doze ‘meses a contar da data da autorizag0; ©) 0s requerentes a ela ex Fenunciarem antes doinlodasetvidae ; 6 DE OUTUBRO DE 2015, 7 ‘Anexo GLOSSARIO A Assinante: pessoa definida nos termos da presente Lei como clegivel para aceder a relatsrios de Centrais de Informagio de Créaito, ‘Aviso: acto normative do Governador do Banca dde Mogambique no evercteio das suas competéncias 8 Base de dados: conjunto de dados devidumente relacionados, ‘administradas por uma Central de Informagio de Crédito. i Central de Informagdo de Crédito: empresa devidamente organizada e registada sob as leis le Mogambique, licenciada pelo Banco de Mogambique para exercer as actividades estabelecidas no artigo 9 da presente Lei. Cliente: pessoa singular ou colectiva que. no ambito dda presente Lei, se enconira contratualmente vinculada a um ou mais provedores de dados ou assinantes. (Crédit: acto pelo qual uma entidade,agindo a titulo oneroso, coloca ou promete colocar fundos a disposigdo de uma outra entidade contra a promessa de esta thos restituir na data de vencimento, ou contrai, no interesse da mesma, uma obrigagiio por assinatura, ‘ 1 Informagées de cliente: informagdes de crédito, de paga- mento, financeiras ¢ patrimoniais relativas a um cliente, identificado ou idemtifcavel, incluindo os dados sobre a sua identificagio. Um cliente identificdvel ¢ todo aquele que pode ser identificado, directa ou indirectamente, nomeadamente por referéncia pessoal ou do nome de empresa, data de nascimento ‘ou data de estabelecimento, enderego. identificagao ou NUIT, ou outros factores especificas de identificagdo ou de comportamento do cliente i Informagdes de erédito: todas as informagoes relativas ‘0s contratos de erédito de um cliente nos termos definidos ra [oi das inslituigdes de crédito ¢ sociedades financeiras Informagdes negativas: informagdes relativas uo incum: primento das obrigagdes contratuais financeiras do cliente. Informagées de pagamento: declaragtes factuais sobre ‘© comportamento de pagamento relativo a uma conta aberta para o fornecimento de bens ou servigos a0 longo de um perro de tempo, InformagGes positivas:informagies relativas ascumprimento das obrigagSes contratuais financeiras do cliente Informacdes pablicas: quaisquer informagdes sobre um cliente registadas em bases de dados de entidades pablicas ue tenham sido categorizadas como sendin de acesso pablico, N Notagio: sistema automatizado de avaliagdo de um clionte ‘com hase em procediimentosestalisticos que usa o comportamento passado ou caracteriticas do cliente com 0 vbjectivo de prever ‘6 comportamento de reembols0. P Padronizagdo de dados: formato usido pelos provedores ‘de dadios para submeterem informagdes.s cenirais de informago, de crédito, Pagamentos diferidos: ctntraprestagdo pecuniriaefectuada, em parcelas ou na totalidade, em data posterior & agulsigdo ‘de bens ou servigos a que diz respeit. 580 — @) antes obrigatérios: pessoas obrigadas a servir como provedores de dados e assinantes. Provedor de dados: pessoa que, de forma regular, envia informagSes sobre clientes e scu respectivo hist6ricn de crédito para as centrais de informagio de erédito, nos termos de um acordo de submissdo dados, ou eutras fontes de informagao reconhecidas pels ll R Relatério de Centrais de Informagio de Crédito: comunicagio escrita ou electronica fcita por uma Central de Informago de Crédivo que contenha informagdo financeira creditcia do cliente. 8 Sector: segmento da actividade econémica eujos actores se caracterizam por terem © mesmo objecto social ou actividade principal, entendendo-se como principal a actividade que representa maior imporiincia para 0 actor. Sistema de informagdo de erédito: conjunio de centrais de informagéo de crédito de gest privada, scus processos ‘operacionais, provedores de dados, assinants ¢ clientes, Lei n.° 7/2015 de 6 de Outubro Havendo necessidade de clarificar 0 ambito da jutisdi¢0, da actuagio territorial e das competéncias do Tribunal Administrativo, dos Tribunals Administrativos Provinciais edo Tribunal Adminisirativo da Cidade de Maputo, ao abrigo do disposto no.artigo 231 conjugado com on? | do artigo 179 ambos da Constituigao,a Assembleia da Repdblica determina: ARngo | (Alteracio a Lel n* 2472019, de 1 de Novembro) ‘Sdoalterados os artigos 1,3,4,5, 13, 15, 19,20,23,26, 28,33, 34,39, 40, 41, 43,44, 45, 46, 47, 50, 51, 60, 62, 65, 66, 67, 69, 71, 72,76 ¢ 77 da Lei n. 24/2013;de 1 de Novembro e passam tera seguinte redacgio; “Agno | (Ambito ae jurisaigto) 1. O contencioso administrativo ¢ a fiscalizagao prévia da legalidade das reccitas ¢ das despesas pblicas, através do visto, so exercidas pelo Tribunal Administrativo, pelos ‘Tribunais Administrativos Provinciais e polo Tribunal ‘Administrative da Cidade de Maputo. « 2..A fiscalizagio concomitante c sucessiva das reccitas ‘edesposas pablicas é exereida pelo Tribunal Administrativo. 3 4. 0 Tribunal Administrative € o érgio superior da hierarquia dos Tribunais Administrativos provinciais ¢ da Cidade de Maputo, dos tribunais fiscais e dos tribunais aduaneiros ¢ oulros de jurisdigao-administrativa definidos por ei Agric 3 (Grados de Jurleciedo) 1s 2. Constituem o Tribunal Admi Aon +b) aPrimeira Socedo,em primeirse segunda instincias, ios termos do artigo 17 da presente Lei; strativo: 580 — (10) ISERIE ~ NUMERO 79 Ja Segunda Seegiio, em primeira e segunda sidncias, nos terms Jo artigo 17 da presente Li d) a Terceira Seego ¢ subseceses referidas os termos do artigo 17 da presente Lei, que { inciona em primeita instincia no dmbito da ‘iscalizagio cconcomitante ¢ sucessivae em segi nda instincia rho dimbito da fisealizagdo previa. 3. Os tribunais administrativos provinciais ¢ 0 Tribunal ‘Administrative da Cidade de Maputo constituem érgios de jutisdigio de primeira instincta no ambito do contcncicso ‘administrativo e fisealizagio previa. 4. 6 Awigo4 (Fungo jurtsdicional) 1 Compete a0 Tribunal Administrative: 4) julgaras aegSes e recursos que tenham por objeto fgias emergentes das relagées juridico- administrativas; 6 ¢ 2, Compete aos tribunais administrativos provinciais eno Tribunal Administrativo da Cidade de Maputo: 4) julgar as acgtes e os recursos que tenham por bjecto litigios emergentes das relagdes juridico: adininistrativas em primeira instancia: drt o) a fiscalizagiio prévia, através do Visto, dos actos € coniraios dos drains entidades sob a sua jurisdigao; ) 4 efectivagio da responsabilidade por infracgaio financeira no fmbito da sua actuacao, Axrigo 5 (mites da jurist Encontram-se excluidas da jurisdigio do Tribunal Administrativo, dos tribunals administrativos provineiais e do Tribunal Administrativo da Cidade de Maputo ‘a apreciagto e decisio relativas a ees Bye ane Dok ® f 8) Agrigo 13 {(Declaragéo de liegalidade de normas) 1 A 3. Sempre que motivos de equidade ou interesse pablico. Ue excepeional relevo, assim 0 exijam, pade o Tribunal Administrativo.em deci sto especificamente fundamentada, utribuir os efeitos da deelaracio 2 data du entrada em vigor dda norma ou a momento posterior. 4. A retroactividade previsia no ndmero anterior iio aeeta, os easos julgados, excepts decisao em contririo do Tribunal Administrativo, sempre que «norm respeitar a sancionatiia efor menos favarivel ao administrado, 5. Excluem-se do regime de declaragao de ilegalidade determinado neste preceito a inconstitucionalidade das leis Agno 15 {(Olretto subsidtéio) Si aplicdveis a0 Tribunal Administrativo, aos tribunais administrativos provineiais e uo Tribunal Administrative: da Cidade de Maputo. quanto ao que nfo se achar mente previsio, as UisposigGes rlativasos tribunals Asrico 19 (Preenchimento das secgbee) 6, Revogado. Aa 0.20 {Womes¢do, demissio, posee © exericio do cargo ‘de presidente) 1 3.0 Presidente do Tribunal Administrativo s6 pode ser demitido ou suspenso do exercicio das suas funedes por incapacidade fisica ou psiquica comprovads ou por grave motivo de ordem mora, disciplinare criminal 4 Axmico 23 (Competéncias do presidente) * bya 9 a ° D ae i). on j) conterir posse © demitir os jurres-president dos tribunais adminisicativos provineiais, ‘doTribunal Administrativo da Cidade de Maputo, dios tribunais fiscais v dos wibunais adusnelros wy » a) n) nomear, conferir posse, demitir © exonerar ‘6 Seeretirio-Geral do Tribunal Administrativo; 0). ‘p)laver as nomeagiies, demissdes © propostas que por Jei Ihe forem conferidas: qhemitir diectivas ¢ instrugdes de candeter venérice. itigidas ws tibunaisadministrativos provinciis, aa0‘Tribunal Administrative da Cidade de Maputo, ‘aos wibunais fiscais e aos tribunais aduaneitos com vista a uma maior elicdcia ¢ qualidade da administragso da justi rn 6. DE QUTUBRO DE 2015 Awrio 26 (Competéneia do Plenério) L, Compete ao Plendrio apreciar em mat ede dirvito: a) b) Oo b 0 recursos dos accrdios das seeytes que.em relagiio, ‘a0 mesmo fundamento de diteito € na auséncia de alteragdo substancial de regulamentagiio juridiea, pertithom solugdo oposta d de accrdios das mesmas seceoes: D 9” hy 0 dD ‘outros recursos ¢ pedidos conferides por lei stogAD ML Contenciose Administrative Agrico 28 (Competéncia da Primera Seccto) Compete & Secgdo do Contencioso Administrative eonhecer: a 6) <6} 0s recursos dos acces dos tribunuis administrativos provineiais ¢ do Tribunal Administrativo da Cidade de Maputo: Dat ) & Devs g)et Fh) outros recursos ¢ pedidos que lhe forem confiados SECCAOV 390 de Contas Publica Amico 33 (Competéncias ds Subseccio de Fiscalizacao Prévia dda Seceao de Contas Publicas) 1. Compete a Secgio das Contas Piblieas no émbito da Fiscalizagdo prévia, através do visio, verificar a conformidade com as leis em vigor ¢ 0 cabimento, orgamental, dos seguintes actos praticados por 61 {de Soberania ou seus titulares, pelo Primeiro-Ministro ¢ por ‘membros do Conselho de Ministrus: a)... » 2 a 2. Compute ainda a esta Secgdo. conhecer das recursos interpasios dos tribunais administrativos provineiais do Tribunal do Administrative da Cidade de Maputo, ro bite da fiscalizagio previa. s80-= (11) ‘Agrico 34 (Competénelas da Subsecedo de Fiscalizagao Concomi- ante © Sucessiva da Secgao de Contas Publicas) Cor pete & Subscegto de Fiscalizagio Concomitante © Suce:siva da Secgdo das Contas Publicas n0 Ambito ddas rece. las das despesas piblicas: e decidir sobre outras matérias atribuilas e) revogada, Arico 39 (Fungées) 0s tribunals administrativos provinciais ¢ o Tribunal Administrative da Cidade de Maputo séo drgios de jurisdigdo administrativa, de primeira instincia, com Ccompeténcias em matéria de contencioso administrative da fiscalizagdo prévia,atray 6s do Visto, n0s termos da ei Arnie 40 (Recursos) s decisGes dos tribunals administrativos provinciais € do Tribunal Administrative da Cidade de Maputo, no Aimbito do contenciaso administrative, cabe recurso para a Primeira Secgiio, tanto em matéria de facto como ‘em matéria de direito. 3. Das decisdies dos tribunals administrativos provineiais: © do Tribunal Administrative da Cidade de*Maputo, no dimbito da Fiscalizago Prévia, eabe recurso a Secgio ‘de Contas Pilblicas, que julga em segunda etltima instancia Aguso 41 (Ambto territorit) ' 2, 3. 6 Tribunal Administrativo Provincial eo Tribunal Administrative da Cidade de Maputo podem organivat- secgdes. sempre que volume, a complexidade da actividade jjurisdicional equirts cireunstanciasrelevantes o justifiquem Arico 43 (Constituiedo) 1. 0 Tribunal Administrativo Provincial © o Tribunal Administrative da Cidade de Maputo € composto por quatro juizes, sendo um deles o presidente do tribunal. 2 Agnico 4 (Periodo de mandato) ‘Omandato do juiz- presidente doTribunal Administrative Provincial ¢ do Tribunal Administrative da Cidade ide Maputo € de cinco anos, podendo ser renoviado por uma 86 ve7, por igual periodo. . Ano 45 (Competéncias do julz-presidente) 1. Compete aos jutves presidentes dos tribunais ‘administrativos provinciais © do Tribunal Administrative, da Cidade de Maputo: a) ou b) 380 — 12) Oe 4 es A) nomear, colocar, transferir, promover, exonerar t praticar, em geral, todos os actos de idéntica natureza, referentes aos funciondrios dos respectivos tribunais, desde que nao se trate de rmatérias da competéncia do Conselho Superior dda Magistratura Judicial Administrativa; Arrigo 46 (Funcionamento) 1 2. 3. O Tribunal Administrative Provincial ¢ o Tribunal Administrativo da Cidade de Maputo apenas podem deliberar validamente com pelo menos trés quartos do scu cfectiva. 4. Scat ey - ‘Agmigo 47 (Carrio « servigos de apoto) 1, Emcada Tribunal Administrativo Provincial e Tribunal ‘Administrativo da Cidade de Maputo ha um canrio chefiado por um escrivo de direito, ana Boy Arrico 50 {Competéncias em razio da matéria) 1. No 4mbito do contencioso administrativo, compete aos tribunais administrativos Provinciais ¢ ao Tribunal ‘Administrativo da Cidade de Maputo conhecer: 4) 0$ recursos de actos administrativos ou em matéria ‘administrativa praticados por qualquer autoridade rndo compreendida nas alineas a) ¢ 6), don. t do artigo 26 ¢ nas alfneas a) ¢ 6), do antigo 28 da presente Leis Dyan ie das 2) cath ') a fscalizagdo prévia, compete aos tribunals strativos provinciais ¢ a0 Tribunal Administrativo. da Cidade de Maputo verificar, através do visto, 1 conformidade com as leis em vigor dos actos ¢ contratos constantes das alineas a) b).c) ed) do artigo 33 da presente SERIE — NUMERO 79 Lei, praticados por autoridades que ndo sejam 0 Conselho. de Ministros ou 0 seu titular, o Primeiro-Ministro ¢ membros do Conselho de Ministros. 3. Revogado, 4, Cahe, ainda. 20s tribunais administrativos provinciais © a0 Tribunal Administrative da Cidade de Maputo, conhecer de outras matérias conferidas por lei ‘Axnigo 31 (Ambite da competéncia territorial) ‘A jurisdigo dos tribunals administrativos provinciais edo Tribunal Administrativoda Cidade de Maputo cxerce-se na drea territorial administrativa definida por lei ‘Axrigo 60 (Categoria dos jutzes) s jutzes dos tribunis administrativos provinciais ‘edo Tribunal Administrativoda Cidade de Maputo possuem ‘categoria idémtica A de juizes de dircito dos tribunals fiscais ‘caduanciros, bem como dos tribunais judiciais provineiais, Axio 62 (Composigi ¢ funcionamento) |. Para efeitos de direc¢do do aparelho judicisrio administrativo, 0 Tribunal Administrative dispde de um aparelho proprio, de cardcter administratiyo, integrando 0 Secretétio - Geral e os demais funciondrios, subordinados 0 Presidente do Tribunal Adminisiraivo, 2, ‘Azmic0 65 (Compose e tunctonsmentc) 1, © Conselho Judicial dos tribunais administrativos € constituido pelo Presidente do Tribunal Administrativo, pelos presidentes das secg6es do Tribunal Administrativo, pelos jufzes - presidentes dos wribunsis administrativos provinciais, Tribunal Administrativo da Cidade de Maputo, pelos jufzes-presidentes tribunais iscais ¢ tribunais aduaneiros ¢ pelo Sceretério - Geral do Tribunal ‘Administrativo, Be 3.0 Conselho Judicial ds tribunais administrativos rine. se, ordinariamente, uma vez ao ano ¢, extraordinariamente, sempre que tal se justifique, mediante convocatéria do Presidente do Tribunal Administrative, ow a requerimento de, pelo menos, um tergo dos scus membros aeae 5 Arico 66 (Competéncia do Consetho Judicial dos tribunsie adminlstrativos) a) dy Oa Cee: ¢) apreciar a proposta do orgamento anual dos Tribunais Administrativos Provinciais, do Tribunal Administrative da Cidade de Maputo. ddos Tribunais Fiseais ¢ Tribunais Aduaneiro A 6 DE OUTUBRO DE 2015, : Axmigo 67 (Competéneta) Compete, a0 Presidente do Tribunal Administrative na direcgao do aparelho judicidrio administrativo, designadamente: a). by presidir a0 Consetho Judicial dos tribunais administrativos: ©) controlar a execugao das decisdes do Conselho Judicial dos tibunais administrativos; Axio 69 _ARepresentacdo) ‘Nos tribunals administrativos provinciais © no Tribunal ‘Administrativo da Cidade de Maputo, o Ministério Piblico 6 representado por Procuradores da Republica, de nivel provincial. Agmigo 71 (Bervigos) - O Tribunal Administrativo, os tibunais administrativos. provinciais eo Tribunal Administrativo da Cidade de Maputo. dispSem de secretarias,cartGrios e outros servigos de apoio, nos termos a definir por diploma proprio. Agnigo 72 (Asceseores), Sempre que 0 volume ou a complexidade do servigo © justificar, sio nomeados no Tribunal Administrativo, nos Tribunais Administrativos Provinciais, nb Tribunal ‘Administrativo da Cidade de Maputo, nos Tribunais Fiscais € nos Tribunais Aduanciros, assessores técnicos para coadjuvarem os juizes no exercicio de fungdes, Agnico 76 (Tribunals adminiatratives provinclels @ Tribunal Administrative a Cidade de Maputo) Enquanto no entrarem em funcionamento os tribunais administrativos provinciais ¢ o Tribunal Administrative da Cidade de Maputo, as suas competGncias so exercidas pelo, ‘Tribunal Administrative. ‘Agnico 77 (Gurtecigéo provissriay ‘Transitoriamente, enquanto no funcionarem todos 0s tribunais administrativos provinciais ¢ o tribunal ‘Administrative da Cidade de Maputo, ou, a qualquer momento, verificando-se interesse ou interesses relevantes por parte da Administragdo Pablica, a jurisdigd0 territorial {de um tsibunal administrative pode abranger mais do que uma provincia.” Axnco 2 {Entrada em vigor) ‘A presente Lei entra em vigor na data da sus publicagzo. 580 — (13) ‘Agngo 3 (Republicagio E republicada, em anexo a presente Lei, da qual faz. parte Integrante,a Lei n,° 24/2013, de 1 de Novembro, com a redacgao actual, Aprovada pela Assembleia da Repablica, aos 29 de Julho de 2015. ‘APresidente da Assembleia da Repsiblica , Verdniea Nataniel Macao Nalovo. Promulgada,aos | de Setembro 2015. Publique-se. (© Presidente da Repsiblica, Fire JAcisTo Nvwst Republicagao da Lei n.° 24/2013, de 1 de Novembro, Lei Organica de Jurisdigéo Administrativa CAPITULOT Dieposigdes gerais ‘Axmico | (Ambito do juriecicto) 1, © contencioso administrativo ¢ a fiscalizagio prévia da legalidade das receitas c das despesas pablicas, através do visto, so exercidas pelo Tribunal Administrativo, pelos Tribunais Administrativos Provinciais ¢ pelo Tribunal Administrativo da Cidade de Maputo. 2. A fiscalizagdo concomitante e sucessiva das reccitas « despesas publicas ¢ exercida pelo Tribunal Administrativo. 3, Compete, ainda, 20 Tribunal Administrativo 0 exercicio 0 coniencioso fiscal e aduaneiro, em instGncia tnica ou em segunda c terccira instincias. “4.0 Tribunal Administrativo 6 0 6rglo superior da hierarquia dos Tribunais Administrativos provinciais e da Cidade de Maputo, dos tribunais fiseais ¢ dos tribunais aduaneiros outros de jurisdigdo administrativa definidos por le ‘Agno 2 (Bimbo de nctuagao territorial) 1.0 Tribunal Administrative exerce a sua jurisdi¢o em todo o terit6rio da Replica de Mogambique. 2. Os tribunals administrativos provinciais e o Tribunal ‘Administrativo da Cidade de Maputo tém jurisdigio no espago lerttorial respectivo, definido por lei 3. Os ribunais administrativos provineiais acrescentam a identiicagio da drea territorial corespondente sua designaggo “Tribunal Administrativo Provincial”. Axnco3 (Grats de uriedieso) 1. So érpios de jurisdigao: 4) 0 Tribunal Administrativo; +) 0s tribunais administrativos provinciais ¢ o Tribunal ‘Aéministrativo da Cidade de Maputo; 0s tribunals fiseais 4) 0s tibunais aduanciros, 2. Constituem 0 Tribunal Administra a) 0 Plendrio, como ui o artigo 26 da presente Li +) a Primeira Secgdo, em primeira ¢ segunda instancias, ros termos do artigo 17 da presente Leis, os termos. 580 ~ (14) SERIE — NUMERO 79 c) a Segunda Secgao, em primeira e segunda i ros termos do artigo 17 da presente Li d) a Terceita Secgao © suisecgies referidas nos termos do antigo 17 da presente Lei, que funciona em primeira instdncia no Ambito da fiscalizagGo concomitante © sucessiva e em segunda instdncia no ambito da fiscalizagao previa, 3. Os tribunais administrativos provi Administrativo da Cidade de Maputo constituem orgaos de jurisdigdo de primeira insténcia no Ambito do contencioso administrativo ¢ fiscalizagdo prévia, 4. Os tribunais fiscais constituem drgtos de jurisdigio de primeira instancia nos litigios decorrentes das relayses Juriico-fscais 5, Os tribunals aduaneiros constituem Sreaos de jurisdigdo de primeira instncia investidos na fungao de jugar as infraceSes e dirimirlitigios sobre matérias rolativas& legislagao auanecir. 6, Podem constituir-se tribunals arbitrais em relagio {405 Coniratos administrativos a responsabilidade civil contratual ou extracontratual ¢ a0 contencioso dos actos de contetido predominantemente econémico ‘Agrigo 4 (Fungao juredictonal) 1, Compete 20 Tribunal Administrativo: 4) julgaras acgbes e recursos que tenham por objecto lit emergentes das relagdes juridico-administrativas; 4) o,controlo da legalidade dos actos administrativos € da aplicagdo das normas regulamentares emitidas pela Administragao Publica do nfvel central; €) a fisealizagio das receitas e das despesas publicas © a respectiva efectivagao da responsabilidade por infracgdo financeira, 2. Compete aos tribunais administrativos provinciais 20 Tribunal Administrativo da Cidade de Maputo: a) julgar as acgSes ¢ os recursos que tenham por objecto litigios emergentes das relagdes juridico- -adminisiativas em primeira instincia: b) 0 controlo da legalidade dos actos administrativos da aplicagdo das normas regulamentares emitidas pela Administragio Pablica do nivel provincial, distrital e autérquico, que ndo sejam da competéncia dos tribunais fiscais ¢ dos tribunals aduanciros; «) a fiscalizagio prévia, através do Visio, dos actos ¢ con- tratos dos érgos ¢ entidades sob a sua jurisdigo; 4) acfectivagao da responsabilidade por infraceao financeira no ambito da sua actuagao. Axnac (Limites da urtedicto) Encontram-se exciuidas da jurisdigao do Tribunal Administrativo, dos tribunais administrativos provinciais edo Tribunal Administrativo da Cidade de Maputo, a apreciacéo ce decisao relativas 1a) actos praticados no exercfcio da fungao politica responsabilidade pelos danos decorrentes desse exercicio; 4) normas legislativas ¢ responsabilidade pelos danos decorrentes do exercicio da funga0 legislativa; ¢) acios relativos & instrucdo criminal € a0 exercicio dda acgdo penal em matéria criminal; @) qualificagao de bens como pertencendo ao dominio pilblico e actos de delimitagio destes com bens de outra natureza €) quest6es de direito privado, ainda que qualquer das partes ja pessoa de direito piblicn; ‘P) actos cuja apreciagao pertenga por Ici t competéncia de outros tribunals; 4g) actos estritamente técnicos relacionados com matéria fiscal eaduancira, exclufdos porlegislagao espectfica, Agmigo 6 (Normas © principles inconstituctonals) Ajutisdigdo administrativa no pode apicarleis oi prinefpios que ofendam a Consttuigdo da Repablica Agric 7 (Pressupostos processuais) Qexercicio de meios processuais que sejam da competéncia do Tribunal Administrativo, dos tribunais administrativos provinciais, do Tribunal Administrative da Cidade de Maputo, cos tribunals fseais ctribunais aduaneiros depende dos pressupostos fixados por ei Axnico8 (Watureza e objecto do recurso contencioso) Os recursos contenciosas so de mera logalidade ¢ tém por objecto a anulago ou declaragao de nulidade, ou declaragiio de inexist€ncia juridica dos actos recorridos, excepluada qualquer disposigdo em contritio. Agnao 9 (Competéncia em ra2so do autor do acto) Acompeténcia para o conhecimento das recursos contenciosos 6 determinada pelo cargo da autoridade que tiver praticado. ‘acto impugnads, ineluindo-se os actos praticados por delega¢a0 de padres. ‘Anmico 10 (Flxagio da competéncia) L.A competéncia fixa-se no momento da propositura da causa, sendo irrelevantes as modificagSes de facto ocorridas posteriormente. 2, Sdo igualmente irrelevantes as modificagGes de dircito, ‘excepto se or suprimida o tribunal a quea causa estava afecia ou se deixar de ser competente em razdo da matéria eda hierarquia, ‘ou The foi atribuida competéncia de que inicialmente carecesse para o conhecimento da causa. Agrico 11 (Contras administatvoe) 1. Para efeitos de competéneia contenciosa, considera-se como conteato administrative o acordo de vontades plo qual se constitu, modifica ou extingue uma relagGo jurdiea de dircito administrative, 2. Constituem fundamentalmente contratos administrativos «os contrates de empreitada de obras piblicas, de concessio de obras ptiblicas, de concessao de servigos puiblicos, de concessdo {e uso prvativo do dominio pablico, de exploragio de jogos de fortuna ou de azar eos contratos de fornecimento continuo ¢ de prestagdo de servigos celebrados pela Adminstragao para fins de imediata wilidade publica 3. permitidoo recurso contencioso de actos adminisrativos destacaveis relatives & formagio e execute dos coniratos administatives. Agmigo 12 (nexteténela de algada) Na jurisdigdo administrativa ndo hé algada. 6. DE OUTUBRO DE 2015 Arico 13 (Doctaragéo de llegalidade de normac) 1A declaragao, com forga obrigatsria geral, da ilegalidade de uma norma regulamentar emitida pela Administrago Publica, nos termos da presente Lei, apenas produz efeitos a partir ‘do momento do seu trinsito em julgado, 2. A declaragio de ilegalidade de uma norma conduz A repristinagao das que a mesma tenha revagado, excepto se, por ‘outro motivo, tiverem deixado de vigorar. 3. Sempre que motivos de equidade ou imeresse piblico, de excepcional relevo, assim 0 exijam, pode 0 Tribunal Administrativo, em decisdo espeeificamente fundamentada, atribuir os efeitos da declaragdo 4 data ds entrada em vigor da norma ou a momento posterior. 4A reiroactividade prevists ny niimero ant 1 nfo afecta, ‘0s casos julgados, exeepto decisdo em contririo do Tribunal Administrativo, sempre que a norma respeitar a mat sancionatGria e for menos fayoravel ao aalministrado, 5. Excliem-se do regime de declaragio de ilegalidade determinado neste preceito a inconstitucionalidade das leis € 1 ilegalidade dos actos normativos dos drgiios do Estado, Axnico 14 {intervengao de técnicos) LAs leis processuais fixam os casos e a forma de intervened {de enicos para prestarem assist@ncia wos julzes. os representantes do Ministério Pablico e aos representantes do Ministério que superintende & drea Finangas. 2. A intervengia de téenicos para assisténcia aos representanies do Ministério Pablico junto da jurisdigdo fiscal, € obrigatéria, ngs termos Constantes das leis processus. Agnigo 15 (Direito subsidiario) Sao aplicaveis uo Tribunal Administrative, aos tribunais administrativos provinciais ¢ a0 Tribunal Administrativo da Cidade de Maputo, quanto ao gue nfo se achar especialmente previsto, as disposigdes relativas aos telbunais judicinis, com CAPITULO IT ‘Tribunal Administrative SECCAO! Disposigdes comuns Axmico 16 (Sede) (© Tribunal Administrative vem a sua sede na capital do Pat, Agrico 17 (Secedes) 1, Constituem seegdes do Tribunal Administrative: 1a) a Primeira Seco - Contencioso Administrative: +) a Segunda Secedo - Contencioso Fiscal ¢ Aduaneiro; ¢)a Tercera Secgio - Contas Pablicas. 2..A Terceira Secgao compreende: 4) a Primeira Subsecedo « Fiscalizagao Prévia, +) a Segunda Subsecgao - Fiscalizagzo Concomitante e Sucessiva, 580 — (15) Agno 18 (Composiedo do tribunal) © Tribunal Administrativo € composto pelo Presidente do Tribunal e dezoito jufzes consetheitos: Axrico 19 (Preenchimento das secg8ee) 1. Os jurees conselheiros so nomeados para cada uma das Seogses subsecgses, sm prejulzo de poderem seragresados a oulra secglo ou subseegfo a fim de acorrer a necessidades pontuais de sezvigo. 2, A agregagao pode ser determinads com ou sem dispensa do servigo da secgdo ou subseceao de que o juiz conselheiro faca pant. 3. A anregagiio pode ser decidida para o exercicio pleno de FungGes ou apenas para as de relator ou de adjunto. 4. Veriticando-se a acumulagio prevista no alimero anterior, 4 agregago pode ser determinada com redugéo do serviga da secgio ou subseeyto de que o juiz conselheiro faga parte, designadamente através da limitagdo das fungGes deste as de telator ou ds de adjunto 5, $e orelator mudar de secedo ou subsecgao, mantém-se a sua competéncia nos processos inscritos para julgament. Awmico 20 (Womeegio, demisoio, poses e exercicie do cargo de presidente) 1.0 Presidente do Tribunal Administrative ¢ nomeado por acto do Chefe do Estado ,ouvidoo Conselho Superior da Magistratura Judicial Administrativac ratiticado pela ssembleia da Repilbica 2, Ocargo de Presidente do Tribunal Administrativo éexercido ‘por um perfodo de einco anos, sendo pemitida a sua reconducio. 3. 0 Presidente do Tribunal Administrative s6 pode ser demitido ou suspenso do exereicio das suas fung6es por incapaciade fisica ou psiquiea comprovada ou por grave motivo de orem moral, dsciplinar e criminal. 4.0 Presidente do Tribunal Administrative toms posse perante 6 Chefe do Estado ¢ tem o tratamento adequado 2 sua posigd0 4e titular de um Srafo central de soberania. ‘Axngo 21 {(Substitulezo do presidente) 1.0 Presidente do Tribunal Administrativo é substitufdo pelo Juiz consetheiro mais antigo no exercicio das respectivas Fungdes. 2. No easa de todos os jutzes conselheiros possufrem a mesma antiguidade, a substituigao caberd ao juiz. mais velho. ‘Agnigo 22 (Nomeacdo e potso dos julzes consolhelroe) 1. O provimento de vagas de juizes conselheiros faz-se mediante concurso publico de avaliago curricular, de entre ligenciados em Direito ou Técnicos Superiores na Administragio Péblica, com um mfnimo de 10 anos de servigo, 2. Os juizes conselheiros tomam posse perante 0 Chefe do Estado, ‘Axmigo 23 (Compoténciae do presidente) 1. Compete ao presidente do Tribunal Administrative: a) representar o Tribunal Administrativo ¢ assegurar as suas relagdes com os demais Grains de soberania, ‘e autoridades publicas e privadas; 580 — (16) SERIE — NUMERO 79 b) dirigir 0 Tribunal Administrativo e superintender ‘os seus servigos: ©) fixar © horério das sessdes semanais do plendrio € convocar as sess6es extraordindrias; <4) prosdiras sessSes do plendrio, volar os acérfose apurar o vencidk «@) assegurar 0 andamento normal dos process0s, podendo decidir a substituigdo provis6ria do relator por impedimento protongado, tanto no plendrio, como nas scogies e subsecgdes; ‘Aintervir aos julgamentos sempre que o quadro dos jufzes nas secgGes ndo esteja preenchido © nao houver possibilidade de consituira formagdo para julzamento por essa falta ) exeteer a acgao disciplinar sobre os funciondrios do tribunal ¢ aplicar as respectivas penas, desde que no se trate de matérias da competéacia do Conselho Sliperior da Magistratura Judicial Administrativa: h) convocar ¢ presidir as sessdes de distribuigdo de processos; i) agregara uma secgd0 ou subscegiojufzes de outra seco ‘ou subseeea0;, {A conferir posse ¢ demitic os juizes-presidentes dos tri- bunais administrativos provinciais, do Tribunal ‘Administrative da Cidade de Maputo, dos.tribunais fiscais ¢ dos iribunais advaneiros ') providenciar pela redistribuigdio equitativa dos process0s: quando se verificar aumento do néimero de jufees fou volume de trabalho; 1) fixaros turnos de férias e outros previstos na te; mm) nomeardrbitros nos termos da Tei processual; 1n) nomear, conferir posse, demitire cxoneraro Secretério- -Goral do Tribunal Administrativo: 0) conferir posse aos funciondrios do Tribunal Administrativo; 1p) fazer as nomeagdes, demissdes ¢ propostas que por lei Ihe forem conferidas; g)-emitir directivas e instrugdes de caréecter genérico, dirigidas aos tribunais administrativos provinciais, ao Tribunal Administrativo da Cidade de Maputo, a0s {ribunais fiscais e aos tribunais aduaneiros com vista a uma maior effedcia e qualidade da administragdo da justiga, 1) exercer as demais competéncias estabelecidas por Ii 2. 0 Presidente do Tribunal Administrativo pode deleger 1 sua competéncia para 2 prética de determinados actos, no conexionados com a fungdo jurisdicional, em qualquer juiz conselhciro ou no Secretsrio - Geral do Tribunal Administrativo, 3. As decisées do Presidente do Tribunal Administrativo, relativas as competéncias nao estritamente jurisdictonais constantes dos numeros anteriores, assumem a forma de Despacho, ‘Agnigo 24 (Funclonamento) 1.0 Tribunal Administrative funciona em plendrio, por secgdes. «© por subsecgies. 2. 0 Tribunal Administrativo s6 pode funcionar em plendtioy ‘com a presenga de metade mais um dos juzes conselheiros em cefectividade de fungées. ‘Awrico 25 mbit de cognigdo) 1.0 Tribunal Administrativo conhece da matéria de facto € de direito. 2. Plendrio do Tribunal Administrativo apenas conhece dda maléria de direito, salve nos casos expressamente previstos na tei SECCAOI Plenario Asmico 26 (Competéncla do Plenério) 1, Compete ao Plendrio apreciar em matéria de facto ede dircito 4) os recursos dos actos administrativos ou em matéria administrativa praticados por drgaos de soberania (ou seus titulares e pelo Primeiro-Ministro;, b) 08 recursos dos uctos do Conselho de Ministros ou seu titular ¢ do Primeiso-Ministro, rulativos as questies fiscais ¢ aduanciras; 0) 08 processos de prestaciio de contas da Presidéncia da Repaiblica, da Assembleia da Repiblica, do Tribunal Supremo, do Tribunal Administrativo ¢ do Consetho Constitucional: 40s pedidos de suspensio de eficdcia dos actos referidos ‘nas alineas anteriores £2) 0s recursos dos acdrdans das seegSes que, em relagio a0 mesmo fundamento de direito ¢ na auséncia de alleragzio substancial de regulamentagio juridica, pperfilhem solugo oposia 2 de aesrdios das mesmas secgdes: ‘P05 conilitos de jurisdigdo entre as secgdes do Tribunal Administrative e qualquer autoridade administrativa, fiscal ou aduaneira 4) 0s recursos dos acdrdos das seegdes ¢ subseeeSes; B)osrecursos de actos administrativos punitivos no ambito das suas competéncias; 1) 08 recursos das actos do Presidente do Administcativo: ‘)/0s pedidos relatives & produedo antecipada de prova; ') outros recursos e pedicos conferidos por lei 2. Compete, ainda, ao Plenério claborar e apreciar o relatsrio 0 parecer sobre a Conta Geral do Estado. ribunal Antico 27 (Composigie e distribulgio do Plenério) 1, 0 Plendrio é constitufdo pelo Presidente do Tribunal Administrativo © por todos os juizes em exercicio, tendo © Presidente voto de qualidade. ig 6 feita polos jutzes em exercfcio das fungdes com excepgiio do relator do acéndio impugnado. 3.A distribuig&o acima referida exclui o Presidente do Tribunal Administrativo, SECGAO IN CContenciose Administrative ‘Agrigg 28 (Compoténeia da Primetra Seccdo) ‘Compete & Sec¢o do Contencioso Administrative conhecer: 4) 08 recursos dos actos administrativos ou em matéria ‘administrativa praticados por membros do Conselho de Ministros; +) os recursos relatives’ aplicagao de normas regulamentares ‘emitidas pela Administragdo Pablica, bem como. os pedidos de declaragdo de ilegalidade dessa aplicagiio; 6 DE OUTUBRO DE 2015, 6) 08 recursos dos acdrdos dos tribunais aéministrativos provinciais ¢ do Tritunal Administrativo da Cidade de Maputo; 4) recuisos de actos 2dministrativos punitivos no Ambito das suas competéncias; 6) 0s pedidos de suspenséo da efiedcia des actos referidos nas alineas a) €c); ‘Dos podidos da execugtio das suas decisdes, proferidas ‘em primeira instincia,independentemente de ter sido inlerposto recurso para 0 Plenério; 8) 0s pedidos rlativos & produgéo antecipada de prova: ‘outros recursos e pedidos que Ihe forem contiados por lei Agnigo 29) (Constitulgsc da secyio) Para apreciar as matérias referidas no artigo anterior, a Secgo cdo Contencioso Administrative é constituida por trés jufzes, sendo. tum deles o Presidente da Secgao. SBCCAOIV CContencioso Fiscal e Aduaneiro ‘Agnigo 30 (Competéncte da Seog do Contencioao Fiscal 6 Aduanclro) Compete & Secg#o do Contencioso Fiscal Aduanciro conhecer: a) 08 Fecursos dos actos de quaisquer autoridades, respeitantes a quest6es fiscais ou aduanciras nao compreendidas na alfnea b) do n° 1 do artigo 26 da presente Lei, nas alineas c), de) ef) do artigo 5 da Lei n° 2/2004, de 21 de Janeiro e nas alineas ¢),d) ce) don | do artigo 3 da Lei n° 10/2001, de 7 de Julho, 1) 0s pedidos relatives & execugio dos seus acérddos ‘proferidos em primeira instincia, independentemente de ter sido interposio recurso para o Plenétio: 4) 0s pedidos de produgio antecipada de prova; 4d) a suspensio da eficdcia dos actos referidos na alinca a), desde que seja prestada a devida gara ¢)08 recursos interpostos das decisées dos tribunals fiscais ‘dos tribunais aduanciros de primeira instdncia; ‘Aves demais competéncias nos termos da Ie. ‘Axnoo 31 (Consttugso da eeogéo) {A Secea0 do Contencioso Fiscal e Aduaneiro é constituida por tr8s jufaes, send um deles o Presidente éa Seceao. Anco 32 (Exclusio de inracgbes criminals) © conhecimento de infracgdes pela Secedo do contencioso Fiseal e Aduancira abrange, 6 e apenas, as infracebes fiscais ¢ aduaneiras, previstas na Ici n® 2/2006, de 22 de Margo, Seegio de Contas Pubicas Asma 33 (Competéncias da Subsecsio de Fiscalizacio Prévie da Seccio do Contas Pailicas) 1. Compete & Secgfo das Contas Piblicas no Ambito da fiscalizagio prévia, através do visto, verificar a conformidade ‘com as leis em vigor e 0 cabimento oreamental, dos seguintes, 580 — (17) ‘actos praticados por drgios de soberania ou seus titulares, pelo Primeiro-Ministro e por membros do Conselho de Ministros: 4) 05 contratos, de qualquer natureza, celebrados pot entidades sujeitas 2 jurisdigao do Tribunal: suas dos contratos nos termos da legislagao relativa A fiscalizaco prévia, 6) as minutas de contratos de qualquer valor que venham a celebrar-se por escritura piiblica ¢ cujos encargos tenham de ser satisfeitos no acto da sua celebragao;, <4) 0s diplomas e despachos relativos A admissio de pessoal ‘io vinculado & funo piblica, assim como todas as admissGes em categorias de ingresso na administrago publica. 2, Compete ainda a esta Seogdo, conhecer dos recursos interpostos dos tribunais administrativos provinciais ¢ Tribunal do Administrative da Cidade de Maputo, ambito da fiscalizagao prévi bas: ‘Axrico 34 (Competéneias da Subsecclo de Flacalizagio Concomitente € Succseiva da Seeefo de Contos Piblleae) Compete a Subsecgio de Fiscalizagao Concomitante « Sucessiva da Seceao das Contas Publicas no Ambito das reccitas «das despesas péblicas: ‘) proceder & fiscalizacio concomitante ¢ sucessiva dos dinheiros publicos no Ambito das competéncias conferidas por lei, incluindo a avaliagao segundo critérios de economia, efiedcia eficiéacia: ») proceder & fiscalizagdo da aplicagao dos recursos financeiros obtidos através de empréstimos, subsidios, avales e donativos,no Ambito da administragdo pablica central; ‘) apreciar © decidir 0s processos de prestaglo de contas| das emtidades sob sua jurisci @ conhecer e decidir sobre outras matérias atribuidas porlei ‘Awrigo 35 eengéo de visto) 1..Nao estéo sujeitosafiscalizagdo prévia, sem prejufzo da sua eventual fiscalizagio sucessi 4) 0s diplomas de nomeacio emanados do Presidente da Republi +6) 0$ diplomas relativos a0s cargos electivos; €) 08 contratos celebrados ao abrigo de acordos de cooperacao entre Estados,

Você também pode gostar