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Módulo 1

Modelo de execução do Programa de


Programa de Educação capacitação
a Distância (PS-EAD) para o PS-EAD
Módulo 1
Modelo de execução do Programa de
Programa de Educação capacitação
a Distância (PS-EAD) para o PS-EAD
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA - CNI

Robson Braga de Andrade


Presidente

DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA

Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti


Diretor de Educação e Tecnologia

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL - SENAI

Conselho Nacional

Robson Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti


Diretor-Geral

Gustavo Leal Sales Filho


Diretor de Operações
Módulo 1
Programa de
Modelo de execução do
capacitação
Programa de Educação
para o PS-EAD
a Distância (PS-EAD)
© 2013. SENAI – Departamento Regional

© 2013. SENAI – Departamento Regional de Santa Catarina

A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico,
mecânico, fotocópia, gravação ou outros somente será permitida com prévia autorização,
por escrito, do SENAI.

Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI de
Santa Catarina, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por
todos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância.

SENAI Departamento Nacional


Unidade de Educação Profissional e Tecnológica - UNIEP

SENAI Departamento Regional de Santa Catarina


Núcleo de Educação - NED

FICHA CATALOGRÁFICA

S491m

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional.


Modelo de execução do programa Senai de educação a distância (PS-EAD): mo-
dulo 1/Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional,
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Regional de Santa
Catarina. Brasília: SENAI/DN, 2013.
45 P.:IL.; 30 CM. (Programa de capacitação para o PS-EAD).

1. Ensino a distância. 2. Educação. 3. Gestão educacional – Ensino a


distância. I. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Regional
de Santa Catarina. II. Titulo. III. Série.
CDU: 37.018.43

SENAI SEDE

Serviço Nacional de Setor Bancário Norte. Quadra 1 . Bloco


Aprendizagem Industrial C. Edifício Roberto Simonsen . 70040-9
Departamento Nacional 03. Brasília – DF . tel (0xx61) 3377-9001
Fax: (0xx61) 3317-9190 .
Lista de Ilustrações
Figura 1 – Processos de um sistema de EAD............................................................................................................17
Figura 2 – Responsabilidades nas etapas de desenvolvimento e execução do PS-EAD..........................25
Figura 3 – Livros didáticos..............................................................................................................................................27
Figura 4 – Materiais on-line............................................................................................................................................28
Figura 5 – Plano de Curso...............................................................................................................................................29
Figura 6 – Plano de Ensino.............................................................................................................................................29
Figura 7 – Plano de Situação de Aprendizagem ....................................................................................................30
Figura 8 – Especificação de Kits e Simuladores......................................................................................................30
Figura 9 – Estrutura organizacional de polos e unidades sede para o PS-EAD...........................................32

Quadro 1- O que é Educação a Distância (EAD).....................................................................................................08


Quadro 2 - História da EAD...........................................................................................................................................10
Quadro 3 – Gerações da EAD........................................................................................................................................13
Quadro 4 – Cursos Técnicos ..........................................................................................................................................21
Quadro 5 – Qualificações básicas.................................................................................................................................21
Sumário
Apresentação.......................................................................................................................................................................11
1 Fundamentos Gerais da EAD.........................................................................................................13
1. Conceituando a educação a distância........................................................................................14
1.1. Características da EAD......................................................................................................................15
1.2. Uma breve pincelada da história da EAD..................................................................................16
1.3. As gerações da educação à distância.........................................................................................19
1.4. Quanto à regulamentação da EAD..............................................................................................21
1.5. Importância da visão sistêmica em EAD....................................................................................23

2. Programa Nacional de Educação a Distância do SENAI (PS-EAD).....................................27


2.1. Conhecendo o PS-EAD.....................................................................................................................28
2.1.1 Cursos técnicos....................................................................................................................................28
2.1.2 Qualificações básicas.........................................................................................................................29
2.2. Metodologia do PS_EAD.................................................................................................................30
2.3. Arquitetura organizacional do PS_EAD.....................................................................................32
2.3.1. O processo de desenvolvimento de cursos e recursos no PS-EAD..................................35
2.4. O processo de execução de cursos no PS-EAD.......................................................................39
Referências..........................................................................................................................................................45
Apresentação
11

Apresentação

Olá! Seja bem-vindo ao Módulo 1 da Capacitação para o PS-EAD!

Neste módulo você entenderá o significado mais amplo de educação a distância, bem como as
orientações legais para a educação profissional a distância. Você também conhecerá o modelo de
execução do PS-EAD para cursos técnicos e qualificações básicas, podendo, assim, conduzir as me-
lhores estratégicas de EAD do SENAI.

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

a) ampliar seu conhecimento sobre os fundamentos da educação a distância;


b) conhecer em linhas gerais o Programa SENAI de Educação a Distância (PS-EAD);
c) familiarizar-se com o modelo de execução dos cursos do PS-EAD.

Em sua rede neural existem vários conhecimentos prévios conectados, sobretudo o que
você já aprendeu. Você sabia que ativar seus conhecimentos prévios sobre o assunto a ser estudado
ajuda você a compreender e internalizar muito mais rápido novos conhecimentos?

Que tal fazer um teste? Leia as perguntas a seguir e responda como se você estivesse contando a um
amigo o que já ouviu, leu ou pesquisou:

a) qual sua familiaridade com educação a distância (EAD)?


b) você já utilizou algum Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA)?
c) você sabe o que é PS-EAD?

E ai? Alguma dificuldade em responder a essas perguntas? Vamos fazer o seguinte: ao final deste
módulo, volte a essas questões e reveja suas respostas iniciais, considerando que agora você faz par-
te de uma equipe dedicada à implantação e execução do PS-EAD no seu Departamento Regional.

Bons estudos!
iStockphoto ([20--?])

Imagem 1
Fundamentos Gerais da EAD

1
A educação a distância (ou simplesmente EAD) é uma realidade cada vez mais presente em diversos
setores – ensino superior, educação corporativa e até educação profissional – e tem contribuído para
a ampliação das oportunidades educacionais em nosso país.

Mas, o que é Educação a Distância?

iStockphoto ([20--?])

Imagem 2
MODELO DE EXECUÇÃO DO PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (PS-EAD)
14

1. CONCEITUANDO A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Muitas são as diferenças a respeito dessa modalidade educacional. Veja algumas


delas.

Imagem 3

Analisando as definições anteriores, organizadas cronologicamente, observamos


em primeiro lugar que o conceito de EAD não é tão novo como a princípio pode
parecer. Apesar de muitas pessoas acreditarem que a EAD é uma maneira nova de
aprender e ensinar, ela possui uma longa trajetória.

Ainda neste módulo, você verá um breve histórico da educação que nos remeterá
a um passado ainda mais remoto.
1 FUNDAMENTOS GERAIS DA EAD
15

1.1. CARACTERÍSTICAS DA EAD

Você pode perceber que as várias definições citadas utilizam dois elementos co-
muns:
1. A distância física entre docente e aluno;
2. O uso intensivo de tecnologias para apoiar o estudo e a comuni-
cação didática.

Assim, como uma boa dose de segurança, pode-se


definir EAD como um processo de ensino-aprendizagem
mediatizado, em que docente e aluno estão separados
física e/ou temporalmente.

Porem, além da separação física e temporal entre quem aprende e quem ensina,
a EAD possui outras características que a distinguem da educação presencial, veja
abaixo:

a) autogestão da aprendizagem

Devido à separação física e temporal entre quem ensina e quem aprende, o aluno
pode definir o melhor horário e local para estudar. Ele também administra seu
próprio ritmo de estudo, ou seja, é o responsável por gerenciar seu aprendizado.
Isso pressupõe grande autonomia do estudante, a ponto de se considerar que a
EAD é mais adequada a adultos. A natureza flexível da EAD possibilita que o aluno
concilie o estudo com o trabalho e as demais responsabilidades da vida adulta.

b) comunicação mediatizada

Como docente e aluno estão separados fisica e/ou temporalmente, o processo de


comunicação é diferenciado na EAD. Ele acontece de forma indireta, com o apoio
de tecnologias.

c) modelo de produção industrial

Diferentemente da educação presencial, em que o professor concentra as


atividades de planejamento e execução, a EAD é baseada na divisão de trabalho
entre diferentes profissionais. Isso ocorre porque o uso intenso de mídias e
tecnologias torna o processo de ensino-aprendizagem mais complexo. A proposta
do curso e os materiais didáticos são preparados antecipadamente por equipes
multidisciplinares, que desempenham tarefas especializadas e bem definidas,
baseadas em competências pedagógicas, tecnológicas, comunicacionais e
administrativas. A estrutura do curso e os recursos produzidos são padronizados,
normatizados e formalizados para serem utilizados por docentes em diferentes
situações didáticas.
MODELO DE EXECUÇÃO DO PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (PS-EAD)
16

d) alcance geográfico ampliado

Os cursos na modalidade EAD reduzem grandemente a necessidade de instalações


físicas para abrigar as interações docente-aluno e, por essa razão, podem atender a
alunos de diversas regiões geográficas, principalmente das zonas periféricas, que
as instituições convencionais geralmente não alcançam. Além de possibilitar o
alcance de áreas não atendidas pela rede física das escolas, isso significa também
atender a um público mais diversificado, composto por pessoas de localidades
diversas e com realidades sociais e profissionais distintas.

e) Reconhecimento pela sociedade

Com a acelerada evolução das tecnologias de informação e comunicação, que


potencializam esses elementos e abrem novos horizontes de pesquisa e prática
em educação, a EAD deixou de ser vista como uma modalidade educacional de
segunda classe (suplementar para aqueles que não completaram seus estudos no
período regular) e vem tornando-se cada vez mais uma solução contemporânea,
adequada às demandas da sociedade por maior acesso ao conhecimento e mais
qualidade nas ações de formação, capacitação e atualização, seja no ensino superior,
na educação corporativa ou, mais recentemente, na educação profissional.

1.2. UMA BREVE HISTÓRIA DA EAD

Acompanhe abaixo uma breve história da EAD:

O ano de 1728 é considerado o marco inicial da EAD no mundo. Na ocasião, o


1728
jornal Gazeta de Boston anunciou um curso, em que o docente Caleb Philipps
oferecia material para ensino por correspondência. Tratava-se da primeira ini-
ciativa educacional oficial na qual as pessoas não se encontravam face a face.

1829 É inaugurado, na Suécia, o Instituto Líber Hermondes, que possibilitou a mais


de 150 mil pessoas realizarem cursos na modalidade a distância.

1840 Na Inglaterra, Isaac Pitman sintetiza os princípios da taquigrafia em cartões


postais que trocava com seus alunos.

1856 Em Berlim, Charles Toussaint e Gustav Langenscheidt fundam a primeira esco-


la por correspondência destinada ao ensino de línguas.
1 FUNDAMENTOS GERAIS DA EAD
17

1873
Em Boston, Anna Eliot Ticknor cria a Society to Encourage Study at Home

1891 Thomas J. Foster, em Scarnton (Pennsylvania), inicia o International Corres-


pondence Institute, com um curso sobre medidas de segurança no trabalho
de mineração.

No Brasil, a literatura não é precisa quanto à real origem da EAD. Diferentes estu-
diosos da área apontam ações diversas como marco desta modalidade educa-
1923
cional no país. No entanto, a maioria concorda que a primeira experiência com
EAD no Brasil aconteceu em 1923, quando um grupo liderado por Henrique
Morize e Edgard Roquette-Pinto criou a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, que
oferecia cursos de literatura, radiotelegrafia e telefonia.

1939 Surge em São Paulo o Instituto Radiotécnico Monitor, a primeira instituição de


ensino nacional a oferecer sistematicamente cursos profissionalizantes a distân-
cia por correspondência.

1941 É fundado o Instituto Universal Brasileiro, por um ex-sócio do Instituto Monitor.


Outras organizações similares juntam-se aos dois institutos e foram responsáveis
pelo atendimento de milhões de alunos em cursos abertos de iniciação profis-
sionalizante a distância.

Somente na década de 1960 a EAD teve maior expressão em território brasileiro,


com o início de ações sistematizadas do Governo Federal. Paralelamente,
instituições privadas e governos estaduais também começaram a desenvolver
projetos próprios. A expansão do sistema de escolas radiofônicas aos estados
nordestinos fez surgir o Movimento de Educação de Base (MEB), sistema de
ensino a distância não formal. Destaca-se, ainda nessa década, a fundação do
DÉCADA Centro de Ensino Tecnológico de Brasília (CETEB), voltado à formação profissional,
DE 1960
com cursos voltados ao atendimento das necessidades do mercado de trabalho.
Um dos trabalhos mais conhecidos do CETEB foi o Projeto Acesso, desenvolvido
em convênio com a Petrobrás.
Em Porto Alegre, no ano de 1967, é constituída a Fundação Educacional Padre
Landell de Moura (FEPLAM), instituição privada sem fins lucrativos, com
metodologia sem ensino por correspondência e via rádio. Já em São Paulo, a
Fundação Padre Anchieta (FPA) inicia suas transmissões em 1969, com o objetivo
de atividades educativas e culturais através do rádio e da televisão. Promover de
milhões de alunos em cursos abertos de iniciação profissionalizante a distância.
MODELO DE EXECUÇÃO DO PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (PS-EAD)
18

Marcos históricos da EAD no mundo são as universidades abertas criadas na


Europa: em 1970, é fundada a United Kingdom Open University (UKOU), até hoje
uma das mais respeitadas instituições que oferecem ações formais a distância;
em 1972, nasce a Universidade Nacional de Educação a Distância, (UNED), em
Madri, que desde então serve de modelo para vários outros países; em 1975,
a Alemanha cria a Fern-Universität , tendo como primeiro reitor o ilustre Otto
DÉCADA Peters, um dos autores mais conhecidos na áera.
DE 1970 No Brasil, surge o Projeto Minerva, convênio entre o Ministério da Educação, a
FE PLAM e a FPA, que, utilizando o rádio para a educação e inclusão social de
adultos, oferecia cursos para os níveis de primeiro e segundo graus. Também
nesta década foi lançado, no Rio de Janeiro, por meio do Projeto SACI (Sistema
Avançado de Comunicações Interdisciplinares), a primeira experiência por
satélite (televisão) para fins educacionais no Brasil.
E, no final dos anos 1970, é criado o Telecurso 2º Grau, uma parceria entre FPA(TV
Cultura) e a Fundação Roberto Marinho (TV Globo). Este projeto gerou, em 1980,
o Telecurso 1º Grau e, na década de 1990, o Telecurso 2000.

DÉCADA A partir dos anos 1980, a Universidade de Brasília, pioneira no uso da EAD no
DE 1980 ensino superior no Brasil, começa a oferecer cursos veiculados por jornais e
revistas. Enquanto isso, Portugal funda, em 1988, a Universidade Aberta (UAB), a
única instituição de ensino superior público no país a ofertar EAD.

Na década de 1990, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), por meio


do Laboratório de Ensino a Distância (LED), passou a conceber, desenvolver e
executar cursos de pós-graduação pela Internet e por videoconferência. Em
DÉCADA 1992, é criada a Universidade Aberta de Brasília, acontecimento bastante
DE 1990
importante na educação a distância no Brasil.
Em 1995, criado o Programa TV Escola, pelo MEC, com o objetivo de capacitar
professores das escolas públicas de ensino fundamental e médio. As aulas eram
transmitidas em mais de um período e as escolas eram orientadas a gravarem
as aulas, para que os professores pudessem ter a aula disponível na videoteca
da escola.

No abrir do século XXI, é inaugurada a primeira Universidade Aberta do Brasil


(UAB), uma parceria entre o MEC, estados e municípios para integrar cursos,
2000 pesquisas e programa de educação superior a distância (2005).
Em 2007, é lançado o sistema Rede e-Tec Brasil, que visa ampliar e democratizar a
oferta de educação profissional e tecnológica por meio da educação a distância,
em regime de colaboração entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

Quadro 1 – História da EAD


1 FUNDAMENTOS GERAIS DA EAD
19

Com a explosão dos computadores pessoais e depois da


Internet comercial, a EAD ganhou fôlego redobrado e hoje
são inúmeras as instituições e iniciativas que ofertam essa
modalidade no Brasil e no mundo. Cada vez mais presente
na escola, na universidade e no ambiente de trabalho, a EAD
vem-se transformando em referência para uma mudança
profunda nas formas de ensinar e aprender.

1.3. AS GERAÇÕES DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Ao analisar a evolução das mídias e tecnologias usadas em EAD, podemos reco-


nhecer diferentes gerações da EAD. Veja no quadro abaixo:

GERAÇÃO MODELO DE EAD MÍDIAS E TECNOLOGIAS UTILIZADAS


Primeira geração Ensino por Correspondência Materiais impressos, livros, apostilas.

Segunda geração Transmissão por rádio e televisão Rádio, vídeo, televisão, fitas cassetes.

Materiais impressos, televisão, rádio,


Terceira geração Universidades abertas
telefone , fitas cassetes.

Quarta geração Teleconferência Teleconferência interativa com áudio e vídeo.

Internet, MP3, Ambientes Virtuais


Quinta geração Educação on-line de Aprendizagem (AVAs), vídeos,
animações, ambientes 3D, redes sociais.

Quadro 2 – Gerações da EAD


Fonte: Moore e Kearsley (2008, p. 26

É importante destacar que, embora seja possível reconhecer uma evolução


histórica no uso de mídias e tecnologias empregadas, uma geração de EAD não
substituiu a outra. Elas foram se completando e chegando à convergência atual,
na qual diversos meios são utilizados em um mesmo curso ou programa.

Outro assunto que o gestor de EAD precisa conhecer é a regulamentação da EAD.


Confira esse assunto na sequência.
MODELO DE EXECUÇÃO DO PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (PS-EAD)
20

1.4. QUANTO À REGULAMENTAÇÃO DA EAD

Apesar de a EAD ser uma modalidade com longo histórico de ações, no Brasil ela
foi reconhecida oficialmente apenas em 1996, com as bases legais estabelecidas
pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), a Lei nº 9.394, de 20 de
dezembro de 1996.

Nesse mesmo ano, o Ministério da Educação criou a hoje extinta Secretaria de


Educação a Distância (SEED), com o objetivo de fomentar a incorporação das No-
vas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTIC) e das técnicas de educação
a distância aos métodos didáticos-pedagógicos.

iStockphoto ([20--?])
Imagem 4

Em 1998, começaram a ser publicadas, pelo MEC, as primeiras regulamentações


do art. 80º da LDB 9.394, resultando num fortalecimento da modalidade no meio
acadêmico, principalmente no ensino superior. Com a revogação do Decreto nº
2.494, de 10 de fevereiro de 1998, e do Decreto nº 2.561, de 27 de abril de 1998,
o Decreto Oficial da União nº 5.622, de 19 de dezembro de 2005, passa a ser o
principal documento regulamentador da EAD no Brasil.

Conheça, na íntegra, esses decretos, acessando:


• Anexo 1.Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
SAIBA n° 9.394
• Anexo 2.Decreto nº 2.494;
MAIS • Anexo 3.Decretoo nº 2.561.
• Anexo 4.Decreto Oficial da União nº 5622
1 FUNDAMENTOS GERAIS DA EAD
21

A educação profissional técnica de nível médio a distância começa a se expandir


apenas em 2007, quando é lançado o sistema Rede e-Tec Brasil. A Rede e-Tec Bra-
sil visa à oferta de educação profissional e tecnológica a distância e tem o propó-
sito de ampliar e democratizar o acesso a cursos técnicos e de nível médio, públi-
cos e gratuitos, em regime de colaboração entre União, Estados, Distrito Federal
e Municípios.

SAIBA Saiba mais sobre a Rede e-Tec Brasil, visitando o site <http://
MAIS redeetec.mec.gov.br/>.

Em 2011, o Governo Federal cria, por meio da Lei nº 12.513, o Programa Nacional
de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), com o objetivo de expandir,
interiorizar e democratizar a oferta de cursos de Educação Profissional e Tecnoló-
gica. Desde o principio, o Pronatec incentiva a utilização da modalidade a distân-
cia, incorporando a Rede e-Tec Brasil.

Em 2012, é publicada, a Resolução nº 6, de 20 de setembro de 2012, que define


novas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional Técnica de
Nível Médio, incluindo normativos sobre o uso de EAD

No que se refere à utilização de atividades a distância no ensino técnico


presencial, determina a Resolução nº 6 /2012:

Art. 26 A carga horária mínima de cada curso de Educação


Profissional Técnica de Nível Médio é indicada no Catálogo
Nacional de Cursos Técnicos, segundo cada habilitação
profissional. Parágrafo único. Respeitados os mínimos previstos
de dura ção e carga horária total, o plano de curso técnico de
nível médio pode prever atividades não presenciais, até 20%
(vinte por cento) da carga horária diária do curso, desde que
haja suporte tecnológico e seja garantido o atendimento por do
centes e tutores.

SAIBA Saiba mais sobre a Resolução nº 6 no site: <http://portal. mec.


MAIS gov.br/index.php?option=com_content&view=article&i
d=17417&Itemid=866>
MODELO DE EXECUÇÃO DO PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (PS-EAD)
22

No que se refere a cursos técnicos de nível médio a distância, a Resolução nº 6


exige, para a maioria dos eixos tecnológicos, um mínimo de 20% (vinte por cento)
de carga horária presencial, nos termos das normas específicas definidas em cada
sistema de ensino:

§1º Em polo presencial ou em estruturas de laboratórios moveis


devem estar previstas atividades práticas de acordo com o perfil
profissional proposto, sem prejuízo da formação exigida nos cursos
presenciais.

Resumindo, então, no que tange à educação profissional, a


regulamentação atual determina que:
a) Em cursos presenciais: até 20% da carga horária dos
cursos técnicos de nível médio presenciais pode ser realizada
a distância;
b) Em cursos a distancia: no mínimo 20% da carga horária do
curso deve ser realizada presencialmente, incluindo avaliações
e atividades práticas em polo presencial ou em estruturas de
laboratórios móveis

Em 25 de junho de 2013, foi assinada e publicada a Portaria nº 562 do MEC, refe-


rente à oferta de cursos na modalidade a distância, por intermédio da Bolsa-For-
mação, no âmbito do Pronatec.

A portaria regula a participação dos Serviços Nacionais de Aprendizagem (SNA),


entre eles o SENAI, na Rede e-Tec, reforçando as determinações estabelecidas na
Lei nº 12.513, inclusive de “assegurar condições de infraestrutura física, pedagó-
gica, tecnológica e de pessoal para desenvolvimento adequado dos cursos em
todos os locais de oferta”.

Mais informações sobre todas essas leis e diretrizes


comentadas neste módulo você encontra nos seguintes
SAIBA anexos:
MAIS Anexo 9.Portaria 562 do MEC;
Anexo 6.Lei nº 12.513.

Regulamentações legais, modelos de EAD baseados na evolução das tecnologias


e das mídias, implicações de natureza socioeconômica e discussões de cunho
pedagógico — todos esses aspectos que, mencionados até este momento, re-
querem do profissional que trabalha com a Educação a Distância um olhar e uma
postura diferenciados, uma visão sistêmica da educação.

Vejam, a seguir, a importância da visão sistêmica.


1 FUNDAMENTOS GERAIS DA EAD
23

1.5. IMPORTÂNCIA DA VISÃO SISTÊMICA EM EAD

O uso intenso das tecnologias de informação e comunicação na mediação peda-


gógica torna o ato de ensinar mais complexo e sujeito a segmentações em várias
tarefas.

Como defendem Moore e Kearsley (2008), dois dos autores mais respeitados
quando se trata de educação a distância, a visão sistêmica é de fundamental im-
portância tanto para a compreensão da teoria quanto para a prática bem-suce-
dida da EAD.

Um sistema de educação a distância é formado por todos os processos que ope-


ram quando ocorrem o ensino e a aprendizagem a distância. Podem-se incluir aí
os processos de:

Desenvolvimento Relativos à criação e à manutenção dos recursos


de cursos didáticos

Pertinentes aos aspectos pedagógicos


Ensino-aprendizagem propriamente ditos.

Suporte Relacionados à supervisão e à logística dos cursos.

Concernentes à avaliação e ao controle da qualidade


Avaliação por todo o ciclo de vida do produto.
Diego Fernandes (2013)

Gestão Associados ao planejamento e à gestão institucional.


propriamente dita

Figura 1 - Processos de um sistema de EAD

Embora cada um desses processos possa ser considerado separadamente como


um subsistema do sistema principal, é fundamental entender, também, as rela-
ções entre eles. Isso porque, como define Bellinger (2004), um sistema é “uma
entidade cuja existência se deve às mútuas interações entre seus componentes”.
MODELO DE EXECUÇÃO DO PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (PS-EAD)
24

A inter-relação entre os componentes do sistema de educação a distância é tão


grande a ponto de Keegan (1983) afirmar que “em EAD quem ensina é uma insti-
tuição”.

De fato, na EAD muitos profissionais podem reivindicar suas contribuições à tare-


fa de ensinar. Observe:

a) o professor-autor, também conhecido como conteudista, selecio


na conteúdos, elabora textos didáticos, encomenda diagramas, gráficos
e imagens;

b) o editor ou redator busca dar maior qualidade comunicacional


aos textos;

c) o designer educacional organiza pedagogicamente os materiais,


assegurando a clareza e o alinhamento aos objetivos educacionais;

d) o artista gráfico e o web designer refinam a interface visual dos


suportes midiáticos;

e) o programador traduz para linguagem computacional as instru


ções necessárias para que as máquinas executem os procedimentos defi
nidos pelos especialistas.

E tudo isso antes de entrarem em cena os docentes e estudantes e de ocor-


rer a mágica da interação e da mediação pedagógica.
Incrível, não é mesmo?

Assim, aos processos de desenvolvimento que incluem a preparação e a


autoria de unidades curriculares, cursos ou programas inteiros, e de recur-
sos didáticos em diversos suportes midiáticos (livros, programas em áudio,
vídeos ou formatos multimídia), bem como a produção e a distribuição
desses recursos, soma-se a função de orientação e acompanhamento do
processo de aprendizagem, com a tutoria, a monitoria e as atividades rela-
cionadas à avaliação.

Fazer com que todos esses processos operem sob um mesmo sistema in-
tegrado e coeso exige um grau considerável de sofisticação gerencial que
articule todos os profissionais e competências envolvidos.
1 FUNDAMENTOS GERAIS DA EAD
25

iStockphoto ([20--?])

Imagem 5

Obviamente, no escopo deste módulo, não será possível detalhar cada uma des-
sas atividades, nem aprofundar as macroquestões relacionadas ao macrocontex-
to filosófico, político-econômico e sociocultural mais amplo no qual a educação
a distância está inserida. Seu estudo se concentrará particularmente no âmbito
do PS-EAD.

Continue atento, porque ainda serão tratados muitos temas importantes para sua
atenção na EAD. Até mais!
Programa SENAI de Educação
a Distância(PS-EAD)

O Programa Senai de Educação a Distância (PS-EAD) é uma iniciativa do SENAI


que visa assegurar a expansão da oferta de cursos a distância, com qualidade
equivalente à ofertada nos cursos presenciais.

Preparado para conhecê-lo?


Então, siga em frente

iStockphoto ([20--?])

Imagem 6
MODELO DE EXECUÇÃO DO PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (PS-EAD)
28

2.1. CONHECENDO O PS-EAD

A execução do PS-EAD envolve um esforço nacional de desenvolvimento,


implantação e execução de 10 cursos técnicos e 30 cursos de qualificação básica
na modalidade a distância. Clique abaixo em nos subitens 2.1.1 e 2.1.2 e veja a
lista de cursos:

Imagem 7

2.1.1. CURSOS TÉCNICOS


A execução do PS-EAD envolve um esforço nacional de desenvolvimento,
implantação e execução de 10 cursos técnicos e 30 cursos de qualificação básica
na modalidade a distância. Clique abaixo em nos subitens 2.1.1 e 2.1.2 e veja a
lista de cursos:

CURSOS TÉCNICOS

1. Segurança do Trabalho 2. Construção Naval

3. Redes de Computadores 4. Eletromecânica

5. Logística 6. Manutenção Automotiva

7. Meio Ambiente 8. Mecânica

9. Controle Ambiental 10. Mecatrônica

11. Edificações 12. Metalurgia

13. Automação Industrial 14. Química

15. Manuteção e Suporte em Informática 16. Refrigeração e Climatização

17. Petróleo e Gás 18. Telecomunicações

19. Eletroeletrônica 20. Técnico Têxtil

21. Técnico em Alimentos 22. Vestuário

Quadro 4 - Cursos técnicos


2 PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA DO SENAI (PS-EAD)
29

2.1.2. QUALIFICAÇÕES BÁSICAS


CURSOS DE QUALIFICAÇÃO

1. Almoxarife 2. Mecânico de Manutenção em Transmissão Manual


3. Assistente Administrativo 4. Montador de Andaimes
5. Assistente de Contabilidade 6. Montador de Equipamentos Eletrônicos
7. Assistente de Recursos Humanos 8. Montador de Sistemas de Construção a Seco
9. Colorista Automotivo 10. Montador e Reparador de Microcomputadores
11. Desenhista de Produtos Gráficos Web 12. Operador de Microcomputador
13. Desenhista Técnico em Edificações 14. Operador de Telemarketing
15. Eletricista de Automóveis 16. Mecânico de Usinagem Convencioanal
17. Eletricista de Redes de Distribuição de Energia Elétrica 18. Polidor Automotivo
19. Eletricista Industrial 20. Preparador de Superfícies para Pintura Automotiva
21. Eletricista Instalador Residencial 22. Ajustador Mecânicos
23. Instalador de Acessórios Automotivos 24. Assistente de Controle de Qualidade

25. Instalador de Linhas, Cabos e Equipamentos


de Redes Telefônicas 26. Auxiliar de Fabricação de Papel

27. Instalador e Reparador de Redes de Computadores 28. Auxiliar de Produção de Celulose

29. Instalador e Reparador de Redes de TV a Cabo 30. Desenhista de Móveis


31. Instalador Hidráulico 32. Cabista de Sistemas de Telecomunicações

33. Mecânico de Manuenção de Motorcicletas 34. Confeiteiro

35. Mecânico de Manutenção de Motores Ciclo Otto 36. Controlador e Pragramador de Produção

37. Mecânico de Manutençao em Freios, Suspensão 38. Desenhista Mecânico

39. Mecânico de Manutenção em Transmissão Automática 40. Eletomecânico de Automóveis

41. Instalador e Reparador de Fibras Óticas 42. Operador de Processamento de Carnes e Derivados
43. Instrumentista Industrial 44. Operador de Processamento de Grãos e Cereais

45. Mecânico de Automóveis Leves 46. Operador de Processo em Fabricação de Papel

47. Mecânico de Máquinas Industriais 48. Padeiro


49. Mecânico de Refrigeração e Climatização comercial 50. Torneiro Mecânico

51. Mecânico de Refrigeração e Climatização Industrial 52. Operador de Injetoras de Termoplásticos


53. Mecânico de Refrigeração e Climatização Residencial 54. Retificador MecÂnico

55. Operador de Processos de Galvanoplastia 56. Operador de Retroescavadeira


58. Mecânico de Manutenção em Veículos Pesados
57. Fresador Mecânico Rodoviários
59. Operador de Processamento de Bebidas 60. Operador de Processamento de Frutas e Hortaliças

Quadro 5 – Qualificações básicas

Os cursoss de PS-EAD são projetados para serem realizados em


um Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA). com materias
on-line que orientam os alunos a realizatem atividades virtuais
e preseniais, além de contar com o apoio de livros didáticos e
acompanhamento educacional sistemáticos.

Mas, como é a metodologia utilizada no PS-EAD?


Isso você vão conhecer agora. Siga em frente!
MODELO DE EXECUÇÃO DO PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (PS-EAD)
30

2.2. METODOLOGIA DO PS-EAD

Os cursos do PS-EAD seguem a metodologia de formação baseada em


competências aplicada a todas as ações de Educação Profissional e Tecnológica
ofertadas pelo SENAI, tanto na modalidade presencial quanto a distância.

Para o SENAI (2012, p. 15):


Competência profissional é a mobilização
VOCÊ de conhecimentos, habilidades e atitudes
SABIA? necessários ao desempenho de funções e
atividades típicas de uma ocupação, segundo
padrões de qualidade e produtividade requeridos
pela natu reza do trabalho.

De acordo com a metodologia SENAI da Educação Profissional, o desenvolvimento


de competências se dá, principalmente, por meio das Situações de Aprendizagem,
que são desafios propostos aos alunos para solucionar problemas, tomar decisões,
testar hipóteses e aplicar o que aprenderam a outros contextos.

As Situações de Aprendizagem podem ser realizadas por meio de diferentes


estratégicas. Veja, a seguir.

Apresentação de uma situação real ou Apresentação de um fato ou


hipotética, de ordem teórica e prática, um conjunto de fatos, reais ou
própria de determinada ocupação e fictícios, que compõem uma
dentro de um contexto significativo situação problemática, juntamente
que envolva elementos relevantes na com a sua respectiva solução,
caracterização de um desempenho propiciando ao aluno a nálise do
profissional, levando os alunos a contexto apresentado, do problema
mobilizarem conhecimentos, evidenciando e da solução dada ao
habilidades e atitudes na busca de problema
soluções para o problema
proposto.
SITUAÇÃO ESTUDO
PROBLEMA DE CASO

PROJETO PESQUISA
Conjunto de ações planejadas,
executadas e controladas com Oportunidade dada
objetivos claramente definidos, ao aluno de conhecer e
dentro de um período limitado de aprofundar diferentes
tempo, com inicio e fim estabelecios; contribuições científicas disponíveis
integra teoria e prática e pode visar à sobre determinado tema, a partir de
construção de algo tangível como, por leitura, análise e interpretação
exemplo, o desenvolvimento de um de materiais diveersos como
protótipo, um relatório, uma maquete, livros, textos, periódicos, artigos,
a descrição de uma experiênciaem um documentos, mapas etc, disponíveis
laboratório ou mesmo a elaboração de em ambientes físicose virtuais.
um esquema ou mapa mental.

Imagem 8
2 PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA DO SENAI (PS-EAD)
31

As situações de Aprendizagem são, também, o fio condutor


da metodologia dos cursos. Isso significa que, nos cursos
técnicos e de qualificação básica a distância, os aluns estudam
a partir de desafios apresentados em formato multimidia
(videos, simlação, animação, texto, ilustração, etc.) e realizam
atividades tanto em um Ambiente Virtual de Aprendizagem
(AVA) como presencialmente, utiliando as varias estratégias de
aprendizagem e de avaliação previstas.

Assim, no PS-EAD as entregas das Situações de Aprendizagem podem ser realizadas


a distância usando as ferramentas de comunicação do próprio AVA (como fóruns e
bate-papo) ou mesmo nos encontros presenciais; além de utilizar, nesses encontros,
os simuladores digitais, quando for o caso.

Devido à distância física e temporal entre quem aprende e quem ensina na EAD,
a mediação é realizada por meio de tecnologias de informação e comunicação,
apresentando e explorando conteúdos.

Dessa forma, mantendo como pressuposto metodológico mais amplo a formação


por competências, o PS-EAD procura fazer o melhor uso de mídias e tecnologias para
oferecer aos estudantes uma experiência de aprendizagem significativa, mediada
pedagogicamente, que assegure o pleno desenvolvimento das capacidades
necessárias a cada perfil profissional.

Agora que você já conhece o PS-EAD, os pressupostos e as orientações principais


para o projeto chegou a hora de você conhecer a arquitetura organizacional para a
execução dos cursos a distância.

Então, vamos lá?


iStockphoto ([20--?])

Imagem 9
MODELO DE EXECUÇÃO DO PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (PS-EAD)
32

2.3. ARQUITETURA ORGANIZACIONAL DO PS-EAD

Como você já sabe, a educação a distância é um sistema composto por


diversos subsistemas e processos. Cada especialista ou equipe de especialistas
é responsável por uma área limitada em cada fase do complexo processo de
concepção, planejamento, execução e distribuição de cursos e recursos didáticos.

No PS-EAD, esses processos são agrupados em duas grandes etapas:


desenvolvimento e execução. Nestas etapas, os Departamentos Regionais
assumem responsabilidades.

Na etapa de desenvolvimento, representada na figura a seguir, você pode ver os


Departamentos Regionais, chamados “desenvolvedores”, que produzem os
recursos para o PS-EAD, incluindo livros didáticos e materiais on-line para os
estudantes. Para a equipe pedagógica, são disponibilizados:

• Planos de Curso,
• Planos de Ensino
• Planos de situação de Aprendizagem.

Para a equipe técnica e de gestão, o PS-EAD reúne uma série de especificações de


kits e simuladores.

Na etapa de execução, veja que os Departamentos Regionais, chamados


“executores”, iniciam suas responsabilidades quando o processo de
desenvolvimento dos cursos e recursos é concluído. Os Departamentos Regionais
que desejam aderir ao PS-EAD implantam um ou mais Cursos Técnicos ou
Qualificações Básicas produzidos, assumindo o papel de DRs executores.

Veja mais detalhes na figura a seguir.


2 PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA DO SENAI (PS-EAD)
33

Departamento Regional Departamento Nacional Departamento Regional


desenvolvedor executor

Concebe e produz materiais Define, em conjunto com Planeja e gerencia a oferta


didáticos inéditos (livros DRs, proposta pedagógica, de cursos na unidade da
didáticos e recursos política de direitos autorais ederação, incluindo ações
multimídia) para cada padrões de interoperabili- de divulgação, seleção de
unidade curricular dos cursos dade e compatibilidade candidatos, inscrições e
técnicos e de técnica, identidade visual matrículas.
qualificação básica do custos médios para todos
PS-EAD. os cursos do PS-EAD.

Planeja e produz situações Coordena as ações de Gerencia o processo de


de aprendizagem em desenvolvimento de cursos ensino-aprendizagem, por
formato multimídia para realizadas pelos DRs, meio de ações de tutoria,
cada unidade curricular dos desenvolvedores e as ações monitoria, coordenação
cursos a distância, incluindo de implantação assistida dos pedagógica e técnica.
atividades de aprendizagem
e de avaliação. cursos realizadas pelos DRs,
executores.

Elabora documentação de Coordena registro nacional


Avalia a aprendizagem
apoio técnico-pedagógico de preços, quando
realizada a distância, emite
(plano de curso, planos de economicamente justificado,
certificados de conclusão de
ensino, planos de situação para aquisição de produtos
curso e implementa
de aprendizagem) para cada ou serviços, como impressão
ações de melhoria no
curso do PS-EAD. e distribuição de livr
processo de ensino-
os didáticos, kits e
aprendizagem.
simuladores, LMSs etc...

Define infraestrutura e Coordena a atuação


recursos didáticos institucional do SENAI em
todo o território nacional Provê infraestrutura física e
necessáros à execução
Diego Fernandes (2013)

nos projetos de governo, virtual para a realização das


de cada curso, incluindo
como o Pronatec para cursos atividades presenciais e
especificações de
a distância (Rede e-Tec). a distância.
kits didáticos móveis e
simuladores digitais.

Figura 2 - R esponsabilidades nas etapas de desenvolvimento e execução do PN-EAD

Tanto o desenvolvimento quanto a execução do PS-EAD são coordenados pela


equipe de EAD do Departamento Nacional, que, em conjunto com representantes
de todos os Departamentos, também elabora:
* Diretrizes relacionadas a custos.
* Plano de marketing.
* Registros de preço para aquisição de recursos.
* Negociações governamentais de alcance nacional.
MODELO DE EXECUÇÃO DO PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (PS-EAD)
34

Você de ter percebido que seu trabalho como gestor de EAD


na etapa de execução éfortemente impactado pela etapa de
desenvolvimento. Por isso, é importante que você conheça
alguns aspectos relacionados à produção dos materiais e da
documentação de apoio aos custos. Esse é o assunto do item
seguinte.

2.3.1 O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE CURSOS E RECURSOS NO


PS-EAD
No PS-EAD, o processo de desenvolvimento de cursos antecede a execução
propriamente dita e é realizado por equipes multidisciplinares distribuídas em
seis Departamentos Regionais.

As equipes dos DRs desenvolvedores são formadas por muitos profissionais,


como você pode ver abaixo:

a) Conteudista – Profissional com competência reconhecida na


área de conhecimento do curso; produz o conteúdo a ser tratado
pedagógica e tecnologicamente pela equipe de desenvolvimento.

b) Revisor técnico – Profissional que, com competência reconhecida


na área de conhecimento do curso, coordena tecnicamente a
elaboração dos livros didáticos dos materiais on-line, aplicando uma
visão transdisciplinar e conferindo unicidade aos recursos produzidos
para um mesmo curso.

c) Designer educacional – Profissional cujas atividades principais


estão relacionadas à elaboração do projeto pedagógico do curso a
distância e, juntamente com conteudistas e o grupo de produção
multimídia, ao desenvolvimento do curso a distância.

d) Grupo de produção multimídia - Conjunto multidisciplinar de


profissionais responsáveis por produzir os livros didáticos e materiais
on-line conforme encomendado pelos conteudistas, revisores técnicos
e designers educacionais. Pode incluir programadores de animações,
jogos digitais, banco de dados, designers gráficos, web designers, web
desenvolvedores, ilustradores, roteirista, diretor de vídeo, cinegrafistas,
técnicos de áudio e vídeo, etc.

A partir do Desenho Curricular dos cursos que compõem os Itinerários Formativos


Nacionais, ou seja, os currículos que são adotados em todo o território nacional,
esses profissionais de formação e experiência multidisciplinar trabalham de
maneira estruturada e sinérgica, visando à produção de cursos e recursos para o
PS-EAD.
2 PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA DO SENAI (PS-EAD)
35

Assim, os Departamentos Regionais executores se beneficiam de um conjunto de


materiais e documentos para os estudantes e também para a equipe pedagógica
e de gestão.
Para os alunos, os materiais são os seguintes:

a) livros didáticos — os livros didáticos do PS-EAD são materiais em


formato impresso que têm por função apresentar aos estudantes todos
os itens de conhecimento relacionados a uma Unidade Curricular;

SENAI DN (2013)

Figura 3 - L ivros didáticos

itens de conhecimento são desenvolvidos na forma textual e gráfica, usando


linguagem dialógica, em grau e abrangência compatíveis com os fundamentos
e as capacidades relacionadas na Unidade Curricular.
b) materiais on-line — os materiais on-line do PS-EAD
utilizam texto, imagem, som e movimento para apresentar aos
estudantes os conceitos essenciais de uma Unidade Curricular,
bem como Situações de Aprendizagem e exercícios recomendados
para o desenvolvimento dos fundamentos técnicos e científicos e
das capacidades técnicas, sociais, organizacionais e metodológicas
previstas no Itinerário Formativo.

Além das Situações de Aprendizagem, os estudantes respondem a exercícios


com autocorreção. São questões de:
• associação.
• múltipla escolha.
• resposta breve.
• verdadeiro ou falso, palavras cruzadas
• preencher lacunas que contam com feedbacks exibidos
automaticamente.
MODELO DE EXECUÇÃO DO PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (PS-EAD)
36

SENAI DN (2013)
Figura 4 - M ateriais on-line

A documentação de planejamento para a equipe pedagógica e de gestão é a


seguinte:

c) Plano de Curso — documento elaborado pela equipe técnica-


pedagógica com decisões relacionadas a justificativas e objetivos,
requisitos de acesso, perfil profissional de conclusão, organização
curricular, critérios de aproveitamento de estudos e competências,
critérios de avaliação, instalações e equipamentos, pessoal docente e
técnico, certificados e diplomas;
SENAI DN (2013)

Figura 5 - P lano de Curso


2 PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA DO SENAI (PS-EAD)
37

d) Plano de Ensino — documento elaborado pela equipe docente,


com as decisões relacionadas ao ensino de cada Unidade Curricular
em determinado período letivo, contendo, principalmente: título,
objetivos, conteúdos, estratégicas, recursos e avaliação. Tem como
referência o plano de curso;

SENAI DN (2013)
Figura 6 - P lano de Ensino

e) Plano de Situação de Aprendizagem — formulários eletrônicos


com informações para o aluno e para o tutor a respeito do tipo de
estratégia de aprendizagem a ser utilizada (Situação-Problema, Projeto,
Pesquisa, Estudo de Caso), contexto e problemas a serem solucionados,
além de orientações sobre mediação pedagógica e avaliação. Eles
complementam os materiais on-line com conceitos essenciais e
atividades interativas que visam, principalmente, à articulação entre
teoria e prática;
SENAI DN (2013)

Figura 7 - P lano de Situação de Aprendizagem


MODELO DE EXECUÇÃO DO PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (PS-EAD)
38

f ) Especificações de kits didáticos móveis, simuladores


digitais e softwares — descrição técnica e funcional desses recursos,
sua vinculação às Unidades Curriculares e capacidades técnicas
relacionadas, além da previsão de carga horária por aluno e por Unidade
Curricular, a capacidade de atendimento simultâneo, a estratégia de
utilização e exemplos de produtos, entre outras informações.

SENAI RS (2013)
Figura 8 - Kits e Simuladores

Como resultado do trabalho conjunto dos DRs desenvolvedores, o PS-EAD


contempla, no total, a elaboração, o desenvolvimento, a avaliação e a distribuição
de aproximadamente 300 livros didáticos, 400 Situações de Aprendizagem
embutidas em formato multimídia nos materiais on-line e respectivos planos de
Ensino e Situações de Aprendizagem, equivalententes a 22 cursos técnicos e as
60 Qualificações Básicas que compõem o programa.

Essa grande produção está disponível aos 27 Departamentos Regionais do SENAI


para implantação descentralizada, conforme as políticas e os procedimentos
específicos de cada Diretoria Regional e de cada Núcleo de Educação a Distância.
Que ótimo, não é mesmo? E você, como um dos profissionais das equipes de
execução do PS-EAD — seja no papel de tutor, monitor de EAD, coordenador
pedagógico, coordenador técnico de curso, responsável por polo ou gestor de
EAD — tem como desafio apropriar-se de toda essa produção para propiciar
aos estudantes uma experiência de aprendizagem significativa e com a mesma
qualidade ofertada em todo território nacional.

Seguindo no estudo deste módulo, você verá como é o processo de execução de


cursos do PS-EAD.
2 PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA DO SENAI (PS-EAD)
39

2.4. 0 PROCESSO DE EXECUÇÃO DE CURSOS NO PS-EAD

Concluindo o processo de desenvolvimento dos cursos e recursos pelos DRs


desenvolvedores, os Departamentos Regionais que desejam aderir ao PS-EAD
iniciam a implantação de um ou mais cursos técnicos ou qualificações básicas
produzidas.

Para isso, cada Departamento se estrutura a partir do seu Núcleo de Educação


a Distância (NEAD), que, entre outras funções, faz a interlocução com o
Departamento Nacional.

Cada DR executor seleciona, então, entre suas Unidades


Operacionais, aquelas que funcionarão como unidades sede
para ancorar determinados cursos. É nas unidades sede que os
estudantes serão mtriculados e delas obterão seus certificados
de conclusão de curso.
O DR executor também organiza uma rede de polos de apoio
presencial, den tro e fora de Unidades Operacionais. É nos
polos que os estudantes realizarão as atividades presenciais,
conforme carga horária no plano de Curso e nos Planos de
Ensino de cada Unidade Curricular.

Você percebeu que, na figura anterior, cada Departamento Regional conta com
uma rede formada de polos e unidades sede? Cada sede pode ancorar um ou
mais cursos a distância autorizados em um ou mais polos credenciados também
pelo Conselho Regional do SENAI.
MODELO DE EXECUÇÃO DO PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (PS-EAD)
40

Por definição, “polo de apoio presencial é a unidade operacional, no país ou no


exterior, para o desenvolvimento descentralizado de atividades pedagógicas e
administrativas relativas aos cursos e programas ofertados a distância”. (Decreto
nº 6.303, de 12 de dezembro de 2007).

SAIBA Você encontra mais informações sobre o polo de apoio


MAIS presencial no Anexo 8.Decreto nº 6.303. Confira!

Em alinhamento com as diretrizes da Rede e-Tec, a infraestrutura física dos polos


inclui:

• recepção;

• sala de administratação e reuniões;

• salas de aula convencionais para


atividades e avaliações teóricas, biblioteca
e acervo, laboratório de informática com
computadores e acesso à internet, banda
larga para acesso aos materiais on-line,
interação via AVA e uso de simuladores e/
ou softwares e laboratórios;

• oficinas para aulas e avaliações práticas


iStockphoto [(20--?)]

com kits didáticos e simuladores,


sanitários e bebedouros.

Imagem 10

Além da infraestrutura física dos polos, destinada à realização das atividades


presenciais (no mínimo 20% de carga horária dos cursos), os DRs executores
utilizam um sistema informatizado de gerenciamento de aprendizagem, que é
comumente denominado Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA).

O AVA é um conjunto integrado de ferramentas e soluções informatizadas com


funcionalidades para publicação de conteúdo digital (texto, vídeo, locução,
animação, simulação etc.), para comunicação interativa (com bate-papo, fórum,
web conferência, etc.) e para gestão do processo de ensino e aprendizagem
(rastreamento, logs de rendimentos, etc.).
2 PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA DO SENAI (PS-EAD)
41

Cada Departamento Regional utiliza o Ambiente Virtual


de Aprendizagem de sua preferência, desde que seja
compatível com os padrões de interoperabilidade definidos
FIQUE para o PS-EAD. O que há de comum entre esses AVAs é a
ALERTA disponibilização de espaços para publicação e download
de conteúdos, ferramentas para comunicação entre alunos
e docentes, funcionalidades para entrega de atividades, e
ferramentas de avaliação.

Definida a infraestrutura física (rede de polos) e virtual (AVA), o DR executor


define também os profissionais que atuarão na execução dos Cursos Técnicos e
de Qualidade Básica a distância, conforme os papéis previstos para o PS-EAD que
são:

a) Gestor de EAD;
b) Tutor;
c) Monitor de EAD;
d) Coordenador pedagógico
e) Coordenador técnico do curso;
f) Responsável pelo polo.

Veja as funções de cada papel, a seguir:

a) Gestor de EAD — gerencia todos os processos relacionados ao Núcleo


de Educação a Distância, assegurando a implantação do PS-EAD no DR;

b) Tutor — domina o conteúdo da área tecnológica do curso e a


metodologia de ensino. Interage com os alunos por meio do AVA e,
conforme a configuração da equipe no DR, atua também nas práticas
presenciais.

c) Monitor de EAD — orienta os alunos em questões técnicas e


administrativas, tanto no AVA quanto presencialmente;

d) Coordenador pedagógico — orienta a atuação da tutoria e da


monitoria e cuida dos aspectos didáticos-pedagógicos intra e intercursos,
conforme definido nos Planos de Ensino e nos Planos de Situação de
Aprendizagem;

e) Coordenador técnico do curso — orienta o tutor tecnicamente e


assegura a qualidade da execução do curso conforme definido no Plano
de Curso;

f ) Responsável pelo polo – organiza e monitora a execução das


atividades e encontros presenciais.
MODELO DE EXECUÇÃO DO PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (PS-EAD)
42

No módulo 2, você conhecerá detalhadamente o papel, as competências e as


atividades relacionadas ao seu perfil no PS-EAD.

Aproveite bem o curso e.....siga para o módulo 2!

Você chegou ao final deste módulo. Lembra-se dos questionamentos feitos lá no


início?
Vamos relembrar:
• Qual sua familiaridade agora com a EAD?
• Você já sabe o que é um Ambiente Virtual de Aprendizagem?
• Os princípios gerais do Programa Nacional de Educação a Distância
do SENAI estão claros para você?

Esperamos que seus conhecimentos sobre EAD e sobre o PS-EAD tenham sido
ampliados neste módulo. Qualquer dúvida, volte às telas anteriores, troque ideia
com seus colegas e pergunte ao seu tutor.

Estaremos por aqui! Até mais!


2 PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA DO SENAI (PS-EAD)
43

ANOTAÇÕES
REFERÊNCIAS

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em: <http://www.abed.org.br/revistacientifica/Revista_PDF_Doc/2011/Artigo_07.pdf>. Acesso em:
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htm>. Acesso em: 20 maio 2013.

BELLONI, M.L. Educação a distância. Campinas: Autores Associados, 1999.

BRASIL. Decreto nº 2.494, de 10 de fevereiro de 1998. Regulamenta o disposto no art. 80 da Lei


nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em 26
maio 2013.

__________. Decreto nº 2.561, de 27 de abril de 1998. Altera a redação dos arts. 11 e 12 do Decreto
nº 2.494, de 10 de fevereiro de 1998, que regulamenta o disposto no art. 80 da Lei nº 9.394, de 20 de
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__________. Decreto nº 6.303, de 12 de dezembro de 2007. Altera dispositivos dos Decretos nº


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5.773, de 9 de maio de 2006, que dispõe sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e
avaliação de instituições de educação superior e cursos superiores de graduação e seqüenciais no
sistema federal de ensino. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em 26 maio 2013.

__________. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação


nacional. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em 26 maio 2013.

___________. Lei nº 12.513 de 26 de outubro de 2011. Institui o Programa Nacional de Acesso


ao ensino Técnico e Emprego (Pronatec) [...] e dá outras providências. Disponível em: <http://www.
planalto.gov.br>. Acesso em 26 maio 2013.

__________. Ministério da Educação. Portaria nº 301, de 7 de abril de 1998. Normatiza os


procedimentos de credenciamento de instituições para a oferta de cursos de graduação e educação
profissional tecnológica a distância. Diário Oficial da União [da] República Federativa do Brasil,
Brasília, DF, 9 abr. 1998.

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Resolução CNE/CEB nº 6/2012. Define Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional
Técnica de Nível Médio. Diário Oficial da União [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 21 set.
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-
SENAI — DN
UNIDADE DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA — UNIEP

Felipe Esteves Morgado


Gerente Executivo

Luiz Eduardo Leão


Gerente de Tecnologias Educacionais

Fabíola De Luca Coimbra Bomtempo


Gestora do Programa de SENAI de Educação a Distância 

Anna Christina Aun de Azevedo Nascimento


Coordenação Geral do Desenvolvimento dos Cursos a Distância

SENAI — DEPARTAMENTO REGIONAL DE SANTA CATARINA

Selma Kovalski
Coordenadora do Desenvolvimento do PS-EAD no Departamento Regional

Gisele Umbelino
Coordenação de Apoio Educacional

Fausto Alcântara de Lima Junior


Coordenação do Projeto

Valter Jose Rangel Monteiro


Coordenação de Desenvolvimento de Recursos Didáticos

Andrea Filatro
Rita Guarezi
Elaboração

Andrea Filatro
Anna Christina de Azevedo Nascimento
Revisão Técnica

Evelin Lediani Bao


Design Educacional

Diego Fernandes
Giulia Cechetto Mazzolli
Luiz Eduardo Meneghel
Ilustrações, Tratamento de Imagens

Carlos Filip Lehmkuhl Locciono


Diagramação
Juliana Vieira de Lima
Revisão e Fechamento de arquivos

Luciana Effting Takiuchi – CRB -14/937


Bibliotecária – Ficha catalográfica
REVISÃO – EMPRESA BRASILEIRA DE NEGÓCIOS E SERVIÇOS - EBNS

Andréia Santiago de Oliveira


Gerente do Projeto

Andréia Santiago de Oliveira


Pedagoga e Especialista - EAD

Andréia Santiago de Oliveira


Designer Instrucional

Vinícius da Silva Paiva


Revisor

DNA TECNOLOGIA Ltda

Sidiane Kayser dos Santos Schwinzer


Revisão Ortográfica e Gramatical

DNA TECNOLOGIA Ltda

Sidiane Kayser dos Santos Schwinzer


Normalização

i-Comunicação
Projeto Gráfico

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