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Estudo de Viabilidade Financeira

elaborado no âmbito do Estudo de Viabilidade


Técnica e Financeira de um Portal para a Região de
Lisboa e Vale do Tejo
Estudo de Viabilidade

Índice

1. Estimativas de Investimento e Custos .................................................................... 5


1.1. Investimento ........................................................................................................ 8
1.1.1. Constituição e Instalação.......................................................................... 8
1.1.2. Elaboração de Cadernos de Encargos ..................................................... 8
1.1.3. Serviços de Implementação do Portal ...................................................... 8
1.1.4. Hardware e Software de Base ................................................................ 10
1.2. Custos de Funcionamento ................................................................................. 11
1.2.1. Instalações da Empresa ......................................................................... 11
1.2.2. Marketing e Comunicação ...................................................................... 11
1.2.1. Apoio Editorial......................................................................................... 12
1.2.2. Comunicações ........................................................................................ 12
1.2.3. Manutenção do Hardware....................................................................... 12
1.2.4. Upgrades ao Software de Base .............................................................. 12
1.2.5. Manutenção do Software Aplicacional.................................................... 13
1.2.6. Outsourcing Administrativo-Financeiro ................................................... 13
1.2.7. Outsourcing Técnico ............................................................................... 13
1.2.8. Previsão para Salários e afins ................................................................ 14
1.2.9. Outras Despesas .................................................................................... 14
2. Estimativas de Proveitos ....................................................................................... 15
2.1. Quotas de Entidades Aderentes ........................................................................ 15
2.2. Serviços a terceiros ........................................................................................... 16
2.3. Serviços Pagos .................................................................................................. 16
2.4. Publicidade ........................................................................................................ 17
3. Estimativas de Cash-Flows ................................................................................... 18
4. Cenário de financiamento através do POSI .......................................................... 19
5. Break-Even Analysis ............................................................................................. 21
6. Conclusão ............................................................................................................. 22

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1. Estimativas de Investimento e Custos

Tendo por base todos os elementos da solução encontrada e descrita no documento


de Modelos e Cenários iremos neste capítulo apresentar as estimativas de
investimentos e de custos para o projecto.

Para podermos enquadrar o projecto no tempo vamos começar por analisar a resposta
das entidades à questão “Qual o tempo necessário para que a iniciativa do Portal
estivesse completamente operacional”. As possíveis respostas eram:
• 6 meses
• 1 ano
• 2 anos
• 3 ou mais anos

20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
Ass Priv Mun Instit Out

6 meses 1 1 1 2 1
1 ano 11 3 10 2 1
2 anos 1 12 1
3 ou mais anos 2

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Como se vê no gráfico a maioria das entidades considera um ano como tempo


suficiente para que a iniciativa esteja completamente operacional.
Em nossa opinião, e tendo em conta a nossa experiência na participação deste tipo de
iniciativas, a expectativa das entidades inquiridas é demasiado ambiciosa.

Um dúvida se nos coloca. Será que “completamente operacional” foi entendido como
dispor de uma plataforma tecnológica completamente operacional?

Se foi esse o entendimento, diríamos que é possível mas isso não significa que nesse
momento já todas as aplicações estejam em funcionamento e muito menos que todas
as entidades aderentes estejam devidamente interligadas com o Portal principalmente
tendo em consideração a dificuldade com recursos humanos manifestada por quase
todas as entidades inquiridas.

Tendo em consideração as fases propostas para o projecto achamos possível ter a 1ª


e a 2ª fase concluída no primeiro ano, enquanto que a 3ª e a 4ª fase irá demorar com
certeza pelo menos mais 2 anos, pelo que menos de 3 anos não será realista.

Para facilitar a leitura deste estudo vamos recordar a proposta de implementação


apresentada nos Modelos e Cenários.

Relevância e Responsabilidade Fase Relevante Entidade Entidades


Gestora Participantes
Política de Confidencialidade 1ª 9 9
Página de Ajuda 1ª 9 9
Perguntas mais frequentes 1ª 9 9
Mapa do Site 1ª 9 9
Motor de Busca 1ª 9 9
Legislação Autárquica 1ª 9 9
Deixar Comentários e Sugestões 2ª 9 9
Contactar serviços de atendimento 2ª 9 9

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Relevância e Responsabilidade Fase Relevante Entidade Entidades


Gestora Participantes
Envio Electrónico de Documentos 3ª 9 9
Notícias e Eventos 3ª 9 9
Serviços Virtuais 3ª 9 9
Consulta de Processos 3ª 9 9
Apoio à Constituição de Empresas 3ª 9 9
Recepção e Tratamento de Reclamações 3ª 9 9
Sistema de Informação Geográfica 3ª 9 9
Informação Turística / Económica 4ª 9 9
Pagamentos online 4ª 9 9

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1.1. Investimento
Para a implementação do Portal para a RLVT é necessário considerar não só os
investimentos a serem suportados pela entidade gestora como os investimentos a
serem efectuados nas entidades aderentes e por conta da entidade gestora.

1.1.1. Constituição e Instalação


Custos inerentes à constituição da unidade de gestão do portal e respectiva
instalação.
(em EUR)
Ano 0 1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano
10.000 0 0 0 0

1.1.2. Elaboração de Cadernos de Encargos


Serviços de Consultoria e custos com a elaboração dos pedidos de
financiamentos, dos diferentes cadernos de encargos e lançamento de
concursos públicos para aquisição de infra-estruturas de comunicações,
hardware, software de base e desenvolvimento aplicacional.
(em EUR)
Ano 0 1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano
80.000 20.000 20.000 20.000 0

1.1.3. Serviços de Implementação do Portal


Para implementação do Portal e das gateways de comunicação com o Portal é
necessário considerar os seguintes serviços técnicos:
• Serviços de consultoria, de design e técnicos para implementação da
plataforma central com as funcionalidade previstas para a fase 1 e 2;
• Serviços de consultoria e técnicos para implementação de
aproximadamente 30 gateways nas entidades aderentes. A primeira

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aplicação a implementar ainda na fase 2 é a comunicação assíncrona


com os serviços de atendimento.
• Serviços de consultoria (incluí avaliação dos processos administrativos
das autarquias), de design e técnicos para implementação das
funcionalidade previstas para a fase 3 e 4, tanto na vertente do sistema
central como nas gateways de comunicação (Nota: A comunicação
entre as aplicações de gestão das autarquias e as gateways é da
responsabilidade das mesmas);

Em virtude dos custos com o Sistema de Informação Geográfica poderem ser


muito significativos e dessa forma distorcerem o projecto não vamos aqui
considerar o investimento. Na realidade o SIG poderá custar 10 vezes mais
que o resto do projecto e irá depender da capacidade de interligação e
aproveitamento dos sistemas actualmente existentes. Em nossa opinião, o SIG
deverá ser tratado como um projecto à parte.

No quadro seguinte apresenta-se uma estimativa de custos de serviços a


serem contratados.
(em EUR)
Ano 0 1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano
0 800.000 800.000 800.000 0

Os valores apresentados não sofrem oscilações anuais em virtude de serem


uma estimativa que deve representar o Orçamento da empresa para
consultoria tecnológica e deverá ser aplicado consoante as necessidades de
cada ano.

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1.1.4. Hardware e Software de Base


Para além dos serviços é necessário hardware e software para suportar o
Portal e as 30 gateways.

Para o cálculo tivemos em conta as seguintes rubricas:


HARDWARE
- Servidores para suportar o Portal
- Servidor para o Firewall
- Servidores para suportar o Broker e as Gateways
- Servidor para suportar o Load Balancing
- Servidores de desenvolvimento
SOFTWARE
- Software de Base para o Portal
- Sistema de Gestão de Base de Dados
- Software de Firewall
- Broker de integração onde ficarão definidas as regras de negócio
- Gateways de mensagens para cada uma das entidades;
- Software de Load Balancing
- Software para suportar o desenvolvimento

O orçamento para as componentes de hardware e software de base é o


seguinte:
(em EUR)
Ano 0 1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano
0 1.330.000 175.000 175.000 0

No orçamento será considerada a quantia de € 150.000,00 anuais, após o


investimento inicial, para investimentos adicionais em Hardware e € 25.000,00
em Software de Base para o caso de ser necessária mais alguma tecnologia.

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1.2. Custos de Funcionamento


Além dos investimentos inerentes ao arranque e desenvolvimento do Portal, é
necessário considerar os custos de exploração e dos serviços a adquirir quando este
se encontrar em funcionamento.

1.2.1. Instalações da Empresa


Para a instalação física da equipa de gestão do Portal, em regime de aluguer
de instalações, vamos considerar um custo anual de aproximadamente 36.000
€ o que dá para cerca de 200 m2.
(em EUR)
Ano 0 1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano
0 36.000 36.000 36.000 36.000

1.2.2. Marketing e Comunicação


Custos inerentes à divulgação continuada da iniciativa que podem ser
desagregados da seguinte forma:
• Concepção da campanha;
• Inserções nas publicações das autarquias;
• Folhetos informativos a distribuir pelos serviços autárquicos da região;
• Inscrição do portal nos motores de pesquisa nacionais e internacionais.

(em EUR)
Ano 0 1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano
20.000 30.000 40.000 50.000 40.000

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1.2.1. Apoio Editorial


Este serviço é fundamental para poder alimentar o editorial do Portal. Para
orçamento é considerada a colaboração em regime de avença de um jornalista.
(em EUR)
1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano 5º Ano
15.000 15.000 15.000 15.000 15.000

1.2.2. Comunicações
Para manter dois canais de comunicação com a Internet a 2Mbps cada um, o
custo, a preço PVP da PT Prime, é o seguinte.
(em EUR)
1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano 5º Ano
90.000 90.000 90.000 90.000 90.000

1.2.3. Manutenção do Hardware


O orçamento para a manutenção das componentes de hardware é o seguinte:
(em EUR)
1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano 5º Ano
0 128.700 128.700 128.700 128.700

1.2.4. Upgrades ao Software de Base


O orçamento para suporte e upgrades ao software de base é o seguinte:
(em EUR)
1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano 5º Ano
0 159.900 159.900 159.900 159.900

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1.2.5. Manutenção do Software Aplicacional


O orçamento para a manutenção do software aplicacional corresponde a:
(em EUR)
1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano 5º Ano
0 0 0 106.000 106.000

1.2.6. Outsourcing Administrativo-Financeiro


A gestão Administrativo-Financeira do Portal deverá ser enquadrada num
regime de outsourcing. No quadro seguinte é apresentada uma previsão de
custos para o efeito.
(em EUR)
1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano 5º Ano
40.000 40.000 40.000 40.000 40.000

1.2.7. Outsourcing Técnico


A gestão técnica do Portal deverá ser enquadrada num regime de outsourcing.
No quadro seguinte é apresentada uma previsão de custos para o efeito.
(em EUR)
1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano 5º Ano
120.000 120.000 120.000 120.000 120.000

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1.2.8. Previsão para Salários e afins


Em termos orçamentais considera-se para suporte do Portal um conjunto de 8
trabalhadores repartidos por:
• 1 Director;
• 1 Gestor para as Operações
• 1 Consultor para a área Técnica;
• 1 Técnico-Comercial;
• 2 pessoas para o Help Desk de suporte a utilizadores;
• 2 pessoas para a qualificação e desenvolvimento de Conteúdos

Os salários serão actualizados a uma taxa média de 5% ao ano.


(em EUR)
Item 1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano 5º Ano
Director 70.000 73.500 77.175 81.033 85.084
Gestão 50.000 52.500 55.125 57.881 60.775
Consultor 50.000 52.500 55.125 57.881 60.775
Comercial 42.000 44.100 46.305 48.620 51.051
Help Desk 21.000 22.050 23.152 24.309 25.524
Conteúdos 30.000 31.500 33.075 34.728 36.464
Total 263.001 276.152 289.960 304.456 319.678

1.2.9. Outras Despesas


As Outras Despesas com trabalhadores correspondem a 40% dos salários o
que representará:
(em EUR)
1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano 4º Ano
105.200 110.460 115.984 121.782 127.871

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2. Estimativas de Proveitos

Com base no modelo encontrado que se reveste de um cariz essencialmente social,


apresentamos neste capítulo a estimativa dos proveitos a realizar pelo Portal por
período de tempo.

As fontes de proveitos dependerão das receitas provenientes dos serviços prestados


passíveis de serem pagos e da comercialização de espaços publicitários no Portal.

2.1. Quotas de Entidades Aderentes


A análise aos proveitos não pode considerar somente o investimento inicial, mas
também a manutenção da infra-estrutura, a actualização dos conteúdos e a
manutenção dos serviços.

Desta forma, dever-se-á implementar um pagamento mensal de uma renda, a serem


liquidadas pelas Entidades Aderentes, para que se possa manter o nível dos serviços.

As rendas deverão ser valorizadas considerando a dimensão da entidade aderente.

O valor estimado para as rendas, considerando um universo de cerca de 30 entidades


é (no ano 0) em média de € 50.000,00 anuais. Nos anos seguintes consideramos um
aumento da renda de 5%.
(em EUR)
Serviço 1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano 5º Ano
N.º de Entidades 5 10 20 25 30
Rendas 250.000 525.000 1.102.500 1.447.000 1.823.300

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2.2. Serviços a terceiros


Poderá ser também viável a prestação de serviços às entidades aderentes, por parte
dos recursos técnicos envolvidos no Portal. Na realidade, podem abrir-se algumas
oportunidades neste campo, visto as entidades estarem ainda atrasadas em termos de
desenvolvimento tecnológico e necessitarem de evoluir para poder integrar-se com o
Portal.
Por exemplo, podem realizar-se serviços de:
• criação de página na Internet;
• manutenção de sites;
• disponibilização de conteúdos nos sites;
Podem estimar-se os proveitos, no ano 1 para 10 entidades a € 2.000, através da
análise ao quadro seguinte, considerando um aumento na adesão de novas entidades
proporcional aos aderentes:
(em EUR)
Serviço 1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano 5º Ano
N.º de Entidades 2 5 10 12 15
Serviços a terceiros 4.000 10.000 20.000 24.000 30.000

2.3. Serviços Pagos


No Relatório de Modelo e Cenários verificou-se que apenas o serviços de Consulta à
Cartografia Digital (SIG) estaria em condições para ser cobrado. Como não vamos
entrar em linha de conta com o investimento para este serviço também não vamos
entrar em linha de conta com os potenciais proveitos.

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2.4. Publicidade
Em termos de publicidade e afins pode considerar-se, pelo menos, os seguintes
espaços publicitários no Portal.
(em EUR)
Tipo Valor
Home Page Top Banner 468x60 0,06
Home Page Bottom Banner 234x30 0,02
Top Banner 468x60 0,04
Bottom Banner 234x30 0,01

A publicidade poderá ser colocada na Home Page ou nas outras páginas do Portal.

Tendo a Região de Lisboa e Vale do Tejo uma população de 3.460 mil habitantes
pode estimar-se que cerca de 900 mil habitantes terão acesso à Internet.

Considerando que uma aderência razoável significa 6 visitas por residente ano. Se
cada visita passar em média por 10 páginas é razoável estimar 54.000 page views por
ano. A uma taxa de crescimento de 17% ao ano obtêm-se os seguintes valores
estimados:
(em EUR)
Item 2º Ano 3º Ano 4º Ano 5º Ano
Page Views por ano 54.000 63.180 73.920 86.487
Receita estimada 22.680 26.535 31.046 36.324

Nota: Calculado a partir de: N.º de Page Views ano * 7 banners (a rodar em 3
espaços) * 0,06 € por View.

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3. Estimativas de Cash-Flows

Com os elementos anteriores construí-se um quadro de estimativas de cash-flow,


apresentado neste capítulo.
(em K EUR)
Ano 0 1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano 5º Ano
Receitas
Quotas Entidades Aderentes 0 250 525 1.102 1.447 1.823
Serviços a Terceiros 0 4 10 20 24 30
Publicidade 0 0 22 26 31 36
Investimento
Constituição e Instalação -10 0 0 0 0 0
Elab. Caderno de Encargos -80 -20 -20 -20 0 0
Serviços de Implementação 0 -800 -800 -800 0 0
Hardware e Software de Base 0 -1.329 -175 -175 0 0
Custos de Funcionamento
Instalações da Empresa 0 -36 -36 -36 -36 -36
Marketing e Comunicação -20 -30 -40 -50 -40 -40
Apoio Editorial 0 -15 -15 -15 -15 -15
Comunicações 0 -90 -90 -90 -90 -90
Manutenção do Hardware 0 0 -128 -128 -128 -128
Upgrades ao Software de Base 0 0 -159 -159 -159 -159
Manutenção do Soft. Aplicacional 0 0 0 0 -106 -106
Outsourcing Adm-Financeiro 0 -40 -40 -40 -40 -40
Outsourcing Técnico 0 -120 -120 -120 -120 -120
Salários e afins -70 -263 -276 -289 -304 -319
Outras Despesas 0 -105 -110 -115 -121 -127
Total -180 -2.594 -1452 -889 343 709
Cash-Flow -180 -2.774 -4.226 -5.115 -4.772 -4.063

Da análise ao quadro resulta que o cash-flow líquido dos primeiros períodos do


projecto são profundamente negativos. Para cobrir estes défices terão de ser definidas
outras formas de financiamento, nomeadamente, através de candidaturas ao
Programa Operacional da Sociedade de Informação.

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4. Cenário de financiamento através do POSI

Para poder financiar os avultados investimentos previstos no arranque da iniciativa,


terá que ser viável a candidatura das diversas entidades ao POSI, devido à enorme
carência de recursos técnicos, humanos e, principalmente, financeiros (conforme
resultados apresentados no documento Relatório de Modelo e Cenários – capítulo
2.4.).

Este projecto, de acordo com o Modelo definido e a implementar, encontra-se


enquadrado no âmbito da medida 2.3–“Projectos Integrados: das Cidades Digitais ao
Portugal Digital”, integrada no Eixo Prioritário nº2–“Portugal Digital” do Programa
Operacional Sociedade da Informação, aprovado por Decisão da Comissão Europeia
n.º (2000) 1786, de 28 de Julho de 2000, pois:
• envolve parcerias com agentes locais, regionais e nacionais;
• visa objectivos sociais e económicos;
• não é superior a 3 anos;
• visa a prossecução da Iniciativa Internet;
• visa a disponibilização, em formato digital, de conteúdos de interesse público
ou cultural;
• pretende a modernização dos serviços da administração local, em especial
pelo uso de meios electrónicos de relação entre os serviços municipais e os
munícipes, substituindo os processos baseados em papel pelos totalmente
automatizados;
• visa o aumento da acessibilidade à sociedade da informação de todos os
estratos sociais, designadamente a criação de Espaços Internet com apoio de
monitores;
• aumenta a facilidade e eficiência da interacção entre os vários níveis da
Administração, as populações e os agentes económicos;

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• visa apoiar um projecto em núcleos empresariais, como meio de aumentar a


competitividade das empresas e alargar a sua base de clientes através do uso
da Internet como meio fundamental de integração na economia digital.

O montante máximo do financiamento a conceder pelo Programa Operacional


Sociedade da Informação, através de verbas do FEDER e do Ministério da Ciência e
do Ensino Superior, é, em regra, de 80%, devendo o restante financiamento ser
assegurado pelas entidades proponentes. Contudo, em projectos de manifesto
interesse público, o financiamento do Programa Operacional Sociedade da Informação
pode atingir os 100%.
Tendo o financiamento do POSI em consideração (a 100%) o cash-flow para o
projecto passaria a ter os seguintes contornos:
(em K EUR)
Ano 0 1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano 5º Ano
Receitas
Quotas Entidades Aderentes 0 250 525 1.102 1.447 1.823
Serviços a Terceiros 0 4 10 20 24 30
Publicidade 0 0 22 26 31 36
Financiamento
POSI 90 2.149 995 995 0 0
Investimento
Constituição e Instalação -10 0 0 0 0 0
Elab. Caderno de Encargos -80 -20 -20 -20 0 0
Serviços de Implementação 0 -800 -800 -800 0 0
Hardware e Software de Base 0 -1.329 -175 -175 0 0
Custos de Funcionamento
Instalações da Empresa 0 -36 -36 -36 -36 -36
Marketing e Comunicação -20 -30 -40 -50 -40 -40
Apoio Editorial 0 -15 -15 -15 -15 -15
Comunicações 0 -90 -90 -90 -90 -90
Manutenção do Hardware 0 0 -128 -128 -128 -128
Upgrades ao Software de Base 0 0 -159 -159 -159 -159
Manutenção do Soft. Aplicacional 0 0 0 0 -106 -106
Outsourcing Adm-Financeiro 0 -40 -40 -40 -40 -40
Outsourcing Técnico 0 -120 -120 -120 -120 -120
Salários e afins -70 -263 -276 -289 -304 -319
Outras Despesas 0 -105 -110 -115 -121 -127
Total -90 -445 -457 106 343 709
Cash-Flow -90 -535 -992 -886 -543 166

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5. Break-Even Analysis

Para a análise de break-even podemos ainda entrar em linha de contas com as


amortizações dos investimentos previstos. Para o cálculo das amortizações
considerámos três anos de amortização a começar no próprio ano.
(em K EUR)
Ano 0 1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano 5º Ano
Amortizações
Constituição e Instalação -3 -3 -3 0 0 0
Elab. Caderno de Encargos -26 -33 -40 -20 -13 -6
Serviços de Implementação 0 -266 -533 -800 -533 -266
Hardware e Software de Base 0 -443 -501 -560 -116 -58
-29 -745 -1077 -1380 -662 -330

Considerando os dados do orçamento apresenta-se no quadro seguinte um resumo do


mesmo no qual se pode verificar que o break-even se alcança no 5º ano de actividade.

Ano 0 1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano 5º Ano


Proveitos
Receitas 0 254 557 1.148 1.502 1.889
Financiamento 90 2.149 995 995 0 0
Custos
Investimentos -29 -745 -1.077 -1.380 -662 -330
Custos de Funcionamento -90 -699 -1.014 -1.042 -1.159 -1.180
Total Anual -29 959 -539 -279 -319 379
Acumulado -29 930 391 112 -207 172

O projecto atinge um VAL 1.183 K € à taxa de actualização de 6%. A flutuação do


cash-flow não nos permite calcular uma única taxa interna de rendibilidade.

 Copyright Sol-S 2003 Página 21


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6. Conclusão

A implementação de um projecto desta envergadura, e a dificuldade de obter receitas


face aos investimentos avultados que será necessário realizar, faz com que seja
imprescindível a obtenção de fundos através de candidaturas das entidades ao
Programa Operacional para a Sociedade da Informação (POSI). Sem a obtenção
desses fundos o projecto é incomportável para as entidades envolvidas.

Visto ser um projecto, em termos realistas a 3 anos, torna-se necessário muito rigor na
administração da empresa gestora do Portal e monitorização na execução do projecto,
para que não se verifiquem derrapagens orçamentais por demora na implementação
do Portal.

Importa referir, na apresentação dos indicadores contidos neste documento, em


especial os do capítulo 5, que foram obtidos sem recorrer a vantagens intangíveis
dificilmente valorizáveis e normalmente utilizadas para justificar investimentos de cariz
social.

 Copyright Sol-S 2003 Página 22

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