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APOSTILA DE BIOLOGIA - SISTEMAS REPRODUTOR, ÓSSEO E MUSCULAR
PROFESSORA: Áurea Aparecida Ribeiro. TURMA: 2º ano ETAPA: 2ª
SISTEMA REPRODUTOR
O sistema reprodutor humano, ou sistema genital, é formado por órgãos que constituem o aparelho genital
masculino e feminino, a saber:
→ Sistema genital masculino
Veja as principais partes do sistema genital
masculino
- Pênis: órgão reprodutor e excretor do organismo
masculino. Contém em seu interior um ducto (a
uretra), que é responsável pela eliminação
da urina e também condução do sêmen, que
contém os espermatozoides. Esse órgão é formado
por tecido cavernoso e esponjoso, que se
intumesce (aumenta de volume) em razão da
grande vascularização e de acordo com a libido do
indivíduo, proporcionando a ereção desse órgão;
- Bolsa escrotal: cavidade que aloja e protege os testículos, sendo responsável pela manutenção da
temperatura adequada à fisiologia dessas estruturas;
- Testículos: são glândulas que, além de produzirem os gametas masculinos no interior dos túbulos
seminíferos, possuem células intersticiais (células de Leydig) que sintetizam a testosterona, hormônio sexual
masculino;
- Epidídimo: ducto formado por um canal emaranhado que coleta, armazena e conduz os
espermatozoides. Nesse local, os gametas atingem maturidade e mobilidade, tornando-se aptos à
fecundação;
- Canal deferente: canal que transporta os espermatozoides do epidídimo até um complexo de glândulas
anexas;
- Glândulas anexas: conjunto formado pela próstata, vesículas seminais e glândulas bulbouretrais. Formam a
secreção que compõe o sêmen, fluido que nutre e proporciona o meio de sobrevivência aos espermatozoides,
como a neutralização do pH levemente ácido da uretra.
MÉTODOS CONTRACEPTIVOS
TABELINHA
*Não é considerado um método contraceptivo efetivo, mas é importante estudá-lo para entender o funcionamento do corpo.
PÍLULA ANTICONCEPCIONAL
O principal método hormonal é a pílula anticoncepcional, possuindo uma mistura de derivados sintéticos dos
hormônios estrógeno e progesterona. Assim sendo, quando a mulher toma a pílula anticoncepcional, a
hipófise entende que já há hormônio suficiente no corpo e deixa de produzir os seus hormônios. Com isso, a
ovulação não se faz e a mulher não tem como engravidar.
A pílula anticoncepcional é um método eficaz quando usado corretamente. É necessário acompanhamento
de um médico, pois a pílula apresenta efeitos colaterais e dependendo deste algumas mulheres não podem
tomar.
Outros métodos hormonais são hormônios de efeito prolongado, injetados, implantados sob a pele, ou em
forma de adesivo. Todos esses liberam hormônios que dura um determinado tempo. Também é considerado
um método eficaz, mas da mesma forma que a pílula, é necessário acompanhamento médico. A minipílula
contém apenas um hormônio, o qual é semelhante à progesterona. Geralmente, é indicada para mulheres que
apresentam problemas com a pílula com os dois hormônios ou que estão amamentando.
PÍLULA DO DIA SEGUINTE
A pílula do dia seguinte não é considerado um método contraceptivo e sim um fármaco usado em situações
emergenciais quando a relação sexual que representa risco de gravidez. Geralmente usada quando há estupro
ou quando o método habitual falhar. A única diferença desta para uma pílula anticoncepcional comum é a
maior dosagem do estrógeno e progesterona. Elas devem ser tomadas em no máximo 72 horas após a relação
sexual. Quanto mais rápido, maiores são as chances de não engravidar.
A pílula agirá de formas diferentes em cada
organismo podendo dessa maneira impedir a
liberação do ovócito caso a mulher não tenha
ovulado; e alterar a secreção vaginal, tornando
hostil o trajeto dos espermatozoides.
Com a grande dosagem hormonal, a mulher
geralmente apresenta efeitos colaterais como
enjoos, inchaços, cólicas, sangramentos
irregulares. Os efeitos colaterais podem ser sérios,
como trombose, derrame, entre outros.
LIGADURA
Na ligação tubária, ocorre um corte na tuba uterina e são amarrados. Com isso, não há fecundação apesar de
continuar a produção do ovócito.
A camisinha masculina é colocada no pênis ereto, composta por uma membrana de borracha muito fina, já a
camisinha feminina é um tubo com material de poliuretano, sendo um plástico macio e flexível no qual é
encaixado na vagina não permitindo o contato direto do pênis. Lembrando que a camisinha é um único
método que protege das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
O diafragma é feito de uma borracha flexível que é colocado na entrada do útero antes da relação sexual
para bloquear a passagem dos espermatozoides. É essencial procurar um médico para verificar o tamanho
exato do diafragma.
Para o diafragma ser mais eficiente, é necessário
lubrificar as bordas com espermicida e só retirá-lo
no mínimo seis horas depois da relação, mas não
deixando passar mais de um dia, pois há risco de
infecção. Comparado com a camisinha, o DIU e a
pílula, o diafragma é o menos eficiente já que
pode acontecer de ser colocado em uma posição
incorreta.
Diafragma
(Foto: Reprodução/Colégio Qi)
Caso o casal tenha outra relação horas depois, é necessário colocar mais espermicida para ser mais eficaz.
Após retirar o diafragma, é importante lavar com sabão neutro e verificar se há furos.
O tratamento das IST melhora a qualidade de vida do paciente e interrompe a cadeia de transmissão
dessas infecções.
Quando não tratadas adequadamente, as IST podem causar sérias complicações, além do risco de pegar
outras IST, inclusive o vírus da AIDS. Essas complicações podem ser:
AIDS
A AIDS se caracteriza pelo enfraquecimento do sistema imunológico do corpo, com o organismo mais
vulnerável ao aparecimento de doenças oportunistas que vão de um simples resfriado a infecções mais
graves como tuberculose.
O vírus HIV, dentro do corpo humano, começa a atacar o sistema imunológico ligando-se a célula,
penetrando no seu interior para se multiplicar. Com isso, o sistema de defesa vai pouco a pouco perdendo
a capacidade de responder adequadamente, tornando o corpo mais vulnerável a doenças. Quando o
organismo não tem mais forças para combater esses agentes externos, a pessoa começar a ficar doente
mais facilmente e então se diz que tem AIDS. Esse momento geralmente marca o início do tratamento
com os medicamentos antirretrovirais, que combatem a reprodução do vírus.
Durante a infecção inicial, uma pessoa pode passar por um breve período doente, com sintomas
semelhantes aos da gripe.
Vírus do papiloma humano - HPV
O vírus do papiloma humano (HPV) é uma doença causada por alguns tipos de vírus que provocam lesões e
verrugas - chamadas de papilomas - na vulva, na vagina, no colo do útero, no pênis ou no ânus.
Alguns tipos de HPV podem levar ao desenvolvimento de câncer, principalmente de colo do útero. O
diagnóstico do HPV pode ser feito por meio de exames físicos realizados pelo médico, biópsias e, no caso
das mulheres, por meio de um exame de rotina chamado papanicolau, que detecta alterações nas células
uterinas.
Dependendo do tipo de HPV, o tratamento pode ser feito por meio da remoção cirúrgica ou da cauterização
das lesões e verrugas e administração de medicamentos.
Gonorreia
A gonorreia é uma doença causada pela bactéria Neisseria gonorrheae, que provoca ardor ao urinar e
secreções com odor desagradável na uretra ou na vagina. O período de incubação - ou seja, entre a
contaminação (durante a relação sexual) e a manifestação dos sintomas - é curto, cerca de 2 a 10 dias.
O diagnóstico é feito por meio de exames físicos e da análise do histórico do paciente. Também são
realizados exames laboratoriais, em que se analisam amostras da secreção, a fim de confirmar a presença
da bactéria.
A gonorreia pode ser totalmente curada, desde que seja diagnosticada corretamente e tratada. O
tratamento é realizado por meio da administração de antibióticos.
Sífilis
A sífilis é causada pela bactéria Treponema pallidum. A doença apresenta três estágios: sífilis primária,
secundária e terciária. Após o contágio, o período de incubação é de cerca de um mês. Após este período
surge o principal sintoma do estágio primário, uma lesão genital, geralmente na região da cabeça do pênis ou
nos lábios vaginais, sem secreções e com a borda endurecida, conhecida como cancro duro ou úlcera genital.
Após a contaminação e a formação do cancro, a bactéria continua a se reproduzir no interior do organismo e
passa a atingir outros órgãos. Essa disseminação da bactéria provoca feridas e manchas na pele por todo o
corpo, caracterizando o estágio secundário.
O tratamento é feito por meio de antibiótico.
SISTEMA ÓSSEO
O esqueleto humano adulto é formado por 206 ossos, que atuam na sustentação do organismo, proteção dos
órgãos vitais, garantia da movimentação, produção de células sanguíneas e armazenamento de alguns sais
minerais, tais como cálcio e fósforo.
O esqueleto humano pode ser dividido em duas porções: axial e apendicular. No chamado esqueleto
axial, temos o crânio, vértebras, costelas e esterno. O crânio, formado por 22 ossos, é a porção responsável
por garantir, principalmente, a proteção do encéfalo. As vértebras formam a chamada coluna vertebral e são
compostas por 33 ossos. As costelas formam a caixa torácica e articulam-se com as vértebras na porção
posterior e com o esterno na porção anterior do corpo. Essa articulação com o esterno é possível graças à
presença de cartilagem.
O esqueleto apendicular, por sua vez, é formado pelos membros e pelas cinturas escapular e pélvica. A
cintura escapular, que é formada pela clavícula e escápula, une o tórax aos membros superiores, enquanto a
cintura pélvica, que é formada pelo osso do quadril, liga-se ao sacro e aos membros posteriores.
Esqueleto humano
SISTEMA MUSCULAR
O sistema muscular apresenta como principais funções a movimentação dos membros e das vísceras.
O corpo humano é formado por três tipos musculares diferentes: o estriado esquelético, o estriado cardíaco e
o não estriado.
Os músculos estriados esqueléticos estão normalmente associados ao sistema esquelético e possuem
apenas movimentação voluntária, ou seja, sua contração é consciente. O termo estriado está associado ao
fato de que eles apresentam bandas claras e escuras que se dispõem de maneira alternada quando observadas
em microscopia óptica.
O músculo estriado cardíaco, como o próprio nome indica, é exclusivo do coração. Ele possui aparência
estriada como o esquelético, mas apresenta contrações involuntárias e vigorosas.
O músculo não estriado, por sua vez, apresenta contração involuntária e lenta e é encontrado no sistema
digestório e respiratório, bem como em algumas estruturas ocas, como a bexiga urinária e o intestino
delgado. Uma de suas características mais marcantes é a ausência de estrias, o que é observado nos outros
tipos musculares.
Existem mais de 400 músculos esqueléticos no nosso corpo, o que representa cerca de 50% de toda nossa
massa corpórea.
REFERÊNCIAS