Você está na página 1de 8

Rua José Basílio Caetano, s/nº - Água Fresca – Itabira/MG - Telefones: 3834.1282; 3834.

9227
APOSTILA DE BIOLOGIA - SISTEMAS REPRODUTOR, ÓSSEO E MUSCULAR
PROFESSORA: Áurea Aparecida Ribeiro. TURMA: 2º ano ETAPA: 2ª

SISTEMA REPRODUTOR
O sistema reprodutor humano, ou sistema genital, é formado por órgãos que constituem o aparelho genital
masculino e feminino, a saber:
→ Sistema genital masculino
Veja as principais partes do sistema genital
masculino
- Pênis: órgão reprodutor e excretor do organismo
masculino. Contém em seu interior um ducto (a
uretra), que é responsável pela eliminação
da urina e também condução do sêmen, que
contém os espermatozoides. Esse órgão é formado
por tecido cavernoso e esponjoso, que se
intumesce (aumenta de volume) em razão da
grande vascularização e de acordo com a libido do
indivíduo, proporcionando a ereção desse órgão;
- Bolsa escrotal: cavidade que aloja e protege os testículos, sendo responsável pela manutenção da
temperatura adequada à fisiologia dessas estruturas;
- Testículos: são glândulas que, além de produzirem os gametas masculinos no interior dos túbulos
seminíferos, possuem células intersticiais (células de Leydig) que sintetizam a testosterona, hormônio sexual
masculino;
- Epidídimo: ducto formado por um canal emaranhado que coleta, armazena e conduz os
espermatozoides. Nesse local, os gametas atingem maturidade e mobilidade, tornando-se aptos à
fecundação;
- Canal deferente: canal que transporta os espermatozoides do epidídimo até um complexo de glândulas
anexas;
- Glândulas anexas: conjunto formado pela próstata, vesículas seminais e glândulas bulbouretrais. Formam a
secreção que compõe o sêmen, fluido que nutre e proporciona o meio de sobrevivência aos espermatozoides,
como a neutralização do pH levemente ácido da uretra.

→ Sistema genital feminino


Veja as principais partes que constituem o sistema
genital feminino:
- Vulva ou pudendo: conjunto de estruturas que
formam o aparelho reprodutor feminino externo
(lábios vaginais, orifício da uretra, abertura da
vagina e clitóris);
- Lábios vaginais (grandes e pequenos
lábios): essas dobras da pele formadas por tecido
adiposo são responsáveis pela proteção do
aparelho reprodutor feminino;

- Clitóris: órgão sensível do organismo feminino;


- Vagina: canal que recebe o pênis durante o ato sexual, servindo também como conduto para eliminação
do fluxo menstrual e concepção no momento do parto normal;
- Útero: órgão que recepciona o óvulo / zigoto e proporciona o seu desenvolvimento durante o período
gestacional. Além de proteger o embrião contra choques mecânicos, também impede a transposição de
impurezas e micro-organismos patogênicos, além de auxiliar na manutenção da nutrição (formação da
placenta e cordão umbilical);
- Tubas uterinas: são ovidutos que possuem numerosos cílios em sua superfície interna e desempenham a
função de transportar o “óvulo” (ovócito secundário) do ovário até o útero. Normalmente é nas tubas que
ocorre a fecundação, ou seja, o encontro do espermatozoide com o “óvulo”.
- Ovários: são glândulas responsáveis pela ovulação e produzem também os hormônios sexuais estrógeno e
progesterona.

MÉTODOS CONTRACEPTIVOS
TABELINHA
*Não é considerado um método contraceptivo efetivo, mas é importante estudá-lo para entender o funcionamento do corpo.

O método de abstinência periódica, do dia da ovulação, esse método apresenta baixa


comportamental ou da tabela consiste em evitar eficácia.
relações sexuais durante o período fértil. Em
geral, o período fértil de uma mulher é catorze
dias antes da menstruação, no entanto, esse
período não é certo podendo variar. Para
determinar o dia da ovulação, é necessário
acompanhamento diário da temperatura corporal
ao acordar (aumento cerca de 0,5 Cº) e do aspecto
da secreção vaginal (geralmente pegajosa,
parecida com clara de ovo). Para evitar a gravidez,
a mulher deve ter relação sexual 72 horas depois

PÍLULA ANTICONCEPCIONAL
O principal método hormonal é a pílula anticoncepcional, possuindo uma mistura de derivados sintéticos dos
hormônios estrógeno e progesterona. Assim sendo, quando a mulher toma a pílula anticoncepcional, a
hipófise entende que já há hormônio suficiente no corpo e deixa de produzir os seus hormônios. Com isso, a
ovulação não se faz e a mulher não tem como engravidar.
A pílula anticoncepcional é um método eficaz quando usado corretamente. É necessário acompanhamento
de um médico, pois a pílula apresenta efeitos colaterais e dependendo deste algumas mulheres não podem
tomar.

Outros métodos hormonais são hormônios de efeito prolongado, injetados, implantados sob a pele, ou em
forma de adesivo. Todos esses liberam hormônios que dura um determinado tempo. Também é considerado
um método eficaz, mas da mesma forma que a pílula, é necessário acompanhamento médico. A minipílula
contém apenas um hormônio, o qual é semelhante à progesterona. Geralmente, é indicada para mulheres que
apresentam problemas com a pílula com os dois hormônios ou que estão amamentando.
PÍLULA DO DIA SEGUINTE

A pílula do dia seguinte não é considerado um método contraceptivo e sim um fármaco usado em situações
emergenciais quando a relação sexual que representa risco de gravidez. Geralmente usada quando há estupro
ou quando o método habitual falhar. A única diferença desta para uma pílula anticoncepcional comum é a
maior dosagem do estrógeno e progesterona. Elas devem ser tomadas em no máximo 72 horas após a relação
sexual. Quanto mais rápido, maiores são as chances de não engravidar.
A pílula agirá de formas diferentes em cada
organismo podendo dessa maneira impedir a
liberação do ovócito caso a mulher não tenha
ovulado; e alterar a secreção vaginal, tornando
hostil o trajeto dos espermatozoides.
Com a grande dosagem hormonal, a mulher
geralmente apresenta efeitos colaterais como
enjoos, inchaços, cólicas, sangramentos
irregulares. Os efeitos colaterais podem ser sérios,
como trombose, derrame, entre outros.

DIU (DISPOSITIVO INTRA-UTERINO)

É um dispositivo de plástico recoberto de cobre ou


liberador de hormônio, é necessário
acompanhamento do médico para colocar o
Dispositivo intrauterino (DIU) no útero e
consultas periódicas. O cobre destrói a maioria
dos espermatozoides e não permite que os
espermatozoides restantes cheguem ao ovócito e o
fecundem, mas caso tenha fecundação, o DIU
impedirá que o embrião se fixe no útero.
O DIU é um método seguro, contudo podem
ocorrer cólicas, dores e sangramento e até mesmo
a expulsão do DIU pelo organismo. Além disso, o
DIU uso do DIU pode aumentar as chances de
FONTE: Foto: Reprodução/Colégio Qi infecções e também pode provocar esterilidade,
sendo por isso não indicado para mulheres muito
jovens que não possuem filhos.

LIGADURA
Na ligação tubária, ocorre um corte na tuba uterina e são amarrados. Com isso, não há fecundação apesar de
continuar a produção do ovócito.

Esterilização feminina - ligação tubária


FONTE: Foto: Reprodução/Colégio Qi
VASECTOMIA
Já a vasectomia é a secção dos ductos deferentes
através de um corte da bolsa escrotal. Não há
modificação na relação sexual já que a
testosterona continua sendo lançada no sangue e a
produção de sêmen é normal, embora não
contenha espermatozoides, que só constituem 10%
do volume do sêmen.

Esterilização masculina – Vasectomia


(Foto: Reprodução/Colégio Qi)
CAMISINHA E DIAFRAGMA

A camisinha masculina é colocada no pênis ereto, composta por uma membrana de borracha muito fina, já a
camisinha feminina é um tubo com material de poliuretano, sendo um plástico macio e flexível no qual é
encaixado na vagina não permitindo o contato direto do pênis. Lembrando que a camisinha é um único
método que protege das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

A camisinha é utilizada para prevenir a gravidez e infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).


(Foto: Reprodução/Colégio Qi)

O diafragma é feito de uma borracha flexível que é colocado na entrada do útero antes da relação sexual
para bloquear a passagem dos espermatozoides. É essencial procurar um médico para verificar o tamanho
exato do diafragma.
Para o diafragma ser mais eficiente, é necessário
lubrificar as bordas com espermicida e só retirá-lo
no mínimo seis horas depois da relação, mas não
deixando passar mais de um dia, pois há risco de
infecção. Comparado com a camisinha, o DIU e a
pílula, o diafragma é o menos eficiente já que
pode acontecer de ser colocado em uma posição
incorreta.
Diafragma
(Foto: Reprodução/Colégio Qi)

Caso o casal tenha outra relação horas depois, é necessário colocar mais espermicida para ser mais eficaz.
Após retirar o diafragma, é importante lavar com sabão neutro e verificar se há furos.

INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (IST)


As infecções sexualmente transmissíveis (IST) são infecções causadas por vírus, bactérias ou outros
micróbios que se transmitem, principalmente, através das relações sexuais sem o uso de preservativo com
uma pessoa que esteja infectada, e geralmente se manifestam por meio de feridas, corrimentos, bolhas ou
verrugas.
Usar preservativos em todas as relações sexuais (oral, anal e vaginal) é o método mais eficaz para a
redução do risco de transmissão das IST, em especial do vírus da Aids, o HIV. Outra forma de infecção
pode ocorrer pelo compartilhamento de seringas e agulhas, principalmente no uso de drogas injetáveis. A
Aids e a sífilis também podem ser transmitidas da mãe infectada, sem tratamento, para o bebê durante a
gravidez, o parto. E, no caso da Aids, também na amamentação.

O tratamento das IST melhora a qualidade de vida do paciente e interrompe a cadeia de transmissão
dessas infecções.

Quais as consequências das IST?

Quando não tratadas adequadamente, as IST podem causar sérias complicações, além do risco de pegar
outras IST, inclusive o vírus da AIDS. Essas complicações podem ser:

· Esterilidade no homem e na mulher (a pessoa não pode mais ter filho);


· Inflamação nos órgãos genitais do homem, podendo causar impotência;
· Inflamação no útero, nas tubas e ovários da mulher, podendo complicar para uma infecção em todo o
corpo, o que pode causar a morte;
· Mais chances de ter câncer no colo do útero e no pênis;
· Nascimento do bebê antes do tempo ou com defeito no corpo ou até mesmo a sua morte na barriga da mãe
ou depois do nascimento.
Cada IST tem um tipo de tratamento e só o profissional de saúde poderá avaliar a fazer essa indicação
corretamente.

AIDS

A AIDS, sigla em inglês para a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Acquired Immunodeficiency


Syndrome), é uma doença do sistema imunológico humano resultante da infecção pelo vírus HIV (Vírus
da Imunodeficiência Humana - da sigla em inglês).

A AIDS se caracteriza pelo enfraquecimento do sistema imunológico do corpo, com o organismo mais
vulnerável ao aparecimento de doenças oportunistas que vão de um simples resfriado a infecções mais
graves como tuberculose.

O vírus HIV, dentro do corpo humano, começa a atacar o sistema imunológico ligando-se a célula,
penetrando no seu interior para se multiplicar. Com isso, o sistema de defesa vai pouco a pouco perdendo
a capacidade de responder adequadamente, tornando o corpo mais vulnerável a doenças. Quando o
organismo não tem mais forças para combater esses agentes externos, a pessoa começar a ficar doente
mais facilmente e então se diz que tem AIDS. Esse momento geralmente marca o início do tratamento
com os medicamentos antirretrovirais, que combatem a reprodução do vírus.

Durante a infecção inicial, uma pessoa pode passar por um breve período doente, com sintomas
semelhantes aos da gripe.
Vírus do papiloma humano - HPV
O vírus do papiloma humano (HPV) é uma doença causada por alguns tipos de vírus que provocam lesões e
verrugas - chamadas de papilomas - na vulva, na vagina, no colo do útero, no pênis ou no ânus.
Alguns tipos de HPV podem levar ao desenvolvimento de câncer, principalmente de colo do útero. O
diagnóstico do HPV pode ser feito por meio de exames físicos realizados pelo médico, biópsias e, no caso
das mulheres, por meio de um exame de rotina chamado papanicolau, que detecta alterações nas células
uterinas.
Dependendo do tipo de HPV, o tratamento pode ser feito por meio da remoção cirúrgica ou da cauterização
das lesões e verrugas e administração de medicamentos.

Gonorreia

A gonorreia é uma doença causada pela bactéria Neisseria gonorrheae, que provoca ardor ao urinar e
secreções com odor desagradável na uretra ou na vagina. O período de incubação - ou seja, entre a
contaminação (durante a relação sexual) e a manifestação dos sintomas - é curto, cerca de 2 a 10 dias.

O diagnóstico é feito por meio de exames físicos e da análise do histórico do paciente. Também são
realizados exames laboratoriais, em que se analisam amostras da secreção, a fim de confirmar a presença
da bactéria.

A gonorreia pode ser totalmente curada, desde que seja diagnosticada corretamente e tratada. O
tratamento é realizado por meio da administração de antibióticos.

Sífilis
A sífilis é causada pela bactéria Treponema pallidum. A doença apresenta três estágios: sífilis primária,
secundária e terciária. Após o contágio, o período de incubação é de cerca de um mês. Após este período
surge o principal sintoma do estágio primário, uma lesão genital, geralmente na região da cabeça do pênis ou
nos lábios vaginais, sem secreções e com a borda endurecida, conhecida como cancro duro ou úlcera genital.
Após a contaminação e a formação do cancro, a bactéria continua a se reproduzir no interior do organismo e
passa a atingir outros órgãos. Essa disseminação da bactéria provoca feridas e manchas na pele por todo o
corpo, caracterizando o estágio secundário.
O tratamento é feito por meio de antibiótico.

SISTEMA ÓSSEO
O esqueleto humano adulto é formado por 206 ossos, que atuam na sustentação do organismo, proteção dos
órgãos vitais, garantia da movimentação, produção de células sanguíneas e armazenamento de alguns sais
minerais, tais como cálcio e fósforo.
O esqueleto humano pode ser dividido em duas porções: axial e apendicular. No chamado esqueleto
axial, temos o crânio, vértebras, costelas e esterno. O crânio, formado por 22 ossos, é a porção responsável
por garantir, principalmente, a proteção do encéfalo. As vértebras formam a chamada coluna vertebral e são
compostas por 33 ossos. As costelas formam a caixa torácica e articulam-se com as vértebras na porção
posterior e com o esterno na porção anterior do corpo. Essa articulação com o esterno é possível graças à
presença de cartilagem.
O esqueleto apendicular, por sua vez, é formado pelos membros e pelas cinturas escapular e pélvica. A
cintura escapular, que é formada pela clavícula e escápula, une o tórax aos membros superiores, enquanto a
cintura pélvica, que é formada pelo osso do quadril, liga-se ao sacro e aos membros posteriores.
Esqueleto humano

SISTEMA MUSCULAR

O sistema muscular apresenta como principais funções a movimentação dos membros e das vísceras.
O corpo humano é formado por três tipos musculares diferentes: o estriado esquelético, o estriado cardíaco e
o não estriado.
Os músculos estriados esqueléticos estão normalmente associados ao sistema esquelético e possuem
apenas movimentação voluntária, ou seja, sua contração é consciente. O termo estriado está associado ao
fato de que eles apresentam bandas claras e escuras que se dispõem de maneira alternada quando observadas
em microscopia óptica.
O músculo estriado cardíaco, como o próprio nome indica, é exclusivo do coração. Ele possui aparência
estriada como o esquelético, mas apresenta contrações involuntárias e vigorosas.
O músculo não estriado, por sua vez, apresenta contração involuntária e lenta e é encontrado no sistema
digestório e respiratório, bem como em algumas estruturas ocas, como a bexiga urinária e o intestino
delgado. Uma de suas características mais marcantes é a ausência de estrias, o que é observado nos outros
tipos musculares.

Existem mais de 400 músculos esqueléticos no nosso corpo, o que representa cerca de 50% de toda nossa
massa corpórea.
REFERÊNCIAS

GRUPO DE INCENTIVO A VIDA (GIV). DST - Condiloma acuminado (HPV). Disponível


em<http://giv.org.br/DST/Condiloma-Acuminado-HPV/index.html>. Acessado em: 15 abr. 2019.

MONIZ, P. Métodos contraceptivos. Disponível em:


<http://educacao.globo.com/biologia/assunto/fisiologia-humana/metodos-contraceptivos.html>. Acessado
em: 15 abr. 2019.

SANTOS, V. Sistema Esquelético. Disponível em:<https://brasilescola.uol.com.br/biologia/sistema-


esqueletico.htm>. Acessado em: 15 abr. 2019.

SANTOS, V. Sistema Muscular. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/biologia/sistema-


muscular.htm>. Acessado em: 15 abr. 2019.

Você também pode gostar