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20/02/2019 Aula 4 - Demonstração do Fluxo de Caixa - Suno Research

Aula 4
A DFC (Demonstração do Fluxo de Caixa) é a demonstração contábil que
representa as movimentações nanceiras de uma empresa em um
período especí co (geralmente um trimestre).

Logo, re ete o desempenho nanceiro, a medida que fornece


informações sobre as origens e o destino dos recursos, como a empresa
gera o seu caixa, e como ela faz a alocação do mesmo.

Essa demonstração calcula a variação do uxo de caixa em um dado


período de tempo, para auxiliar os gestores na avaliação da capacidade
da entidade de gerenciar uxos de caixa líquidos positivos.

Basicamente o relatório deve ser segmentado em três grandes áreas:


Atividades Operacionais, Atividades de Investimento e Atividades de
Financiamento.

Formato de um Demonstrativo de Fluxo de Caixa:


(=) Fluxo de Caixa das Operações

Lucro Líquido
Depreciação e amortização
Recebimento de clientes
Pagamento de fornecedores
Pagamento a funcionários
Variação do estoque

 (=) Fluxo de Caixa de Investimentos

Recebimento por venda ou pagamento por compra de ativos


imobilizados
Participações societárias
Aplicações nanceiras

(=) Fluxo de Caixa de Financiamentos

Aporte ou redução de capital


Pagamento de dividendos
Emissão de ações
Recebimento ou pagamento de empréstimos nanceiros

(=) Variação do caixa

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O Fluxo de Caixa das Operações começa com o lucro líquido que será
somado com o valor da depreciação e amortização, que embora do
ponto de vista contábil sejam despesas reais, esses custos não
consomem dinheiro algum, pois representam o que já foi gasto anos
antes.

O importante ressaltar nessa parte do demonstrativo é que tudo aquilo


que nos demonstrativos de resultados (DRE) foi positivo será lançado
como negativo (e vice-versa) para ser somado ao lucro líquido e
resultar no uxo de caixa operacional

Esse cálculo tem o objetivo de retirar todos os efeitos não-caixa dessa


métrica.

Desta maneira, podemos descrever o subgrupo “Atividade


Operacional” como tudo aquilo que for do cotidiano da empresa.

Exemplo: Se a empresa for um comercio que compra artigos esportivos


e revende os mesmos, a compra de mercadorias e venda de mercadorias
são fatores do cotidiano dessa empresa.

Porém se a empresa resolver fazer um investimento na bolsa, esse


investimento não faz parte de seu cotidiano. E deve ser alocado no
subgrupo “Atividade de Investimento”.

Já o subgrupo “Atividade de Financiamento” representa a consolidação


de todos os tipos de nanciamentos que a empresa teve ao longo do
período demonstrado pela DFC, seja ele proveniente de capital próprio
ou de terceiros.

Exemplo: Dois sócios decidem criar uma seguradora, para começar a


empresa eles decidem colocar cada um uma certa quantia. Porém eles
querem colocar mais dinheiro no negócio, então tomam um
empréstimo em um banco.

Ambas as atividades devem ser contabilizadas no uxo de


nanciamento.

Regime de Caixa
No regime de caixa, o registro das movimentações é considerado na
data que foram pagos ou recebidos, como se fosse uma conta bancária.
Desta forma, apresenta para os gestores a saúde nanceira da
organização à vista.

No exemplo da aula anterior: consideramos uma empresa que teve uma


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receita de R$ 1.000 e um gasto durante o mês de Fevereiro R$ 700 pagos
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a prazo.

O pagamento desta empresa vence no dia 10 de Março, data em que a


empresa fará o desembolso para quitar a sua fatura, e portanto será a
data do regime de caixa.

Porém, se esta empresa receber sua receita apenas no dia 15 de Março e


o pagamento de sua despesa vence no dia 10. Na construção de um DFC,
a empresa caria cinco dias em dívida com o pagamento.

Assim, neste período a demonstração nos mostraria uma variação


negativa do caixa, uma falha que resultaria em uma de ciência de
caixa.

Em um regime de competência, a empresa terá R$ 1.000 de receitas e


R$ 700 de despesas, ou seja, se fôssemos analisar através de um DRE,
seria apresentado lucro de R$ 300.

Olhar apenas a DRE seria uma análise incompleta, pois permite que
vendas a crédito sejam lançadas como receita, fato que tornou
necessário a criação de um demonstrativo de uxo de caixa para
monitorar o dinheiro que realmente entra e sai do caixa de uma
empresa.

Por isso a importância de acompanhar ambos os regimes.

Na próxima aula usaremos as demonstrações nanceiras para construir


indicadores de desempenho, que serão utilizados tanto para
comparação interna, como para analisar empresas concorrentes.

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