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ANTROPOCENO, CAPITALOCENO,

CHTHULUCENO, PERMANECENDO
COM O PROBLEMA EM FUKUSHIMA
Pablo de Soto

Um misterioso exército de cem fi- Em 11 de março de 2011, no Ja-


guras humanas iluminadas apareciam em pão, um terremoto de 9 graus na escala
um bosque na redondezas de uma cidade Richter, o quinto mais intenso registrado
alemã em agosto de 2011. Como uma es- na história, fez tremer durante seis minu-
tranha procissão de almas penadas a- tos a terra ao redor de seu epicentro no
vançando na metade da noite. De que Oceano Pacífico em frente a cidade de
ameaça fugiam? Até onde se dirigiam? Sendai. Um tsunami posterior, gigante,
Embutidas em macacões brancos com o varreu 400 quilômetros da costa de To-
símbolo radioativo, qual era a origem hoku tirando a vida de mais de 16 mil pes-
dessas luzes interiores? Que significavam soas. O choque das ondas sísmicas e
suas cabeças agachadas e bocas ta- das águas com a central de Fukushima
padas? Sobre que pesadelos ecológicos Daichi provocaram a falha, uma atrás da
nos estavam advertindo? Que nos es- outra, de todos os sistemas de segu-
tavam querendo dizer sobre o presente? rança. Sem refrigeração, os núcleos dos
E sobre o futuro? reatores aqueceram e fundiram, e as sub-
A enigmática instalação, entitulada sequentes explosões de hidrogêneo
“Sob a ameaça nuclear1”, foi realizada causaram danos a quatro edifícios onde
pelo coletivo anônimo Luz Interruptus, um se encontravam os reatores. A radiação
grupo de artistas cuja proposta consiste se propagou em todas as direções. Mais
em intervenções efêmeras com elemen- de 160.000 pessoas foram evacuadas de
tos luminosos, capazes de ressignificar os suas casas. Diferentemente dos efeitos
espaços públicos com suavidade e su- destrutivos do terremoto e do tsunami,
tileza, utilizando a luz como matéria-prima que aos poucos, ao menos fisicamente
e a noite como tela. Nas palavras dos podem ser reparados, os efeitos do aci-
artistas2, quiseram simular uma vida sob dente radiológico são imperceptíveis, difí-
ameaça constante de um escape nuclear. ceis de compreender a dimensão e
Pretendiam pôr em evidência a paranoia perduraram no tempo.
que estamos sofrendo desde que o aci- Respondendo com a potência visual
dente radiológico do Japão começou há e poética da arte a esse evento originado
vários meses, “um acidente que demon- milhares de quilômetros de distância, a in-
strou, pela enésima vez, a falibilidade dos tervenção de Luz Interruptus evidenciava
sistemas de segurança das centrais nu- como um acidente em uma única planta in-
cleares”. Seu trabalho convidava a refletir dustrialtem a formidável e dramática ca-
sobre o uso e abuso da energia nuclear, pacidade de converter um toponímico
“que pode chegar a ocasionar graves regional em um acontecimento de signifi-
efeitos secundários para o meio ambiente cação e alcance planetário. Um evento que
e a saúde, irreversíveis até a eternidade”. como Chernobyl se une ao futuro Museu
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de Acidentes, a exposição para ampliar a história deste gênero. Múltiplos reatores dos movimentos migratórios se uniria a Antropoceno foi movendo-se rapidamente
consciência sobre os riscos para nosso nucleares explodindo um atrás do outro; dos acidentes radiológicos, hoje difícil de de uma proposta sobre a periodização
planeta, que Paul Virilio propôs no começo edifícios de concreto de alta resistência imaginar exceto para aqueles que se con- geológica do planeta a uma conversação
do século 21. Fukushima, como Chernobyl convertidos em escombros; povos e vilas verteram nos deslocados internos de um transdisciplinar de amplo alcance gerando
é ao mesmo tempo uma catastrofe social abandonadas evocando um lugar comum dia para outro em Chernobyl, Fukushima, novos projetos de investigação, livros pe-
e ambiental e um potente momento de do imaginário apocalíptico da extinção hu- Ilhas Marshalls ou Ozersk nos Urais. Um riódicos acadêmicos, seminários, oficinas,
mito. Uma realidade material e metáfora mana; robos bio-miméticos internando- cenário de colapso de infraestruturas dos exposições de arte e programas culturais
vivente do devir da modernidade industrial, se em tubos de edifícios arrebentados estados nação, onde os resíduos nu- através de vários continentes3. O conceito
“onde a radioatividade é, provavelmente, a para não regressar; camaras de raios cleares de centenas de centrais operando capturou a imaginação nos âmbitos da
mais potente figura da metafísica da nossa cósmicos empregada para radiografar o por décadas emergiram como pesadelos Ciência, Arte, e hoje o Antropoceno é um
época” (Marder, 2016). letal interior da central deteriorada; ecológicos. Assim, as misteriosas figuras megaconceito do qual é difícil escapar, um
Separados por 25 anos e um con- dosímetros urbanos marcando números podem ser vistas como um grupo de refu- choque nas palavras dos historiadores
texto geográfico, social e econômico difíceis de entender; crianças com medi- giados, distanciando-se a duras penas do Christophe Bonneuill e Jean-Baptiste Fres-
diferente, Fukushima supõe uma discon- dores Geiger pindurados no pescoço dia foco de um incidente nuclear, desloca- soz, cuja importância não é o anúncio da
tinuidade cultural a respeito de Chernobyl. e noite; manifestações de protesto com mentos forçosos dos que perderam tudo, catástrofe, que todo o mundo sabe, senão
Até recentemente, como assinala Daniel tambores nas ruas futuristas de Shinjuku sem um lugar para onde regressar nem o sentido que damos a ela, e a maneira em
Bürkner, visualizar a catástrofe nuclear em Tokio; corpos embutidos em trajes de um lugar para onde ir. que novas sensibilidades podem emergir
havia se situado historicamente no campo proteção radiológica como estranhos as- Situando umas figuras humanas e formas de vida sobreviver, como pon-
cultural de “visualizar o invisível”, como tronautas limpando uma contaminação desorientadas e uma natureza distópica tuam Isabelle Stengers, Eduardo Viveiros
um “espaço em branco”, como um mito invisível nas casas, ruas, bosques; mon- no centro do problema, em que os hu- de Castro e Deborah Danowski.
fantasmagórico mais que um feito tecno- tanhas com milhões de bolsas de terra manos são causa e vítimas de suas Neste panorama cultural e aca-
cultural. A este fato contribuiu a escassa radioativa fruto da descontaminação em- próprias atividades sobre a Terra, “Sob a dêmico em formação que pensa o futuro
existência de imagens, de vídeo-docu- pilhadas por todos lugares; juízes com ameaça nuclear” tem a capacidade de es- desde o presente, a arte de “Sob a
mentários ou de ficção sobre a catástrofe, roupas de proteção para avaliar os danos tabelecer um diálogo com um dos ameaça nuclar”, como a ideia do An-
com excessão daqueles dos cinegrafistas no local do acidente... Tudo isso são in- grandes relatos científicos e culturais do tropoceno, nos desafia a repensar radi-
Igor Kostin e Vladimir Shevchenko. O se- stantâneos do mundo depois de e em nosso presente: a ideia proposta pelos calmente o que a natureza, os seres
gundo não viveu para contar a história e Fukushima, onde o limite entre ficção geofísicos de que entramos em uma nova humanos, assim como a relação his-
morreu por envenenamento radiológico. O científica e a realidade material é uma época geológica na qual a atividade hu- tórica entre ambos poderiam chegar a
desastre nuclear Fukushima, ao contrário, ilusão ótica. mana industrial sobre o planeta alcançou ser em um futuro distópico. Porque em
foi exaustivamente documentado desde os Sob esse imaginário podemos in- uma capacidade destruidora, uma época Fukushima, como no Antropoceno, a na-
primeiros momentos e produziu uma ampla terpretar a intervenção espectral de Luz proposta sob o nome de Antropoceno. A tureza ja não é o que a ciência conven-
resposta artística e cultural. Apesar desta Interruptus e sua estética visual fora dos Época dos Humanos evidencia uma Terra cional imaginou que era. A natureza se
produção literária, imagética e audiovisual cânones de imagens naturalizadas e facil- onde a atmosfera foi maculada pelos converte na Zona, onde o tempo e o es-
não ter recebido atenção nos horários no- mente digeríveis. Como uma cápsula do 1500 bilhões de toneladas de dióxido de paço são alterados pela ação humana, e
bres televisivos, e sua presença em mu- tempo, a enigmática intervenção parece carbono que emitimos com a queima de onde ao mesmo tempo nossa sensoriali-
seus e centro culturais ter sido até agora advertir-nos sobre um futuro possível, carbono e outros combustíveis fósseis. É dade não evoluiu na mesma medida
discreta, muitos desses conteúdos estão salpicando sua mensagem de fatalidade o empobrecimento do tecido vivo ter- para perceber estas alterações. Produz-
disponíveis na internet para quem tem o in- do meio ambiente, no sentido da arte restre, permeado pelas novas moléculas se uma desorientação e uma neces-
teresse ou a paixão e o tempo suficiente como proposto por Marshall McLuhan. A químicas e partículas radioativas que afe- sidade de recalibrar nossos sentidos. E
para investigar sobre o assunto. arte como um tipo de instalação de radar tam inclusive a nossos descendentes. É se a ideia de uma natur-an-Sich pura
Das muitas perpectivas e maneiras capaz de intuir as transformações que se um mundo mais quente, com mais alto morreu no Antropoceno e foi substituída
de pensar sobre o evento que se enuncia aproximam sinalizadas pelos avanços risco de catástrofes, com cada vez maior por mundos naturais que são insepa-
com o solitário epíteto de Fukushima, das tecnologias, como um sistema ante- desertificação, massas de gelo reduzidas, ráveis dos mundos dos humanos, então
uma delas é sob a rúbrica da ficção cien- cipado de alerta para monitorar sinais do mares com níveis mais alto e um clima os humanos mesmos já não podem ser o
tífica. As paisagens da zona contami- futuro. A intervenção adverte sobre uma fora de controle. que a antropologia clássica e ciências
nada, como os da instalação da Luz catástrofe ambiental e um drama de refu- Com uma destacada e poderosa in- humanas pensavam que eram (Hara-
Interruptus, parecem próprios de uma giados por vir, onde as habituais causas tervenção nos últimos anos, a ideia do way, Tsing et al, 2015).
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Um dos primeiros pensadores que Um dos relatos, mantido pela po-
advertiu sobre estas transformações pro- sição do governo e da indústria é que o
duzidas pela escala dos fenômenos tec- problema é parte do passado, o desastre
nológicos foi Günther Anders. Anders se foi superado. O acidente é apresentado
preocupou com os desafios éticos que pelas autoridades como “tudo sob con-
suportam os avanços técnicos desen- trole”, como encenado pelas afirmações
volvidos a partir da Segunda Guerra do primeiro ministro Shinzo Abe na ceri-
Mundial, foi pioneiro da filosofia da téc- mônia eleitoral dos Jogos Olímpicos de
nica e um dos grandes pensadores 2020 que teve Tóquio como cidade-sede
contra a bomba atômica. O filósofo assi- vencedora. “Se sorrís a radiação não te
nalava a ideia na biologia da percepção afetará”, afirmava o expert do Governo de
dos fenômenos subliminares por debaixo Fukushima Dr. Shunichi Yamashita. É pos-
da linha de percepção: existe essa coisa sível descontaminar e voltar a repopular as
que é tão pequena, que tu ouves, mas áreas evacuadas. É a eterna reconstrução
não sabes que ouviu; que tu vê mas não do mito da segurança dos reatores nu-
sabe que a viste; como pequenas dife- cleares, como no filme Jellyfish Eyes de
renças de cor. São fenômenos literal- Takeshi Murakami. Nas afirmações dos
mente subliminares, por baixo do limite físicos vinculados à indústria nuclear como
da percepção. Segundo Anders estamos Wade Allison, os acidentes atuais, inclu-
criando um algo a mais agora que não sive aqueles de nível máximo como Cher-
existia, a supraliminar. Quer dizer, é tão nobyl ou Fukushima são comparados aos
grande que não se pode ver ou imaginar. incêndios resultados da domesticação do
A crise climática ou uma catástrofe nu- fogo, inevitáveis para passar a outro está-
clear como Fukushima é uma dessas dio da evolução humana.
coisas. Como vais imaginar uma coisa O outro relato apresenta o desastre
que depende de milhares de parâmetros, como um problema do presente e do fu-
que é como o transatlântico que está an- turo que não foi solucionado, que perdu-
dando e tem uma enorme massa iner- rará durante décadas. Esta interpretação
cial? As pessoas se paralizam. Se dá tem o reflexo nos maiores movimentos
uma espécie de paralisia cognitiva sociais de protesto no Japão que em 40
(Viveiros de Castro, 2014). Ou, como anos denunciam o que consideram ocul-
Paul Virilio escreveu a respeito de Cher- tação de informação a respeito do aci-
nobyl, um acidente do conhecimento. dente por parte do Governo e TEPCO, e
Como dois problemas que atraves- de medidas adequadas para a proteção
sam as esferas intelectuais, sociais e da saúde da população, especialmente a
políticas, as duas formulações do An- das crianças. Denunciam o empobreci-
tropoceno e Fukushima estão em disputa. mento da democracia com medidas como
Conforme se enuncia o problema, assim a promulgação da Lei dos Segredos. Na
se formulará a resposta a estas crises do esfera internacional, científicos indepen-
século 21. dentes como IPPWW (Internacional de
A respeito do acidente nuclear, a Físicos para a Prevenção da Guerra Nu-
mesma descrição e qualificação do acon- clear) criticam que as informações das
tecimento como problema está em dis- agências internacionais como UNSCEAR
puta, com - de maneira simplificada - dois (Comite Científico de Nações Unidas para
extremos de relatos em jogo: está acon- os Efeitos da Energia Atômica) me-
tecendo algo em Fukushima ou o desas- nosprezam as consequências do aciden-
tre foi solucionado? te para a saúde pública.
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O Antropoceno por sua vez, como drenadas, esgotadas, envenenadas, ex-
narrativa em ascenção meteórica, não terminadas, ou de outra maneira, exaus-
está isenta de fortes críticas e formulações tas. As vastas inversões e tecnologias
alternativas. Um dos argumentos princi- enormemente criativas e destrutivas
pais destas é que não foi Antropos como podem fazer retroceder as estimativas,
espécie humana indiferenciada quem cau- mas a natureza barata realmente termi-
sou a destruição que o Antropoceno, como nou. Há um tremendo e importante tra-
a sexta extinção em massa de espécies ou balho crítico para ser feito no marco
o aumento de quatro graus da temperatura conceitual do Capitaloceno, como a
média do planeta pela queima de com- crítica das relações ocultas do capitalismo
bustíveis fósseis, senão que estas foram – trabalho, do aparato de produção de
causadas, principalmente, por uma pe- uma certa classe de riqueza e sua ex-
quena fração da humanidade, o cha- tração e destribuição e as externalidades
mando 1%, um grupo de países e umas negativas, uma tarefa que não está de
centenas de grandes corporações. maneira nenhuma finalizada.
Uma das contra-formulações parte Argumentando que Antropoceno e
da crítica que o Antropoceno naturaliza Capitaloceno são histórias grandes mas
uma específica formação histórica e não suficientemente grandes, Donna Ha-
política: o capitalismo, como o único raway nos propõe voltarmos à ficção cien-
modo humano. O argumento pôe foco no tífica, especulação fabulativa, feminismo
poder das corporações, o neoliberalismo, especulativo – como mecanismos de
o neocolonialismo, e o extrativismo. Um indagações mais críticas e para visualizar
dos seus impulsores é Jason Moore, so- um futuro mais vivível. Como uma figu-
ciólogo do Centro Fernand Braudel, que ração alternativa que serpenteie por den-
se pergunta se estamos realmente tro e através da Era de Antropos e a Era
vivendo no Antropoceno – com seu re- do Capital, a autora afirma que pre-
torno a um ponto de vista curiosamente cisamos de um nome para dar às forças
eurocêntrico da humanidade e sua confi- sim-ctônicas em marcha das quais a
ança em noções e recursos bem estab- gente faz parte, dentro das quais o que
elecidos e consolidados além do seu está em curso para todos está em jogo.
determinismo tecnológico -, ou se esta- Propõe o nome Chuthuluceno para res-
mos vivendo no Capitaloceno, uma época gatar as criaturas tentaculares que estão
histórica formada por umas relações que na mitologia dos modernos como algo do
privilegiam a acumulação interminável de passado, como algo que já foi derrotado
capital. O investigador parte da perspec- mas que não está, como um tempo hete-
tiva da crise dual do binômio eco- rocrônico em que o limite entre o antigo e
logia/economia até uma teoria unividada o contemporâneo se fundem. A potência
do capitalismo como ecologia-mundo, da figura oferece uma saída metodológi-
unindo a acumulação de capital, a busca ca do excepcionalismo humano: frente à
pelo poder e a produção da natureza em formulação do Antropoceno, um ponto de
uma unidade dialética. A ideia do Capi- partida onde os atores não somos só
taloceno define nossa época como “nós”. Ante a compreensão de um mundo
aquela em que a natureza não pode tra- que enfrenta desastres ambientais sem
balhar por muito mais tempo para manter precedentes induzidos pela humanidade,
o ritmo de extração e produção no / e do o Chthuluceno convida a uma exploração
mundo contemporâneo porque a maior de co-dependencia e co-produção das es-
parte das reservas da Terra foram pécies e dos sistemas da terra, que de-
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nomina como Simpoiesis, múltiplas espé-
cies devindo juntas nos ecossistemas
maculados, que Haraway denomina como
permanecer com o problema. Haraway
concede ao Chthuluceno uma capacidade
regenadora, sob o slogan “mais com-
postagem e menos pós-humanismo”! O
Chthuluceno como um aparato de contar
histórias de humanos e não humanos, em
algo que tem a ver com imaginar e atuar
nas transformações em curso, como um
marco para pensar um mundo mais vivível,
para os humanos e outras criaturas.
Com seus diferentes repertórios
teóricos, aparatos analíticos e metáforas,
Antropoceno, Capitaloceno e Chthulu-
ceno4 são “maneiras de ver” cosmovisões
que iluminam e obscurecem umas e ou-
tras lutas situadas em um mundo de
grave transformação. Ao eleger as pa-
lavras, expressamos uma visão de
mundo e nomeamos nossos compromis-
sos mais profundos. Seja denominada de
uma ou outra maneira, nossa época
marca descontinuidades graves; o que
vem depois não será como o que era.

Notas
1. A instalação foi realizada no Festival Dockville em
Hamburgo em 2011 e no Festival Lux de Besançon na
França em 2015.
2. A Alemanha foi o primeiro país desenvolvido a
anunciar o abandono total de energia nuclear em 2022,
“sabemos que esta não é uma decisão altruísta e que
tem muito a ver com a criação de novas e inovadoras
industrias, que lhes fará pioneiros no mercado. Mas se
por acaso mudarem de ideia, pois já sabemos os modos
que os polítcos legislam hoje em dia, amanhã podem
mudar de ideia impunemente, quisemos simular uma vida
sob a ameaça constante de um escape nuclear.
3. Principalmente no mundo anglo-saxão.
4. O sufixo – ceno, “esta grosseira época de agora”,
prolifera com seus mil nomes Angloceno, Tecnoceno,
Misantropoceno, Economiceno, Atomiceno,
Plantacionceno, Ocidentaloceno, Oligantropoceno,
Termoceno, por incluir aqui alguns.

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