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Aulão para os professores da 3ª Região de Ensino – OBMEP Nível 3

Marinho Medeiros - Soluções

1- (OBMEP 2014) Michel pratica arco e flecha em um alvo como o da


figura ao lado. Em cada rodada ele atira três flechas e sua pontuação,
na rodada, é a soma dos pontos obtidos com cada flecha. Acertar as
regiões interna, intermediária e externa vale, respectivamente, 5
pontos, 3 pontos e 2 pontos; errar o alvo vale zero ponto. Caso a
flecha acerte uma linha que divide duas regiões, vale a maior
pontuação dentre elas.

a) Michel somou 11 pontos em uma rodada. Quais foram os pontos


obtidos com cada uma das três flechas?
Sol.: Observemos que uma das flechas atingiu a região interna, que vale 5
pontos, caso contrário, Michel obteria, no máximo, 9 pontos nesta
rodada. Consequentemente, as outras flechas atingiram a região de 3
pontos. Assim, os pontos obtidos com as flechas foram 5, 3 e 3, não
necessariamente nesta ordem.

b) Michel notou que poderia obter quase todas as pontuações de 0


a 15 em uma rodada. Quais são as pontuações impossíveis de se
obter em uma rodada?
Sol.: Conforme a tabela abaixo, os únicos pontos entre 0 e 15 que Michel
não pode obter, em apenas uma rodada, são 1 e 14.
𝟎=𝟎+𝟎+𝟎 𝟒= 𝟐+𝟐+𝟎 𝟖= 𝟐+𝟑+𝟑= 𝟑+𝟓+𝟎 𝟏𝟐 = 𝟐 + 𝟓 + 𝟓
𝟏 𝟓=𝟓+𝟎+𝟎=𝟐+𝟑+𝟎 𝟗= 𝟐+𝟐+𝟓= 𝟑+𝟑+𝟑 𝟏𝟑 = 𝟑 + 𝟓 + 𝟓
𝟐=𝟐+𝟎+𝟎 6= 𝟐 + 𝟐 + 𝟐 = 𝟑 + 𝟑 + 𝟎 𝟏𝟎 = 𝟐 + 𝟑 + 𝟓 = 𝟓 + 𝟓 + 𝟎 𝟏𝟒
𝟑=𝟑+𝟎+𝟎 𝟕= 𝟐+𝟓+𝟎 𝟏𝟏 = 𝟑 + 𝟑 + 𝟓 𝟏𝟓 = 𝟓 + 𝟓 + 𝟓

Isto se deve aos seguintes fatos:


 A menor pontuação, diferente de zero, é igual a 2. Logo é impossível
obter apenas 1 ponto em uma única rodada;
 15 pontos são obtidos, de modo único, quando as três flechas
atingirem a região central do alvo. Se uma das flechas não atingir a
região central, no máximo Michel obteria 13 pontos em uma
rodada. Logo, não é possível obter 14 pontos em uma única rodada.

c) Michel somou 134 pontos em um treino. Explique por que houve


pelo menos dez rodadas nesse treino.
Sol.: Sabemos que a pontuação máxima por rodada é de 𝟑 × 𝟓 = 𝟏𝟓
pontos. Podemos descobrir quantas rodadas é possível obter com
pontuações máximas sem ultrapassar 134 pontos fazendo a divisão de 134
por 15.
𝟏𝟑𝟒 = 𝟖 × 𝟏𝟓 + 𝟏𝟒 = 𝟏𝟐𝟎 + 𝟏𝟒
Assim são necessárias 8 rodadas e ainda sobram 14 pontos. Pelo item (b)
são necessárias, no mínimo, 2 rodadas para obter 14 pontos. Logo, no
mínimo, são necessárias 𝟖 + 𝟐 = 𝟏𝟎 rodadas para obter 134 pontos.
2- (OBMEP 2013) Hipácia criou duas novas operações com números
naturais, indicadas por △ e □, com as seguintes propriedades:
 (𝑎 △ 𝑏) = (𝑎 + 𝑏) + 1
 𝑎□𝑏=𝑏□𝑎
 0□0= 1
 𝑎 □ (𝑏 △ 𝑐) = (𝑎 □ 𝑏) △ (𝑎 □ 𝑐)

a) Calcule 2 △ 3.
Sol.: De acordo com a definição, temos (𝟐 △ 𝟑) = (𝟐 + 𝟑) + 𝟏 = 𝟔.
b) Calcule 0 □ 3.
Sol.: Temos
𝟎 □ 𝟑 = 𝟎 □ (𝟏 △ 𝟏) = (𝟎 □ 𝟏) △ (𝟎 □ 𝟏) = 𝟑 △ 𝟑 = (𝟑 + 𝟑) + 𝟏 =
𝟕,
onde observamos que 𝟎 □ 𝟏 = 𝟑, de acordo com a conta de Hipácia no
quadro negro.
c) Calcule 2 □ 3.
Sol.: Primeiro calculamos
𝟐 □ 𝟑 = (𝟎 △ 𝟏)□ 𝟑 = (𝟎 □ 𝟑) △ (𝟏 □ 𝟑) = 𝟕 △ (𝟏 □ 𝟑).

Para continuar, é necessário calcular (1 □ 3), o que fazemos a seguir:

𝟏 □ 𝟑 = (𝟎 △ 𝟎)□ 𝟑 = (𝟎 □ 𝟑) △ (𝟎 □ 𝟑) = 𝟕 △ 𝟕 = (𝟕 + 𝟕) + 𝟏 =
𝟏𝟓.
Daí,

𝟐 □ 𝟑 = 𝟕 △ (𝟏 □ 𝟑) = 𝟕 △ 𝟏𝟓 = (𝟕 + 𝟏𝟓) + 𝟏 = 𝟐𝟑.
3- (OBMEP 2015) Mônica desenha caminhos poligonais em tabuleiros
formados por quadradinhos de 1 cm de lado. Cada caminho começa
e termina na borda do tabuleiro, contém somente esses dois pontos
da borda e nunca passa duas vezes por um mesmo ponto. Por
exemplo, no tabuleiro 4 𝑥 4 ao lado, ela desenhou um desses
caminhos com 6 cm de comprimento.

a) Trace um possível caminho desenhado por Mônica no tabuleiro


4 𝑥 6 abaixo, com 16 cm de comprimento.

Sol.: Podemos traçar várias linhas poligonais diferentes de comprimento


16 cm, as quais dividem o tabuleiro em duas regiões. Abaixo estão
alguns exemplos.

b) Explique por que o comprimento, em centímetros, do maior


caminho que Mônica pode desenhar em um tabuleiro 𝑚 𝑥 𝑛 é
igual a (𝑚 − 1)(𝑛 − 1) + 1.
Sol.: O comprimento de qualquer linha poligonal que começa e termina
na borda do tabuleiro sempre será igual à quantidade de vértices dos
quadradinhos que estão no interior do tabuleiro pelos quais o caminho
passa, mais um. Assim, a linha poligonal de maior comprimento deve ter
os seus pontos inicial e final no contorno do tabuleiro e passar por todos
os vértices dos quadradinhos que estão no seu interior. Sempre é possível
fazer um caminho assim, por exemplo serpenteando o interior do
tabuleiro como na primeira figura acima. O número de vértices dos
quadradinhos que estão no interior do tabuleiro 𝒎 × 𝒏 é (𝒎 − 𝟏) × (𝒏 −
𝟏) pois, nos lados do contorno do tabuleiro temos 𝒎 + 𝟏 e 𝒏 + 𝟏 pontos.
Portanto, o tamanho da linha poligonal de maior comprimento é
(𝒎 − 𝟏) × (𝒏 − 𝟏) + 𝟏 cm.
c) Há vários tipos diferentes de tabuleiros retangulares com 100
quadradinhos. Mônica formou tabuleiros de todos esses tipos e,
em cada um, ela desenhou um caminho com o maior
comprimento possível. Qual é o comprimento do maior desses
caminhos?
Sol.: Dentre todos os tabuleiros possíveis com 100 casas, o comprimento
da maior linha poligonal que Mônica traçou é 82 cm, pois para os
comprimentos dos lados de tabuleiros retangulares com 100
quadradinhos temos as possibilidades listadas no quadro abaixo.
Comprimentos dos lados 𝒎 × 𝒏 Comprimento da maior poligonal
(𝒎 − 𝟏) × (𝒏 − 𝟏) + 𝟏
𝟏 × 𝟏𝟎𝟎 𝟎 × 𝟗𝟗 + 𝟏 = 𝟏
𝟐 × 𝟓𝟎 𝟏 × 𝟒𝟗 + 𝟏 = 𝟓𝟎
𝟒 × 𝟐𝟓 𝟑 × 𝟐𝟒 + 𝟏 = 𝟕𝟑
𝟓 × 𝟐𝟎 𝟒 × 𝟏𝟗 + 𝟏 = 𝟕𝟕
𝟏𝟎 × 𝟏𝟎 𝟗 × 𝟗 + 𝟏 = 𝟖𝟐
4- (OBMEP 2015) Gilmar brinca de cobrir tabuleiros com peças do tipo
. Cada peça cobre perfeitamente três casas do tabuleiro, na
vertical ou na horizontal. As casas dos tabuleiros estão pintadas e
carimbadas com três cores e três marcas, intercaladamente, de
modo que cada peça cobre sempre três cores diferentes e três
marcas diferentes, como na figura.

a) Na Figura 1 vemos uma maneira de cobrir um tabuleiro 4 𝑥 4,


deixando apenas uma casa descoberta. Desenhe na Figura 2 outra
maneira de cobrir esse tabuleiro, deixando apenas uma casa
descoberta.

Sol.: Abaixo estão algumas maneiras de se cobrir o tabuleiro, todas elas


diferentes da que aparece na Figura 1.

b) Explique por que, quando se cobre com 5 peças um tabuleiro


4 𝑥 4, uma das casas do canto sempre fica descoberta.
Sol.: Primeiro, observemos que cinco peças cobrem exatamente 𝟓 × 𝟑 =
𝟏𝟓 casas do tabuleiro. Consequentemente, quando cobrimos o tabuleiro
com cinco peças, sobrará uma casa descoberta. Por outro lado,
observemos que o tabuleiro apresentado possui 5 casas brancas, 5 casas
cinzas e 6 casas amarelas. Também vemos que ele possui 5 casas
marcadas com a palavra OBMEP, 5 com o ano 2015 e, finalmente, 6 com
o logotipo . Como cada peça cobre sempre três cores e três marcas
diferentes, concluímos que a única casa descoberta deve ser amarela e
marcada com o logo . Mas somente as casas dos cantos têm estas
características (amarela e marcada com ). Portanto, a única casa
descoberta sempre será uma casa localizada em um dos cantos.

c) Ao cobrir um tabuleiro 8 𝑥 8 com 21 peças, uma casa ficará


descoberta. Marque no tabuleiro as posições possíveis para essa
casa, e justifique por que só existem essas posições que você
marcou.

Sol.: Analogamente ao que vimos no item anterior, com 21 peças


podemos cobrir 63 casas. Portanto, pelo menos uma casa ficará
descoberta, uma vez que o tabuleiro 𝟖 × 𝟖 tem 64 casas. Usando o
mesmo raciocínio aplicado no item anterior, observemos que o tabuleiro
apresentado possui 21 casas amarelas, 21 casas cinzas e 22 casas brancas.
Por outro lado, possui 21 casas demarcadas com a palavra OBMEP, 21
casas com o ano 2015 e 22 com o logo . Consequentemente, se a
cobertura deixar apenas uma casa descoberta, esta deve ser branca e
marcada com o logo . Dentre todas as casas do tabuleiro, existem
apenas 4 com essas características, destacadas em vermelho na figura
abaixo à esquerda. Na figura abaixo, ao centro, exibimos uma possível
cobertura com a correspondente casa descoberta. A partir dessa,
“rodando” a cobertura sobre o tabuleiro, obtemos uma nova cobertura
exibida na figura à direita, cuja casa descoberta é diferente da anterior.
Seguindo esta ideia, podemos exibir 4 coberturas diferentes, cada uma
correspondendo a uma das casas indicadas na figura à esquerda.
5- (OBMEP 2013) A figura mostra um triângulo de papel 𝐴𝐵𝐶, retângulo
em 𝐶 e cujos catetos medem 10 cm. Para cada número 𝑥 tal que 0 ≤
𝑥 ≤ 10, marcam-se nos catetos os pontos que distam 𝑥 cm do ponto
𝐶 e dobra-se o triângulo ao longo da reta determinada por esses
pontos. Indicamos por 𝑓(𝑥) a área, em cm², da região onde ocorre
sobreposição de papel. Por exemplo, na figura abaixo a área da
região cinzenta, em cm², é 𝑓(7) .

a) Calcule 𝑓(2), 𝑓(5) e 𝑓(7).


Sol.: A figura abaixo ilustra as situações 𝒙 = 𝟐 , 𝒙 = 𝟓 e 𝒙 = 𝟕; nelas F
representa a posição de C após a dobra.

Como o triângulo 𝑨𝑩𝑪 é retângulo em C e a dobra é paralela ao lado 𝑨𝑩,


segue que
𝑪𝑫𝑭𝑬 é um quadrado de lado 𝑪𝑫 = 𝒙 cm; a área do triângulo 𝑫𝑬𝑭 é
metade da área do quadrado 𝑪𝑫𝑭𝑬. Temos (𝑪𝑫𝑭𝑬) = 𝒙𝟐 e então
𝒙𝟐
(𝑫𝑬𝑭) = . Para 𝒙 = 𝟐 o triângulo 𝑫𝑬𝑭 representa a região de
𝟐
𝟐𝟐 𝟓𝟐
sobreposição, logo, 𝒇(𝟐) = = 𝟐; analogamente, temos 𝒇(𝟓) = =
𝟐 𝟐
𝟐𝟓
.
𝟐

No caso 𝒙 = 𝟕, a área de sobreposição, representada pelo trapézio


𝑫𝑬𝑯𝑮, é igual a (𝑫𝑬𝑭) − (𝑮𝑯𝑭). O triângulo 𝑨𝑫𝑮 é isósceles com 𝑨𝑫 =
𝑫𝑮 = 𝟑 cm; como 𝑫𝑭 = 𝟕 temos 𝑮𝑭 = 𝟒 . Logo (𝑫𝑬𝑯𝑮) = (𝑫𝑬𝑭) −
𝟕𝟐 𝟒𝟐 𝟑𝟑 𝟑𝟑
(𝑮𝑯𝑭) = − = cm², ou seja, 𝒇(𝟕) = .
𝟐 𝟐 𝟐 𝟐
b) Escreva as expressões de 𝑓(𝑥) para 0 ≤ 𝑥 ≤ 5 e 5 ≤ 𝑥 ≤ 10.
Sol.: A figura abaixo, à esquerda, ilustra a região de sobreposição para 𝟎 <
𝒙 ≤ 𝟓; à direita temos a região de sobreposição para 𝟓 < 𝒙 < 𝟏𝟎 .

No primeiro caso, 𝑪𝑫𝑭𝑬 é um quadrado de lado 𝒙 e a área de 𝑫𝑬𝑭 é


𝒙𝟐
metade da área desse quadrado, ou seja, 𝒇(𝒙) = . No segundo caso, o
𝟐
triângulo 𝑨𝑫𝑮 é isósceles com 𝑨𝑫 = 𝑫𝑮 = 𝟏𝟎 − 𝒙 ; logo 𝑮𝑭 = 𝑫𝑭 −
𝑫𝑮 = 𝒙 − (𝟏𝟎 − 𝒙) = 𝟐𝒙 − 𝟏𝟎 e temos
𝒙𝟐 (𝟐𝒙 − 𝟏𝟎)𝟐
𝒇(𝒙) = (𝑫𝑬𝑯𝑮) = (𝑫𝑬𝑭) − (𝑮𝑯𝑭) = −
𝟐 𝟐
𝟏
= (−𝟑𝒙𝟐 + 𝟒𝟎𝒙 − 𝟏𝟎𝟎)
𝟐
Pode-se também calcular
(𝑫𝑬𝑯𝑮) = (𝑨𝑩𝑪) − (𝑫𝑬𝑪) − (𝑨𝑫𝑮) − (𝑬𝑩𝑯) = (𝑨𝑩𝑪) − (𝑫𝑬𝑪) −
𝟐(𝑨𝑫𝑮).
c) Faça o gráfico de 𝑓(𝑥) em função de 𝑥.

Sol.: O gráfico de 𝒇 aparece abaixo.


d) Determine o maior valor possível para a área da região de
sobreposição.
𝟏 𝟏
Sol.: Observamos primeiro que − (𝟑𝒙𝟐 − 𝟒𝟎𝒙 + 𝟏𝟎𝟎) = − (𝟑𝒙 −
𝟐 𝟐
𝟏𝟎)(𝒙 − 𝟏𝟎). Essa fatoração pode ser obtida a partir das raízes de 𝟑𝒙𝟐 −
𝟏𝟎
𝟒𝟎𝒙 + 𝟏𝟎𝟎, que são e 𝟏𝟎.
𝟑

𝒙𝟐 𝟐𝟓
Quando 𝟎 < 𝒙 ≤ 𝟓, o maior valor de 𝒇(𝒙) = é 𝒇(𝟓) = . Por outro
𝟐 𝟐
𝟏
lado, quando 𝟓 < 𝒙 < 𝟏𝟎, o maior valor de 𝒇(𝒙) == − (𝟑𝒙 − 𝟏𝟎)(𝒙 −
𝟐
𝟏𝟎) é atingido no vértice da parábola, cuja abscissa é o ponto médio das
𝟏 𝟏𝟎 𝟐𝟎 𝟐𝟎 𝟓𝟎
raízes, ou seja, é ( + 𝟏𝟎) = . Temos 𝒇 ( ) = . Como 𝒇(𝟓) =
𝟐 𝟑 𝟑 𝟑 𝟑
𝟐𝟓 𝟓𝟎 𝟐𝟎 𝟓𝟎
< = 𝒇 ( ), o maior valor possível da área de sobreposição é .
𝟐 𝟑 𝟑 𝟑
6- (OBMEP 2011) Em uma caixa há 10 bolas idênticas, numeradas de 1
a 10. O número de cada bola corresponde a um dos pontos da figura,
os quais dividem a circunferência em 10 partes iguais. Nos itens a
seguir, considere que as bolas são retiradas ao acaso, uma a uma e
sem reposição.

a) Se forem retiradas duas bolas, qual é a probabilidade de que o


segmento determinado pelos pontos correspondentes seja um
diâmetro da circunferência?
Sol.: 1ª solução: O princípio multiplicativo mostra que o número de
maneiras de retirar duas bolas, uma a uma, é 𝟏𝟎 × 𝟗 = 𝟗𝟎. Dessas
retiradas, há dez que determinam diâmetros, a saber, (1,6), (2,7), (3,8),
(4,9), (5,10), (6,1), (7,2), (8,3), (9,4) e (10,5). Logo a probabilidade pedida
𝟏𝟎 𝟏
é = .
𝟗𝟎 𝟗

2ª solução: Retira-se uma bola qualquer. Das nove possibilidades de


retirar outra bola, apenas uma determinará, junto com a primeira, um
diâmetro. Logo a probabilidade de retirar duas bolas que determinam um
𝟏
diâmetro é .
𝟗

3ª solução: É possível retirar duas bolas de (𝟏𝟎


𝟐
) = 𝟒𝟓 maneiras diferentes.
Dessas retiradas há cinco que determinam diâmetros; logo a
𝟓 𝟏
probabilidade procurada é = .
𝟒𝟓 𝟗

b) Se forem retiradas três bolas, qual é a probabilidade de que os


pontos correspondentes sejam vértices de um triângulo
retângulo?
OBS.: Um ângulo inscrito em uma circunferência é reto se, e
somente se, o arco correspondente é uma semicircunferência.
Sol.: 1ª solução: O princípio multiplicativo mostra que o número de
maneiras de retirar três bolas, uma a uma, é 𝟏𝟎 × 𝟗 × 𝟖 = 𝟕𝟐𝟎. Para que
uma retirada determine um triângulo retângulo, ela deve conter duas
bolas a e b que determinam um diâmetro e uma terceira bola x distinta
dessas duas; ordenando essas bolas das 𝟑! = 𝟔 maneiras possíveis, vemos
que há seis retiradas que consistem dessas bolas. Como há cinco pares de
bolas que determinam um diâmetro e a bola extra pode ser escolhida de
oito maneiras diferentes, o número de retiradas que determinam um
triângulo retângulo inscrito é 𝟔 × 𝟓 × 𝟖 = 𝟐𝟒𝟎. Logo a probabilidade
𝟐𝟒𝟎 𝟏
procurada é = .
𝟕𝟐𝟎 𝟑

2ª solução (também mais adequada ao enunciado alternativo): Uma vez


retiradas três bolas, podemos formar com elas três grupos de duas bolas.
Observamos que se um desses grupos determina um diâmetro então isso
não pode acontecer para os outros dois grupos. Como cada grupo de duas
𝟏
bolas tem probabilidade de determinar um diâmetro, a probabilidade
𝟗
𝟏 𝟏 𝟏 𝟏
procurada é então + + = .
𝟗 𝟗 𝟗 𝟑

3ª solução: Há (𝟏𝟎
𝟑
) = 𝟏𝟐𝟎 maneiras de escolher três bolas, ou seja, há
120 triângulos inscritos com vértices nos vértices do decágono. Por outro
lado, cada diâmetro determina oito triângulos retângulos inscritos, num
total de 𝟓 × 𝟖 = 𝟒𝟎; ou seja, há 40 escolhas de três bolas que determinam
𝟒𝟎
triângulos retângulos inscritos. A probabilidade procurada é então =
𝟏𝟐𝟎
𝟏
.
𝟑

c) Se forem retiradas quatro bolas, qual é a probabilidade de que os


pontos correspondentes sejam vértices de um retângulo?

Sol.: 1ª solução: O número de retiradas de quatro bolas é 𝟏𝟎 × 𝟗 × 𝟖 ×


𝟕 e cada uma dessas retiradas determina um quadrilátero inscrito. Por
outro lado, as bolas de uma retirada que determina um retângulo
inscrito devem determinar dois diâmetros. Há dez escolhas para a
primeira bola de uma tal retirada e a bola diametralmente oposta pode
então aparecer em qualquer uma das três posições seguintes; as outras
duas bolas podem então ser escolhidas de oito maneiras diferentes,
correspondentes aos quatro diâmetros ainda não determinados. Assim,
as retiradas que determinam um triângulo retângulo são em número
𝟏𝟎×𝟑×𝟖 𝟏
de10 3 8 × × e a probabilidade procurada é então = .
𝟏𝟎×𝟗×𝟖×𝟕 𝟐𝟏

2ª solução: Para que as quatro bolas retiradas determinem um


retângulo, as três primeiras devem determinar um triângulo retângulo, o
𝟏
que acontece com probabilidade ; uma vez isso feito, há uma única
𝟑
escolha para a quarta bola entre as sete remanescentes. Logo a
𝟏 𝟏 𝟏
probabilidade procurada é × = .
𝟑 𝟕 𝟐𝟏

3ª solução: Há (𝟏𝟎𝟒
) = 𝟐𝟏𝟎 maneiras de escolher quatro bolas, ou seja,
há 210 quadriláteros inscritos com vértices nos vértices do decágono.
Por outro lado, um retângulo inscrito é determinado por dois diâmetros,
ou seja, há (𝟓𝟐) = 𝟏𝟎 retângulos inscritos, correspondentes a dez
𝟏𝟎 𝟏
escolhas de quatro bolas. Logo a probabilidade procurada é = .
𝟐𝟏𝟎 𝟐𝟏

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