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CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE
Expediente
O Fórum Nacional DCA é um espaço democrático da sociedade civil que tem como missão garantir a efetivação dos direitos das crianças e
adolescentes, por meio da proposição, articulação e monitoramento das políticas públicas e da mobilização social, para construção de uma
sociedade livre, justa e solidária.
Secretariado Nacional
Secretária Nacional
Erivã Velasco
(Conselho Federal de Serviço Social – CFESS)
Secretário Adjunto
Oto de Quadros
(Associação Brasileira de Magistrados, Promotores e
Defensores Públicos da Infância e Adolescência – ABMP)
Secretária de Finanças
Francisco de Assis Santiago Júnior
(Aldeias Infantis SOS)
Secretário de Articulação
Valdir Gugiel
(União Catarinense de Educação – UCE/Marista)
Suplência
Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua – MNMMR e Fundação Bento Rubião.
Conselho Fiscal
União Geral dos Trabalhadores – UGT, Pastoral do Menor e Plan Internacional.
Suplentes do Conselho Fiscal: Federação Nacional dos Empregados em Instituições Beneficentes, Religiosas e Filantrópicas (Fenatribref).
Assessoria de Comunicação
Luís Cláudio Alves – Reg. Prof. 2434 – DF
(61) 9982-8367
luisclaudioalves@yahoo.com.br.
Apoio
Aldeias Infantis – SOS, ABMP – Associação Brasileira de Magistrados e Promotores de Justiça da Infância e da Juventude, AMENCAR –
Associação de Apoio a Criança e ao Adolescente, CECUP – Centro de Educação e Cultura Popular,
CISBRASIL – Conferência das Inspetorias Salesianas de Dom Bosco do Brasil, CFESS – Conselho Federal de Serviço Social, CFP – Conselho
Federal de Psicologia, CNTE – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação,
CONTAG – Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura,
CONTRATUH – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade,
FENATIBREF (Federação Nacional dos Empregados em Instituições Beneficentes, Religiosas e Filantrópicas),
Fundação Fé e Alegria do Brasil, Fundo Cristão para Crianças – CCF – Brasil, Instituto WCF Brasil,
Kindernothilfe – KNH Brasil, Marista, Organização de Direitos Humanos Projeto Legal, PLAN Internacional – Brasil,
SBP – Sociedade Brasileira de Pediatria e Visão Mundial.
Realização
Fórum Nacional de Defesa dos Direitos da Criança e do Adoslescente,
Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda),
Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH) e Governo Federal.
Convenção sobre os
Direitos da Criança
Lei de Criação
do Conanda
(Lei nº 8.242/1991)
Distribuição Gratuita
Presidente
Carmen Silveira de Oliveira
Vice Presidente
Fábio Feitosa da Silva
REPRESENTANTES GOVERNAMENTAIS
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Titular: Rosiléa Maria Roldi Wille
Suplente: Leandro da Costa Fialho
MINISTÉRIO DO ESPORTE
Titular: Danielle Fermiano dos Santos Gruneich
Suplente: Carlos Nunes Pereira
MINISTÉRIO DA FAZENDA
Titular: Marcos Aurelio Santos de Souza
Suplente: Fabio Eiji Kato
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Titular: Thereza de Lamare Franco Netto
Suplente: Maria de Lourdes Magalhães
REPRESENTANTES DE ENTIDADES
NÃO-GOVERNAMENTAIS TITULARES NO CONANDA
O Estatuto da Criança e do Adolescente completa 20 anos em 2010. Neste período a sociedade brasileira passou
por importantes transformações. Ainda há muito o quê fazer para que os direitos infanto-juvenis sejam integralmente
respeitados em nosso País, mas os avanços alcançados nestas duas décadas são inquestionáveis. Para que continuemos
em franca evolução todos precisam conhecer de perto o Estatuto e esta edição especial faz parte do esforço para
que esta legislação chegue ao alcance do maior número possível de cidadãos.
O Fórum Nacional DCA nasceu dois anos antes do Estatuto e em 2010 completa 22 anos de atuação em defesa
dos direitos da criança e do adolescente. O Fórum é fruto do processo de mobilização de várias entidades. E ao
longo de sua trajetória, vem lutando para que a sociedade brasileira reconheça a criança e o adolescente como
prioridade absoluta. A mobilização em defesa dos direitos da criança e do adolescente, que culminou com a criação
do Fórum DCA, fez parte do processo de redemocratização deflagrado na década de 80.
Em 1987, aconteceu uma reunião para elaboração da emenda “Criança Prioridade Nacional”, remetida à Assembléia
Nacional Constituinte. A reunião revelou a importância das entidades se articularem.
Mas foi em março de 1988 que aconteceu a criação do Fórum Nacional Permanente de Entidades Não-
Governamentais de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Fórum Nacional DCA), a partir do encontro
de vários segmentos organizados de defesa da criança e do adolescente.
Este movimento foi decisivo para a redação do capítulo da criança e do adolescente na Constituição Cidadã de
1988 e, posteriormente, na promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente, considerada uma legislação de
vanguarda em todo o mundo.
De lá para cá, o Fórum vem fazendo história com a participação de inúmeros militantes e o envolvimento de diversas
organizações, tornando-se o principal articulador de ampla mobilização social em defesa dos direitos infanto-
juvenis.
Apesar dos avanços significativos alcançados neste período, o Fórum Nacional DCA entende que o processo de
transformação da sociedade ainda está em curso e é papel de cada um de nós trabalhar para alcançar estes
objetivos.
E uma das estratégias para promover esta transformação é levar o Estatuto para todos. Este texto deve estar nas
escolas, nas organizações, nas famílias e em todos os outros espaços de mobilização e articulação.
A publicação desta edição especial é fruto de um amplo leque de apoios e parcerias e tem a finalidade de popularizar
os direitos da criança e do adolescente.
Secretariado Nacional do
Fórum Nacional de Defesa dos Direitos
da Criança e do Adolescente
Apresentação
O Estatuto da Criança e do Adolescente, aprovado em 1990, é
fruto da mobilização de milhares de brasileiros e brasileiras e das
próprias crianças e adolescentes. Mais do que uma lei, o Estatuto
pode ser considerado um pacto nacional em defesa dos direitos
da infância e adolescência em nosso país.
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Art. 34. O poder público estimulará, por (Expressão substituída pela Lei nº 12.010, de
meio de assistência jurídica, incentivos fiscais 2009) Vigência
e subsídios, o acolhimento, sob a forma de Art. 37. O tutor nomeado por testamento
guarda, de criança ou adolescente afastado ou qualquer documento autêntico, conforme
do convívio familiar. (Redação dada pela Lei previsto no parágrafo único do art. 1.729 da
nº 12.010, de 2009) Vigência Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 -
§ 1o A inclusão da criança ou adolescente Código Civil, deverá, no prazo de 30 (trinta)
em programas de acolhimento familiar terá dias após a abertura da sucessão, ingressar
preferência a seu acolhimento institucional, com pedido destinado ao controle judicial do
observado, em qualquer caso, o caráter ato, observando o procedimento previsto nos
temporário e excepcional da medida, nos arts. 165 a 170 desta Lei. (Redação dada
termos desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
de 2009) Vigência Parágrafo único. Na apreciação do
§ 2o Na hipótese do § 1o deste artigo a pedido, serão observados os requisitos
pessoa ou casal cadastrado no programa de previstos nos arts. 28 e 29 desta Lei, somente
acolhimento familiar poderá receber a criança sendo deferida a tutela à pessoa indicada na
ou adolescente mediante guarda, observado disposição de última vontade, se restar
o disposto nos arts. 28 a 33 desta Lei. (Incluído comprovado que a medida é vantajosa ao
pela Lei nº 12.010, de 2009) tutelando e que não existe outra pessoa em
Art. 35. A guarda poderá ser revogada a melhores condições de assumi-la. (Redação
qualquer tempo, mediante ato judicial dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
fundamentado, ouvido o Ministério Público. Art. 38. Aplica-se à destituição da tutela o
disposto no art. 24.
Subseção III
Da Tutela Subseção IV
Da Adoção
Art. 36. A tutela será deferida, nos termos
da lei civil, a pessoa de até 18 (dezoito) anos Art. 39. A adoção de criança e de
incompletos. (Redação dada pela Lei nº adolescente reger-se-á segundo o disposto
12.010, de 2009) Vigência nesta Lei.
Parágrafo único. O deferimento da tutela § 1o A adoção é medida excepcional e
pressupõe a prévia decretação da perda ou irrevogável, à qual se deve recorrer apenas
suspensão do poder familiar e implica quando esgotados os recursos de manutenção
necessariamente o dever de guarda. da criança ou adolescente na família natural
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Art. 43. A adoção será deferida quando § 3o Em caso de adoção por pessoa ou
apresentar reais vantagens para o adotando casal residente ou domiciliado fora do País,
e fundar-se em motivos legítimos. o estágio de convivência, cumprido no
Art. 44. Enquanto não der conta de sua território nacional, será de, no mínimo, 30
administração e saldar o seu alcance, não (trinta) dias. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
pode o tutor ou o curador adotar o pupilo ou 2009) Vigência
o curatelado. § 4 o O estágio de convivência será
Art. 45. A adoção depende do acompanhado pela equipe interprofissional
consentimento dos pais ou do representante a serviço da Justiça da Infância e da
legal do adotando. Juventude, preferencialmente com apoio dos
técnicos responsáveis pela execução da
§ 1º. O consentimento será dispensado
política de garantia do direito à convivência
em relação à criança ou adolescente cujos
familiar, que apresentarão relatório minucioso
pais sejam desconhecidos ou tenham sido
acerca da conveniência do deferimento da
destituídos do poder familiar. (Expressão
medida. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
substituída pela Lei nº 12.010, de 2009)
2009) Vigência
Vigência
Art. 47. O vínculo da adoção constitui-se
§ 2º. Em se tratando de adotando maior
por sentença judicial, que será inscrita no
de doze anos de idade, será também
registro civil mediante mandado do qual não
necessário o seu consentimento.
se fornecerá certidão.
Art. 46. A adoção será precedida de
§ 1º A inscrição consignará o nome dos
estágio de convivência com a criança ou
adotantes como pais, bem como o nome de
adolescente, pelo prazo que a autoridade
seus ascendentes.
judiciária fixar, observadas as peculiaridades
do caso. § 2º O mandado judicial, que será
arquivado, cancelará o registro original do
§ 1o O estágio de convivência poderá
adotado.
ser dispensado se o adotando já estiver sob a
tutela ou guarda legal do adotante durante § 3 o A pedido do adotante, o novo
tempo suficiente para que seja possível avaliar registro poderá ser lavrado no Cartório do
a conveniência da constituição do Registro Civil do Município de sua
vínculo. (Redação dada pela Lei nº 12.010, residência. (Redação dada pela Lei nº
de 2009) Vigência 12.010, de 2009) Vigência
§ 2 o A simples guarda de fato não § 4 o Nenhuma observação sobre a
autoriza, por si só, a dispensa da realização origem do ato poderá constar nas certidões
do estágio de convivência. (Redação dada do registro. (Redação dada pela Lei nº
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência 12.010, de 2009) Vigência
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Justiça. (Incluído pela Lei nº 12.010, de Central Estadual, que fará a comunicação à
2009) Vigência Autoridade Central Federal Brasileira e à
§ 2o O pretendente brasileiro residente Autoridade Central do país de origem.
no exterior em país não ratificante da (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)
Convenção de Haia, uma vez reingressado Vigência
no Brasil, deverá requerer a homologação da Art. 52-D. Nas adoções internacionais,
sentença estrangeira pelo Superior Tribunal quando o Brasil for o país de acolhida e a
de Justiça. (Incluído pela Lei nº 12.010, de adoção não tenha sido deferida no país de
2009) Vigência origem porque a sua legislação a delega ao
país de acolhida, ou, ainda, na hipótese de,
Art. 52-C. Nas adoções internacionais,
mesmo com decisão, a criança ou o
quando o Brasil for o país de acolhida, a
adolescente ser oriundo de país que não tenha
decisão da autoridade competente do país
aderido à Convenção referida, o processo de
de origem da criança ou do adolescente será
adoção seguirá as regras da adoção
conhecida pela Autoridade Central Estadual
nacional. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
que tiver processado o pedido de habilitação
2009) Vigência
dos pais adotivos, que comunicará o fato à
Autoridade Central Federal e determinará as
providências necessárias à expedição do Capítulo IV
Certificado de Naturalização Provisório. Do Direito à Educação, à Cultura,
(Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) ao Esporte e ao Lazer
Vigência
Art. 53. A criança e o adolescente têm
§ 1 o A Autoridade Central Estadual, direito à educação, visando ao pleno
ouvido o Ministério Público, somente deixará desenvolvimento de sua pessoa, preparo para
de reconhecer os efeitos daquela decisão se o exercício da cidadania e qualificação para
restar demonstrado que a adoção é o trabalho, assegurando-se-lhes:
manifestamente contrária à ordem pública ou
não atende ao interesse superior da criança I - igualdade de condições para o acesso
e permanência na escola;
ou do adolescente. (Incluído pela Lei nº
12.010, de 2009) Vigência II - direito de ser respeitado por seus
educadores;
§ 2o Na hipótese de não reconhecimento
da adoção, prevista no § 1o deste artigo, o III - direito de contestar critérios avaliativos,
Ministério Público deverá imediatamente podendo recorrer às instâncias escolares
requerer o que for de direito para resguardar superiores;
os interesses da criança ou do adolescente, IV - direito de organização e participação
comunicando-se as providências à Autoridade em entidades estudantis;
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Parágrafo único. Nenhum espetáculo será ou por casas de jogos, assim entendidas as
apresentado ou anunciado sem aviso de sua que realize apostas, ainda que eventualmente,
classificação, antes de sua transmissão, cuidarão para que não seja permitida a
apresentação ou exibição. entrada e a permanência de crianças e
Art. 77. Os proprietários, diretores, adolescentes no local, afixando aviso para
gerentes e funcionários de empresas que orientação do público.
explorem a venda ou aluguel de fitas de
programação em vídeo cuidarão para que Seção II
não haja venda ou locação em desacordo Dos Produtos e Serviços
com a classificação atribuída pelo órgão
competente. Art. 81. É proibida a venda à criança ou
Parágrafo único. As fitas a que alude este ao adolescente de:
artigo deverão exibir, no invólucro, I - armas, munições e explosivos;
informação sobre a natureza da obra e a faixa
etária a que se destinam. II - bebidas alcoólicas;
Art. 78. As revistas e publicações contendo III - produtos cujos componentes possam
material impróprio ou inadequado a crianças causar dependência física ou psíquica
e adolescentes deverão ser comercializadas ainda que por utilização indevida;
em embalagem lacrada, com a advertência IV - fogos de estampido e de artifício,
de seu conteúdo. exceto aqueles que pelo seu reduzido
Parágrafo único. As editoras cuidarão para potencial sejam incapazes de provocar
que as capas que contenham mensagens qualquer dano físico em caso de
pornográficas ou obscenas sejam protegidas utilização indevida;
com embalagem opaca. V - revistas e publicações a que alude o
Art. 79. As revistas e publicações art. 78;
destinadas ao público infanto-juvenil não VI - bilhetes lotéricos e equivalentes.
poderão conter ilustrações, fotografias, Art. 82. É proibida a hospedagem de
legendas, crônicas ou anúncios de bebidas criança ou adolescente em hotel, motel,
alcoólicas, tabaco, armas e munições, e pensão ou estabelecimento congênere, salvo
deverão respeitar os valores éticos e sociais se autorizado ou acompanhado pelos pais
da pessoa e da família. ou responsável.
Art. 80. Os responsáveis por
estabelecimentos que explorem
comercialmente bilhar, sinuca ou congênere
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Art. 89. A função de membro do conselho registro das inscrições e de suas alterações,
nacional e dos conselhos estaduais e do que fará comunicação ao Conselho Tutelar
municipais dos direitos da criança e do e à autoridade judiciária. (Incluído pela Lei
adolescente é considerada de interesse nº 12.010, de 2009) Vigência
público relevante e não será remunerada. § 2 o Os recursos destinados à
implementação e manutenção dos programas
Capítulo II relacionados neste artigo serão previstos nas
dotações orçamentárias dos órgãos públicos
Das Entidades de Atendimento
encarregados das áreas de Educação, Saúde
e Assistência Social, dentre outros,
Seção I observando-se o princípio da prioridade
Disposições Gerais absoluta à criança e ao adolescente
preconizado pelo caput do art. 227 da
Art. 90. As entidades de atendimento são Constituição Federal e pelo caput e parágrafo
responsáveis pela manutenção das próprias único do art. 4o desta Lei. (Incluído pela Lei
unidades, assim como pelo planejamento e nº 12.010, de 2009) Vigência
execução de programas de proteção e sócio- § 3o Os programas em execução serão
educativos destinados a crianças e reavaliados pelo Conselho Municipal dos
adolescentes, em regime de: Direitos da Criança e do Adolescente, no
I - orientação e apoio sócio-familiar; máximo, a cada 2 (dois) anos, constituindo-
se critérios para renovação da autorização
II - apoio sócio-educativo em meio aberto;
de funcionamento: (Incluído pela Lei nº
III - colocação familiar; 12.010, de 2009) Vigência
IV - acolhimento institucional; (Redação I - o efetivo respeito às regras e princípios
dada pela Lei nº 12.010, de 2009) desta Lei, bem como às resoluções
Vigência relativas à modalidade de atendimento
V - liberdade assistida; prestado expedidas pelos Conselhos de
Direitos da Criança e do Adolescente,
VI - semi-liberdade;
em todos os níveis; (Incluído pela Lei
VII - internação. nº 12.010, de 2009) Vigência
§ 1o As entidades governamentais e não II - a qualidade e eficiência do trabalho
governamentais deverão proceder à inscrição desenvolvido, atestadas pelo Conselho
de seus programas, especificando os regimes Tutelar, pelo Ministério Público e pela
de atendimento, na forma definida neste Justiça da Infância e da
artigo, no Conselho Municipal dos Direitos Juventude; (Incluído pela Lei nº 12.010,
da Criança e do Adolescente, o qual manterá de 2009) Vigência
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guarda; (Incluído pela Lei nº 12.010, III - a previsão das atividades a serem
de 2009) Vigência desenvolvidas com a criança ou com o
IV - os motivos da retirada ou da não adolescente acolhido e seus pais ou
reintegração ao convívio responsável, com vista na reintegração
familiar ou, caso seja esta vedada por
familiar. (Incluído pela Lei nº 12.010,
expressa e fundamentada determinação
de 2009) Vigência
judicial, as providências a serem
§ 4o Imediatamente após o acolhimento tomadas para sua colocação em família
da criança ou do adolescente, a entidade substituta, sob direta supervisão da
responsável pelo programa de acolhimento autoridade judiciária. (Incluído pela Lei
institucional ou familiar elaborará um plano nº 12.010, de 2009) Vigência
individual de atendimento, visando à
§ 7 o O acolhimento familiar ou
reintegração familiar, ressalvada a existência institucional ocorrerá no local mais próximo
de ordem escrita e fundamentada em à residência dos pais ou do responsável e,
contrário de autoridade judiciária competente, como parte do processo de reintegração
caso em que também deverá contemplar sua familiar, sempre que identificada a
colocação em família substituta, observadas necessidade, a família de origem será incluída
as regras e princípios desta Lei. (Incluído pela em programas oficiais de orientação, de
Lei nº 12.010, de 2009) Vigência apoio e de promoção social, sendo facilitado
§ 5o O plano individual será elaborado e estimulado o contato com a criança ou com
sob a responsabilidade da equipe técnica do o adolescente acolhido. (Incluído pela Lei nº
respectivo programa de atendimento e levará 12.010, de 2009) Vigência
em consideração a opinião da criança ou do § 8 o Verificada a possibilidade de
adolescente e a oitiva dos pais ou do reintegração familiar, o responsável pelo
responsável. (Incluído pela Lei nº 12.010, de programa de acolhimento familiar ou
2009) Vigência institucional fará imediata comunicação à
§ 6 o Constarão do plano individual, autoridade judiciária, que dará vista ao
dentre outros: (Incluído pela Lei nº 12.010, Ministério Público, pelo prazo de 5 (cinco)
de 2009) Vigência dias, decidindo em igual prazo. (Incluído pela
Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
I - os resultados da avaliação
interdisciplinar; (Incluído pela Lei nº § 9 o Em sendo constatada a
12.010, de 2009) Vigência impossibilidade de reintegração da criança
ou do adolescente à família de origem, após
II - os compromissos assumidos pelos pais
seu encaminhamento a programas oficiais ou
ou responsável; e (Incluído pela Lei nº
comunitários de orientação, apoio e
12.010, de 2009) Vigência
promoção social, será enviado relatório
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minutos para cada um, prorrogável por mais § 2º Recaindo a intimação na pessoa do
dez, a critério da autoridade judiciária, que adolescente, deverá este manifestar se deseja
em seguida proferirá decisão. ou não recorrer da sentença.
Art. 187. Se o adolescente, devidamente
notificado, não comparecer, injustificadamente Seção VI
à audiência de apresentação, a autoridade Da Apuração de Irregularidades
judiciária designará nova data, determinando em Entidade de Atendimento
sua condução coercitiva.
Art. 188. A remissão, como forma de Art. 191. O procedimento de apuração
extinção ou suspensão do processo, poderá de irregularidades em entidade
ser aplicada em qualquer fase do governamental e não-governamental terá
procedimento, antes da sentença. início mediante portaria da autoridade
Art. 189. A autoridade judiciária não judiciária ou representação do Ministério
aplicará qualquer medida, desde que Público ou do Conselho Tutelar, onde conste,
reconheça na sentença: necessariamente, resumo dos fatos.
I - estar provada a inexistência do fato; Parágrafo único. Havendo motivo grave,
poderá a autoridade judiciária, ouvido o
II - não haver prova da existência do fato;
Ministério Público, decretar liminarmente o
III - não constituir o fato ato infracional; afastamento provisório do dirigente da
IV - não existir prova de ter o adolescente entidade, mediante decisão fundamentada.
concorrido para o ato infracional. Art. 192. O dirigente da entidade será
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, citado para, no prazo de dez dias, oferecer
estando o adolescente internado, será resposta escrita, podendo juntar documentos
imediatamente colocado em liberdade. e indicar as provas a produzir.
Art. 190. A intimação da sentença que Art. 193. Apresentada ou não a resposta,
aplicar medida de internação ou regime de e sendo necessário, a autoridade judiciária
semi-liberdade será feita: designará audiência de instrução e
julgamento, intimando as partes.
I - ao adolescente e ao seu defensor;
§ 1º Salvo manifestação em audiência, as
II - quando não for encontrado o
partes e o Ministério Público terão cinco dias
adolescente, a seus pais ou responsável,
para oferecer alegações finais, decidindo a
sem prejuízo do defensor.
autoridade judiciária em igual prazo.
§ 1º Sendo outra a medida aplicada, a
§ 2º Em se tratando de afastamento
intimação far-se-á unicamente na pessoa do
provisório ou definitivo de dirigente de
defensor.
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Processo Civil, aprovado pela Lei n.º 5.869, Art. 199. Contra as decisões proferidas
de 11 de janeiro de 1973, e suas alterações com base no art. 149 caberá recurso de
posteriores, com as seguintes adaptações: apelação.
I - os recursos serão interpostos Art. 199-A. A sentença que deferir a
independentemente de preparo; adoção produz efeito desde logo, embora
II - em todos os recursos, salvo o de agravo sujeita a apelação, que será recebida
de instrumento e de embargos de exclusivamente no efeito devolutivo, salvo se
declaração, o prazo para interpor e para se tratar de adoção internacional ou se houver
responder será sempre de dez dias; perigo de dano irreparável ou de difícil
reparação ao adotando. (Incluído pela Lei nº
III - os recursos terão preferência de 12.010, de 2009) Vigência
julgamento e dispensarão revisor;
Art. 199-B. A sentença que destituir
IV - (Revogado pela Lei nº 12.010, de ambos ou qualquer dos genitores do poder
2009) Vigência familiar fica sujeita a apelação, que deverá
V - (Revogado pela Lei nº 12.010, de ser recebida apenas no efeito devolutivo.
2009) Vigência (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)
VI - (Revogado pela Lei nº 12.010, de Vigência
2009) Vigência Art. 199-C. Os recursos nos
VII - antes de determinar a remessa dos procedimentos de adoção e de destituição de
autos à superior instância, no caso de poder familiar, em face da relevância das
apelação, ou do instrumento, no caso questões, serão processados com prioridade
de agravo, a autoridade judiciária absoluta, devendo ser imediatamente
proferirá despacho fundamentado, distribuídos, ficando vedado que aguardem,
mantendo ou reformando a decisão, no em qualquer situação, oportuna distribuição,
prazo de cinco dias; e serão colocados em mesa para julgamento
sem revisão e com parecer urgente do
VIII - mantida a decisão apelada ou Ministério Público. (Incluído pela Lei nº
agravada, o escrivão remeterá os autos 12.010, de 2009) Vigência
ou o instrumento à superior instância
dentro de vinte e quatro horas, Art. 199-D. O relator deverá colocar o
independentemente de novo pedido do processo em mesa para julgamento no prazo
recorrente; se a reformar, a remessa dos máximo de 60 (sessenta) dias, contado da
autos dependerá de pedido expresso da sua conclusão. (Incluído pela Lei nº 12.010,
parte interessada ou do Ministério de 2009) Vigência
Público, no prazo de cinco dias, Parágrafo único. O Ministério Público
contados da intimação. será intimado da data do julgamento e poderá
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Estatuto da Criança e do Adolescente
VIII - zelar pelo efetivo respeito aos direitos § 2º As atribuições constantes deste artigo
e garantias legais assegurados às não excluem outras, desde que compatíveis
crianças e adolescentes, promovendo as com a finalidade do Ministério Público.
medidas judiciais e extrajudiciais § 3º O representante do Ministério Público,
cabíveis; no exercício de suas funções, terá livre acesso
IX - impetrar mandado de segurança, de a todo local onde se encontre criança ou
injunção e habeas corpus, em qualquer adolescente.
juízo, instância ou tribunal, na defesa § 4º O representante do Ministério Público
dos interesses sociais e individuais será responsável pelo uso indevido das
indisponíveis afetos à criança e ao informações e documentos que requisitar, nas
adolescente; hipóteses legais de sigilo.
X - representar ao juízo visando à aplicação § 5º Para o exercício da atribuição de que
de penalidade por infrações cometidas trata o inciso VIII deste artigo, poderá o
contra as normas de proteção à infância representante do Ministério Público:
e à juventude, sem prejuízo da
promoção da responsabilidade civil e a) reduzir a termo as declarações do
penal do infrator, quando cabível; reclamante, instaurando o competente
procedimento, sob sua presidência;
XI - inspecionar as entidades públicas e
particulares de atendimento e os b) entender-se diretamente com a pessoa
programas de que trata esta Lei, ou autoridade reclamada, em dia, local
adotando de pronto as medidas e horário previamente notificados ou
administrativas ou judiciais necessárias acertados;
à remoção de irregularidades c) efetuar recomendações visando à
porventura verificadas; melhoria dos serviços públicos e de
XII - requisitar força policial, bem como a relevância pública afetos à criança e ao
colaboração dos serviços médicos, adolescente, fixando prazo razoável
hospitalares, educacionais e de para sua perfeita adequação.
assistência social, públicos ou privados, Art. 202. Nos processos e procedimentos
para o desempenho de suas atribuições. em que não for parte, atuará
§ 1º A legitimação do Ministério Público obrigatoriamente o Ministério Público na
para as ações cíveis previstas neste artigo não defesa dos direitos e interesses de que cuida
impede a de terceiros, nas mesmas hipóteses, esta Lei, hipótese em que terá vista dos autos
segundo dispuserem a Constituição e esta Lei. depois das partes, podendo juntar
documentos e requerer diligências, usando
os recursos cabíveis.
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Estatuto da Criança e do Adolescente
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Estatuto da Criança e do Adolescente
responsáveis pela propositura da ação serão autos do inquérito civil ou das peças
solidariamente condenados ao décuplo das informativas, fazendo-o fundamentadamente.
custas, sem prejuízo de responsabilidade por § 2º Os autos do inquérito civil ou as peças
perdas e danos. de informação arquivados serão remetidos,
Art. 219. Nas ações de que trata este sob pena de se incorrer em falta grave, no
Capítulo, não haverá adiantamento de custas, prazo de três dias, ao Conselho Superior do
emolumentos, honorários periciais e Ministério Público.
quaisquer outras despesas. § 3º Até que seja homologada ou rejeitada
Art. 220. Qualquer pessoa poderá e o a promoção de arquivamento, em sessão do
servidor público deverá provocar a iniciativa Conselho Superior do Ministério público,
do Ministério Público, prestando-lhe poderão as associações legitimadas
informações sobre fatos que constituam objeto apresentar razões escritas ou documentos,
de ação civil, e indicando-lhe os elementos que serão juntados aos autos do inquérito ou
de convicção. anexados às peças de informação.
Art. 221. Se, no exercício de suas funções, § 4º A promoção de arquivamento será
os juízos e tribunais tiverem conhecimento de submetida a exame e deliberação do
fatos que possam ensejar a propositura de Conselho Superior do Ministério Público,
ação civil, remeterão peças ao Ministério conforme dispuser o seu regimento.
Público para as providências cabíveis. § 5º Deixando o Conselho Superior de
Art. 222. Para instruir a petição inicial, o homologar a promoção de arquivamento,
interessado poderá requerer às autoridades designará, desde logo, outro órgão do
competentes as certidões e informações que Ministério Público para o ajuizamento da
julgar necessárias, que serão fornecidas no ação.
prazo de quinze dias. Art. 224. Aplicam-se subsidiariamente, no
Art. 223. O Ministério Público poderá que couber, as disposições da Lei n.º 7.347,
instaurar, sob sua presidência, inquérito civil, de 24 de julho de 1985.
ou requisitar, de qualquer pessoa, organismo
público ou particular, certidões, informações,
exames ou perícias, no prazo que assinalar,
o qual não poderá ser inferior a dez dias úteis.
§ 1º Se o órgão do Ministério Público,
esgotadas todas as diligências, se convencer da
inexistência de fundamento para a propositura
da ação cível, promoverá o arquivamento dos
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Estatuto da Criança e do Adolescente
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Estatuto da Criança e do Adolescente
Art. 233. (Revogado pela Lei nº 9.455, de Art. 239. Promover ou auxiliar a efetivação
7.4.1997: de ato destinado ao envio de criança ou
Art. 234. Deixar a autoridade competente, adolescente para o exterior com inobservância
sem justa causa, de ordenar a imediata das formalidades legais ou com o fito de obter
liberação de criança ou adolescente, tão logo lucro:
tenha conhecimento da ilegalidade da Pena - reclusão de quatro a seis anos, e
apreensão: multa.
Pena - detenção de seis meses a dois anos. Parágrafo único. Se há emprego de violência,
Art. 235. Descumprir, injustificadamente, grave ameaça ou fraude: (Incluído pela Lei
prazo fixado nesta Lei em benefício de nº 10.764, de 12.11.2003)
adolescente privado de liberdade: Pena - reclusão, de 6 (seis) a 8 (oito) anos,
Pena - detenção de seis meses a dois anos. além da pena correspondente à violência.
Art. 236. Impedir ou embaraçar a ação Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir,
de autoridade judiciária, membro do fotografar, filmar ou registrar, por qualquer
Conselho Tutelar ou representante do meio, cena de sexo explícito ou pornográfica,
Ministério Público no exercício de função envolvendo criança ou adolescente:
prevista nesta Lei: (Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008)
Pena - detenção de seis meses a dois anos. Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos,
e multa. (Redação dada pela Lei nº 11.829,
Art. 237. Subtrair criança ou adolescente de 2008)
ao poder de quem o tem sob sua guarda em
virtude de lei ou ordem judicial, com o fim de § 1 o Incorre nas mesmas penas quem
colocação em lar substituto: agencia, facilita, recruta, coage, ou de
qualquer modo intermedeia a participação de
Pena - reclusão de dois a seis anos, e criança ou adolescente nas cenas referidas
multa. no caput deste artigo, ou ainda quem com
Art. 238. Prometer ou efetivar a entrega esses contracena. (Redação dada pela Lei
de filho ou pupilo a terceiro, mediante paga nº 11.829, de 2008)
ou recompensa: § 2o Aumenta-se a pena de 1/3 (um
Pena - reclusão de um a quatro anos, e terço) se o agente comete o crime: (Redação
multa. dada pela Lei nº 11.829, de 2008)
Parágrafo único. Incide nas mesmas penas I – no exercício de cargo ou função pública
quem oferece ou efetiva a paga ou ou a pretexto de exercê-la; (Redação
recompensa. dada pela Lei nº 11.829, de 2008)
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Estatuto da Criança e do Adolescente
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Estatuto da Criança e do Adolescente
a comunicação for feita por: (Incluído pela Parágrafo único. Incorre nas mesmas
Lei nº 11.829, de 2008) penas quem vende, expõe à venda,
I – agente público no exercício de suas disponibiliza, distribui, publica ou divulga por
funções; (Incluído pela Lei nº 11.829, qualquer meio, adquire, possui ou armazena
de 2008) o material produzido na forma do caput deste
artigo. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
II – membro de entidade, legalmente
constituída, que inclua, entre suas Art. 241-D. Aliciar, assediar, instigar ou
finalidades institucionais, o recebimento, constranger, por qualquer meio de
o processamento e o encaminhamento comunicação, criança, com o fim de com ela
de notícia dos crimes referidos neste praticar ato libidinoso: (Incluído pela Lei nº
parágrafo; (Incluído pela Lei nº 11.829, 11.829, de 2008)
de 2008) Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos,
III – representante legal e funcionários e multa. (Incluído pela Lei nº 11.829, de
responsáveis de provedor de acesso ou 2008)
serviço prestado por meio de rede de Parágrafo único. Nas mesmas penas
computadores, até o recebimento do incorre quem: (Incluído pela Lei nº 11.829,
material relativo à notícia feita à de 2008)
autoridade policial, ao Ministério I – facilita ou induz o acesso à criança de
Público ou ao Poder Judiciário. (Incluído material contendo cena de sexo explícito
pela Lei nº 11.829, de 2008) ou pornográfica com o fim de com ela
§ 3o As pessoas referidas no § 2o deste praticar ato libidinoso; (Incluído pela Lei
artigo deverão manter sob sigilo o material nº 11.829, de 2008)
ilícito referido. (Incluído pela Lei nº 11.829, II – pratica as condutas descritas no caput
de 2008) deste artigo com o fim de induzir criança
Art. 241-C. Simular a participação de a se exibir de forma pornográfica ou
criança ou adolescente em cena de sexo sexualmente explícita. (Incluído pela Lei
explícito ou pornográfica por meio de nº 11.829, de 2008)
adulteração, montagem ou modificação de Art. 241-E. Para efeito dos crimes
fotografia, vídeo ou qualquer outra forma de previstos nesta Lei, a expressão “cena de sexo
representação visual: (Incluído pela Lei nº explícito ou pornográfica” compreende
11.829, de 2008) qualquer situação que envolva criança ou
Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, adolescente em atividades sexuais explícitas,
e multa. (Incluído pela Lei nº 11.829, de reais ou simuladas, ou exibição dos órgãos
2008) genitais de uma criança ou adolescente para
83
Estatuto da Criança e do Adolescente
fins primordialmente sexuais. (Incluído pela Pena – reclusão de quatro a dez anos, e
Lei nº 11.829, de 2008) multa.
Art. 242. Vender, fornecer ainda que § 1 o Incorrem nas mesmas penas o
gratuitamente ou entregar, de qualquer forma, proprietário, o gerente ou o responsável pelo
a criança ou adolescente arma, munição ou local em que se verifique a submissão de
explosivo: criança ou adolescente às práticas referidas
Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos. no caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº
(Redação dada pela Lei nº 10.764, de 9.975, de 23.6.2000)
12.11.2003) § 2 o Constitui efeito obrigatório da
Art. 243. Vender, fornecer ainda que condenação a cassação da licença de
gratuitamente, ministrar ou entregar, de localização e de funcionamento do
qualquer forma, a criança ou adolescente, estabelecimento. (Incluído pela Lei nº 9.975,
sem justa causa, produtos cujos componentes de 23.6.2000)
possam causar dependência física ou Art. 244-B. Corromper ou facilitar a
psíquica, ainda que por utilização indevida: corrupção de menor de 18 (dezoito) anos,
Pena - detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) com ele praticando infração penal ou
anos, e multa, se o fato não constitui crime induzindo-o a praticá-la: (Incluído pela Lei
mais grave. (Redação dada pela Lei nº nº 12.015, de 2009)
10.764, de 12.11.2003) Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro)
Art. 244. Vender, fornecer ainda que anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
gratuitamente ou entregar, de qualquer forma, § 1o Incorre nas penas previstas no caput
a criança ou adolescente fogos de estampido deste artigo quem pratica as condutas ali
ou de artifício, exceto aqueles que, pelo seu tipificadas utilizando-se de quaisquer meios
reduzido potencial, sejam incapazes de eletrônicos, inclusive salas de bate-papo da
provocar qualquer dano físico em caso de internet. (Incluído pela Lei nº 12.015, de
utilização indevida: 2009)
Pena - detenção de seis meses a dois anos, § 2o As penas previstas no caput deste
e multa. artigo são aumentadas de um terço no caso
Art. 244-A. Submeter criança ou de a infração cometida ou induzida estar
adolescente, como tais definidos no caput do incluída no rol do art. 1o da Lei no 8.072, de
art. 2 o desta Lei, à prostituição ou à 25 de julho de 1990. (Incluído pela Lei nº
exploração sexual: (Incluído pela Lei nº 9.975, 12.015, de 2009)
de 23.6.2000)
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Estatuto da Criança e do Adolescente
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Estatuto da Criança e do Adolescente
Art. 250. Hospedar criança ou Art. 253. Anunciar peças teatrais, filmes
adolescente desacompanhado dos pais ou ou quaisquer representações ou espetáculos,
responsável, ou sem autorização escrita desses sem indicar os limites de idade a que não se
ou da autoridade judiciária, em hotel, pensão, recomendem:
motel ou congênere: (Redação dada pela Lei Pena - multa de três a vinte salários de
nº 12.038, de 2009). referência, duplicada em caso de
Pena – multa. (Redação dada pela Lei nº reincidência, aplicável, separadamente, à
12.038, de 2009). casa de espetáculo e aos órgãos de
§ 1º Em caso de reincidência, sem divulgação ou publicidade.
prejuízo da pena de multa, a autoridade Art. 254. Transmitir, através de rádio ou
judiciária poderá determinar o fechamento do televisão, espetáculo em horário diverso do
estabelecimento por até 15 (quinze) dias. autorizado ou sem aviso de sua classificação:
(Incluído pela Lei nº 12.038, de 2009). Pena - multa de vinte a cem salários de
§ 2º Se comprovada a reincidência em referência; duplicada em caso de reincidência
período inferior a 30 (trinta) dias, o a autoridade judiciária poderá determinar a
estabelecimento será definitivamente fechado suspensão da programação da emissora por
e terá sua licença cassada. (Incluído pela Lei até dois dias.
nº 12.038, de 2009). Art. 255. Exibir filme, trailer, peça, amostra
Art. 251. Transportar criança ou ou congênere classificado pelo órgão
adolescente, por qualquer meio, com competente como inadequado às crianças ou
inobservância do disposto nos arts. 83, 84 e adolescentes admitidos ao espetáculo:
85 desta Lei: Pena - multa de vinte a cem salários de
Pena - multa de três a vinte salários de referência; na reincidência, a autoridade
referência, aplicando-se o dobro em caso de poderá determinar a suspensão do espetáculo
reincidência. ou o fechamento do estabelecimento por até
Art. 252. Deixar o responsável por diversão quinze dias.
ou espetáculo público de afixar, em lugar Art. 256. Vender ou locar a criança ou
visível e de fácil acesso, à entrada do local adolescente fita de programação em vídeo,
de exibição, informação destacada sobre a em desacordo com a classificação atribuída
natureza da diversão ou espetáculo e a faixa pelo órgão competente:
etária especificada no certificado de Pena - multa de três a vinte salários de
classificação: referência; em caso de reincidência, a
Pena - multa de três a vinte salários de autoridade judiciária poderá determinar o
referência, aplicando-se o dobro em caso de fechamento do estabelecimento por até quinze
reincidência. dias.
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Estatuto da Criança e do Adolescente
Art. 257. Descumprir obrigação constante Art. 258-B. Deixar o médico, enfermeiro
dos arts. 78 e 79 desta Lei: ou dirigente de estabelecimento de atenção
Pena - multa de três a vinte salários de à saúde de gestante de efetuar imediato
referência, duplicando-se a pena em caso de encaminhamento à autoridade judiciária de
reincidência, sem prejuízo de apreensão da caso de que tenha conhecimento de mãe ou
revista ou publicação. gestante interessada em entregar seu filho
para adoção: (Incluído pela Lei nº 12.010,
Art. 258. Deixar o responsável pelo de 2009) Vigência
estabelecimento ou o empresário de observar
o que dispõe esta Lei sobre o acesso de Pena - multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a
criança ou adolescente aos locais de diversão, R$ 3.000,00 (três mil reais). (Incluído pela
ou sobre sua participação no espetáculo: Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
(Vide Lei nº 12.010, de 2009) Vigência Parágrafo único. Incorre na mesma pena
Pena - multa de três a vinte salários de o funcionário de programa oficial ou
referência; em caso de reincidência, a comunitário destinado à garantia do direito
autoridade judiciária poderá determinar o à convivência familiar que deixa de efetuar a
fechamento do estabelecimento por até quinze comunicação referida no caput deste artigo.
dias. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)
Vigência
Art. 258-A. Deixar a autoridade
competente de providenciar a instalação e
operacionalização dos cadastros previstos no Disposições Finais e Transitórias
art. 50 e no § 11 do art. 101 desta
Lei: (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Art. 259. A União, no prazo de noventa
Vigência dias contados da publicação deste Estatuto,
Pena - multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a elaborará projeto de lei dispondo sobre a
R$ 3.000,00 (três mil reais). (Incluído pela criação ou adaptação de seus órgãos às
Lei nº 12.010, de 2009) Vigência diretrizes da política de atendimento fixadas
no art. 88 e ao que estabelece o Título V do
Parágrafo único. Incorre nas mesmas
Livro II.
penas a autoridade que deixa de efetuar o
cadastramento de crianças e de adolescentes Parágrafo único. Compete aos estados e
em condições de serem adotadas, de pessoas municípios promoverem a adaptação de seus
ou casais habilitados à adoção e de crianças órgãos e programas às diretrizes e princípios
e adolescentes em regime de acolhimento estabelecidos nesta Lei.
institucional ou familiar. (Incluído pela Lei Art. 260. Os contribuintes poderão deduzir
nº 12.010, de 2009) Vigência do imposto devido, na declaração do Imposto
87
Estatuto da Criança e do Adolescente
sobre a Renda, o total das doações feitas aos abandonado, na forma do disposto no art.
Fundos dos Direitos da Criança e do 227, § 3º, VI, da Constituição Federal.
Adolescente - nacional, estaduais ou § 3º O Departamento da Receita Federal,
municipais - devidamente comprovadas, do Ministério da Economia, Fazenda e
obedecidos os limites estabelecidos em Planejamento, regulamentará a comprovação
Decreto do Presidente da República. das doações feitas aos fundos, nos termos
(Redação dada pela Lei nº 8.242, de deste artigo. (Incluído pela Lei nº 8.242, de
12.10.1991) (Vide Lei nº 12.010, de 12.10.1991)
2009) Vigência
§ 4º O Ministério Público determinará em
I - limite de 10% (dez por cento) da renda cada comarca a forma de fiscalização da
bruta para pessoa física; aplicação, pelo Fundo Municipal dos Direitos
II - limite de 5% (cinco por cento) da renda da Criança e do Adolescente, dos incentivos
bruta para pessoa jurídica. fiscais referidos neste artigo. (Incluído pela Lei
nº 8.242, de 12.10.1991)
§ 1º - (Revogado pela Lei nº 9.532, de
10.12.1997) § 5 o A destinação de recursos
provenientes dos fundos mencionados neste
§ 1o-A. Na definição das prioridades a artigo não desobriga os Entes Federados à
serem atendidas com os recursos captados previsão, no orçamento dos respectivos
pelos Fundos Nacional, Estaduais e órgãos encarregados da execução das
Municipais dos Direitos da Criança e do políticas públicas de assistência social,
Adolescente, serão consideradas as educação e saúde, dos recursos necessários
disposições do Plano Nacional de Promoção, à implementação das ações, serviços e
Proteção e Defesa dos Direitos de Crianças e programas de atendimento a crianças,
Adolescentes à Convivência Familiar, bem adolescentes e famílias, em respeito ao
como as regras e princípios relativos à princípio da prioridade absoluta estabelecido
garantia do direito à convivência familiar pelo caput do art. 227 da Constituição
previstos nesta Le i . (Incluído pela Lei nº Federal e pelo caput e parágrafo único do
12.010, de 2009) Vigência art. 4o desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010,
§ 2º Os Conselhos Municipais, Estaduais de 2009) Vigência
e Nacional dos Direitos da Criança e do Art. 261. A falta dos conselhos municipais
Adolescente fixarão critérios de utilização, dos direitos da criança e do adolescente, os
através de planos de aplicação das doações registros, inscrições e alterações a que se
subsidiadas e demais receitas, aplicando referem os arts. 90, parágrafo único, e 91
necessariamente percentual para incentivo ao desta Lei serão efetuados perante a autoridade
acolhimento, sob a forma de guarda, de judiciária da comarca a que pertencer a
criança ou adolescente, órfãos ou entidade.
88
Estatuto da Criança e do Adolescente
Art. 262. Enquanto não instalados os Pena - reclusão de quatro a dez anos.
Conselhos Tutelares, as atribuições a eles 5) Art. 214............................................
conferidas serão exercidas pela autoridade Parágrafo único. Se o ofendido é menor
judiciária. de catorze anos:
Art. 263. O Decreto-Lei n.º 2.848, de 7 Pena - reclusão de três a nove anos.»
de dezembro de 1940 (Código Penal), passa
a vigorar com as seguintes alterações: Art. 264. O art. 102 da Lei n.º 6.015, de
31 de dezembro de 1973, fica acrescido do
1) Art. 121 ............................................ seguinte item:
§ 4º No homicídio culposo, a pena é “Art. 102 ...............................................
aumentada de um terço, se o crime resulta
de inobservância de regra técnica de 6º) a perda e a suspensão do pátrio poder. “
profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa Art. 265. A Imprensa Nacional e demais
de prestar imediato socorro à vítima, não gráficas da União, da administração direta
procura diminuir as conseqüências do seu ato, ou indireta, inclusive fundações instituídas e
ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo mantidas pelo poder público federal
doloso o homicídio, a pena é aumentada de promoverão edição popular do texto integral
um terço, se o crime é praticado contra pessoa deste Estatuto, que será posto à disposição
menor de catorze anos. das escolas e das entidades de atendimento
2) Art. 129 ............................................ e de defesa dos direitos da criança e do
adolescente.
§ 7º Aumenta-se a pena de um terço, se
ocorrer qualquer das hipóteses do art. 121, Art. 266. Esta Lei entra em vigor noventa
§ 4º. dias após sua publicação.
89
Estatuto da Criança e do Adolescente
FERNANDO COLLOR
Bernardo Cabral
Carlos Chiarelli
Antônio Magri
Margarida Procópio
90
DECRETO N° 99.710, DE 21 DE NOVEMBRO DE 1990
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
Promulga a Convenção sobre
os Direitos da Criança.
O Presidente da República, usando da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da
Constituição, e
FERNANDO COLLOR
Francisco Rezek
CONVENÇÃO SOBRE OS
DIREITOS DA CRIANÇA
CONVENÇÃO SOBRE OS DIREITOS DA
CRIANÇA
Adotada pela Resolução 44/25 da Assembléia Geral da ONU em 20 de novembro de 1989.
Assinada pelo Brasil em 26 de janeiro de 1990 e ratificada em 24 de setembro de 1990.
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
PREÂMBULO
96
Convenção sobre os Direitos da da Criança
PARTE I ARTIGO 3
1. Todas as ações relativas às crianças,
ARTIGO 1 levadas a efeito por autoridades
administrativas ou órgãos legislativos,
Para efeitos da presente Convenção devem considerar, primordialmente, o
considera-se como criança todo ser humano interesse maior da criança.
com menos de dezoito anos de idade, a não 2. Os Estados Partes se comprometem a
ser que, em conformidade com a lei aplicável assegurar à criança a proteção e o
à criança, a maioridade seja alcançada cuidado que sejam necessários para seu
antes. bem-estar, levando em consideração os
direitos e deveres de seus pais, tutores
ARTIGO 2 ou outras pessoas responsáveis por ela
perante a lei e, com essa finalidade,
tomarão todas as medidas legislativas
1. Os Estados Partes respeitarão os direitos e administrativas adequadas.
enunciados na presente Convenção e
assegurarão sua aplicação a cada 3. Os Estados Partes se certificarão de que
criança sujeita à sua jurisdição, sem as instituições, os serviços e os
distinção alguma, independentemente estabelecimentos encarregados do
de raça, cor, sexo, idioma, crença, cuidado ou da proteção das crianças
opinião política ou de outra índole, cumpram com os padrões estabelecidos
origem nacional, étnica ou social, pelas autoridades competentes,
posição econômica, deficiências físicas, especialmente no que diz respeito à
nascimento ou qualquer outra condição segurança e à saúde das crianças, ao
da criança, de seus pais ou de seus número e à competência de seu pessoal
representantes legais. e à existência de supervisão adequada.
97
Convenção sobre os Direitos da da Criança
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Convenção sobre os Direitos da da Criança
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Convenção sobre os Direitos da da Criança
100
Convenção sobre os Direitos da da Criança
seus direitos de maneira acorde com a 2. A criança tem direito à proteção da lei
evolução de sua capacidade. contra essas interferências ou atentados.
3. A liberdade de professar a própria
religião ou as próprias crenças estará ARTIGO 17
sujeita, unicamente, às limitações
prescritas pela lei e necessárias para
proteger a segurança, a ordem, a moral, Os Estados Partes reconhecem a função
a saúde pública ou os direitos e importante desempenhada pelos meios de
liberdades fundamentais dos demais. comunicação e zelarão para que a criança
tenha acesso a informações e materiais
procedentes de diversas fontes nacionais e
ARTIGO 15 internacionais, especialmente informações
e materiais que visem a promover seu bem-
1. Os Estados Partes reconhecem os estar social, espiritual e moral e sua saúde
direitos da criança à liberdade de física e mental. Para tanto, os Estados Partes:
associação e à liberdade de realizar a) incentivarão os meios de comunicação
reuniões pacíficas. a difundir informações e materiais de
2. Não serão impostas restrições ao interesse social e cultural para a
exercício desses direitos, a não ser as criança, de acordo com o espírito do
estabelecidas em conformidade com a Artigo 29;
lei e que sejam necessárias numa b) promoverão a cooperação internacional
sociedade democrática, no interesse da na produção, no intercâmbio e na
segurança nacional ou pública, da divulgação dessas informações e desses
ordem pública, da proteção à saúde e materiais procedentes de diversas fontes
à moral públicas ou da proteção aos culturais, nacionais e internacionais;
direitos e liberdades dos demais. c) incentivarão a produção e difusão de
livros para crianças;
ARTIGO 16 d) incentivarão os meios de comunicação
no sentido de, particularmente,
considerar as necessidades lingüísticas
1. Nenhuma criança será objeto de
da criança que pertença a um grupo
interferências arbitrárias ou ilegais em
minoritário ou que seja indígena;
sua vida particular, sua família, seu
domicílio ou sua correspondência, nem e) promoverão a elaboração de diretrizes
de atentados ilegais a sua honra e a apropriadas a fim de proteger a criança
sua reputação. contra toda informação e material
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bem como aos princípios consagrados criança que pertença a tais minorias ou que
na Carta das Nações Unidas; seja indígena o direito de, em comunidade
c) imbuir na criança o respeito aos seus com os demais membros de seu grupo, ter
pais, à sua própria identidade cultural, sua própria cultura, professar e praticar sua
ao seu idioma e seus valores, aos própria religião ou utilizar seu próprio idioma.
valores nacionais do país em que reside,
aos do eventual país de origem, e aos
das civilizações diferentes da sua;
ARTIGO 31
d) preparar a criança para assumir uma
vida responsável numa sociedade livre, 1. Os Estados Partes reconhecem o direito
com espírito de compreensão, paz, da criança ao descanso e ao lazer, ao
tolerância, igualdade de sexos e divertimento e às atividades recreativas
amizade entre todos os povos, grupos próprias da idade, bem como à livre
étnicos, nacionais e religiosos e pessoas participação na vida cultural e artística.
de origem indígena; 2. Os Estados Partes respeitarão e
e) imbuir na criança o respeito ao meio promoverão o direito da criança de
ambiente. participar plenamente da vida cultural e
2. Nada do disposto no presente Artigo artística e encorajarão a criação de
ou no Artigo 28 será interpretado de oportunidades adequadas, em condições
modo a restringir a liberdade dos de igualdade, para que participem da
indivíduos ou das entidades de criar e vida cultural, artística, recreativa e de
dirigir instituições de ensino, desde que lazer.
sejam respeitados os princípios
enunciados no parágrafo 1 do presente
ARTIGO 32
Artigo e que a educação ministrada em
tais instituições esteja acorde com os
padrões mínimos estabelecidos pelo 1. Os Estados Partes reconhecem o direito
Estado. da criança de estar protegida contra a
exploração econômica e contra o
desempenho de qualquer trabalho que
ARTIGO 30 possa ser perigoso ou interferir em sua
educação, ou que seja nocivo para sua
Nos Estados Partes onde existam minorias saúde ou para seu desenvolvimento
étnicas, religiosas ou lingüísticas, ou pessoas físico, mental, espiritual, moral ou social.
de origem indígena, não será negado a uma
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e, a não ser que seja considerado não tem capacidade para infringir as leis
contrário aos melhores interesses da penais;
criança, levando em consideração b) a adoção sempre que conveniente e
especialmente sua idade ou situação e desejável, de medidas para tratar dessas
a de seus pais ou representantes legais; crianças sem recorrer a procedimentos
iv) não ser obrigada a testemunhar ou a judiciais, contando que sejam
se declarar culpada, e poder interrogar respeitados plenamente os direitos
ou fazer com que sejam interrogadas humanos e as garantias legais.
as testemunhas de acusação bem como 4. Diversas medidas, tais como ordens de
poder obter a participação e o
guarda, orientação e supervisão,
interrogatório de testemunhas em sua
aconselhamento, liberdade vigiada,
defesa, em igualdade de condições;
colocação em lares de adoção,
v) se for decidido que infringiu as leis programas de educação e formação
penais, ter essa decisão e qualquer profissional, bem como outras
medida imposta em decorrência da alternativas à internação em instituições,
mesma submetidas a revisão por deverão estar disponíveis para garantir
autoridade ou órgão judicial superior que as crianças sejam tratadas de modo
competente, independente e imparcial, apropriado ao seu bem-estar e de forma
de acordo com a lei; proporcional às circunstâncias e ao tipo
vi) contar com a assistência gratuita de um do delito.
intérprete caso a criança não
compreenda ou fale o idioma utilizado;
ARTIGO 41
vii) ter plenamente respeitada sua vida
privada durante todas as fases do
processo. Nada do estipulado na presente
Convenção afetará disposições que sejam
3. Os Estados Partes buscarão promover o
mais convenientes para a realização dos
estabelecimento de leis, procedimentos,
direitos da criança e que podem constar:
autoridades e instituições específicas para
as crianças de quem se alegue ter a) das leis de um Estado Parte;
infringido as leis penais ou que sejam b) das normas de direito internacional
acusadas ou declaradas culpadas de tê- vigentes para esse Estado.
las infringido, e em particular:
a) o estabelecimento de uma idade mínima
antes da qual se presumirá que a criança
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Artigo 47
ARTIGO 48
Artigo 49
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ARTIGO 53
ARTIGO 54
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LEI DE CRIAÇÃO
DO CONANDA
LEI Nº 8.242, DE 12 DE OUTUBRO DE 1991
Cria o Conselho Nacional dos Direitos da
Criança e do Adolescente (CONANDA) e
dá outras providências
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O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
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Lei de Criação do Conanda
FERNANDO COLLOR
Margarita Procópio
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