Você está na página 1de 56

TQSN

Nota
do Editor
EWS Ano X - Nº 22
Janeiro de 2006

o relato de casos de ciúmes entre


pessoas, tal qual uma História da
Humanidade, onde temos como
personagens (gigantes) desde Isac
Newton, Robert Hooke até Hubert
Rüsch e Fritz Leonhardt.
- Artigo do engenheiro Ênio Padilha inti-
tulado “Tranqüilizar o cliente (antes de
ser contratado)”. Por obséquio, leiam
este artigo com atenção e não deixem
de seguir os seus ensinamentos.
- Espaço Virtual, uma seção onde
condensamos algumas mensagens
Eng. Nelson Covas
que circularam nas comunidades
virtuais da Internet (TQS e calculis-
Terminamos o desenvolvimento da (RAA) do concreto em elementos estru- tas), e onde são apresentadas as
V12 dos sistemas CAD/TQS. Mais turais de fundação. Estudioso do as- opiniões de renomados engenheiros
uma versão, mais uma edição do TQS sunto, o engenheiro João relata como estruturais sobre os mais diversos
News e mais um motivo de realização ele enfrentou o assunto através de pes- assuntos da engenharia estrutural.
para todos na TQS. quisa, estudos e da participação da co- - Seção Notícias. Descrição de even-
munidade conhecedora da tecnologia tos, cursos promovidos e efetivamen-
Depois do desafio de adaptar os siste-
do concreto. Ele faz um relato minucio- te realizados pela TQS, participações
mas CAD/TQS para a nova norma de
so do fenômeno, sua ocorrência já em feiras, palestras, seminários,
concreto armado, ocorrida na versão
constatada em Recife, as condições eventos, dissertações e teses, etc.
11, partimos para outras tarefas que,
ideais para sua manifestação, as for-
aparentemente, teriam menores dificul-
mas de diagnosticar o problema, as
dades. Achávamos que com 6 meses
ações preventivas a serem adoradas, a
teríamos encerrado a nova versão. Pelo
contrário, a versão 12 consumiu mais
possibilidade de ocorrência da RAA em
outras localidades do país, os riscos
Destaques
de um ano de trabalho da equipe da
envolvidos para a estrutura, etc. Esta Entrevista
TQS. Agora já concluímos a documen-
entrevista é uma verdadeira aula sobre Eng. João J. Asfura Nassar
tação da V12, chegando a um manual
o assunto e o engenheiro Nassar tam- Página 3
com cerca de 260 páginas descrevendo
bém apresenta uma solução inovadora
as novas funções e melhorias do siste- Espaço Virtual
para a investigação da RAA sem esca-
ma. Afirmo, como toda a segurança, que Página 11
vações pela empresa Rincent BTP.
a V12 está mais completa, abrangente e
produtiva do que a V11 e vai trazer um O trabalho que a TQS vem desenvol- Desenvolvimento
Página 20
rendimento significativo aos nossos vendo junto às universidades também
usuários. A V12 traz como novidades os é destacado nesta edição. Além de fa- CAD/TQS nas universidades
elementos de escadas, rampas, vigas cilitar a instalação dos sistemas com- Página 34
inclinadas, dimensionamento a flexão putacionais nas universidades, tivemos
Tranqüilizar o cliente
composta normal, novos cortes, túnel a grande colaboração do engenheiro Eng. Ênio Padilha
de vento, quantitativos e muitos outros Alio Ernesto Kimura, que escreveu, de Página 37
tópicos. Para conhecer melhor todas as forma brilhante e didática, um livro inti-
melhorias realizadas, basta acessar a tulado “A Informática Aplicada em Es- O ciúme entre gigantes
página: www.tqs.com.br/v12. truturas de Concreto Armado”, para Prof. Dr. Augusto C. Vasconcelos
auxiliar o aluno de graduação. O enfo- Página 38
O entrevistado desta edição é o enge-
que não é o sistema computacional e Sistema W Mix
nheiro João José Asfura Nassar, da
seus comandos mas, sim, transmitir ao Dr. Sérgio Pinheiro Medeiros
Nassar Engenharia Estrutural de Recife.
aluno a desejada “sensibilidade estru- Página 41
A Nassar tem um curriculum invejável:
tural” com o auxílio da informática.
tendo aproximadamente 2.400 projetos Resumo estrutural
de edifícios, 38 deles entre 35 e 45 pa- Para completar o jornal, incluímos ou- Eng. Alio Ernesto Kimura
vimentos, sendo a maioria já executa- tras matérias de grande interesse: Página 43
da. Nesta entrevista, relata sua expe- - Artigo do professor Vasconcelos in- Notícias
riência com a reação álcali-agregado titulado “O ciúme entre gigantes”. É Página 44

http://www.tqs.com.br TQS - Tecnologia e Qualidade em Sistemas


2
REPRESENTANTES TQSNEWS
Rio Grande do Sul Salvador Rio de Janeiro
Eng. Luiz Otavio Baggio Livi Eng. Fernando Diniz Marcondes CAD Projetos Estruturais Ltda.
Rua João Abott, 503, Conj. 503 Av. Tancredo Neves, 1.222, sala 112 Eng. Eduardo Nunes Fernandes
90460-150 • Porto Alegre, RS 41820-020 • Salvador, BA R. Almirante Barroso, 63, Sl. 809
Fone: (51) 9968-4216 Fone: (71) 3341-1223 20031-003 • Rio de Janeiro, RJ
(51) 3332-8845 / 3029-4216 (71) 9161-0327 Fone: (21) 2240-3678
E-mail: livi@portoweb.com.br E-mail: tkchess1@atarde.com.br (21) 2262-7427
E-mail: cadestrutura@aol.com
Paraná cadprojetos@ecrj.com.br
Eng. Yassunori Hayashi Eng. Livio R. L. Rios
Av. Mateus Leme, 1.077 Av. das Américas, 8.445, Sl. 916,
80530-010 • Curitiba, PR Barra da Tijuca
Fone: (41) 9975-5842 22793-081 • Rio de Janeiro, RJ
(41) 3353-3593 Fone: (21) 8115-0099
E-mail: yassunori@hayashi.eng.br (21) 2429-5171
E-mail: liviorios@uol.com.br

ProUni
A utilização de elementos estruturais pré-moldados pro- das etapas descritas anteriormente. Este programa está
tendidos é muito comum na engenharia civil, tanto em sendo comercializado pela TQS, e as suas principais ca-
construções de grande porte (fábricas, hipermercados, racterísticas são:
galpões) como nas de pequeno porte (residências e pe- 1. Facilidade de utilização.
quenos edifícios). No Brasil, inúmeras obras já foram
2. Consideração de perfil composto genérico, onde uma
projetadas e construídas com o uso destes elementos.
parte da seção é pré-moldada e a outra concretada
Lajes alveolares, vigotas pré-moldadas, vigas e terças
no local, inclusive com fcks diferentes.
de cobertura são alguns exemplos de peças pré-molda-
das protendidas. 3. Consideração de armadura passiva adicional.
4. Cálculo das perdas progressivas de protensão.
A análise de estruturas compostas por estes elementos,
embora simples, torna-se um pouco trabalhosa, pois 5. Visualização gráfica das flechas e dos esforços solici-
abrange pelo menos três fases distintas: pré-fabricação tantes em cada etapa de carregamento.
da peça pré-moldada, concretagem no local e atuação 6. Verificação quanto ao Estado Limite Último.
da sobrecarga. Dentro deste contexto, foi desenvolvido 7. Impressão de relatório completo
um programa específico, chamado ProUni, que automa-
tiza o cálculo de elementos pré-moldados protendidos, Entre em contato com nosso departamento comercial
acrescidos ou não de concretagem local, facilitando (comercial@tqs.com.br) e solicite maiores informações
assim as diversas verificações necessárias em cada uma sobre o ProUni.
Projnet Eng. Ltda e Maubertec Eng. e Proj. Ltda, São Paulo, SP
Sergio Otoch Projetos Estruturais Ltda, Fortaleza, CE

Janeiro/2006 - nº 22
3
ENTREVISTA TQSNEWS

Investigador de estruturas
O engenheiro João José Asfura Qual a faculdade em que o
Nassar, do Recife, iniciou sua senhor estudou e em que época
vida profissional na época do se formou?
chamado “Milagre Brasileiro”, Eu cursei a Escola de Engenharia
quando as obras proliferavam da Universidade Federal de Per-
pelo país. Viu a capital nambuco (UFPE) e conclui meu
pernambucana crescer, curso em 1979.
atraindo a construção de
inúmeros edifícios, cada vez Já havia intenção de partir para o
mais altos e esbeltos. Até que campo do projeto estrutural?
foi convidado a elaborar uma Como ocorreu essa definição
profissional?
vistoria em edifício próximo ao
local onde havia ocorrido a Quando prestei o vestibular em
queda do Edifício Areia Branca, 1975, o país vivia uma época áurea
na Região Metropolitana do de crescimento econômico, princi-
Recife (RMR). Começou então palmente no setor da construção Eng. João José Asfura Nassar
civil. Isto aconteceu na década de
a estudar o problema da
70 e início dos anos 80, era o cha-
Reação Álcali-Agregado, mado “Milagre Brasileiro”. Nesta giar no seu escritório. Iniciei o está-
iniciativa que culmina agora na época, foram construídas muitas gio desde o meu primeiro dia de
criação da Rincent BTP Brasil, obras importantes como hidroelétri- aula na Universidade, permanecen-
uma parceria com uma cas, estradas, conjuntos habitacio- do como estagiário até a colação
empresa francesa, e que nais, saneamento, edificações, etc. de grau. Depois trabalhei como en-
Sendo assim, a Engenharia Civil era genheiro durante cinco anos em
permitirá a realização de
muito valorizada e para atender a seu escritório. Todo esse período
ensaios não-destrutivos com o em que trabalhei com doutor Talfig
objetivo de diagnosticar demanda, o déficit de profissionais
da área era grande. Tanto que a e seu sócio, doutor Marcelo Carlos
problemas de estruturas nas Asfora, já falecido, foi muito impor-
fundações. Ele espera, desta concorrência para os vestibulares
era das mais altas. tante para minha formação profis-
maneira, contribuir para reduzir sional. E hoje agradeço de ter tido
esse problema, presente não O que contribuiu para consolidar a sorte do convívio com estes dois
somente no Recife, mas em esta opção: houve a influência de grandes projetistas. Havia um mer-
várias partes do país, e que outros profissionais, havia um cado promissor na ocasião, além
muitas vezes não recebe a mercado promissor na ocasião? do fato de o engenheiro civil da-
atenção necessária. quela época ter bastante prestígio
A definição da opção de atuar no e respeito diante da sociedade. Os
campo de Projetos Estruturais par- projetistas de estruturas eram con-
tiu de um convite feito pelo meu tio, siderados como a elite da Enge-
engenheiro Talfig Asfura, de esta- nharia Civil.

http://www.tqs.com.br TQS - Tecnologia e Qualidade em Sistemas


4
TQSNEWS
Qual foi a experiência mais e possui 28 profissionais, sendo 11 Qual a característica destes
importante nessa fase profissional projetistas de estrutura, 6 desenhis- edifícios?
inicial? tas, 4 projetistas, 3 estagiários e 4 Eles variam de 105 m a 137 m de
Como estagiário e engenheiro, no iní- auxiliares administrativos. altura, o que corresponde de 35 a
cio da minha vida profissional, tive a 45 pavimentos, e apresentam es-
oportunidade de auxiliar a execução Quais projetos foram os mais beltez de corpo rígido da edifica-
de projetos de forma semi-automáti- significativos e por quê? ção entre 10 e 14. É importante
ca. Já existiam computadores como Os edifícios altos que tivemos a lembrar que a viabilidade desses
Olivetti, P-101 e P-620, em que fazía- oportunidade de projetar. Hoje edifícios com esbeltez tão elevada
mos alguns processos de cálculo au- temos cerca de 38 projetos de edifí- construídos em Recife, deve-se,
tomáticos. Mas, boa parte do pro- cios entre 35 e 45 pavimentos, principalmente, ao fato de a veloci-
cesso de desenvolvimento dos pro- sendo a maioria deles já construí- dade básica do vento de 30 m/s
jetos era feita manualmente. Isto foi dos. Alguns estão em fase de cons- proporcionar pressões do vento
muito importante para mim, porque trução e outros sendo projetados. A bastante inferiores quando compa-
adquiri uma sensibilidade mais apu- cidade do Recife tem apresentado rada com outros estados do Brasil
rada para análise de estruturas. nos 10 últimos anos um aumento e também com outros países.
significativo na construção de edifí-
cios residenciais e comerciais de
Hoje temos cerca de 38 muitos pavimentos, com esbeltez É necessária uma
projetos de edifícios entre 35 bastante elevada. interação completa entre o
e 45 pavimentos, sendo a Segundo trabalho publicado no 47° projetista estrutural, o
maioria deles já construídos. Congresso Brasileiro do Concreto arquiteto, a construtora, o
Alguns estão em fase de (Ibracon’05), de autoria do professor profissional responsável
construção e outros sendo Antônio Oscar da Fonte, onde com- pelo projeto executivo de
projetados. para o índice de esbeltez de corpo alvenaria e também o
rígido de edifícios construídos no
Recife com outros em outras cida-
projetista de fachada,
des do país e do mundo, concluiu-
Como foi a formação da Nassar
se que alguns dos edifícios em
Engenharia? O que é preciso para viabilizar
nossa cidade estão incluídos entre
A Nassar Engenharia Estrutural S/C os mais esbeltos do mundo. edifícios com tais características?
Ltda. foi fundada em setembro de É necessária uma interação com-
1985, em uma pequena sala comer- pleta entre o projetista estrutural, o
cial no centro da cidade do Recife, arquiteto, a construtora, o profis-
por mim e meu sócio e irmão, Sales sional responsável pelo projeto
Alberto Asfura Nassar, que já não executivo de alvenaria e também o
está mais entre nós, mas seu legado projetista de fachada, pois, além
se perpetua até hoje na empresa. de o projetista de estrutura encon-
trar o sistema estrutural adequado
Que tipo de obra era realizada e que atende a estabilidade da edifi-
como se deu o desenvolvimento
cação, a interação estrutura-alve-
da empresa?
naria-elementos de fachada, prin-
Iniciamos com obras de pequeno e cipalmente porque as fachadas
médio porte. A maioria dos softwa- destes edifícios são em cerâmica,
res eram desenvolvidos por nós, uti- porcelanato ou granito, exige cui-
lizando calculadoras programáveis dados especiais para evitar patolo-
como a HP-97, HP-41CV, entre ou- gias nas interfaces destes elemen-
tras, e adaptamos tais programas tos. Outro fator importante é que
aos computadores de uso pessoal, nesses edifícios devem ser consi-
que foram sendo lançados no mer- derados alguns critérios de proje-
cado. Desde 1995, quando adquiri- tos específicos, tais como:
mos o software da TQS, passamos a
- análise lineares elásticas tradi-
utilizá-lo como a ferramenta para de-
cionais;
senvolvimento dos nossos projetos.
A equipe da Nassar, aos poucos, foi - análises não-lineares geométricas
sendo formada e crescia com o au- P-Delta para ações de serviço e de
mento da demanda dos projetos. cálculo;
Uma característica da empresa é - verificações quanto à instabilidade
que 90% do seu corpo técnico é for- do equilíbrio global da estrutura;
mado por profissionais que iniciaram - verificação da ação dinâmica;
como estagiários. Hoje a Nassar - verificação quanto ao conforto hu-
conta com dois escritórios no Recife Edifício Brennand Plaza, Recife, PE mano;

Janeiro/2006 - nº 22
5
TQSNEWS
- verificação do efeito da interação Como foi seu primeiro contato ocorrido devido ao colapso dos pila-
solo-estrutura; com o problema da reação álcali- res nesta região, já que o edifício de-
- ensaio da edificação em túnel de agregado (RAA)? sabou exatamente enquanto a equi-
vento, para se obter informações Meu primeiro contato com o proble- pe de recuperação de estruturas es-
mais precisas sobre o efeito do ma da RAA foi logo após a queda do tava trabalhando na recuperação
vento na estrutura. A versão atual Edifício Areia Branca, na Região dos pilares entre a laje do piso do
dos sistemas CAD/TQS já permite Metropolitana do Recife (RMR). subsolo e o topo das sapatas.
ao projetista entrar com os dados Nosso escritório foi convidado para Durante a vistoria dos pescoços
fornecidos pelo ensaio para o pro- elaborar uma vistoria em edifício dos pilares não tínhamos encontra-
cessamento do pórtico espacial. próximo ao local onde havia ocorri- do qualquer anomalia até a metade
do o sinistro. Como o edifício a vis- deles serem vistoriados. Foi quan-
toriar já apresentava um histórico de do no trecho central do edifício
recalques na sua fundação e já foram detectadas algumas fissuras
havia passado por uma avaliação nas sapatas próximas à região dos
em 1993 feita pelo professor Dílson pilares. Procedemos a uma escava-
Teixeira, da Ensolo - Engenharia e ção total, até ter a sapata visível.
Consultoria de Solos e Fundações Deparamos, então, com um quadro
Ltda., especialista na área de funda- de fissuração bastante acentuado.
ções, o convidei para participarmos Antes da escavação, já tínhamos
juntos da vistoria. Formamos, então, re-processado o cálculo do edifício
uma equipe e iniciamos a investiga- e avaliamos o dimensionamento es-
ção. Foi traçado um plano com uma trutural das sapatas, e todas elas
Edifícios Brennand Plaza (centro) e Es- série de procedimentos para uma estavam passando até com certa
tação do Mar (à direita) , Recife, PE avaliação completa da edificação, folga em todas as verificações. Re-
que entre outros podemos destacar: tiramos testemunhos para ensaios
Quantos projetos ao todo foram - revisão do projeto estrutural, já de resistência à compressão do
executados no Recife? que tínhamos disponíveis todas as concreto das sapatas e os resulta-
Desde a formação da Nassar, elabo- plantas do projeto inicial; dos foram bastante superiores aos
ramos cerca de 2.400 projetos não - análise físico-química da água do valores do projeto.
somente em Recife, mas em outras subsolo;
cidades do estado e do país, assim - retirada de testemunhos dos con-
como em países como Angola e cretos de vigas e pilares para ava-
Honduras, entre outros. Estes proje- liação da resistência a compres-
tos são, na maioria, edifícios resi- são do concreto;
denciais e comerciais, mas também - medição dos recalques, compa-
elaboramos diversos projetos na rando os resultados com valores
área industrial, estruturas metálicas, anteriormente obtidos;
estruturas pré-moldadas, edifícios
- sondagem a percussão;
em alvenaria estrutural, reservató-
rios de médio e grande porte, torres - inspeção dos pescoços de todos os
de telecomunicações, residências, pilares, isto porque havia indícios de
obras públicas, etc. que o desabamento do Edifício Areia
Branca, construído há 25 anos, teria Bloco de fundação RAA (1)

RUA OLYMPIO DE CARVALHO, 83 - CEP 33400-000 - LAGOA SANTA/MG . DDG: 0800-993611 - TEL. (31) 3681-3611 - FAX: (31) 3681-3622
e-mail: atex@atex.com.br - http://www.atex.com.br

http://www.tqs.com.br TQS - Tecnologia e Qualidade em Sistemas


6
TQSNEWS
O senhor já tinha conhecimento RAA. As amostras foram enviadas te e buscar soluções para prevenir
de outros casos? para o laboratório da Associação novos casos e procurar alternativas
Tinha conhecimento de que já havia Brasileira de Cimento Portland de reforço para os casos existentes.
tido alguns casos de blocos e sapa- (ABCP) de São Paulo, tendo sido Nesse período, o Sinduscon-PE e a
tas de fundação, em outros edifícios confirmada a existência da reação. ABCP trouxeram inúmeros especia-
em Recife, que tinham apresentado listas nacionais para debaterem o
um quadro semelhante ao que tinha Essa questão começou a assunto com a comunidade, poden-
encontrado. Esses casos foram tra- preocupá-lo de alguma maneira. do ser citado o professor Selmo Ku-
tados como problema mecânico e Quais as ações adotadas diante perman; o engenheiro Oscar Ban-
sua recuperação seguiu esta linha de do problema? deira; o professor Paulo Helene e o
raciocínio. Mas eu não tinha a con- Após a constatação da RAA nas sa- engenheiro Cláudio Sbrighi Neto.
vicção plena de que o problema era patas do Edifício que nós vistoria- Esses especialistas visitaram algu-
de origem mecânica, pois aquelas mos, fiquei preocupado com a pos- mas fundações, sendo unânimes de
fissuras aparentemente não pos- sibilidade de que outros casos se- que o quadro patológico existente
suíam lógica, quando avaliadas sob melhantes pudessem estar ocorren- poderia ter forte influência na ex-
o ponto de vista das cargas atuantes. do em outras edificações. Relatei o pansão do concreto originada pela
ocorrido para outros colegas proje- reação álcali-agregado, desmistifi-
tistas, como também para o diretor cando a maior dúvida sobre o de-
Com a retirada dos de tecnologia da Associação das senvolvimento da reação em peças
testemunhos das sapatas do Empresas do Mercado Imobiliário de concreto de pequeno volume.
edifício vistoriado, já de Pernambuco (Ademi-PE) e do
visualmente, na superfície Sindicato da Indústria da Constru- Após 9 anos, a obra foi
fraturada, foram observadas ção Civil de Pernambuco (Sindus- reiniciada. Foi constatado
con-PE). A partir deste momento,
bordas de reação em torno várias fundações de edifícios foram que, dos 18 blocos de
do agregado graúdo, investigadas e então começaram a fundação, 4 apresentavam
além da existência do gel. surgir inúmeros casos de fissuração intensa fissuração, sendo
As bordas e o gel são em blocos. O Sinduscon-PE come- que os demais, ora não
indicativos da RAA çou a mobilizar-se, promovendo apresentaram fissuras ora
inúmeras reuniões com os princi-
pais escritórios de cálculo, laborató-
tinham em pequena
Como último recurso, procurei o rios de controle tecnológico, con- intensidade.
professor Tibério Andrade, tecnolo- sultores, cimenteiras, pedreiras,
gista de concreto da Tecomat, em- concreteiras e universidades, com o
presa de controle tecnológico e con- objetivo de avaliar o quadro existen- O tema começou a mobilizar a
sultoria na área de concreto, para comunidade acadêmica?
que fosse retirada uma nova amos- Na reunião anual do Instituto Brasi-
tra das sapatas para avaliação de leiro do Concreto (Ibracon), realiza-
uma provável existência de reação da no Recife, no mês setembro, foi
química no concreto. O professor Ti- constituída uma comissão para tra-
bério Andrade já havia tido contato tar do assunto. Foi realizado um
com a reação álcali-agregado no painel, onde foi abordada a ques-
ano de 2000, nos blocos de funda- tão da reação álcali-agregado em
ção de uma das mais movimentadas fundações de edifícios. Para esse
pontes da cidade do Recife, a Ponte evento foi convidado o engenheiro
Paulo Guerra. A Tecomat convidou, Canadense Bernoit Fournier, um
então, o professor Paulo Helene, da dos maiores especialistas no as-
Universidade de São Paulo, para sunto, na atualidade, que teve tam-
coordenar a equipe de trabalho. bém a oportunidade de visitar algu-
Nessa investigação foram retirados mas fundações da Região Metro-
inúmeros testemunhos e realizados politana do Recife (RMR). Com
ensaios mecânico e físico além da essas informações trazidas por
análise petrográfica do concreto os esses especialistas e o aprofunda-
quais confirmaram a RAA. mento do estudo, através de uma
Com a retirada dos testemunhos vasta bibliografia existente sobre a
das sapatas do edifício vistoriado, já reação álcali-agregado, o meio téc-
visualmente, na superfície fraturada, nico da região tem procurado se
foram observadas bordas de reação capacitar para dar respostas às
em torno do agregado graúdo, além inúmeras perguntas que têm surgi-
da existência do gel, que estava do, bem como, para atuar na pre-
preenchendo os macroporos da ma- venção e solução para os proble-
triz da pasta de cimento endurecida. mas existentes e futuros que inevi-
As bordas e o gel são indicativos da Edifício Terra Brasilis, Recife, PE tavelmente irão aparecer.

Janeiro/2006 - nº 22
7
TQSNEWS
O senhor já visitou muitos tivo de classificar o agregado quanto tual de álcalis no cimento, menos pro-
empreendimentos com esse tipo a sua reatividade. A classificação in- pício é o concreto para o desenvolvi-
de problema? Quantos? dica que um agregado é reativo se a mento de RAA. Outra providência é
expansão, aos 14 dias, for superior a fazer análises petrográficas dos agre-
Além do que eu participei direta-
0,20%. Para o agregado, em ques- gados que serão utilizados no concre-
mente, caso citado anteriormente,
tão, a expansão foi de 0,29%. to. A umidade é essencial para expan-
tive a oportunidade de visitar mais
cinco casos, todos em blocos de Um outro caso interessante, analisado são do gel. Diferentemente do que
fundação. O professor Tibério An- pelo professor Tibério, de que ainda muitos pensam, para que ocorra a ex-
drade tem participado direta ou in- não se tem resultados conclusivos pansão do concreto, não é necessário
diretamente da maioria dos casos comprovando a reação, diz respeito a que a estrutura encontre-se submer-
surgidos em Recife. Até o presente um prédio de 9 anos, cuja construção sa. Estruturas de concreto que este-
momento, ele tem catalogado 18 foi paralisada na 10ª laje, de um total jam em um ambiente com umidade
casos de fissuração em blocos de de 24 lajes. Foi estimado que a carga relativa do ar acima de 85%, por lon-
fundação. Existem casos de edifí- existente no estágio atual da constru- gos períodos de tempo, já podem so-
cios de 3 a 25 anos idade, com in- ção representa, aproximadamente, frer os sintomas da reação.
tensidade de fissuração bastante 20% da carga plena prevista. Após 9
variada. Os dois casos mais graves, anos, a obra foi reiniciada. Foi consta- No caso de edifícios, esta é a
considerando intensidade e magni- tado que, dos 18 blocos de fundação,
primeira vez que este
tude das fissuras, são: a Ponte 4 apresentavam intensa fissuração,
Paulo Guerra e um edifício comer- sendo que os demais, ora não apre- fenômeno é observado no
cial de 21 anos de idade, existindo, sentaram fissuras ora tinham em pe- Brasil. A RAA é um fenômeno
nesse último, aberturas máximas de quena intensidade. Foi possível resga- deletério lento, complexo,
fissuras na ordem de 30 mm. tar as planilhas de concretagem de que causa fissura e perda de
Alguns projetistas da região estão todos os blocos e, coincidentemente, rigidez e resistência das
os 4 blocos fissurados foram concre-
ainda muito reticentes em acreditar
tados com uma determinada concre-
estruturas de concreto.
que o quadro de fissuração ocorrido
nos blocos de fundação tenha uma teira, e os demais blocos com uma
forte contribuição da expansão indu- outra. Nos testemunhos extraídos dos
blocos fissurados, foi observada for- Existem casos registrados em
zida pela RAA, responsabilizando o outros países?
problema, exclusivamente, ao di- mação intensa das bordas de reação e
mensionamento e ao detalhamento a existência de gel, enquanto nos tes- Existem inúmeros casos, no mundo,
dos blocos e sapatas, questionando temunhos dos demais blocos, essa de superestruturas de pontes e via-
até a existência da reação álcali- característica não foi percebida visual- dutos afetadas pela reação álcali-
agregado. Desses 18 casos, o pro- mente. Este caso não deixa dúvidas agregado. Geralmente, esses casos
fessor Tibério teve a oportunidade, sobre a influência da reação nos pro- estão situados em países de clima
até o presente momento, de extrair blemas de fissuração de blocos de frio, onde existem períodos longos
amostras de concreto em 9 dos edi- fundação encontrados recentemente do ano em que a umidade relativa do
fícios com suspeita de RAA. Desses na Região Metropolitana do Recife. ar freqüentemente ultrapassa os
9 edifícios, em 8 deles já foram con- 90%. No sul do Canadá, até o ano
firmadas existências do fenômeno, O que pode e deve ser feito para de 2000, já tinham sido comprova-
através do ensaio petrográfico, reali- evitar a reação? dos cerca de 167 pontes e viadutos
zado no laboratório da ABCP. Nos A reação álcali-agregado (RAA) é um afetados. Uma maneira eficiente e
outros dois casos, é visível a existên- processo químico que, para o seu de- viável economicamente de se preve-
cia da reação nas bordas. senvolvimento, é necessária a exis- nir a reação álcali-agregado é a utili-
tência simultânea de três ingredien- zação de adições minerais ao ci-
tes: disponibilidade de álcalis (NA2O e mento, pozolanas ou escórias de
K2O), agregados reativos e umidade. alto forno. O percentual dessas adi-
Quanto aos álcalis, a maior fonte de ções no cimento irá depender basi-
contribuição vem do próprio cimento camente de dois fatores: da reativi-
portland, além de outras fontes forne- dade do agregado e da qualidade da
cedoras de álcalis, como os próprios adição. Para isso, é interessante que
agregados, água de amassamento, cada grande região consumidora de
agentes externos, etc. Algumas nor- concreto procure conhecer a reativi-
mas internacionais limitam o teor de dade de seus agregados e saber
Bloco de fundação RAA (2) quais as adições disponíveis no
álcalis no cimento para a prevenção
da RAA em, no máximo, 0,6% de mercado, bem como o percentual
Poderia mencionar um caso? necessário para inibir essas reações.
NA2O equivalente. Na RMR, os ci-
Em um dos casos estudados, além mentos disponíveis na atualidade
do ensaio petrográfico, foi extraído o possuem um teor de álcalis equiva- A conscientização do problema
agregado graúdo dos testemunhos lente entre 0,9% e 1,2%. A prevenção está crescendo no setor?
do concreto dos blocos, sendo reali- pode ser feita com análise química do O Sinduscon-PE está fazendo um
zado o ensaio acelerado de barras de cimento para se conhecer o teor de trabalho de pesquisa para conhecer
argamassa (ASTM 1260), com o obje- álcalis, pois quanto menor o percen- as características dos agregados

http://www.tqs.com.br TQS - Tecnologia e Qualidade em Sistemas


8
TQSNEWS
disponíveis na região quanto à reati- estruturas de concreto. A paralisa- No caso das sapatas isoladas, que
vidade. A partir desses dados, será ção da reação é objeto de pesqui- foi o projeto do qual eu participei,
estudada a efetividade de cada adi- sas ainda não conclusivas que a solução adotada foi criar uma
ção mineral disponível na praça estão sendo efetivadas em todo o nova sapata sobre a existente, nos
para combater a reação desses mundo. Infelizmente, ainda não são casos em que o grau de fissuração
agregados. Uma medida concreta conhecidas medidas corretivas defi- estava mais acentuado. Isto foi
tomada pela Associação Brasileira nitivas. Recuperar estruturas com feito em 6 sapatas de um total de
de Engenharia e Consultoria Estru- RAA instalada requer um detalhado 19 unidades. Nas outras em que
tural - Regional Recife (Abece-PE), estudo de cada caso. existiam pequenas fissuras, adota-
com o apoio do Sinduscon-PE, foi a mos com solução a injeção com
elaboração de uma cartilha para os Que ações preventivas podem resina epoxídica para o fechamen-
associados e construtores. Nessa ser tomadas? to das fissuras e o encapsulamen-
cartilha, recomenda-se a inclusão, to das peças adicionando uma ar-
Algumas medidas podem ser toma-
nos projetos de cálculo estrutural, madura na face superior da sapata
das para reduzir a velocidade das
da especificação de cimentos pozo- e também na face lateral. Porém
reações, separadamente ou em
lânicos (CP IV) nas fundações, com alertamos ao condomínio do edifí-
conjunto, dependendo de cada si-
no mínimo 30% de pozolana, ou Ci- cio que estas sapatas deveriam ser
tuação. A saber:
mentos Portland Compostos (CP II), monitoradas a cada 3 anos.
empregando adições mínimas de sí- - atenuar a velocidade do processo
lica ativa ou metacaulim. reativo através da limitação de
acesso de água e de umidade, O investimento em pesquisas
através de produtos impregnan- nas universidades, dirigidas
O papel de divulgação do tes, penetrantes, selantes e mem-
problema pela comunidade para a prevenção da reação
branas impermeáveis e estanques;
técnica é de fundamental e para soluções de
- atenuar a velocidade das reações
importância para aumentar o através de tratamentos químicos intervenções corretivas,
nível de conscientização do com injeções de sais de lítio. Essa também trará benefícios para
setor produtivo para a medida tem limitações práticas o setor e para a sociedade
para aplicações em peças maciças,
questão. com grande volume de concreto;
- restringir as deformações por meio O senhor acha que o problema
E nos edifícios que já apresentam de encapsulamento/cintamento está recebendo a atenção
problemas? O que pode ser com concreto armado e/ou pro- merecida da sociedade? Como
feito? Pode mencionar um caso tendido, aplicando tensões de a comunidade técnica pode
concreto? compressão que possibilitem a re- contribuir para ampliar este
dução, ou até mesmo, paralisem o debate?
Este é o grande desafio para a en- desenvolvimento das reações e,
genharia nacional. Embora este fe- O meio técnico está tentando repas-
conseqüentemente, das expan- sar para a sociedade que o proble-
nômeno já seja conhecido há bas- sões deletérias.
tante tempo no mundo, ainda hoje ma, apesar de ter sido descoberto
- para qualquer solução de recu- há bastante tempo no mundo, não
este assunto não é completamente peração de estruturas afetadas
dominado pela engenharia mundial. tem casos similares no Brasil e que,
pela RAA é de fundamental im- muitos países já passaram o que
Desde a década de 80, centros de portância que haja o monitora-
pesquisas e universidades interna- estamos enfrentando hoje. O papel
mento adequado e acompanha- de divulgação do problema pela co-
cionais vêm desenvolvendo estudos mento do desempenho da estru-
para melhor conhecer os mecanis- munidade técnica é de fundamental
tura durante sua vida útil. importância para aumentar o nível
mos das RAA’s. No Brasil e no
mundo existem vários casos de es- de conscientização do setor produ-
O Recife parece estar mais tivo para a questão. O investimento
truturas com RAA. A ocorrência avançado no tratamento desta
dessa reação no Brasil foi em obras em pesquisas nas universidades, di-
questão? rigidas para a prevenção da reação
de barragens, usinas hidrelétricas e
fundações de pontes. Segundo pu- No Recife, já foram ou estão sendo e para soluções de intervenções
blicações do Ibracon sobre o histó- realizadas 4 intervenções: 3 em corretivas, também trará benefícios
rico das RAA’s em obras hidráulicas, blocos com estacas e 1 em funda- para o setor e para a sociedade.
só no Brasil foram historiados 18 ção direta com sapatas isoladas. Como também elaboração de nor-
casos de RAA. Os Estados Unidos No caso dos blocos, todos adota- mas específicas para esta questão,
têm registro de 31 casos, Canadá ram como solução o encapsula- como já existem em outros países
com 40 casos, África, Ásia e Europa mento das peças, uma em concre- da Europa e América do Norte.
mais 76 casos. No caso de edifícios, to armado e duas em concreto
esta é a primeira vez que este fenô- protendido. Houve também o en- A seu ver, vidas humanas podem
meno é observado no Brasil. A RAA velopamento de todas as superfí- correr perigo devido ao
é um fenômeno deletério lento, cies com concreto na tentativa de problema?
complexo, que causa fissura e se evitar o contato direto da água Na realidade não ocorreu desaba-
perda de rigidez e resistência das com a superfície dos blocos. mento na Região Metropolitana do

Janeiro/2006 - nº 22
9
TQSNEWS
Recife (RMR) em conseqüência da cedência alguma falha construtiva questão da segurança das edifica-
RAA. Pelo meu conhecimento, não e/ou um processo de deterioração, ções tem preocupado o setor, pois
existem estruturas de concreto que que possa comprometer, no futuro, ainda não se tem informações sufi-
entraram em colapso motivado pela a estabilidade da mesma. Muitos cientes sobre o comportamento
RAA. O colapso da estrutura do Edi- casos foram encontrados devido a dos blocos e sapatas, sob um es-
fício Areia Branca, após 25 anos de estas inspeções e pela presença tado de fissuração com intensida-
construído, foi motivada por dete- de fissuras na laje de piso do pavi- des bastante variadas, induzidas
riorização das armaduras dos pes- mento de garagem, geradas pela pela expansão, devido à reação ál-
coços dos pilares, falha de concre- expansão dos blocos que estavam cali-agregado.
tagem, brocas, enfim, de uma ma- logo abaixo dessas lajes. Essa
neira geral, pela má qualidade de Que recomendação o senhor dá
execução, causando a ruptura dos aos projetistas que desenvolvem
pilares na região compreendida projetos na região?
entre o topo das sapatas e o piso do Na minha opinião, a ocorrência de
subsolo (Ver “Laudo Técnico Sobre reações expansivas em algumas fun-
as Causas do Desabamento do Edi- dações na RMR está bastante eviden-
fício Areia Branca” emitido pelo te, não só pelos resultados dos en-
Crea-PE-www.creape.org.br). saios já realizados nas amostras des-
Depois da queda do referido edifí- tes concretos, como também a opi-
cio, existe hoje uma conscientiza- nião de vários especialistas que aqui
ção no meio técnico da necessida- vieram e todos foram unânimes em
de de inspeções periódicas das afirmar a presença da RAA. Tanto que
fundações das edificações, com o Edifícios Pier Maurício de Nassau e Pier o Ibracon constituiu um comitê de es-
objetivo de se detectar com ante- Duarte Coelho, Recife, PE pecialistas para estudar a questão.

http://www.tqs.com.br TQS - Tecnologia e Qualidade em Sistemas


10
TQSNEWS
Acredito que alguns casos de fissu- mados não estão preocupados com senvolvido um equipamento especí-
ração nas fundações encontradas, o que está ocorrendo. Os projetistas fico para este tipo de teste. Nós o
além da RAA, existem também cau- têm um papel fundamental no pro- convidamos para vir ao Recife fazer
sas devido ao efeito mecânico e, cesso. São eles que especificam a alguns testes com o equipamento.
principalmente, no que diz respeito resistência característica à compres- Os resultados foram aprovados e
ao detalhamento dos blocos de fun- são do concreto, devendo-se, a par- conseguimos detectar grandes dife-
dações. As armaduras superiores tir de agora, exigir em seus projetos, renças de rigidez dinâmica entre as
deveriam ser sempre adotadas e, no as ações preventivas, como: o em- fundações já comprovadamente
caso de estarem detalhadas, serem prego de cimentos pozolânicos, ou afetadas pela RAA e as que tinham
maiores do que as normalmente adições minerais, bem como, mitigar sua integridade preservada.
hoje adotadas nos projetos estrutu- os efeitos das expansões, através
rais. Digo isto porque há casos em da mudança do detalhamento das
armaduras dos blocos e sapatas. Os projetistas têm um papel
que esta armadura simplesmente
não existe. As armaduras laterais,
fundamental no processo.
tanto a vertical como a horizontal Em que outra região do país pode São eles que especificam a
deveria abranger toda a superfície acontecer esse tipo de reação? resistência característica à
dos blocos, para que não fique qual- Qualquer região do país e do mundo compressão do concreto,
quer região do bloco sem armadura em que o concreto produzido conte- devendo-se, a partir de agora,
e com isto minimizar fissuras, que nha a tríplice aliança, isto é, álcalis, exigir em seus projetos, as
potencializam o processo da RAA. agregado reativo e umidade, e que
não estejam utilizando cimentos
ações preventivas, como: o
com adições minerais em quantida- emprego de cimentos
Acredito que alguns casos de suficiente para inibir a reação, es- pozolânicos, ou adições
de fissuração nas fundações tará sujeita a desenvolver RAA. minerais.
encontradas, além da RAA,
existem também causas De um modo particular, a Nassar
está se especializando no assunto? Como são realizados esses
devido ao efeito mecânico e,
Com o aparecimento de vários casos testes?
principalmente, no que diz
de fundações com a integridade com- Estes testes foram executados em
respeito ao detalhamento prometida, procurei encontrar uma um edifício que possuía parte da
dos blocos de fundações. técnica para investigar as fundações sua fundação com blocos bastante
de outros edifícios sem a necessidade fissurados e outros sem fissura al-
Para os projetistas da região, reco- de proceder a escavações, pois, além guma, devido a concretos elabora-
mendo que participem das reuniões de gerar grandes transtornos para os dos de diferentes origens e com
promovidas pela Abece e pelo Sin- moradores dos edifícios, em certos idades diferentes. A vantagem de
casos seria complexo realizá-las pelo elaborar estes testes nas funda-
duscon para discussão do proble-
fato de boa parte das fundações da ções dos edifícios é que podemos
ma, além das palestras que estão
RMR estarem submersas. Tentei atra- fazê-los em todos os pilares da
sendo ministradas com certa fre- vés de vários órgãos, universidades e
qüência sobre o assunto. obra, ao invés de apenas em 30%
profissionais da área qualquer equipa- das peças (recomendação da car-
mento que pudesse fazer tal análise. tilha da Abece para inspeção de
Como a informatização pode Ao falar com o engenheiro Philippe
contribuir neste processo? edifícios), pois não teremos que
Beno, que faz parte da equipe da fazer escavações. Este ensaio
No Brasil e em todo o mundo existem Nassar Engenharia, relatando a minha também permite validações de re-
dissertações de mestrado, doutora- preocupação, ele entrou em contato cuperações estruturais das funda-
do, trabalhos publicados em congres- com os seus colegas franceses, que
ções afetadas pela RAA, medindo-
sos e pesquisas em universidades no indicaram a Rincent BTP Services,
se a rigidez antes e após a sua re-
sentido de usar modelos mecânicos e como um caminho para diagnosticar
cuperação, além de podermos
numéricos que possam simular o problemas de estruturas nas funda-
controlar, ao longo do tempo, a
comportamento estrutural do meca- ções com ensaios não-destrutivos.
evolução do comportamento me-
nismo das RAA’s, para o melhor en- cânico das peças estruturais recu-
tendimento do seu comportamento. Como se deu esse contato?
peradas. Com o objetivo de reali-
O engenheiro Philippe deslocou-se zar estes testes de maneira siste-
Qual é a posição dos até a França a fim de avaliar a tec- mática, firmamos uma parceria
construtores sobre o assunto: é nologia e realizar alguns ensaios, com a Rincent BTP Services
possível ao projetista alertá-los sendo acompanhado por Jean-Jac- (www.rincentbtp.fr) e criamos a em-
sobre o problema? ques Rincent, sócio-diretor da Rin- presa Rincent BTP Brasil, que tem
Os construtores que participaram cent BTP Services, com larga expe- sede na cidade do Recife. Desta
desde o início do surgimento do pro- riência nesse campo. Ele indicou forma, tentaremos contribuir para
blema estão conscientes e estão que a melhor maneira de diagnosti- facilitar a investigação deste pro-
adotando as medidas preventivas car seria através do método de me- blema que vem afetando edifica-
para inibir a reação e mitigar os seus dida da rigidez dinâmica das funda- ções no nosso estado e em várias
efeitos. Entretanto, os mais desinfor- ções, pois sua empresa já tinha de- partes do mundo.

Janeiro/2006 - nº 22
11
ESPAÇO VIRTUAL TQSNEWS
Nesta seção, são publicadas mensagens que se Para efetuar sua inscrição e fazer parte dos grupos,
destacaram nos grupos Comunidade TQS e basta acessar http://br.groups.yahoo.com/, criar um ID
Calculistas ao longo dos últimos meses. no Yahoo, utilizar o mecanismo de busca com as
palavras “Calculistas” e “ComunidadeTQS” solicitando
sua inscrição nos mesmos.

Junta de Dilatação (utilizando o CAD/TQS) Para as vigas, devemos definir os coeficientes de varia-
ção desejada diretamente no Modelador estrutural, no
Caros amigos da Comunidade TQS, menu de definição de dados de vigas:
Fui questionado pelo engenheiro de uma obra que esta-
mos projetando por que eu fiz as vigas do baldrame se-
paradas formando módulos estruturais por meio de jun-
tas de dilatação, ao invés de fazê-las sem juntas uma
vez que os blocos de fundação unem as estruturas.
Sempre projetei minhas estruturas começando a parti-
ção da estrutura (quando necessário) pelo baldrame, na
maioria dos casos onde o arquiteto indica a junta de di-
latação do piso. Gostaria de saber se estou errado, ou
seja, se é possível fazer um baldrame de 5.000 m2 sem
juntas de dilatação.
Temos também um menu similar na edição de dados
Peço ajuda de vocês para esse esclarecimento e descul-
das lajes.
pas caso a minha pergunta seja muito simplória.
A simulação dos efeitos de retração pode ser realizada com
Obrigado,
a aplicação de uma variação térmica equivalente a (-)15º C.
Eng. Guilherme M. Almeida, Brasília, DF
Quanto à variação térmica, estão 2 tipos disponíveis
no TQS:
Caro Guilherme Almeida - variação transversal - aplicável quando temos diferen-
Caros amigos da Comunidade TQS ças de temperatura inferior e superior em um elemento
estrutural, como no caso de frigoríficos.
Guilherme, fiz uma consulta ao seu cadastro e descobri - variação uniforme - aplicável para simular alongamen-
que você tem a versão 11.4, a mais recente dos siste- tos e encurtamentos uniformes ao longo do eixo longi-
mas CAD/TQS. tudinal de um elemento estrutural e é cumulativa com
Nesta versão, você pode simular os efeitos provocados a variação transversal
por variações térmicas e retração com muita facilidade. Na análise estrutural dos pavimentos onde são definidas
Na definição do edifício, você estabelece em cada pavi- variações térmicas, o modelo de grelha, que normalmen-
mento os parâmetros que serão considerados, através te tem 3 graus de liberdade, na realidade se torna um
do AVANÇADO: pórtico espacial com 6 graus de liberdade.
As forças resultantes obtidas nos modelos dos pavimen-
tos, são transferidas ao modelo de pórtico espacial inte-
grado da estrutura completa, e são geradas diversas
combinações onde todos os esforços atuantes (Cv,
vento, variações térmicas, etc) são ponderados para ob-
termos os esforços característicos finais dirigidos ao di-
mensionamento de pilares, e uma grande envoltória de
esforços é obtida para o dimensionamento de vigas.
Não podemos esquecer de definir em todos os apoios
os correspondentes coeficientes de rigidez (coef. de
mola), principalmente os de translação X e Y:

Estas opções só estarão disponíveis em pavimentos mode-


lados com grelhas de lajes planas ou de lajes nervuradas.
Nos meus projetos, sempre começo o edifício em um pa-
vimento onde temos a região do poço do elevador, e as
demais fundações em um pavimento logo acima. Neste
pavimento, sempre temos alguma laje, e com isto conse-
guimos já adotar a definição de grelhas de lajes planas.
A definição adotada no edifício é imposta automatica-
mente na malha de barras de lajes.

http://www.tqs.com.br TQS - Tecnologia e Qualidade em Sistemas


12
TQSNEWS
Estes coeficientes são diferentes para cada elemento de Comentários suplementares respeito ao
fundação, em função da sua rigidez. conteúdo do workshop sobre interação solo-
De forma simplificada, podemos adotar coeficientes de estrutura
mola padrão, na edição de critérios gerais de pórtico, no
menu pilares> Coeficientes de mola padrão: Já falei na mensagem http://br.groups.yahoo.com/group/
comunidadeTQS/message/13312: o workshop foi realmen-
te interessante e o que é ainda mais importante: ele foi
MUITO construtivo. Pessoalmente eu gostei muito das
exposições e concordei com a postura da maioria dos
palestrantes. Em alguns dos pontos não concordei, mas
preferi não perguntar devido ao fato de o tempo ser li-
mitado e ser hora de retirarmo-nos a nossas atividades
“profanas”. Tenho a certeza de que não faltarão oportu-
nidades nas quais seja possível discutir esses pontos, e
a Comunidade TQS é sempre um excelente espaço
para isso.
Um dos pontos chaves da discussão se centrou nos
avanços das ferramentas de cálculo na área de estruturas,
e o fato indiscutível de que hoje é possível modelar as es-
truturas de maneira muito REALISTA. Em certo momento,
Se não definirmos nenhum coeficiente de mola (campos quase se culpou os engenheiros geotécnicos por não pro-
zerados), o programa considerará engastes perfeitos para porcionar os coeficientes k do solo para que possamos
cada grau de liberdade (rotação X, Y, Z, translação X,Y, Z). completar nossa representação EXATA do comportamen-
to de nossas estruturas. O engenheiro Moacir Inohue foi
Conclusão, meu caro Guilherme, você, como um “feliz mais longe ainda e diz que faltaria receber dos engenhei-
proprietário de uma versão 11”, pode hoje, deixar as ros geotécnicos os coeficientes de Young e Poisson do
suas dúvidas de lado (os famosos SE) e analisar com solo, e nós (os engenheiros estruturalistas) poderíamos,
mais profundidade o funcionamento da sua estrutura mediante nossas ferramentas SUPERPODEROSAS, fazer
considerando todos os efeitos de variação volumétrica. o modelo integrado SOLO-ESTRUTURA.
Nos meus estudos e projetos, tenho sempre procurado Eu concordo com o fato de que as ferramentas de cálculo
analisar esses efeitos e posso dizer a todos que eles permitem encarar problemas de estruturas com uma faci-
podem ser muito substanciais, geradores de fortes soli- lidade e assertividade extraordinária. Não somente con-
citações em certos tipos de estruturas. cordo com esse ponto de vista, como também me consi-
O tema VARIAÇÕES VOLUMÉTRICAS em estruturas de dero “militante apaixonado” da adoção generalizada des-
concreto armado tem me preocupado muito nos últimos sas ferramentas. Porem, desejaria alertar quanto a certos
meses e pretendo voltar ao tema em outras mensagens. perigos e ao fato de que lamentavelmente não temos ainda
motivos justificados para tanta EUFORIA. O programa, por
Um abraço a todos sofisticado que seja, segue a lei do junk in-junk out. Vou re-
Eng. Luiz Aurélio Fortes da Silva, TQS, São Paulo, SP lacionar alguns pontos delicados:
Eng. Hildebrando M. Fonseca Dantas, Alagoinhas, BA

Janeiro/2006 - nº 22
13
TQSNEWS
1. Os engenheiros de solos não poderão nos dar nunca os 4. Um modelo de todo um edifício de vários andares car-
coeficientes k da maneira que nós desejamos. Acontece regando seu peso sobre o solo é uma utopia, já que a
que o coeficiente k, mesmo sendo especifico (coeficiente carga vai se introduzindo à medida que o prédio vai sendo
de mola por unidade de área) depende da geometria da construído. Por isso a interação para parte importante da
fundação. Na realidade, uma sapata que tenha o duplo de carga é com estruturas que são os estados parciais da
área não terá o duplo de coeficiente de mola vertical; terá construção e não a estrutura final, e os esforços gerados
menos ou bastante menos. Uma sapata que tenha a na superestrutura (e também no solo) ficam invariavel-
mesma superfície que outra, mas com forma diferente mente como testemunha desse estado parcial. Ou seja,
(lado menor diferente), também terá k diferente. Todo o quem quiser ser REALISTA teria que fazer uma história no
tempo que as sapatas de um edifício sejam de dimensões tempo da construção e ir acumulando os esforços.
similares, tudo bem. Mas se tivermos sapatas grandes e Não se trata de uma postura pessimista. Muito pelo contra-
pequenas, deveríamos fazer ajustes. Na mistura de ra- rio, é com otimismo quase festivo que vejo que existem
diers (sapatões se me permitem usar esse termo) e sapa- ainda tantas coisas que exigem de nossa compreensão e
tas pequenas o assunto chega a ser muito relevante. criatividade para serem resolvidas com conhecimentos
2. O material “solo” com o qual trabalham os engenhei- sempre limitados. É ainda necessário pensar, estimar, sim-
ros geotécnicos não se deixa “engenheirizar” da manei- plificar e exigir nosso senso de compreensão para reconhe-
ra que nós fazemos com os nossos. Geralmente os pa- cer quais são os parâmetros relevantes e dar um jeito para
râmetros do solo têm variações importantes de acordo chegar a uma solução confiável, de desempenho adequado
com a cota (mesmo dentro do mesmo estrato) e de acor- e econômico. Incorporar as novas ferramentas de analise
do com o ângulo de inclinação respectivo à vertical. estrutural não significa aspirar a transformar os escritórios
Supor que o coeficiente k normal a um plano inclinado de engenharia em farmácias de manipulação de modelos
seja o mesmo que na vertical não será sempre uma boa matemáticos. Não confundamos as ferramentas com o pro-
aproximação, e mesmo sendo diferente, ele deverá tam- duto, que é o projeto. Possivelmente nesse ponto, devido à
bém variar com a cota. Depreciaremos os efeitos de fric- natureza “rebelde” da matéria com a qual mexem, os enge-
ção entre estrutura e solo? Em muitas configurações po- nheiros de solos estejam mais na real que nós. A interface
deria não ser nada depreciável, e para levar em conta, com eles é parte do sucesso dos projetos e esse encontro
deveríamos ter coeficientes suplementários de fricção. na IFE exige uma compreensão mútua das limitações e da
Se a isso somarmos os efeitos da presença flutuante da definição conjunta adequada das estratégias de projeto.
água freática: QUANTOS PARÂMETROS TERIAMOS Eng. Sergio Stolovas, Curitiba, PR
QUE PEDIR DOS ENGENHEIROS DE SOLO!!! ? ? ?
3. Meus sinceros parabéns a Moacir pelos impressio-
nantes modelos integrados de solo e estrutura. Eu tentei
construir esse tipo de modelos em casos concretos (sa- Dicas de importação de desenhos
patas de um prédio com subsolo grudado a um outro
prédio existente e com uma parede de pilotes entre eles) Caros colegas:
e cada vez que mudava o valor do coeficiente de Pois-
son a variação do resultado era inesperadamente gran- Em recente conversa com um amigo engenheiro estrutu-
de. Ou seja, que sempre que tentava interpretar os resul- ral, percebi que alguns usuários TQS ainda usam o Au-
tados dava zebra. Desisti de usar essa “metodologia tocad® para plotar plantas elaboradas no CAD/TQS.
realista” antes de entrar em “desespero”, e voltei às me- Isto pode acontecer porque alguns contratantes solici-
todologias mais “arcaicas”. tam a entrega de plantas com carimbos com fontes de

http://www.tqs.com.br TQS - Tecnologia e Qualidade em Sistemas


14
TQSNEWS
texto e/ou hachuras complexas feitas no Autocad. Em- Procure a opção para adicionar novo plotter. No progra-
bora plotar no Autocad seja um caminho, é muito mais ma usado temos o seguinte ícone:
econômico importar estes carimbos para o CAD/TQS e
plotá-los lá. Passado o trabalho de importação, o carim-
bo no formato TQS pode ser reutilizado muitas vezes.
Estou aproveitando para passar uma dica para a impor- Siga as telas do Wizard até chegar na tela de escolha do
tação de desenhos. Acredito que estas dicas já foram modelo do plotter. Nesta tela, escolha um plotter HPGL
comentadas anteriormente, mas não custa lembrar. genérico, como abaixo:
Importação via DXFs
O principal objetivo da importação de desenhos via for-
mato DXF é ler a arquitetura para o lançamento da estru-
tura. Neste ponto, os elementos gráficos importados
praticamente atendem a 100% das necessidades do en-
genheiro estrutural.
A importação de DXFs, entretanto, faz muito mais do
que isto. Desde a versão 8.2 do CAD/TQS, o leitor de
DXF reconhece estilos de linha, atributos, cotagens as-
sociativas, hatchs associativos, elementos tipo LEADER, Na tela acima, LHPGL é o Large, SHPGL Short. Escolha
LWPOLYLINE, MLINE, SOLID, SPLINE, TRACE e outros. o primeiro para obter os formatos A0/A1. Complete a
Mesmo assim, nem todas as combinações de elementos configuração especificando plotagem em arquivo, for-
e atributos do Autocad podem ser importadas (muitas mato da plotagem e atribua um nome para este plotter:
informações gráficas no DXF são interpretadas interna-
mente no Autocad). E principalmente, os fontes de texto
não são levados automaticamente.
Como fazer trazer o carimbo para o TQS quando a im-
portação do DXF não é o suficiente?
Importação via PLT
Um segundo caminho de importação é via PLT. O
CAD/TQS tem um interpretador de plotagens preparado
para plotagens vetoriais em formato TQS-HPGL2. O Au-
tocad pode ser configurado para gerar estas plotagens.
O resultado final será um desenho onde todos tipos de
hachuras e fontes de texto serão discretizados como li-
nhas facilmente importadas. Na tela, certas regiões
preenchidas parecerão apenas um conjunto de linhas
espaçadas, mas no plotter ganharão espessura e o as-
pecto esperado.
O segredo na configuração é utilizar o driver HPGL2 ge-
nérico disponível no Autocad. Vou passar um roteiro de
configuração usando uma versão recente do Autocad.
Para configurar o plotter, acione o comando abaixo ou
equivalente. Este comando pode ter outro nome (Plotter
Configuration), dependendo da versão do Autocad:
Ao plotar a folha com o carimbo, especifique este mode-
lo de plotter:

O Autocad pedirá então pelo nome do arquivo .PLT a ser


gerado. Escolha um nome e pasta de que você se lem-

Janeiro/2006 - nº 22
15
TQSNEWS
bre, preferencialmente uma do edifício onde este carim- Lajes treliças
bo será usado:
Colegas do Grupo Calculistas,
O uso de lajes treliçadas está causando uma confusão
no mercado de construção pois as fabriquetas de “fundo
de quintal” não estão fabricando-as com as exigências
da nova norma NBR 6118. A norma NBR 6118 prescre-
ve que devem ser utilizadas a normas de pré-moldados.
Mas o espírito na norma NBR 6118 não está sendo aten-
dido por aquelas normas de pré-moldados. O problema
diz respeito a duas exigências:
a. concreto de resistência elevada e fator água-cimento
baixo para diminuir a permeabilidade
b. Cobrimentos muito mais elevados do que a praxe usual.
Usualmente os flanges inferiores das lajes treliçadas são
construídos com alturas de 2,5-3 cm e o concreto com
Basta agora apontar o gerenciador TQS para esta pasta, resistência “desconhecida”.
e fazer a conversão do PLT através do menu “Plotar”: Em obras próximas à orla maritima, situação típica de
muitas capitais estaduais brasileiras, as exigências da
NBR 6118 são perfeitamente lógicas e necessárias. O
grau de agressividade é de nível III. Já vi na Barra da Ti-
juca, Rio de Janeiro, prédios recentemente construídos
com a armadura inferior toda corroída.
Não adianta espeficar, desenhar, escrever em notas que o
cobrimento deve ser elevado, e que o concreto deve ter re-
sistência e fator água-cimento diferentes do usual. Os cons-
A versão 12 possui uma facilidade adicional: o arquivo trutores e fabricantes partem da idéia de que sempre fize-
PLT é mostrado no painel direito, e basta editá-lo para ram assim e se recusam a modificar as suas formas e cons-
convertê-lo automaticamente. truir de outra forma. E o projetista sem a força de um con-
Concluindo trato de fiscalização, fica olhando a estrutura bem projetada
e mal executada intencionalmente, sem poder de veto.
Tempo é o que o engenheiro estrutural não tem sobrando
atualmente. Importar arquivos gráficos para trabalhar so- Mesmo reduzindo o cobrimento especificado na NBR
mente no ambiente TQS evita trabalhos adicionais e uso de 6118 em 1 cm (definido para eliminar variações usuais),
outras ferramentas e ambientes. O pouco tempo utilizado os cobrimentos MÍNIMOS (sem a variabilidade de 1 cm)
neste trabalho retorna rapidamente ao longo do projeto. não são atendidos, pois para isto seria necessário au-
mentar a espessura do flange das vigotas treliçadas.
Espero ter ajudado.
Realmente me dá pena ver os cobrimentos de 5 mm a 10
Um abraço mm, e muitas vezes constatar que as armaduras das lajo-
Eng. Abram Belk, TQS, São Paulo, SP tas encostam na face inferior. O proprietário, não técnico,
RK&S Eng. de Estruturas Ltda, Florianópolis, SC

http://www.tqs.com.br TQS - Tecnologia e Qualidade em Sistemas


16
TQSNEWS
não sabe o que fazer e os construtores “experimentados” Caro Marcos
dizem que sempre fizeram assim e ignoram o projeto in- O recurso da contra-flecha realmente tem sido bastante
tencionalmente. Afirmam que não encontram fabricantes utilizado, mas nem sempre de forma coerente, como fica
especializados e com formas adequadas para aumentar a claro em sua mensagem.
espessura do flange das vigotas treliçadas e que, de outra Como já disse o colega Alio: “As flechas não são calcula-
forma os custos seriam muita mais elevados. das, mas sim estimadas”. Ora, se estimarmos as flechas
O errado em tudo isto é emitir uma norma NBR 6118 já é complexo, que dirá com relação às contra-flechas.
moderna e coerente, sem modificar as normas de lajotas Uma boa indicação para utilização deste recurso é limi-
pré-moldadas e de peças em geral pré-moldadas. Toda tarmos o valor da contra-flecha a l/350. Entretanto,
uma parafernália de manuais, tabelas, cobrimentos, for- tendo a disposição um software, como o TQS, por ex,
mas, desenhos, precisa ser modificada urgentemente. que faz a análise não linear das lajes com diversos car-
Olhar as estruturas bem projetadas sendo mal executa- regamentos, tenho adotado para contra-flecha o valor
das é um trauma para o projetista. E o proprietário só da flecha devido ao carregamento do peso próprio +
terá a desagradável surpresa de ver a sua obra com pro- cargas permanentes, obtida com análise linear.
blemas de oxidação da armadura daqui a alguns 1-5 Assim, a flecha final estimada para a laje, será o valor ob-
anos E ele nem vai se lembrar dos avisos dados pelo tido com a combinação quase-permanente (g1+g2+0,3q),
projetista. acrescida da parcela diferida, menos a contaflecha obtida
com o carregamento (PP+Perm, linear), limitada a l/250.
Eng. Ernani Diaz, Rio de Janeiro, RJ
Acrescentamos que a combinação quase-permanente é
utilizada para as lajes onde não há predominância de pesos
de equipamentos que permanecem fixos por longos perío-
dos de tempo, ou de elevada concentração de pessoas.
Contra-flechas em lajes treliçadas Eng. Carlos Roberto Santini, Itapeva, SP

Colegas,
Caros Marcos e Santini
As contra-flechas estão sendo bastante utilizadas no
projeto de lajes treliçadas. Porém, as contra-flechas re- Penso que você está certo, Santini: É exatamente isso
duzem apenas a deformação final em relação ao nível que eu sempre fiz e sempre deu certo.
da laje. A deformação absoluta será a mesma, com ou Mas falta um aviso para os menos experientes e isso me-
sem contra-flecha. Assim, para que a contra-flecha rece uma pequena história: Nos idos de 1979 (ou 1980,
seja realmente eficiente, acredito que deve ser levada não me lembro bem), o saudoso Prof. Aderson Moreira
em conta a cronologia dos carregamentos, para que da Rocha, em breve passagem por São Luís, contou
paredes e pisos sejam executados após a laje já ter so- numa palestra que, ao verificar um projeto de engenheiro
frido uma parcela considerável da deformação. A novo, encontrou uma indicação de contra-flecha de 2,34
minha dúvida é exatamente como definir estas etapas cm. Quatro décimos de milímetro em obra civil de con-
de carregamento para a execução da obra. A não-ob- creto armado é fogo. Segundo o professor, o cara acha-
servância destas etapas de carregamento pode provo- va que estava calculando rota de foguete espacial.
car fissuras nas paredes e nos pisos, mesmo que a de- Eu sempre aproximo as contra-flechas para múltiplos de
formação final da laje (com contra-flecha) atenda aos li- 0,5 cm.
mites da NBR 6118:2003? Abraços
Eng. Marcos Pereira Pinto, Salvador, BA Eng. Antonio Palmeira, São Luís, MA

NEM TUDO É PARA BAIXO! PROGRAMA FAZ TUDO

– Subir o preço dos projetos porque dá muito trabalho? Mas


– Acho que essa sua obsessão por lajes sem deformação fez você mesmo me disse outro dia que havia comprado um
com que você errase a mão nos cabos! programa que fazia TUDO?
Eng. Sérgio Santos, Fortaleza, CE Eng. Sérgio Santos, Fortaleza, CE

Janeiro/2006 - nº 22
17
TQSNEWS
Patologia em piso cerâmico umidade relativa do ar), identificaram que, após 2 anos de
exposição, só 30% da água que podia evaporar-se tinha de
Colegas, fato evaporado. E pois como vê um fenômeno lento.
Estou avaliando uma patologia no piso cerâmico de um co- V. associa o fenômeno às deformações (flechas) do piso.
légio. A cerâmica está “descolando” em vários trecho. A es- Eu estou à distância e não tenho como avaliar sua sus-
trutura do colégio é toda pré-moldada. As lajes são do tipo peição, que pode bem estar correta. Mas, pela minha
treliçada com EPS. O vão livre das lajes, na menor direção, experiência e pelo jeito com que v. descreveu o fato,
é de 7 m. Para este vão foi utilizada uma laje TR 21(16+5). tenho boas razões para acreditar que essa versão acima
Vocês têm utilizado esta espessura de laje para este vão e tem boas chances de explicar seu problema.
nível de carregamento? Porém o que mais intriga é que este Abraços,
problema ocorreu em salas de aula que não estavam sendo
utilizadas, ou seja, onde não havia carga acidental atuando Eng. Antonio Carlos Reis Laranjeiras, Salvador, BA
que pudesse provocar maiores deformações na laje. A
construtora está alegando que o problema foi ocasionado Sobre a influência da retração em lajes com pisos cerâmicos é
justamente pela falta de utilização das salas. A construtora sem dúvida um fator importante no problema de desprendimen-
se baseou em um estudo do Building Research Establis- to, como explicou muito bem o prof. Laranjeiras. Vejamos quais
hment, segundo o qual há uma amplificação dos efeitos de as deformações em jogo e tentemos qualificá-las e quantificá-
variação térmica na estrutura em ambientes fechados. Al- las. Depois de algum tempo (3 anos), o concreto retrai e se de-
guém já passou por alguma situação parecida? Como ava- forma também por fluência.
liar o efeito da variação térmica na estrutura?
A deformação de retração pode-se assumir (depende da
Eng. Marcos Pereira Pinto, Salvador, BA
cidade) como sendo 0,00010 e o coeficiente de fluência
1,5 (variável).
Marcos, Numa laje de grande vão, 7 m, as tensões no concreto
O descolamento de pisos cerâmicos está associado, em em serviço devem ser altas (deve ser feito um cálculo do
grande número de casos, aos encurtamentos com o estádio II).
tempo (retração hidráulica) da argamassa sobre a qual Aproximadamente podemos assumir em serviço que a
foram assentados. Quando os ladrilhos ou lajotas cerâ- tensão no concreto seja de 0,85*20000/1,4/
micas estão assentados sem juntas entre si, esses en- 1,4=8673kPa para um fck = 20 MPa. Como as cargas
curtamentos promovem esforços sobre esses elemen- acidentais não devem estar sendo aplicadas, adotare-
tos, levando-os ao descolamento. Realmente, como a mos uma tensão de 6000kPa.
base em que se assentam adquiriu um comprimento
menor com o encurtamento da argamassa, só lhes resta Depois da instalação das placas e com um fator de
encurvar-se para cima, descolando. fluência de 1,5, a deformação adicional no concreto (ou
na placa) pode ser 6000/30000000*1,5=0,00030.
V. observa com propriedade:
Ou seja, a deformação de fluência pode ser 3 vezes mais
“Porém o que mais intriga é que este problema ocorreu em
alta do que a retração (vai depender do caso em questão
salas de aula que não estavam sendo utilizadas.” De fato,
e do local da estrutura). Cálculos devem ser feitos para
o tráfego de pessoas sobre pisos cerâmicos que tendem a
avaliar quais as tensões no concreto para as cargas per-
elevar-se sob efeito do fenômeno acima descrito tende a
promover a separação entre os elementos cerâmicos, es- manentes, determinar o tempo desde a construção e
tabelecendo descontinuidades que antes não existiam. A quando as placas foram instaladas, calcular a retração e
minha experiência pessoal coincide bem com essa sua a fluência (função de inúmeros parâmetros), determinar o
observação: as áreas de descolamento são preferencial- Ec e examinar onde os descolamentos se manifestaram.
mente as áreas menos pisoteadas, que se situam nos can- Embora sejam importantes as deformações de retração,
tos ou setores não acessados pelas pessoas. Ao fazer o que quero evidenciar é que as deformações de fluên-
uma inspeção para identificar possíveis áreas de descola- cia não devem ser desprezadas, já que normalmente
mento, é possível transformar a inspeção em medida cau- elas são significativas.
telar, preventiva, pois pisando, separamos os elementos e
evitamos a elevação brusca do revestimento cerâmico. Eng. Ernani Diaz, Rio de Janeiro, RJ

É freqüente que o fenômeno, nessas áreas, se dê brus-


camente, acompanhado de ruído, algumas vezes com
fraturas dos elementos cerâmicos.
Armadura negativa em beirais
V. poderá perguntar se esses encurtamentos levam real-
mente tanto tempo para se integralizar, já que esse fenôme- Aos amigos da Comunidade TQS,
no ocorre, muitas vezes, após anos de uso do piso. Eu res-
ponderei afirmativamente, pois a retração hidráulica é um O projeto estrutural deve conter os detalhes das arma-
fenômeno lento, e a depender da exposição (ou da prote- duras negativas dos beirais das lajes pré-moldadas. Ou
ção contra a evaporação da água de amassamento) pode a empresa que forneceu as lajes deve se responsabilizar
levar muitos anos para ser capaz de descolar o piso. Para por estes detalhes?
v. ter uma idéia relativa, ensaios feitos com placas de con- Atenciosamente
creto de 60 cm de espessura, inteiramente expostas nas
suas duas faces, em ambiente relativamente seco (50% de Henri F. Legriffon, Maringá, PR

http://www.tqs.com.br TQS - Tecnologia e Qualidade em Sistemas


18
TQSNEWS
Caro Henri, como é que certos engenheiros calculam as cargas
Na minha opinião, o projetista estrutural deve especificar somente com este procedimento, pois se a empresa
a laje por completo. Só ele pode compatibilizar a laje fabricante calcular as lajes como contínuas, as cargas
com as hipóteses de dimensionamento que adotou no podem ser muito diferentes. Em certos casos o proje-
projeto. É prática do mercado, principalmente em edifi- to (formas e vigas) já está detalhado e aí o proprietário
cações de pequeno porte, deixar por conta do fabrican- é que vai procurar o fornecedor das lajes, sem falar em
te de lajes essa especificação. altura e tipo de enchimento. A minha opinião é que o
autor do estrutural deve desenvolver todo o projeto,
Particularmente, especifico minhas lajes, detalho as ar- inclusive planta de montagem e escoramento.
maduras necessárias e exijo que o fabricante cumpra as
especificações. Dá mais trabalho, mas evito as surpre- Espero ter ajudado.
sas desagradáveis e irresponsabilidades que tenho visto Eng. Mario G. Ritter e Eng. Ederson R. Antonini, Chapecó, SC
no mercado.
Um abraço, Prezados Henri, Afonso e caros colegas.
Eng. Marcos Monteiro, São Paulo, SP Recentemente fomos abrilhantados por uma execelente
palestra a respeito de lajes treliçadas promovida pela
Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Médio Vale
Caro Henri,
do Itajaí, em parceria com a Toniolo Pré-Moldados,
Vou compartilhar minha experiência pessoal no assunto: Puma e Tecnocell.
Por muito tempo, julguei competência de nós, calculis- Na ocasião, tivemos a oportunidade de manifestar nossa
tas, esse dimensionamento, mas deparei-me, para as opinião a respeito deste assunto, concordantes plena-
obras de pequeno ou médio porte, com uma defasagem mente com as opiniões do Afonso e do Marcos Montei-
brutal com o que o mercado oferta. ro expressadas nesta comunidade.
Em uma porcentagem alta, as “especificações” dos forne- O projeto estrutural deve contemplar o detalhamento de
cedores não coincidiam com o projetado (ainda que valen- todas as peças, ficando a cargo da empresa de pré-mol-
do-se de programas consagrados de mercado que os pró- dados a fabricação.
prios fabricantes de laje alegam utilizar!). Em particular as
armaduras negativas! (Aliás, já reparou que a maioria dos Alguns problemas estão ocorrendo exatamente pelo ex-
fabricantes de lajes padronizam os detalhes de negativos, cesso de simplificações na fabricação das lajes, sem o
independentemente de cargas, vãos, espessuras, etc.?). controle do projetista da estrutura.
Como agravante, não raro tinha minha competência ques- Mesmo reconhecendo a boa vontade dos fabricantes
tionada pelo “fabricante” de lajes pois “eles só fazem isso, de armaduras treliçadas (Puma, Gerdau, etc) que, num
tem mais de 20 anos de experiência, nunca tiveram ne- esforço de “popularizar” o produto, colocam à dispo-
nhum ‘pobrema (sic) e nunca viram isso antes! (projeto)”. sição do mercado programas para cálculo dessas ar-
A isso some-se o “preço especial para se fabricar sob en- maduras, temos de concordar que essas ferramentas
comenda” que fica fácil imaginar a posição do proprietá- são muito limitadas e não reproduzem o comporta-
rio/empreendedor, até porque eles fornecem a “ART”. mento estrutural. Mesmo que o programa preveja o
funcionamento da laje como nervurada e armada nas
Bom, pintei deliberadamente um quadro com cores for- duas direções, não contempla o funcionamento em
tes, mas que mostra, generalizando, a enorme lacuna
grelha de todo o pavimento e o comportamento não-li-
técnica que existe nesse segmento.
near adequadamente.
Atualmente, elaboro os projetos (de maior responsabili-
Nas lajes mais simples, a coisa até que funciona, mas
dade) onde ocorrem lajes pré-moldadas em parceria com
em outras, o que se verifica são deformações e fissura-
alguns fornecedores sérios que conheço, até por questão
ções inesperadas. Além disso, tem o fato de o produto
de respeito profissional, pois são empresas que têm res-
final do projeto estrutural (e a laje é uma grande parcela
ponsável técnico competente, responsabilizam-se pelo
deste produto) ficar fora do controle do projetista.
que fornecem e têm nível técnico para discutir engasta-
mentos, momentos torsores, deformações, concentra- Depois do advento do módulo de lajes treliçadas do
ções e/ou distribuição de cargas e, por serem especialis- TQS, não admitimos mais que um projeto estrutural
tas no assunto e saberem da realidade de mercado, sem- nosso, quando em lajes treliçadas, saia sem o devido
pre se mostram mais competentes para sugerir soluções! detalhamento das treliças. Naturalmente que não dis-
pensamos a estreita colaboração de fabricantes sérios
Vamos ouvir outras opiniões!
(na nossa região temos a Toniolo, por exemplo).
Um forte abraço
Abraços.
Eng. Afonso Pires Archilla, Sorocaba, SP
Eng. Luiz Carlos Cabral, Blumenau, SC

Prezado Colega Henri,


Colegas,
Nos projetos desenvolvidos em nosso escritório, apre-
É exatamente isso que escreveu o colega Afonso Archil-
sentamos o detalhamento completo. No entanto, ainda
la. Também tenho tido muito problema com lajes com-
se vêem muitos projetos com apenas a indicação do
pradas na quitanda da esquina. Mas o pior de tudo é
sentido da treliça ou da vigota pré-moldada. Não sei

Janeiro/2006 - nº 22
19
TQSNEWS
que, pelo menos por aqui, o CREA fiscaliza essas fabri- Prezado Archilla:
quetas de fundo de quintal e, pasmem, estão todas le- O seu segundo parágrafo (e sei que não foi esta sua inten-
galizadas, com responsável (???) técnico e tudo o mais. ção) me assusta, pois pode dar a entender (... julguei com-
O que fazer, se os caras vendem baratinho? petência nossa, mas ...) que hoje não é mais competência
do calculista o dimensionamento, o que não é possível acei-
Abraços
tar. Vejo que a intenção correta é dizer que, permanece esta
Eng. Antonio Palmeira, São Luis, MA responsabilidade mas o mercado, erradamente, aceita e dá
espaço para o “dimensionamento” errado e padronizado,
dos próprios fabricantes, o que é simplesmente ... ilegal.
Caro Henri e demais colegas da comunidade,
Atenciosamente,
Também sou a favor de que o projeto das lajes pré-mol-
dadas seja fornecido pelo engenheiro estrutural da obra. Eng. Egydio Hervé Neto, Porto Alegre, RS
É cada macaco no seu galho:
Projeto estrutural >> calculista Caro Egídio,
Fabricação de laje >> fabricante de laje Você tem razão! De fato, esse parágrafo dá a entender,
Além dos problemas relatados pelos colegas nos e-mails num primeiro instante, que estaria admitindo não ser
anteriores sobre a incompatibilidade do projeto estrutu- mais minha (nossa) essa responsabilidade.
ral (vigas e pilares) com o projeto da laje pré-moldada Não fui claro ao expor que houve um período em minha
(isolada), temos o GRANDE problema, que é a concor- vida profissional onde questionei também, tal qual a per-
rência desleal no mercado. Em um mesmo projeto obte- gunta do Henri Legriffon, se seria realmente nossa essa
remos (com certeza!) inúmeras soluções de lajes, muito responsabilidade.
delas ARROJADAS (leia-se com pouca armadura e/ou
Creio que, no parágrafo final, deixo claro que esse dimen-
altura), e infelizmente estas quase sempre vencem a ba-
sionamento e detalhamento é feito nos projetos e hoje
talha pela venda do seu produto.
faço-o em parceria (ou co-responsabilidade) com profis-
Agora, se o projeto detalhado chegar ao fabricante de sionais e/ou empresas sérias e competentes do ramo.
laje A, B ou C, as lajes deverão ficar com preço muito
próximo uma da outra, e sua responsabilidade será a de Aproveito a oportunidade para descatar o profissionalismo
fornecer seu produto de acordo com o projeto e com ma- e competência de empresas como a própria TQS (um forte
teriais de qualidade. A “disputa” ficará mais equilibrada. abraço, Nelson!), a Toniolo, a Puma, a Tatu, a Imperial, entre
outras que sempre mostraram-se parceiras e prestativas.
Não estou querendo com isso anular os projetos realiza-
dos pelos bons fabricantes de lajes, pois muitos pos- Não obstante, reitero também meu verdadeiro espanto
suem ótimos conhecimentos teóricos e práticos, rotinas pela grande quantidade de empirismos e empresas “de
de cálculo etc, mas este conhecimento deveria ser com- fundo de quintal - com responsável técnico e ART” pre-
partilhado com os engenheiros estruturais e vice-versa. sentes em nosso meio, corroboradas pela grande quan-
tidade de colegas nossos que “lavam suas mãos” para
Pode ter um pouco de utopia neste meu comentário, esses dimensionamentos e especificações!
mas acredito que seria o caminho ...
Grato por sua atenção!
Saudações,
Um forte abraço
Eng. Alonso Droppa Júnior, Curitiba, PR
Afonso Archilla, Sorocaba, SP

http://www.tqs.com.br TQS - Tecnologia e Qualidade em Sistemas


20
DESENVOLVIMENTO TQSNEWS

Terminamos o desenvolvimento da versão 12, que através do endereço www.tqs.com.br/v12. A versão 12


já começou a ser comercializada. Caso haja dos sistemas CAD/TQS está pronta. Os ajustes
interesse, entre em contato com nosso na versão ao longo do ano, da mesma maneira que na
departamento comercial (comercial@tqs.com.br). versão 11, poderão ser baixados através de nosso
É possível assistir todas as implementações on-line, site na Internet.

Escadas Neste modelo, os elementos do pavimento atual que re-


cebem carga de elementos inclinados vindos do piso su-
Completamos o sistema Escadas - TQS de dimensiona- perior são carregados com suas reações, lidas da grelha
mento, detalhamento e desenho de escadas com diver- processada do piso superior:
sas opções de modelagem. A complexidade na simula-
ção das ligações entre pisos diferentes na grelha (ou
pórtico) espacial nos levou a criar dois modelos de bar-
ras alternativos, cada um com suas vantagens.
Considerando-se que o refinamento do modelo pode ser
excessivo para muitos projetos, desenvolvemos também
um sistema simplificado e independente, que não ne-
cessita de lançamento de elementos inclinados através
do Modelador Estrutural, e que permite dimensionar e Muitas vezes somente a transferência de reações e as
detalhar lance a lance de escadas tipo padrão, seguindo condições de contorno não são suficientes para simular
o modelo tradicional de cálculo. a continuidade com os elementos inclinados. Para
maior precisão nos esforços, temos uma segunda
Escadas na grelha do pavimento opção de modelagem, onde parte destes pisos também
Para discretizar escadas junto com a grelha do pavimen- é discretizada:
to, é necessário lançá-las através do Modelador Estrutu-
ral. No Modelador, escadas são constituídas pelos lan-
ces e seu contorno de vigas, lajes, pilares, vigas inclina-
das e fechamentos de bordo.

Temos agora duas opções de discretização do pavimen-


to considerando escadas. A primeira opção, mas sim-
ples e rápida, considera exclusivamente os elementos
pertencentes ao pavimento e fecha o modelo com cer-
tas condições de contorno: Neste modelo, lances e patamares do pavimento têm
esforços melhor compatibilizados com os elementos nos
pavimentos superior e inferior.

Escadas por processo simplificado


Se as escadas de um projeto forem convencionais (retas
e com vãos pequenos) e não contribuírem significativa-
mente na rigidez da estrutura, poderemos calculá-las
pelo processo simplificado. Um único módulo do siste-
ma Escadas - TQS permite calcular esforços (através do
CAD/Lajes), dimensionar, detalhar e desenhar escadas
por processo simplificado.
A operação deste processo é feita através de um único
programa, que, com o preenchimento de dados em uma

Janeiro/2006 - nº 22
21
TQSNEWS
sequência de cinco janelas, termina com um desenho de A carga é feita dentro do grupo “Tabelas de excentricida-
armação de escadas completo. des e forças impostas”, da janela de “Cargas, Vento” do
editor de dados do edifício:

Podem ser definidas escadas padrão de um ou dois lan-


ces, com apoio em patamar ou direto em viga. A vincula- Os dados importados são as componentes separadas
ção para cálculo dos patamares e lances é controlável tre- Fx, Fy e Mz atuando em cada piso do edifício de cada
cho a trecho, que pode ser engastado, articulado ou livre: direção de vento ensaiada.

O dimensionamento de degraus e espelhos da escada O formato de importação de dados é do tipo delimitado,


são feitos pela mesma calculadora usada no Modelador. podendo ser gravados a partir de qualquer planilha ele-
O cálculo de esforços é feito através do CAD/Lajes trônica contendo os dados coletados no ensaio.
usando as tabelas de Czerny. As armaduras geradas são
mostradas pelo programa de cálculo, podendo ser alte-
radas antes do desenho final: Edifícios com juntas ou torres separadas

Agora nos edifícios com juntas de dilatação ou formados


por torres separadas, o carregamento de vento por piso
pode ser feito independentemente para cada região es-
trutural independente. Basta marcar esta opção na jane-
la “Modelo” dos dados do edifício. Edifícios nesta condi-
ção terão a estabilidade global verificada obrigatoria-
Carregamento de túnel de vento mente pelo processo P-∆.
Facilitamos a importação de dados produzidos por en- Uma vez que o vento pode interagir com as torres de
saio em laboratório de túnel de vento. Em alguns proje- maneira não trivial, o modelo gerado pelo sistema natu-
tos pioneiros, fizemos importação de dados produzidos ralmente é uma simplificação. Parece-nos uma boa
no Laboratório de Aerodinâmica das Construções (LAC) oportunidade para o ensaio de túnel de vento...
da UFRGS.

http://www.tqs.com.br TQS - Tecnologia e Qualidade em Sistemas


22
TQSNEWS
Visualizador de projetos Menus laterais
O visualizador de projetos TQS permite que o engenhei- Tanto o gerenciador quanto os editores gráficos podem
ro estrutural usuário dos sistemas CAD/TQS exporte ar- agora trabalhar com menus laterais, que facilitam o
quivos de projeto para serem visualizados e impressos acesso aos comandos:
ou plotados por seu contratante. O contratante não pre-
cisa ter os sistemas CAD/TQS instalado, nem é neces-
sário nenhum tipo de chave externa.
Além dos arquivos gráficos usuais, como DWG, DXF,
PLT-HPGL2, BMP, JPG e WMF, podem ser exportados
também arquivos de listagem LST e HTML (o resumo es-
trutural e outros).
O novo comando de exportação de projetos abre uma
janela cuja interface é semelhante ao comando de com-
pactação de edifícios:

Os menus laterais são uma reprodução dos menus su-


periores do gerenciador e editores gráficos. Os coman-
dos disponíveis alteram-se dinamicamente com os
menus escolhidos. A vantagem dos menus laterais é que
tornam visíveis todos os comandos disponíveis, sendo
mais fáceis de acionar do que os menus convencionais.

CAD/Vigas

Armadura lateral
A rotina de cálculo e detalhamento da armadura lateral foi
refeita. Agora a armadura é detalhada com mais precisão
e com melhor representação. Em geral, a quantidade de
armadura lateral foi reduzida, resultando em um projeto
mais econômico. Algumas modificações introduzidas:
Uma vez exportado e gravado em CD, pode ser visuali-
zado pelo contratante com uma interface semelhante ao Detalhamento da armadura lateral por vão
gerenciador TQS, com a árvore do edifício e arquivos:
Este é o novo padrão de detalhamento e desenho. Esta
nova modalidade é importante para o dimensionamento
da viga a flexão composta normal. A figura abaixo ilustra
esta representação.

O visualizador entra automaticamente (dependendo de


configuração do Windows) após colocado o CD, em
qualquer computador com ou sem o CAD/TQS instala-
do. Os arquivos podem ser plotados nos dispositivos de
saída disponíveis na máquina do contratante.

“Não se arrisque nem perca seu dinheiro:


contrate um engenheiro”.
Autor: Eng. Luiz Otavio B. Livi

Janeiro/2006 - nº 22
23
TQSNEWS
Determinação de espaçamento das armaduras Vigas de compatibilidade
O espaçamento mínimo entre duas barras da armadura late- Uma das antigas solicitações dos nossos usuários era a
ral é limitado a 8 cm. A seleção da bitola da armadura lateral de prever o detalhamento de vigas “em corte”. Nesta
foi alterada e consulta tanto as bitolas preferenciais como as versão 12 do Cad/Vigas, fizemos isto de uma forma indi-
demais bitolas da tabela de cisalhamento. Se mesmo com a reta e mais adequada: o usuário define a viga como
máxima bitola o espaçamento entre barras resulta menor sendo de “compatibilidade” de deslocamentos e atribui
que 8 cm, é selecionada a bitola fictícia de 50 mm e o aviso a esta viga as armaduras que ele acha mais convenien-
de “IMPOSSIVEL DIMENSIONAR” é emitido. Exemplo: tes para o detalhamento e desenho.
As vigas de compatibilidade NÃO possuem as armadu-
ras calculadas pelo Cad/Vigas. As armaduras são defini-
das diretamente pelo usuário, sendo elas: armadura de
flexão positiva e negativa, cisalhamento e lateral.

Dimensionamento a flexão composta normal


Neste dimensionamento, quando a viga possui força Legenda no relatório geral
normal de tração ou compressão, verifica-se se as arma- O relatório geral do Cad/Vigas agora ganhou uma legen-
duras existentes na viga atendem às solicitações de fle- da especial conforme se lê abaixo:
xão composta normal. Caso esta condição não seja sa- GEOMETRIA
tisfeita, a armadura lateral (vão a vão) da viga é aumen- Eng.E : Engastamento a Esquerda
tada para uma bitola “acima” e a viga é novamente veri- Eng.D : Engastamento a Direita
ficada. E assim é feito sucessivamente. O relatório desse Repet : Repeticoes
dimensionamento é como o emitido abaixo: .....
ARMADURAS - FLEXAO
SRAS : Secao Retangular Armad.Simples
SRAD : Secao Retangular Armad.Dupla
x/d : Profund. relativa da Linha Neutra
........
ARMADURAS - CISALHAMENTO
MdC : Modelo de Calculo (I ou II)
Ang. : Angulo da biela de compressao
Aswmin : Armad.transv.minima-cisalhamento
Asw[C+T] : Arm.tran.calculada cisalh+torcao
.......
ARMADURAS - TORCAO
%dT : % limite de TRd2 para desprezar o M de torcao (Tsd)
he : Espessura do nucleo de torcao
b-nuc : Largura do nucleo
h-nuc : Altura do nucleo
........

http://www.tqs.com.br TQS - Tecnologia e Qualidade em Sistemas


24
TQSNEWS
Torção - adaptação plástica G-Bar OR
Conforme o item 17.5.1.2 da NBR 6118:2003, quando
a torção não for necessária ao equilíbrio, caso da tor-
ção de compatibilidade, é possível desprezá-la desde
que o elemento estrutural tenha a adequada capacida-
de de adaptação plástica. Para garantir um nível ra-
zoável de capacidade de adaptação plástica, deve-se
respeitar a armadura mínima de torção e limitar a força
cortante, tal que:
Vsd <= 0.7 VRd2.
Esta condição acima é a abertura da possibilidade ao
engenheiro estrutural para desprezar os esforços de tor-
ção devido à torção de compatibilidade. O Cad/Vigas
realiza as prescrições acima desde que o vão desejado
da viga, ou a viga toda, seja definida no Modelador Es-
trutural como necessária à verificação da capacidade de Tela principal do G-Bar OR
adaptação plástica. No modelador estrutural, temos a Originário da antiga versão Corbar-DOS, o G-Bar OR para
seguinte tela para esta definição: Windows é hoje um software completo para gerenciamen-
to da produção de armaduras para os elementos estrutu-
rais incluindo elementos armados. O sistema é multiusuá-
rio e poderá ser utilizado em um ambiente distribuído ge-
rando informações centralizadas de quantitativos para to-
madas de decisões ou para outros programas administra-
tivos. São inúmeras ferramentas gráficas parametrizáveis,
como, por exemplo, o editor de formatos e o editor de ele-
mentos armados. Alguns módulos acessórios, tais como,
planilhadores off-line, orçamento, sistema de backups e
exportação facilitam a integração com outros sistemas.

No relatório geral do Cad/Vigas, é mostrado o cálculo da


torção na viga mesmo com o valor de momento de tor-
ção Tsd próximo de zero. Parte do relatório geral é apre-
sentado abaixo:

Mesmo com o valor de Tsd praticamente igual a zero, a


armadura mínima de torção é apresentada e detalhada,
Editor genérico de formatos
significando que este vão da viga está sendo projetado
para ter a adequada capacidade de adaptação plástica.

G-Bar OR e G-Bar IGV


O gerenciamento e o reaproveitamento do aço de
construção civil nas centrais de corte e dobra têm im-
portância vital para a sobrevivência destas empresas
em um mercado tão competitivo. A TQS vem desenvol-
vendo, ao longo dos anos, soluções para este ramo da
construção civil e hoje, em parceria com a Planear En-
genharia, oferece soluções de gerenciamento de barras
(G-Bar) e de Integração entre o CAD/TQS e outros sis-
temas de planilhamento (G-Bar IGV), ferramentas po-
derosas e inovadoras que trazem retornos substanciais
a essas centrais de corte e dobra. Objetivamente, cita-
remos algumas funcionalidades dos dois softwares. Editor genérico de elementos padronizados (armados)

Janeiro/2006 - nº 22
25
TQSNEWS
O G-Bar OR possui um módulo específico de orçamen- são selecionadas na árvore gerenciadora. Recursos
to onde é possível a geração de relatórios completos como edição de posições não geradas digitalmente cor-
sobre uma transação de venda em frentes de caixas. A retas (Troca de Formato, Bitola, Comprimentos, Quanti-
geração de guias auxiliares detalham os planilhamentos dades, etc), estatística de importação e exportação para
das posições de um projeto e possibilitam a inserção de avaliação do nível de efetividade do software, geracão
insumos de mão de obra para a prestação de serviços; de relatórios genéricos, cadastro de projetistas tornam o
além disso o usuário poderá gerar novos relatórios pelo software um aliado poderoso aos planilhadores.
modelador genérico.

O ambiente gráfico é amigável e possui funções para vi-


sualizações de arquivos no formato PLTs e DWGs, como,
por exemplo, Zoom All, Pan, Zoom Window, além de
permitir aos usuários inserir verificações nas posições e
nos elementos importados digitalmente que poderão ser
usados na exportação.

Tela de orçamento Interação Solo-Estrutura - SISEs


Com o G-Bar OR poderão ser levantadas informações Continuamos o desenvolvimento do SISEs (Sistema de
gerenciais, tais como: bitola média, otimização e ordens Interação Solo-Estrutura). Toda a programação já foi rea-
de cortes inteligentes para redução de perdas, planilha- lizada, a integração entre os inúmeros programas tam-
mentos, tabelas de ferros por plantas, resumo de perdas bém foi concretizada e estamos na fase de testes reais e
por central e estoque de pontas por central. profissionais para a implantação nos clientes pioneiros.
Neste desenvolvimento contamos com a colaboração
G-Bar IGV
de dois importantes engenheiros, Valério S. Almeida,
doutor pela Escola de Engenharia de São Carlos e Ricar-
do Iwamoto, mestre pela mesma escola.
Com a geração adequada e automática dos carregamen-
tos de uma estrutura pelo MGC (Mecanismo Gerador de
Carregamentos) dos sistemas CAD/TQS, dezenas e até
centenas de combinações de carregamentos são criadas,
processadas e enviadas ao geotécnico para a elaboração
do projeto de fundações. Este elevado volume de infor-
mações, embora correto do ponto de vista técnico, conti-
nua trazendo problemas para o engenheiro geotécnico na
elaboração do projeto dos elementos de fundações.
A filosofia básica do SISEs consiste no seguinte:
1. O arquivo básico lançado pelo engenheiro estrutural
Tela principal do G-Bar IGV
envolvendo a geometria e os carregamentos é passa-
O software G-Bar IGV é pioneiro na importação de dese- do ao engenheiro geotécnico.
nhos de armaduras advindas de um software para cálculo 2. O engenheiro geotécnico alimenta no sistema as res-
estrutural. Com o auxílio do G-Bar IGV é possível efetuar a pectivas sondagens realizadas no terreno.
leitura digital de projetos criados no CAD/TQS, consistir as 3. É selecionado o tipo de fundação (rasa, profunda, etc)
informações sobre as diversas posições que compõem mais adequado para o projeto.
uma planta e criar arquivos de exportações para outros
softwares planilhadores, como, por exemplo, o G-Bar OR. 4. As dimensões dos elementos de fundação (sapatas,
radier, estacas, tubulões, etc.) são pré-dimensionados
Assim como o G-Bar OR, o G-Bar IGV, trabalha em am- de maneira aproximada.
biente distribuído podendo ter até 100 pontos de cone- 5. Estes elementos são lançados no SISEs junto aos res-
xão simultâneos. pectivos pilares.
A separação dos elementos de forma hierárquica mos- 6. São selecionados critérios de projeto para a simula-
trando suas respectivas posições facilitam a identifica- ção da presença do solo junto aos elementos de fun-
ção de erros de projetos, pois, através da mesma é pos- dação (capacidade de carga em estaca, métodos
sível visualizar em tempo real essas posições conforme para cálculo de recalques em sapata etc).

http://www.tqs.com.br TQS - Tecnologia e Qualidade em Sistemas


26
TQSNEWS
7. São calculados os CRV’s (coeficiente de reação verti- O diagrama de resistência estaca-solo pode ser estima-
cal) e CRH’s (coeficiente de reação horizontal) em do pelo método semi-empírico AOKI-VELLOSO ou DE-
cada ponto discretizado da fundação e anexados ao COURT-QUARESMA com dados do número de SPT, o
modelo estrutural da fundação. perfil do solo e o tipo de estaca utilizada.
8. O SISEs cria um novo modelo estrutural contendo As cargas de um grupo de estacas que transmitem ao
toda a superestrutura em conjunto com os elementos terreno serão discretizadas num sistema estaticamen-
de fundação discretizados convenientemente. Este te equivalente de cargas concentradas, segundo o mé-
novo modelo é resolvido. todo AOKI-LOPES, cujos efeitos, recalques obtidos
9. O engenheiro geotécnico analisa os resultados para pela equação de MINDLIN, são superpostos nos pon-
todas as condições de carregamentos (alfanuméricos tos em estudo para estimar os recalques do grupo de
e/ou gráficos) para verificar a adequação dos elemen- estacas.
tos de fundação adotados.
Para simular melhor a realidade do maciço de solo, que
10. Se necessário, ajustes nos elementos de fundação apresentam várias camadas de diferentes características
são realizados e o processo é refeito até que a solu- e a existência da camada indeslocável, utiliza-se proce-
ção desejada do ponto de vista de pressões, recal- dimento de STEINBRENNER.
ques, geometria seja atingida.
A análise da interação do sistema estrutura - solo será
Vamos dar ênfase nesta edição ao desenvolvimento do feita através dos ajustes das rigidezes de fundações
sistema de estacas. pelo processo iterativo até que ocorra uma certa con-
Será apresentado um modelo de comportamento mecâ- vergência nos recalques ou nas reações. Com isso,
nico da interação entre a estrutura e o solo com funda- procura-se chegar ao modelo de análise integrada da
ções profundas em estacas ou tubulões. No modelo de estrutura e o solo, possibilitando uma melhor estimati-
transferência de cargas em estacas, admite-se que a va dos recalques diferenciais e reações nos apoios,
parcela de carga na ponta da estaca só é despertada assim como a redistribuição dos esforços nos elemen-
após a total mobilização da resistência lateral do fuste tos estruturais com o comportamento mais próximo da
(comportamento não-linear no diagrama carga x recal- realidade da interdependência dos esforços entre a
que) seguindo os princípios de VESIC e AOKI. estrutura e o solo.

Sistema estrutura + maciço de solo


Estrutura = superestrutura + elementos de fundação Modelo gerado - estacas e superestrutura

Modelo de estaca com molas verticais Modelo das estacas discretizadas e vínculos

Janeiro/2006 - nº 22
27
TQSNEWS

Diagramas de momento fletor, força normal e deslocamentos


nas estacas Lançamento de vigas - entrada de dados

Fundação com estacas variáveis - modelo 3D, discretizado e


momentos fletores Planta geral de vigas - entrada de dados

Tubulão - entrada de dados

Estacas inclinadas - entrada de dados

Estacas barrete - entrada de dados Modelo gerado - tubulões e superestrutura

http://www.tqs.com.br TQS - Tecnologia e Qualidade em Sistemas


28
TQSNEWS

Pressões no solo - cargas permanentes e acidentais Vista 3D - sapatas isoladas, associadas, tubulões e superestrutura

Planta geral da fundação - sapatas isoladas, associadas e tubulões Recalques - cargas permanentes e acidentais
Disegno Eng. Proj. SC Ltda, Santos, SP

Janeiro/2006 - nº 22
29
CLIENTES V.11 TQSNEWS
É com muita satisfação que prosseguimos com a Os clientes que já foram citados em edições
lista de clientes que já atualizaram suas cópias dos anteriores não estão sendo relacionados abaixo.
sistemas CAD/TQS, para a versão 11 (NBR 6118:2003).

Iltruk Proj. & Com. Técnica Cial Ltda (Eng. Coelho, SP) Estrucalc Eng. Associados Ltda (São Paulo, SP)
Eng. Alexandre Zaguini Sousa (Balneário Camboriú, SC) Eng. Sebastião Muniz Granja (Goiânia, GO)
Eng. Antonio Augusto Borges (Caraá, RS) Eng. Antonio Marcos P. e Almeida (Brasília, DF)
Assoc. dos Munic. Alto Vale Itajaí (Rio do Sul, SC) Eng. Marcio Donizeti da Silva (Araras, SP)
Eng. Armando B. L. Francisco (Foz do Iguaçu, PR) Eng. Alberico Alves Teixeira (Belo Horizonte, MG)
Eng. Paulo Cesar de Almeida (Contagem, MG) Eng. Eduardo Luiz Alves da Silva (Itu, SP)
Eng. Ronaldo A. Rodrigues (Belo Horizonte, MG) Eng. Jose Jorge Bazaga (Sobradinho, DF)
Eng. Francisco José R. Fernandes (Manaus, AM) Rattek Engenharia Ltda. (Erechim, RS)
Eng. Antonio Cesar R. Sperandio (Colatina, ES) Instituto Sup. Educacao Santa Cecília (Santos, SP)
CAT Eng. e Cons. S/C Ltda (São Carlos, SP) Eng. Moacyr Foppa Junior (Balneário Camboriú, SC)
Tribunal Regional do Trabalho-15ª Região (Campinas, SP) Eng. Rafael Langaro Bernardes (Porto Alegre, RS)
Eng. Gerson Souza Oliveira (Porto Velho, RO) Rui Giorgi Eng. Ltda. (São José do Rio Preto, SP)
Eng. Haroldo Cardoso Soares (Uberlândia, MG) Etapa - Eventos, Eng. Constr. Ltda (Sorocaba, SP)
Eng. Alexandre Henriques (Ribeirão Preto, SP) Tecniff Tecnologia Eng. Com. Ltda (Anápolis, Go)
Eng. Luiz Felipe Walker (Rio de Janeiro, RJ) Eng. Olavio Nascimento da Silva (Brasília, DF)
Eng. Marcio Augusto (Jundiaí, SP) MOHR Eng. de Projetos Ltda (Belo Horizonte, MG)
Eng. Adeir Bento dos Santos (Goiânia, GO) ENTEC Eng. Tecnica Econ. S/C Ltda (Cuiabá, MT)
Eng. Carlos Delgado (São Paulo, SP) Gama e Souza Arq. e Eng. Ltda (São Paulo, SP)
Marth Eng. Projetos S/C Ltda (Piracicaba, SP) Eduardo Penteado Eng. S/C Ltda (São Paulo, SP)
MAC Sist. Bras. Protensão Ltda (Rio de Janeiro, RJ) Eng. Cláudio Devecchi (Campo Limpo Paulista, SP)
HMM Engenharia Estrutural Ltda (Aracaju, SE) Eng. Mônica Ricardo Ferreira (Vitória, ES)
Eng. Pedro Edson Cavalari (Ribeirão Preto, SP) Sec. das Obras Publicas San. (Porto Alegre, RS)
J. C. Saldanha Rodrigues E. E. (São Paulo, SP) Cyrillo Jr. Proj. de Eng. a S/C Ltda (São Paulo, SP)
Eng. Enio Fernando R. Magalhães (Limeira, SP) Eng. A. Sergio Lopes de Oliveira (Sorocaba, SP)
Eng. Natanael Goncalves Leal (Goiânia, GO) Eng. Ana Claudia Teixeira Pires (Brasília, DF)
Eng. Julio Carneiro (São Paulo, SP) SRT&C Eng. e Proj. S/C Ltda (Piracicaba, SP)
Eng. Reyolando T. R. F. Brasil (Santana do Parnaíba, SP) Eng. Pedro Paulo Maciel (Atibaia, SP)
Kimura Consultoria S/C Ltda (São Paulo, SP) Eng. Pedro E. Orellana Claros (Curitiba, PR)
Centro de Est. Super. Positivo Ltda (Curitiba,PR) Eng. Ricardo Rausse (Santo André, SP)
HAF Cons. Proj. de Eng. S/C Ltda (São Paulo, SP) Eng. Marcelo da Silva Zambon (Piracicaba, SP)
Eng. Ivo Itamar Mafort (Nova Friburgo, RJ) Unitec Eng. de Projetos S/C Ltda (Recife, PE)
Coop. Elet. Des. Rural Vale Araçá (Pinhalzinho, SC) Eng. Heitor Werner Gomes (Curitiba, PR)
Unicamp - Fac. Eng. Civil / Des (Campinas, SP) GB Projetos S/C Ltda (São Paulo, SP)
HS Premoldados Ind. Com. Ltda (Lauro Freitas, BA) Columbia Eng. e Proj. S/C Ltda (Rio de Janeiro, RJ)
Eng. Fatima Regina Dela Coleta (Brasília, DF) Beta Engenharia Ltda (Rio Branco, AC)
Eng. Nagib Charone Filho (Belém, PA) Eng. Paulo Cesar de A. Lucci (Piracicaba, SP)

http://www.tqs.com.br TQS - Tecnologia e Qualidade em Sistemas


30
TQSNEWS
Eng. Paulo de Jesus C. Miranda (Macapá, AP) Univ. Federal de Santa Maria (Santa Maria, RS)
EPRO Eng. Proj. Cons. S/C Ltda (Belo Horizonte, MG) NTJ Eng. Estrutural S/C Ltda (São Paulo, SP)
Eng. Marcio A. Magalhães (Monte Santo de Minas, MG) Gushiken Cons. e Proj. S/C Ltda (São Paulo, SP)
Estro Eng. Estrutural S/C Ltda (Salvador, BA) Tecnolinea Eng. e Proj. Ltda (Porto Alegre, RS)
Eng. Roberto M. Barros (Belo Horizonte, MG) GMA Eng. e Proj. Ltda. (Rio de Janeiro, RJ)
VDR Desenhos Me Ltda (São Paulo, SP) Estel Engenharia Ltda (Itajaí, SC)
Eng. Francisco V. Santoro (Rio de Janeiro, RJ) Eng. Rui Nunes Rego Filho (Natal, RN)
Cefet-Pr Unidade Pato Branco (Pato Branco, PR) Calcena Engenharia Ltda (Rio de Janeiro, RJ)
Eng. Gilberto Massayuki Tanaka (Londrina, PR) Kasa Ltda (Porto Alegre, RS)
Eng. Flavio Helena Junior (Ubatuba, SP) Eng. Enio Domingues Alcântara (Fortaleza, CE)
NB Eng. Proj. e Cons. S/C Ltda (Belo Horizonte, MG) Universidade Federal de Goiás (Goiânia, GO)
ACGM Engenheiros Associados (Natal, RN) Armação Treliçada Puma Ltda (São Paulo, SP)
Eng. Oscar Schmalfuss (Gravatal, SC) Zocco Projetos Estruturais Ltda (Londrina, PR)
Nicanor Batista Jr. Eng. Estr. S/C (São José do Rio Preto, SP) Edatec Engenharia S/C Ltda (São Paulo, SP)
Flavio Antonio Patussi (Chapecó, SC) Eng. William Candido da Silva (Viçosa, MG)
Dalsenter Eng. e Constr. Ltda (Nova Trento, SC) Escritório Téc. Costa Santos (Rio de Janeiro, RJ)
Eng. Renata de Santis Feltran (Itobi, SP) Archimino Cardoso de Athayde Neto (Belém, PA)
MCA Tecnologia de Estr. Ltda (Vitória, ES) Eng. José Roberto Chendes (Brasília, DF)
Eng. Dilson Edgard Thome (Caçador, SC) Sayeg Engenharia Ltda (São Paulo, SP)
Paulo Malta Proj. Cons. Rep. Ltda (Recife, PE) Vanguarda Sist. Est. Abertos E. (Porto Alegre, RS)
Secope Engenharia Ltda (Manaus, AM) Eng. Renato B. G. Simões (Rondonópolis, MT)
Eng. Luis Fernando Klar Serrano (Araranguá, SC) Eng. Rino Viel Filho (Caxias do Sul, RS)
Eng. Carlos Alberto Baccini Barbosa (Curitiba, PR) Eng. Ricardo Moreira Andrade (Uberlândia, MG)
Universidade Federal do Ceara (Fortaleza, CE) Eng. Sulymara M. F. S. Kussano (Osasco, SP)
Inst. Paulista Adv. Ed. Ass. Social (São Paulo, SP) Eng. Vinicius Alves dos Reis (Brasília, DF)
Eng. Jovelino Marques Campos (Natal, RN) T&A Constr. Pré-Fabricada Ltda (Maracanaú, CE)
Eng. Jose Max Melo e Silva (Fortaleza, CE) Eng. Marcelo Voelcker (Porto Alegre, RS)
P. A. Pereira Eng. de Estr. Ltda (Florianópolis, SC) Eng. Luiz Sergio M. Teixeira (Nova Friburgo, RJ)
Teisa Proj. Eng. e Cons. Ltda (Porto Alegre, RS) Eng. Joaquim A. L. Lourenço (São José dos Campos, SP)
PHS Engenharia de Projetos Ltda (Itajaí, SC) Eng. Ana Lucia C. Marcondes (São Paulo, SP)
Formas e Armacoes S. Eng. Ltda (Rio de Janeiro, RJ) Eng. Robson Rocha Campos (Rio de Janeiro, RJ)
Eng. Cid Andrade Q. Guimarães (Campinas, SP) Eng. José Wilson Galdino (Recife, PE)
IDOM Consultoria Ltda (São Paulo, SP) Universidade Gama Filho (Rio de Janeiro, RJ)
Eng. Ruy Fernando R. Fonseca (Manaus, AM) Eng. Sergio Martinho Celeste (Nilópolis, RJ)
Avila Eng. e Constr. de Estr. Ltda (Marília, SP) Eng. Daniel Valent (Bento Gonçalves, RS)
Eng. Alexandre Moresco (Brusque, SC) Eng. Ernani Fontana Filho (Cacoal, RO)
Raymundo Medeiros Eng. S/C (São Paulo, SP) Eng. Wando R. Trentin (Santo Antonio de Posse, SP)
8° Batalhão de Eng. de Constr. (Santarém, PA) Eng. Francisco J. S. Fernandes (Teresina, PI)
União de Ensino Sup. Pará - Unespa (Belém, PA) Eng. Amauri Robinski (Curitiba, PR)
Esc. Téc. J. R. Andrade S/C Ltda (São Carlos, SP) Eng. Daniele F. A. Lima Ramos (Brasília, DF)
Eng. Gilberto Jose Borges (Uberlândia, MG) Eng. Tomaz D. Preve Neto (Florianópolis, SC)
Engepro Ltda (Macapá, AP) Eng. Eduardo Abrahao (Brasília, DF)
Eng. Luis Alberto M. Carvalho (Fortaleza, CE) Eng. Maria Isabel M. Aguiar (Diadema, SP)
Universidade Federal de Alagoas (Maceió, AL) Estadio 3 Eng. de Estr. S/C Ltda (Porto Alegre, RS)
Charles Klein Engenharia (Porto Alegre, RS) Alexandre S. Silva Eng. Estr. Ltda (São Paulo, SP)
ETEC Eng. Civil S/C Ltda (Ribeirão Preto, SP) Eng. Romildo Venturelli (Poços de Caldas, MG)
Eng. Kooshi Nakai (Lins, SP) Inst. Sup. de Comunicação Pub. (São Paulo, SP)
Eng. Lucio Massayoshi Tabuti (Jales, SP) Projcon Proj. Constr. Civil Ltda (São Paulo, SP)
Eng. Dagoberto F. Silveira (Santa Maria, RS) Eng. André C. Previti (São Bernardo do Campo, SP)
Socalculo Proj. Est. S/C Ltda (São Paulo, SP) Eng. Everardo da Luz Antunez (Pelotas, RS)
Eng. José Helcio Siqueira Jr. (São Paulo, SP) Eng. Jose Francisco G. Ferreira (Maceió, AL)
Eng. Marcel Kater (São Paulo, SP) Fundação Paulista Tec. Educação (Lins, SP)
Engecal - Eng. e Cálculos Ltda (Natal, RN) Concretel Concr. Edificações Ltda (Erechim, RS)
Cia. Des. Hab. Urbano ESP-CDHU (São Paulo, SP) Eng. Angela Nogueira Moreira (Itaúna, MG)
AF - Alcineia Ferraz Eng. Proj. (Belo Horizonte, MG) Eng. Hamilton B. Brati Coan (Orleans, SC)
Eng. Leonardo P. Barbosa (Rio de Janeiro, RJ) Arq. Est Cons. Projetos Ltda (Itamonte, MG)
Esc. Tec. Joao L. Zattarelli Ltda (São Paulo, SP) Rasiscal Eng. - Rac. Sist. Cálculo (Criciúma, SC)
J. C. E. Projetos Estr. S/C Ltda (Curitiba, PR) Exata Eng. e Assess. S/C Ltda. (São Paulo, SP)
Luiz R. Campanha Eng. Ltda (São Paulo, SP) Eng. Ricardo Vuaden (Porto Alegre, RS)
Eng. José Roberto Arruda Zonis (Santos, SP) Intarco Proj. Cons. S/C Ltda (São Paulo, SP)

Janeiro/2006 - nº 22
31
TQSNEWS
Eng. Jose Osmario da Silva (Recife, PE) Kawafer Com. e Servicos Ltda (São Paulo, SP)
Enata Engenharia S/C Ltda (São Paulo, SP) Eng. Aleteia S. Aburachid (Belo Horizonte, MG)
Eng. Jose Antonio Ardizzon (Cariacica, ES) Eng. José Ferreira (Taguatinga, DF)
Eng. Geraldo Wolff (Porto Alegre, RS) Eng. Lindberg Chaves Maia (Brasília, DF)
Eng. Cláudio Gil (São Paulo, SP) Concremax Ind. Pre-Mold. Concr. (Campo Grande, MS)
B&C Engenheiros Consultores Ltda (Recife, PE) Eng. Marcio J. R. Goncalves (Belo Horizonte, MG)
Ronaldo A. Chaves Eng. Estr. S/C Ltda (Belo Horizonte, MG) V. M. Garcia Eng. Estrut. S/C Ltda (Londrina, PR)
Eng. Marilane Mota Pereira (Belo Horizonte, MG) Companhia Sid. Belgo Mineira (São Paulo, SP)
4 Side Construcoes Ltda (Porto Alegre, RS) Eng. Leonardo Goncalves Costa (Brasília, DF)
Francisco Peixoto Eng. Assoc. S/C (Salvador, BA) Mastrogiovanni Eng. Ltda (Rio de Janeiro, RJ)
IPE Consultoria e Projetos Ltda (Betim, MG) Eng. Angelita dos S. Monteiro (São Paulo, SP)
Eng. Bruno Sarcinelli (Vitória, ES) Prototipo Ind. Com. Constr. Ltda (Rio Branco, AC)
Beta2 Engenharia S/C Ltda (São Paulo, SP) Lorenzoni Eng. Ltda (Campo Grande, MS)
Eng. Mario Silvio J. Martins (Ponta Grossa, PR) Eng. Pedro C. Passos Cardoso (Salvador, BA)
Hugo A. Mota Cons. Eng. Proj. Ltda (Fortaleza, CE) Eng. Gisele Sartori Bracale (Araçatuba, SP)
Engecal Eng. e Calculo Estr. Ltda (Santo André, SP) Engevix Engenharia S/A (Barueri, SP)
Intercep Cons. Eng. Plan. S/C Ltda (São Paulo, SP) LAS Casas Eng. Proj. S/C Ltda (Belo Horizonte, MG)
Eng. Márcia Cesar Bruno (Contagem, MG) Eng. Haroldo Mazzaferro Jr. (São Paulo, SP)
Eng. Carlos Eduardo Kalil (Sorocaba, SP) Eng. Rodrigo de Almeida Cunha (Uberlândia, MG)
Eng. Leonardo Bittencourt Queiroz (Salvador, BA) Eng. João Carlos de Costa (Caxias do Sul, RS)
Eng. Ednilson Facci (São Paulo, SP) Cesp Comp. Energética de S P (São Paulo, SP)
Eng. Manoel A. Silva (São José dos Campos, SP) Projetal Projetos e Consultoria Ltda (Barueri, SP)
Mezzanino Empr. Imob. Ltda (Praia Grande, SP) Prodenge Engenharia e Projeto Ltda (Barueri, SP)
Eng. Leila Maria Marazini (Niterói, RJ) Engest Engenharia Estrutural Ltda (Recife, PE)
De Luca Eng. de Estr. S/C Ltda (São Paulo, SP) Merito Eng. e Cons. S/C Ltda (Porto Alegre, RS)
Misa Eng. de Estrut. Ltda (Belo Horizonte, MG) E. Bicalho Rodrigues E. Civil Estr. (Belo Horizonte, MG)
Eng. Eugenio Isao Ono (Cabreúva, SP) Eng. José Roberto G. Martins (Patrocínio, MG)
SF Engenharia Ltda Rio de Janeiro, RJ) Eng. Paulo R. P. de Azambuja (Porto Alegre, RS)
Eng. Ramão M. R. de Fleytas (Porto Alegre, RS) Eng. Luciano Haraldo Erbert (Porto Velho, RO)
Campaner Engenharia Ltda (Jundiaí, SP) Eng. Paulo Sergio Belo Maluf (Piracicaba, SP)
J. Deguchi Constr. e Com. Ltda (Cabo Frio, RJ) Eng. Ronaldo Caetano Veloso (Belo Horizonte, MG)
Eng. Augusto Cesar Motta (São Paulo, SP) Eng. Athayde J. T. n Pinto (Cachoeiro do Itapemirim, ES)
Eng. Ivan Jurba Monteiro (São Paulo, SP) Eng. José P. V. Gomes (Cachoeiro do Itapemirim, ES)
Eng. João Batista M. S. Junior (Ouro Preto, MG) Eng. André Torres Cordeiro (Brasília, DF)
Minerbo-Fuchs Engenharia S/A (Barueri, SP) Engest Eng. e Estrutura Ltda (Brasília, DF)
Eng. Silvia Alves Scarabucci (São Paulo, SP) Eng. Tercio dos Santos Lima (São Paulo, SP)
Eng. Paulo K. Nakandakare (São Caetano do Sul, SP) Ancora Eng. de Estr. Ltda (Belo Horizonte, MG)
Eng. Antonio S. F. Palmeira (São Luis, MA) L H G Engenharia S/C Ltda (São Paulo, SP)
Eng. Wallace G. de Almeida (Três Rios, RJ) IBTS Inst. Bras. Telas Soldadas (São Paulo, SP)
Schuring & Schuring Ltda (Cuiabá, MT) Eng. Mario Ferreira Sobrinho (Belém, PA)

http://www.tqs.com.br TQS - Tecnologia e Qualidade em Sistemas


32
TQSNEWS
Eng. Jose Decio Rossi (São Paulo, SP) Eng. Mario Roberto Falcade (Jundiaí, SP)
Ministério Publico DF e Territórios (Brasília, DF) Aluizio A. M. D’avila Eng. Proj. S/C (São Paulo, SP)
EGT Engenharia S/C Ltda (São Paulo, SP) Eng. Hernando F. de Oliveira Jr. (Salvador, BA)
Eng. Fausto A. Silva (Aparecida de Goiânia, GO) Migliore e Pastore Eng. Ltda (São J. Rio Preto, SP)
Eng. João Maria Cavalcanti (Natal, RN) SEP - Soc. de Eng. e Projetos Ltda (Belém, Pa)
Eng. Francisco C. D. da Costa (Natal, RN) Eng. Carlos Henrique Lelis Ferreira (Brasília, DF)
Misula Engenharia Ltda (Brasília, DF) LGB Projetos, Arq. Eng. Integr. S/C Ltda (Mauá, SP)
Enplatec - Proj. Eng. S/C Ltda (Barueri, Sp) Eng. Paulo Fernando Salvador (Porto Alegre, Rs)
Eng. André Yoshio Fontes Igarashi (Magé, RJ) Eng. Fabio S. de Paula (São Sebastião do Paraíso, MG)
Eng. Mauro Rocha Ferrer (Cascavel, PR) Eng. Alfredo Carlos Sanchez (São José dos Campos, SP)
A. P. C. - Puc-PR Campus Curitiba (Curitiba, PR) Escola Tecnica Federal de Palmas (Palmas, TO)
Universidade Federal Pernambuco (Recife, PE) Base 2 Projetos e Estruturas Ltda (Rio de Janeiro, RJ)
Eng. Ricardo Yazigi (São José dos Campos, SP) Eng. Guilherme L. M. Korndorfer (Campo Grande, MS)
Eng. Luciano de Mello Latterza (São Paulo, SP) Eng. Jair Pereira de Souza (São Paulo, SP)
Eng. Geovane Luciano Lima (Mineiros, GO) Eng. Roberto Aguiar Dias (Manaus, AM)
Eng. Benigno J. Ribeiro (São José dos Campos, SP) Pont. Univ. Catolica do RG Sul (Porto Alegre, RS)
J. Padoin, R. Sachs Eng. Assoc. (Porto Alegre, RS) Projetec Eng. de Est. S/C Ltda (São Carlos, SP)
ROS Engenharia e Constr. S/C Ltda (Suzano, SP) Eng. Mario Alberto Ferriani (Ribeirão Preto, SP)
Procad Estruturas Ltda (Belo Horizonte, MG) C E A C Calculos Estr. Fundações (Taubaté, SP)
CTC Projetos e Cons. S/C Ltda (Rio Claro, SP) Eng. Pericles Salvatori Palazzi (São Paulo, SP)
Eng. Flavio Marcilio Matos de Lima (Fortaleza, CE) Eng. Wilson Roberto de Oliveira (Cuiabá, MT)
Eng. Josée Pitagoras Leal (São Paulo, SP) Depto. Edif. Rodovias Transp. (Fortaleza, CE)
Funcefet-PR (Curitiba, PR) Cemig Geracao Transmissao S. A. (Belo Horizonte, MG)
Eng. José Mario Dionísio (São José dos Campos, SP) M. S. Engenharia Ltda (Vitória, ES)
Eng. Heloisa H. P. Fernandes (Capão da Canoa, RS) Eng. Carlos Roberto Okamoto (Osasco, SP)
Eng. Washington Luis Silva Souza (Salvador, BA) Eng. Edvaldo F. Damaso (Belo Horizonte, MG)
Eng. Tatsuo Kajino (Bauru, SP) Eng. Fernando A. S. Nunes (Vila Velha, ES)
Eng. Fabio André Frutuoso Lopes (Recife, PE) CGR Consultoria e Proj. Ltda (Rio de Janeiro, RJ)
Eng. Roberto Antonio de Lima (Osasco, SP) Eng. Giulio Peterlevitz Frigerio (São Carlos, SP)
Eng. João da Costa Pantoja (Brasília, DF) Chapini Eng. Civil e Constr. Ltda (Ribeirão Preto, SP)
Fund. Euclides Cunha Apoio Inst. UFF (Niterói, RJ) Eng. Rogério C. Freitas Silva (Rio de Janeiro, RJ)
Eng. Denize B. Bandeira (Jaboatão dos Guararapes, PE) Santa Rosa Eng. de Estr. Ltda (Porto Alegre, RS)
Eng. Audelis de O. Marcelo Junior (Fortaleza, CE) Petróleo Brasileiro S/A - Petrobras-Replan (Paulínia,SP)
CEC - Cia. de Engenharia Civil SC Ltda, São Paulo, SP

Eng. Luiz Aurelio Fortes, São Paulo, SP

Janeiro/2006 - nº 22
33
NOVOS CLIENTES TQSNEWS
É com muita satisfação que anunciamos a adesão de
importantes empresas de projeto estrutural aos sistemas
CAD/TQS. Nos últimos meses, destacaram-se:
RK&S Eng. de Estrut. Ltda (Florianópolis, SC) Eng. Mauricio L. Meneghelli (Batatais, SP)
Eng. Joao Alberto Kerber Eng. Nilson C. V. Chaves (Rio de Janeiro, RJ)
Mastersolos Fundações Ltda (Porto Alegre, RS) Eng. Jeverson L. Milkevicz Leitão (Curitiba, PR)
Eng. Sandre C. Lima
Soc.Ed. N.S.Do Patrocínio S/S Ltda (Itu, SP)
Eng. Fabio Luis Heiss (Joinville, SC) Prof. Mauricio Amaral
Eng. Alexandre L.de Oliveira (Florianópolis, SC) Sec. Estado Saúde Mato Grosso (Cuiabá, MT)
Eng. Lia Yamamoto (Curitiba, PR) Srª Silvia Andreata
Construmafer Engenharia Ltda (Jaú, SP) Eng. Sandra M. P. M. Andrade (São Paulo, SP)
Eng. Marcos Fernando Macacari Eng. Ivan Alcantara Mota (Fortaleza, CE)
Eng. Arnaldo Moreira Junior (Contagem, MG) Eng. Frankilin Gratão (Palmas, TO)
Eng. Jailson Colombi (Tubarão, SC) Eng. Cesar H. Pagliuso (Taquaritinga, SP)
Eng. Marcelo Paes de Barros (Cuiabá, MT) Eng. Diego Walmott Borges (Florianópolis, SC)
Eng. Eduardo Nolasco (Belo Horizonte, MG) Fund. Desenv. Pesquisa - FUNDEP (Belo Horizonte, MG)
Eng. Gerson Luis Vargenski (Ponta Grossa, PR) Eng. Edja Laurindo da Silva (Maceió, AL)
Eng. Alessandro Oliveira Lopes (Goiânia, GO) Eng. Welber Marcorio (Goiânia, GO)
Eng. Francisco Spitzner Neto (Curitiba, PR) Miro Rio Eng.Constr. Equip. (R.Janeiro, RJ)
Eng. Elilde Medeiros dos Santos (Recife, PE) Eng. Alzemiro Borges Filho
Fundação Universidade Brasília (Brasília, DF) Eng. Sergio V. Teixeira Jr (Rio de Janeiro, RJ)
Prof. Andre Luiz A. C. e Souza Eng. Silvia Maria Guerbale (Santo André, SP)
Intec Proj. Montagens Ind. Ltda (Belém, PA) Eng. Alex Thaumaturgo Dias (Taubaté, SP)
Eng. Germano R. da Silva Eng. Mario A. Rosário Pires (Londrina, PR)
Eng. Diogo S. Zanette (Passo Fundo, RS) Eng. Fabio W. Graça Nunes (Aracaju, SE)
Eng. Mauricio Vechini (Campinas, SP) Eng. Christiane M. H. Alletti (São Paulo, SP)
Eng. Sergio Chico (Nova Odessa, SP) Eng. Flavia S. de Souza (Campinas, SP)
Eng. Marcelo O. Oliveira (Belo Horizonte, MG) Eng. Alessandro M. Ferrari (Araçatuba, SP)
Grupo Dois Eng. Ltda (São Paulo, SP) Empresa Constr. Casas Ltda. (R.Janeiro, RJ)
Eng. Renato L. Pompeia Gioielli Eng. Cristiano Sultanum Teixeira
Eng. Paulo Sergio Leoneli (Santos, SP) Eng. Gustavo M. L. Palácio (São Luis, MA)
Eng. Rubem Bastos Coelho (Niterói, RJ) RDB Proj. Consult. em Eng. Ltda (Brasília, DF)
Eng. Henrique A. Martins (Vilhena, RO) Eng. Ruy Duarte Barretto Jr.
Eng. Valdecir Bevilacqua (Araraquara, SP) Eng. Tereza C. G. P. dos Passos (Rio de Janeiro, RJ)
Eng. José R. Branquinho Reis (Goiânia, GO) Eng. Cristina M. T. Santos (Rio de Janeiro, RJ)
Eng. Dorival Natalino Torres (Jundiaí, SP) Belato Esquadrias Ltda. Me. (Nova Iguaçu, RJ)
TCA Projetos Constr. Ltda. (Ribeirão Preto, SP) Sr. Renato Belato
Eng. Fausto M. Cubayashy Inst. Adventista Sul Riogr. (Porto Alegre, RS)
Eng. Eduardo Rebello Miguel (Porto Feliz, SP) Sr. Claudio Santoro
Eng. Fabio A. Silva Santos (São Vicente, SP) Eng. Roger Semblano Castro (Vitória, ES)
Rosa e Bindone Eng. Ltda. (São Paulo, SP) Etiel Construtora Ltda. (São Paulo, SP)
Eng. Luis Cláudio R. Silva Eng. Francisco Augusto Pereira Leite
Eng. Elcio Eder Bondarchuk (Londrina, PR) Arq. Ayres Panatta (Foz do Iguaçu, PR)
Eng. Alipio B. Rodrigues (Teófilo Otoni, MG) Multiestrutural Eng. Constr. Ltda (S. Caetano do Sul, SP)
Eng. Marcelo Venet Ferreira
Eng. Marcelo Romagna Macarini (Criciúma, SC)
Construtora Abussafe Ltda. (Londrina, PR)
Fabrica Urbana (São Paulo, SP) Eng. Jode Camilo de Souza Santos
Eng. Pedro Rodrigo Gonzalez
Eng. Crysthian P. B. Azevedo (Belo Horizonte, MG)
Itaguassu Agro-Industrial S/A (N. Sra. do Socorro, SE)
Sr.Lucacil Monte Loiola Eng. Armando Pereira Dias (Maringá, PR)
Premodisa Sist. Pre-Moldados (Sorocaba, SP) Eng. Luiz Fernando T. Souza (Rio de Janeiro, RJ)
Eng. Wagner Barbosa de Souza Eng. Livio Tulio Baraldi (Marilia, SP)
Eng. Lizette E. Mazzocato Galvez (Valinhos, SP) Eng. Delio Alves Quadros (Vila Velha, ES)
Eng. Richard R. Alexandre (Tubarão, SC) Eng. Daniel C. Dias (Aparecida de Goiânia, GO)

http://www.tqs.com.br TQS - Tecnologia e Qualidade em Sistemas


34
CAD/TQS NAS UNIVERSIDADES TQSNEWS
Sistemas CAD/TQS e o ensino da Engenharia
É fato notório que os sistemas com- cimento dos arquivos correspon- auxiliar para disciplinas que corre-
putacionais para a engenharia estru- dentes a estas aulas para dar iní- lacionam projetos estruturais com
tural tiveram um avanço significativo cio imediato ao trabalho de trans- o uso de uma ferramenta compu-
nos últimos anos. A metodologia miti-la aos alunos. tacional.
para o desenvolvimento de projetos - engenheiros civis, que queiram
Nesta edição do TQS News, apre-
estruturais mudou radicalmente na aprofundar e atualizar seus conhe-
sentaremos os três primeiros itens
última década, especialmente com o cimentos em determinados tópi-
com maiores detalhes.
advento da nova norma para estru- cos abordados pelas aulas.
turas de concreto armado e proten- Publicação:
dido, NBR 6118:2003. Os softwares “Informática Aplicada em c. Conteúdo
que acompanharam esta evolução, Estruturas de Concreto Armado” A publicação foi subdividida em 8
e aqui podemos citar os sistemas
a. Objetivo “aulas” mostradas nas figuras a
CAD/TQS com destaque, abriram
seguir:
novos horizontes aos profissionais Trata-se de uma publicação que
que atuam na atividade da engenha- objetiva, de forma séria e desafia-
ria estrutural. Como foi enfatizado no dora, auxiliar o aluno de Engenharia
último TQS News, a única certeza Civil a manipular corretamente um
que temos é a necessidade da mu- sistema computacional destinado à
dança e o aprendizado constante. elaboração de projetos estruturais
Com o objetivo de colaborar com as de edifícios de concreto, de tal
escolas de engenharia para a ade- forma a preparar o futuro engenhei-
quação do ensino da engenharia es- ro a utilizar uma ferramenta de
trutural de concreto armado e pro- forma responsável, sabendo distin-
tendido, com base nesta nova reali- guir quais os seus benefícios, bem
dade das ferramentas computacio- como as suas limitações.
nais avançadas, vamos citar nesta Não é intuito do livro explicar os con-
edição algumas ações que foram ceitos teóricos apresentados durante
e/ou estão sendo desenvolvidas o curso de graduação, nem mesmo
com este objetivo envolvendo os ensinar o funcionamento de dezenas
sistemas CAD/TQS. São elas: de comandos de um sistema, mas
a. Livro intitulado: “Informática Apli- sim mostrar de forma clara como a
cada em Estruturas de Concreto teoria apresentada na sala de aula é
Armado” de autoria do engenhei- aplicada em um software, de modo a
ro Alio Ernesto Kimura. O autor, fornecer ao aluno subsídios para que
de forma pioneira, precursora e uma análise de resultados obtidos
extremamente didática, desen- em um computador possa ser reali-
volveu “aulas” sobre a aplicação zada de forma correta.
da informática no ensino da en- Procura-se incentivar o leitor na
genharia estrutural para cursos busca da chamada “sensibilidade es-
de graduação. trutural”, isto é, estimulá-lo a adquirir
b. Aulas ministradas em disciplina ordem de grandeza dos valores emi-
eletiva na Unicamp pelo engenhei- tidos por um sistema computacional,
ro Luiz Aurélio Fortes da Silva. levando-o principalmente a conside-
c. Aplicação do CAD/TQS em curso rar a busca do conhecimento em En-
do PECE-USP (Programa de Edu- genharia como sua meta principal.
cação Continuada da Escola Po- Trata-se de um pontapé inicial, no
litécnica da USP). qual se espera que proporcione uma Todos os tópicos são altamente ilus-
d. Fornecimento de sistemas grande motivação para que este as- trados, possuem diversos exemplos
CAD/TQS para inúmeras escolas sunto, tão importante nos dias passo-a-passo resolvidos nos siste-
de engenharia por todo o país, atuais, seja cada vez mais difundido. mas CAD/TQS e poderão ser baixa-
versão com a instalação adapta- dos diretamente pela Internet. As
da para processamento em b. Público-alvo formulações utilizadas obedecem às
“rede”. As “aulas” desenvolvidas prescrições da NBR 6118:2003.
A publicação destina-se basica-
pelo engenheiro Alio Kimura mente a:
estão disponíveis e podem ser d. Lançamento
fornecidas na forma digital atra- - alunos de graduação em engenha-
A publicação já foi devidamente re-
vés de arquivos. As escolas de ria civil.
gistrada na Biblioteca Nacional e
engenharia que já possuem os - professores, especialmente para atualmente está em fase de revisão.
sistemas CAD/TQS instalados aqueles ligados à área de concre- O lançamento previsto é abril de
podem requisitar à TQS o forne- to, que necessitam de um material 2005 (verificar).

Janeiro/2006 - nº 22
35
TQSNEWS
Sistemas CAD/TQS na disciplina Programa básico do curso aulas, redações sobre os temas,
eletiva - Unicamp questionários em resposta aos exer-
Aula Tema
No segundo semestre de 2005 foi cícios realizados durante as aulas e
1 Uma visão geral sobre os siste- entrega de trabalhos também reali-
realizada na Escola de Engenharia mas CAD/TQS
Civil da Unicamp a disciplina EC980 - zados durante as aulas, entre os
TÓPICOS EM ENGENHARIA DE ES- 2 Uma visão sobre os trabalhos em quais devemos destacar plotagens
TRUTURAS B, com subtítulo “Uso de
elaboração de projetos estrutu- finais para desenhos de pilares,
rais de edifícios e a utilização de vigas e lajes planas armadas em
ferramenta computacional no cálculo sistemas computacionais
de estruturas de concreto”, tendo aula utilizando o editor de esforços
como responsável a professora dou- 3 Guia de operações dos sistemas e armaduras de lajes.
CAD/TQS
tora Maria Cecília Amorim Teixeira da Fica aqui registrado os nossos agra-
Silva e como instrutores-colaborado- 4 Análise estrutural - modelos es- decimentos à professora doutora
res os engenheiros Luiz Aurélio For- truturais disponíveis Maria Cecília pela iniciativa, à equi-
tes da Silva e Alio Ernesto Kimura. 5 Lançamento estrutural (1/3) pe de informática liderada por Tânia
A disciplina teve como pré-requisi- 6 Lançamento estrutural (2/3) Cláudia Laudeauzer da Silva, à
tos as disciplinas de Concreto Ar- coordenação do curso de gradua-
7 Lançamento estrutural (3/3) ção (professor doutor Mário Cavi-
mado (I e II) e contou com a partici-
8 Avaliação estrutural chia) e ao Departamento de Estrutu-
pação de 20 alunos. Esta quantida-
de foi limitada pelo número de com- 9 Avaliação estrutural (cont.) ras (professor doutor Isaias Vizotto).
putadores instalados no Laboratório 10 Avaliação estrutural - introdução
de Informática que foi utilizado. a não linearidade e verificações
Como o número de inscrições foi em ELS
superior ao número de vagas, foi 11 Detalhamento de pilares e vigas
feita uma seleção pelo desempenho
12 Detalhamento de lajes
dos alunos durante o curso.
14 Detalhamento de lajes
A disciplina foi destinada exclusiva-
mente a alunos do curso de gradua- 15 Plotagem
ção da Faculdade de Engenharia
Civil da Unicamp. O engenheiro Luiz Aurélio elaborou o
programa do curso e ministrou as Embaixo: Luiz Aurélio, Janaina
O curso durou 45 horas de aula, divi- Carvalho, Dulce Tupan, Cristhine
aulas, com exceção da aula “Introdu-
didas em 15 aulas semanais com 3 Narita, Karen Nakano, Rodrigo Costa,
ção a não linearidade e verificações professora Maria Cecília, Guilherme
horas de duração, divididas em aulas
em ELS” que foi ministrada pelo en- Faria, Paula Carteado e Bruno
teóricas e práticas, tendo como ma-
genheiro Alio Ernesto Kimura. Marques. Em cima: Rodrigo Nurnberg,
terial didático o livro “Informática
Aplicada em Estruturas de Concreto Devemos destacar a determinação Daniel Augusto, Ricardo Ribeiro,
e a participação dos alunos, refleti- Ednei Mendes, Luis Guilherme e
Armado” do engenheiro Alio Ernesto Rodolfo Lima. Participaram ainda
Kimura e exclusivas apresentações da em uma alta média de presença
André Chaccur, Wilson Affonso,
de slides elaboradas pelos engenhei- as aulas (90,5%). Rodrigo Vieira, Paulo Siqueira e
ros Luiz Aurélio Fortes da Silva e Wil- A avaliação dos alunos levou em Nailton Mota.
son Tadeu Rosa Filho. consideração o comparecimento às

http://www.tqs.com.br TQS - Tecnologia e Qualidade em Sistemas


36
TQSNEWS
Aplicação do CAD/TQS no ES-021: Projeto de estruturas mistas ES-019: Projeto de estruturas de
PECE-USP ES-022: Métodos construtivos e madeira
O Programa de Educação Continua- novas tecnologias de construção O CAD/TQS é utilizado desde a cria-
da (PECE) da Escola Politécnica da ção da primeira turma da disciplina
Universidade de São Paulo tem reali- Disciplinas de estruturas de ES15 (Projeto de estruturas auxilia-
zado periodicamente o curso “Espe- concreto do por computador: cálculo e deta-
cialização em Gestão de Projetos de ES-025: Conceitos fundamentais de lhamento), ministrada pelos profes-
Sistemas Estruturais - Edificações”, dimensionamento de estruturas de sores Leandro M. Trautwein e Túlio
formado pelas seguintes disciplinas: concreto: vigas, lajes e pilares Nogueira Bittencourt. O atual pro-
ES-013: Exemplo de um projeto com- grama da disciplina abrange:
Disciplinas básicas obrigatórias pleto de edifício de concreto armado - introdução, breve descrição dos
ES-001: Tópicos básicos de análise ES-007: Concreto protendido pacotes de software disponíveis.
estrutural (dispensável mediante ES-010: Técnicas de armar as es- - visão geral de software CAD, utili-
exame de conhecimentos básicos) truturas de concreto zação do Autocad® no pré-dimen-
ES-002: Tecnologia de materiais e ES-011: Interação solo-estrutura e sionamento estrutural
durabilidade elementos estruturais de fundação - efeitos do vento, análise de estabi-
ES-003: Ações e segurança em es- ES-012: Estruturas pré-moldadas lidade global, introdução a mode-
truturas de concreto lagem de pisos de edifícios
ES-008: Concepção estrutural: ES-015: Projeto de estruturas assis- - visão geral do software de projeto
técnicas de estruturação e arranjo tido por computador: cálculo e de- adotado (CAD/TQS)
estrutural talhamento - tutorial de utilização do CAD/TQS
ES-009: Estabilidade global e análi- - exemplos de utilização do CAD/TQS
se de peças esbeltas Disciplinas de estruturas de aço - aulas adicionais com temas dife-
ET-010: Dimensionamento de estru- renciados, ministradas engenheiro
Disciplinas gerais Luiz Aurélio
turas de aço
ES-014: Análise estrutural - modela- ET-011: Projeto de estruturas de aço - desenvolvimento do projeto do
gem computacional de edifícios edifício exemplo
ES-017: Patologia, recuperação e - desenvolvimento do projeto do
reparo de estruturas de concreto Disciplinas de estruturas de madeira edifício exemplo
ES-020: Durabilidade e recuperação ES-018: Dimensionamento de estru- Para maiores informações, acesse:
de estruturas de madeira turas de madeira http://www.website.pece.com.br/
Furnas Centrais Eletricas SA, Rio de Janeiro, RJ

Janeiro/2006 - nº 22
37
ARTIGO TQSNEWS

Tranqüilizar o cliente
(antes de ser contratado)
Por Enio Padilha - engenheiro, escritor e palestrante
www.eniopadilha.com.br

A principal motivação do cliente (para De fato, o cliente havia nos chama-


fechar o negócio) é justamente a sua do apenas para um orçamento de
angústia diante de algum problema. serviços. A fábrica estava sofrendo
Tranqüilizar o cliente significa abrir com seguidas quedas de tensão na
mão da vantagem na negociação. energia elétrica e ele estava muito
preocupado. Estávamos conversan-
Veja essa história real, que aconte- do. Talvez ele nos contratasse para contratado, não se iluda, as suas
ceu comigo: fazer alguma coisa chances de resolver o ‘seu’ proble-
Eu estava quase resolvendo o pro- “Além do mais” continuou o resolu- ma ficam muito reduzidas”
blema, mas o Stefan parecia não to Stefan, “Se o problema é do seu
querer que eu fizesse aquilo. cliente, o problema não é seu. Você
não precisa resolver um problema “Quanto mais soluções você
que não é seu” fornecer antes de ser
A principal motivação do contratado, menor será a
cliente (para fechar o Aquilo estava me deixando meio
confuso. Quer dizer então que se o chance de resolver o seu
negócio) é justamente a sua Sr. Fulano e a Indústria X não eram problema: ser contratado.”
angústia diante de algum meus clientes e eu não deveria re-
problema. Tranqüilizar o solver o problema deles... “Então, o Stefan sempre foi um engenheiro
cliente significa abrir mão da que é que nós estamos fazendo brilhante. Uma inteligência rara.
vantagem na negociação. aqui?”, perguntei à queima-roupa. Mas, naquele momento, estava me
ensinando uma das coisas mais im-
Parecia não. Não queria mesmo. In- “O seu problema, engenheiro portantes que todo profissional que
produz e fornece informações
sistia, fazia gestos escondidos, pu- Ênio, é ser contratado. precisa ter claro na sua relação com
xava meu braço... Até que conse- Depois que você for
guiu me tirar daquela reunião e me os “clientes”: Quanto mais solu-
contratado, o problema que ções você fornecer antes de ser
levar para um lugar afastado, longe
do meu cliente. era do seu cliente passa a contratado, menor será a chance
ser da sua conta e você de resolver o seu problema: ser
A propósito, era uma reunião em contratado.
uma indústria. Eu era um engenhei-
precisa resolvê-lo.”
ro com razoável experiência e Ste- Acredite ou não, é a pura verdade.
fan era meu assistente. Um enge- “Pense, engenheiro Ênio. Você está
nheiro recém-formado, cheirando a aqui para resolver o ‘seu’ problema”.
fraldas universitárias. Meu cliente
“Como assim, ‘o meu problema’? O
queria saber se uma determinada
meu problema não é resolver o pro-
Antonio Capuruço Cons. e Proj. de Eng. Ltda, BH, MG

instalação que ele pretendia fazer


blema que está incomodando o
era possível e que tipo de providên-
meu cliente?”
cias deveriam ser tomadas. Eu esta-
va tentando dizer a ele o que fazer e “É claro que não” continuou ele. “O
o Stefan não deixava. seu problema é transformar o Sr.
Fulano (e a Indústria X) em seu
“Afinal, rapaz, o que você está que-
cliente” disse, com uma segurança
rendo?” eu perguntei, com visível
desconcertante. “O seu problema,
mau humor. “Me responda você, o
engenheiro Ênio, é ser contratado.
que você está querendo fazer?” ele
Depois que você for contratado, o
me devolveu a pergunta.
problema que era do seu cliente
“Eu estou resolvendo o problema do passa a ser da sua conta e você
meu cliente” eu disse, cheio de precisa resolvê-lo. Mas aí estará
auto-confiança. sendo pago para isso. Por enquan-
“Que seu cliente?” ele me pergun- to, o cliente tem um problema e
tou. “Ora, que cliente”, eu respondi: você tem outro. O cliente precisa
“O Sr. Fulano. A Indústria X” encontrar uma solução para o
problema dele e você precisa re-
“E quem disse que eles são seus clien- solver o seu. Se você der a solução
tes? Você já foi contratado, por acaso” do problema do cliente antes de ser

http://www.tqs.com.br TQS - Tecnologia e Qualidade em Sistemas


38
ARTIGO TQSNEWS

O ciúme entre gigantes


Por Dr. Eng. Augusto Carlos de Vasconcelos

A História da Humanidade está re- polêmico, que sempre procurava al-


pleta de casos de ciúmes entre pes- guma briga. A História conta que
soas ilustres, que já galgaram pos- existem retratos ou desenhos ou
tos privilegiados no prestígio inter- bustos de todos os homens famo-
nacional, que não precisavam se sos da ciência, menos o de Hooke.
preocupar com questões de priori- Argumentou-se que, ou Hooke era
dade. Nossa política atual apresen- muito feio e nunca se deixou retra-
ta casos incríveis que, se nada tar, ou Newton que com o prestígio
fosse mencionado, não traria con- que tinha e como presidente da
seqüências desastrosas que nem Royal Society de Londres, mandou
precisariam existir. queimar ou rasgar todas as figuras
A intenção deste artigo é chamar a representativas de Hooke...
atenção para diversos casos curio- As disputas entre Newton e Hooke contato entre uma lente e um plano,
sos. Devemos evitar a citação de chegaram ao ponto de Newton pra- Hooke tomou para si essas expe-
eventos que ainda estão em foco ticamente impedir que qualquer pes- riências e se arvorou como desco-
para evitar melindres e discussões quisador se interessasse pela “elas- bridor. Este fato enfureceu Newton,
desnecessárias. ticidade” dos materiais pois aquilo que se lançou com toda a virulência
era assunto sem importância que contra Hooke.
estava sendo analisado com futilida-
“...às vezes se interessava de por Hooke. Não valia a pena
tanto pelo artigo que lia, que deter-se em assunto tão insignifi-
“As disputas entre Newton e
atrasava sua publicação cante pois isso significava apoiar Hooke chegaram ao ponto
para se inteirar melhor do Hooke. Com essa atitude, Newton de Newton praticamente
assunto e confirmá-lo com
conseguiu atrasar a “Teoria da Elas- impedir que qualquer
ticidade” na Inglaterra por mais de pesquisador se interessasse
pesquisas próprias. Isto 100 anos. Como Hooke morreu 27
ocasionou grande mal estar pela “elasticidade” dos
anos antes de Newton, seus estudos
com Christian Huygens, já ficaram “esquecidos” porque nin- materiais pois aquilo era
famoso físico da Holanda, guém se atreveria a abordar um pro- assunto sem importância
que se viu prejudicado e blema que Newton repudiava. So- que estava sendo analisado
mente depois da morte de Newton é com futilidade por Hooke.”
acusou Hooke de plágio.” que Thomas Young retomou os es-
tudos de Hooke e criou a noção de
módulo de elasticidade, que até hoje Parece que Newton era um indivíduo
O primeiro caso que me ocorre é o
ainda é conhecido na Inglaterra rancoroso, que não podia discutir
do ciúme doentio entre Robert com Hooke, que era um criador de
Hooke e Isaac Newton. Pelos rela- como “módulo de Young”. A própria
teoria da elasticidade foi desenvolvi- “casos”. Também com Leibnitz a
tos históricos, Hooke, como mem- disputa foi bastante acalorada. New-
bro da Royal Society de Londres, da na França, onde os pesquisado-
res não se sentiam influenciados por ton descobriu uma maneira mate-
tinha a função de verificar como Cu- mática de cálculo de áreas num tra-
rator of Experiments os pedidos de Newton. Note-se que as primeiras
conquistas naquele campo se balho denominado De quadratura
patentes antes de sua publicação curvorum. Isto levou à descoberta
nas Transactions. Acontece que ele, devem a matemáticos e físicos fran-
ceses, como Cauchy, Poisson, do cálculo integral que então deno-
que também fazia pesquisas, às minava de fluxões. Ao invés de pu-
vezes se interessava tanto pelo arti- Saint-Venant, Navier, não existindo
entre eles nenhum pesquisador in- blicar logo suas descobertas, deixou
go que lia, que atrasava sua publi- passar muito tempo antes de divul-
cação para se inteirar melhor do as- glês contemporâneo de Newton.
ga-las. Só se tem notícias disso
sunto e confirmá-lo com pesquisas Newton dedicou muito tempo ao através de algumas cartas que
próprias. Isto ocasionou grande mal estudo da ótica. Simultaneamente foram preservadas onde falava da
estar com Christian Huygens, já fa- Hooke estudou as células por meio determinação das tangentes. Por
moso físico da Holanda, que se viu de lentes de aumento, tendo sido outro lado, Leibnitz se preocupou
prejudicado e acusou Hooke de plá- considerado como o inventor do mi- com o cálculo diferencial, que era o
gio. O mesmo aconteceu com New- croscópio ótico, que, na realidade problema oposto ao estudado por
ton, que também julgou Hooke um foi descoberto por Janssen. Quan- Newton. Leibnitz também se corres-
indivíduo de mau caráter, que arro- do Newton percebeu que a luz bran- pondeu com Newton e não se sabe
gava para si o mérito de várias des- ca era um conjunto de radiações (ou até onde ele conhecia as descober-
cobertas das quais tomava conheci- corpúsculos) de diferentes cores, tas de Newton. Na ocasião em que
mento através de seu cargo. Hooke depois de suas pesquisas com pris- Leibnitz solicitou prioridade para seu
era conhecido como um indivíduo mas e com os anéis coloridos no cálculo, Newton ficou uma fera.

Janeiro/2006 - nº 22
39
TQSNEWS
No Brasil, na década de 30, no Rio de mação”. Felipe poderia ter ficado estaria ensinando de maneira erra-
Janeiro, destacou-se um professor, quieto ao perceber seu erro. Mas, da. Joppert que era sempre ferino
muito estudioso e interessado em pu- vaidoso como era, escreveu para a em disputas, ficou com o dilema:
blicar tudo o que era novidade. Era revista uma carta solicitando que ou desmascarar Santos Reis,
Felipe dos Santos Reis. Era outra fosse publicada sua réplica, o que criando inimizades, ou perder seu
criatura polêmica. Um verdadeiro se fez no número 76 de julho. Não prestígio diante dos alunos. O fato
criador de caos e metia-se em diver- contente com a resposta, Toledo é que a pendência se prolongou
sas confusões com todos os que o Pisa volta à carga e publica no nú- durante meses, criando situações
criticavam. Não suportava a idéia de mero 77 de setembro e começa muito delicadas...
que alguém fosse melhor do que ele. com a frase: “Na redação de nosso
Desde os bancos escolares, era as- artigo de maio não fomos suficien-
sediado pelos colegas nas vésperas temente claros de modo a sermos "Este, já famoso e
dos exames, para esclarecimentos compreendidos pelo prezado arti- prestigiado
das aulas. Apenas Emilio Baumgart culista do Boletim” e procura expli-
nada lhe perguntava. Um dia, na vés-
internacionalmente, não se
car com detalhes as contradições conformou ao ver seu nome
pera de um exame de estruturas, encontradas. Em seu extenso artigo
Emilio aproximou-se dele, dizendo publicado em dezembro “Contribui- publicado com um processo
que necessitava de seu auxílio. Final- ção ao estudo dos systemas em aproximado dando erros
mente, o único colega esquivo, vinha geral pelo theorema do trabalho mí- maiores do que o novo
pedir-lhe auxílio. O auxílio entretanto nimo” procura amenizar a briga de-
era apenas a tradução de diversos
processo..."
clarando: Ao Doutor Felipe dos
têrmos que Emilio somente conhecia Santos Reis apresentamos nossas
em alemão, pois não assistia às aulas excusas pelo facto de só o citarmos Outro fato polêmico criou-se entre
e só estudava em livros alemães! em pontos em que estamos em de- o professor Lauro Modesto dos
sacordo com os seus trabalhos.Tal Santos e o famoso professor Tele-
não envolve, como diria Poincaré maco van Langendonck, ambos
“Um verdadeiro criador de participantes da redação da NB
“quelque intention malveillante”.
caos e metia-se em diversas 1/78. Lauro havia publicado na re-
confusões com todos os que Com isto termina a polêmica, em que vista ESTRUTURA, de dezembro
o criticavam. Não suportava somente Santos Reis saiu perdendo... de 1980, um artigo de grande ajuda
a idéia de que alguém fosse aos escritórios de projeto: “Um
"Contra tudo o que se fazia novo processo aproximado de di-
melhor do que ele.” mensionamento à flexão oblíqua
até então, Santos Reis foi composta”. Para mostrar que o
A maior polêmica surgiu quando contra o projeto, calculando processo era realmente bom, com-
Felipe resolveu publicar, em 1930, o empuxo separando a fase parou os resultados com outros 10
no Boletim do Instituto de Engenha- sólida do solo da fase líquida. processos aproximados conheci-
ria de São Paulo, um artigo denomi- Na fase sólida ele descontava dos, dentre os quais o do professor
nado “Os erros dos theoremas de Langendonck. Este, já famoso e
Castigliano nos sistemas isostáti-
o empuxo de Arquimedes. prestigiado internacionalmente,
cos e hiperestáticos”. O artigo, Na fase líquida ele não se conformou ao ver seu nome
sendo longo demais, foi publicado descontava a fração ocupada publicado com um processo apro-
em duas partes, a segunda saindo pelos grãos de terra." ximado dando erros maiores do
no número seguinte. No número que o novo processo de Lauro, e
subseqüente, Felipe continuou in- publicou comentários no número
sistindo no mesmo tema com o ar- Santos Reis vivia polemizando e seguinte da revista, na seção “Cor-
tigo “Ainda algumas ponderações esta não foi a última. Com o pro- respondência”, usando frases
sobre as nossas pesquisas relativas fessor Maurício Joppert houve como estas: “...devia mostrar ao
aos theoremas de A.Castigliano”, uma discussão a respeito do cál- autor em pauta que não podia ser
onde faz algumas generalizaçòes, culo do empuxo de terra encharca- usado...para tirar as conclu-
procurando aplicar o teorema na da, de um muro em Niterói. Contra sões...em face de sua substancial
determinação de reações isostáti- tudo o que se fazia até então, San- inadequação”. Lauro resolveu res-
cas. Finalmente, em janeiro de tos Reis foi contra o projeto, calcu- ponder à carta de Langendonck,
1931, termina sua série de publica- lando o empuxo separando a fase ponto por ponto, o que foi publica-
ções com o artigo “Os nossos últi- sólida do solo da fase líquida. Na do no número subseqüente da re-
mos resultados sobre as derivadas fase sólida ele descontava o em- vista. Tudo não passou de um mal
dos trabalhos de deformação, obti- puxo de Arquimedes. Na fase líqui- entendido pois que Langendonck
das de um dos theoremas recente- da ele descontava a fração ocupa- se referia a armaduras distintas nos
mente descobertos”. Foi então que da pelos grãos de terra. Resultava cantos da seção, quando Lauro
o professor Affonso de Toledo Pisa, um empuxo muito menor do que o pensava apenas em armaduras si-
da Escola Politécnica, não se con- habitual. Os alunos de Joppert co- métricas, como sempre se faz na
teve. Publica em maio de 1931, na meçaram a perguntar-lhe o que era prática. Este acontecimento deplo-
mesma revista, sua réplica: “Sobre certo, colocando Joppert em difi- rável não precisava ter acontecido
as derivadas do trabalho de defor- culdade diante dos alunos, pois e Langendonck perdeu uma opor-

http://www.tqs.com.br TQS - Tecnologia e Qualidade em Sistemas


40
TQSNEWS
tunidade magnífica de elogiar um ciúme doentio de Fritz Leonhardt a baixa por causa das elevadas per-
belo trabalho de seu pupilo, cres- quem chamava de charlatão. Leo- das lentas. Freyssinet insultou Abe-
cendo ainda mais na admiração de nhardt ficou famoso pelas numero- les no Congresso de Liège, dizendo
seus contemporâneos! sas contribuições ao concreto pro- que, ao instalar as rodas de seu
Fora do Brasil, são inacreditáveis os tendido, com numerosas obras e carro, ele procurava apertar as por-
ciúmes nas reuniões do CEB duran- cálculos importantes. Rüsch, cas sempre com a máxima força
te as discussões dos Códigos Mo- como consultor da Dickerhoff & possível e nunca apertar algumas e
delos, porém mais por causa das Widmann, entrava constantemente deixar as demais frouxas. Isso cau-
nações envolvidas do que das pes- em conflitos com Leonhardt. Muito sou hilariedade geral e Abeles sen-
soas. São os chamados ciúmes pa- ligado às normas de concreto pro- tiu-se menosprezado. Ele não viveu
trióticos, principalmente envolvendo tendido que estavam começando a o suficiente para perceber que o
Alemanha e França. surgir, com muita participação de mundo seguiu suas idéias e não as
Rüsch e com divergências de Leo- de Freyssinet!
nhardt, constituiam freqüentemen-
"Este acontecimento te motivo de disputas e desenten-
dimentos. O fato é que eram os “Em Munique, o professor
deplorável não precisava ter
dois maiores gigantes do concreto Hubert Rüsch, por volta de
acontecido e Langendonck protendido do mundo, em desa- 1955, tinha um ciúme doentio
perdeu uma oportunidade venças sem fim... de Fritz Leonhardt a quem
magnífica de elogiar um belo
Na França, ficaram célebres as al- chamava de charlatão.
trabalho de seu pupilo, tercações entre Eugène Freyssinet e Leonhardt ficou famoso pelas
crescendo ainda mais na Paul Abeles. Este, após executar numerosas contribuições ao
admiração de seus dormentes de concreto protendido
com fio aderente, chegou à conclu-
concreto protendido, com
contemporâneos!"
são de que as resistências eram as numerosas obras e cálculos
mesmas caso todo os fios fossem importantes.”
No campo do concreto ficaram fa- esticados com a força máxima ou
mosas as discussões, desde os pri- se uma fração deles ficasse sem
mórdios, entre Emil Mörsch, o cria- Se V., caro leitor, conhece alguns
protensão. Em ambos os casos a
dor do cálculo do concreto armado, casos de disputas, guarde-os para
carga de ruína era a mesma, porém
e Dischinger, outro estudioso e par- si. Não haverá qualquer vantagem
a peça com protensão total apre-
ticipante da firma Dickerhoff & Wid- em torná-los públicos. Sempre irri-
sentava na ruína fissuras menores e
mann, concorrente da firma Weyss tará alguns ânimos e V. pode pas-
flechas reduzidas.
& Freytag à qual pertencia Mörsch. sar por mentiroso... Ninguém
Decorridos alguns anos, entretanto, gosta de ser criticado e prefere
Em Munique, o professor Hubert a protensão residual na peça com ficar na ilusão de que seu erro não
Rüsch, por volta de 1955, tinha um protensão total era muito mais foi percebido.
Eng. Marcio Adriano S. Araujo - Structural Eng., Palmas, TO

Eng. Carlos Franco, São Paulo, SP

Janeiro/2006 - nº 22
41
ARTIGO TQSNEWS

Sistema Mix de Análise Estrutural


O Sistema Mix é voltado à análise estrutural de um gran- todos os recursos desenvolvidos pela Stabile para o di-
de número de estruturas passíveis de serem modeladas mensionamento de estruturas de aço.
através de elementos finitos. Entre as diversas aplica- Com lançamento previsto para abril/ 2006, o novo produto será
ções que podem ser modeladas no Mix Windows, pode- distribuído pela TQS Informática Ltda.
mos citar: estruturas espaciais (treliças e pórticos),
muros de arrimo, reservatórios, silos, pontes, torres, gal- Mapas de valores de esforços
pões mistos etc.
Vamos aqui divulgar as mais recentes novidades sobre o
Sistema Mix de análise estrutural e apresentar alguns re-
cursos implementados.
O Sistema Mix está em plena utilização por inúmeras
empresas e profissionais de engenharia estrutural. Mos-
traremos aqui alguns exemplos reais de sua aplicação.

Dimensionamento de estruturas de aço - juntando


esforços

Já está disponível, na versão corrente do sistema, a


opção para apresentação dos resultados de esforços em
elementos finitos (chapa, placa e casca) através de
mapas coloridos. Nesses mapas, a variação da intensi-
dade do esforço atuante é representada pela variação
das cores pintadas no mapa.

Geração de cargas que variam em função das


coordenadas
Na próxima versão do sistema, estará disponível um re-
As empresas Stabile Engenharia e Pinheiro Medeiros In- curso para geração automática de carga distribuída, cuja
formática estão trabalhando em conjunto para integrar intensidade varia em função das coordenadas cartesia-
os módulos mCalc de dimensionamento de estruturas nas do seu ponto de aplicação. Exemplos típicos da
de aço ao Sistema Mix. Com essa integração, os usuá- aplicação desse recurso são: geração das cargas cor-
rios do sistema MIX passarão a ter a sua disposição respondentes a pressão de um líquido sobre paredes de

http://www.tqs.com.br TQS - Tecnologia e Qualidade em Sistemas


42
TQSNEWS
reservatórios; geração das cargas de empuxo de solo Tanque elevado - indústria siderúrgica
sobre paredes de muros de arrimo; geração das cargas
de empuxo de grãos sobre paredes de silos.

Exemplos reais de utilização do Mix


A seguir são mostrados alguns exemplos de estruturas
analisadas por usuários do Mix.

Ginásio poli-esportivo - freqüência própria

O primeiro exemplo é um ginásio de concreto armado


pré-moldado com solidarizarão posterior projetado pela
França & Associados, a ser construído na cidade do Rio
de Janeiro. Com capacidade para 18.000 espectadores
e uma área de 42.000 m2, esse ginásio poli-esportivo
tem sua estrutura composta por setores separados por
juntas de dilatação. Na figura acima, é apresentado um
dos modos de vibração de um desses setores.

Edifício comercial em pré-moldado O terceiro exemplo é um tanque elevado de concreto ar-


mado destinado ao espessamento de lama siderúrgica.
Esse tanque, com capacidade de 800 m3 e diâmetro má-
ximo de 15 m, teve seu projeto supervisionado pela
Enge-W Cálculos e Projetos. Na figuras acima, são apre-
sentadas a geometria desse tanque e a sua deformada
ampliada para operação em capacidade máxima.

Informações gerais
O Sistema Mix faz parte de algumas versões dos siste-
mas gerais da TQS apenas na etapa de resolução do
sistema de equações (solver). O Sistema Mix aqui apre-
sentado opera independentemente dos sistemas
CAD/TQS e tem interface extremamente amigável de
entrada de dados e completa saída de resultados.
Desta forma, estruturas não usuais podem ser resolvi-
das pelo Mix sem a integração com os sistemas
CAD/TQS, tendo, portanto, um amplo campo de apli-
O segundo exemplo é um prédio de concreto armado cação na análise estrutural.
pré-moldado projetado pela CMA - Carlos Melo & Asso-
ciados com área de 8.867 m2, a ser construído na cida-
de de Santa Bárbara do Oeste. Na figura acima, são O Sistema Mix é um sistema nacional, desenvolvido integralmente
apresentados os diagramas de momentos fletores e de pelo eng. Sérgio Ricardo Pinheiro Medeiros e comercializado pela
cortantes em algumas de suas vigas. TQS Informática Ltda.

Janeiro/2006 - nº 22
43
ARTIGO TQSNEWS

Resumo estrutural
Um importante recurso nas mãos do
engenheiro/usuário dos sistemas CAD/TQS

Elaborar projetos de estruturas de Para carregar o Resumo Estrutural de Além disso, no final do relatório, é
concreto não é uma tarefa simples. um edifício, selecione-o na árvore do possível visualizar uma lista resumida
Envolve estudo, conhecimento técni- Gerenciador e clique sobre o botão de avisos e erros detectados durante
co e dedicação. E, ao mesmo tempo, existente na barra de ferramentas, o processamento. É importante sa-
agilidade, produtividade e eficiência. conforme mostra a figura a seguir. lientar que os erros classificados
Com a entrada em vigor da NBR como “Grave” são graves mesmo!
6118:2003, o nível de exigências de Portanto, obrigatoriamente precisam
um engenheiro de estruturas pare- ser verificados e solucionados.
ce ter aumentado ainda mais. Di-
versas novas formulações e verifi-
cações passaram a fazer parte do
processo de elaboração de um pro-
jeto estrutural. O Resumo Estrutural é gravado num
Paralelamente a este fato, e tam- arquivo em formato html, é exibido
bém como conseqüência direta em cores, e possui o conteúdo
deste panorama, os sistemas com- mostrado na figura a seguir.
putacionais de Engenharia torna-
ram-se mais robustos e complexos.
A interpretação dos resultados emi- Em diversos pontos do Resumo Es-
tidos por um software tornou-se sig- trutural, os resultados obtidos do
nificativamente mais trabalhosa. E processamento são comparados
com isso, as chances de definição com valores de referência que,
de soluções estruturais equivoca- quando superados, são evidencia-
das aumentaram. dos na cor vermelha. Estes valores
de referência podem ser editados
As seguintes questões então ficam através de um comando existente
em aberto: no Gerenciador, conforme mostra a
- Como saber se os dados forneci- figura a seguir.
dos ao sistema foram interpreta- Informações importantes contidas
dos de forma correta? no relatório, tais como a distribuição
- Como saber, sob ponto de vista de carga no edifício, as reações ob-
global, se a estrutura está com um tidas nas grelhas e no pórtico espa-
comportamento adequado? cial, as cargas médias, as taxas de
- Como obter, de forma ágil, parâ- consumo de aço, concreto e fôrma,
metros que evidenciem que o pro- servem como excelentes subsídios
jeto está no caminho certo? para que o engenheiro possa avaliar
se existe algum dado definido incor-
- Como saber se ocorreu alguma falha retamente no programa.
grave durante o processamento?
Já, outros resultados relevantes Concluindo: a partir da versão 11, o
A versão 11 dos sistemas CAD/TQS como os parâmetros de instabilida- engenheiro/usuário dos sistemas
foi marcada principalmente pela de global, os deslocamentos no CAD/TQS pode, através do Resumo
adaptação das prescrições da nova topo do edifício, as flechas e fre- Estrutural, avaliar o processamento
norma de concreto. No entanto, é quências próprias dos pavimentos, de uma estrutura de forma mais efi-
importante lembrar que um recurso servem como um ótimo ponto de ciente. Trata-se de um recurso bas-
inédito, e que vem exatamente de partida para uma análise do com- tante importante e quase indispen-
encontro com a situação descrita portamento da estrutura. sável na elaboração de projetos nos
anteriormente, foi disponibilizado a dias atuais.
todos os usuários do sistema.
Alio E. Kimura - TQS Informática
Trata-se do Resumo estrutural. Ltda.
Neste relatório, diversas informações
relevantes do processamento de
uma estrutura foram reunidas de
forma organizada, possibilitando que
uma análise global do comporta-
mento estrutural de um edifício seja
realizada de forma bastante eficaz.

http://www.tqs.com.br TQS - Tecnologia e Qualidade em Sistemas


44
NOTÍCIAS TQSNEWS
Feicon 2006 XXXII Jornadas Sulamericanas de
4 a 8 de abril - Anhembi, São Paulo, SP Engenharia Estrutural
22 a 26 de maio de 2006 - Unicamp,
Estaremos mais uma vez presentes na Feira Internacio-
nal da Indústria da Construção (Feicon) - demonstrando Campinas, SP
os sistemas, apresentando as novidades da nova versão
dos sistemas CAD/TQS, a V 12, elucidando dúvidas e A XXXII Jornadas Sulamericanas de Engenharia Estrutu-
trocando idéias com nossos clientes e amigos sobre os ral, evento técnico que será realizado entre 22 e 26 de
futuros desenvolvimentos e o mercado em geral. maio de 2006, na Universidade Estadual de Campinas -
Unicamp. Abordará neste ano os seguintes temas:
Para maiores informações, acesse: http://www.feicon.com.br. - procedimentos construtivos
Compareçam. Não percam as promoções comerciais - ações e segurança nas estruturas
para a aquisição dos sistemas. Estaremos situados - monitoramento, manutenção e reforço das estruturas
na rua A, em frente ao estande da Belgo e da Gerdau. - investigações teóricas, experimentais, numéricas e
computacionais
- interação arquitetura-estrutura
VI Simpósio EPUSP sobre Estruturas - materiais estruturais
de Concreto - normalização
08 a 11 de abril de 2006 - Cidade Palestrantes internacionais:
Universitária, São Paulo, SP Prof. Dr. Ing. Balthasar Jan Ludwig Maria Novák (Alemanha)
Ao longo das últimas edições do Simpósio EPUSP sobre Prof. Hon. Civil Eng. Julius Natterer (Suiça)
Estruturas de Concreto, consolidou-se a necessidade de Consulting Eng. Ing. Civile Mario de Miranda (Itália)
manter viva a discussão sobre o contínuo aperfeiçoamen- Ph. D. Eng. Civil Dinar Reis Zamith Camotim (Portugal)
to das técnicas de projeto, execução e controle de estru- Prof. Dr. Arch. Wojciech Zablocki (Polônia)
turas de concreto e sua integração com os projetos de ar-
Maiores informações podem ser obtidas no site do Sim-
quitetura. Esse processo contínuo cria a oportunidade de
reunir, a cada três anos, especialistas e interessados no pósio (www.unicamp.br/jornadas2006) ou através do e-mail
jornadas2006@fec.unicamp.br
setor para um amplo debate, discutindo com renomados
cientistas, engenheiros e arquitetos, nacionais e estrangei-
ros, à luz das novas tecnologias disponíveis. Esse evento
será também uma oportunidade para a apresentação e Construsul 2005
discussão de tecnologias de ponta aplicáveis ao projeto, à 4 a 7 de agosto, Porto Alegre, RS
execução, à recuperação e à manutenção de estruturas de
concreto. Fonte: http://www.eventoweb.com.br/visimp/ Estivemos presentes mais uma vez na Feira da Indústria
Palestrantes internacionais convidados da Construção Civil (Construsul), que realizou-se de 4 a
Koichi Maekawa (Univ. Tokyo, Japão) 7 de agosto de 2005, no Centro de Exposição da
Karl-Heins Reineck (Univ. Stuttgart, Alemanha) FIERGS, em Porto Alegre. Como sempre, fomos agracia-
Luc Taerwe (Ghent Univ., Bélgica) dos com a ótima hospitalidade dos gaúchos, em espe-
Daniel Kuchma (Univ. Illinois at Urbana, Champaign, Es- cial do nosso representante, o engenheiro Luiz O. Bag-
tados Unidos) gio Livi. Compareceram ao nosso estande muitos ami-
gos e clientes, além, é claro, de muitos interessados em
M. P. Collins (Univ. Toronto, Canada)
conhecer melhor os sistemas CAD/TQS.
Maiores informações podem ser obtidas no site do Sim-
pósio (http://www.pef.usp.br/VIsimp) ou através do e-mail
leandro.trautwein@poli.usp.br.

Engenheiros Herbert Maezano e Luiz O. Baggio Livi no


estande TQS
Veja mais: http://www.diogosalles.com.br

Janeiro/2006 - nº 22
45
TQSNEWS
Palestra na Universidade Santa Cecília
16 de agosto de 2005, Santos, SP
Tivemos o prazer de participar do evento com a pales- Agradecemos à Universidade Santa Cecília pelo convite,
tra: “O sistema computacional dentro do projeto estrutu- em especial ao professor Iberê Martins da Silva e à pro-
ral” na Semana Ceciliana de Engenharia Civil, no dia 16 fessora Edith pela atenção e hospitalidade.
de agosto, em Santos.

Auditorio Eng. Herbert J. Maezano

Fundações e estruturas de edificações


Workshop sobre as interfaces técnicas e profissionais
26 de agosto de 2005, Curitiba, PR
Fonte: mensagem enviada pelo engenheiro Sergio Stolo- Chamecki deu o pontapé inicial resumindo de maneira
vas, Curitiba, PR à Comunidade TQS. muito didática e abrangente os conceitos básicos da IFE.
O professor Luis Russo falou sobre as Metodologias de
Nelson Covas declara: “Os engenheiros geotécnicos de SP
Consideração da IFE e descreveu resultados de uma inte-
nunca me deram os coeficientes k”. No workshop sobre ressantíssima pesquisa sobre avaliação da resposta do
fundações e estruturas de edificações, Nelson Covas de- solo em uma estrutura real. O professor Marcos Marinho
clarou, ante um público de quase 200 profissionais, que os referiu-se aos aspetos normativos da IFE (desde o ponto
engenheiros geotécnicos de Sáo Paulo não foram os que de vista estrutural) e chamou a atenção sobre como os
deram a ele os coeficientes k (de resposta do solo). É sabi- efeitos de vento deveriam ser tomados em conta na veri-
do que Nelson Covas é engenheiro civil desde 1970, o que ficação das fundações (em termos de coeficientes de se-
levanta graves suspeitas sobre a origem de bilhões de kilo- gurança). Também gostei muito da exposição feita pelo
newtons por metro cúbico ao longo de sua brilhante carrei- engenheiro Laércio Holtzmann que explicou de forma
ra profissional. Se isso não for suficiente, antes de abando- clara como deveria ser feita a gestão das interfaces entre
nar o local do evento, Nelson Covas declarou: “Eu não sou profissionais em um projeto. Nosso prezado colega da co-
de São Paulo, sou de Minas Gerais, por isso não posso per- munidade, o engenheiro Jorge Silka, demonstrou uma vez
der o vôo ...” . Ou seja, que sendo ele mineiro, tenham cer- mais seu altíssimo nível profissional expondo casos con-
teza absoluta: Nelson Covas será chamado a declarar ante cretos de projetos, dos quais se despreende uma interes-
a CPI “das fundações e dos coeficientes de mola”.... sante perspectiva de como se podem usar as ferramentas
Falando sério, a intervenção de Nelson Covas foi bri- de cálculo de maneira exaustiva sem perder o foco prag-
lhante, e como sempre bem complementada por seu mático. Também foi excelente a exposição do engenheiro
Moacir Inoue, cujo enfoque se centralizou nas possibilida-
fino sentido do humor.
des de modelar assertivamente a IFE e no fato de que o
Sem dúvida, o workshop foi um sucesso, e “todas” as ex- único impedimento (aparente) para uma representação
posições e intervenções foram interessantes. Desejo des- realista do comportamento é a falta de parâmetros confiá-
tacar algumas das exposições, mas certamente todas veis na simulação do solo nos modelos. Parabéns a todos
elas foram muito boas. A exposição do professor Paulo que fizeram parte do evento.

Auditório Auditório - Eng. Ney Nascimento

http://www.tqs.com.br TQS - Tecnologia e Qualidade em Sistemas


46
TQSNEWS
Workshop Estruturas de Concreto em Situação de Incêndio
Agosto de 2005 - Instituto de Engenharia, São Paulo, SP
No mês de agosto, realizou-se no Instituto de Engenha- O professor doutor Valdir Pignatta e Silva, contando com
ria de São Paulo um Workshop sobre projeto de estrutu- a colaboração da doutoranda Carla Neves Costa, mode-
ras de concreto em situação de incêndio.O evento con- raram o evento. O texto da NBR 15200 foi comentado
tou com a presença de 30 engenheiros. com detalhes e foram apresentadas alternativas de di-
mensionamento com base no Eurocode.
Com duração de 16 horas, divididas em 2 sábados,
foram abordados tópicos tais como: comportamento do Em vista de se tratar de um tema novo para o meio téc-
concreto a altas temperaturas, exigências de resistência nico brasileiro, resolveu-se prosseguir as discussões,
ao fogo das estruturas de concreto conforme NBR agora com aplicações práticas.
14432:2000 e IT n° 8 do Corpo de Bombeiros de São A TQS Informática Ltda, juntamente com a ATEX, patro-
Paulo, dimensionamento de estruturas de concreto em cinaram o evento.
situação de incêndio conforme NBR 15200:2004 e Euro-
code 2 e comparação à NBR 6118:2003, entre outros.

XVII Semana de Engenharia da Escola de Engenharia Mackenzie


29 de agosto a 2 de setembro de 2005 - Mackenzie, São Paulo, SP
Entre os dias 29 de agosto e 2 de setembro de 2005,
aconteceu na Universidade Presbiteriana Mackenzie-SP
a XVII Semana de Engenharia, um evento que visa inte-
ragir o aluno e o mercado de trabalho.
Participamos do evento com duas palestras abordando
o seguinte tema:
Projeto de Estruturas com o Auxílio De Recursos Com-
putacionais
I - Software na engenharia Auditório (acima) e Eng. Herbert Maezano da TQS (abaixo)
II - Etapas de Projeto
III - Exemplos de Edifícios
IV - Futuro
V - Conclusões
Agradecemos à comissão organizadora do evento pelo
convite e esperamos estar presentes no ano que vem.

47° Congresso Brasileiro do Concreto


2 a 7 de setembro de 2005, Olinda, PE
O 47° Congresso Brasileiro do Concreto, cujo tema prin- Marcio Correa, Marcio Ramalho, Mounir K. El Debs, Mar-
cipal foi “Concreto, Desenvolvimento e Qualidade de celo Ferreira, Samuel Giongo, Libânio M. Pinheiro, João
Vida” realizou-se em Olinda, no período de 2 a 7 de se- B. Hanai, Roberto Chust de Carvalho etc. Outro ponto
tembro de 2005, no Centro de Convenções de Pernam- notável que pudemos constatar é a força e a penetração
buco, sob a organização da Regional de Pernambuco. da Comunidade TQS. Inúmeros colegas tiveram a opor-
Estivemos, mais uma vez, presentes com estande pró- tunidade de conhecer, pessoalmente, aqueles que mais
prio, recebendo os colegas de todo o Brasil que já se participam com o envio de mensagens.
acostumaram com nosso ponto de encontro. Ao longo dos 5 dias do Congresso, foram proferidas inú-
Como sempre, o Congresso foi um sucesso. Tivemos a meras palestras, muitos bate-papos, jantares (com mui-
oportunidade de encontrar inúmeros clientes, amigos e tos camarões), anedotas, etc., numa confraternização
potenciais clientes TQS. Pudemos trocar idéias sobre a geral de bastante amizade e companheirismo.
nova norma NBR 6118:2003, esclarecer dúvidas, de- Como pontos de destaque do Congresso para a enge-
monstrar os sistemas, anotar sugestões, etc. nharia estrutural, citamos:
Destaque para a grande comitiva de colegas, engenhei- - lançamento do livro “Emílio Baumgart” pelo professor
ros estruturais, que vieram de Fortaleza-CE, de Natal e de Augusto Carlos Vasconcelos;
Salvador. Com relação aos professores, a cidade de São - lançamento do livro “Concreto, Ensino, Pesquisa e
Carlos - USP e Federal - esteve representada por diver- Realizações” pelo Ibracon - professor Geraldo Isaia;
sos colegas de renome, professores doutores, tais como:

Janeiro/2006 - nº 22
47
TQSNEWS
- premiação do colega professor doutor Túlio Nogueira - palestras sobre o tema arquitetura e estruturas proferi-
Bittencourt. Prêmio Fernando Luiz Lobo Carneiro, des- das pelo arquiteto Ruy Ohtake e pelo professor doutor
taque do ano em pesquisa de concreto estrutural. Mario Franco (Hotel Unique);
- premiação do colega engenheiro Julio Timerman. Prê- - premiação do colega Antonio Carlos Zorzi. Prêmio
mio Emílio Baumgart, destaque do ano em engenharia Argos Menna Barreto, destaque ao ano em engenharia
estrutural; de construção.
- palestra do “ACI 318 vs. ISO 19338 vs. NBR 6118”, Neste ano, a partir das 17 horas, o acesso para visitas
proferida pelo doutor James Cagley, presidente do ACI, à área dos expositores no Congresso foi liberado. Infe-
professor doutor Túlio N. Bittencourt e professor dou- lizmente poucos colegas de Recife compareceram. É
tor Fernando Rebouças Stucchi; necessário encontrar uma fórmula para melhorar esta
- palestra do lendário professor P. Kumar Mehta, sobre o integração entre os profissionais da região e este gran-
tema Smart Concrete: The Most Powerful Solution for de evento que é o Congresso do Ibracon. Para o próxi-
Sustainable Development; mo ano, pretende-se melhorar a divulgação desta pos-
- painel sobre o tema “Lições do Areia Branca”, sob a coor- sibilidade de acesso.
denação do professor doutor Romilde Almeida de Oliveira; Mais uma vez realizamos no final do evento o tradicional
- painel “Assuntos controversos, vida útil das estruturas de sorteio de um sistema CAD/TQS - EPP. Centenas de co-
concreto, reação alcali-agregado (RAA)”, coordenado legas inscreveram-se. Ao contrario dos demais anos, um
pelo professor Paulo Helene e participação dos engenhei- engenheiro cearense não ganhou o sorteio, pois desta
ros Claudio Amaral; doutor Selmo Kuperman; Francisco vez a ganhadora foi a colega engenheira Margarida Cha-
Bacelar, professor Sérgio Ozório, Luiz Arnaldo de Melo; cur Gonçalves de Gramado, RS. Meus agradecimentos
- congresso cientifico com 31 artigos sobre estruturas também para o professor doutor Romilde Almeida de
pré-fabricadas e 62 artigos sobre projetos de estrutu- Oliveira que, gentilmente e de forma isenta e imparcial,
ras de concreto; nos auxiliou no sorteio.

Eng. Nelson Covas Público presente ao sorteio

Engenheiros Nelson Covas e Margarida Chacur Engenheiros Dácio Carvalho, Julio Timerman e Luiz Aurelio

Engenheiros Nelson Covas, Ruy Fonseca, A.C. Laranjeiras, A. C. Vasconcelos apresentando o ProUni para os engenheiros
Antônio Palmeira, Luiz Aurélio, Gamal Asfora, Newton de da T&A e ao Prof. Dr. Kim Elliott
Oliveira, Murilo Miranda e Justino Vieira

http://www.tqs.com.br TQS - Tecnologia e Qualidade em Sistemas


48
TQSNEWS
Curso Técnico Padrão
Sistemas CAD/TQS - V11
Após o término e consolidação dos sistemas computa- res, lajes, pórtico, grelha etc.). Todo o curso está basea-
cionais CAD/TQS para o atendimento às prescrições da do em exemplos de edifícios reais e a apresentação é
nova norma brasileira de concreto armado, NBR composta por slides explicativos e comentados, acom-
6118:2003, dedicamos nossos esforços à preparação de panhados da operação real do sistema.
um curso técnico padrão TQS, visando oferecer aos
Com o material (CD, slides, fluxogramas, edifícios com-
nossos clientes uma nova modalidade de aprendizado.
pactados e apostila) distribuído no curso o usuário po-
Este novo curso, uma antiga reivindicação dos usuários, derá reproduzir as aulas no seu próprio escritório.
tem o objetivo de dar uma visão geral dos sistemas, ex-
plicar o funcionamento dos principais menus, apresentar No segundo semestre de 2005, proferimos o Curso Téc-
diversos fluxogramas gerais de operação e fornecer ex- nico Padrão nas seguintes capitais: São Paulo, Salvador,
plicações detalhadas de cada sub-sistema (vigas, pila- Belém, Porto Alegre e Rio de Janeiro:

Setembro de 2005, Salvador Setembro de 2005, Salvador

Outubro de 2005, São Paulo Outubro de 2005, São Paulo

Outubro de 2005, São Paulo Outubro de 2005, São Paulo

Janeiro/2006 - nº 22
49
TQSNEWS

Novembro de 2005, Belém Dezembro de 2005, Rio de Janeiro

Em 2006, pretendemos visitar as demais capitais, além


de novas turmas em São Paulo.

Dezembro de 2005, Porto Alegre

Dezembro de 2005, Porto Alegre Gosch & Barão Ltda, Curitiba, PR

Dezembro de 2005, Rio de Janeiro

http://www.tqs.com.br TQS - Tecnologia e Qualidade em Sistemas


50
TQSNEWS
Palestra técnica: Protensão em Edifícios
19 de outubro de 2005, Brasília, DF
A comunidade da construção de Brasília, por meio da - ações da protensão sobre a estrutura;
Comissão de Materiais e Tecnologia do Sinduscon-DF, - tipos de “sistemas” estruturais com a protensão;
realizou em Brasília, no dia 19 de outubro, uma palestra - importantes verificações sobre o comportamento glo-
técnica sobre “Protensão em Edifícios - Tópicos sobre bal da estrutura;
Projeto e Execução”.
- importantes aspectos sobre o detalhamento de arma-
O palestrante foi o engenheiro Luiz Aurélio Fortes da duras;
Silva, da TQS Informática. - prescrições e cuidados para a boa execução;
Foram abordados, nessa palestra, os seguintes tópicos: - mesa de debates com a participação do professor
- introdução a protensão; Marcello da Cunha Moraes.

Engenheiro Luiz Aurélio da TQS e Prof. Dr. Marcello da Auditório


Cunha Moraes

7° Seminário Tecnologia de Estruturas


19 e 20 de outubro de 2005, São Paulo, SP
Realizou-se, em São Paulo, nos dias 19 e 20 de outubro O evento contou com as seguintes palestras:
de 2005, a 7ª edição do Seminário Tecnologia de Estru- - “Criatividade na engenharia de estruturas em prol da
turas do Sinduscon-SP, evento que vem se realizando racionalização e qualidade” por Fernando Rebouças
ano a ano, desde 1999. Stucchi
Buscando mostrar a importância de se utilizar conheci- - “As alterações da NBR 6122 de projeto e execução de
mento e aperfeiçoamento contínuo, assim como criativi- fundações” por Jaime Domingos Marzionna
dade na concepção e busca de soluções, o seminário pri- - “Fundações em rocha: empreendimentos em Alphavil-
vilegiou de forma mais intensa a apresentação de casos le e Tamboré” por Jorge Batlouni Neto
práticos tanto de fundações como de estruturas que mos- - “Multiplicando Segurança e Qualidade” por Manuel
tram situações desafiadoras e as soluções desenvolvidas. Regueiro Rodrigues
- “Execução de fundações em estaca escavada com ca-
misa metálica perdida - Condomínio Praça Villalobos”
por Roberto Paiva de Almeida e Eduardo Couso Jr.
- “Execução de fundações com ensecadeiras - Edifício
L’Essence Jardins” por Paulo Aridan Soares Mingione
e José Mário Valentin Júnior
- “Pré-Moldados no Sistema Tilt-Up: uma alternativa
para a racionalização e qualidade das estruturas” por-
Vitor Faustino Pereira
Disegno Eng. Proj. SC Ltda, Santos, SP

- “O emprego de elementos estruturais pré-moldados


em estruturas convencionais” por Augusto Guimarães
Pedreira de Freitas
- “CEASA RJ - Reconstrução parcial com o emprego de
pré-moldados” por Luiz Roberto Pasqua
- “Fatores críticos de execução de obras e as conse-
qüências para as deformações de estruturas de con-
creto” por Ricardo Leopoldo e Silva França
Para visualizar as palestras acesse:
http://www.sindusconsp.com.br/downloads/7Seminario_Estruturas.html

Janeiro/2006 - nº 22
51
TQSNEWS
VIII ENECE
26 e 27 de outubro de 2005, São Paulo, SP
Realizou-se, nos dias 26 e 27 de outubro, em São Paulo, portante para todos nós. A Abece institui um novo prê-
o VIII ENECE, que, apesar da pequena redução no nú- mio especial, “Personalidade da Engenharia Estrutural”.
mero de participantes neste ano, ainda mostrou ser o Este prêmio não será periódico e só será entregue em
evento anual realizado no Brasil, com maior compareci- ocasiões especiais. O agraciado, para o nossa forte
mento de projetistas de estruturas. O encontro foi exce- emoção, foi o engenheiro Gabriel Oliva Feitosa, grande
lente, superando as expectativas. ídolo de todos nós, membros da Divisão de Estruturas
do Instituto de Engenharia de São Paulo. Este prêmio é
O evento inaugural, no dia 26, foi a entrega do prêmio
a forma simbólica de homenagear o engenheiro Feitosa,
“Talento na Engenharia Estrutural 2005”. O professor
grande batalhador na busca pela união da nossa classe.
José Luis Cardoso recebeu o prêmio pelo projeto de
O professor José Zamarion Diniz foi nomeado sócio ho-
uma ponte em balanços sucessivos sobre o Canal de Ta-
norário da Abece.
juru, em Cabo Frio, RJ, e o escritório JKMF (Júlio Kassoy
e Mário Franco) ficou em segundo lugar pelo projeto da Algumas palestras apresentadas durante o evento estão
Torre Almirante, no centro do Rio de Janeiro. disponíveis no endereço:
http://www.abece.com.br/enece2005.asp
No dia 27, tivemos um excelente conjunto de palestras.
No meio da tarde, foi realizada uma premiação muito im-

Engenheiros Alio Kimura, Luiz Cholfe, Gabriel Feitosa, Abram Auditório


Belk, Nelson Covas, Luiz Aurélio, Silvio Feitosa e Ruy Fonseca

Mastrogiovanni Engenharia Ltda, Rio de Janeiro, RJ


Engenheiros Gabriel O. Feitosa e Valdir Cruz (presidente da Abece)

Engenheiros Eduardo Millen, Jose Zamarion Diniz e José


Roberto Braguim

http://www.tqs.com.br TQS - Tecnologia e Qualidade em Sistemas


52
TQSNEWS
1° Encontro Nacional de Pesquisa-Projeto-Produção em Concreto Pré-moldado
3 e 4 de novembro, São Carlos, SP
Realizou-se em São Carlos, nos dias 3 e 4 de novem-
bro de 2005, o 1° Encontro Nacional de Pesquisa-Pro-
jeto-Produção em Concreto Pré-moldado. Foram
apresentados diversos trabalhos, subdivididos nos se-
guintes temas: 13 em análise e sistemas estruturais, 5
em ligações, 13 em componentes e materiais, 8 em
lajes pré-fabricadas e 7 em aplicações especiais e ou-
tros assuntos.
O 1° Encontro teve como objetivo a realização de reu-
nião técnica para promover a integração do setor acadê-
mico e do setor produtivo, em relação ao concreto pré-
moldado (CPM).
Engenheiros Nelson Covas, Samuel Giongo, Walter Luiz,
O setor acadêmico foi representado pelos pesquisado- Claudius Barbosa e Mounir Khalil El Debs
res das instituições de ensino do país, incluindo profes-
sores, alunos de pós-graduação e alunos de graduação.
O setor produtivo foi representado pelos projetistas de
estruturas, por fabricantes de equipamentos e produtos
empregados em CPM e pelas empresas de produção de
estruturas de CPM.
O evento foi promovido pela Escola de Engenharia de
São Carlos da USP e pela Universidade Federal de São
Carlos (UFSCAR).

Diversas apresentações estão disponíveis no endereço:


http://www.set.eesc.usp.br/1enpppcpm/apres.htm Engenheiros A.C.Vasconcelos, Petrus Nóbrega e Luiz Aurélio - TQS

Construir 2005 Premiação IME


8 a 12 de novembro, Rio de Janeiro, RJ 23 de novembro, Rio de Janeiro, RJ
Estivemos no Rio de Janeiro, na feira Construir 2005, de No dia 23 de novembro de 2005, no Rio de Janeiro, a 1a
8 à 13 de novembro. Fomos recebidos com a grande Tenente QEM Fortificação e Construção, Luciana da
hospitalidade de sempre, dos nossos amigos e repre- Cunha de Castro Guerra, formada como melhor aluna de
sentantes, engenheiros Eduardo e Oswaldo da CAD Pro- sua turma, recebeu como premiação uma versão dos
jetos Estruturais Ltda. sistemas CAD/TQS - EPP Plus.
Recebemos a visita de vários usuários e amigos no
nosso estande. Dentre eles, estavam: Navarro Adler, An-
tonio Maia, Antonio Araújo, Arnoldo Barmak, Newton
Padão, Thales Pinto, Jorge Flores, Ana Claudia, Ronald
(Noronha Eng.), Cândido Magalhães, Vanderlei Aloísio de
Lima e Cláudio Adler.
Plancton Eng. Cons. Ltda, São Paulo, SP

Engenheiros Eduardo Nunes, Cláudio Adler e Herbert Maezano -


Estande TQS

Janeiro/2006 - nº 22
53
TQSNEWS
Lançamento do livro “Projeto e Execução de Estruturas de Concreto Armado”
6 de dezembro, São Paulo, SP

Eng. Francisco Graziano


Estivemos presentes no lançamento do livro Projeto e
Execução de Estruturas de Concreto Armado, de autoria
do engenheiro Francisco Graziano.
O livro é bem interessante, principalmente para nós, pro-
fissionais de projeto, por tratar com objetividade alguns
temas complexos. Muitos engenheiros de renome nacio-
nal estiveram presentes. O professor Graziano fez uma
breve palestra sobre o conteúdo do livro.
Para adquirir o livro, basta entrar no site
http://www.nomedarosa.com.br/, preencher um breve ca-
dastro e enviar para a editora. Daí em diante o pessoal
da editora entra em contato e formaliza a venda.
Parabéns ao professor Graziano por mais esta importan- Engenheiros A.C.Vasconcelos, Arnoldo Wendler, Ricardo França,
te colaboração a nossa engenharia de estruturas. Luiz Aurélio, João Rocha, Fernando Stucchi e Valdir Cruz.

Palestra: Utilização da nova NBR 6118:2003 nos sistemas CAD/TQS


12 de dezembro, Lins, SP
Proferimos, no dia 12 de dezembro de 2005 (encerra- Realizamos, após a palestra, o sorteio de dois exempla-
mento do semestre), no Curso de Pós Graduação em res do livro “Estruturas da Natureza”, de autoria do pro-
Engenharia de Estruturas da Unilins, coordenado pela fessor A.C.Vasconcelos.
professora Silvana de Nardin a palestra “Utilização da Agradecemos a Profª Silvana de Nardin pelo convite,
nova NBR 6118:2003 nos sistemas CAD/TQS”. hospitalidade e pela organização do evento.
A palestra foi ministrada pelos engenheiros Herbert Para maiores informações sobre o Curso de Especializa-
J. Maezano e Armando Melchior, ambos da TQS Infor- ção em Engenharia de Estruturas da Unilins acesse:
mática. http://www.unilins.edu.br/cursos/pos/eng_estr/desc.php

Engenheiros Herbert Maezano, José Eduardo (ganhador), Eng. Armando, Profª. Silvana de Nardin, Eng. Herbert e
Daniela Miyazaki e Armando Melchior Prof. Alex de Souza

http://www.tqs.com.br TQS - Tecnologia e Qualidade em Sistemas


54
TQSNEWS

Dissertações e teses
RUSSO NETO, Luiz lares foram avaliadas indiretamente por meio da variação de
Interpretação de deformação e recalque na fase de seu comprimento, utilizando-se um extensômetro mecânico
montagem de estrutura de concreto com fundação em removível. Apresenta-se a metodologia para interpretação das
estaca cravada medidas efetuadas pelo extensômetro mecânico, levando em
Tese de doutorado conta as variações dos fatores ambientais e a reologia do con-
Escola de Engenharia de São Carlos da USP creto, a qual conduz a uma boa concordância entre os valores
Orientador: Prof. Dr. Nelson Aoki medidos e os fornecidos pelo cálculo estrutural. Os dados co-
Defesa: 22 de março de 2005 letados são retroanalisados sob o enfoque da interação solo-
estrutura pela modelagem da superestrutura por meio de pór-
Relatos da observação do comportamento de obras de enge-
tico espacial apoiado em molas representativas das funda-
nharia em escala natural, especialmente no caso de edifícios
ções por estacas. No cálculo das molas foi utilizada a integra-
apoiados em fundações profundas, são pouco freqüentes em
ção numérica da solução de Mindlin para a modelagem do
nossa literatura, embora estimulados por vários autores e pela
efeito de grupo do sistema formado pelas estacas e o maciço
Norma Brasileira de Projeto e Execução de Fundações. Este
de solo. Verificou-se que a elevada variabilidade dos solos da
trabalho apresenta resultados de medidas de carga e recalque
formação geológica do local foi refletida no comportamento
em 20 pilares contíguos de uma estrutura em concreto arma-
da obra, como mostra o resultado da retroanálise efetuada.
do pré-moldada, apoiada em fundações do tipo estaca crava-
Conclui-se que as variabilidades da formação geotécnica
da. Os recalques foram medidos por meio de nivelamento
devem ser consideradas para que previsões de comporta-
ótico de precisão, tendo sido determinado valores máximos
mento sejam mais realistas.
variáveis entre 1,1 e 4,3 mm. Foram observados deslocamen-
tos sob carga constante, fluência da fundação, com taxa va- Para maiores informações, acesse: http://www.teses.usp.br/teses/
riável entre 0,8 e 3,2 mm/log t. As solicitações normais nos pi- disponiveis/18/18132/tde-21092005-154731/publico/TeseRussoNeto.pdf

RODRIGUES JÚNIOR, Sandoval José característica do concreto, enquanto que nos subproblemas
(srodrigues_jr@hotmail.com) individuais são determinadas apenas as armaduras longitu-
Otimização de dimensões de pilares de edifícios altos de dinais dos pilares. As variáveis dos subsistemas são fre-
concreto armado qüentemente chamadas de variáveis locais, enquanto que as
Tese de doutorado variáveis do sistema global, responsáveis pela interação
Departamento de Engenharia Civil do Centro Técnico entre os grupos de variáveis, são denominadas variáveis glo-
Científico da PUC-RJ bais ou de acoplamento. A função objetivo do problema de
Orientador: Prof. Dr. Giuseppe B. Guimarães otimização é o custo total das colunas do edifício. Os edifí-
Co-orientador: Prof. Dr. Luiz Eloy Vaz cios são modelados como pórticos espaciais e a não lineari-
Defesa: 16 de setembro de 2005 dade geométrica é considerada na análise estrutural. Cargas
O presente trabalho propõe uma formulação para o projeto permanentes, acidentais e devidas ao vento são aplicadas
ótimo de pilares de edifícios altos de concreto armado. São ao modelo. Restrições relativas aos estados limite último e
variáveis de projeto as dimensões da seção transversal e a de utilização, bem como restrições relativas aos limites má-
armadura longitudinal dos pilares e a resistência caracterís- ximos e mínimos atribuídos a cada variável, são impostas ao
tica do concreto. A fim de reduzir o tamanho desta classe de problema de otimização. Adicionalmente, impõem-se restri-
problema, o método da decomposição é aplicado. O proble- ção sobre o parâmetro de instabilidade , caso este parâme-
ma é então subdividido em um problema global de otimiza- tro seja empregado na determinação dos esforços globais
ção conectado a uma série de subproblemas individuais de de 2a ordem. Os estados limite são definidos de acordo com
otimização. No problema global são determinadas as dimen- o código brasileiro para projeto de estruturas de concreto
sões da seção transversal de todos os pilares e a resistência NBR 6118:2003.

CARMONA, Thomas G. (thomas@exataweb.com.br) No capítulo cinco é apresentado o trabalho experimental que


Modelos de previsão da despassivação das armaduras objetiva contribuir com o conhecimento sobre a variabilidade
em estruturas de concreto sujeitas à carbonatação da carbonatação e dos cobrimentos por meio de um estudo de
Dissertação de mestrado caso real. A estrutura estudada foi o subsolo de um edifício re-
Escola Politécnica - PCC/USP sidencial na zona central da cidade de São Paulo, no qual
Orientador: Prof. Dr. Paulo Roberto do Lago Helene foram feitas diversas medidas de profundidade de carbonata-
Defesa: 10 de junho de 2005 ção, cobrimentos de armaduras, concentração de CO2 am-
biente e umidade relativa do ar.
Este trabalho é iniciado apresentando os conceitos teóricos
necessários para o bom entendimento do tema tratado, in- Os resultados foram tratados por meio de análise de variância e
cluindo corrosão de armaduras, passivação, despassivação, os valores de profundidade de carbonatação foram comparados
vida útil e também conceitos de análise de riscos e teoria da com os valores previstos empregando modelos de previsão.
confiabilidade.
Foi realizado o cálculo teórico da probabilidade de despassiva-
No terceiro capítulo é feita a revisão bibliográfica das variáveis ção que foi comparada com a incidência real de despassiva-
que influem na carbonatação do concreto, apresentando um ção observada. Os coeficientes de variação encontrados tam-
panorama do conhecimento atual sobre o tema, tanto no Bra- bém foram comparados com os resultados de outras pesqui-
sil como no exterior. sas atuais.
No quarto capítulo são apresentados e discutidos os modelos É apresentado o desenvolvimento de um programa computa-
de previsão da carbonatação sendo também feitas compara- cional para a previsão do período de iniciação por métodos de-
ções entre os resultados obtidos pelos modelos principais. terministas e probabilistas.

Janeiro/2006 - nº 22
55
TQSNEWS
Desenho realizado com os sistemas CAD/TQS
Pizzetti Engenheiros Associados (Bento Gonçalves, RS)

http://www.tqs.com.br TQS - Tecnologia e Qualidade em Sistemas


56
TQS INFORMA TQSNEWS

PRODUTOS
CAD/TQS - Plena CAD/AGC & DP Lajes Protendidas
A solução definitiva para edificações Linguagem de desenho paramétrico Realiza o lançamento estrutural, cál-
de Concreto Armando e Protendido. e editor gráfico para desenho de ar- culo de solicitações (modelo de gre-
Premiada e aprovada pelos mais re- mação genérica em concreto arma- lha), deslocamentos, dimensiona-
nomados projetistas do país, total- do aplicado a estruturas especiais mento (ELU), detalhamento e dese-
mente adaptada à nova norma NBR (pontes, barragens, silos, escadas, nho das armaduras (cabos e verga-
6118:2003. Análise de esforços atra- galerias, pré-moldados, muros, fun- lhões) para lajes convencionais,
vés de Pórtico Espacial, Grelha e dações especiais etc.). lisas (sem vigas) e nervuradas com
Elementos Finitos de Placas, cálculo ou sem capitéis. Formato genérico
de Estabilidade Global. Dimensiona- CAD/Alvest
da laje e quaisquer disposição de
mento, detalhamento e desenho de Cálculo de esforços solicitantes, di- pilares. Calcula perdas nos cabos,
Vigas, Pilares, Lajes, Escadas, Ram- mensionamento (cálculo de ƒp), de- hiperestático de protensão em gre-
pas, Blocos e Sapatas. talhamento e desenho de edifícios lha e verifica tensões (ELS). Adapta-
de alvenaria estrutural. do a cabos de cordoalhas aderentes
CAD/TQS - Unipro e/ou não aderentes.
A versão ideal para edificações de CAD/Alvest - Light
até 20 pisos. Possui todos os recur- Cálculo de esforços solicitantes, di-
Telas Soldadas
sos disponíveis na versão Plena. mensionamento (cálculo de ƒp), de-
talhamento e desenho de edifícios de Análise, dimensionamento, deta-
Adaptada à nova NBR 6118:2003. lhamento e desenho de Telas Sol-
alvenaria estrutural de até 5 pisos.
dadas, para lajes de concreto ar-
CAD/TQS - EPP Plus
CAD/Fundações mado e/ou protendido. Integrado
Versão intermediária entre a EPP e a ao CAD/Lajes, as telas são sele-
Dimensionamento, Detalhamento e
Unipro, para edificações de até 8 cionadas em função das armadu-
Desenho de Blocos e Sapatas de
pisos. Incorpora os mais atualiza- ras efetivamente calculadas em
Concreto Armado. Agora totalmente
dos recursos de cálculo presentes
integrado nas Versões Plena, Uni- cada ponto da laje. Armaduras
na Versão Plena. Adaptada à nova
pro, EPP, EPP Plus e Universidade. convencionais complementares
NBR 6118:2003.
também podem ser detalhadas.
ProUni
CAD/TQS - EPP
Análise e verificação de elementos G-Bar
Uma ótima solução para edificações estruturais pré-moldados protendi-
de pequeno porte de até 5 pisos. In- Armazenamento de “posições”,
dos (vigas, lajes com vigotas, ter- otimização de corte e gerencia-
corpora os mais atualizados recursos ças, lajes alveoladas etc), acresci-
de cálculo presentes na Versão Plena. mento de dados para a organiza-
dos ou não de concretagem local. ção e racionalização do planeja-
Adaptada à nova NBR 6118:2003.
Lajes Treliçadas mento, corte, dobra e transporte
CAD/TQS - Universidade das barras de aço empregadas na
Análise, dimensionamento, detalha-
Versão ampliada e remodelada para construção civil. Emissão de rela-
mento e desenho de Lajes Treliça-
universidades, baseada em todas tórios gerenciais e etiquetas em
das. Cálculo de lajes unidirecionais
as facilidades e inovações já incor- e bidirecionais, análise do pavimen- impressora térmica.
poradas na Versão EPP. Adaptada à to por grelha, verificação “exata” de
nova NBR 6118:2003. flechas, incluindo a consideração da
fissuração do concreto e a deforma-
CAD/TQS - Projetista ção lenta. Emite desenhos de fabri-
Ideal para uso em conjunto com as cação e montagem de vigotas e
versões Plena e Unipro, contém quantitativo de materiais. Indicada
todos os recursos de edição gráfica para Projetistas Estruturais e Fabri-
para Armaduras e Formas. cantes de Lajes Treliçadas. Eng. Jose Artur Linhares, Manaus, AM

TQSNEWS
DIRETORIA IMPRESSÃO Fone: (11) 3083-2722
Eng. Nelson Covas Neoband Soluções Gráficas Fax: (11) 3083-2798
Eng. Abram Belk E-mail: tqs@tqs.com.br
TIRAGEM DESTA EDIÇÃO
EDITORES RESPONSÁVEIS 15.000 exemplares
Eng. Nelson Covas Este jornal é de propriedade da TQS
Eng. Guilherme Covas Informática Ltda. para distribuição
TQS News é uma publicação da
JORNALISTA gratuita entre os clientes e interessados.
TQS Informática Ltda.
Mariuza Rodrigues Rua dos Pinheiros, 706 - c/2 Todos os produtos mencionados
EDITORAÇÃO ELETRÔNICA 05422-001 - Pinheiros nesse jornal são marcas registradas
PW Gráficos e Editores São Paulo - SP dos respectivos fabricantes.

Janeiro/2006 - nº 22

Você também pode gostar