A Escola Municipal de Arte João Pernambuco fornece educação artística profissionalizante há 27 anos, mas vem sofrendo com falta de professores efetivos, deterioração da estrutura física e pouca manutenção de equipamentos. A audiência pública pede à prefeitura valorização da escola através de concurso para professores, requalificação dos prédios e aquisição de materiais.
A Escola Municipal de Arte João Pernambuco fornece educação artística profissionalizante há 27 anos, mas vem sofrendo com falta de professores efetivos, deterioração da estrutura física e pouca manutenção de equipamentos. A audiência pública pede à prefeitura valorização da escola através de concurso para professores, requalificação dos prédios e aquisição de materiais.
A Escola Municipal de Arte João Pernambuco fornece educação artística profissionalizante há 27 anos, mas vem sofrendo com falta de professores efetivos, deterioração da estrutura física e pouca manutenção de equipamentos. A audiência pública pede à prefeitura valorização da escola através de concurso para professores, requalificação dos prédios e aquisição de materiais.
TEXTO CONSTRUÍDO COLETIVAMENTE PARA SER ENTREGUE AO
SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO DA CIDADE DO RECIFE POR OCASIÃO DA AUDIÊNCIA PÚBLICA REALIZADA NO DIA 22 DE NOVEMBRO DE 2018 , QUE TRAZ COMO TEMA: “PELA VALORIZAÇÃO E MANUTENÇÃO DA ESCOLA MUNICIPAL DE ARTE JOÃO PERNAMBUCO”
Quem Somos
A Escola Municipal de Arte João Pernambuco, teve seu nascedouro a partir de
iniciativa popular no bairro da Várzea no final da década de 1980. Tornou-se municipal no início da década de 1990, momento em que foi realizado concurso público, adquirido instrumentos musicais e construído novas salas, cabines para aula prática de música e o teatro. Um dos marcos desta história foi o evento que durou trinta dias intitulado “Na Margem do Rio também se faz Arte”. O referido evento contou com uma vasta programação de minicursos, oficinas, além de diversas atrações artísticas. Hoje após 27 anos podemos reafirmar com orgulho que as margens do Rio Capibaribe, patrimônio ambiental de nossa cidade, se faz Arte! Uma das principais características da escola é o seu forte envolvimento com a comunidade varzeana, berço artístico de nossa cidade, e com os bairros adjacentes. A escola vem contribuindo para a formação de diversos artistas em música, teatro, dança e visuais. Outro aspecto importante é o fato da escola ser inclusiva, pois não realiza teste de entrada recebendo estudantes no infantil a partir de 07 anos de idade e jovens e adultos a partir de 14 anos. A diversidade e a interculturalidade é fato visível e notório entre nós, este é um aspecto que traz diversos desafios, mas que enriquece nosso cotidiano. A escola é uma das poucas municipais no Brasil a trabalhar com o ensino profissionalizante das quatro linguagens da Arte, o que torna nosso ambiente de aprendizagem extremamente rico e com um grande potencial. Hoje a escola vem retomando sua história com o objetivo de fortalecer sua identidade e estreitar os laços com a comunidade. Através de um amplo processo de mobilização junto aos diversos segmentos que a compõe, neste sentido, vem desenvolvendo uma forte campanha que tem como mote PELA VALORIZAÇÃO E MANUTENÇÃO DA ESCOLA DE ARTE JOÃO PERNAMBUCO. O motivo desta grande campanha é o fato de vivenciarmos um processo de precarização de nossa estrutura física e a falta de professores/as do quadro efetivo, pois desde meados dos anos de 1990, não passou pelas reformas estruturais de que necessita, nem por requalificação de salas e ambientes que vem se deteriorando ao longo dos anos. Soma-se a isto as dificuldades na realização do trabalho pedagógico pela fragilidade do vinculo dos estagiários que assumem boa parte da regência de classe. Recentemente a escola foi cotemplada com a aquisição de diversos instrumentos musicais, mais infelizmente a grande maioria deles não estão sendo utilizados pela falta de professore/as. A situação de alguns ambientes como as cabines de aulas práticas de instrumento e as salas de cênicas coloca em risco a integridade física de todas(os) que neles circulam. A falta de manutenção dos equipamentos e a necessidade de aquisição de equipamentos tais como mesa de luz, data show, TV, som ambiente etc. é outro complicador para o desenvolvimento das atividades. Diante destes fatos hoje, dia 22 de novembro de 2018, a comunidade escolar reunida em audiência pública, que é um instrumento legal amparado pela constituição recebe o poder legislativo e executivo municipal assim como toda a comunidade para ampliar o debate e requerer do executivo encaminhamentos e soluções para as demandas listadas a seguir, entendendo que este é um processo legítimo que abre caminhos para o diálogo aberto e democrático. Nossas demandas:
Fortalecimento da identidade da escola: Reconhecimento pedagógico e
institucional, melhoria do ensino, atendimento das necessidades específicas com dotação de verbas condizente com as atividades ofertadas;
Valorização das(os) professoras(es) com aposentadoria especial e 1/3 de
aula atividade;
Concurso Público para professore/as das quatro linguagens da arte: O
último concurso para a escola foi realizado na década de 1990, muitos docentes saíram da escola ao ponto de termos mais de 50% dos docentes na condição de estagiárias(os) (no curso de Música este quantitativo chega a 80%) assumindo salas de aula sozinhos;
Acréscimo de carga horária para os professores/as do quadro efetivo que
assim desejarem e autorização para transferência de docentes de outras unidades para compor o quadro efetivo da escola;
Ampliação do quadro de funcionários de secretaria e serviços gerais;
Requalificação da estrutura física: Acessibilidade, revestimento acústico e
climatização das cabines de aula prática de instrumentos; Requalificação da área por trás do Teatro; Reforma do Teatro; Recuperação e estruturação das salas de artes cênicas; Climatização das salas de aula; Recuperação dos banheiros, inclusive para torná-los mais acessíveis para crianças, idosos, cadeirantes e pessoas com dificuldade de locomoção;
Aquisição de materiais e equipamentos: materiais necessários para
experimentos de novas técnicas nas oficinas de artes visuais; materiais de suporte elétrico (microfones, adaptadores, cabos auxiliares e etc.); carteiras escolares, armários, birôs, quadro branco; equipamento de luz e som para o teatro, aparelho de TV, som e projetor de imagens;
Merenda escolar de qualidade com aumento da variedade do cardápio, com
alimentos mais naturais que garantam a segurança alimentar;
Reconhecimento da diversidade: Efetivação do nome social, acolhimento e
inclusão de pessoas com deficiências, valorização das expressões artísticas dos povos originários, afro brasileiros e africanos;
Democratização da gestão: A comunidade exige eleição regular para gestão
da escola, transparência e participação efetiva da comunidade escolar.
A EMAJPE é um patrimônio da nossa cidade. Exigimos da prefeitura o atendimento de nossas
pautas, pois assim como outros equipamentos de arte em nossa cidade, a escola vem sendo sucateada, contudo seguiremos existindo e resistindo na luta pela efetivação de um ensino de Arte com qualidade.