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EXPORTAR
ARGENTINA
1
Coleção
Estudos e Documentos de Comércio Exterior
Série
Como Exportar
CEX: 257
Elaboração
Ministério das Relações Exteriores – MRE
Departamento de Promoção Comercial e Investimentos – DPR
Divisão de Inteligência Comercial – DIC
Embaixada do Brasil em Buenos Aires
Setor de Promoção Comercial – SECOM
Coordenação
Divisão de Inteligência Comercial
Distribuição
Divisão de Inteligência Comercial -
2
Os termos e apresentação de matérias contidas na presente publicação não traduzem
expressão de opinião por parte do MRE sobre o “status” jurídico de quaisquer países, territórios,
cidades ou áreas geográficas e de suas fronteiras ou limites. Os termos “desenvolvidos” e
“em desenvolvimento”, empregados em relação a países ou áreas geográficas, não implicam
tomada de posição oficial por parte do MRE.
Direitos reservados.
O DPR que é titular exclusivo dos direitos de autor (*) permite sua reprodução parcial, desde que
a fonte seja devidamente citada.
(*) Este guia foi registrado no Escritório de Direitos Autorais da Fundação Biblioteca Nacional
(ISBN 85-98712-81-9)
Como Exportar. Argentina. / Ministério das Relações Exteriores. – Brasília: MRE, 2017.
3
ÍNDICE
INTRODUÇÃO 6
MAPA 9
DADOS BÁSICOS 10
I. ASPECTOS GERAIS 11
GEOGRAFIA 11
POPULAÇÃO, CENTROS URBANOS E INDICADORES 12
ORGANIZAÇÃO POLÍTICA E ADMINISTRATIVA 14
PARTICIPAÇÃO EM ORGANIZAÇÕES E ACORDOS INTERNACIONAIS 16
II. ECONOMIA, MOEDA E FINANÇAS 17
CONJUNTURA ECONÔMICA 17
PRINCIPAIS SETORES DA ATIVIDADE ECONÔMICA 18
MOEDA E FINANÇAS 22
III. COMÉRCIO EXTERIOR 24
EVOLUÇÃO RECENTE: CONSIDERAÇÕES GERAIS 24
ORIGEM E DESTINO 26
COMPOSIÇÃO SEGUNDO PRODUTOS 27
IV. RELAÇÕES ECONÔMICO-COMERCIAIS BRASIL-ARGENTINA 30
INTERCÂMBIO COMERCIAL BILATERAL 30
COMPOSIÇÃO DO COMÉRCIO BRASIL-ARGENTINA 30
INVESTIMENTOS BILATERAIS 32
PRINCIPAIS ACORDOS ECONÔMICOS COM O BRASIL 34
LINHAS DE CRÉDITO DE BANCOS BRASILEIROS 34
MATRIZ DE OPORTUNIDADES: PRINCIPAIS PRODUTOS IMPORTADOS 36
V. ACESSO AO MERCADO 37
SISTEMA TARIFÁRIO 37
REGULAMENTAÇÃO DAS ATIVIDADES DE COMÉRCIO EXTERIOR 46
DOCUMENTAÇÃO E FORMALIDADES 59
REGIMES ADUANEIROS ESPECIAIS 62
VI - ESTRUTURA DE TRANSPORTES 68
INFRAESTRUTURA INTERNA 68
INFRAESTRUTURA PARA IMPORTAÇÃO/EXPORTAÇÃO 69
4
VII - ESTRUTURA DE COMERCIALIZAÇÃO 70
CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO 70
PROMOÇÃO DE VENDAS 78
PRÁTICAS COMERCIAIS 80
COMÉRCIO ELETRÔNICO 84
VII - RECOMENDAÇÕES ÀS EMPRESAS BRASILEIRAS 86
ANEXOS 88
I. ENDEREÇOS 88
II. FRETES E COMUNICAÇÕES COM O BRASIL 96
II. INFORMAÇÕES PRÁTICAS 98
5
INTRODUÇÃO
Este guia tem por objetivo dar ao exportador e ao investidor brasileiros informações práticas e
atualizadas sobre as principais características da economia, da infraestrutura e de condições
específicas de acesso a mercado para a realização de negócios com a Argentina.
Com território de 2,79 milhões de km2, população estimada de 43,6 milhões de habitantes e
PIB, a preços correntes, de US$ 526 bilhões em 2016, e com previsão de crescimento de 2,5%
em 2017, a Argentina é o principal parceiro comercial brasileiro na América Latina. Em 2016, do
total exportado pelo Brasil aos sócios do MERCOSUL, 73% destinaram-se ao mercado argentino,
com predominância de produtos manufaturados e semimanufaturados (de janeiro a novembro
de 2017, essa cifra chegou a 77,6%).
O ano de 2016 apresentou algumas dificuldades para o novo governo desde o ponto de vista
social e econômico. Significativo incremento nas tarifas de serviços de gás, eletricidade e água,
que praticamente não tinham sido atualizados durante a gestão do governo kirchenista, foi
autorizado, após a celebração de audiências públicas, a partir do último quadrimestre do ano,
estabelecendo-se exceções a usuários de escassos recursos.
No mês de abril, foi promulgada lei que possibilitou saldar a dívida com os “holdouts”, fato que
permitiu a Argentina a retomar acesso ao mercado de capitais externos.
¹ As DJAIs foram estabelecidas por meio da Resolução 3252, de janeiro 2012 e substituídas, em dezembro de 2015, pelo regime de
licenciamento de importações no marco do Sistema Único de Monitoramento de Importações (SIMI).
6
No decorrer dos meses, devido ao incessante incremento da inflação, agravaram-se as
diferenças entre o governo, as centrais trabalhistas e as organizações sociais, motivo pelo qual,
foi anunciado um programa de subsídios, através do Ministério de Desenvolvimento Social,
a fim de atender as demandas dos setores de baixa renda da população. Foi determinado,
igualmente, o pagamento das atualizações pendentes de recolhimento a mais de dois milhões
de aposentados que tinham ganhado ações judiciais contra o Estado.
Para concretizar essas medidas, o governo lançou mão de fundos procedentes do “blanqueo”
(ou “repatriação”) de capitais aprovado pelo Congresso da Nação Argentina em junho de 2016
e de endividamento externo e interno.
Desde o ponto de vista econômico, o PIB total, em 2016, apresentou contração da ordem de
2,3%, em contexto de desvalorização e unificação da taxa de câmbio, a aceleração da inflação
e o aumento do desemprego.
A taxa de inflação experimentou incremento considerável, passando de 26,4% em 2015 para 38%
em 2016, como resultado da desvalorização e unificação da taxa de câmbio e a recomposição
dos preços relativos. Após de 12 anos de virtual congelamento tarifário, realizaram-se correções
parciais nas tarifas de eletricidade, gás, água e transporte.
A taxa de inflação experimentou, no ano de 2017, desaceleração, ainda que menor do que a
meta estabelecida pelo governo, em contexto de recuperação do salário real, novos ajustes nas
tarifas dos serviços públicos e aumento nos preços dos combustíveis.
7
No que se refere ao comércio exterior da Argentina, a balança comercial registrou, em
2016, superávit de US$ 2,1 bilhões (contra déficit de US$ 3,41 bilhões em 2015, o qual havia
interrompido mais de uma década de superávit comercial), resultado de US$ 57,9 bilhões de
exportações e de US$ 55,9 bilhões de importações. Nos primeiros dez meses de 2017, entretanto,
a corrente de comércio da Argentina totalizou US$ 104,7 bilhões (+10,2%, em relação a mesmo
período de 2016) - as exportações somaram US$ 49,3 bilhões (+1,8%), e as importações, US$
55,4 bilhões (+18,9%), resultando em déficit comercial de US$ 6,1 bilhões (contra superávit
de US$ 1,8 bilhão obtido no mesmo período de 2016), maior déficit da história argentina em
termos absolutos. O aumento das importações totais como consequência do crescimento
do PIB e do investimento, e a relativa estagnação das vendas ao exterior, deverá resultar em
déficit comercial de cerca de US$ 8 bilhões em 2017, resultado que pressionará a conta corrente
argentina.
A atual administração, com algumas medidas de “shock”, mas com predomínio de enfoque
gradual, tenciona corrigir os desequilíbrios macroeconômicos através do controle da inflação,
uma paulatina consolidação fiscal e o crescimento viam o investimento e fortalecimento das
exportações, privilegiando uma apertura comercial controlada e instituindo marcos regulatório
mais “market friendly”.
8
MAPA
9
DADOS BÁSICOS
- Superfície: 2.791.810 km2
- População2 : 43.590.368 habitantes
- Densidade demográfica: 15,6 hab./km2
- População economicamente ativa: 20.051.569 habitantes
- Principais cidades: Buenos Aires, Córdoba, Rosário, Mendoza, La Plata.
- Moeda: Peso
- Cotação: 1,00 US$ = 17,70 Pesos
- Produto Interno Bruto (PIB)
Tabela 1
ANO 2012 2013 2014 2015 2016 PIB (últimos cinco
anos)³
PIB a preços correntes
577,2 610,0 559,9 620,4 525,6
(Bilhões de US$)
Crescimento real -1,1% 2,4% -2,6% 2,6% -2,5%
Fonte: “Tendencias - Anuario de la Economía Argentina” do “Consejo Técnico de Inversiones S.A.” e INDEC
² Projetada.
³ O “novo” INDEC procedeu a recalcular as novas Contas Nacionais (a preços de 2004), ratificando as críticas feitas por
economistas professionais relativas a que o cálculo anterior subestimava a taxa de inflação e sobre-estimava o crescimento
econômico. Como resultado, merece destaque entre 2004 e 2015 o crescimento foi 18 pontos percentuais menor que o calculado
na série anterior, ao tempo que os preços aumentaram mais do que efetivamente tinha sido publicado na versão anterior.
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I - ASPECTOS GERAIS
1. Geografia
Distâncias
Córdoba 710
Rosário 310
Santa Fé 475
San Miguel de Tucumán 1.310
La Plata 57
Mar del Plata 407
Salta 1.605
Mendoza 1.099
Formosa 1.204
Paso de los Libres 767
Clorinda 1.324
11
Clima
O território argentino está dividido em seis regiões geográficas: a) Pampa: solo plano e fértil,
clima temperado; b) Noroeste: solo montanhoso rico em minerais, clima subtropical; c)
Cuyo: montanhas férteis e apropriadas à cultura da vinha, com abundantes fontes de águas
minerais e termais, clima ameno; d) Nordeste: compreende as terras do Chaco argentino,
ricas em madeira, clima úmido; e) Mesopotâmia: onde se localiza a selva subtropical e a bacia
hidrográfica formada pelos rios Uruguai e Paraná; f) Patagônia: região de montanhas nevadas,
grandes bosques e lagos, clima frio.
As planícies do Pampa constituem uma das zonas mais férteis e produtivas do mundo, onde se
cultivam cereais, como o trigo e a soja, além da criação de gado. Há ainda a região andina, com
vales de clima temperado, que permite o cultivo de uvas, azeitonas e cítricos.
A grande extensão territorial determina ampla variedade climática, desde os climas subtropicais,
ao norte, até os frios na Patagônia, com predomínio dos climas temperados na maior parte do
país. A temperatura média em Buenos Aires oscila entre 17ºC e 29ºC em janeiro, e entre 6ºC e
14ºC em julho. O clima é mais frio nos Andes, na Patagônia e na Terra do Fogo, em função da
latitude e/ou da maior altitude de tais regiões.
⁴ 43.590.368 habitantes é a população estimada para 2016, representando uma densidade demográfica de 15,6 hab./km2.
12
Principais Centros Urbanos
- Outros indicadores7:
• Produção anual de automóveis8 (unidades): 472.776 (2016)
• Produção anual de aço cru (toneladas): 4.126.600 (2016)
• Produção anual de petróleo cru (m3): 29.708.000 (2016)
13
3. Organização política e administrativa
Organização política
- Poder Executivo: O Presidente e o Vice-Presidente são eleitos pelo voto popular direto para
um período de quatro anos, com a possibilidade de uma reeleição consecutiva. O Presidente
nomeia o Chefe de Gabinete, os vinte Ministros (Ambiente e Desenvolvimento Sustentável;
Defesa; Interior, Obras Públicas e Vivenda; Transporte; Energia e Mineração; Relações
Exteriores e Culto; Fazenda; Agroindústria; Modernização; Produção; Turismo; Justiça e Direitos
Humanos; Segurança; Educação; Ciência, Tecnologia e Inovação Produtiva; Trabalho, Emprego
e Previdência Social; Saúde; Desenvolvimento Social; e Cultura) os Secretários de Estado
responsáveis pelas quatro Secretarias dependentes diretamente da Presidência (Secretaria
Geral; Legal e Técnica; de Inteligência; e de Programação para a Prevenção das Drogas e Luta
contra o Narcotráfico) e o Presidente do Conselho Nacional de Coordenação de Políticas Sociais.
A Câmara dos Deputados é composta por 257 legisladores eleitos de forma direta e proporcional
ao número de habitantes de cada Província. O mandato é de quatro anos e metade da Câmara
é renovada a cada dois anos.
14
- Partidos Políticos: Os principais partidos políticos são: “Partido Justicialista (PJ)”, “Unión Cívica
Radical (UCR)”, “Propuesta Republicana (PRO)” e “Frente Amplio UNEN”
Organização Administrativa
A Argentina está dividida em 23 províncias e 1 distrito federal. As províncias elegem seu próprio
governador por meio de sufrágio direto.
Província Capital
Formosa Formosa
Chaco Resistencia
Misiones Posadas
Corrientes Corrientes
Santa Fé Santa Fe
Entre Rios Paraná
Jujuy San Salvador de Jujuy
Salta Salta
Santiago del Estero Santiago del Estero
Tucumán San Miguel de Tucumán
San Fernando del Valle de
Catamarca
Catamarca
Província Capital
La Rioja La Rioja
San Juan San Juan
Córdoba Córdoba
San Luis San Luis
Mendoza Mendoza
Buenos Aires La Plata
La Pampa Santa Rosa
Neuquén Neuquén
Río Negro Viedma
Chubut Rawson
Santa Cruz Rio Gallegos
Tierra del Fuego, Antártida e
Ushuaia
Islas del Atlántico Sur
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4. Participação em organizações e acordos
internacionais
Argentina faz parte, dentre outros, das seguintes organizações e acordos internacionais:
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II - ECONOMIA, MOEDA E
FINANÇAS
1. Conjuntura Econômica
A Argentina registrou queda de 2,5% do Produto Interno Bruto em 2016. As quedas mais
pronunciadas se evidenciam nos setores da construção, indústria de manufaturas, na exploração
de minas e no setor agropecuário. Do lado dos serviços, contribuíram a retração do comércio
atacadista e varejista, a intermediação financeira e a atividade imobiliária. Em 2017, há previsão
de aumento do PIB em 2,5% a construção civil e o consumo privado impulsionam a retomada
da economia.
Tabela 2
2012 2013 2014 2015 2016 2017 (3 tri) Produto Interno Bruto
(2012-2016)
PIB a preços correntes (Bilhões de US$) 577,2 610 559,9 620,4 525,6 719,7
Crescimento real -1,10% 2,40% -2,60% 2,60% -2,50% 2,50%
Tabela 3
SETOR 2012 2013 2014 2015 2016 2017 (3 tri)
Composição
- Agropecuária 6,1 6,6 7 7,3 7,2 2,9 (percentual) do PIB
- Pesca 0,2 0,3 0,3 0,3 0,3 13,2
- Exploração de minas e canteiras 3,3 3,1 3,2 3,2 3,2 -3,3
- Indústrias de manufaturas 18,3 18,1 17,7 17,4 17 4,1
- Provisão de eletricidade, gás e água 1,7 1,6 1,7 1,7 1,9 -1,9
- Construção 3,2 3,1 3,1 3,1 2,9 12,8
- Comércio atacadista e varejista 13,6 13,6 13 13,1 13,2 3,6
- Hotéis e restaurantes 1,6 1,5 1,5 1,5 1,6 2,7
- Transporte e comunicações 7,4 7,4 7,7 7,7 8,1 2,1
- Intermediação financeira 3,8 3,7 3,8 3,8 3,7 6,8
- Atividades imobiliárias, empresariais e de aluguel 10,3 10,1 10,2 10,1 10 4.8
- Administração pública e defesa 4,2 4,2 4,4 4,5 4,7 0,6
- Ensino 3,4 3,4 3,6 3,6 3,8 1,3
- Serviços sociais e de saúde 3 3 3,1 3,1 3,3 1,9
- Outras atividades sociais e comunitárias 2,7 2,6 2,6 2,6 2,6 3,6
- Outros 16,9 17 16,5 16,6 16 -1
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Tabela 4
ANO 1º Trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre Emprego: Evolução
trimestral das taxas de
2016 - 9,30% 8,50% 7,60%
desemprego
2017 9,20% 8,70% 8,30% -
Fonte: INDEC
Inflação
A taxa de inflação (índice de preços ao consumidor - IPC) dos últimos cinco anos, medida pelo
Instituto Nacional de Estatística e Censo (INDEC), foi 7,7%, em 2009, 10,9% em 2010, 9,5%
em 2011, 10,8% em 2012 e 10,9% em 2013. Consultorias privadas argentinas sugerem índices
significativamente maiores para o período. A partir da reformulação dos índices utilizados pelo
INDEC desde a assunção do novo governo, não há informação oficial publicada para os anos de
2014, 2015 e o primeiro trimestre de 2016, sendo, os apresentados no quadro infra, os últimos
dados disponíveis.
De acordo com o INDEC, o IPC Nacional aumentou 1,4% em novembro de 2017, comparado com
o mês anterior. O índice acumula variação de 21% nos primeiros onze meses do ano, superando
amplamente a meta de inflação (17%) estabelecida pelo Banco Central (BCRA) para 2017. Será o
oitavo ano consecutivo que a inflação argentina anual permanece acima de 20%.
18
Em 2016, o estoque de gado bovino foi equivalente a 53,4 milhões de cabeças, o mais elevado
desde 2010.
O abate bovino, durante 2016, foi de 11,8 milhões de cabeças representando quedas de 3,3% e
de 2,5% comparado com os abates dos anos 2015 e 2014, respectivamente.
O consumo doméstico de carne bovina, durante o ano passado, foi de 56 kg per capita (- 6,6%
comparado com 2015), num contexto de menor oferta e forte incremento dos preços (+de 40%)
e caída nos ingressos da população.
Agricultura
A Argentina conta com um dos solos mais férteis do mundo. Cultivam-se, no país cerca de 36
milhões de hectares de cereais, sementes oleaginosas, cultivos industriais, hortaliças e frutas.
Dentre 22 e 30 milhões de hectares, destinam-se a cultivos de produção extensiva, tais como
soja, milho e trigo.
O país produz 7,7 milhões de toneladas anuais de frutas e 4,7 milhões de toneladas anuais de
hortaliças. Destaca-se a participação de 20% e 21% no comércio mundial de peras e limões,
respectivamente.
Tabela 5
Produto 2013/2014 2014/2015 2015/2016 Produção de Grãos (em
milhões de toneladas)
Soja 53,4 61,4 58,8
Milho 25 33,8 39,8
Trigo 9,2 13,93 11,3
Girassol 2 3,16 3
Cevada cervejeira 4,7 2,9 4,9
Sorgo 3,4 3,1 3
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Mineração
As principais minas metalíferas encontram-se nas províncias de Jujuy, San Juan e Rio Negro e
exploram minerais como chumbo, zinco, cobre, estanho, prata e ouro. As minas que pertencem
a empresas estatais localizam-se nas províncias de Jujuy, Catamarca e Rio Negro e exploram
ferro, prata e ouro.
A balança comercial mineira apresentou, em 2016, superávit de US$ 2.5 bilhões (+16,2% anual).
A pesar da queda dos preços dos seus produtos, a mineração argentina pretende atrair novos
investimentos. O fim das retenções às exportações, a desvalorização e unificação do mercado
de câmbios e a eliminação do cepo cambiário e das restrições que impediam a remessa de
dividendos ao exterior, melhoraram substancialmente as condições para a atividade de
mineração na Argentina.
Indústria
Conforme o “Estimador Mensual Industrial (EMI)”, elaborado pelo INDEC, a variação acumulada
da produção industrial, em 2016, foi de -4,6%, comparada com 2015. Durante os dez primeiros
meses de 2017, o EMI registra aumento de 1,8%, comparado com o mesmo período do ano
anterior.
20
Tabela 6
Variação anual acumulada Variação anual acumulada
Setores
(2016/2015) (outubro 2017)
Indústria têxtil -4,3% -9,40%
Papel e cartão -1,2% -0,70%
-Edição e impressão -6,7% 0,30%
Refinação de petróleo -4,2% -1,50%
Energia
A principal fonte da matriz energética argentina é o gás natural, que corresponde a 51%
do consumo total. As outras fontes, em ordem de importância, são o petróleo (36%), a
hidroeletricidade (6%), a nuclear (4%) e outras energias renováveis com 3%.
Tabela 7
Produção de Petróleo
2016 2017 (setembro)
Milhares de metros cúbicos
Total 29.708 20,6
Produção de Gás Natural Milhares de
2016 2017 (setembro)
metros cúbicos
Total 44.988 36.500
Energia Elétrica⁹ Consumo Geração
Milhares de MW (Ano de 2017 - setembro) (Ano de 2017 - setembro)
Total 98,000 134.511 101,754
21
3. Moeda e Finanças
Moeda e taxa de câmbio
A moeda argentina é o Peso ($) dividido em 100 centavos. A taxa de câmbio média, em novembro
de 2017, é de 1US$ = $18. São as seguintes as cédulas e moedas em circulação:
A moeda argentina é o Peso ($) dividido em 100 centavos. A taxa de câmbio média, em
novembro de 2017, é de 1US$
Tabela 8
Item 2017 (1o semestre) 2016 (p)
Balanço de
1. Conta Corrente -12 -14.903 Pagamentos (Em
milhões de U$S)
Mercadorias (FOB) -1335 4.467
- Exportações 28.000 57.737
- Importações 29.457 53.270
Serviços -5.120 -7.560
Rendas -6.900 -12.000
- Juros -4.473 -5.280
- Utilidades e Dividendos -7.646 -6.720
- Outras rendas -2 0
- Transferências Correntes -372 190
2. Conta Capital e Financeira 13.203 28.112
Conta Capital 102 200
Conta Financeira -12.400 27.912
Erros e Omissões Líquidos -1.330 0
Setor Bancário 9.025 5.000
Setor Público -2.855 29.200
Setor Privado 6.981 -6.288
22
Finanças Públicas
O Setor Público registrou os seguintes resultados fiscais, em milhões de Pesos argentinos, nos
anos de 2016 e 2015:
Tabela 9
Item 2016 2015 Variação (%)
Sistema bancário
Tabela 10
Composição do
Total do Sistema 63 instituições
Sistema Financeiro
(junho de 2017)
Bancos públicos 18
Bancos privados 45
Fonte: “Banco Central de la República Argentina”
Tabela 11
Risco-País Pontos Básicos Data Risco-País (Período:
03/10/2017 –
Máximo 365 01/11/2017 02/11/2017)
Mínimo 342 18/10/2017
23
III - COMÉRCIO EXTERIOR10
1. Evolução recente: considerações gerais
O pico histórico da corrente de comércio argentina deu-se em 2011 (US$ 156,9 bilhões), ano em
que também se atinge o auge da corrente de comércio bilateral com o Brasil (US$ 39,6 bilhões).
De 2013, ano em que o fluxo comercial do país totaliza apenas US$ 113,8 bilhões (72,5% do pico
atingido em 2011), a 2016, evidencia-se uma diminuição da corrente de comércio argentina. Os
resultados de 2017 indicam, contudo, sinais de recuperação do volume comercializado.
A Argentina obteve nos anos de 2002, 2003 e 2009, os maiores superávits comerciais de sua
história, acima de US$ 16 bilhões, consequência da forte queda das importações devido
à retração da demanda doméstica, resultado da grave crise econômica interna de 2002 e,
posteriormente, da crise financeira internacional de 2008. De 2000 até 2017, o país havia
registrado déficit comercial somente no ano de 2015 (US$ 3,4 bilhões). Segundo dados do
INDEC, de 1910 até 2016, o maior déficit comercial do país havia ocorrido em 1994 (US$ 5,75
bilhões). Dados de 2017 apontam para o maior déficit comercial da história do país em termos
absolutos, cujo valor deverá totalizar cerca de US$ 8 bilhões.
A balança comercial registrou, em 2016, superávit de US$ 2,1 bilhões (contra déficit de US$
3,41 bilhões em 2015, o qual havia interrompido mais de uma década de superávit comercial),
resultado de US$ 57,9 bilhões de exportações e de US$ 55,9 bilhões de importações. Apesar do
forte incremento nas compras de automóveis (+33,5%), bens de consumo (+9,1%) e de bens
de capital (+2,2%), as importações totais do país caíram 6,9%, sobretudo as de combustíveis e
lubrificantes (-30,7%), bens intermediários (14,4%) e de peças e acessórios para bens de capital
(-10,8%). As exportações totais argentinas, por outro lado, apresentaram pequeno incremento
(+1,7%), resultado do aumento de embarques de produtos primários (+17,7%), queda nas
vendas de combustíveis/energia (-11,5%) e de manufaturas de origem industriais (-6,6%) e da
estabilidade nas exportações de manufaturas de origem agropecuária (+0,2%).
Em 2016, os cinco principais produtos exportados (NCM 8 dígitos) foram: farelo e “pellets” de
soja, óleo de soja, milho, soja e veículos automóveis (“pick-ups”). Por sua parte, os principais
cinco itens importados (NCM 8 dígitos) foram: veículos automóveis para o transporte de
pessoas, gasóleo, aviões, gás natural e circuitos impressos com componentes elétricos ou
eletrônicos montados.
24
Nos primeiros dez meses de 2017, entretanto, a corrente de comércio da Argentina totalizou
US$ 104,7 bilhões (+10,2%, em relação a mesmo período de 2016) - as exportações somaram
US$ 49,3 bilhões (+1,8%), e as importações, US$ 55,4 bilhões (+18,9%), resultando em déficit
comercial de US$ 6,1 bilhões (contra superávit de US$ 1,8 bilhão obtido no mesmo período
de 2016), maior déficit da história argentina em termos absolutos. Nesse período, a análise
setorial do comércio argentino aponta modesto crescimento no valor das exportações do país
(+1,8%), decorrente dos aumentos de preços (+1,1%) e, em menor medida, de volume (+0,7%),
com destaque para a queda no volume das vendas de produtos primários (-6,9%) e para o
crescimento de 12% no volume das exportações de manufaturas de origem industrial (MOI).
No que se refere às importações, nota-se incremento de 18,9% em termos de valor, resultado
do aumento de 12% do volume e de 6% dos preços dos produtos comprados do exterior, com
destaque para o crescimento do volume importado de automóveis (+43,9%), de bens de capital
(+17%), de bens de consumo (+16,7%) e de peças e acessórios para bens de capital (+12,9%).
Segundo o INDEC, os principais produtos exportados pela Argentina até outubro de 2017, em
valor absoluto, foram: i) soja e derivados (US$ 13,7 bilhões); ii) milho (US$ 3,3 bilhões); iii)
veículos para transporte de mercadorias (US$ 2,7 bilhões); iv) trigo (US$ 1,9 bilhão); v) ouro
para uso não monetário (US$ 1,8 bilhão); vi) automóveis (US$ 1,3 bilhão); vii) camarão (US$
1 bilhão); viii) carne bovina (US$ 1 bilhão); ix) biodiesel (US$ 966 milhões); x) vinho (US$
674 milhões). As importações argentinas, em valor absoluto, concentraram-se em: i) bens
intermediários (US$ 14,8 bilhões); ii) bens de capital (US$ 12,4 bilhões); iii) peças e acessórios
para bens de capital (US$ 10,7 bilhões); iv) bens de consumo (US$ 7,3 bilhões); v) automóveis
(US$ 5,1 bilhões); vi) combustível e lubrificantes (US$ 4,8 bilhões).
Analistas avaliam que o fraco desempenho comercial do país deve-se ao atraso cambial e ao
desempenho modesto de recuperação da economia brasileira, bem como aos problemas de
competitividade argentina (infraestrutura, tributário, etc.). Por outro lado, a retirada gradual
dos direitos de exportação sobre a soja, a partir de janeiro de 2018, deverá impulsionar a venda
do principal produto da pauta de exportações da Argentina. Ademais, a recuperação econômica
do Brasil em 2018 deverá propiciar o incremento das exportações argentinas de produtos
industriais. Um dos desafios da Argentina para 2018 encontra-se na necessidade de que o
crescimento do PIB da Argentina previsto para os próximos anos, o que geralmente resulta em
elevação das importações, seja acompanhado do incremento das exportações.
25
Tabela 12
Ano Exportações Importações Saldo Comércio Exterior da
Argentina (Bilhões de
2002 25,650 8,989 16,661 dólares)
2. Origem e destino
Exportações
O MERCOSUL continua a ser o principal mercado de destino das exportações argentinas (US$
11,891 bilhões, em 2016), com uma participação no total da pauta de exportações de 20%.
26
Tabela 13
Países 2015 2016 Variação % Principais países
de destino das
Brasil 10,1 9,034 -10,6 exportações (Bilhões
de dólares)
China 5,388 4,66 -13,5
EUA 3,391 4,882 43,9
Vietnã 1,801 2,766 53,6
Chile 2,404 2,297 -4,5
Outros países 33,704 34,098 1,2
Total 56,788 57,737 1,7
Importações
Tabela 14
Países 2015 2016 Variação % Principais países
de origem das
Brasil 12,431 13,051 4,9 importações (Em
China 11,268 10,022 -10,1 bilhões de dólares)
O quadro a seguir indica a composição das vendas externas argentinas de acordo com o valor
das exportações por grandes setores no biênio 2016/2015:
27
Tabela 15
Setores 2016 2015 Variação % Exportações: Grandes
Setores (Em bilhões de
Produtos primários 15,645 13,291 17,7
dólares)
Manufaturas de origem
23,339 23,291 0,2
agropecuária (MOA)
Manufaturas de origem
16,762 17,955 -6,6
industrial (MOI)
Combustíveis e energia 1,992 2,252 -11,5
Total 57,737 56,788 1,7
Importações
Tabela 16
Uso Econômico 2016 2015 Variação % Part. %-2016 Importações: Uso
Econômico (Em bilhões
Bens de capital 12,014 11,76 2,2 21,6
de dólares)
Bens intermediários 15,476 18,088 -14,4 27,8
Combustíveis e lubrificantes 4,739 6,842 -30,7 8,5
Peças e acessórios para bens de capital 11,302 12,665 -10,8 20,3
Bens de consumo 7,399 6,779 9,1 13,3
Veículos automotivos 4,468 3,346 33,5 8,1
Outros produtos 212 276 -23,2 0,4
Total 55,61 59,757 -6,9 100
28
De janeiro a outubro de 2017, as importações aumentaram 18,9% em comparação a mesmo
período de 2016, resultado do crescimento de importações em todos os setores avaliados:
bens de capital (25,2%); bens intermediários (13,8%); combustíveis/lubrificantes (9,7%); peças
e acessórios para bens de capital (12,1%); bens de consumo (20,4%); veículos automotivos
(45,9%); outros produtos (43,7%).
29
IV RELAÇÕES
ECONÔMICO-COMERCIAIS
BRASIL-ARGENTINA11
1. Intercâmbio comercial bilateral
Desde a assinatura do Tratado de Assunção, em 1991, o comércio entre o Brasil e a Argentina
tem apresentado notável expansão.
Conforme dados estatísticos fornecidos pelo INDEC12, de 1994 até 2003 o intercambio comercial
bilateral foi deficitário para o Brasil, situação que se reverteu em 2004, período a partir do qual
a balança comercial bilateral começou a apresentar superávits comerciais para o Brasil.
Tabela 17
Intercâmbio Comercial Brasil – Argentina 2016 2015 2014 2013 2012 Evolução recente
A) Exportações FOB (bilhões de US$) 13,418 12,8 14,282 19,615 17,998
Variação (%) em relação ao ano anterior 4,8 -10,4 -27,2 9 -20,7
Participação (%) no total das exportações brasileiras 7,2 6,7 6,3 8,1 7,4
B) Importações FOB (em bilhões de US$) 9,084 10,285 14,143 16,463 16,444
Variação (%) em relação ao ano anterior -11,7 -27,3 -14,1 0,1 -2,7
Participação (%) no total das importações brasileiras 6,6 6 6,2 6,8 7,4
Saldo Comercial (A - B) 4,334 2,515 0,139 3,152 1,554
Volume de Comércio (A + B) 22,502 23,085 28,425 3,152 1,554
¹¹ Fonte: MDIC/SECEX
¹² “Instituo Nacional de Estadísticas e Censos”
30
Tabela 18
Produto (Ano de 2016) Valor U$S FOB (milhões)
Tabela 19
Produto (ano de 2016) Valor U$S FOB (milhões)
Nos primeiros dez meses de 2017, as exportações argentinas para o Brasil somaram US$ 7,7
bilhões (+5,5%), e as importações de produtos brasileiros, US$ 14,8 bilhões (+32,9%). O déficit
argentino no comércio com o Brasil atingiu US$ 7,1 bilhões, cifra 85% superior à registrada
em igual período de 2016 (US$ 3,8 bilhões), o maior da balança comercial deste país. Neste
período, 64,5% das exportações argentinas ao Brasil foram de manufaturas de origem
industrial; 14,6%, de manufaturas de origem agropecuária; 17,9%, de produtos primários; e
2,8%, de combustíveis/energia.
31
Os principais produtos argentinos exportados foram: material de transporte terrestre (US$ 3
bilhões), cereais (US$ 1 bilhão), produtos químicos (US$ 496 milhões) e plásticos (US$ 490
milhões). As importações argentinas concentraram-se em bens intermediários (US$ 4 bilhões);
automóveis (US$ 3,9 bilhões); bens de capital (US$ 3,4 bilhões); peças e acessórios para bens
de capital (US$ 2,3 bilhões); e bens de consumo (US$ 1,1 bilhão). O maior crescimento de
importações argentinas deu-se no setor de automóveis, tanto em termos percentuais (+49,8%),
quanto em valor absoluto (+ U$S 1,3 bilhão).
3. Investimentos bilaterais
Investimentos brasileiros na Argentina
A Argentina é uma opção natural para empresas brasileiras interessadas em dar os primeiros
passos em seu processo de internacionalização. Fatores como proximidade geográfica, dimensão
do mercado interno, MERCOSUL, proximidade linguística e cultural – além das considerações
de ordem econômica - contribuem para essa decisão.
O Brasil figura atualmente como um dos países com maior volume de investimentos externos
diretos no mercado argentino. De acordo com estimativas do SECOM Buenos Aires, o estoque de
IED realizado por empresas brasileiras no período 1997-2017 seria de cerca de US$ 15,3 bilhões,
entre novos projetos, fusões e aquisições, reinvestimentos e ampliações.13
O SECOM tem registrada a presença de 133 empresas ou grupos de capital brasileiro instalados
na Argentina. No entanto, este número provavelmente não reflete a totalidade da presença
empresarial brasileira neste país. O SECOM da Embaixada do Brasil em Buenos Aires tem,
com frequência, incluído novas empresas nesses registros cujas atividades na Argentina eram
desconhecidas até o momento.
¹³ As estimativas do SECOM Buenos Aires baseiam-se em anúncios, fatos relevantes e outras informações sobre investimentos
divulgadas pela mídia ou obtidas pela Embaixada junto às empresas.
32
Gráfico 1
Construção 0,64% Estoque de
Siderurgia investimentos
Frigoríferos/ brasileiros na
Alimentos 4% Argentina % por setor
Gás 0,05%
Indústria
em geral
38,67%
19,35%
Mineração
8,29%
A maior parte desses investimentos foi realizada a partir de 2002 – no que constituiu a “segunda
onda” de chegada de IED brasileiro ao país vizinho.
Para avaliar a diversidade do IED brasileiro na Argentina, basta mencionar, por ordem de volume
de investimentos até o presente, as seguintes empresas: Petrobras Argentina (PESA); Vale;
AMBEV; InterCements (Loma Negra); Grupo Camargo Corrêa (Alpargatas, Tavex Argentina/
Santista, Ferrosur Roca, Construcciones y Comercio Camargo Corrêa); Gerdau; BRF; Banco do
Brasil (Banco Patagonia); Grupo JBS-Friboi; Grupo Marfrig; Grupo Itaúsa (Banco Itaú); Unipar
Carbocloro,; Grupo Votorantim (ACERBRAG e Cementos Avellaneda); Grupo Contax; Natura
Cosméticos; Netshoes; Vicunha; Santana Têxteis; Klabin; Vulcabrás; Coteminas; Grupo Moura;
Tigre; Magnesita; Marcopolo; Weg; Grupo Randon; Bradesco, Grupo Dass; Agrale;
Plascar; Valid; Grupo Verdi; Cotia Trading, Grupo AMAGGI; Braskem (Odebrecht); Metalcorte;
Stefanini IT; Localiza; Baumgarten; etc.
33
Investimentos argentinos no Brasil
34
• BNDES EXIM: Financiamento à produção de bens e de serviços brasileiros destinados à
exportação e à comercialização destes itens no exterior.
35
6. Matriz de oportunidades: principais produtos
importados
Tabela 20
Produto (ano de 2016) Valor U$S FOB (milhões) Argentina: principais
produtos importados
Automóveis c/ motor explosão <1500 cm3>=2000 2,684
Gás natural 1,569
Gasóleo 1,435
Automóveis c/motor explosão <1000 cm3>=1500 1,196
Aviões 1,089
Circuitos impressos com componentes eletrônicos ou elétricos montados 628
Partes de aparelhos das posições 8527 ou 8528 518
Autopeças 497
Partes de máquinas das posições 8501 ou 8502 493
Partes de telefones celulares 432
Fonte: Infojust/INDEC
¹⁴ NCM 8527: Aparelhos receptores para radiodifusão, mesmo combinados, num mesmo gabinete ou invólucro, com aparelho
de gravação ou de reprodução de som, ou com relógio. NCM 8528: Monitores e projetores, que não incorporem aparelho
receptor de televisão, mesmo que incorporem um aparelho receptor de radiodifusão ou um aparelho de gravação ou de
reprodução de som ou de imagens.
36
V - ACESSO AO MERCADO
Muitas das regras de acesso ao mercado argentino seguem os padrões previstos nas normas do
MERCOSUL. No entanto, algumas dessas regras, tais como procedimentos aduaneiros e regras
fitossanitárias, estão regulamentadas por legislação própria do país.
1. Sistema tarifário
Tributação de Importações:
Os quatro itens tarifários da NCM estão taxados com 18% de imposto de importação. O Decreto
2275/1994 estabeleceu, no artigo 11, imposto de importação de 20% para esses produtos de
origem quer intrazona, quer extrazona. Posteriormente, a Resolução 457/1999 concedeu uma
preferência percentual de 10% para os produtos de origem MERCOSUL que, aplicada aos 20%
de imposto, resulta numa preferência de dois pontos, ou seja, uma alíquota residual de 18%.
37
Além disso, os produtos estão taxados com imposto de importação adicional, chamado direito
móvel, calculado sobre a diferença entre um preço-guia base e um preço de comparação. O
preço-guia calcula-se com base na média mensal dos 8 últimos anos do preço da tonelada
de açúcar branco, em dólares, no mercado de Londres. O preço de comparação é fixado pela
Diretoria Geral de Alfândegas (DGA) com base na cotação do açúcar branco disponível na Bolsa
de Londres (Contrato Nº 5) do último dia de mercado do mês imediatamente anterior à data
de apresentação do despacho de importação junto a DGA. Quando a diferença entre ambos
os preços constitui um crédito em favor do importador (preço guia-base inferior ao preço de
comparação) um montante de até 50% desse crédito poderá ser aplicado ao pagamento do
imposto de importação.
É o seguinte o regime tarifário para produtos automotivos, conforme disposto no 38º e no 42º
Protocolo Adicional ao Acordo de Complementação Econômica nº 14:
38
No período de 01 de julho de 2015 até 30 de junho de 2020, o valor das importações e exportações
dos produtos administrados deverá observar o coeficiente de desvio sobre as exportações no
período – flex – não superior a 1,50. O cálculo do valor limite do coeficiente de desvio sobre as
exportações dos produtos administrados no período de 1° de julho de 2015 até 30 de junho de
2020 deverá ser ponderado pelos cinco anos.
Não existirá limite máximo para as exportações, com a margem de preferência de 100%
mencionada, na medida em que forem respeitados os limites estabelecidos. Quando as
importações de produtos automotivos excederem os limites previstos, as margens de preferência
incidentes sobre as importações excedentes serão reduzidas a 25% (75% das alíquotas previstas
no Artigo 3º do 38º PA ao ACE-14) para as autopeças e a 30% (70% da alíquota estabelecida no
Artigo 3º do 38º PA ao ACE-14) para os demais produtos automotivos. Reproduz-se, abaixo, a
tabela disposta no Artigo 3º do 38º PA ao ACE-14:
Taxa de Estatística
A taxa de estatística aplica-se unicamente a produtos de origem extrazona (não incide sobre
os produtos de origem MERCOSUL). A alíquota é de 0,50% e não pode ultrapassar o montante
máximo de US$ 500,00 (Decretos 389/1995, 108/1999 e 690/2002).
39
a) Os produtos importados destinados à reprodução animal ou vegetal compreendidos nos
capítulos 1, 3, 6, 7, 10 e 12 da NCM, submetidos à alíquota de 0% da TEC;
e) Os bens de capital (BK), informática e telecomunicações (BIT) novos e sem uso, de acordo o
mencionado no artigo 2º do Decreto 690/2002; e
f) As mercadorias novas e sem uso, classificadas com os códigos NCM 8431.49.10, 8431.49.20,
8708.50.11 e 8708.50.19 (Resolução 835/2001, artigo 6º) e 8479.81.10, 8479.81.90 e 8607.19.11
(ver Resolução 763/2001, artigo 6º).
40
a) Setor agropecuário: animais vivos da espécie bovina, ovina, camelídia e caprina; carnes e
despojos comestíveis dos animais mencionados no item anterior, frescos, r e f r i g e r a d o s
ou congelados, não elaboradas ou cozidas; frutas, legumes e hortaliças frescos,
refrigerados ou congelados, não elaboradas ou cozidas; mel de abelha a granel; grãos
(cereais e oleaginosas, excluído o arroz) e legumes secos (feijão, ervilha e lentilha); farinha
de trigo (NCM 1101); pão, biscoitos e produtos de padaria e/ou pastelaria elaborados
exclusivamente com farinha de trigo, sem embalar previamente para sua
comercialização, compreendidos nos artigos 726, 727, 755, 757, e 760 do Código Alimentar
Argentino; couro bovino fresco ou salgado, seco, tratado pela cal ou conservado de outro
modo, não curtido nem apergaminhado, nem preparado de outro modo, mesmo depilado
ou dividido, incluído em determinados códigos NCM;
b) Bens de capital conforme a extensa relação de códigos NCM listados nos anexos dos itens
“e” e “f” do artigo 28º do Decreto 280/1997 (esses anexos foram substituídos pelo anexo
do Decreto 820/2007 e pelo anexo XII do Decreto 509/2007, respectivamente);
c) Jornais, revistas e publicações periódicas;
d) Propano, butano e gás liquefeito de petróleo;
e) Fertilizantes químicos para uso agrícola; e
f) Obras de arte (Decreto 279/1997).
41
Base de imposição: Valor Aduaneiro + Impostos de Importação e Taxas.
IVA adicional
Produtos destinados ao consumo próprio da empresa (bens de uso) e para uso ou consumo particular do
0%
importador (pessoa física)
a) produtos destinados ao consumo próprio da empresa (bens de uso) e para uso ou consumo
particular do importador;
b) gás natural (Resolução 2103/2006, Artigo 1º, item 1);
c) animais da espécie bovina, unicamente para importadores cadastrados como
“Responsable Inscripto IVA”; e
d) insumos, partes ou peças destinadas unicamente ao conserto ou construção de
embarcações, somente para importadores cadastrados como “Responsable Inscripto IVA” e
cuja atividade seja o conserto ou construção de embarcações (Resolução 1748/2004)
Alíquota reduzida: 10%. Beneficia à importação definitiva de produtos que tributam uma
alíquota reduzida (10,5%) do Imposto sobre o Valor Agregado (IVA).
42
Adiantamento do imposto de renda do importador
43
Adiantamento do Imposto sobre os “Ingressos Brutos” do importador:
Atinge as operações de importação de produtos para fins de revenda, realizadas por contribuintes
do imposto cadastrados nas respectivas jurisdições provinciais (Resolução 8/2006).
Alíquota Geral 2,5% (alíquota modificada, de 1,5% para 2,5%, pela Resolução Geral 3/2013. Em
vigor desde 01/05/2013).
Exceções:
Impostos Internos:
No caso dos produtos importados, o imposto deve ser pago no momento do desembaraço
alfandegário junto com as outras tarifas de importação.
Grava cigarros, charutos, fumo; bebidas alcoólicas e não alcoólicas, xaropes, extratos e
concentrados; automotores, motociclos e motores; serviços de telefonia celular e satélite;
objetos suntuários, fornos a micro-ondas, aparelhos de som, gravação e reprodução de vídeos e
de televisão, embarcações de recreio, de esportes e aeronaves, e desde a vigência da Lei 26539,
de 23/11/2009, telefones celulares, ares-condicionados, GPS e monitores.
44
Base de imposição: (VA + I I + Est) x TE x 1,3
100
Normativa: Lei 24674 (consultar o “texto atualizado” no site www.infoleg.gov.ar) e Lei 26539.
Valor fixo em moeda nacional (pesos argentinos) por litro, conforme o produto. Os produtos
importados pagam o imposto no momento do despacho alfandegário.
O texto legal, na íntegra, da Decisão do CMC Nº 8/1994 pode ser consultado no site www.
mercosur.int
45
Nova versão do Sistema Harmonizado:
A Resolução 523-E/2017 (que modifica a Resolução 5/2015 derrogada pela Resolução 292/2017)
determina licenças de importação automáticas e não automáticas conforme o código NCM
do produto. A resolução 898-E/2017, de 30 de novembro de 2017, determina a eliminação de
algumas posições tarifárias (19 NCMs a 8 dígitos dos capítulos 84 e 85) do regime de licenças
não-automáticas (LNAs), que passam ao regime automático de licenças de importação (LAI).
¹⁵ Até o dia 02/10/2017 a Argentina não tinha incorporado a Resolução 26/2016 do GMC à sua legislação nacional.
¹⁶ 16 Os textos das normas legais, na íntegra, mencionadas no estudo, bem como suas atualizações e modificações, podem ser
consultados no site de informação legislativa (INFOLEG) do “Ministerio de Justicia y Derechos Humanos” www.infoleg.gob.ar.
46
--- Licenças Não Automáticas de Importação (LNAI): O importador deverá estar cadastrado no
“Registro Único del Ministerio de Producción (R.U.M.P.)17” e, no prazo máximo de 10 dias úteis,
consignar a informação requerida no item 2) dos Anexos II a XVII da Resolução 523/201718 no
site da “Administración Federal de Ingresos Públicos (AFIP)”.
Foi estabelecida, para as mercadorias atingidas por LNAI, uma tolerância de +/- 7% no valor FOB
unitário e de +7% na quantidade entre o declarado no SIMI com relação aos valores consignados
no despacho final de importação correspondente.
O prazo de validade das Licenças de Importação é de 180 dias, contados desde a data de
aprovação no SIMI, prorrogáveis por uma única vez.
Quando o valor FOB declarado for menor que o valor critério estabelecido, o importador deverá
constituir uma garantia pela diferença entre as tarifas e impostos pagados e o valor das tarifas e
impostos resultante da nova base de imposição determinada pela Diretoria Geral de Alfândegas
19
¹⁷ A Resolução 442/2016 cria o R.U.M.P. com objetivo de centralizar a documentação e informação de todas as pessoas físicas ou
jurídicas que possam requerer serviços, programas ou gestão de trâmites na órbita do Ministério da Produção.
¹⁸ Esses Anexos determinam quais os códigos NCM compreendidos no regime de LNAI.
¹⁹ A Nota Externa 57/2007, complementada pela Nota Externa 60/2007 e pela Circular 15/2011, determinam que nas operações
de importação de produtos originários de países integrantes do GR4 (Coréia do Norte, Coréia do Sul, China, Filipinas, Hong
Kong, Índia, Indonésia, Malásia, Paquistão, Taiwan, Tailândia, Singapura e Vietnã) cujos preços declarados sejam inferiores aos
valores critérios, o importador deverá apresentar, perante a Diretoria Geral de Alfândegas e com anterioridade ao desembaraço
alfandegário, a fatura comercial visada pelo Consulado Argentino correspondente.
47
A Resolução 2461/2008, de 12/06/2008, determina que nas operações de importação para
consumo cujo valor FOB unitário declarado seja inferior a 95% do valor critério, a Diretoria
Geral de Alfândegas somente aceitará, como garantia, os seguintes instrumentos: depósito em
moeda, aval bancário ou títulos da dívida pública.
A Nota Externa 91/2008 estabelece a relação de produtos, códigos NCM e grupos de países de
origem afetados (GR).
A Nota Externa 92/2008 determina novos valores critério para determinados produtos
classificados nos códigos NCM 6115.
48
Alfândegas Especializadas:
49
“Servicio Nacional de Sanidad y Calidad Agroalimentaria – SENASA”
(www.senasa.gov.ar)
O importador deverá fazer certificar ou exigir a certificação, segundo corresponda, dos requisitos
essenciais de segurança mediante uma certificação de produto por marca de conformidade,
outorgada por um organismo de certificação autorizado pelo “Ente Nacional de Regulador del
Gas” e/ou a “Secretaría de Energía.
50
Requisitos Essenciais de Segurança Para Equipamentos Elétricos de
Baixa Tensão
Somente poderá ser comercializado no país o equipamento elétrico de baixa tensão que
cumpra com os requisitos essenciais de segurança determinados na Resolução 171/2016
(“texto atualizado”).
Sobre a emissão de certificados vide o acordo Bureau Veritas Argentina S.A./Bureau Veritas
Quality International-Brasil (Disposicão568/2000).
51
Resíduos e Desperdícios Perigosos
A Lei 24.051 proíbe a importação, transporte e ingresso ao país de todo tipo de resíduos e
desperdícios perigosos procedentes de outros países.
Promoção Mineira
Todo aparelho ou elemento utilizado para contar ou determinar valores de qualquer magnitude
deve ser aprovado e submetido à verificação prévia da “Oficina Nacional de Metrologia Legal”
na qual deverá cadastrar-se o importador do produto.
52
Autoridad Regulatoria Nuclear - ARN (www.arn.gov.ar)
No caso dos códigos NCM relacionadas no Anexo II da Resolução 1946/2005, a autorização será
exigida unicamente quando o produto a importar possa conter material radioativo.
Embalagens de Madeira
53
Pilhas e baterias
Requisitos adicionais:
• As pilhas e baterias deverão cumprir com os requisitos de duração mínimos, segundo normas
IRAM ou internacionais “International Electrotechnical Comission (IEC)” ou “American National
Standards Institute (ANSI)”.
Normativa: Lei 26.184, Resoluções 14/2007, 2/2007 e 484/2007 e Nota Externa 4/2007.
54
Essas medidas compreendem um Mecanismo de Adaptação Competitiva (MAC), o qual será
articulado a um Programa de Adaptação Competitiva (PAC) da indústria doméstica.
O MAC terá por objetivo reparar o dano importante ou prevenir a ameaça de dano importante
à indústria doméstica causado pelo mencionado aumento substancial das importações. O PAC
será adotado com o objetivo de contribuir para a adaptação competitiva e para a integração
produtiva da indústria doméstica.
Para tomar a decisão de iniciar esta etapa, a Autoridade Nacional (AN) do Estado Importador
deverá receber e analisar uma petição apresentada pela indústria doméstica que enfrenta um
aumento das importações de bens originários do Estado Exportador, conforme as condições
gerais estabelecidas no Artigo 1º do Protocolo.
As partes na consulta terão um prazo máximo de 30 dias corridos (prorrogáveis por outros 30
dias) para acordar a adoção de pelo menos uma das seguintes medidas:
a) uma quota tarifária anual com preferência plena para as exportações do produto considerado
do outro Estado;
b) uma tarifa para as exportações do produto considerado do outro Estado que superem o nível
da quota tarifária anual igual à Tarifa Externa Comum com uma preferência de 10%.
55
O nível da quota tarifária anual deverá ser estabelecido no contexto do nível de importações do
período de 36 meses anteriores à data de abertura da investigação.
O MAC terá uma duração de até 3 anos e só poderá ser prorrogada por um novo período de 1
ano se for comprovada a subsistência das condições que deram origem à aplicação da medida
e em função dos progressos realizados na implementação do PAC.
O Programa de Adaptação Competitiva deverá ser elaborado em conjunto pelos setores público
e privado dos Estados Importador e Exportador. No caso em que não se alcance um acordo
sobre o PAC, o Estado Importador estabelecerá suas características, inclusive no que se refere
aos compromissos que dele fazem parte.
O texto do AAP. CE Nº 14, 34º Protocolo Adicional, na íntegra, pode ser consultado no site www.
aladi.org
No S.I.M. - Sistema Informático MALVINA20 (que está substituindo, por meio da Resolução
3560/2013, o Sistema Informático MARIA) são registradas as informações relativas à
documentação que ampara as operações de comércio exterior.
56
Os usuários do sistema (geralmente os despachantes aduaneiros) declaram tipo, valor,
quantidade, marcas, origem, procedência e posição tarifária das mercadorias a serem
importadas, tipo de transporte, dados do importador, exportador, agente de transporte
aduaneiro, despachante aduaneiro e o tipo de operação. Uma vez avaliada a informação
inserida no sistema, o S.I.M. determina a liquidação das tarifas e impostos que gravam a
importação do produto. Quando os dados inseridos no sistema são oficializados pelo usuário,
prévio pagamento dos impostos de importação, o sistema emite o Documento Único Aduaneiro
(D.U.A.), formulário utilizado para todas as operações de comércio exterior inseridas no S.I.M.
• Canal Vermelho Valor com Constituição de Garantia: Estabelecido pela Resolução Geral
1907/2005, em substituição do canal roxo (“morado”), quando o valor FOB declarado seja
menor ao valor critério de caráter precatório (vide item 9 infra) estabelecidos pela Administração
Federal de Ingressos Públicos (A.F.I.P.) e, por regra geral, nos casos de observações nos valores
declarados das mercadorias. O importador deverá constituir uma garantia pela diferença entre
as tarifas e impostos pagos e o valor das tarifas e impostos resultante da nova base de imposição
determinada pela Diretoria Geral de Alfândegas.
57
A classificação das mercadorias no sistema apresenta, ademais dos oito dígitos utilizados para
individualizar cada produto na Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM), o acréscimo de
três números e uma letra que correspondem aos sufixos de valor e estatística.
A Resolução 4111/2017 determina uma taxa única e fixa de US$ 10 por cada declaração de
importação inserida no S.I.M. e isenta do pagamento às operações de exportação.
O Sistema começou a ser operado, conjuntamente, pelos Bancos Centrais do Brasil (BCB) e da
Argentina (BCRA) o dia 3 de outubro de 2008. Mediante o SML os exportadores e importadores
de ambos os países podem realizar suas operações de comércio exterior em Reais e Pesos, sem
necessidade de utilizar dólares no intercâmbio bilateral.
O SML aplica-se, inicialmente, às operações (até 360 dias) relativas ao comércio de bens
(incluídos os serviços e as despesas relacionadas) previstos na condição de venda pactuada, tais
como frete e seguro.
58
Caraterísticas principais do SML:
- É um mecanismo optativo e complementar dos sistemas de pagamentos atuais;
- É um sistema de compensação e transferência de valores; e
- Não é um mecanismo de cobertura de risco cambiário.
3. Documentação e formalidades:
Desembaraço alfandegário:
A retirada das mercadorias despachadas para consumo deve cumprir os seguintes prazos,
conforme o meio de transporte correspondente:
59
Para contratar despachantes aduaneiros, sugere-se o contato com:
“Centro de Despachantes de Aduana”
E-mail: administracion@cda.org.ar
www.cda.org.ar
Nas exportações do Brasil para a Argentina as regras gerais do regime de origem aplicado estão
previstos no 77º Protocolo Adicional ao ACE 18 (Decisão CMC Nº 01/09) e foi internalizado pelo
Decreto Nº 8.454, de 20 de maio de 2015.
http://www.mdic.gov.br/arquivos/dwnl_1437476913.pdf
60
O Ato Declaratório Executivo Coana nº 6, de 13/04/2017, autoriza a utilização de COD emitidos
por entidades certificadoras de origem argentinas nas importações do Brasil de mercadorias
negociadas ao amparo dos Acordos de Complementação Econômica nº 18 (ACE 18 – MERCOSUL)
e 14 (ACE 14 – Automotivo Argentina e Brasil).
Passa a ser suficiente a apresentação do COD à Receita Federal do Brasil para fins de comprovação
da origem da mercadoria argentina importada, sem prejuízo de que importadores brasileiros
optem por permanecerem utilizando a versão em papel do certificado de origem.
- Fatura comercial;
- Romaneio (Packing list);
- Conhecimento de embarque;
- Certificado de origem MERCOSUL;
- Outros certificados (quando aplicáveis).
61
4. Regimes aduaneiros especiais
Regime simplificado opcional de importação definitiva:
As mercadorias devem ser novas e sem uso, não estar sujeitas a proibições, quotas ou
intervenções de outros organismos e não estar incluídas em regimes promocionais que
outorguem benefícios ou isenções tributárias.
Regime de Courier:
62
• o valor FOB do produto a importar e/ou exportar não pode ser superior a US$ 1.000 e 50 kg.; e
• as mercadorias não devem estar sujeitas a proibições, quotas ou intervenções de outros
organismos.
Regime de amostras:
As amostras transportadas por via aérea terão seu valor de alfândega determinado pelo
acréscimo, a título de frete e seguro, de 10% do valor FOB da remessa.
63
As amostras estão sujeitas a verificação obrigatória e sua propriedade ou posse não pode ser
transferida com ônus, salvo autorização expressa, pelo prazo de 18 meses.
a) folhetos, panfletos, catálogos, revistas, cartazes, guias, fotografias, mapas ilustrados e outros
materiais gráficos similares;
b) filmes, slides, fitas de vídeo, disquetes e semelhantes, contendo materiais de caráter
promocional;
c) outras mercadorias a serem distribuídas gratuitamente, com caraterísticas adequadas para
sua divulgação comercial, sempre que seu valor FOB total não exceda o limite de US$ 5 mil, por
beneficiário.
64
Finalmente, a norma legal antes mencionada, determina que a alfândega de saída somente
autorize a operação de egresso do material promocional quando verifique que o beneficiário
do regime se encontra domiciliado ou estabelecido no país e demonstre ser participante do
evento.
A Resolução 527/2009 (que substitui à Res. 1050/2007)-, relaciona os países que cumprem com
o requisito de reciprocidade, dentro dos quais se encontra o Brasil.
65
obrigação de exportar, de forma definitiva, o produto resultante do beneficiamento industrial
dentro do prazo de 360 dias contados a partir da data da liberação alfandegária da mercadoria.
O prazo original pode ser prorrogado (somente por uma única vez e o novo prazo concedido não
poderá ultrapassar o original, conforme estabelecido pela Resolução Conjunta 238 e 397/2010),
sempre que os motivos demonstrados pelo usuário do regime justifiquem o adiamento.
Outro aspecto importante do Decreto 1330/2004 (complementado pela Nota Externa 58/2008)
é a possibilidade de realizar uma importação para reposição de estoque de mercadoria idêntica
e da mesma origem da previamente importada de forma definitiva. A condição principal para
acessar esse benefício é que a mercadoria haja recebido um aperfeiçoamento industrial e haja
sido exportada dentro dos 360 dias. A importação da mercadoria para reposição de estoque
deverá realizar-se dentro do prazo de 180 dias contados desde a data da exportação da
mercadoria previamente importada de forma definitiva.
66
- Regime de importação temporária para participação em feiras e exposições:
Por tal motivo, as empresas brasileiras que decidirem trazer máquinas e equipamentos sob
o regime de admissão temporária para participar em feiras e exposições deverão certificar-se
de que o importador/despachante aduaneiro interveniente possa, efetivamente, responder
pela contratação do seguro de caução, ou seja, possua limite de crédito suficiente junto às
seguradoras para cobrir o valor da garantia exigida para o bem a ser admitido temporariamente.
Devido à dificuldade de obtenção de uma garantia bancária, a melhor alternativa continua
sendo o seguro de caução contratado por meio do importador/despachante aduaneiro.
67
VI – INFRAESTRUTURA DE
TRANSPORTES
1. Infraestrutura interna
Transporte rodoviário
A rede rodoviária argentina desenvolveu-se substancialmente nos últimos anos. Buenos Aires
está ligada por via terrestre às principais cidades e regiões do país. Várias rodovias nacionais
são administradas pela iniciativa privada, remunerada por meio da concessão de pedágios. O
transporte rodoviário binacional, efetuado por empresas brasileiras e argentinas21, realiza-se,
principalmente, através da ponte Uruguaiana-Paso de Los Libres.
O trafego diário no Terminal Rodoviário de Retiro, na Cidade de Buenos Aires, é de 2.000 ônibus
durante (acima de 40 mil pessoas).
Transporte ferroviário
O sistema ferroviário foi privatizado em diversas etapas, iniciado em novembro de 1991 pelas
linhas de transporte de carga e finalizando em 1995 com o transporte urbano de passageiros.
Conta com cerca de 34 mil quilômetros de ferrovias, com três bitolas diferentes e liga Buenos
Aires às principais regiões e cidades do país, entre elas os portos de Santa Fé, Rosário e Bahía
Blanca.
Quanto aos países limítrofes, as três linhas (Belgrano, San Martín e Urquiza) somam 9.282 km
operativos e possibilitam o transporte de carga com o Chile desde Socompa, na Provincia de
Salta, até Antofagasta, na Segunda Región do Chile, e com a Bolívia, desde La Quiaca (Provincia
de Jujuy) e Yacuiba (Departamento de Tarija, Bolívia) até La Paz e Santa Cruz de La Sierra. A linha
ferroviária Mesopotámico possibilita o trânsito para o Uruguai (entre Concórdia e Salto), com o
Brasil (entre Paso de los Libres e Uruguaiana) e com o Paraguai (entre Posadas e Encarnación).
68
Transporte fluvial
A rede de hidrovias, composta pelos rios da Prata, Paraná, Paraguai e Uruguai, é utilizada
principalmente para o transporte de mercadorias destinadas à região nordeste argentina e
para o escoamento da produção agroindustrial por diversos portos privados, nos quais estão
sendo realizados, com participação de empresas estrangeiras, importantes investimentos
em infraestrutura portuária, terminais de carga específica, terminais multimodais, etc. Os
principais portos fluviais são os de Zárate e Campana. Os trabalhos de dragagem e balizamento
já realizados nos rios Paraná-Paraguai e os que estão sendo estudados conjuntamente pelos
países da bacia do Prata visam à construção de hidrovia que permita a navegação diurna e
noturna, durante todo o ano.
Transporte aéreo
As rotas desde a Argentina para o Brasil são operadas pelas empresas: Aerolíneas Argentinas,
Gol, LATAM e Azul.
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VII - ESTRUTURA DE
COMERCIALIZAÇÃO
1. Canais de distribuição
Considerações gerais:
A permanência deve ser sustentada pela imagem da empresa, refletindo confiança no que se
oferece ao importador, juntamente com produtos de qualidade e continuidade das vendas.
Para ter acesso ao mercado argentino, as empresas brasileiras contam com diferentes canais
de comercialização:
- direta;
- indireta;
- venda por catálogo;
- internet; e
- telemarketing
70
As importações argentinas processam-se por meio de diversos agentes, dentre os quais se
destacam:
Remunerados na forma de comissões sobre o preço FOB, procuram obter exclusividade para os
produtos que representem e não costumam realizar importações diretas. Buscam obter ordens
de compras a partir de visitas a importadores com catálogos, listas de preços e informações
sobre novos produtos de exportação disponíveis.
- Importadores:
Efetuam suas compras através de contatos diretos com produtores e exportadores estrangeiros
ou por intermédio de representantes (agente de compra). Costumam comercializar seus
produtos por meio de distribuidores, tanto atacadistas quanto varejistas.
- Distribuidores:
- Atacadistas:
- Varejistas:
71
Canais recomendados às empresas brasileiras
- Matérias primas:
-- Canal direto
EXPORTADOR
IMPORTADOR
(USUÁRIO DIRETO DAS
MATÉRIAS PRIMAS)
-- Canal curto
EXPORTADOR
USUÁRIO USUÁRIO
72
-- Canal longo
EXPORTADOR
IMPORTADOR
DISTRIBUIDOR
NACIONAL
- Produtos alimentícios:
EXPORTADOR
IMPORTADOR SUPERMERCADO
DISTRIBUIDOR
ATACADISTA
VAREJISTA VAREJISTA
73
- Bens de consumo duráveis:
EXPORTADOR
IMPORTADOR IMPORTADOR
ATACADISTA DISTRIBUIDOR
ATACADISTA
CONSUMIDOR CONSUMIDOR
- Bens de capital:
EXPORTADOR
REPRESENTANTE REPRESENTANTE
AGENTE DE VENDAS IMPORTADOR IMPORTADOR
DISTRIBUIDOR
74
Outros canais de comercialização
A fim de oferecer mais elementos para a escolha dos canais de comercialização que melhor se
adaptem ao perfil de cada empresa, vale mencionar outras modalidades. Destacam-se entre os
canais alternativos:
Assim a empresa utilizará a venda pelo correio para alguns produtos e mercados de destino e
outra modalidade (venda pessoal, catálogos e telemarketing) para outros produtos e serviços.
Essas combinações também podem estar pautadas por um plano de marketing com vistas a
realizar o lançamento do produto em melhores condições nos mercados mais receptivos.
Redes de venda:
Ela se adapta bem a um novo padrão de comercialização de produtos e serviços, que pressupõe
maior interação entre empresas e consumidores.
75
Franquias:
Nesse sentido, deve-se procurar unificar a imagem em todos os pontos de venda, eliminando
a concorrência entre elas. Dessa forma, a franqueadora disporá de maiores possibilidades de
êxito, já que cada ponto de venda terá um sócio cuidando do retorno do investimento que fez
na franquia.
A franqueada poderá contar com apoio logístico, supervisão e treinamento fornecidos pela
franqueadora, evitando assim parte dos gastos de montagem de um novo negócio, bem como
dos riscos decorrentes de tal empreendimento. A franqueadora, por sua vez, se fortalece junto
aos fornecedores ao centralizar as compras de insumos e infraestrutura.
Joint-ventures:
A UTE pode ser adotada apenas para associações temporárias tais como desenvolvimento de
obras ou serviços específicos.
Em matéria tributária, a UTE é considerada uma entidade com personalidade jurídica própria, à
exceção dos impostos incidentes sobre o patrimônio e sobre a renda, que são tributados pelos
membros individuais.
Os integrantes de uma UTE não estão sujeitos à responsabilidade conjunta e solidária, a menos
que esteja previsto no contrato constitutivo.
76
Vendas a supermercados:
Um setor que deve ser levado em consideração na identificação de um cliente para viabilizar
a entrada no mercado argentino é o de supermercados/hipermercados, além das grandes
cadeias de lojas.
77
2. Promoção de vendas
Considerações gerais
As feiras e exposições são uma excelente oportunidade para verificar o que se comercializa no
mercado onde se pretende ingressar. Permitem, também, conhecer os potenciais concorrentes
e o que eles oferecem.
Para o ingresso de material promocional a ser distribuído neste tipo de evento, vide no Capítulo
V, o item “Regime para material promocional”, supra.
Veículos publicitários
78
A imprensa escrita constitui outro importante segmento promocional, tanto no que diz respeito
ao volume de investimento publicitário quanto em termos de alcance. Os jornais e revistas são
o meio utilizado, preferencialmente, por empresas de serviços, de seguros, bancos, instituições
oficiais e empresas produtoras de bens de consumo, as publicações especializadas permitem a
publicidade de bens e produtos dirigidos a segmentos específicos de consumidores.
A publicidade digital na Internet e nas redes sociais experimenta crescimento acelerado como
veículo de divulgação de produtos e lançamento de campanhas.
O material gráfico (catálogos, listas de preços, folhetos informativos e tudo que seja destinado
ao mercado de importação) deve ser apresentado em espanhol. Cabe recordar a necessidade
de evitar erros de tradução que possam dificultar o entendimento do que se pretende informar.
Consultoria de marketing
79
3. Práticas comerciais
Negociações e contratos de importação
O início de uma negociação é marcado pelo pedido de cotação, após o qual é realizado o envio
de uma fatura proforma e sua devolução assinada contendo a aceitação dos termos. Essa
documentação, quando enviada por meio eletrônico e aceita pelas partes, dá início ao negócio.
No despacho das mercadorias, serão apresentados os documentos originais (fatura comercial,
conhecimento de embarque, certificado de origem MERCOSUL e outras certidões exigidas de
acordo com o tipo de mercadoria). Essa etapa do relacionamento entre empresas importadoras
e exportadoras deve iniciar-se através de um contrato de compra-venda internacional que
regule e dê forma legal ao acordado, satisfazendo as partes.
Preâmbulo
Partes contratantes, poderes, definições etc.
Condições do contrato
Objeto, natureza, descrição qualitativa e quantitativa, vigência.
Obrigações do vendedor:
Entrega das mercadorias, data, transporte, embalagem, certificados diversos, prazos, reserva
de domínio, amostras, cláusulas da garantia, reclamações, reparações, instruções sobre
utilização, planos e manuais.
Obrigações do comprador
Modalidades, condições e local de pagamento, crédito outorgado, garantias diversas.
Transferência de riscos e da propriedade
Transferência de riscos, modalidade de entrega, INCOTERM, transferência de propriedade, etc.
Serviço pós-venda
Garantias, reparos e manutenção.
Preços e modalidade de pagamento
Preços, moedas conversíveis, moeda de pagamento, revisão de preço e garantia de pagamento.
Arbitragem
Tribunal competente, órgãos e decisões.
80
Outras cláusulas
Segredo profissional, propriedade industrial, idioma do contrato, direito contratual, domicílio
do contrato, data e firmas autenticadas.
Anexos
Quando aplicável.
Designação de agentes
O contrato realiza-se entre empresas, não havendo uma regulamentação para o acordo se este
for realizado por meio de um representante local. Caso a empresa brasileira deseje instalar-se
em território argentino, deverá observar os trâmites normais para a abertura de uma empresa.
Seguros de embarque
O seguro é um contrato que é formalizado por uma apólice, documento que contém os direitos
e obrigações das partes. A contratação de seguros de embarque é parte da negociação privada
entre o exportador e o importador argentino e deve considerar os termos em que foi realizada
a operação, ou seja, a INCORTEM utilizada.
81
Existem dois tipos de apólices:
• “All Risk – AR”: cobre todos os riscos, à exceção dos defeitos não visíveis da mercadoria.
• “Free Particular Average – FPA”: cobre perda total da mercadoria sempre que o fato ocorra
estando o navio imobilizado, encalhado, incendiado ou decorra das operações de carga,
transferência ou descarga.
• With Particular Average – WPA”: cobertura total com cláusula restritiva das obrigações do
segurador. A franquia é estabelecida em percentagens do valor da apólice.
82
Supervisão de embarques
Financiamento de importações
O Banco Central da República Argentina (BCRA), por meio da “Comunicación A 3859”, determinou
que o pagamento das operações de importação pudesse ser realizado antecipadamente ao
embarque, à vista ou a prazo. Através da “Comunicación A 5899” (05/02/2016), determinou
que no caso de pagamentos antecipados, tanto de bens de capital (BK) quanto dos demais
bens, o importador deverá demonstrar a nacionalização dos produtos no prazo 365 dias corridos
a partir da data de acesso ao mercado de câmbios.
No caso de pagamentos à vista o importador conta com o prazo de 90 dias corridos para
demonstrar a nacionalização das mercadorias importadas.
No caso de pagamentos antecipados com prazos acima de 365 dias, o importador deverá contar
com autorização prévia do BCRA.
Os textos legais das normas antes mencionadas, bem como suas atualizações e modificações,
podem ser consultados no site www.bcra.gov.ar
A lei argentina estabelece que para questões de litígio patrimonial, bem como para as questões
de compra-venda, sempre que o contrato fixe como tribunais competentes os da Argentina, o
litígio deverá ser objeto de negociação entre as partes antes de ser submetido à via judicial. Só
no caso de não se chegar a um acordo naquela etapa é que o litígio passará à etapa judicial.
83
No caso em que o contrato de compra-venda não fixe o foro competente, atuará o tribunal onde
o fato ocorra.
No ano 1998 foi assinado o Acordo sobre Arbitragem Comercial Internacional do MERCOSUL
(Decisão Nº. 3/1998), cujo texto pode ser baixado diretamente do site do MERCOSUL (www.
mercosur.int). Essa norma já foi aprovada pelos respectivos Congressos, e se encontra em
vigência dentro do bloco. Da mesma maneira, foi assinada a regulamentação de arbitragem
para as relações Mercosul-Bolívia e Mercosul-Chile (Decisão Nº. 4/1998).
4. Comércio eletrônico
Panorama23
Segundo estudo publicado pela “Cámara Argentina de Comercio Electrónico” (CACE), o comércio
eletrônico tem experimentado um expressivo incremento (51%), interanual, durante o ano de
2016.
Na Argentina:
- 90% dos adultos conectados já comprou online alguma vez (+17% que em 2015);
-63% dos adultos conectados comprou nos últimos 6 meses (11,2 milhões de pessoas) sendo
que 67% são mulheres e 57% homens;
- 80% da população utiliza a Internet (os adultos usuários da internet são 19,7 milhões de
pessoas);
- $102,7 bilhões de Pesos argentinos foi o faturamento do e-commerce no ano de 2016,
correspondendo a 47 milhões de ordens de compra (+24% que em 2015);
- No que diz respeito a unidades de venda, 201624 quase que duplico as unidades comercializadas
durante o ano anterior;
²² O Protocolo Modificatorio do Protocolo de Olivos, assinado em 19 de janeiro de 2007, encontra-se ainda pendente de
aprovação.
²³ Fonte: CACE: “Estudio de Comercio Electrónico 2016”
24 75 milhões de unidades foram vendidas em 2016
84
- 88% do total das vendas foram concretizadas utilizando cartão de crédito (75% em 2015)
- 85% das empresas já implementaram uma opção de e-commerce (21% do faturamento dessas
firmas provêm de vendas realizadas através de dispositivos móveis)
- Passagens e turismo é a categoria que apresenta maior faturamento registrado nos últimos
três anos ($9,9 bilhões de Pesos argentinos em 2014, $17,3 em 2015 e $25,6 em 2016).
85
VIII - RECOMENDAÇÕES ÀS
EMPRESAS BRASILEIRAS
Designação de agentes
Práticas comerciais
O cumprimento dos prazos de entrega constitui fator importante para o êxito dos negócios.
Igualmente, deve-se ter presente a importância da rápida resposta às consultas e o cumprimento
estrito das normais contratuais.
86
Marketing
O exportador que tenha sua conta de publicidade em uma agência internacional poderá solicitar
seu apoio na Argentina. No entanto, se a agência do exportador for brasileira, poderá ter bom
conhecimento do produto e da empresa, porém não dominar a fundo o mercado argentino.
Amostras com valor de até US$ 100,00 e material promocional destinado a consumo ou
distribuição gratuita (panfletos, catálogos, etc.) de até US$ 5 mil estão isentos do pagamento
de tributos incidentes sobre sua importação. Outras informações são apresentadas no capítulo
V, item 4., supra.
A melhor época para realização de viagens de negócios é entre os meses de março e novembro.
É fundamental que uma viagem de negócios seja preparada com a devida antecedência.
87
ANEXOS
I. ENDEREÇOS
1. Órgãos oficiais argentinos
Ministerio de Producción
www.industria.gob.ar
Secretaria de Comercio
www.mecon.gob.ar
88
2. Órgãos oficiais brasileiros na Argentina
89
Grupo Brasil
gbrasil@grupobrasil.com.ar
www.grupobrasil.com.ar
Mercado Libre
www.mercadolibre.com.ar
Ala Maula
www.alamaula.com
Olx
www.olx.com.ar
90
6. Principais bancos argentinos:
Bradesco Argentina
www.bradesco.com.br
7. Meios de comunicação
Principais Jornais
Ámbito Financiero
www.ambitoweb.com
91
BAE
www.diariobae.com
Clarín
www.clarin.com.ar
Crónica
www.cronica.com.ar
El Cronista Comercial
www.cronista.com
La Nación
www.lanacion.com.ar
Página 12
www.pagina12.com.ar
Perfil
www.perfil.com
Principais revistas
Apertura
www.apertura.com
Fortuna
www.fortunaweb.com.ar
Mercado
www.mercado.com.ar
Emissoras de televisão
92
TV Publica
www.tvpublica.com.ar
Telearte (Canal 9)
www.canal9.com.ar
8. Consultorias
ABECEB
www.abeceb.com
DNI
www.consultoradni.com
Econometrica S.A.
www.econometrica.com.ar
Finsoport
www.finsoport.com.ar
93
Ecolatina
www.ecolatina.com
http://www.border.gov.au/
Transporte aéreo
Gol
www.voegol.com.br
Aeroportos
94
Aeroparque Jorge Newbery (Buenos Aires)
www.aa2000.com.ar
Transporte Terrestre
Bureau Veritas
www.bureauveritas.com.ar
Guia VIP
info@verinfo.com
www.verinfo.com
95
Dun & Bradstreet
helpdb@dnb.com
www.dnbarg.com.ar
Fidelitas
karina.digiorgio@fidelitas.com.ar
www.fidelitas.com.ar
Nosis S.A.
info@nosis.com.ar
www.nosis.com.ar
Agencias marítimas
Hamburg Süd
www.hamburgsud.com
96
2. Comunicações
Telecomunicações
O serviço de telecomunicações, que era fornecido pela empresa estatal ENTEL, foi privatizado
em 1990. A ENTEL foi dividida em duas regiões e concessionada a duas firmas, “Telefónica
de Argentina” e “Telecom”, que operam, de forma monopólica, nas regiões sul e norte
respectivamente.
Serviços postais:
O serviço postal oficial25, que cobre todo o país, foi privatizado em setembro de 1997 e ré-
estatizado em de novembro de 2003 durante a presidência de Nestor Kirchner.
97
III - INFORMAÇÕES PRÁTICAS
1. Informações sobre fretes
Moeda: Peso Argentino (cédulas de 2, 5, 10, 20, 50, 100 e 500 pesos).
Fuso Horário: Não existe diferença horária com a maioria dos Estados do Brasil, à exceção dos
meses de outubro a fevereiro quando se estabelece, por força do horário de verão no Brasil, a
defasagem de uma hora a menos.
Hora oficial: GMT - 3 horas
98
Horário comercial:
• Bancos e agências de câmbio: de segunda a sexta, de 10 às 15h.
• Lojas e negócios: de 9 às 20 h; em alguns bairros é costume fechar ao meio-dia, prolongando-
se o horário da tarde. Aos sábados, o horário é de 8h30/9 às 12h30/13h.
• Supermercados: de 10 às 21h. As principais redes abrem também aos domingos.
• Shopping Centers: de 10 às 22 h, todos os dias da semana, inclusive domingos.
• Restaurantes: o almoço é servido a partir das 12h e o jantar a partir das 20h. Muitos
estabelecimentos oferecem refeições rápidas a toda hora.
Formas de pagamento: Mesmo que o dólar seja geralmente aceito em lugares turísticos,
exceto em comércios pequenos, o câmbio de divisas em moeda nacional se realiza nos bancos
e agências autorizadas. Os cartões de crédito mais aceitos são American Express, VISA, e
Mastercard. Pode haver dificuldades para a troca de cheques de viagem fora de Buenos Aires.
Emergências médicas
Bombeiros: 100
Hospital de Quemados
Tels.: 4923-3022/4082
99
Defensoría del Turista
turistacentral@defensoria.org.ar
www.defensoriaturista.org.ar
100
BIBLIOGRAFIA
Ministério das Relações Exteriores/InvestExportBrasil
ARESE, Héctor, “Comercio y Marketing Internacional”, Ed. Norma, Buenos Aires, 1999.
AVARO, Daniel e MORENA, Carlos, Comercio Internacional y Finanzas Internacionales, Ed. PYSC,
Buenos Aires, 1999.
101
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