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INSTITUTO SUPERIOR DE TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES

Proposta de projecto de rede óptica passiva GPON, com recurso a técnicas


FTTH/FTTB, para condomínio INTAKA GUOJI cidade ideal.

Elaixa Samussone Sibanda

Projecto Final do Curso

Curso: Licenciatura Em Engenharia Informática e Telecomunicações

Supervisor:
Engº. Felipe Eduardo Teixeira Viveros

Departamento de Tecnologia de Informação e Comunicação

Maputo, 20 de Julho 2015


Proposta de projecto de rede óptica passiva GPON, com recurso a técnicas
FTTH/FTTB, para condomínio INTAKA GUOJI cidade ideal.

Elaixa Sibanda
Proposta de projecto de rede óptica passiva GPON, com recurso a técnicas FTTH/FTTB, para
condomínio INTAKA GUOJI cidade ideal.

Índice
AGRADECIMENTOS .......................................................................................................................................IV
DEDICATÓRIA .................................................................................................................................................. V
DECLARAÇÃO DE HONRA ...........................................................................................................................VI
ÍNDICE DE FIGURAS ...................................................................................................................................VIII
RESUMO ............................................................................................................................................................XI
CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 1
1.1 JUSTIFICATIVA...........................................................................................................................................1
1.2 DESENHO TEÓRICO ....................................................................................................................................2
1.2.1 Problemática ................................................................................................................................... 2
1.2.2 Problema......................................................................................................................................... 2
1.2.3 Objecto ........................................................................................................................................... 2
1.2.4 Objectivos....................................................................................................................................... 3
1.2.5 Perguntas de Investigação............................................................................................................... 3
1.3 DESENHO METODOLÓGICO .......................................................................................................................4
1.3.1 Abordagem de investigação............................................................................................................ 4
1.3.2 Métodos de Investigação ................................................................................................................ 4
1.3.3 Variáveis de pesquisa ..................................................................................................................... 5
1.3.4 Ideia a defender .............................................................................................................................. 5
1.3.5 Estrutura do relatório ...................................................................................................................... 6
2 CAPÍTULO 2: MARCO-TEÓRICO......................................................................................................... 7
2.1 REDE DE ACESSO.......................................................................................................................................7
2.2 TIPOS DE REDE ACESSO..............................................................................................................................7
2.3 REDE DE ACESSO SEM FIO ..........................................................................................................................8
2.4 REDE DE ACESSO A CABO METAL ...............................................................................................................8
2.4.1 Rede de acesso Óptico e Coaxial (HFC) ........................................................................................ 9
2.5 SISTEMA DE ACESSO A FIBRA ....................................................................................................................9
2.5.1 Ponto-a-ponto (P2P) ..................................................................................................................... 11
2.5.2 Ponto-Multiponto (P2MP) ............................................................................................................ 12
2.5.3 Rede Óptica Activa (AON) .......................................................................................................... 12
2.6 REDES ÓPTICAS PASSIVAS (PON)............................................................................................................13
2.6.1 TDM-PON.................................................................................................................................... 13
2.6.2 Alcance da Fibra Óptica ............................................................................................................... 14
2.7 APON (ATM-PON)................................................................................................................................15
2.7.1 BPON (BROADBAND PASSIVE OPTICAL NETWORK) ....................................................... 17
2.8 EPON (ETHERNET PASSIVE OPTICAL NETWORK) ...................................................................................17
2.9 GPON (GIGABIT PASSIVE OPTICAL NETWORK) ......................................................................................18
2.9.1 Protecção de Secção PON ............................................................................................................ 19
2.10 COMPONENTES DE PON ..........................................................................................................................22
2.10.1 OLT (Optical Line Terminal) .................................................................................................. 22
2.10.2 ODN (Optical Distribution Network) ...................................................................................... 22
2.11 PARÂMETROS PRINCIPAIS ........................................................................................................................24
2.11.1 Balanço de potência ................................................................................................................. 25
3 CAPÍTULO 3 - MARCO CONTEXTUAL DA INVESTIGAÇÃO...................................................... 28
3.1 PERFIL DE CASO DE ESTUDO ....................................................................................................................28
3.2 ESTADO ACTUAL DO OBJECTO DA INVESTIGAÇÃO (DESCRIÇÃO DO CONTEXTO DE INVESTIGAÇÃO) .........30
3.2.1 Soluções de pacotes da TDM (Telecomunicações de Moçambique)............................................ 31
3.2.2 Soluções de pacotes Movitel ........................................................................................................ 32
3.2.3 Soluções de pacotes TVcabo ........................................................................................................ 33
3.2.4 Requisitos de Bw de cada serviço ................................................................................................ 33
4 CAPÍTULO 4 METODOLOGIA DE RESOLUÇÃO DO PROBLEMA E APRESENTAÇÃO DE
RESULTADOS................................................................................................................................................... 36

II
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condomínio INTAKA GUOJI cidade ideal.

4.1 LARGURA DE BANDA DISPONIBILIZADA ...................................................................................................37


4.2 BALANÇO DE POTÊNCIA...........................................................................................................................38
4.3 SIMULAÇÃO DA REDE GPON...................................................................................................................44
4.4 DIMENSIONAMENTO E PROPOSTA DE EQUIPAMENTOS DA REDE ...............................................................55
4.4.1 Equipamentos activos ................................................................................................................... 56
4.4.2 Equipamentos Passivos................................................................................................................. 58
4.5 PROPOSTA DE ORÇAMENTO DE CUSTO DE EQUIPAMENTOS .......................................................................61
5 CAPÍTULO 5 - CONCLUSÕES E RECOMENDACÕES.................................................................... 62
5.1 CONCLUSÕES ...........................................................................................................................................62
5.2 RECOMENDAÇÕES ...................................................................................................................................64
6 REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA ........................................................................................................ 65

III
Proposta de projecto de rede óptica passiva GPON, com recurso a técnicas FTTH/FTTB, para
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Agradecimentos
Não poderei mencionar todos vocês que me ajudaram na construção da minha pessoa, mas do
fundo de coração agradeço demasiado.
A Deus zelador da minha pessoa, a honra, a glória e o poder seja dado a ele. Pela vida, amor e
por ter-me dado força para terminar o curso e elaborar este trabalho.
Ao meu Pai, pela excelente educação que sempre tencionou dar e alcançou, pela bela direcção
que sempre me aconselhou a tomar, não só para o bem-estar da família Sibanda, mas também
da sociedade em geral.
Ao Engenheiro Felipe Vivéros, meu supervisor, que sempre torceu pela perfeição deste
trabalho e pela disponibilidade em instante que tinha de estar indisponível;
Ao Professor Doutor Engenheiro Malagon, pelo seu lema de ensino e aprendizagem;
À Professora Doutora Engenheira Yicel pelo incentivo e seus conselhos construtivos aquando
dos meus estudos e para toda vida;
À Engenheira Sheila Nhabanga pelo apoio e críticas construtivas que valerão para toda minha
vida;
Às “meninas” da secretaria académica do ISUTC, que contribuíram directa ou indirectamente
durante o meu ensino superior no ISUTC;
Aos colegas das turmas I21 de 2012 e I41 de 2014 onde fiz parte durante a formação,
especialmente ao Felizardo Namarro, Belso Langa, Socrates Nhancale, Nixon Mabumque e
Irzelindo Salvador.
Ao doutor Jemusse Jossaias Cumbuia, Licenciado em Matemática com habilidades à física, o
homem que sempre nos ajudamos desde a escola primária e secundária pré-universitária onde
fazíamos a competição de obtenção de melhores notas nos testes.
Ao doutor Mazivila, pela colaboração no presente trabalho e pelos momentos de conversas
educativas.
Ao Cremildo Comé pela colaboração na elaboração do presente trabalho.
À Tia Celina Sibanda pelo acolhimento no percurso de frequência de meu ensino superior.
Aos meus irmãos pelo carinho, amor, colaboração e a sua presença em minhas dificuldades,
compartilhando momentos difíceis e bons.

IV
Proposta de projecto de rede óptica passiva GPON, com recurso a técnicas FTTH/FTTB, para
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Dedicatória

Dedico este trabalho à Deus criador de tudo que existe na terra e nos céus. A minha esposa
Chiedza Kumbuia, à minha filha Eliana Elaixa Sibanda, ao meu Pai Samussone Amosse
Sibanda que me acompanhou e sempre me acompanhará na realização dos meus sonhos e que
sempre abdica-se pela minha educação, à minha mãe Memória Paluguane, aos meus tios de
Machaze e Chimoio.

V
Proposta de projecto de rede óptica passiva GPON, com recurso a técnicas FTTH/FTTB, para
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DECLARAÇÃO DE HONRA

Eu, Elaixa Samusone Sibanda declaro por minha honra que o presente Projecto Final
do Curso é exclusivamente de minha autoria, não constituindo cópia de nenhum
trabalho realizado anteriormente e as fontes usadas para a realização do trabalho
encontram-se referidas na bibliografia.

Assinatura: __________________________________

VI
Proposta de projecto de rede óptica passiva GPON, com recurso a técnicas FTTH/FTTB, para
condomínio INTAKA GUOJI cidade ideal.

Índice de Tabela
Tabela 2.1: Tecnologias de acesso banda larga em cabos metálicos....................................... 9
Tabela 2.2:Características comparativas entre APON/BPON e GPON ................................ 21
Tabela 2.3 Tamanho de fibra óptica .................................................................................... 24
Tabela 3.1:Tabela de Preços do serviço FTTH .................................................................... 32
Tabela 3.2:Pacotes de FTTH ilimitados............................................................................... 33
Tabela 3.3: Velocidade de transmissão consoante pacotes mensais ao dispor do cliente ...... 33
Tabela 3.4 A demanda de serviços de rede de telecomunicações ......................................... 34
Tabela 3.5 HDTV e internet de alta velocidade ................................................................... 35
Tabela 4.1:Atenuação típica de fibras ópticas...................................................................... 39
Tabela 4.2: perdas de inserção de splitter ............................................................................ 40
Tabela 4.3:Parâmetros de projecto para cálculo do Orçamento de Potência ......................... 41
Tabela 4.4:Perdas do link óptico AB ................................................................................... 43
Tabela 4.5: balanço de potência .......................................................................................... 44
Tabela 4.6: Proposta de orçamento de custo de equipamentos ............................................. 61

VII
Proposta de projecto de rede óptica passiva GPON, com recurso a técnicas FTTH/FTTB, para
condomínio INTAKA GUOJI cidade ideal.

Índice de Figuras
Figura 2.1: Tipo de rede acesso e tecnologias ao dispor do assinante..................................... 8
Figura 2.2: Sistema de transmissão por fibra ....................................................................... 10
Figura 2.3:Arquitectura e tecnologia de rede óptica............................................................. 11
Figura 2.4: Arquitectura ponto-ponto .................................................................................. 11
Figura 2.5:arquitectua ponto-multiponto (P2MP) ................................................................ 12
Figura 2.6:Arquitectura PON’s / alcance da fibra ................................................................ 14
Figura 2.7:Arquitectura FTTH de rede APON..................................................................... 16
Figura 2.8:Configuração de referência para uma PON baseado em ATM ............................ 17
Figura 2.9: Referência de configuração de especificação GPON, ........................................ 18
Figura 2.10: Protecção através de modelo dúplex, em GPON .............................................. 20
Figura 2.11:Costrução básica da fibra óptica ....................................................................... 22
Figura 2.12: tipos de fibras ópticas e seus pulsos a entrada e saída ...................................... 24
Figura 3.1: Planta de Projecto Intaka, Guaji cidade ideal ..................................................... 29
Figura 3.2: Distância de Condomínio à estrada nacional N1, entrada Boquisso ................... 30
Figura 3.3Tarifário para o serviço TDM Banda-larga - Suportado Por Adsl ........................ 32
Figura 4.1:Esquema ilustrativo da distribuição dos equipamentos, ...................................... 37
Figura 4.2:Tela inicial de Optisystem.................................................................................. 45
Figura 4.3: Simulação da rede GPON para condomínio Guoji cidade ideal Intaka ............... 46
Figura 4.4: Visualização da configuração de largura de banda em GPON............................ 48
Figura 4.5: Sinal mensagem digital ..................................................................................... 49
Figura 4.6: Potência de inserção a fibra óptica..................................................................... 49
Figura 4.7 Potência a saída da fibra de 1,37 km e a entra de Splitter.................................... 50
Figura 4.8 Potência disponível a saída de splitter para alimentar ONU’s ............................. 50
Figura 4.9 Diagrama de olho a 1,37km da OLT................................................................... 51
Figura 4.10 Análise de taxa de erros à recepção do sinal óptico a 1,37km da OLT .............. 52
Figura 4.11:Diagrama de olho a 1,37km.............................................................................. 52
Figura 4.12: Configuração de rede GPON para 14km depois de condomínio....................... 53
Figura 4.13: potência disponível à 14 km de Splitter .......................................................... 53
Figura 4.14 Diagrama de olho de largura a 14 km da rede principal(1,37km) ...................... 54
Figura 4.15: Proposta da OLT para intaka, Huawei MA5683T ............................................ 57
Figura 4.16: ONT nas instalações de cliente, Huawei Echolife HG8245A GPON Terminal 57
Figura 4.17: Cabo fibra óptica de 64 fibras (CFOA-ARE TS),............................................ 58
Figura 4.18:Divisor óptico/ Splitter 1:64 ............................................................................. 59
Figura 4.19:Conector de fibra caixa SC/APC, ..................................................................... 61

VIII
Proposta de projecto de rede óptica passiva GPON, com recurso a técnicas FTTH/FTTB, para
condomínio INTAKA GUOJI cidade ideal.

LISTA DE ABREVIATURAS
ADSL Asymmetric Digital Subscriber Line
ANSI/TIA Telecomunication Industry Association (TIA)

APON ATM Passive Optical Network


ATM Asynchronous Transfer Mode
BPON Broadband Passive Optical Network
CATV Community Antenna Television
CO Central Office
DBA Dynimic Bandwidth Allocation
DSL Digital Subscriber Line
FTTB Fiber -To -The -Building
FTTC Fiber- To –The- Curb
FTTH Fiber –To- The- Home
FTTN Fiber-To-The-Node
FTTP Fiber- To- The- Premises
GPON Gigabit Optic Network
HDSL High bit-rate Digital Subscriber Line
HDTV High-Definition- Television
HFC Hibrid-Fiber-Coaxial
ITU International Telecommunication Union
LMDS (Local Multipoint Distribution System)
MMDS Multichannel Multipoint Distribution Service

OAM Operation Administration and Management


OAN Optical Active Network
OLT Optical Line Terminal
ONT Optical Network Terminal
ONU Optical Network Unit
P2M Point-to-Multipoint
P2P Point-to-Point
PON Passive Optic Network
SDSL Symmetric Digital Subscriber Line
TIC Tecnologia de Informação e de Comunicação

IX
Proposta de projecto de rede óptica passiva GPON, com recurso a técnicas FTTH/FTTB, para
condomínio INTAKA GUOJI cidade ideal.

VDSL Very High Data Rate DSL

X
Proposta de projecto de rede óptica passiva GPON, com recurso a técnicas FTTH/FTTB, para
condomínio INTAKA GUOJI cidade ideal.

Resumo

Uma das principais características de novos serviços de telecomunicações, devido a sua alta
qualidade, é a alta demanda de largura de banda. Em contrapartida, em longas distâncias ou
locais que possuem condomínios, apartamentos empresariais ou instituições quer publicas
quer privadas, na elaboração de projectos de provisão de serviços de telecomunicações, é tida
esta característica como referência.

Portanto, o meio de transmissão adequado para provisão dos serviços pré-citados, com
características atraentes das redes ópticas passivas e de capacidade de transferência da
informação, a longa distância, introduzindo perdas muito reduzidas ao longo do percurso de
transferência, é a fibra óptica.

Explorando esta fibra óptica, para o condomínio Guoji cidade ideal, neste trabalho, faz-se o
desenho de abordagem de objecto de estudo e do caso de estudo, que consistem em desenho
metodológico, marco teórico apresentando uma descrição das redes de acesso que culmina
com fundamentação de tecnologia GPON, capítulo 2, e procura-se perceber ofertas actuais de
dados e a extensão territorial de caso de estudo.

Os resultados e conclusões relatados são frutos da pesquisa realizada e fundamentada no


capítulo 2, por conseguinte trazem melhorias em comparação aos débitos actualmente
providos no condomínio Intaka Guoji Cidade Ideal, e abrindo mais campo para próximas
pesquisas.

Palavras chaves: GPON, triple-play e power budget.

XI
Proposta de projecto de rede óptica passiva GPON, com recurso a técnicas FTTH/FTTB, para
condomínio INTAKA GUOJI cidade ideal.

CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO

1.1 Justificativa

Actualmente, a área de telecomunicações, na rede núcleo verifica constante avanço


tecnológico. Porém, devido à crescente número de utilizadores distanciados entre si e de
novos aplicativos, alta demanda, que vão surgindo na última-milha é crucial o
dimensionamento de rede e implementação de tecnologia de grandes capacidades, como é
caso do recurso à (GPON), aumentando abrangência.
O uso desta tecnologia ajuda no aumento do volume de negócio dos provedores e
melhorando consideravelmente a qualidade de vida dos utilizadores através de serviços
melhorados ao seu dispor.
Em razão do gargalo da largura de banda (Bw) existente na rede de acesso em Intaka, cujos
assinantes dos serviços oferecidos pelas operadoras de telefonia móvel estão a aumentar,
verifica-se um condicionamento no acesso de informação e compartilhamento de ideias para o
público em geral.
Portanto, com o condicionamento no acesso à informação é afectada a comunidade do
condomínio Intaka, onde por exemplo, em plenas transacções bancárias verificam-se as
oscilações dos serviços de internet.
Referir que a rede óptica passiva e tecnologia GPON quando projectada a comunidade Intaka
Guoji cidade ideal irá verificar grande melhoria de qualidade de serviços actualmente
recepcionados. E para esta comunidade, a GPON será uma solução apropriada na provisão de
serviço triple-play pelas empresas de telefonia móvel e/ou provedores de serviço
telecomunicações.
O dimensionamento da rede óptica passiva e a implementação da tecnologia GPON, para a
comunidade da área em estudo de forma eficaz e eficiente beneficiar-se-á de serviços triple-
play na educação (aprender e desenvolver novas competências e habilidades sem necessidade
de deslocamento), no empreendimento e o compartilhamento de informação e ideias passará a
fazer parte da vida toda e melhorando a relação custo/benefício.

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Proposta de projecto de rede óptica passiva GPON, com recurso a técnicas FTTH/FTTB, para
condomínio INTAKA GUOJI cidade ideal.

1.2 Desenho teórico

1.2.1 Problemática

Actualmente a comunidade Intaka, não beneficia dos serviços triple-play, dados, voz e
televisão, a partir de uma única infra-estrutura, mas sim, voz e dados a partir de operadoras de
telefonia móvel de canais radioeléctricos de baixo débito de transmissão, condicionando
negativamente a qualidade de serviços por estes providos de acordo com as informações dos
moradores do condomínio do bairro Intaka, visto que não responde as reais necessidades dos
utilizadores.
Portanto, em certos momentos os moradores do condomínio do bairro Intaka são obrigados a
saírem de suas residências para o recinto do mesmo condomínio a fim de tentar melhorar a
qualidade de recepção ou transmissão de serviços de voz através de infra-estruturas de
telecomunicação ao seu dispor.
Realçar que estes utilizadores dos serviços pré-citados ao nível da comunidade da área em
estudo, dispõem de modem´s de operadoras em existentes na cidade e província de Maputo
para o uso alternativo em caso duma das operadoras estiver a funcionar com dificuldades, por
conseguinte, encontram-se inibidos de desenvolver as habilidades e competências em
ambiente online, sistemas e-learning, e de usufruírem os novos serviços de alta demanda de
largura de banda, como por exemplo, Voip, DTVi, HDTV, 3DTV; advento do
desenvolvimento tecnológico.
A este desenvolvimento impulsiona a diminuição de custo e redução de distância, porém a
falta de gestão de resultados em cada final do mês, dos serviços triple-play a comprar em
locais diferentes leva os moradores a percorrerem longas distâncias para compra destes de
serviços de internet e estes apresentam dificuldades pré-citadas.

1.2.2 Problema

Como prover serviços triple-play e futuros aplicativos de maior demanda de Bw tendo em


conta relação custo/benefício?

1.2.3 Objecto

O objecto de investigação é a rede óptica passiva, baseada na tecnologia GPON, cujo caso de
estudo é Condomínio Intaka Guoji Cidade Ideal.

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Proposta de projecto de rede óptica passiva GPON, com recurso a técnicas FTTH/FTTB, para
condomínio INTAKA GUOJI cidade ideal.

1.2.4 Objectivos

 Geral

O objectivo geral deste trabalho é projectar a rede óptica passiva GPON, com recurso a
técnicas FTTH/FTTB, para condomínio Intaka Guoji cidade ideal, alargando assim o gargalo
de rede de acesso.
o Objectivos específicos

Com vista a alcançar o objectivo geral de investigação, destacam-se os seguintes objectivos


específicos:
 Descrever o funcionamento da rede óptica passiva e sua arquitectura;
 Descrever o estado da tecnologia dissecando a oferta de serviços de telecomunicações
dos provedores, no bairro Intaka com maior enfoque ao condomínio em estudo;
 Propor o projecto de dimensionamento analítico e virtual de rede óptica passiva;

1.2.5 Perguntas de Investigação

Etapa de teorização: Que teorias fundamentam melhor as PON e padrões que regem a
GPON?
Etapa de exploração: Qual é taxa binária que alcança os utilizadores finais do condomínio
Intaka Guoji Cidade Ideal, através de várias operadoras de telecomunicações em
funcionamento no bairro Intaka?
Qual é a extensão territorial do condomínio, m2 ou hectares, partindo do suposto que o
número de moradias deste condomínio é conhecido, vulgo nome Projecto 5000 casas?
Etapa de validação: Como avaliar o desempenho da rede de acesso óptico, após a projecção?

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Proposta de projecto de rede óptica passiva GPON, com recurso a técnicas FTTH/FTTB, para
condomínio INTAKA GUOJI cidade ideal.

1.3 Desenho Metodológico

1.3.1 Abordagem de investigação

O desenvolvimento do projecto de dimensionamento da rede óptica passiva para prover


serviços triple-play ao bairro de Intaka foi privilegiada a metodologia analítica e explicativa,
cuja abordagem é mista, quantitativa e qualitativa simultaneamente.
Na metodologia qualitativa, explicou-se os factos que influência a existência “de gargalo de
largura de banda” na rede acesso, fazendo um estudo profundo e exaustivo que permitiu o seu
amplo e detalhamento do conhecimento, recorrendo a padrões da entidade regulatória
internacional ITU (International Telecommunication Union) e outras fontes de conhecimentos
que constam na bibliografia, para prover assim, serviços de telecomunicações através duma
solução apropriada escalável para suprir as demandas de Bw actuais e futuras
A metodologia de pesquisa quantitativa, procura comprovar teorias, recolher dados, e as
variáveis observadas são poucas, objectivas e medidas em escalas numéricas para confirmar
ou infirmar hipóteses e generalizar fenómenos e comportamentos.
Nesta etapa da quantificação, efectuou-se o dimensionamento da potência e largura de banda
para alguns enlaces ópticos, com base no modelo de cálculos de perdas, com recursos aos
dados colhidos no terreno relativos à distancias das principais ruas do condomínio em estudo.
Posteriormente ao dimensionamento de links ópticos, realizou-se simulações virtuais1, a fim
certificar os resultados obtidos analiticamente e comprovar a efectivação de mesmo projecto.

1.3.2 Métodos de Investigação

Os métodos seguidos durante a investigação e aquando da elaboração deste trabalho foram


científicos e empíricos:
 Método científico
Neste método, como alicerce da pesquisa, fez-se a revisão bibliográfica que permitiu a
fundamentação e compreensão das diversas alternativas das redes de acesso, principalmente
as baseadas no padrão PON e da arquitectura que melhor se adequa a configuração do estudo
de caso (INTAKA GUOJI cidade ideal). As principais técnicas de recolha de informação
usadas:

1
Dimensionamento analítico e virtual – no âmbito deste trabalho considera-se dimensionamento analítico e
virtual o processo de realização de cálculos de potência, largura de banda e suas respectivas simulações.
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Proposta de projecto de rede óptica passiva GPON, com recurso a técnicas FTTH/FTTB, para
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 Entrevista não-estruturada aos provedores de serviços, técnicos da Tvcabo e Movitel


e aos técnicos de condomínio estudado;
 Análise documental, esta técnica de pesquisa se baseou em documentos em posse do
condómino Intaka Guoji cidade ideal, internet, artigos científicos e interpretação de imagens.
 Levantamento do campo é a técnica que permitiu acesso ao material disponível no
INTAKA GUOJI cidade ideal, descrevendo exaustivamente a extensão territorial que
culminou com o dimensionamento da rede GPON.
 Método Empírico
Este método visou o estudo das características fundamentais do objecto, através da projecção
e dimensionamento da rede, dissecando e comprovado aos resultados obtidos no
dimensionamento analítico através de simulações que possibilitarão aproximar os resultados a
realidade proposta no presente projecto.

1.3.3 Variáveis de pesquisa

Para a efectivação da investigação e a elaboração deste trabalho foram posta em estudo as


seguintes variáveis de pesquisa:

 Débito de transmissão;
 Power budget;
 Relação custo/benefício da rede óptica de acesso.

1.3.4 Ideia a defender

A projecção e dimensionamento da rede fibra óptica, com recurso a tecnologia GPON no


condomínio em estudo é uma óptima solução, podendo incrementar volume de negócio por
parte de Projecto Intaka, ao inovar os seus produtos, apartamentos, pela inclusão de rede de
acesso PON, GPON tecnologia escalável, propriedade indispensável para upgrade das redes
de acesso. A mesma infra-estrutura, PON, visa garantir a qualidade de serviços triple-play,
serviços backhaul (via interligação de estações de rádio base pela fibra) na comunidade do
condomínio em estudo.
Portanto, ao realizar este projecto implica eliminação do gargalo de largura de banda, a
inconveniente de serviços triple-play, dos futuros serviços e aplicativos, na rede de acesso,
assim melhorando a qualidade vida da comunidade, consideravelmente, em relação ao
custo/benefício na rede óptica de acesso.

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Proposta de projecto de rede óptica passiva GPON, com recurso a técnicas FTTH/FTTB, para
condomínio INTAKA GUOJI cidade ideal.

1.3.5 Estrutura do relatório

Capitulo 2: Marco teórico


Neste capítulo aborda-se teoria relevante para o conhecimento e aprofundar conceitos do
objecto de estudo e seu enquadramento na rede de acesso com ênfase na provisão de três
principais serviços de telecomunicações, voz, dados e vídeo, bem como a apresentação de
modelos para dimensionamento da rede óptica passiva.
Capítulo 3: Marco Contextual da Investigação
Apresenta-se neste capítulo o perfil do caso de estudo, no que tange a sua localização,
extensão territorial, moradias erguidas e previstas para o mesmo condomínio. Apresenta-se
taxa de transmissão disponível nas terminais da rede de acesso de algumas operadoras que
estão em pleno funcionamento na rede de acesso, com enfoque as que possuem a rede de
acesso baseada em fibra.
Capítulo 4: Metodologia de resolução do problema e apresentação de resultados
Neste capítulo faz-se a esquematização da rede dimensionada, seguida de cálculo analítico de
débitos, power budget, e para verificar a exequibilidade de projecto, faz-se a simulação da
rede PON, e finalmente faz-se o dimensionamento de equipamentos e proposta de orçamento
do projecto.
Capítulo 5: Conclusões e recomendações
Neste capítulo faz-se a explanação de conclusões retidas em todo trabalho realizado, a fim de
analisar o alcance da resolução do problema ao objectivo previamente almejado. E faz-se,
também, apresentação de recomendações como forma de permitir, no mesmo caso de estudo,
novas investigações, com vista a melhor ou dar continuidade o presente trabalho.
Capítulo 6: Referências Bibliográficas e Bibliografia
Neste capítulo, faz-se apresentação das fontes de pesquisas, entre as quais algumas foram
citadas ao longo do trabalho permitindo a consistência de matéria abordada e existente neste
trabalho.

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2 CAPÍTULO 2: MARCO-TEÓRICO
Neste capítulo, são exploradas as redes de acesso, com mais enfoque a de acesso óptico, mas
primeiramente é dada visão geral das redes de acesso, principalmente as cabeadas no que
refere as tecnologias que podem conduzir o sinal até as instalações do utilizador,
FTTH/FTTB.

2.1 Rede de Acesso


Segundo Sá (2007) define a rede de acesso como sendo, a parte da rede de telecomunicações
constituída por cabos e equipamentos de transmissão e de multiplexação, em que a tecnologia
a utilizar depende dos serviços que se pretende entregar ao cliente. Portanto, nesta rede quanto
mais básico for o serviço a oferecer menor será a exigência, por exemplo, um serviço
telefónico exige menor Bw comparativamente a serviço de televisão, o que será elucidado ao
longo do trabalho. A rede de acesso, também é chamada última-milha, pois é a que chega às
residências e visa a entrega de serviços requeridos pelos assinantes.
Segundo Jayant (2005) defende que para dar mais ênfase ao utilizador final é neste laço, de
rede de acesso, onde os diversos serviços estão concentrados a rede de acesso, por
conseguinte o mesmo laço em outras bibliografias é denominado primeira-milha.

2.2 Tipos de rede acesso


Existem diversas alternativas que são capazes de encaminhar o sinal até as instalações dos
utilizadores, pois as mesmas surgem para de eliminar o “gargalo”, como ilustra a figura 2.1.

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Rede de acesso

Cabo Sem Fio

Compartilhado Dedicado MMD


Celular

Par Trançado
Coaxial Satélite LMDS

CAT HFC Fibra XDSL RDIS


V
PON AON

APON BPON EPON GPON VDSL ADSL ADSL


lite
Figura 2.1: Tipo de rede acesso e tecnologias ao dispor do assinante
Fonte: Adaptado de Bolzani (2004)

2.3 Rede de acesso sem fio


Segundo A. P. Toledo (2001) rede acesso sem fio é um conjunto de mecanismos que
consistem em transmitir e receber o sinal através de ondas de rádio. Como observamos na
figura 2.1, dependendo do local, do alcance e de serviços necessários; várias tecnologias
podem estar ao dispor dos clientes, cabendo a este que tecnologia a escolher.
Essa rede, geralmente é indispensável em locais com dificuldades de instalação de rede de
acesso cabeada, por falta da organização, e quando o local onde pretende-se prover serviços
de comunicação tem uma densidade populacional reduzida.

2.4 Rede de acesso a cabo metal


É a rede cujo seu funcionamento se baseia em infra-estrutura metálica, ou seja, o meio de
transmissão, embora tenha o revestimento ametal, é metálico e o sinal que trafega nele é
eléctrico. Os cabos metálicos utilizados em redes de acesso são dois tipos: Par trançado e
Coaxiais.
Segundo Toledo (2001) os dispositivos especiais do tipo DSL e XDSL são utlizados como
acessórios de uma tecnologia de acesso de transmissão em banda larga através de rede
transmissão metálica. A essas tecnologias são conhecidos, geralmente com siglas ADSL,
VDSL, HDSL, DSL, SDSL e MDSL; a seguir serão ilustradas na tabela 2.1, significados das
siglas, débitos e o alcance máximo.
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Tabela 2.1: Tecnologias de acesso banda larga em cabos metálicos


Nome Taxa de Transmissão Modo Aplicações Alcance
DSL 160 kbps, voz e dados Duplex RDIS
HDSL 1,544 Mbps a 2,048 Mbps Duplex Trafego T1/E1 3,5 Km
SDSL 1,544 Mbps a 2,048 Mbps Duplex Semelhante ao HDSL 2,5 Km
ADSL 1,544 Mbps a 2,048 Mbps Duplex Acesso internet, Vod, 2,5 Km
Vídeo simplex, LAN e
Serviços interativos
VDSL 1,5 a 9 Mbps Downstream/ Idem ADSL e HDTV 5 Km
Upstream
FONTE: adaptada de (Toledo, 2001)

2.4.1 Rede de acesso Óptico e Coaxial (HFC)

Segundo A. P. Toledo (2001) Hibrid-Fiber-Coaxial (HFC) é a tecnologia de rede de acesso


que surge para aplicações de, principalmente, vídeo analógico via cabo. Portanto, a rede usava
um canal de downstream do headend para o assinante, para a distribuição do vídeo broadcast.
A infra-estrutura de CATV, era muito concorrida, portanto havia sempre compartilhamento
do tronco coaxial consequentemente, diminuição de taxa disponível residencial. A
irresistência a demanda sofrida pela CATV alavancou a tecnologia, embora actualmente esta
solução não é apropriada para actuais e futuras aplicações

2.5 Sistema de acesso a Fibra


O laço local de acesso à fibra óptica é denominado sistema FITL ( fiber-in-the-loop), advento
das desvantagens associadas ao sistema de acesso a coaxial. Segundo (Lam 2007) as grandes
vantagens do primeiro sistema comparativamente ao segundo, são destacadas pela maior
largura de banda, menos perdas e menor ruido.
Segundo Toledo (2001) o sistema de acesso por cabo fibra óptica, como ilustra a figura 2.2,
possui seguintes vantagens:
 É indicado para comunicações ponto-a-ponto em redes de pequeno porte (curtas
distâncias) como redes LAN e para redes de telecomunicações (longas distâncias),
incluídos anéis ópticos e outras redes de transportes;
 Velocidade de taxa de transmissão elevadas de alguns Gbps;

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 Segurança e rigidez eléctrica e mecânica pelas características isolantes da fibra,


imunes os raios e outras descargas eléctricas, garantido melhor protecção para os
equipamentos terminais;
 Imunidade a interferências (ruídos) com aplicação em ambientes industria, poluídos
com sinais espúrios;
 Baixa atenuação inferior a 0,3dB/km, quando comparado com sistemas de acessos
metálico;
 A mesma referência, não deixa de citar as desvantagens dos sistemas de acessos a
cabos ópticos, entre essas destaca:
 Custo mais elevados e maior tempo de implementação;
 Dificuldades de posteação, torres e outras estruturas de suporte;
Segundo (Louis and Franzael 2013) a onerosidade de implementação de sistemas de acesso a
cabos ópticos é compensado pelos utilizadores finais que cada vez mais vão aderindo aos
serviços, pois o atendimento a cada um destes assinantes adicionais gera uma boa relação
custo/benefício.

Sinal eléctrico
Transmissor

Modulador Fonte óptico Acoplador óptico

Fibra
óptica

Fotodector Amplificador Demodulador

Receptor
Sinal
eléctrico
Figura 2.2: Sistema de transmissão por fibra
Fonte: Toledo (2001)
Segundo Toledo (2001) o sinal eléctrico passa por vários estágios, cujos alguns destes existem
em sistema de transmissão eléctrico. Portanto, a diferença entre sistema transmissão a cabo
eléctrico e a fibra reside nos blocos Fonte óptico, acoplador óptico, fotodector, visualiza
figura 2.2, que estão baseados na radiação infravermelha emitida por díodo leser (LED).

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Os emissores de luz ficam acoplados a uma das extremidades da fibra óptica e a outra
extremidade fica acoplado um dispositivo fotodetector baseada em díodo PIN ou de
avalanche.
A tendendo a configuração do sistema representado na figura 2.3 pode-se criar um diagrama,
figura 2.3 capaz de ilustrar especificamente a arquitectura quer ponto-ponto quer ponto-
multiponto em redes ópticas quer activa ou passiva.

Figura 2.3:Arquitectura e tecnologia de rede óptica


Fonte: (autor)

2.5.1 Ponto-a-ponto (P2P)

Segundo ANACOM (2011) a arquitectura ponto-a-ponto é a mais simples do ponto de vista


conceptual. Com esta arquitectura, será instalada uma fibra directamente entre a instalação do
cliente e a Central (Central Office). De forma sucinta, a arquitectura ponto-a-ponto apresenta
um porto OLT/ uma fibra por cada cliente, ou seja há um laser emissor e um receptor
dedicado a cada um dos clientes. Nesta arquitectura toda a Bw disponibilizada pelo OLT
(nessa fibra) é atribuída a um único cliente.

Figura 2.4: Arquitectura ponto-ponto


Fonte: Pires (2010)

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2.5.2 Ponto-Multiponto (P2MP)

A arquitectura ponto-multiponto (vide Figura 2.5) tem um porto no OLT por cada N clientes e
subdivide-se em redes Ethernet Activa e PON.
Um porto OLT na central por cada N clientes, com N tipicamente entre 8 e 64

Figura 2.5:arquitectua ponto-multiponto (P2MP)


Fonte: (Pires 2010)
Esta arquitectura é a mais usada em redes ópticas a nível mundial, geralmente opta-se por esta
arquitectura quando se pretende abranger áreas geograficamente extensas e onde a quantidade
de assinantes ou aderentes aos serviços é maior. Observa-se na figura que, a ligação ente a
OLT e ponto de derivação é P2P e do ponto de derivação aos assinantes é P2M, desta forma
técnicas de acesso ao meio assim como de multiplexação são muito necessários, por forma a
aproveitar ao máximo a Bw, virtualmente ilimitada.

2.5.3 Rede Óptica Activa (AON)

Segundo ANACOM (2011) Na arquitectura Ethernet Activa, o ponto de derivação é um nó


activo, normalmente um comutador Ethernet, que é usado para agregar tráfego proveniente de
diferentes clientes (Optical Network Termination, ONT). Das arquitecturas ponto-multiponto,
é a que requer maior investimento na rede exterior, pois para agregar as fibras ligadas
directamente aos clientes finais, esta arquitectura exige que os comutadores Ethernet sejam
instalados em armários protegidos entre a Central e as instalações dos clientes, sendo
necessário por isso ter em consideração questões ligadas à alimentação de energia e controlo
de temperatura dos equipamentos activos. Esta é uma tecnologia de camada 2, em que a
função do Active Ethernet é encaminhar para cada um dos utilizadores finais apenas as
tramas Ethernet a si destinadas, funcionando a um nível lógico de modo análogo a uma rede
ponto-a-ponto

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2.6 Redes ópticas Passivas (PON)


Segundo Hollidays (2008) o maior estudo da PON (Passive Optical Network) foi realizado na
europa por muitos anos e como alternativa das AON (Active Optical Network). Teve a sua
origem em 1995 pelo grupo conhecido por FSAN (Full Service Access Network consortium).
Segundo ANACOM (2011) esta arquitectura, ao contrário da Ethernet Activa, não exige
qualquer electrónica (elementos activos) na rede óptica ou seja no percurso da central ao
subscritor. Portanto, para partilhar recursos utiliza-se divisores ópticos passivos (splitter) no
caso da TDM-PON ou repartidor/combinador no caso da WDM-PON.
Segundo Louis e Franzael (2013) a maioria das redes de transporte usa componentes activos
para realizar conversões óptico-eléctrico-óptico (OEO) durante a transmissão e recepção.
Estas conversões são onerosas, pois cada componente requer um transceptores e uma fonte de
alimentação, e em longas distância em torno de 10 a 40 km ou mais, são inseridos no percurso
os repetidores e amplificadores para superar atenuações, restaurar a intensidade do sinal e
remodelar o sinal, porém geram mais custo devido a alimentação destes dispositivos a
energia.
Da figura 2.4, pode se afirma que por ser, PON, da arquitectura P2M Os ONT partilham a
mesma fibra (de "alimentação", ligada à central) e o mesmo porto no OLT, tornando-se
necessário usar técnicas de acesso múltiplo para evitar colisões na comunicação entre o
utilizador final e a central. Deste modo, as redes PON dividem-se em redes TDM-PON e
WDM-PON. E destas redes será aprofundada a segunda, pois no presente trabalho vai se usar
a multiplexação ou técnica de acesso ao meio TDMA (Time divison Multiplexing acess).

2.6.1 TDM-PON

A utilização de um splitter na rede acesso, concretamente em ODN, condiciona a transmissão


do sinal nas duas direcções ascendente e descendente. Portanto a TDM-PON permite
combinar através de Splitter vários sinais, no mesmo comprimento de onda, e enviar para
OLT em fatias de tempos distintos na mesma infra-estrutura de fibra óptica, e divide o sinal
proveniente da OLT e envia-lo aos ONT’s.
Sucintamente, em acesso múltiplo TDM cada utilizador pode usar toda a Bw de transmissão
durante janelas de tempo reservadas. Para conectar os utilizadores à fibra óptica é usado um
divisor de potência óptica no nó remoto.
Segundo ANACOM (2011) actualmente, nas redes TDM-PON, a concentração máxima de
assinantes por fibra óptica provindo da OLT é de 64 e em certos casos 128 (no caso de ser
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GPON que já na secção a seguir é abordado) e a distância máxima entre equipamentos activos
é de 20 km. No entanto, quanto maior for a distância menor é a concentração dos assinantes
em uma fibra óptica.
Por outro lado, a Bw máxima a disponibilizar aos utilizadores pode também determinar uma
concentração menor de subscritor, com o aumento da distância. Actualmente estão em
desenvolvimento novas soluções que permitirão maiores distâncias e com a mesma ou mais
concentração de assinantes (por OLT e/ou splitter).

2.6.2 Alcance da Fibra Óptica

Segundo Sá (2007) e Pinheiro (2010) a arquitectura PON depende do alcance da fibra óptica.
Esta arquitectura é instalada na rede acesso, para suportar serviços que exigem Bw elevada,
designado pelo acrónimo FTTX (Fiber-to-the-X), como ilustrado na figura 2.6. A letra “X”
indica possibilidade ou alternativas da chegada de Fibra a casa do assinante, cabendo
destacar:

Figura 2.6:Arquitectura PON’s / alcance da fibra


Fonte: Bonilla (2008)

a. FTTH ( Fiber-To-The-Home)

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É uma arquitectura de rede de acesso P2M, onde a fibra óptica sai da CO até a sala de
equipamentos de edifícios. A partir desta sala o sinal óptico pode sofrer divisões através de
dispositivos ópticos passivos, Splitter’s, sendo posteriormente encaminhado a cada
apartamento ou escritor.
b. FTTB (Fiber-To-The-Building)
É uma arquitectura de rede de acesso P2M, onde interligação entre CO (Central Office) e
ONT (Optical Network Terminal) é realizada através da fibra óptica que vai até a casa do
assinante, evitando grandes perdas de Bw.
c. FTTC (Fiber-To-The-Curb)
É a arquitectura de rede acesso P2M, constituída por unidades remotas que atenderão poucos
assinantes a uma distância de algumas dezenas de metros. Portanto nesta arquitectura leva-se
a fibra até aos armários localizados ao máximo 300m dos edifícios.
d. FTTN/ FTTCab (Fiber-To-The-Node/Cabinet)
É a arquitectura P2M usada nas redes de distribuição de operadoras de serviços de
telecomunicações TV a cabo, por exemplo, onde a fibra que vem da CO é conectada
directamente no armário da rua situado a mais de 300 m dos assinantes, e depois o sinal é
convertido de óptico para eléctrico para ser distribuído em cabos metálico até ao ponto de
atendimento.
As variantes das tecnologias PON surgem no âmbito de eliminar o suposto gargalo, visto que
as necessidades dos utilizadores são insaciáveis, pois os utilizadores estão disperso e
separados por longa distância. Na tentativa de minimizar estes inconvenientes destacam-se as
seguintes tecnologias:

2.7 APON (ATM-PON)


Segundo Perros (2002) a APON emergiu pela primeira vez como a solução aceitável e viável
para suprir a grandes demanda de Bw, em 1998, e padronizado pela ITU-T, na recomendação
G983.1. Portanto, a designação APON deve-se ao facto da tecnologia suportar a arquitectura
ATM, cuja provisão dos serviços de voz, de dados e de Vídeos é feita sobre pacotes ”packet”.
O mesmo autor defende que a APON é constituída, efectivamente, de ONU’s e OLT que se
interligam através de fibra óptica e esta pode sofrer divisão em múltiplas fibras na direcção
descendente (OLT-ONT) ou agregação das múltiplas fibras em uma na direcção ascendente
(ONT-OLT). Portanto, da ilustração da figura 2.8, nota-se que esta tecnologia é ponto-
multiponto, por conseguinte, suporta todas as arquitecturas pré-citadas na secção anterior,
desde FTTH até FTTN.
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Segundo Bonilla (2008) A planta externa, fibra e componentes ópticos, é totalmente passiva.
Uma única fibra conecta uma porta OLT com múltiplas ONT’s / ONU’s, utilizando filtros
ópticos ou splitter, e uma única APON pode equipar-se até 64 ONT logicamente, ainda que a
margem seja entre 32 e 48 ONT na prática. A OLT pode estar até 20 km de distância das
ONT, permitindo cobrir uma extensa área geográfica.
Uma OLT pode suportar múltiplas APON, o que, combinando com a capacidade de filtrado
das APON, significa que uma OLT pode suportar um grande número de utilizadores.
Segundo Perros (2002) em APON a comunicação bidireccional é possível pelo suporte de
duas faixas de comprimento de onda (Wavelength Division Multiplexing-WDM) nas direcções
de transmissões Downstream e upstream. Sendo assim, uma faixa de operação de
comprimento de onda usada, em uma fibra simples, na transmissão Downstream é 1480-
1580nm, porém em transmissão upstream 1260-1360nm. Os ONU’s desta rede recebem o
mesmo sinal óptico oriundo da OLT, compartilhando mesma infra-estrutura graças a
tecnologia de acesso ao meio, TDMA.
A taxa de transmissão desta rede pode ser assimétrica ou simétrica, em que na assimétrica a
taxa de downstream e upstream é 155Mbps, entretanto na assimétrica a taxa de downstream
aumenta de 155Mbps para 622Mbps mantendo em upstream 155Mbps.
Da figura 2.7 nota-se que em tecnologia APON existem diversas configurações relacionadas a
arquitectura, pois depende da localização do ONU’s, em que este podem localizar-se no
interior das casas, tendo a designação FTTH, ou em um armário conforme referido na secção
de arquitecturas de PON, figura 2.6.

ONU
. 1
.
. 64
ATM .
OLT ONU
.
Network .
ONU
.
. 1
. 64
ONU

Figura 2.7:Arquitectura FTTH de rede APON

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Fonte: Perros (2002)

2.7.1 BPON (BROADBAND PASSIVE OPTICAL NETWORK)

Segundo (Hollidays 2008) esta tecnologia tem base de funcionamento a APON, cuja ATM é
a portadora para transmissão em dois sentidos downstream e upstream, como ilustrado na
figura 2.8. No Sentido de Transmissão downstream a informação flui de OLT para ONU’s, e
no sentido de transmissão upstream a informação fui de ONU’s para OLT.

R/S S/R
ON
U
SN Nó de
ODN OLT serviços
UN
I AF ON
U
IFPON IFPON

Figura 2.8:Configuração de referência para uma PON baseado em ATM


Fonte (ITU-T Recommendation G.983.1 2005)
Onde:
 AF – Função de Adaptação;
 S – Ponto localizado na fibra após a OLT (Downstream)/ONU(Upstream);
 R – Ponto localizado após a ONU (Downstream)/OLT(Upstream);;
 UNI – interface do utilizador da rede;
 SNI – interface de rede de serviços;
Alguns blocos da figura 2.9 foram conceituados na secção de componentes PON.
Segundo ITU-T Recommendation G.983.1 (2005) a tecnologia BPON é tem suas definições
relacionadas ao seu funcionamento modo de operação na recomendação ITU-T G983.x, inclui
também um grande intervalo de serviços que pós em desuso a ATM-PON, mas sempre
princípio de funcionamento permanece.

2.8 EPON (Ethernet Passive Optical Network)


Paralelamente às evoluções da ITU, a IEEE também normalizou uma tecnologia de rede
passiva. Esta tecnologia surge normalizada pela IEEE 802.3ah, que possibilita débitos
simétricos de 1 Gbps e um alcance de 20 km. Tal como o nome indica, a EPON é baseada em

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protocolo Ethernet, enquanto os protocolos apresentados anteriormente são baseados em


ATM. Isto implica que as tramas Ethernet são transportadas no seu formato nativo.
Os sistemas típicos baseados no EPON incluem característicos extras, tal como indica o
padrão IEEE 802.3ah, segurança, autenticação e alocação de Bw dinâmica.
MPCP(Multi-Point Control Protocol) define um processo denominado “discovery”, um
mecanismo usado para detectar as novas ONU conectadas à rede de acesso, também para
conhecer o tempo que demoram na transmissão até a OLT e para aprender seus endereços
MAC.

2.9 GPON (Gigabit Passive Optical Network)


Segundo Bonilla (2008) GPON é uma tecnologia de rede totalmente passiva, sem repetidores
e alimentação a energia da rede de destruição, unicamente são usados splitters (divisores
ópticos), acopladores e atenuadores.
Segundo (Louis and Franzael 2013) GPON é a versão mais recente de PON. Esta tecnologia é
considerada o conjunto de BPON’s, pois oferece taxa de transferência em downstream bem
como em upstream elevadas. Portanto, em downstream a taxa de transferência é de 2,5Gbps e
em upstream a taxa é de 1,25Gps, a figura 2.9 é uma ilustração da configuração da GPON,
recomendada pela ITU-T G.984.

Figura 2.9: Referência de configuração de especificação GPON,


Fonte: (ITU-T Recommendation G984.1 2008)

Em GPON, conforme vemos na figura 2.9, toda a informação é transmitida


bidireccionalmente (de ponta A à B e vice-versa) sob uma única fibra óptica. Utiliza-se duas
longitudes de onda diferentes, downstream 1490nm e (upstream) 1310nm. Portanto, dados e
voz no canal de distribuição (downstream) são transmitidos em modo broadcast, assim como,
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vídeo analógico (RF) na onda 1550nm, isto é a informação é transmitida para todos os
elementos da rede, cabe ao ONT seleccionar a sua informação através de etiquetas.
Portanto, como a informação chega a todos os utilizadores pelo broadcast, é necessário
utilizar um sistema de criptografia, pois para manter a privacidade das comunicações a
tecnologia GPON usa AES (Advanced Encryption Standard).
No canal de retorno (upstream) a transmissão é realizada através do protocolo de acesso
múltiplo TDMA, onde cada subscritor da rede tem um período de tempo específico para
transmitir a sua informação, permitindo que um mesmo canal de transmissão, neste caso, o
mesmo comprimento de onda, seja compartilhado por vários utilizadores.
Segundo (Bonilla 2008) as redes APON são ineficientes para o tráfego IP, o qual é o maior
actualmente. Para superar estas limitações, no ano 2001, o grupo FSAN (Full Service Access
Network) comprometeu-se em um novo esforço para especificar uma PON operando com
taxas superiores a um Gigabit por segundo. Baseada nas recomendações do grupo FSAN, em
2003-2004, ITU-T aprovara o novo padrão Gigabit-PON (GPON) e sua série de
especificações. Estas especificações são conhecidas como recomendações ITU-T tomando
como referências G.984.1, G.984.2, G.984.3, G.984.4, G.984.5 e G.984.6.
Segundo Hen e Caballero (2008) a GPON oferece muitas especificações de interface para
utilizadores, cabendo destacar, 1244.16/1244.16, 1244.16/2488.32 e 2488.32/2488.32 Mbps
de taxa de transmissão nas interfaces.
Os mesmos autores afirmam que o uso de interfaces de taxa de transmissão reduzidas, como
155 e 622Mbps é possível quando não há exigência de altas taxas de transmissão de dados.
Segundo ITU-T da especificação G.984, a GPON permite um alcance máximo lógico de 60
km, e alcance físico preferencial de 20 km, podendo uma única rede GPON suportar até 128
utilizadores, entretanto com uma largura banda muito reduzida. O alcance máximo de 60 km
poderá ser atingido com a nova especificação do padrão, o G984.6, que fornece um Mid-Span
Extender dispositivo colocado entre ODN e OLT para vencer a distância e aumenta a taxa de
transmissão.

2.9.1 Protecção de Secção PON

Segundo ITU-T -G.984.1 (2012) na óptica de administradores de redes de acessos, a


arquitectura de protecção de GPON é considerada um avanço e melhoria na regeneração de
rede acesso. No entanto, a protecção deve ser considerada como um mecanismo opcional
porque sua implementação depende do planeamento económico do sistema. A recomendação
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G.984.1 apresenta várias formas possíveis para uma configuração dúplex. Portanto, existem
dois tipos de protecção a destacar:
 Chaveamento forçado.
O chaveamento forçado é activado por eventos da administração da rede, como substituição
da fibra, reencaminhamento da fibra, entre outras.
 Chaveamento automático.
O chaveamento automático é accionado por detecção de falhas; como perda do sinal, perda da
trama, degradação do sinal, entre outros.
Ambos tipos de protecção são possíveis na rede GPON, ainda que são funções opcionais. O
mecanismo de chaveamento é realizado geralmente pela função OAM (Operation,
Administration and Management), portanto, todos tramas enviados pela OLT devem conter
pelo menos o campo OAM para administração operação e gestão da rede.
A Figura 2.11 mostra o modelo dúplex para a rede de acesso. A secção mais importante da
protecção na GPON dever ser a parte entre a interface ODN (Optical Distribution Network)
na OLT e a interface ODN na ONU via a ODN, excluindo a redundância SNI na OLT.

Figura 2.10: Protecção através de modelo dúplex, em GPON

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Tabela 2.2:Características comparativas entre APON/BPON e GPON

Características APON/BPON EPON GPON

Organizações ITU-T G.983 IEEE 802.3ah ITU-T G.984


padronizadoras
Capacidade de 155/622Mbit/s 1 Gbit/s 2,5 Gbit/s
Transmissão
Tamanho dos pacotes de Fixo 53 Bytes Variável 64 bytes a Variável de 53 Bytes a
dados 1518 bytes 1518 Bytes

Protocolo ATM Ethernet ATM/Ethernet

Comprimento de onda 1490 nm a 1510 1310 nm 1490 nm a 1510 nm


em downstream nm

Comprimento de onda 1310 nm 1310 nm 1310 nm


em Upstream

Alcance 20 km 20 km 20 km
Taxa de fraccionamento 01:32 1:16 e 1:32 1:64/ 1:128

Bw Média por utilizador 20Mbit/s 20 Mbit/s 20Mbit/s

Custos Estimados Baixo Mais baixo Médio


QoS Sim Sim Sim
OAM Sim Sim Sim
Voz Sim Sim Sim
Segurança Sim Sim Sim
Eficiência 72% 49% 92%

Fonte: Bonilla (2008)

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2.10 Componentes de PON


A rede óptica passiva é composta por vários componentes que processam o sinal quer na
direcção ascendente, sinal oriundo do utilizador à rede, quer na descendente da rede ao
utilizador, cabendo a destacar os principais:

2.10.1 OLT (Optical Line Terminal)

Segundo ITU-T Recommendation G.983.1 (2005) OLT é um componente que cria a interface
entre a rede núcleo e a rede de acesso através de rede de distribuição óptica (ODN).
Complementado, (Louis e Franzael 2013), afirma que a OLT localiza-se na CO, pois o seu
funcionamento na transmissão e na recepção é baseada em comprimento de onda, é
desenvolvido um sinal para a transmissão (download) 1490nm e para recepção (upstream)
1310nm, para terminais remotas que transporta todos os dados da internet e qualquer sinal de
voz como em voz sobre IP (VOIP).

2.10.2 ODN (Optical Distribution Network)

É a parte da rede de acesso que encaminha o sinal óptico oriundo OLT através de um ou mais
cabos de fibras ópticas de alimentação conectados aos componentes passivos, e vice-versa. Os
principais componentes de ODN são:
 Fibra Óptica
Segundo Louis e Franzael (2013) cabo de fibra óptica é construído sobre uma estrutura de
vidro fino ou plástico, funcionando como um “tubo” de luz. A mesma bibliografia firma que
não é realmente um tubo oco que transporta a luz, mas um fio longo e fino de vidro ou fibra
de plástico, segue a ilustração na figura 2.12.

Figura 2.11:Costrução básica da fibra óptica


Fonte: (Louis and Franzael 2013)
Segundo (Louis and Franzael 2013) a fibra é classificada em duas formas básicas, porém são
combinadas para definir o tipo de cabo: a primeira forma é pelo facto do modo de transmissão

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em que os raios da luz percorrerem um ou mais caminhos, e na segunda refere-se a fibra que
pode possui índice de refracção que varia pelo meio ou secção transversal.
Conforme a forma de classificação de cabos de fibras acima referida, Segundo (Forouzan
2007) destacam-se:
Fibra multimodo com índice degrau possui uma densidade do núcleo que permanece
constante nas bordas da mesma, portanto um fluxo de luz se desloca pela linha recta até
atingir a interface do núcleo e a casca. Nesta interface há mudança abrupta em virtude da
menor densidade, portanto esta mudança também altera o ângulo de movimentação do fluxo.
Então, índice degrau refere-se a essa variação abrupta, pois cada uma delas cria destorção do
sinal ao longo da luz, conforme ilustra a figura 2.11.
Fibra multimodo de índice gradual diminui a distorção do sinal através de cabo. Nesta
fibra, índice gradual refere a índice de refracção, há variação de densidade e esta é alta no
núcleo e vai gradualmente diminuindo ao longo da borda.
Fibra monomodo é fabricada com um diâmetro muito menor em relação a da fibra
multimodo, e a densidade é substancialmente menor (índice de refracção). Por consequência,
nesta fibra a propagação de fluxos diferente é idêntica e os retardos são desprezíveis.
Portanto, a mesma bibliografia realça que a fonte de luz deve ser extremamente focalizada e
que limite os fluxos a um pequeno ângulo próximo da horizontal, como ilustrado na figura
2.7.
A fibra tem como base do funcionamento a luz que é caracterizada pelo comprimento de onda
 , e pela frequência f através da seguinte equação:
Equação 2.1

=

Lembrando que c é a velocidade de luz, 3 x10 8 m / s .

23
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Figura 2.12: tipos de fibras ópticas e seus pulsos a entrada e saída


Fonte: Louis e Franzael (2013)

Segundo Forouzan (2007) as fibras para além da caracterização pelo seu modo de operação
são também categorizadas pela razão entre diâmetro de núcleos e diâmetros das cascas, ambos
são expresso em micrómetros, como observado na tabela, pois estes são tamanhos comuns,
notar na mesma tabela a última linha refere somente a fibra monomodo.
Tabela 2.3 Tamanho de fibra óptica

Tipo Núcleo em (µm) Diâmetro da casca em (µm) Modo

50/125 50 125 Multimodo, índice gradual

62,5/125 62,5 125 Multimodo, índice gradual

100/125 100 125 Multimodo, índice gradual

7/125 7 125 Monomodo

Fonte: (Forouzan 2007)

2.11 Parâmetros Principais


Segundo Kaminow e li (2002) Existem diversos parâmetros a serem considerados no
dimensionamento de enlaces ópticos, todavia o mais importante é a perda admissível de
potência que influi no nível de sinal que sai do transmissor e ao receptor com nível aceitável

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ou para operá-lo adequadamente. Portanto, para este dimensionamento verifica-se os


seguintes parâmetros:

2.11.1 Balanço de potência

 Potência disponível

Segundo Pinheiro (2010) é a potência necessária para o sistema funcionar adequadamente, ou


seja, é potência que compensa todas perdas do enlace com certa margem de segurança para
recompensar possíveis transtornos na fibra ou envelhecimento de componentes, desta forma, a
potência disponível é dada pela seguinte equação:
Equação 2.2

( )= − =∑ +
Onde:
 ( )−é ç ê ℎ
 − ê
 − ê
 ∑ − ó ,
,
 − ç ,
A condição necessária para o bom funcionamento de sistema de link óptico é
− −∑ − >0 Equação 2.3
Existem várias perdas ao longo da transmissão de sinal desde a sua transmissão enquanto
eléctrico até a sua conversão EOE (Eléctrico-Óptico-Eléctrico) e nos outros estágios, sistema
de comunicação, que podem ser ilustrados na Figura 2.14, mas as perdas relevantes segundo (
Toledo 2001) são:

 Perdas de acoplamento emissor-fibra


Em cada sistema de transmissão ao se acoplar a fonte e a fibra, sempre existem um
desfasamento de emissor, emite a luz, e o núcleo da fibra, portanto procura-se acoplamento,
sempre entre esses dois componentes, que possa gerar perdas desprezáveis.
 Perdas de acoplamento fibra-receptor
Segundo Toledo (2001) essas são perdas muito diminutas, pois as áreas sensíveis dos
receptores são sempre maiores que núcleo de fibra óptica.

25
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 Perdas em conexões
Em razões da necessidade de aumentar o comprimento de fibra, maior abrangência, existem
duas formas para juntar as fibras, as estas mesmas introduzem perdas significativas em um
sistema óptico, cabendo destacar:
Perdas de emendas por conectores
As principais características de uma emenda são a perda de inserção e a sua perda de retorno.
Uma emenda óptica consiste na junção de 2 ou mais seguimentos de fibras, podendo ser
permanente ou temporária.
A perda de inserção refere-se a perda de potência entre o transmissor e o receptor óptico,
provocada pela emenda ou conexão.
A perda de retorno é o parâmetro que indica a atenuação sofrida pelo sinal que reflectiu na
emenda ou conexão e retornou pela fibra. Esta atenuação deve ser o mais alta possível para
evitar problemas de perda de sinal em sistemas WDM ou DWDM e também evitar a redução
da vida útil dos foto-transmissores (lasers). Portanto, expressão geral das perdas é da pela
equação 2.4
Equação 2.4

= L + α N + N + N

Outros parâmetros importantes


Ao invés da existência de perdas em uma rede, também é de extrema impotência a existência
de:
a) Margem de segurança do sistema
É um valor que sempre faz parte do cálculo de perdas e prevê as incertezas do projecto
compensando o desempenho dos componentes.
Equação 2.5

= ( )−

b) Sensibilidade do receptor
Segundo Toledo (2001) a potência a entrada do receptor que assegura o funcionamento dentro
de uma taxa de erro de bit ou relação S/N especificada denomina-se Sensibilidade do
receptor.

26
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A equação 3 representa a potência necessária para operação do enlace óptico, que deve se
emitir no transmissor de LED ou LESER, cujas características serão dissecadas ao longo do
trabalho. A está potência enviada pela fonte deve ser capaz de vencer a distância entre o
assinante e CO e ser superior a sensibilidade do receptor, pois a fibra pode se danificar e
alguns componentes da rede com tempo o seu desempenho reduz-se aumentando perdas, e só
e somente terá a sua compensação através de margem de segurança
Geralmente conforme vimos, nos componentes principais de uma rede óptica passiva, a fibra
é um dos componentes que tem perdas especificadas por dB/km pelo fabricante e
normalizadas, felizmente elas são muito reduzidas comparativamente aos meios actualmente
em uso no mercado.

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3 CAPÍTULO 3 - MARCO CONTEXTUAL DA INVESTIGAÇÃO


O presente capítulo consta em apresentar o perfil de caso de estudo, o estado do objecto de
estudo em relação as actuais e possíveis soluções em Moçambique, província de Maputo,
através de operadoras e provedores de serviços de telecomunicações.
Portanto, a recolha de informação que conduz a apresentação da possível solução foi feita
com recurso a sites webs, documentos existente no projecto Intaka, entidades competentes dos
serviços de telecomunicações, assim como contacto com os seus colaboradores capacitados na
área em estudo.

3.1 Perfil de caso de estudo


O caso de estudo, conforme referiu-se no capítulo I, é o condomínio Intaka Guoji cidade
ideal. Segundo a informação recolhida em cartazes do projecto Intaka, localiza-se a noroeste
de Maputo, município da Matola, cercado pelo rio Infulene e a sua área extensiva de 319
hectares e de acordo com (Daft logic) Google Maps Area Calculator, o bairro Intaka, está
afastado cerca de 1,05 km da estrada nacional N1, após mercado Zimpeto, em direcção a
norte do País, desvio de entrada de Boquisso (Ndziveni), como ilustra a figura 3.2.
Nesta comunidade estão sendo erguidas 5000 apartamentos em infra-estruturas diversificadas,
como ilustradas na figura 3.1, moradias simples, casas geminadas e moradias de vários
andares com varandas abertas e o tamanho das casas parte de 80 a 260 m2.
Com a existência deste condomínio estão previstos serviços básicos e outros já existem, por
exemplo, sistemas de abastecimento de água, de energia eléctrica, vias de acesso, igrejas,
instalações comerciais, tais como, escolas, clínicas, centros comerciais, supermercados e áreas
de lazer públicas são construídas nesta comunidade.
Conforme vê-se na figura 3.1, é ilustrada a planta do condomínio na vista de cima, e todos a
apartamentos do condomínio em estudo, em que algumas casas já possuem moradores em
enquanto outras estão em erguimento. Frisar que, quando terminado o projecto Intaka, a
comunidade será equipada por clubs da comunidade, bibliotecas e centros de artes para
fortalecer e satisfazer a vida social dos habitantes melhorando desta forma a qualidade de
vida.

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Figura 3.1: Planta de Projecto Intaka, Guaji cidade ideal

Fonte: (projecto Intaka)2

2
São documentos em posse do condomínio em estudo
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1,05 km

Figura 3.2: Distância de Condomínio à estrada nacional N1, entrada Boquisso


Fonte: (Autor, 2015)
O projecto condomínio Intaka Guoji cidade ideal é uma realidade, de acordo com sítio web
Jornal notícias (2014) foram erguidas na primeira fase 330 casas, consequentemente a
demanda das casas atingiu uma quantia de 315, e das 29 (vinte e nove) lojas erguidas 14
(catorze) foram vendidas.
É importante, a partir de apartamentos em erguimento 5000 casas, prever para projecto Intaka
ou estimar a densidade populacional do condomínio, de forma que seja conhecida a
quantidade de terminais que a serão atendidos. Supondo que cada família é composta por pelo
menos 6 agregados familiares o que corresponde 30000 (trita mil) habitantes, se não muito
mais, do condomínio e utilizadores de a infra-estrutura de telecomunicações. Não obstante, a
satisfação e a melhoria de qualidade de vida desta comunidade depende proporcionalmente da
prestação de serviços de telecomunicações de qualidade através de técnicas e tecnologias
apropriadas, que no capítulo IV serão abordados.

3.2 Estado actual do objecto da investigação (descrição do contexto de


investigação)
As maiores redes de fibra óptica em Moçambique encontram-se na costa, onde esta é
composta por duas redes de fibras ópticas da TDM (Telecomunicações de Moçambique) que
vai de sul norte à do país interligando todas as capitais provinciais e da SEACOM, a de
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transmissão de ordem de 1.2T/s, que interliga Moçambique com outros Países Suazilândia,
Africa de Sul, Quénia, Madagáscar, Tanzânia, Uganda, a Índia e Europa, concretamente
França e Reino unido.
As infra-estruturas de telecomunicações das empresas acima citadas, foram erguidas para
distintos fins, a TDM usa a sua infra-estrutura para tráfego da sua informação
preparativamente, e que futuramente será usada para transmissão de informação da SADAC; e
a SEACOM tem um dos objectivos da colocação deste cabo submarino disponibilizar infra-
estruturas para outras instituições nacionais e/ou estrangeiras para que possam facilmente
fazer circular as suas informações. Felizmente, não se trata apenas de instituições que
trabalham na área de telecomunicações, mesmo as universidade e outras instituições de
pesquisa dispõem destas infra-estruturas para o seu uso.
Sendo assim, em Moçambique existem diversas soluções de serviços de telecomunicações
que chegam até ao utilizador através de operadoras de telefonia móvel e fixo e/ou provedores
de serviços de internet e televisão.
Portanto, pretende-se apresentar os pacotes de serviços telecomunicações oferecido por
algumas operadoras e alguns provedores de telecomunicação de renome, pois para que haja
essa provisão destes serviços deve existir uma tecnologia capaz de suportá-los, assim sendo
são apresentadas tecnologias usadas por cada provedor.

3.2.1 Soluções de pacotes da TDM (Telecomunicações de Moçambique)

A TDM é uma empresa de telecomunicações que provê serviços voz (o fixo com fio e Sem
Fio “CDMA”) e de Dados (Internet de Banda Larga até e sem fim até 2Mbs, Circuitos
Alugados, Internet Dedicada e criação de redes internas), sendo que a distância é o maior
condicionante de provisão dos serviços da TDM, em que quando maior for a distância maior é
a degradação do sinal, visto que usa-se os par trançados até ao utilizador, consequentemente
que é o meio com maiores atenuações e propensa a interferência electromagnética, a figura
3.3 ilustra os serviços da TDM em Banda Larga a fornecer em um troço de 1km.

31
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Figura 3.3Tarifário para o serviço TDM Banda-larga - Suportado Por Adsl


Fonte: TDM (2014)

3.2.2 Soluções de pacotes Movitel

A movitel é uma das empresas de telefonia móvel de maior abrangência, oferecendo aos seus
clientes, empresas, serviços de internet através de fibra, usando a tecnologia FTTH. Segundo
Movitel (2015 ) os pacotes disponíveis para clientes empresas e que podem ser adaptada para
residenciais, na Movitel, dividem-se em dois grupos de pacotes, a citar:
Pacotes FTTH limitados
Tabela 3.1:Tabela de Preços do serviço FTTH
Pacote Velocidade Capacidade Mensalidade Extra
Fibra 512 512Kbps 10GB 1200MT 3300MT
Fibra 1Mbps 1Mbps 16GB 1650MT 5500MT
Fibra 2Mbps 2Mbps 22GB 2300MT 6990MT
Fonte: (Movitel 2015 )

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Tabela 3.2:Pacotes de FTTH ilimitados

Pacote Velocidade Capacidade Mensalidade Extra


Fibra Eco 512Kbps/1Mbps Ilimitado 3000,00 MT Ilimitado
Fibra 512Kbps/1.5Mbps 4800MT
Office
Fibra Pro 768Kbps/2Mbps 6300MT
Fonte: (Movitel 2015 )

3.2.3 Soluções de pacotes TVcabo

Segundo (Confina Media - Grupo Confina 2013) TVCABO de Moçambique é uma empresa
que provê serviços de televisão e de dados. A sua rede se encontra não uniformizada, no que
tange, aos meios (coaxial e fibra) usados para transmissão de seu sinal, trata-se de uma
empresa pioneira, da África austral, na transmissão de serviços duo-play, neste caso, internet e
Tv a cabo. A seguir a tabela 3.2 ilustra a taxa de transferência de cada pacote, ao dispor dos
seus clientes para que este consoante as suas necessidades e exigências dos aplicativos possa
fazer a escolha do pacote.

Tabela 3.3: Velocidade de transmissão consoante pacotes mensais ao dispor do cliente


Plano de Velocidade Máxima: até Mensalida
Net de
512KB Velocidade 512 Kbps Down / 128 Kbps Up, Tráfego – 6 900 Mt
GB
1Mb 1 Mbps Down / 256 Kbps Up, Tráfego – 14 GB 1400 Mt
2 Mb 2 Mbps Down / 512 Kbps Up, Tráfego – 20 GB 1900 Mt
4 Mb 4 Mbps Down / 512 Kbps Up, Tráfego – 30 GB 2600 Mt
6 Mb 6 Mbps Down / 1 Mbps Up,Tráfego – 40 GB 3600 Mt
8 Mb 8 Mbps Down / 1 Mbps Up, Tráfego – 50 GB 5600 Mt

3.2.4 Requisitos de Bw de cada serviço

As novas e futuras aplicações exigem maiores débitos no acesso, cujas existências condiciona
o funcionamento da rede. Atendendo a evolução da Internet o novo paradigma do vídeo e
outros aplicativos ao dispor do utilizador capazes de serem usadas na mesma rede de acesso
33
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têm-se algumas aplicações com uma demanda de taxa de transmissão elevada, ilustra a tabela
3.3.
Tabela 3.4 A demanda de serviços de rede de telecomunicações

Aplicação Upstreama(Mbps) Downstream(Mbps)

Navegação Web <1 1-2

Vídeo conferência e vídeo vigilância residencial 2-3 2-3

Compartilhamento de arquivos 4-5 5

SDTV em tempo real e PVR(Personal Video 5 5


Recoder)

Jogos Multi-utilizadores e ensino interactivo a 6 6


distância

Hoste de conteúdo web 6-7 6-7

Download e upload de vídeo 13 13

HDTV VoD ( High Definition Television- Video – 1-2 15


onDemand)

Host de Aplicacoes de Storage 10 >25

Televisao 3D de próximo 1-2 >25

Fonte: adaptado (Alveirinho 2012)


Portanto, das operadoras e provedoras citadas acima, constata-se que em algumas aplicações
tanto na sua mínima ou máxima taxa de transferência não podem transmitir os serviços com
qualidade aceitável, visto que a espiral de novos serviços, quer no espaço Internet como no
âmbito do vídeo colocam forte pressão na capacidade da rede e nos débitos exigidos às redes
de acesso fixas e móveis. E esta pressão ainda se fará sentir para acompanhar o crescimento
da demanda de Bw, e os prestadores de serviços terão de oferecer pelo menos 50 Mbps e até
100 Mbps, conforme a demanda de serviços indicada na tabela 3.3, num futuro bem próximo
para cada assinante sobre pacote de dados e oferta de vídeo IP.

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Tabela 3.5 HDTV e internet de alta velocidade

Demanda de serviços por casa Menos BW (MPEG-4) Maior BW (MPEG-


Dados de alta velocidade e Voip 5– 30 Mbps 5– 30 Mbps
2)
Jogos online (Stream) 1– 4 Mbps 1– 4 Mbps
Video-on-Demand 2 Mbps 15 Mbps
Stream (HDTV) 9 – 14 Mbps 19 Mbps
Real-time SDTV Stream 2 Mbps 4 Mbps
Real-time HDTV Stream 9– 14 Mbps 19 Mbps
Fonte: (Telebas 2011)
Conforme a tabela 3.3 ilustra, em certos serviços de vídeo, Real-time HDTV Stream, por
exemplo, já existente nos dias de hoje requer para o seu bem funcionamento uma Bw mais
que a oferecida pelas operadoras e provedores de serviços de telecomunicações em
Moçambique. Por conseguinte, fazer o estudo aprofundado é através de dimensionamento de
uma rede de telecomunicações, que possa prover os serviços de nova e próxima geração, é
uma mais-valia, atendendo e considerando que a taxa de transmissão existente no mercado
Moçambicano ainda é muito baixo.

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4 CAPÍTULO 4 METODOLOGIA DE RESOLUÇÃO DO PROBLEMA


E APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS
Este capítulo é específico para o dimensionamento da rede em termos de equipamentos e
balanço de potência alicerceando em cálculos analíticos, e analise dos diversos parâmetros
cruciais para o bom funcionamento dos link’s ópticos. Na óptica da engenharia, é necessário
prever débitos de transferência ao dispor dos utilizadores, por forma a minimizar os custos
desnecessários, consequentemente, faz sentido analisar parâmetros de equipamentos tendo
como alicerce as recomendações existente e publicadas.

Desta forma, graças as TIC’s, comprovam-se os cálculos analíticos pelo uso de alguns
aplicativos, é o caso de optisystem.

Atendendo e considerando a configuração territorial do condomínio, onde este é divido em


duas secções territoriais pelo rio Infulene, e a divisão tipicamente é pela metade de cardinal
total de apartamentos do condomínio, pretende-se garantir a disponibilidade de serviços e
gestão de clientes, assim como, de serviços e equipamentos, através de parcelamento de
condomínio em duas áreas atendidas pelos link’s e OLT’s distintos. Na figura 4.1 Faz-se a
esquematização dos link´s que levaram os serviços à disposição da comunidade Guoji cidade
ideal.

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Figura 4.1:Esquema ilustrativo da distribuição dos equipamentos,

Fonte: (Autor,2015)

4.1 Largura de banda disponibilizada


Conforme abordou-se em secções anteriores sobre capacidade da tecnologia GPON, cada
fibra dispõe de 2,5Gbps (Downstream) / 1,25Gbps (Upstream). Portanto, para fornecer
serviços triple-play por uma única fibra óptica aos assinantes (5000 residências) do
condomínio, estes teriam que compartilhar a Bw, abordada em secções anteriores, e cada
terminal teria um débito correspondente a equação 4.1

Equação 4.1

é
é =
ú ( ê )

2,5
é = = 0,5 / ê
5000 ê

37
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O débito apresentado na equação 4.1 é muito reduzido para acomodar actuais e futuros
serviços de telecomunicações em uma única fibra óptica, visto que cada subscritor teria que
usufruir 0,5Mbps. Entretanto, pode-se melhorar essa taxa de transmissão aumentando o
número de link’s ópticos da CO ao utilizador final de serviços e reduzir o número de
residências que compartilha uma mesma fibra óptica, o pode se expressar matematicamente
pelas seguintes equações:

Equação 4.2

2,5
é = = 39,06 / ê
64 ê

Equação 4.3

1,25
é = = 19,53 / ê
64 ê

O débito que se obteve nas duas equações 4.2 e 4.3 é elevado, embora não é suficiente para
acomodar todos os serviços ilustrados na tabela3.3 simultaneamente, ainda que para obtenção
destes débitos, foram consideradas as 64 residências nas duas expressões anteriores em cada
ligação de fibra óptica, sendo que esta quantidade de residências pode corresponder a um tipo
de divisor óptico, splitter.

A taxa de transferência que se obteve, é tida somente, quando a rede estiver em operacional
na hora de maior tráfego, ou seja, quando todas residências estiverem a utilizar a máxima
banda e/ou quando houverem restrições por parte de provedores, oferecendo a mínima banda
possível.

4.2 Balanço de potência


O dimensionamento analítico, balanço de potência, de rede óptica passiva é efectivado através
da identificação e consideração de parâmetros incontornáveis nesta fase da rede óptica
passiva, abordados no capítulo 2 secção 2.8.1, se não minimizá-los através de boas práticas.
Em virtude deste balanço pretende-se analisar a potência disponível no receptor após a
retirada de todas perdas desde a OLT até ONU, pois a equação2.3 é a condição suficiente para
o bom funcionamento de link’s ópticos, quando cumprida, ao contrario desta terá que se usar
outros mecanismos, inserir amplificadores ópticos, na rede óptica passiva para aumentar a
potência.

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Pela ilustração da figura 4.1 o link óptico AB, interliga a OLT na entrada do condomínio com
as ONT´s e MDU’ localizadas depois da travessia do rio Infulene, portanto, caixas de
emendas, fusões, splitter de preferência 1:64, cabos de fibras óptica monomodo são usados,
para efectivação deste link, assim como para o link AD, naquela comunidade do condomínio,
e para a concretização destas link’s ópticos, são tomadas em considerações as especificações
ou normas relacionados com os componentes, e resumidamente são a seguir mencionados:

 Conectores – as perdas em conexões, de acordo com a norma ANSI/TIA 568, devem


ter um valor máximo de 0,75 dB cada.
 Fusões – as perdas por fusões, de acordo com a norma ANSI/TIA 568, devem ter um
valor máximo de 0,30 dB.
 Fibra – pela ITU-T G652 D são apresentadas atenuações de fibra nas duas janelas de,
comprimento de onda, operações nas especificações na tabela 4.1.

Tabela 4.1:Atenuação típica de fibras ópticas

Atenuação típica das fibras ópticas Fibra Monomodo (ITU-T G.652.D)

Atenuação Óptica Típica em 1310nm*


(dB/km) 0,35
Atenuação Óptica Máxima em 1310nm 0,37
Atenuação Óptica Típica em 1550nm* 0,20
Atenuação Óptica Máxima em 1550nm 0,23
Cordões ópticos, 0,40dB/km em 1310nm e 0,30dB/km em 1550nm
Fonte (ITU-T G.652)

 Splitter – pela ITU-T G652 D são apresentadas atenuações, inseridas pelo cada
divisor óptico, nas especificações da tabela 4.2

39
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Tabela 4.2: perdas de inserção de splitter

Portas do Divisor Perda de Inserção


2 3,7 dB
4 7,3 dB
8 10,5 dB
16 13,7 dB
32 17,1 dB
64 20,5 dB
Fonte (ITU-T G.652.D)

A tabela 4.3 apresenta todos componentes, parâmetros, que foram necessários para o balanço
de potência, realçar que o balanço foi realizado para os link’s AB e AD, que são os principais
link’s na provisão de serviços de telecomunicações, e desses são feitas as últimas ligações
FTTH/FTTB que permitiram a interligação dos apartamentos à central office.

Como mostra a figura 4.1, os percursos AB e AD são os maiores das duas partes condomínio,
pelo que, a efectivação destes link’s condicionam de igual modo nos demais link’s a se
efectivarem com boa margem de segurança de potência, e cada link AB e AD tem o seu OLT
próprio que servirá uma das partes do condomínio.

Para o balanço de potência foram realizados os cálculos, considerando o pior caso cuja
potência transmitida é a mínima possível e quando a sensibilidade do receptor foi feita a
pesquisa onde verificou-se que a Huawei, uma das empresas fornecedoras de equipamentos de
telecomunicações, recomenda (-27dBm). E os demais parâmetros foram encontrados em
recomendações de telecomunicações ANSI/TIA 568, (ITU-T G.652.D).

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Tabela 4.3:Parâmetros de projecto para cálculo do Orçamento de Potência

Item Legenda Especificações/ perdas


Fibra óptica Atenuação em 1550nm: 0,23 dB/km
Atenuação em 1490nm: 0,23 dB/km
Atenuação em 1310nm: 0,37 dB/km
D Dispersão 17 -18 ps/nm.km
Potência de transmissão OLT S 0 dBm
Sensibilidade OLT -28dBm
L( ) 1,37 km
Comprimentos L( )
1,28 km

Conectores P 0,75dBm3
Fusão óptica P 0,30 dBm
Splitter P 20,5 dB
Margem M 3 < M < 4,8
Sensibilidade de recepção ONT S -28dBm
Fonte: (Autor,2015)

Portanto, para saber o comprimento da fibra, número de conectores, fusões e splitter’s foi
necessário esquematizar a área de abrangência, como mostra figura 4.1. Criou-se dois link’s
diferentes para principais ruas, e supõe-se a partir destes uma distribuição do sinal óptico às
casas dentro do condomínio. Não obstante, são resumidas todas ligações do esquema da
mesma figura, em cálculos analíticos nas equações de cálculo de splitter necessários e
conector, MDU e ONT no dimensionamento da rede.

As perdas ao longo das ligações ópticos do ponto A central office até aos pontos B e D são
expressas pela equação 2.4, e calculadas como mostra tabela 4.4. Pois escolheu-se o
comprimento de onda 1550nm, para a transmissão na OLT, com atenuação de 0,23 dB/km.
Mas muito antes de fazer os cálculos das perdas globais precisamos de saber quantos
conectores são necessários em determinada distância. Portanto, primeiramente escolhe-se o
tipo de rolo de fibras em termo de comprimentos e são viáveis rolos de 500m. Assim sendo,

3
Conector SC/APC tem atenuação <0,2 dBm, mas, as perdas em conexões, de acordo com a norma ANSI/TIA
568, devem ter um valor máximo de 0,75 dB.
41
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faz-se de seguida o cálculo de números de conectores e fusões para os percursos 1,28km e


1,37km pelas seguintes expressões:

 Para ligação óptica AD

Equação 4.4

â
ú = −1= − 1 = 1,56 ≈ 2

 Para ligação óptica AB

Equação 4.5

â
ú = −1= − 1 = 1,74 ≈ 2

E tratando-se de ligação entre dois pontos da rede multiponto, em cada terminal interagem
com CO posando pelo divisor óptico que as perdas de conexão já foram prevista tem-se,
respectivamente, 2 conectores por cada ligação da OLT ao splitter.

42
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Tabela 4.4:Perdas do link óptico AB

Item Quantidade Perdas por Item Perdas totais por Item

Fibra AB4 1,37 km 0,23dB/km 0,32dBm

Fibra AD 1,28 0,23dB/km 0,29 dBm

Conectores 2 0,75dB 1,5dBm

Fusão 2 0,3dB 0,6dBm

Splitter 1 20,5 dB 20,5 dB

Link AB 22,92 dBm

Link AD 22,89 dBm

Fonte: (Autor, 2015)

Calculadas perdas globais dos maior link projectado, pode-se desta forma, calcular a potência
disponível no receptor, usando as equações 2.2, 2.3 e 2.4, como ilustra a tabela 4.5.

4
Link’s dimensionados AB e AD
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Proposta de projecto de rede óptica passiva GPON, com recurso a técnicas FTTH/FTTB, para
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Tabela 4.5: balanço de potência

Intem Potência

Potência do transmissor 0dBm

Sensibilidade do receptor - -28 dBm

( ) = 27dBm

Link AB 22,92 dBm

Link AD 22,89 dBm

Margem de segurança Link AB 5,08 dBm

= ( )−
Link AD 5,11 dBm

Fonte : (Autor, 2015)


Observando a tabela 4.4, nota-se que a margem de segurança de cada link é elevada, desta
forma o sistema poderá operar eficientemente, pois cumpre a condição da equação 2.3,
podendo acomodar variações das condições ambientais, reparações, envelhecimento dos
componentes do sistema, alterações futuras e permitir a recepção de novos serviços ou mesmo
alimentar as antenas das operadoras de telefonia móvel, Backhaul stations, circunvizinhas,
das quais os residentes do condomínio usufruem em para a sua comunicação móvel celular.
Realçar que este balanço de potência foi realizado tendo em consideração das condições de
operação no pior dos casos.

4.3 Simulação da rede GPON


A simulação foi realizada com recurso ao aplicativo OPTISYSTEAM, trial 30 days. Este
programa é uma inovação das telecomunicações que permite simulações de sistemas de
telecomunicações, permitido assim análise da viabilidade de implementação do sistema após
o estudo analítico. Apresentação várias bibliotecas para diversas simulações quer em
electrónica, telecomunicações, etc.

Portanto, das várias bibliotecas que existem, para simulações deste projecto foi explorada a de
telecomunicações, permitindo aproximações a realidade da rede PON e dos anteriores
cálculos analíticos realizados no presente capítulo. O programa inicializa-se com a tela

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apresentada na figura 4.2 . Portanto, a partir desta pode se realizar todo tipo de simulação cuja
biblioteca existe no aplicativo.

Figura 4.2:Tela inicial de Optisystem

Fonte: (autor,2015)

Como forma de comprovar os resultados analíticos, efectuados nas secções anteriores, e


esperados em termos da informação que será transmitida através de cabo fibra óptica, e que
não é completamente isento de perdas, recorre-se ao aplicativo Optisysteam, em que na figura
4.3 são apresentados todos equipamentos da CO da rede onde ficaram os dois OLT’s e que
nesta simulação é apresentada simplesmente, na CO, um OLT. Entretanto, a configuração dos
dois link’s em estudo é representada na figura anteriormente citada.

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Proposta de projecto de rede óptica passiva GPON, com recurso a técnicas FTTH/FTTB, para condomínio INTAKA GUOJI cidade ideal.

Figura 4.3: Simulação da rede GPON para condomínio Guoji cidade ideal Intaka

Fonte: (autor,2015)

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Proposta de projecto de rede óptica passiva GPON, com recurso a técnicas FTTH/FTTB, para
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A figura 4.3 é simples esboço da rede óptica passiva, GPON, mas para que esta traduza
realmente a tecnologia GPON deve-se configurar o parâmetro máxima largura de banda
disponibilizada pelo OLT para fibra, conforme mostra a figura 4.5, cuja os parâmetros que se
adequam ao dimensionamento desta rede são Taxa de Bit 2.5 × 10 / e taxa de
símbolo 2.5 × 10 í / , respectivamente.

Figura 4.4: Visualização da configuração de largura de banda em GPON.

Fonte: (autor,2015)

Para efeitos de melhor controlo do desempenho do sistema interessa saber primeiro, na


simulação de rede óptica passiva GPON, informação, ou seja, o sinal de entrada na fonte
óptica para que a convolução destes dois sinais óptico e digital resultem em um sinal que
trafega pela fibra óptica, assim, o sinal a de entrada é mostrado na figura 4.5.

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Figura 4.5: Sinal mensagem digital

Fonte: (autor,2015)

No âmbito da simulação da rede teve-se como consideração parâmetros de transmissão,


potência transmissão, cuja esta é recomendada para situações de simulação o uso de mínima
potência, neste caso, refere-se ao pior caso 0 (zero) dBm, como mostra a figura 4.3.

E nesta recomendação assegura-se que quando forem superadas todas perdas ao longo de
percurso de transmissão na situação de pior caso, de igual modo são superadas as mesmas
perdas, se aumentarmos a potência mantendo constante o mesmo percurso.

As figuras 4.6 e 4.7 ilustram potência que sai do transmissor e a que é acoplada ao divisor
depois algumas perdas da fibra. E de igual modo o splittter tem perdas dadas pela relação
10log (N), e que reduzem fortemente o sinal enviado ao receptor, conforme ilustra a figura
4.8.

Figura 4.6: Potência de inserção a fibra óptica

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Fonte: (autor,2015)

Figura 4.7 Potência a saída da fibra de 1,37 km e a entra de Splitter

Fonte: (autor,2015)

A potência recebida pelos ONU após do splitter é ilustrada na figura 4.8, e esta é suficiente
para por em funcionamento os mesmos ONU’s, visto que esta potência é maior em relação a
sensibilidade do receptor recomendado -28dBm. De salientar existência ligeira discrepância
nos dois valores obtidos no cálculo analítico e do optisystem devido perdas de inserção do
splitter que são expresso pela fórmula 10log (N) no aplicativo usado, o que resulta em um
perda de inserção de splitter reduzida em relação ao recomendando conforme ilustra a tabela
4.2.

Figura 4.8 Potência disponível a saída de splitter para alimentar ONU’s

Fonte: (autor,2015)

A qualidade do desempenho do sistema de comunicação digital é especificada por duas


variáveis importante, a destacar:
 Bit Error Rate(BER) - Tempo médio entre perdas de alinhamento.
 Factor de Qualidade (Q) - mede a capacidade de um filtro em rejeitar frequências que
não são interessantes à aplicação desejada.

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A figura 4.9 faz um ilustração de diagrama de olho que mostra a superposição dos pulsos em uma
mesma tela, e verifica-se ponto de maior abertura vertical e óptimo para amostragem, lembrar que
quanto mais aberto o olho, maior a tolerância a ruído.

Figura 4.9 Diagrama de olho a 1,37km da OLT

Fonte: (autor,2015)

Observando figuras 4.10 e 4.11 pode se afirma que o sistema é tolerante a falha o que se fundamenta
pelo valor de taxa de erro mínimo, analisada em determinado tempo para uma quantidade de bits,
BER=6, 64985 × 10 , este valor é muito baixo que o máximo BER aceitável 10 , e por
conseguinte o factor qualidade, Q=9,54635, é maior.

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Figura 4.10 Análise de taxa de erros à recepção do sinal óptico a 1,37km da OLT

Fonte: (autor,2015)

Figura 4.11:Diagrama de olho a 1,37km

Como a rede, ou seja, os dois OLT’s apresentam uma quantidade de portas superior a
quantidade de residências do condomínio, pode-se aproveitar as portas que sobram para
fornecer serviços de telecomunicações aos moradores ao redor do condomínio, cabendo saber
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Proposta de projecto de rede óptica passiva GPON, com recurso a técnicas FTTH/FTTB, para
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a máxima distância possível para disponibilizar os serviços de telecomunicações fora do


condomínio. Por conseguinte, a figura 4.13 ilustra a potência máxima que pode alimentar os
ONT’s a uma distância de 14km do splitter , conforme ilustra a figura 4.11 da configuração
de rede com a expansão de 14km.

Referir que fez-se, respectivamente, o teste para essa distância e não muito mais pelo facto da
sobreposição dos pulsos que sobrepunham-se com o aumento da distância fechando assim o
diagrama de olho, diminuindo a tolerância a falha no percurso de expansão, como ilustra a
figura 4.12 e 4.14.

Figura 4.12: Configuração de rede GPON para 14km depois de condomínio

Figura 4.13: potência disponível à 14 km de Splitter

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Figura 4.14 Diagrama de olho de largura a 14 km da rede principal(1,37km)

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4.4 Dimensionamento e proposta de equipamentos da rede


Há diversidade tipos de aplicações ou serviços de telecomunicações existem no mercado quer
Moçambicano quer mundialmente, em contrapartida várias são respostas à essa demanda, que
vão surgindo. Por conseguinte, é necessário aplicar a engenharia ao seleccionar a tecnologia e
equipamentos que possam acomodar a referida tecnologia apropriada para actuais e futuros
serviços, sem exceptuar a maior cobertura da rede.

A GPON é uma das tecnologias moderna, altas capacidades de ordens de gigas direcção
descente 2,5 Gbps e 1,25 Gbps na ascendente em uma única fibra de tráfego de informação e
a última padronização ITU-T G984.6 melhorou significativamente o alcance máximo desta
tecnologia de 20 km para 60 km o que torna esta tecnologia mais atractiva. Por conseguinte,
para este projecto é aplicada a tecnologia para o condomínio Guoji cidade ideal

Para a realização do dimensionamento de qualquer rede óptica, principalmente, PON deve-se


saber primeiramente os tipos de serviços que serão oferecidos à uma determinada comunidade
ou região. Portanto, pretende-se colocar ao dispor dos moradores daquela urbe, caso de
estudo, serviços triple-play: Voz, Dados e Vídeos.

Lembrar que os serviços triple-play não são transmitidos em uma mesma onda de
comprimento, sendo que a voz e dados são transmitidos no sentido de descendente (OLT-
ONT) na mesma onda de comprimento 1490nm, e vídeo ou televisão na onda 1550nm. Mas
essas duas ondas de comprimento não são usados para a recepção dos dados provenientes da
ONT na mesma onda, sendo que para o envio de dados da ONT para OLT deve-se utilizar o
comprimento de onda 1310nm.

A escolha de equipamento teve como critério os parâmetros dos equipamentos em


comparação com as recomendações em uma PON e das redes estruturas, quando ao
fornecedor teve-se que prestar a maior atenção na vulgarização dos serviços e no historial da
mesma, consequentemente, temos neste projecto como empresa fornecedora de equipamentos
a Huawei.

A Huawei é uma das maiores empresas e fabricante de equipamentos de telecomunicações


que ocupa posição de renome na inovação das tecnologias, pois esta ocupou a 5ª posição em
2009, atrás das empresas Facebook, Amazon, Apple e Google, da companhia de tecnologia de
Mundo. Das 50 principais operadoras de telecomunicações do mundo, a Huawei fornece
equipamentos a 35 do total das operadoras, e investe 10% de sua receita em pesquisas e
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Proposta de projecto de rede óptica passiva GPON, com recurso a técnicas FTTH/FTTB, para
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desenvolvimento. Também no ano 2013, a Huawei venceu em uma concorrência perante


marcas mundialmente conhecidas, como a Ericsson e Nokia Siemens, para construir a rede
norueguesa de telefonia 4G – uma das primeiras do mundo – e tem demonstrado força nos
mercados emergentes da China e Índia. E os serviços da Huawei são difundidos pela
Huanetwork.com, os seus maiores clientes são operadores e provedor de serviços de
telecomunicações, clientes empresas assim como empresas de TIC’s.

No que refere aos componentes principais da rede, escolheu-se:

4.4.1 Equipamentos activos

Os equipamentos activos na rede acesso PON, OLT e ONT, são usados nas extremidades da
rede sendo que estes, toda vez que pretende-se efectuar cálculo do dimensionamento, estes
são uma premissa maior para a efectividade do dimensionamento. Neste caso, destacam-se as
potências de transmissões e sensibilidades, em ambas extremidades do link óptico, uma vez
que as interfaces são transceptor. A figura

O equipamento que interliga a rede de acesso, rede de distribuição, e a rede de provedor de


serviços de televisão, voz e dados é a OLT. Por conseguinte, a Huanetwork recomenda em
seus produtos o uso da OLT Huawei MA5683T, com capacidade de 6 slots cada com 8
interfaces/portas GPON resultando em 48 portas PON e com capacidade de, divisão pelo
splitter de uma fibra em 1:128 ONT, 6144 ONT.

A SmartAX MA5683T também pode oferecer backhaul móvel com alta confiabilidade e
relógio de alta precisão, E alta densidade GE/interfaces 10GE para ligações de equipamentos
de acesso remoto.

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Proposta de projecto de rede óptica passiva GPON, com recurso a técnicas FTTH/FTTB, para
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Figura 4.15: Proposta da OLT para intaka, Huawei MA5683T

Fonte: (Haunetwork- Huawei 2014)

A capacidade referida de provisão de cerca de 6144 acessos neste projecto não é atingida
parcialmente, o que leva a implementação de dois OLT de mesmas características técnicas.
Podendo, em cada OLT abranger de 3072 acessos, alias link’s ópticos e/ou xDSL na laço final
de até 300m.

A rede de acesso GPON pode ser terminada por dois componentes e estes não são passivos,
ou seja para o seu funcionamento devem ser ligados a energia eléctrica. Assim sendo,
destacamos a ONT como a mais utilizadas em diversas redes PON.

ONT

Para o utilizador final, em vivendas simples, usufruir dos serviços proveniente CO passando
pela rede de acesso, deve-se terminar a fibra óptica na instalação do utilizador com um
componente, para GPON é ONT, e este deve ser capaz de sofrer alterações em seu
funcionamento de acordo com as tecnologias actuais e futuras da mesma linhagem
tecnológica. Por conseguinte, o uso de ONT da huawei, ilustra figura 2.3, permite maior
comodidade, pelo uso dos dois meios de acesso transmissão WLAN 802.11b/g/n e LAN
cabeada, maior segurança, pois tem a capacidade de filtrar endereços IP, URL e MAC
redução de custo através de uso de único endereço IP público para vários equipamentos em
rede privada, e mais detalhes encontram-se na especificação do equipamento anexo B.

Figura 4.16: ONT nas instalações de cliente, Huawei Echolife HG8245A GPON Terminal
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Fonte: (Haunetwork- Huawei 2014)

O condomínio Guoji cidade ideal consistem em apartamentos diversificados, assim para zonas
prediais ao invés de uso de ONT, faz-se o dimensionamento de uso de MDU (Multiple
Dwelling Unit) dispositivo este que faz a interligação de vários flat em prédio. Deste
dispositivo para a instalação do cliente, ou seja, até ao apartamento do utilizador são usados,
em como se fosse ONT devido não especificação do número exacto de prédios motivos não
revelados pela entidade competente.

4.4.2 Equipamentos Passivos

Estes equipamentos fazem parte da rede de distribuição, pois para o seu funcionamento não há
necessidade de alimentação dos mesmos a energia

 Fibra óptica

Elemento principal da rede de distribuição passiva e de baixa atenuação, considerando a teoria


abordado no capítulo 2,existem dois tipos de fibras. Lembrar que segundo as normas
aplicáveis, ITU-T G.652 definem quatro versões de (A, B, C, D), G.652, G.653, G.654,
G.6525, G.652, G.656 e G.657, actualmente, o cabo óptico pode ter uma quantidade total de
4, 6, 8, 10, 12, 18, 24, 30, 36, 48, 60, 72, 96, 120, 144, 216 e 288 fibras ópticas, sendo a sua
maximização em uso depende do dispositivo divisor de potência, Splitter.

Para o projecto em estudo propõe-se o uso, para a rede externa, fibra monomodo G652 D,
pois é mais comumente utilizado em sistemas actuais devido à sua versatilidade e baixo custo.

Este tipo de cabo propõe-se o seu fornecimento através FURUKAWA, cabo óptico totalmente
seco com protecção metálica contra roedores (CFOA-ARE TS), como ilustra a figura 4.4.

Figura 4.17: Cabo fibra óptica de 64 fibras (CFOA-ARE TS),

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Proposta de projecto de rede óptica passiva GPON, com recurso a técnicas FTTH/FTTB, para
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Fonte: (Furukawa 2015)

Cabo CFOA-ARE TS contém armadura em fita de aço corrugado, e faz com que seja
recomendado para instalações sujeitas ao ataque de roedores. Indicado para instalações
externas como cabo para rede de transporte em entroncamentos urbanos, interurbanos e
instalações em canalizações subterrâneas ou directamente enterradas.

E para o cálculo de mínima largura de banda foi usado um Splitter de 1:64 acessos, de mesma
forma o cabo a ser usado é de 48 fibras com cerca de 3200, correspondente a 7 rolos de 500m.
De referir que a quantidade de cabos mencionados é não para todas ligações do condomínio,
porém para os principais links, ou ruas do condomínio em dimensionamento, cabendo fazer
assim pré-avaliação da distância em cada ligação que vai desde link principal até a instalação
do assinante.

 Splitter ou divisor óptico

Este dispositivo é faz muita diferencia entre arquitectura ponto-multiponto e a ponto-a-ponto,


sendo que existem uma variedade de divisores ópticos de acordo com critério 1:N onde o N
pode assumir os seguintes números 2, 4,8,16,32, 64 e 128 divisões. Assim sendo, a
configuração da planta de projecto Intaka, influencia directamente na escolha de Splitter, pois
este projecto é composto correctamente por arruados de diversas quantidades de residências
eficiente o uso de splitter 1:64, 64 divisões de potência e da Bw.

Figura 4.18:Divisor óptico/ Splitter 1:64

Fonte: (Haunetwork- Huawei 2014)

59
Proposta de projecto de rede óptica passiva GPON, com recurso a técnicas FTTH/FTTB, para
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As perdas admissíveis e recomendadas do divisor óptico estão especificadas na tabela 4.2, ou


teoricamente podem ser expressas pela equação 4.6, pois é esta fórmula que é usada para
cálculo de perdas do divisor óptico do aplicativo Optisysteam.

Equação 4.6

çã = 10 log( )

Sabido o tipo de splitter usado na rede, resta saber o número desta componente que a rede irá
para abranger todas 5000 cinco mil casas. Para as supostas ligações, feitas com todas
componentes serão necessários 2 conectores por cada ligação. É necessário saber, também
para a realização de proposta de custos, o número total de Splitter. E o dobro deste número
corresponde os números de conectores necessários para interligar Splitter’s com OLT. Fez-se
a escolha do tipo de divisor de potência que é de 1:64 acessos e com esta relação, são
apresentados nas equações 4,7 splitter e 4.8 conectores.

Equação 4.7

ú í 5000
ú = = = 79
64

Equação 4.8

ú = ú × 2 = 158

 Emendas ópticas

Emendas ópticas permitem a interligação de fibras ópticas em distância, cujo determinado


cabo de fibra não é suficiente para cobri-la, geralmente as emendas são realizadas nas
seguintes ocasiões: dar continuidade a um lance óptico rompido ou estendido, união do pigtail
(cordão com um só conector) ao cabo óptico, conversão do cabo tipo loose para o tight,
conexão de equipamentos de teste. Portanto, criação dessas emendas deve-se atentar muito
pelas ligações de modo a ter perdas iguais ou inferiores aos estabelecidos pelas entidades
reguladoras.

60
Proposta de projecto de rede óptica passiva GPON, com recurso a técnicas FTTH/FTTB, para
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Para o uso de conectores os SC/APC são os recomendados pois possuem baixa atenuação.
Conectores SC/APC são actualmente os mais populares elementos de acoplamento óptico
devido perdas reduzidas <0.2 dB e à correspondência simples (engate push-pull com um
piscar de olhos), seção rectangular permitindo densa embalagem dos conectores no painel, e
construção de plástico.

Figura 4.19:Conector de fibra caixa SC/APC,

Fonte:( dipol, 2015)

Recorreu-se aos conectores da dipol pela indisponibilidade de informação sobre a fabricação


ou da existência de conectores por parte fornecedores previamente escolhidos, pois perdas
inseridas nestes conectores cumprem com as recomendações.

4.5 Proposta de orçamento de custo de equipamentos


A escolha de material ou equipamentos para a rede em dimensionada baseou-se nas premissas
previamente referidas no início de presente capítulo. Portanto na tabela 4.6 apresenta-se o
orçamento, cujos preços foram adquiridos em único fornecedor de renome no mercado a
Huawei, com a excepção de conectores da empresa Dipol e fibra óptica que é de uma das
empresas FURUKAWA, entrante do mercado ocupando maior faixa nas telecomunicações em
distribuição de equipamentos de telecomunicações.

Tabela 4.6: Proposta de orçamento de custo de equipamentos

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Proposta de projecto de rede óptica passiva GPON, com recurso a técnicas FTTH/FTTB, para
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Item Quantidade Designação Preço (US$) Total por unidade


unitário (US$)

OLT 2 MA5683T 2,350.00 6,089.00

Fibra 3210m CFOA-ARE 0.49 1568.00


óptica TS(3200m)

Splitter 79 ABS Box Type 85.00 7410.00


1x64

Conectores 158 SC/APC, 0.95 150.10

ONT 5000 HG8245A 63.00 315,000.00

Total Dólar (US$) 330,217.10

Metical (MZN) 9’906,513.10

Fonte: (Autor,2015)

Com a proposta de orçamento do projecto, realizado, passa-se para o ultimo capítulo de


projecto.

5 CAPÍTULO 5 - CONCLUSÕES E RECOMENDACÕES


Neste capítulo faz-se explanação de resultados obtidos da presente investigação e apresenta-se
conclusões relativas ao objecto e caso de estudo e, como sendo esta uma investigação
contínua, válida antes da existência da outra, são apresentadas recomendações.

5.1 Conclusões
O presente trabalho realizou-se na orientação do seu objectivo geral, projectar a rede óptica
passiva, para condomínio Intaka Guoji cidade ideal, como maior enfoque na tecnologia
GPON com recurso a técnicas FTTH/FTTB, e deste foi possível:

 Descrever as redes PON’s e constatou-se que têm como base de seu funcionamento a
fibra óptica e splitter, elementos passivos da rede, se não referir a rede de distribuição
que não possui componentes alimentados a energia eléctrica. Portanto, a essa

62
Proposta de projecto de rede óptica passiva GPON, com recurso a técnicas FTTH/FTTB, para
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vantagem supõem-se que os subscritores estão cada vez mais próxima (em logica) da
Central-Office em comparação com tecnologias anteriores a PON. As mesmas PON’s,
são redes orientadas ao cliente, pois estes usam topologia/arquitectura ponto-
multiponto, reduzindo assim os custos que podem advir na implementação de redes
activas ponto a ponto.
 Descrever o estado da tecnologia, dissecando a oferta de serviços ou débitos de
transferência dos provedores que possuem a rede acesso via fibra óptica, e estes
apresentam débitos de transferências entre 512kbps e 8Mbps, que é baixo débito
comparativamente a demanda dos actuais serviços.
 Dimensionar a rede GPON para o condomínio Guoji cidade ideal, pelo cálculo
analítico dos links e comprovando pela simulação realizada no Optisystem. E neste
dimensionamento constatou-se, de igual modo que:

A solução escolhida é apropriada e aceitável em termo de largura de banda disponível a


disposição do subscritor, FTTH/FTTB, visto que em média pelas recomendações espera-se
uma largura de banda, por cada subscritor, de 20 Mbps. Em satisfação do projecto, teve-se
uma largura de banda de 39,6 Mbps, para a hora de maior tráfego.

As perdas ao longo dos Link’s AB e AD são 22,92 e 22,89 dBm, respectivamente. Pois, são
aceitáveis e confirmam a revisão bibliográfica feita, e respeita-se o balanço de potência de -28
dBm (sensibilidade mínima do receptor), tal como é requisitado pelo padrão G.984 para a
classe B+.
Em conformidade com a mesma recomendação fez-se análise, através de analisador de
espectro do simulador, o BER cujo seu valor resultou em 6, 64985 × 10 , valor muito
reduzido e dentro do esperado, BER inferior a 10 .

 Em compensação da redução de tempo de vida útil dos equipamentos e das possíveis


cortes de fibras por diversas razões tem-se a margem de segurança que cumpre com a
condição necessária para o link óptico estar em operacional.

63
Proposta de projecto de rede óptica passiva GPON, com recurso a técnicas FTTH/FTTB, para
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5.2 Recomendações

Após a realização do trabalho foram retiradas as conclusões anteriormente citadas, e faz-se as


seguintes recomendações:

 Realizar o estudo, aprofundando o projecto proposto, com vista a melhorar e


aperfeiçoar os link’s principais da rede PON do condomínio estudado.
 Realizar o estudo técnico de links backhauls (interligação de estações bases através de
fibra óptica) e para a expansão de serviços de telecomunicações às residenciais ao
redor de condomínio, atendendo e considerando a margem de portas dos OLT’s
disponíveis é de cerca de 24 portas correspondente a 1144 links.
 Realizar estudo de novas tecnologias PON que possam dar cada vez mais privilégio de
largura de bando aos moradores do condomínio estudado.

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ANEXOS
a)OLT MA5683T

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b)
HG8245A GPON Terminal Specification and Datasheet

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