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Terga-feira, 22 de Abi I de 2014 DA REPUBLICA ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA Prego deste niimero - Kz: 280,00 Toda a conespondinea, quer ofa, quer relaiva a anincio ¢ asintiras. do. Dio ts Repilicas, deve ser dirnida & Imprensa |. eg sain Nacional - FP, em Luanda, Rus Henrique de Carvalho 2, Cidade Aa, Caixa Postat 1306, | 1 sie wowimprensanacionalgovao = End, tok: | A 2s limps AS* sire ASSINATURA 1 prego de cade ina publica ros Dios ‘Ano | da Replica 1¢ 2 sie €de Kz: 75.00 pura Kx 470 615.00 | a 3° série Kz: 95.00, areseldo do respective 2277 900,00 | imposto do selo, dspendendo a publicagto da Ke: 145 500.00 | sire de depo préviowofetuirna tessa x 115.470.00 | da imprensa Nacional FP sumARIO Presidente da Repiblica DDecrto Presidencial n° RYU: "Apovae Regulamento de Abesecimento Publica de gun ede Sancameto de Aas Resduais. — Revoza toda alessio que cantare © ‘post no presente Diploma, nmmeadunente o Decreto Exective rns 3708. de 23 de Maio, Ministério das Financas Reetiieagao m/l Reaifea 0 Deca Execatvo n° 10/4, de 14 de Janeiro, publica no ‘iri da Republica m9, sobre as Obizagbes do Tesour esis ro artigo Ido DecreioPrsigencialn. 1/14, de 9de Jan, a0 ‘aor pba de K: 27 440.000.0000, sto etd em refute do ‘alr nominal, sem tava de jure de cup e entepuos 20 Banco de Desenvolvimento de Angola pelo vl Facial, sem descont, io do Comércio ‘rina Coss de Gest encaregu da coorengs, dies, spevio| ‘coirolo da activi da Rede Integra de Logisteae Datuk go (RILD), que integra os Ceniros de Logitica ede Distibuigio (CLOD'S) os Entepostos Logsien (ELP'S), coordenada por Marcelo do Sacramento Kumolsta,— Revo todas disposgbes «qe cantare o dsposto no presente Despoct, 9784 Je Director da Unidad Tenia = Regulaeao da Predueao Agro-Poeuata e Comercializag, no “mbit do Plano lnterado de Desenvolvimento do Comercio Ria ‘ Empreendederismo— PLAIDENCOR. Despacho a." 979/44 ‘Nome Francis Gongalves da Costa Flix par cargo de Conslor uriico da Minis, PRESIDENTE DA REPUBLICA Decreto Presidencial n° 83/14 de22 de Havendo necessidade de se regulamentara Lei.” 6102, de 21 de Junho, Lei de Aguas, no dominio da actividade de abas- tecimento piblico de dgua e de saneamento de dguas residuais, Considerando a importineia da actividade de abasteci- ‘mento pablico de égua e de saneamento de siguas residuais, ‘na promogiio da qualidade de vida da populagao, combate & pobreza e bem-estar social, do desenvolvimento da actividade ceconémica, defesa do ambiente ¢ da saiide piblica; Tornando-se imperioso estabelecer um quadro regula ‘mentar da actividade de abastecimento piblico de agua e de ue, no actual contexto de sscimento e desenvolvimento sécio-econdmico do Pats, ssaneamento de aguas residuai atenda as exigéncias do aumento qualitativo © quantitative destes servigos piblicos no quadro da construgto, reabili- {agi e expansio dos sistemas correspondentes,cuja gestdo «© exploragao deve observar prinelpios e regras propris, abrangendo as diferentes economias de uso, nomeadamente publica, residencial, comercial e industrial ‘Tendo em conta 0 disposto no artigo 79. da Lin’ de 21 de Junho, Lei de Aguas; © Presidente da Replica decreta os termos da ane) dango 120 edo n23 do igo 125°, ambos da Constuigao da Republica de Angola, o seguinte: 2, Cprovesta) FE aprovado o Regulamento de Abastecimento Publico de Aguae de Saneamento de Aguas Residuais, anexo ao presente Deereto Presidencal e que dele ¢ parte integrante ARriG02 (evoig) F revogada toda a legislagdo que contrare disposto no presente Diploma, nomeadamente 0 Decreto Executivo 1227/98, de 22 de Maio ARTIGO (Davide comisses As dividas e omissdes resultantes da interpretagao e aplicag2o do presente Decreto Presidencial sao resolvidas pelo Presidente da Replica 1918 DIARIO DA REPUBLICA ARTIGO 4 sntrada em vigor) (© presente Diploma entra em vigor na data da sua publicagao. Apreciado em Conselho de Ministros, em Luanda, aos 26 de Fevereiro de 2014. Publique-se. Luanda, aos 10 de Abril de 2014. (0 Presidente da Repablica, José Epuanoo Dos SaNtos, REGULAMENTO DE ABASTECIMENTO. PUBLICO DE AGUA E DE SANEAMENTO DE AGUAS RESIDUAIS CAPITULO | Disposicdes Gerais ARTIGO 12 (Onjecto) (© presente Diploma define o regime de exercicio das actividades de abastecimento piblico de gua ede saneamento de diguas residuais, ARTIOO2" mbito de aptieasio) 1.0 presente Diploma é aplicavel aos sistemas de abaste- cimento pilblico de dgua e de saneamento de dguas residuais. sm prejuizo da legistagdo em vigor, o presente Diploma 6 aplicavel, com as necessérias adaptagdes, aos sistemas de abastecimento particular de 4gua e de saneamento de aguas residuais, relativamente ao licenciamento da actividade, is exigéncias técnicas das respectivas instalagbes & sua segu- ranga, complementaridade dos sistemas, & qualidade da dgua potdvel e dos padres de tratamento das aguas residuais e & ‘observincia das normas de sate publica e ambiente. ARTIOO3" etnigoes) Para efeitos do presente Diploma, entende-se por: «a) «Agua potively, 4gua que reine determinadas carac- teristicas fisicas, quimicas e biolégicas, que the confere qualidade satisfat6ria para © consumo hhumano; +) cdguas residuaisn, aguas escoadas depois de terem sido utilizadas para fins domésticos ou industriais; ¢)«Agrupamento de edificagdes (ou prédio)», conjunto de duas ou mais edificagdes num mesmo terreno; «) «Cadasiro comerciab», conjunto de registos actua- lizados da emtidade gestora, necessirios & comer- clalizago, facturagio e cobranga dos servigos prestados de abastecimento piblico de égua ou saneamento de siguas residuais, o qual pode ser utilizado, igualmente, para apoio ao planeamento da actividades ©) «Categoria comercial», economia ocupada para ‘6 exercicio da actividade de compra, venda ou prestagiio de servigos, ou para o exercicio de acti- vidade nfo classificada nas categorias residencial, industrial ou pablica; ‘fi «Categoria de uso», classificago do cliente, por economia, para o fim de enguadramento na estru- tura tarifaria; 9) «Categoria industrial», economia ocupada para 0 cexervicio da aetividade clasificada como industrial: +) «Categoria piiblica», economia ocupada para o exer- ‘icio de actividades da administragao directa ou indirecta do Estado, estabelecimentos hospitalares cede ensino pdblicas,asilos, orfanatos,albergues © demas instituigdes de caridade, insttuigaes reli- gosase culturas, onganizagdes civicase potiticas, profissionais ¢ sindicais; 1) «Categoria residencial», economia ocupada exclu- sivamente para fins de habitaeao; 4) «Ciclo de facturagao», periodo compreendido entre ‘data da leitura facturada ea data de vencimento da respectiva conta; 1) «Ciclo de venda», periodo correspondente ao abas- tecimento de gua ou a colecta de dguas residuais cde um imével, imediatamente anterior ao seu res- pectivo ciclo de facturacdo, compreendido entre dduas leituras de hidrometro ou duas estimativas cconsecutivas de consumo; 1 «Cliente», pessoa fisica ou juridica que, mediante ccontrato celebrado com a entidade gestora, tem 0 respectivo imével ligado & rede distribuidora de Agua e de esgotos; ‘m) «Concessdo», transferéncia temporiria, mediante acordo de vontades, do Estado para uma pessoa juridica da gestdo e exploragao de sistemas ou parte de sistemas de abastecimento puiblico de ‘gua e de saneamento de aguas residuais; gua utilizado ‘num imével, fornecido pela entidade gestora ou produzida por fonte propria; 0) «Consumo facturadon, volume correspondente 80 valor facturado: P) «Consumo estimadon, volume de agua atribuido a ‘uma economia, quando a ligagio & desprovida de hidrémetro ou, por qualquer razo, o consumo no & possivel de determinar por consulta do hidrometro: 4) «Consumo médio», média de consumos medidos relativamente a ciclos de prestagao de servigos consecutivos para um imével; 17) «Consumo minimo», menor volume de gua aribuido ‘uma economia, definido pela entidade competente ce considerado como base minima para facturagio; 1n) «Consumo de agua, volume de SERIE —N2 75 ~ DE 22 DE ABRIL DE 2014 919 8) «Derivacao clandestina (ow ligagdo clandestina), ramificagao do ramal predial executada sem auto- ago ou conhecimento da entidade gestora; 19 Desperdicion, égua perdida numa instalagio predial em consequéncia do uso inadequado, u) «Distribuigdo de égua», fornecimento de agua potavel as instalagdes do cliente; v) «Divide», valor ein moeda corrente, devido pelo cliente, proprietario do imével ou condominio, resultante dos servigos prestados ¢ eventuais acréscimos ou sanges; w) «Divida em atraso», valor em cobranga de factura de servigo vencida e nfo paga; x) «Economia, imével de uma tnica ocupagto ou ssubdivisdo de imével eom ocupagao independente ddas demais, perfeitamente identificavel ou com- provavel em fungao da finalidade da sua ocupagao legal, dotado de instala¢ao privativa ou comum para uso dos servigos de abastecimento piilico de ‘gua e de saneamento de éguas residuais; y) «Entidade gestora», toda a pessoa juridica que, independentemente da sua natureza pablica ou privada, exerce, mediante licenga ou concessio, 8 gestao e exploragio de um sistema de abas- fecimento piblico de égua e de saneamento de figuas residuaiss 2) «isgoto», tubulagdo destinada a receber as aguas residuai aa) «Estagao de Tratamento de Agua (ETAY», estri- tura fisica onde se realizam os varios processos de depuracao da agua, de modo a conferie-Ihe as, cearacteristicasfsicas, quimicas e microbiologicas adequadas ao consumo humano: bb) «Estacdo de Tratamento de Aguas Residuais (ETAR)», estrutura fisiea onde se realizam os vrios processos de depurago das Sauas residuais para tratamento das respectivas cargas poluentes; ce) «Factura de servigos», documento para cobranga © pagamento de divida contraida pelo cliente, proprictirio do imével ou eondominio, correspon- ‘dente aos servigos prestados pela entidade gestora; ddd) «Hidrante (ou boca de incéndio)», aparetho insta lado na rede distribuidora de Agua, apropriado & tomada de agua para combate a incéndios; ee) «Hidrometro (ou contador), aparelho destinado ‘a medir e indicar, continuamente, 0 volume de figua que o atravessa; f) «lmivel no ligadon, imével nto ligado ao sistema Pblico e situado em zona provida de rede distri- buidora de agua e de esgotos; .g@) «lmévelligado», imovel conectado ao sistema de abastecimento piblico de dgua e de saneamento de gua residuais e constante do cadastro comercial; ‘hh) «lvl potencial de ligagdo», imovel situado em. zona desprovida de rede distribuidora de agua e de esgotos; ii) «lnstalacdo predial de digua», conjunto de tubagens, conexdes, aparelhos, equipamentos ¢ dispositives prediais localizados i jusante do hidrometto; 4) «Instalagdo predial de exgoton, conjunto de tubula- ‘¢0es, conexdes, aparelhos, equipamentos e pegas cespeciais localizadas a montante do pogo lumiar; 4k) «Licencan, acto administrative pelo qual se atibui 4 uma pessoa juridica a gestio e exploracao de uum sistema ou parte de um sistema de abaste~ cimento pibblico de agua ou de saneamenio de guas residuais; W) «Ligagao de diguay, conexio do ramal predial de gua a rede distribuidora de égua; ‘mm) «Ligacao de exgoto», conexdo do ramal predial de esgoto a rede de esgotos; inn) «Ligagdo provisdria», ligagao de agua ou esgoto para utilizagio com cardcter temporirio; 00) «Limitador de consumo», dispositive instalado ‘no ramal predial, destinado a impedir consumos superiores aos limites estabelecidos; pp) «Matricula (ou mimero de cadastro)», niimero de ordem de implantagio do imével no cadastro ‘comercial da entidade gestora; qq) «Ministro de Tutela», titular do Departamento Ministerial auxiliar do Presidente da Repiiblica, responsivel pelas politicas de abastecimento de ‘gua e saneamento de diguas residuais; 17) «Padréo de ligago de cua», forma de apresentago do conjunto constituldo por registae dispositive de controlo ou medigdo de consumo; 3) «Perfil longitudin, série de cotas que caracterizam lum arruamento e dao as altitudes do seu eixo nos seus diversos trechos; 1) «Pogo lumiar ou caiva de calgada ow eatva de visita, caixa situada no passeio, que possibilitaa inspee- ‘80 e desobstrucdo do ramal predial de esgoto; 1m) «Ponto comunitirio», unidade fisica de utilidade ‘comunitiia, isolada dos sistemas de abastecimento piblico de agua ede saneamento de iguas residuais, quer esteja ligado ou nao as redes correspondentes; vy) «Ramal interno», canalizagao compreendida entre a instalagio predial e © pogo lumiar; ww) «Rama de ligagdio», canjunto de tubagens e peas, cspeciais situadas entre a rede distribuidora de 4gua eos limites do prédio; 1920 DIARIO DA REPUBLICA xx) «Ramal predial de esgoto», conjunto de canali= zagibes, pevas especiais e outros equipamentos, situadas entre a rede de esgotos e 0 pogo lumiar, incluindo este; 39) «Rede de esgotos», sistema de eanalizagbes, pegas especiais e outros equipamentos instalados na via piblica, cujo funcionamento seja de interesse geral para o servio de recolha de eseot0s; 22) «Rede distribuidora de agua», sistema de eanali- zagbes, pegas especiais e outros equipamentos instalados na via piblica, eujo funcionamento seja de interesse geral para o servigo de distri- buigdo de agua; aaa) «Regulamentos de servicos», conjunto de prinepios ‘enormas definidas pelas entidades gestoras, nos termos do presente Diploma e de demais legis- laglo aplicavel, visando regular a prestagao dos respectivas servigos de abastecimento piblico de iii) «Tarifa de esgoton, prego cobrado ao cliente pelos servigos de recotha, ratamento e destino final das ‘iguas residuais; «i)) “Tarifa especialy, tarifa cobrada pelo fornecimento deigua ou colecta de tratamento e destino de aguas residuais com caricter de exceped0; kkk) «Tutela», Departamento Ministerial auxiliar do Presidente da Repiblica, responsével pelas poli- ticas de abastecimento de fgua e saneamento de ‘aguas residuais. CAPITULO Sistemas, seccAo | Disposigtes Gerais ARTIGOS* (Tips de sistemas) (0s sistemas de abastecimento piblico de agua e de saneamento de dguas residuais podem ser, em razao de se ‘gua ¢ saneamento de dguas residual bb) «Reservatirio de distribuicdo», elemento do cireunsereverem a um aglomerado urbano ou tural, nos termos dofinides segundo as normas de ordenamento do territorio: sistema de abastecimento de agua, destinado a acumular égua para regularizar as diferengas entre 0 abastecimento ¢ o consumo, que se verificam ‘num dia, promovendo as condigies de abasteci- ‘mento continuo; ccc) «Sistema de abastecimento particular de dguan, Conjunto unitéri e integrado de obras, instalagdies «© equipamentos destinados a captagdo, adugao, tratamento, armazenamento e distribuigio de digua em regime de servigo particular; ddd) «Sistema de abastecimento piblico de dgue», Conjunto unitirio ¢integrado de obras, instalagBes 4) Sistemas urbanos; ') Sistemas ruras. ARTIGOS* (Objectives dos sistemas) 1. Os sistemas de abastecimento publico de agua e de saneamento de aguas residuais visam fundamentalmente: 4) Contribuir para a promogio da qualidade de vida dda populagio e redugo da pobreza; +b) Contribuir para a promogo do desenvolvimento socioeeondmico, industrial e preservagdo ambiental; «¢) Contribuir para o controlo e prevengdo de doengas; 4) Propiciar 0 conforto e bem-estar da populagdo;, ) Facilitar a limpeza e higiene piblicas; f) Controtar as erosces; _g) Protegere preservar obras, edificagdes,instalagdes, redes vidrias ¢ outras infra-estruturas; ‘h) Contribuir para otransito, seguranga ¢ comodidade de pedes ¢ veiculos, 2. Para efeitos do nimero anterior, todas as pessoas fisicas| ‘u juridicas esto vinculadas ao dever de ligagaio dos respectivos ‘meveis aos sistemas de abastecimento piblico de agua e de ' «© equipamentos destinados a captagao, adueao, ‘ratamento, armazenamento e distribuigao de agua potivel em regime de servigo piblico; eee) «Sistema de saneamento de dguas residuais», Conjunto unitario eintegrado de obras, instalagdes ce equipamentos que tém por fnalidade a recolha, tratamento e destino final das diguas residuais; 4 {A «Servica basicon, valor mi mo necessirio, cobrado de scordo com a categorie de uso de todos 0 neat des sun, sere qe ees xan as i clientes de prédios ligados as rede de distibui-—respectivas crcunscrigdes administraivas. : ‘elo de agua e esgotos, mesmo quando nao ocorra camo consumo; (Componentes dos sistemas) 268) «Tarifa de sigue, prego cobrado ao cliente pelos servigos de abastecimento de dua ‘hhh) «Tarifa diferenciada, prego unitrio, por metro ciibico, estabelecido para a categoria de uso da economia, de acordo com a respectiva faixa de Constituem componentes dos sistemas de abastecimento piiblico de agua e de saneamento de dguas residuais: a) No sistema de abastecimento de gua: 1. A produgio de agua, que engloba a captagao ¢ adugtio de dgua bruta, 0 tratamento, adugao & ‘armazenamento de agua potivel; I SERIE —N2 75 — DE 22 DE ABRIL. DE 2014 1A distribuigdo de égua, que engloba os centros ea rede de distribuigdo de agua potivel '5) No sistema de saneamento de aguas residuais: 1 Arede de esgotos; IL As estagdes de tratamento; 111, Os sumidoutos. ARTIGOT! (Construgaoe expansdo de sistem) |. A construgito ¢ expansiio de sistemas de abastecimento pliblico de dgua e de saneamento de dguas residuais devem “observar os planos correspondentes de abastecimento piblico de agua e de saneamento de aguas residuais aprovados pelo Titular do Poder Executivo. 2. Os planos de abastecimento piiblico de fgua e de saneamento de aguas residuais devem ser articulados com ( planos de desenvolvimento socioecondmico, planos de recursos hidricos, planos de ordenamento do terrtério e de _gestdo ambiental aprovados pelo Titular do Poder Executivo, 3. Os planos referidos no n.* I do presente artigo devem basear-se em planos directores municipais, nos termos da, legistagao em vigor. SEC¢AOM Sistemas Urbanos ARTIGO 8" (Caructerizagio) (0s sistemas urbanos de abastecimento puiblico de agua e ‘de saneamento de guas residuais sdo constituidos por todas as instalagdes fixas necessérias & captagdo, adugo, tratamento, armazenamento e distribuieao de agua, & colecta,tratamento destino final de aguas residuais, incluindo as respectivas, Tigagdes domicilidrias ARTIGO 9 (Classifcasio) (ssistemas urbanos podem ser municipas ow multimunicipis. ARTIGO 105 (Pontos comunitarios) 1. Sem prejuizo do disposto no artigo anterior, os sistemas, de abastecimento piblico de égua e de saneamento de aguas, residuai, nas zonas peri-urbanas, podem ser complementados, por pontos comunitrios, de acordo com as caracteristicas do meio, 2, Para efeitos do nlimero anterior, as entidades gestoras devem assegurar a concepedo, a construgao e a gestio & cexploragaio dos pontos comunitrios, nos termos das respectivas licengas ou concessdes. ARTIGO IIe (Abastesimento ambulante) 1. Em casos de manifesta impossibitidade de o abasteci- :mento pidblico de gua ser assegurado nos termos e condigdes, dos artigos anteriores, pode ser realizado, a titulo precério, em regime de abastecimento ambulante. 2. 0 exercicio da actividade de abastecimento ambu- lante de agua esti sujeito a regulamentagdo especifica, nos termos e condigdes a definir, em conjunto, pelos Ministros 192 de Tutela e das Finangas, no prazo de 180 dias, a contar da data de entrada em vigor do presente Diploma, ouvidos os Governadores Provinciais secciout Sistemas Ruralis ARTIGO 12" (Caraccrizasio) (Os sistemas rurais de abastecimento piblico de agua e de saneamento de dguas residuais so unidades de pequena ou ‘média dimensio, independents dos sistemas urbanos, com ligagbes domicilidrias e pontos comunitarios. ARTIGO 13° (Pontos somunitrios) [Nas zonas rus, os pontos comunitérios devem localizarse ‘a uma distancia nao superior a 200 metros dos seus utentes, salvo quando as condigSes hidrogeol6gicas nao o permjtam, CAPITULO TIL Exercicio da Actividade SECCAOT esto ¢ Exploragto dos Sistemas ARTIGO 14" (Principio gera) 1. A gestdo e exploracdo dos sistemas de abastecimento pablico de gua e de saneamento de aguas residuais ¢ exercida ‘em regime de licenga ou concessio. 2. Sem prejuizo do disposto no nimero anterior, por razies ponderosas de interesse piblico, os dros da administragao. local do Estado podem exercer, directa ou indirectamente, & _gestdo e exploragao dos sistemas de abastecimento pablico de dgua e de saneamento de dguas residuais, 3. O abastecimento particular de gua e o saneamento de ‘Aguas residuais so, jgualmente, objecto de licenga ou concesso. 4. Para efeitos do niimero anterior, © pedido de licenga ‘ou concessiio deve observar o disposto no artigo 83.° do Regulamento de Utilizaco Geral dos Recursos Hidricos, sem prejuizo de declaragio prévia, em razio do terit6rio, do drgao da administragao local do Estado, probatoria da inexisténcia, na respectiva circunscrigao administrativa, do sistema correspondente em regime de servigo piblico. 5. Sem prejuizo do disposto no numero anterior, 0 abaste- cimento particular de agua e o saneamento de diguas residuais, podem, igualmente, ser objecto de licenciamento nas areas dotadas de sistemas piblicos, sempre que as entidades ges- toras manifestem, fundamentadamente, mediante declaragao prévia, razdes téenicas que impossibilitem a prestag3o dos, servigos correspondentes. ARTIGO 15° (Princpis de gestioe explorasio dos sistemas) A gestio e exploracdo dos sistemas de abastecimento pblico de égua e de saneamento de aguas residuais deve dobservar os seguintes principios: 4) Da prevaléncia da gestio e exploragdo empresarial dos sistemas; 1922 +) Da complementaridade dos sistemas; 6) Da prossecugo consecusao do interesse piblico; 4 Da igualdade de acesso dos cidadios aos sistemas; ¢) Da obrigatoriedade de ligagao dos imoveis aos sistemas; /) Da efciéneia dos sistemas; 2) Da diferenciagdotarifiria para cada sistema; ‘h) Do equilibro finangeiro das entidades gestoras svccho: Liengas € Coneeses ARTIGO 16 Objeto das census econcessbes) |. As licengas tém por objecto a gestio e explorag2o de sistemas de abastecimento puiblico de 4gua e de saneamento, de aguas residuais ‘popuilacional inferior a 50,000 habitantes,ineluindo um parque industrial ligeiro, com menos de 50% de instalagdes industriais dedicadas & indistria alimentar ou outra de natureza similar. 2. As concessbes tém por objectoa gestio e explorago de sistemas de abastecimento pablico de agua e de saneamento, de aguas residuais que se circunserevem a um aglomerado, populacional superior @ 50.000 habitantes, ineluindo um pparque industrial pesado ou misto, com mais de 50% de instalagdes industriais dedicadas & indistria alimentar ou ‘outras de natureza similar, 3. Sem prejuizo do principio da eficiéncia e do funciona- ‘mento global, um sistema de abastecimento piblico de égua e dde saneamento de aguas residuais pode ser objecto de licenga, ‘que se circunscrevem a um aglomerado ‘ou concessao por cada um dos seus componentes, nos termos, definidas no artigo 6° do presente Diploma. ARTIGO 17 (Requsitos gers para atribigdo de Weemgaseconcesses) Sem prejuizo do disposto no artigo 19.° do Regulamento de Utilizago Geral dos Recursos Hidricos, a aribuigdo de licengas e concessées deve observar os planos de abastec ‘mento piiblico de égua e de saneamento de aguas residuais, aprovados nos termos da legistagao em vigor. ARTIGO IK (Concurso) 1. As licengas e concessdes so atribuidas mediante ‘concutso, nos termos da lexislagdo em vigor, salvo situagdes, ponderosas de interesse pablico devidamente justificadas, 2. Para efeitos do niimero anterior, deve ser publicado num jjomal de grande circulagdo nacional e num jomal da sede da ‘rea geogrifica a que se destina o sistema de abastecimento piblico de égua ou de saneamento de éguasresiduas,fixando- se nele as condigdes gerais do concurso. 3, Escolhido 0 adjudicatario, a entidade licenciadora ‘ou concedente dispie de um prazo de 30 dias para emitir 2 licenga ou iniciar a formagao do contrato de concessio, no devendo exceder o prazo de 90 dias, salvo por razdes devidamente justificadas. DIARIO DA REPUBLICA ARTIGO 19° (Competéncia para atria de Heengase oneesses) As licengas e concessdes so atribuidas as seguintes entidades: 4) Ao Titular do Poder Executive compete aatribuigio de concessdes para os sistemas urbanos de abaste- cimento piblico de égua e de saneamento de aguas residuais que se circunscrevem a um aglomerado populacional superior a 500.000 habitantes; ) Ao Ministro de Tutela a atribuigao de concessdes, para os sistemas urbanos de abastecimento pablico de dua e de saneamento de aguas residuais que se circunserevem a um aglomerado popullacional entre 50,000 e 500.000 habitantes; ¢) Ao Governador Provincial a atribuigao de licengas para os sistemas urbanos de abastecimento public de éguae de saneamento de guns residuais que se destinam a um aglomerado populacional inferior 450,000 habitantes; 4d) Ao Administrador Municipal a atribuigtio de ficengas para os sistemas rurais de abastecimento piblico de digua e de saneamento de dguas residuais. ARTIGO 20: ‘eamalagdoe integragdo de cengas ou concestes) 1A pedido proprio ou por razaes ponderosas de interesse piblico, podem seratribuidas, cumulativamente, a uma mesma entidade, as licengas ou concessdes para a gestio eexploracao, tem simultineo, dos sistemas de abastecimento piblico de gua e de saneamento de Aguas residuais, sem prejuizo da unidade do regime juridico aplicavel a cada um dos sistemas ce das respectivas condigdes gerais de adjudicaga. 2. Por razBes ponderosas de interesse piblico, a gest & ‘exploragdo dos sistemas de abastecimento pablico de dgua e de saneamento de aguas residuais pode, a todo 0 tempo, ser integrada numa tinica licenea ou concessao. 3. A acumulagao de licengas ou coneessies nfo constitu facto modificativo do prazo das mesmas. awriGo 21s (Prazos das licengas€comcessbs) 1. As licengas so atribuidas por um periodo ni superior 1S anos, 2. As concessdes sao atribuidas por um periodo nao superior a 50 anos. aRTIGO2* ‘(Conte das ices econcesstes) 1. As licengas e concessdes dever incluir, para além dos direitos e obrigagdes reciprocos dos sujeitos, do objecto e prazo de validade nomeadamente: 4a) Aidentificagao dos sistemas ¢ de todas as instalagies fixas e equipamentos, sua localizaglo e respectivas cearacteristicas téenicas; +) Os prazos para a construgao de todas as instalagdes, fixas e montagem dos equipamentos inerentes ‘0s sistemas e para o inicio da sua exploragao; —_— ISERIE N° 75 — DE 22 DE ABRIL DE 2014 ©) As condighes téenicas ¢ financeiras de gestdo cexploragdo dos sistemas; ) A obrigatoriedade de observéncia das normas de qualidade; A obrigatoriedade de pagamento da taxa de utilizagao, dos recursos hidrigos, nos termos da legislacao em vigor; 1) A obrigatoriedade de constituigao de seguro das instalagdes e de responsabilidad civil 1g) Ovalor da caugio; 1) O valor do fundo de renovagio; 1) As exigéncias de natureza fiscal; J) As exigéncias de natureza ambiental; ) Outras exigéncias que decorram da legi vigor. 2.0 conteddo ds icengase concessdes deve incluirigualmente 4) Atarifa por cada categoria de uso, a forma e aperio- dicidade da sua actualizag20 e revisio, tendo em tendo 0s critérios definidos no presente Diploma: b) As condigdes de prorrogagio, se for caso disso, © programa de trabalhos e o plano de investimen- tos e demais condigdes, nos termos da legislacao em vigor. lagio em ARTIGO23° (Mtodicasto de Hcengas concestes) 1. As licengas e concessdes, por razBes ponderosas de interesse piiblico, podem ser alteradas ou modificadas por iniciativa da entidade icenciadora ou concedente, oua pedido da entidade gestora, sempre que as condigdes de exerci actividade o justfiquem & luz das circunstancias dominantes. 2. No caso de se verificar a modificagio do regi exercicio da actividade, nos termos referidos no numero anterior, a entidade gestora goza de direito de preferéncia, salvo manifestagao em contrrio. 3 No caso de a entidade gestora renunciar ao exercicio do direito de preferéncia ou no poder exercé-la, por razBes estritamente de conveniéncia de interesse pablico, cabe-the apenas o dircito a indemnizagao, nos termos da legislagio em vigor. 4. Durante a fase de transigao de regime, a entidade gestora ino deve abandonar a actividade, cabendo a entidade licen- ciadora tomar as providéncias adequadas ao acautelamento do interesse pablico. oda re de ARTIGO2 (Transmisst de licengas ¢concesses) |. Acntidade gestora ndo deve, por nenhuma forma, sem prévia autorizagdo da entidade licenciadora ou concedente, transmitir a licenga ou concessao, 2. Autorizada a transmissao da licenga ou concessto, 0 transmissério fica sujito aos mesmos deveres ¢ encargos do transmitente, bem como a outros que decorram da aquisiga0 da licenga ou concessao. 1923 ARTIGO25" Eating deleengas ¢eoneestes) As licengas e concessdes extinguem-se por: ‘) Caducidade; ») Acordo das partes; ¢) Revouagao ou rescisio; Resgate, ARTIGO 26: (Cadueldade de eens econcessbes) 1. As licengas e coneess6es caducam: 4) Por decurso do prazo estabelecido na licenga ou ‘contrato de concessdo; ») Por declaragio de faléncia da entidade gestora; ©) Por extingao da entidade gestora; 4) Por modificaglo do regime de exercicio da actividade. 2. As licencas esto sujeitas & modificagao, sempre que 0 ‘Titular do Poder Executivo, por razses ponderosas de interesse pablico, integre, nos termos do presente Diploma ¢ demais, legislagio aplicavel, a actividade no regime de concessio, nomeadamente por razdes de crescimento populacional ou de desenvolvimento socioecondmico na circunseriga0 admi- nistrativa abrangida, 3. integragiio de licengas ou concessdes constitu Facto eextintive do titulo anterior, endo a entidade gestora dieito & indemnizagdo, nos termos da legislagdo em vigor. ARTIGO 2: (Revogagao de Ticengas econcesses) |. Constituem causas de revogagio de licengas econcessies, 4a) © nao cumprimento das obrigagdes ou dos prazos estabelecidos na licenga ou contrato de concessao; '5) O abuso do direito de utilizaga0 dos recursos hidri- cos oua violago grosseira de direitos de terceiros Iegitimamente protegidos; ©) A suspensio da actividade, durante 30 dias con- secutivos, por motivos imputaveis a entidade gestora do sistema; 4) © impedimento ao exereicio da fiscalizagao pelos Srgios compctentes, nos termos da legislagao em vigor. 2, O acto revogatério & susceptivel de impugnacao, nos termos da legislagao em vigor. AResciso eauspensto de lceneas econcesses) 1. A entidade licenciadora ou concedente pode rescindir a licenga ou concessdo, sempre que a entidade gestora viole culposa e gravemente os deveres de exercicio da actividade, em especial ‘g) Nao apresentar os projectos das instalagdes nos prazos fixados; +) Nao coneluir as obras ou nao iniciar a actividade nos prazos estabelecidos, excepto por razBes de forga maior ou por qualquer circunstincia que, comprovadamente, nio the seja imputivel; 1924 / DIARIO DA REPUBLICA ©) Promover, por qualquer forma, a interrupeao ou irregularidade do servigo; ) Nao restabelecer a normalidade do servigo dentro do prazo que the for arbitrado pela entidade licen- idora ou concedente; ¢) Nao prestar ou reintegrar a caugtio nos prazos estabelecidos; J) A nao constituigao ou actualizagao do fundo de renovagaio, nos termos definidos pela entidade licenciadora ou concedente; _g) O abandono das instalagdes fixas e equipamentos, afectos ao sistema, por um periodo superior a 15 dias, sem autorizagao da entidade licenciadora ‘ou concedente; 1) A violagao reiterada das disposigdes legais ou nor- ‘mas tenieas aplicaveis ao exercicio da actividade, bem como as de natureza patrimonial, financeira, fiscal, ambiental ou de saiide piblica 2. Sem prejuizo do disposto no nimero anterior, sempre que se verifiquem graves deficiéncias no exercicio da actividade ou no funcionamento das instalagdes fixas ¢ dos equipamentos, is de afectar a regularidade do servigo, a entidade licenciadora ou concedente pode tomar conta da actividade, contratando, para 0 efeito, outras entidades, até a cessaca0 definitiva daquelas deficigncias, 3. Verificada a situagao prevista no nimero anterior, a entidade gestora deve suportar os encargos que resultem, para a entidade licenciadora ou concedente, do exercicio da actividade, bem como todas as despesas extraordinarias, necessiias a0 restabelecimento da sua normalidade. 4, Cessadas as causas da suspenstio da aetividade, a enti- dade licenciadora ou concedente deve notificar a entidade xgestora para retomar o exercicio da actividade logo que o juleue oportuno, 5. A entidade licenciadora ou concedente pode reseingir, imediatamente, alicenga ou concessio, sempre que a entidade _gestora no retome a sua actividade no prazo estabelecid, 6. Aentidade gestora pode rescindir a licenga ou concesstio nos seguintes casos: 4) Por razies de forga maior, que se mantenham para além dos prazos previstos na licenga ou contrato de concessto; +) Por actos dos poderes piblicos, que lesem, gravee ‘comprovadamente, os seus direitos 7. Em casos de a rescisio ocorrer por violagio grave e cculposa de deveres da entidade licenciadora ou concedente ‘ou por acto dos poderes piiblicos, a entidade gestora tem direito a uma indemnizagdo justa e adequada, nos termos da legislagao em vigor. ARTIGO29" esgate de lcengas econcesbes) |. A entidade Ticenciadora ou concedente, por razdes de ‘manifesto interes piblico, pode proceder ao resgate da licenga ‘ou concessfo, decorrido um tergo do prazo da sua duracdo. 2. O resgate deve ser notificado a entidade gestora com a antecedéncia de 180 dias, a partir dos quais devem manter-se inalteraveis os contratos celebrados por forga do exercicio da actividade, salvo autorizagao em contrario, 3. O resgate da licenga ou concessdo contfere & entidade gestora 0 dircito indemnizagao, nos termos da legislagio em vigor. 4. A assumpgdo de obrigagdes, por parte da entidade licenciadora ou concedente, ¢ feita sem prejuizo do seu dircito de regresso relativamente as obrigagdes contraidas pela entidade gestora, excedendo os limites de uma gestio normal e crteriosa. 5. Para efeitos do n.°3 do presente artigo, aindemnizagio € calculada em fungao do valor contabilistico cortigido da depreciagtio monetiria liquide de amortizagbes fiscais dos bens que tenham resultado de novos investimentos de expansdo ou modemizago dos sistemas, nao previstos na licenga ou contrato de concessio, por impossibilidade da sua previsio, feitos a seu cargo e aprovados ou impostos pela entidade licenciadora ou concedente CAPITULO IV Bens e Meios Afectos aos ARTIGO 30: (Principio ger) | Antegram os sistemas de abastecimento paiblico de égua, ssaneamento de Aguas residuais ¢ de drenagem de aguas plu ‘a contar da data da atribuigio da licenga ou concessio: 4a) Todas as obras, miquinas, aparelhagens ¢ respec- tivos acessérios inerentes & gestdo e explorag30 dos sistemas; ») Todas as infra-estruturas relativas a gesto ¢ explo- ragdo dos sistemas; «¢) Todos 0s equipamentos necessirios & operagio das infra-estruturas ¢ ao controlo da qualidade e do consumo das éguas e dos padries de tratamento e rejeigdo das iguas residuais. 2, Para todos os efeitos legais, as infa-estruturas consideram- se integradas nos sistemas desde a aprovac.io dos projectos, de construgao. 3. Consideram-se afectos aos sistemas, além dos bens que integram o seu estabelecimento, os iméveis adquiridos por via do dreito privado ou mediante expropriago para implantagao, das infia-estruturas, 4. Consideram-se, igualmente, afectos aos sistemas os direitos privados de propriedade intelectual e industrial de que a entidade gestora seja titular. 5. Consideram-se ainda afectos aos sistemas, desde que directamente relacionados com a gestio ¢ exploragiio wer fundlos ou reservas consignados a garan- tia do cumprimento de obrigagées da entidade gestora, designadamente 0 Fundo de Renovagdo; I SERIE —N° 75 — DE 22 DE ABRIL DE 2014 +) Atotalidade das relagdes juridicas que estejam neces- sariamente relacionadas com a continuidade da _2estioe exploragdo dos sistemas, nomeadamente laborais, de empreitada, de locagao, de prestagio de servigos, de aprovisionamento ou de forne: ‘mento de agua e colecta de esgotos ou de mat riais necessérios ao funcionamento dos sistemas. AgnIGO3L" (Propriedae dos bens melas afectos aos sistemas) |. Na vigéneia da licenga ou concessiio, a entidade gestora ddetém a propriedade dos bens e meios afectos aos sistemas, exceptuando os que pertengam ao Estado ou a outro ente, 2. No termo da licenga ou concessao, os bens a que se refere ‘oniimerto anterior revertem a favor do Estado, sem qualquer indemnizagao & entidade gestora, livres de quaisquer énus ‘ou encargos e em perfeitas condigtes de operacionalidade, 3. Os bens e meios afectos aos sistemas apenas podem ser vendides, transmitidos ou onerados, por qualquer modo, depois da devida autorizagao da entidade licenciadora ou concedente, nos termos da legislagio aplicével. CAPITULO V Redes Distribuidoras de Agua e de Esgotos ARTIGO 32° (Principio geral) |. As entidades gestoras apenas podem implantar as redes| distribuidoras de agua e de esgotos ¢ seus acessérios em ‘zonas onde as entidades competentes tenham definido o perfil Jongitudinal, nos termos da legislagio em vigor. 2. Acritério das entidades gestoras podem ser implantadas redes distribuidoras de agua e de esgotos em zonas cujo perfil longitudinal ndo esteja definido, observadas as exigéncias, mpostas pelas entidades competentes, no quadro dos planos, de ordenamento de territ6rio. 3. 0s projectos para implantagio de redes dstribuidoras de ‘gua. de esyotos s20 aprovaclos pelas entidades licenciadoras ‘ou concedentes, nos termos da legislagao em vigor. ARTIGO33" (Obras, eparagdes e moditicagbes das redes distribuidoras ‘ede esos) |. Cabe, exclusivamente, as entidades gestoras ou a terceiros devidamente autorizados por estas, a execugao de obras, reparagdes ou modificagées nas redes distribuidoras, de dgua e de esgotos, 2. As despesas, decorrentes da execugiio de obras iio programadas pelas entidades gestoras, nas redes distribuidoras, de gua e de esgotos, correm por conta dos interessados e apos aprovagio da entidade gestora, 3. Sem prejuizo do disposto no n° | do presente artigo, ‘8 6rgios da acministragdo directa ou indirecta do Estado, as ‘empresas, bem como as pessoas singulares, devem custear as, despesas referentes a remogio, recolocago ou modificagao das redes distribuidoras de gua e de esgotos ¢ instalagées, associadas, em consequéncia da execugao de obras de qualquer 1925 natureza de que sejam donos, nomeadamente a construgio ¢ instalagao de qualquer equipamento urbano, redes de aguas residuais ou pluviais, telefinicas e de electricidade, cons- trugio de esgotos em prédios para os quais seja necessiria, ‘a modificagdo da rede distribuidora de agua ou de esgotos. 4, So custeados pelos interessados, nos termos do ‘iimero anterior, os servigos destinados a rebaixamentos ou alinhamentos de redes distribuidoras de agua e de esgotos, em consequéncia da alteragio dos perfis longitudinais pelos, reios competentes, nos termos da legislagao em vigor. ARTIGO 34° (Extento e ampliagao de recs distibuidoras de gua ‘eeoletorts de expos) 1. As obras de ampliagao ou extenstio das redes distri- buidoras de égua e de esgotos nfio constantes dos projectos, ceronogramas de crescimento populacional ou de programas, das entidades gestoras, aprovados pelas entidades licenciadoras, ‘ou concedentes, so realizadas por conta dos clientes que as, solicitam ou interessados na sua execucao. 2. Os prolongamentos de redes distribuidoras de agua e de {sgotos, custeados ou ndo pelas entidades gestoras, so afectos,, sem prejuizo don. | do artigo 31.° do presente Diploma, aos, sistemas de abastecimento pablico de agua e de saneamento, de dguas residuais, 3. Nos prolongamentos de redes distribuidoras de digua ¢ «de esgotos solicitados por terceiros, as entidades gestoras nfo ‘to responsaveis pela constituigdo das servidges nevessérias & implantagao das redes, as quai fieam por conta dos interessados: CAPITULO VI Loteamentos ARTIGO 35" (Principio ger) |. Sem prejuizo da leislagao em vigor, todos os projec tos de loteamentos, abrangidos no territorio das entidades, zgestoras, devem incluir projectos completas respeitantes aos sistemas de abastecimento piblico de 4gua e de saneamento de aguas residuais 2. Para efeitos do disposto no nimero anterior, os projectos respeitantes aos sistemas de abastecimento piiblico de de saneamento de éguas residuais devem ser aprovados pelas, entidades gestoras, de modo a salvaguardar-se a prestagao dos, servigos correspondentes. 3.0 projectos referidos no nimero anterior devem incluir todas as especificagdes técnicas, incluindo as relativas a0, ‘combate a incéndios ¢ perfis de toda a rede distribuidora de ‘gua e de esgotos, no devendo ser alterados no decurso da ‘sua execusdo, sem autorizagdo prévia das entidades gestoras.. ARTIGO 36." (Construgtoeafetagao 0s sistemas) 1. Os sistemas de abastecimento piblico de agua e de saneamento de éguas residuais dos loteamentos novos devem ser construidos integralmente pelos interessados, de acordo com 0 projecto aprovado previamente pelas entidades gestoras, 1926 DIARIO DA REPUBLICA 2. Os interessados devem comunicar, com antecedéncia, as entidades gestoras 0 inicio das obras correspondentes 20s, sistemas de abastecimento pablico de égua e de saneamento de Aguas residuais para que as mesmas sejam acompanhadas e supervisionadas, sem prejuizo da fiscalizagao correspondente, nos termos da legislagdo em vigor. 3. Os sistemas de abastecimento piblico de agua e de saneamento de éguas residusis dos loteamentos novos si ‘construidos por conta das entidades gestoras nos casos em que tenham sido previstos na licenga ou contrato de concessio ou aprovados e impostos pela entidade licenciadora ou concedente, por razdes ponderosas de interesse pulblico, 4, Concluidas as obras, os interessados devem solicitar as entidades gestoras a interligacao das redes do loteamento novo as redes distribuidoras de agua e de esgotos. 5. Aconexdo referida no nimero anterior deve ser executada pelas entidades gestoras, depois de totalmente concluidas e aceites as obras relativas aos projectos aprovados nos termos don.” do artigo anterior. 6. Verilicado 0 disposto no n.°4 do presente artigo e sem prejuizo do n2 1 do artigo 31.° do presente Diploma, todas as, ‘ineas, obras executadas, instalagdes e equipamentos destinados, a0 abastecimento piblico de agua e saneamento de diguas, residuais para os loteamentos novos, sto afectos aos sistemas, pablicas de abastecimento de dgua e de saneamento de aguas residuais, sem quaisquer 6nus ou encargos, nos termos a definir pelo Titular do Poder Executivo. ARTIGO 372 (Cigages parca ds techs do loteamento) 1. Sem prejuizo do artigo anterior, as entidades gestoras podem realizar lizagdes parciais de Agua e esgotos dos trechos, {8 conclutdos, desde que os mesmos lotes sejam atendidos simultaneamente ¢estejam de acordo com os projectos apro- vvados nos termos do n.” 2 do artigo 35.° do presente artigo. 2. Apos a conexio referida, © proprietario dos novos loteamentos éresponsavel pela manutengao e conservagiio das, infra-estruturas até a recepefo definitiva das obras ¢& outonga, 4 instrumento juridico de afectago das mesmas aos sistemas ppblicos de abastecimento de igua ¢ de saneamento de diguas residuais, nos termos a defini pelo Titular do Poder Exeeutivo, CAPITULO VII Agrupamentos de Edificacdes, Conjuntos Habitacionais Vilas Residenciais ARTIGO38° (Principio geral) |. Aos projectos de agrupamentos de edificagdes, conjuntos, habitacionais e vilas residenciais aplicam-se as disposigdes, do capitulo anterior, relativas a loteamentos, sem prejuizo do artigo seguinte. 2. Os sistemas de abastecimento pablico de 4gua e de saneamento de diguas residuais de agrupamentos de edifica- ‘des, conjuntos habitacionais ¢ vilasresidenciais podem ser centralizados ou descentralizados, nos termos da legislago aplicavel em matéria de condominio, 3. Os prédios de agrupamentos de edificagdes, situados em cota superior ao nivel piezomeétrico da rede distibuidorae inferior a0 nivel da rede de esgotos, podem ser abastecidos e ‘escoados através de reservatério e estagdo clevatéria comuns, ‘desde que pertencentes a um s6 proprietirio ou condominio, ficando a operagdo € manuten¢ao das instalagdes intemas a cargo do proprietério ou condominio, nos termos da legisla- ‘20 aplicavel. ARTIGO 39: (Construg eafectagdo 20s sistemas) 1. Os sistemas de abastecimento publico de agua e de ssaneamento de iguasresiduais dos agrupamentos de edificagdes, cconjuntos habitacionais e vilas residenciais sito construidos integralmente pelos proprietarios, de acordo com o projecto aprovado previamente pelas entidades gestoras 2. Os sistemas de abastecimento piblico de agua e de ssaneamento de dguasresiduais dos agrupamentos de edificagdes, conjuntos habitacionais vila residenciais so construidos por conta das entidades gestoras nos casos em que tenham sido previstos na licenga ou contrato de concessdo ou aprovados € impostos pela entidade licenciadora ou concedente, por tazies ponderosas de interesse piblico. 3. Sem prejuizo don. I doartigo 31:°do presente Diploma, {odas as éreas, obras, instalagdes e equipamentos destinados ‘0 abastecimento piblico de agua e ao saneamento de éuas residuais, nos agrupamentos de edificagdes, conjuntos habita- ccionais e vilas residenciais, so afectos aos sistemas pablicos ‘correspondentes de abastecimento de dgua e de saneamento de ‘éguas residuais, sem quaisquer nus ou encargos, nos termos, ‘a definir pelo Titular do Poder Executivo. 4. Sempre que as redes distribuidoras de dgua ou de cesgotos de conjuntos habitacionais, agrupamento de edifica- ‘des ¢ vilas residenciais sejam ampliadas ou reforgadas, as (Conserv das instalagies pedis 1. A conservagao das insalagdes prediais ¢ da exclusiva responsabilidade do cliente, proprietirio ou eondominio, competindo as entidades gestoras fiscaliz procedimentos, quando juluarem necessirio. las ¢ orientar 2. As entidades gestoraseximentse de qualquer respon- sabidade por danos pesssis ou patrimoniasdervados do rau funeionamento das instalagbes pedis, 3, Olen, propretrio ov condominio deve pars subtiin dentro do praza que he fr abitrad pela enidade sora, todas as instalages intemasdefeitosts, 4. vedada a ligngdo de injector ou bomba ao ramal ou alimentador prea AriG04» (ans etc gordars 1. As eu resis com gordiras 880 conuridas para caixas de gorda, definidas edimensionadas nos eros do no doatigo 42° do presente Diploma, 2. B vedo as entidadesgestorsreeber aguas resis provenientes de cozinhase anques, langadasdirectamente nas sas reds de esgoto, sem passagem por cava de gor dura sifonada, ARTIGO So" (Cavas de inspeeso, pogos de sina retentoras) 1. As caixas de inspecgdo, pogos de visitas e caixas reten- toras, situadas nos locais do trifego de vefculos, devem ser providas de tampas de ferro fundido e reforgado, cujo peso perfil ficam a critério das entidades gestoras, nos termos «dos respectivos regulamentos de servigos, sem prejulzo do (Conaigoesgerais de igagto) Sem prejuizo dos requisites exigiveis para cada tipo de ligagdo, as ligagBes de agua e esgotos esto sujeitas & obser- vncia prévia das seguintes condigdes: 4) Celebragaio do contrato correspondente com a en dade gestora; +b) Pagamento dos custos de ligagdo. DIARIO DA REPUBLICA agTiGo 72" (Costas de gagt0) 1. As ligagdes de agua ¢ de esgotos estilo sujeitas a0 pagamento dos custos de ligagao dos ramais prediais cor- respondentes, denominados custos de ligago, nos termos © condigdes definidos pelas entidades gestoras, segundo os respectivos regulamentos de servigos. 2. Para efeitos do nimero anterior, as entidades zestoras (Mtudanea de categoria de uso ou de nimero de economia) 1. Sempre que ocorrer qualquer mudanga de uso e ou rnimero de economias de um imével, o cadastro deve incorpo- rar, de imediato, a correspondente alteragao da caracteristica desse imovel 2. As entidades gestoras tém, respeitado o direito de pro- priedade, acesso livre aos iméveis para verificara existéncia de novas economias ou aalteragdo das suas categorias de uso. ARTIGOSS! (Atteragao do eadasteo) |. Em caso de alienagdo do imével, 0 adquirente deve solicitar as entidades gestoras a alterago do cadastro, apre sentando documentag2o probatéria da aquisigao. 2. Existindo dividas, 0 adquirente deve ser notificado para ‘sua quitagao dentro do prazo que lhe seja arbitrado pelas centidades gestoras, 3. Sem prejuizo do nimero anterior, as entidades gestoras ino dever recusar ao adquirente a prestagio dos servigos de abastecimento de agua e de saneamento de aguas residuais, podendo suspendé-tos apenas decorrido o prazo de pagamento, vvoluntiri, nos termos dos respectivos regulamentos de servigos. ARTIGO99" (Cancetamento da matricala) A matricula pode ser cancelada no caso de fusdo da ‘economia ou por iniciativa da entidade gestora, por razBes, fundamentadamente téenicas ou urbanisticas. CAPITULO XVI Contratos ARTIGO 100" (rincipio wera A ligagaio dos imoveis, para fins de abastecimento de Agua cede saneamento de aguas residuais, esta sujeita a celebragio, dds contratos correspondentes com as entidades gestoras, ARTIGO 101s (Tipos de contrat) (Os contratos podem ser, em razaio da natureza da liga, rnomeadamente: 198: 4) Definitivos, quando sejam celebrados por tempo indeterminado, vrificando-seo seu termo quando da mudanea de proprietiro ou ingulino do imével a que disserrespeito; +) Provisérios, quando sejam celebrados por tempo determinado, destinando-se &realizago de obras actividades de caricter transiério, verficando- se 0 respectivo termo final de conformidade ‘com a data da caducidade da licenga de obra ou da actividade aRriGo 1022 (Forma ds comeato) 1. Os contratos slo escritos e devem ser lavrados, em

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