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O QUE É
RACISMO
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Emma Damum
Revisão
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INDICE
Inlmduvão . v
.
Cªimão Hat/Sma
.....
Quem s㺠as memorias dançarinas do mundu?
o paraíso dos racíslas
Na pracinha, domingo de manhã
.,
,
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,
..WW
Negmnho semvergonhª quer ser Sérgio
Chapelm quando cresczr.
Racismo de brasueiro zeIcsamente
guardaáa
aparece em memerrm de competiçãº
Or,-..eapenrsumrregro E
"Você n㺠vence na vidª? cum; sua, você
tem complexo de cor" , . . . . . . .
, ,
INTRODUÇÃO
Brancos sempre esperam que os outros
cumpram a seu dever
..
.
Negros não creem em ”democracia ra
Dão nuca a brancos. Sub efe'rre da opinião pública, um iuiz havia
decretada znregraçso racíai nas escolas do Enade,
Principal: moda/rdade: da ras/mm bati/erro A pequena Judith ia enllm senlur-se num banco de
Onde os pretas são maioria . . .
msdaim para aprenderascoreerquefaziam orgulho
Discriminado parque tinha bunda empinada.
Também xá fui criouro, dºutor .
do; adultos. Sua mãe ouvir. na norremrau matinal
Machadº de Assis ><
Lima Barreto que n mundo insiro prestava sxençxe nos Emdns
Unidos, no Texas, "aquel: modesta escola de Dallas,
><
Mão Branca mãos negras.
juàeue.
,,. na sua pequena mim, mas foi com serenim. que
“Quem cospe nos ourree e
nnodánoccuro
|uponés
E me preplrou lancheíra & os cªdernos. Um irmão
.
acompanhou Judith
de até pena,
Quatrocemus »; enema anos estupro . Não foi comum seu primeiro dia de aula. Nenhuma
Os Indio: saíram da creme para a Era passar.
crianca branca compnveoera, ea forme que ! prom
sore, sem saber ande põr us mãos, ensinou (udg sozi-
nhu para ali A a, na verdade,pnra :snmnli e. solda-
dos que dn mm de (um garantiam sua integridlde.
A5 com" a merenda, Judith mminuwl ea. Milo-dvi,
Joel Num., do: Samu;
a eu: ! Racism
quanee guardou seus penenees eere voitar e casa, ia Para muita gente, 0 racismo que husicememe e
não se senna nada eenreme, As duaS fileiras de sol -
uma egreesãe Comm es aulrus só se cembaie cem
dades razram um corredor para eu passar. Por detrás
deles neareeemm, em'ãa, eenrenas de carinhas bran ,
oulra agressão. Exú bem: quem ia; discriminado tem
(: dirsíto, e are o dever, de reagir. (A premia temia
dos Dlreilos Hernanes, tão em voga hoje, assegure
eas _ xingando, vaiandn, cuspindo. Havia eduires,
também, mas Judith não quls einar ninguem, Seus àqueles que sim vitimas de uma opress㺠(: direito de
passar erern firmes, are onde uma garota de 7 mes liquidar com eia.) () reeisme, entretanto, não é só
pude andar assim. o cºm e perseguiu ave à Drnpn, uma ariiuee como, porexempm,a dos euevaiaram,
em frente e eseeia.
A pequena Judith sentou-se, então,
num banco de
,
cuspiram a xingamm a pequenª Judith que só queria
esmder o racisme e, também, uma leur'iu, deiendiea
pedra e abaixou e russo. Um nemern branca veie na em livros e saias de aulas com argumentos e teses
sua direção es saieeees, pur um insranm, chegaram "eiemiiieas". Para brigar contra ele será preciso,
-
.depensarnuma agressão, Eie pôs a mão noseu ombro, ªntes, desmontªr ESSES argumenlos & (uses.
leve, e segreeeu; “Judith, não deixe eles verem
que você eslá chorando”.
Feres reais, como esre, ponrimaram a crônica dos
Estados U 'de: na década de meu, parecendo corr
iirrnar eue eii e, per definição, e pátrla do racismo.
Nennem pais do mundu, enireianra, dzsconhece, uu
rieseorrireeeu, uma forma qualquer ee racismo. Até
mesmo o Brasil, cuja; gevernanres sempre se argu-
ineram de sermos uma ”demucvacia reeiei", lem
dado provas de que e ienômene e universal. Esxe
pequeno irvre que você e.. ier, pmcura respeneer
a
pergunu: “o que e o racirmer', primeiro ne mun
do ocidental, de que fazemºs pane-, depois no Eram.
Naturalmente, nos eenames ern meinor pesieao para
Ver o racismo aqui da que ia mrs, mas, até mesmo
para compreender e nesse, preeisames de um rerme
de eemparaeão.
a que e Rum/wa
Yacval de
tema que afirma a supeviorídade um grupº mªrqueses, Etc.
sobre ouuas pregando, em particular. (: ccnfmamenr Já se vê que há poucas palavras rão cunlusas quen
:o dos íníeriores numa pane do país Ísegregacão rs. na raça. Mas não ici por acaso que a batalharam tªnta
cia!) (. .)". Como toda de mição, esta é como uma que;; nada quer drzer. Govemus e xdenroglasconssrr
Vadu'eã usaram e abusavam um, auavés da H4stóna,
gama de mascar: pode aumentar, dwmínulr nu lical
da mesma (amanha, conforme « seu gosto. para se dereneerem e propagandeavem seus propósi-
Estamos no primeiro caso. naturawmenre o que ms vreaHzações Nas Ollmpíadas de 1935, por exam
quer duel o Lamuxse com sinsma? Certamente um em um ,em. e ousadogovemame alemão exrgru que
pessoais e coletivas, seus atletas derrºtassem os representantes de "vacas
comum de ras-as & práticas, Um exemplo de idéra ínferíurex" para pmvar a "mcomesm supenondade
de pequeno e lunge aicanoe.
pessoal: "Não gosto árabesnomue sãotraicueims".
de de vaca mana”. Venceu—ns um crmula nene ame"
12 irrei Ruj7mr «lw Sendu a que e' Rºcinha
cano, Jesse Owens _ d quetambém niie provou nada, eienrriieememe a frase e um equívoco. :: correu:
exceto que era meindr eerredur. (Em rempp p serra dizer: "Ha' grupax de neylas que esa ps meihares
governante racista chamei/ese Aden Hider.) dançarmas de mundo". Quem Já viu, boquiaberto.
Em 1535, mesmo no mundo cienli'lim, muita numa reis de cinema, o branqulssimo Cheries
gente acreditava em "raças puras", Sedese h0|e que Chaplln fazer de suma o que queria, ap som de uma
raças puras nunca exisriram: um grupo humano que banda da mee, nae pede achar que "brancas não
iivesse se mantido puro, sem se mlsturarcom ºutra, dãp para dança”, cnapiin posswelmente pertencia a
não mireria mulãcães e, deriva de aigdm tempo, uma “raça invisivel" rap dançarina quanto e de
desaparecerra, Além disse, em ansaiuiamenre nenhum muitos negros do Rio de Janeire.
iugar do nosso plsnere, um grupo assim conseguiria o raciemeaeserrra, aãsim, numa faisrdadecienzriica,
vnrer isolado dos outros. O que chamamos raca — p que rama facil a edaiqperedie ' bem informado
negra, prensa, amarela, caucasiana, em. e apenas desmontada. Recentemente, nos Esrados Unidos,
,
um elenco de earaererisriaas anaiemiea a cor da
peie, a comextura do cabelo, a airura média dos
individuos, ere. Se pudéssemos despir as pesseas
foram apresenmdas "provas" das diferenças penedees
entre as raças negra e eranea. Os cientistas que as
apresenraram continuam, ponanre, trabalhando cam
dessa anatomia, veriames por denzra um muro o velho e duvidoso concerto de raça: indivíduos com
eierree de esreererisricas — as características gene o mesmo desenho externo. Cueremememe, ao que
ricas, Pois bem: esse eienco deearaererrsrreas imernes dizem os ,prrrais que se ínteresSaram peip fam, eeses
pouco tem a Ver com as exteriºres. cs crenrisras eieniisias parreneem à direrza pd/r'riea, sempre
chamam a esses conjuntos inrerrros de "raças ini/| obstlnzda em expiicar diferenças sociais par mores
sfveís". A raça prera, por exempiu, está formada de biologicas. Supondo que consigam provar que as
inúmeras “raças invrsivers". Comoa espécie humana negros sae ínfenures aps brancos — em inreirgencia,
sempre se misturau, conciui e que uma "raca capacidade de in ia a, de mncenrravdp, etc.
invisivel" de peie prers pode ser igual a uma “raça restaria aos anlisracíslas um argumentº deeiswe; _
invisível" de peie branca pu amareia, ou vermeina ele. murro bem, na, em a/gun: aspectºs, raças inierieres
Treddzindo num exemplo cºncreto a reprie das e raças superiores, mas todº grupo humano merece,
“raças invisivels” Um lurisu, maraviihadp diante peio lata de ser numano, a mesmo tratamento. Se
das Esppias de Sambª, poderia dizer "ºs negros sse há aigd iáeri de prever nesses assumes raciarr, além
os melhores dançarinas do mundo". Está bem, os disso, és unidade da espécie humanazqualquergmpe
turistas têm p direire de dizer a que quiserem, mas racial pode eruzpr com outro que nascerão crlatuvas
&;
Jua: kuhno drir Santo) a quo e Rcc/ama Is
Porcmco anºs
Nenhum a(ricanu pode ser membro de um
|uri lolmadu para um processo penal, mesmº
que o acusado seja um alrmano.
:umrw V W.,,»-
iii [od RIA/Trio da: Sumo; 19
a que € Racismo
aa sociedade para denrro das Cabeças, através aas grego, unica Hrlgua capaz de expressar ideias e semi-
palavras. dos exemplas, de imitação, das crenças menras arelundaa". Bárbaras são tºdos aqueles que
religiosas, de uma infinidade de grandes e pequeninas não lalam meg sra e uma das larmes mais antigas
canais. ”Você esra arem de Suleiral” Quem auve de "racismo" que se canneee. (Uma curiosa sublev
ism desde os primeiros meses de vida, dilicilmeme, vêncía uesre arecaneeua; barbarismo e, ainda nele,
mais tarde, fará uma ideia positiva dos negros. Nessa
a vlclm de linguagem que eonsisre em empregar
parábola pressupõe, ramaem, que a senrimenre da palavras inexislenres ou deformadas.)
propriedade nasça com as pessoas, o que, prevauel-
Para as romanos que passaram a maiar pªne
mente, não e' eerra. A idéla de que asml'nhas coisas
devam sar protegidas um armas e relarivamenre
nova na história aa humanidade.
,
da rua vida conqulslando outros povos —, bárbaros
eram todos os que nae rinham Direira, ceniumo de
leis que regulam a vida eeleriva Bárbaros eram lame
os brancos macedanles, primos dos gregos, quanra
as núbíns, de pele negrlsslma,
0 dia em que os europeus começaram Duranre a idade meu (de século v ao xv), as
a ter insônia europeus cunsideravam inferiores as nâo-cristãos
Ena parábola da criança que começa elaiendenele
Arabes, maomeranes, africanos, inelusiue ealaeras,
judeus de qualquer aarre do glalm, e asiarieos, inr,
suas coisas e acaba ra a serve, rambem, como elueiue chineses. Os europeus sa hauiem mudada de
alegoria da que aconteceu a nossa eiuilizaçaa aciden- opinião a respeire dos aermanos, francos e eslavos,
(al. es bárbara: de anres: e que nnnam se convertido a
Nossos avós uriaaram muito iempo por espaço ae fé de Criam.
que os diferentes grupos se aleitassem na seu. Multas rar, parem, no limiar da epaaa moderna, a aarrir
deles continuaram, porem, inseguros a agressivos, dos anos 1400, que e racisme dos povos eurapeus
uma vez que rinnam multas bens a defender e, amadureceu, aaaeanuo a se basear na caraererlsriea
assim, acabaram descobrindo que os eurres eram
,
diferentes de si, Os gregos, ponto de partida da cil/l-
mais naravel dos ºutro:: a em da pele. Por quê?
A panir desra época, as países da Europa ociden-
llzaçãa quªlemoshule, per exemplo, noraram que ral tornaramrse sennares de três eenrinanrae, Ásia,
m vizinhas nae nnnam pensamento arrlculade—a Africa e Amé a. Seus anrepassaues haviam acusado
.sre acomecla, eerramenre, "porque não falavam a as bárbaras de cruéis e desumanos; pois em mªtéria
Jac! [Zu/Ino do: Santo: za
o que » knzmno
é, da Airica,
em cinqúema anos, milhão de índios;
1
de barbárie deixariam, agora, árabes e germano; na
condiçãu de anios caimiais. Hernán Cones, oihanda foram negociadas para a América, em irezumes anos
a distância, paia primeira vez, a capim dos anecas, de Escrªvidão, mais de 20 irumses da pessuas
um sobressaim: ere muim mais bela e limpa que () historiador português Oliveira Martins deixou-
me
Med Mandou deslrwrla. nos uma viu a de:/: cão deste rendese negôcm,
As clrcunstànmas rurçaram useurnpeusa erganizer “Havia lá, no sem do navio balnucadn pelº mªri
gigantescas nxplomcõm de açucar, mhaco, algodão e iuzas ferozes, uns de cólera e desespero. Os que a
minerida nos três cammemes. (o engenho coieruai serie iavoreuia nesse undear de cama Vivª e negra,
brasileiro a um exemplo.) Neias, forçado ainda nelas aferravam-se à iuz e olhavam a estrª'ila nesga do ceu,
circunstâncias, imaidu n trabalha escravo. cdma se Na obscuridade do antro, ds inreiizes, promíscua—
explica que em forma de trabalho, desaparecida meme arrumados a mente, ou caíam mâmmes num
desde o século v, reswscitasse agora? rorpor lerei, du murdiamiadesespzraduse cheios
Essas gigantescas exploraçõex emm um empreenv de Íúrias. Esrranguiavams a um sa' m-ihd do veria
dimento capitalista e, como iai, buscavam (: máx/mu tre as entranhas, u cum: quebravam-se ihe de (,menta )
de lucro, Seus ºrganizadores eram banquelms E ED bros nos choques dessas obscuras bataihas .
mereiumas esraaeiecidus em Lisboa, Londres e Ams- Guandu o naviu chegava ad portº de desurm _ uma
terdã, os mesmos que bzncavzm u tráhcu negrelru praia desena e afasladd _ o carregameum desembar-
havia mais de cinquenta anos. Que msn-deuma en- eeva; e à lui clara do soi das (fêmeas aparecia uma
vlariam para as suas explorações? su podia ser a coluna de esqueletos cheios de pústulas, com o uen
& eeie rasgada,
escrava Da Asia tiravam especiarias, da America, (re protuberante, as rdruiae chegadas, 6593153110
açúcar, fumo, aigddão, metais preciosos; da Africa, comidas de bichos, com o ar parvo 9 das
uma mercadoria muitu aspecial' geme. idiures. Muito: "Eu se tinham em pé; ireeeçevam,
A punir desta época os europeus começaram a na(am, e eram levados aos ombros como iardoe . . .
(ar insônia. Só vultarlam & dormir duende rasoives o capitão, mirando a bordo, e iimdar u porão,
sem do]: problema: 19) cºmº defender (amanha achava de restos, a quebra da carga que lruuxera:
riqueza? 29» Como iusf icar se por iam sofrímento havia por uezes cinqúdnla e mais cadáveres sobre
infiigido a tama gente? quatrocentos escravosi" (Citado por José Capeia,
Se você duvida quededur' dos muros povo: Escravatura: a empresa de saque _ o Aboiieienismd
nas mãos das eurepeue tenha
em
sido, de fato, tão gran Maio 1375). Porto, decõEs Apomamemo, iam,
de, eis aqui: os baudeirarues braeiieirae eiimmeram, P:
9“
Iru-I Ruflim da: Salum [; que e Rarnnw zs
Esses pobres felás egípcios, de costelas Dal, eines de Sepúlveda esrrala uma conclusiot
à mostra "Tudº me não pmva que eles s㺠eserauas de
narureza7(, .)
. Esses homenzinhus tão bárbaros,
t㺠inculta rão denumanas . (Citado por
A pólvora — 'nvemads par um ch es ajudºu Alelandm scnurz. EI Problema racial en la
ºs
,
europeus a resolverem o prlmeim problema: nenhum
pºvo da cor conneela armas de fogo. Para resriruir-
lhes o sono, poiém, foi preciso algo niais relisrieade
eenquisra de América y el masrlzaie, Sam-age do
Chile, se. Austral, 1963. p. 72.3.)
A parlir deste
momento, como se vê, o racismo
que um hacamarre de dois canos: uma concepçin deixou de ser puramente cultural ("Não gºsto dele
racista que DS isantzsse de culpa DD! tantºso'rímen' porque ele não fala grego" ou "Nãu gosro des—ra gen-
ro causado aos aurros. Os europeus começaram a re porque não e cristã"). Passou a ser rambe'm
pregar que os pnvus de cor, que habhavam os rres biológico: “Não gosw deie parque ela e prelo" eu
contlnenles, eram assim mesmo. incapazes e sems. “Não topo esra gente porque ela esra mªis perus dos
"E nós não os esmmus malrrarenda, mas eiuilizando" animais que de nós, humanos". Coma os lneies
Quero exempmicarcom Ginés de Sepuweea, inter narreamerieanos rivessem a mesma cor que os
leeruel calamalisla espanhel que, europeus, invenmwse, para rebaixá-Ius a ”povo de
no seculo xVi,
comparou us (nulos e macacos e porcos. cor", a "pele vermelhu"; enquame os teólogns, Bla
”Os espanhóis têm lado o drreim de mia debaixo do black), ((atavam de explicar que a
exercer seu
dcmrrii'osobre estes baraaws do Novo Mundn erlnas parei/ra rndian não passava de eerrunrela de iudeuf.
adiaeenres, as quais em pvudêncla, rnreligenaia moda Nãu, não era pecadu anche-las ue boidoadas.
especie de virtudes e sentimentos humanos são rsrs Por valra de meu, :) sisrenna capl alisra deu um
inlenares em espanhóis quanro às crianças vigoroSD passo adiante, na Europa no emai
e Ene
relacão nos adultas, as mulnereseom relação ausem hor do: Unidos, o navio a vapor, a energia elerrie. a,
mens, pessoas cruéis e desumanas com relação a logo depois, o autumàvei e (: aviãu fizeram emnail'r
pessoas mansas. pessoas desequi' bradss com relação eeeer as marawlnases inventos de anres; nasaeram
a pessoas equíiibradasz e, enlrm, esrou presles & o cap/ra/ financeira e os grandes conglºmerados de
adm'l r que com relação
aºs espanhóis estão na
posição de meCacos em relação a homem. (. . .) São
empresas, enquanw as nações mui: ricas ieiavam
a exportação de espira para as nações mais polares,
como porcos. estão sempre alisando para a chãº, Um escuro feia egipcio, de eosrelas a mesrra, lumals
como se nunca rivessem Vim: o céu." teria sema num banco, mas os banqueiros de Lona
ltrcl RIA/Inu dm saum
er'rarlamus, atgum dia, uma mutação no arasiv brancas, dumínadnres uulmra, só a muito custo se
Fiel ao seu método, cur samente sua resposta era conservam ricos e atenuados, São bons exemptae
atirmanva Basxava a sangue branco ir predommando de um e autre caso & cnina e a Inglaterra.
sobre o negrº e a rndia e que estava, 'elizmente. Sendo a div/são rnundr'a/ do trabalha apenas a
,
acontecendo desde :) século XIX, quando se Iniciou
a grande imigração euroaéve (entre 1850 e 1930
ampliação da que acontece dentra da cada país
desenuaxu'rdo, ha, na sau rntariar, ricos e pobreza
recebemos cerca de a «(Mães de europeus). A rmsc classespatraas e classes-empregadas A Unha de cor
ganaeão e a aka laxa de mordeade das pessoas de alude, entãa, a marcar as awareness, brancos em
cor limparlam a testa. cima , de cor embarxo. Nus Estaddsumdosa fácil
o que hoje vemos melhor do que na (rima 37105 constatªr esta superpoareãa de classe a rica, desde
(e
que 0, Viana podre tar wsw se parasse de repetir as astratea mais akos (descendentes de inandeees)
autores estrangeiros colomalís'as) a que as nações até na mars baixas (negras, aono-riquenhas, lennºn
civnixadas, antee de serem brancas, sãn nações- americanas em geral), passando pelos intermediànus
patrdae— e as pobres. antes dz serem de cor, são de ianques (descendentes de ingleses), .udeus, eslar
nacierempmgadas (Newest/"pregada: são as que vos, etc , aua aenstituern a classe média.
traaatnam na séculos para enneueeer as amos. As da Além desta curiosa “peca/[13650 de cor, e capa-
América Lanna, por exempm, semp.e estiveram de talismc mms desanvulvvde inventou o “exército da
“Velas abertas", seu sangue fluindo para aHmentar reserva . sobra permanente de mae de obra que per»
os Estados Unidos e a Europa.) e aos empreaárícs pagamos (rahalhadures o menos
ºutra umª que emnareendemas melhor hole: a possível (Funcmna aqui a /er' da arena a da procura,
divisão mund/i/ do trada/hu eondenau uns patses autra tnvenção dd srsterna: quamo ma'a vºcê
ofere—
a produznem artigo: caros ameias, (ecnnlog , cer, nd aasa o trabalho, mends vatera' a seu produto;
,
cíênc' . ; outras, a produzirem amqos baratas e vice-versa.) Ora, em paises que abríuam várias
mater'rasprzmas, aumentos, setas humanas .
cor enaa xou-se nesta dwisãu como luva, us ,
. A
prlmeír
"raças" como a tngtaterra, a França, a Nemanha
a Austrália, a Argenuna, ate. este "exercrta da
ras erarn brancos, as segundas, de ear. Tanta era
coincidêncía isto, e não uma coisa causa da outra, ,
reserva", encoihído e miserável, e sempre de mr.
nene que se recrutam tauadarea de privada, uarredures
E
que, a partir da Sequnda Guerra Mundial (193945), de rua; guardas de segurança para exeauttuee e atm-
diversos povos de cor abandonaram a mcõmoda licos trnportantes; lutadarea de boxe; prostitutas;
posição de antes, enquanto isso, mu. os povos pruxenetax; bóias-mis: em época da come-ta, e Oper
Joe! Rufino doi Sun/as 35
ºu: Radmin
&
rál'los evenruais para suusriruir grevistas despedidos das, cerno ingenuamente se poderia super; nem
cama punição. (Bóia irias: trabalhadores diansras existiu sempre, eu existiria sempre. como mlumente
da roça, chamados assim porque levam marmilas pa se poderia pensar, lºs racínzs rem naturalmente
ra trabalho. Em geral não têm salario nem direitos
e interesse em derinir e racismo como uma earaararls-
iguais aos de eurros trabalhadores.) rica da "namreza humana”,
A cor oapele não loi, naturalmente, uma invenção mm a “narureze hu
maria“ é imutável, o racismo, per consequencia,
da oaplralisrno, nem de sistema algum fºi produm [amais desaparecerá. o racismo e um dos muitos
,
das eilarenree condições ecologicas que o homem
anaomrou na sua dispersão pelo Planeta. Mas mas
iilhos du espiral, com a peculiaridade de ter eres
cleo junta earn ele.
(ºu ao capitalismo urn maximávsl serviço, sepursnda, Como os melhores filhos, porém, a ramsmo lem
neste lanràsrieo mercado em que se comme e vende sobrevivido, & sucedido, aa própria pa Nos paises
mâ depara, a mercadºria de primeira da desegunda soeialisras, que se argulnarn de naver liquidada as
(mais ou menos como fazem os vendedores de formas essenciais ga expleraçaa do homem pelo
iumate: os melhores, 80; os piores, 50) homem, permanece, Enlezadn E renimme como uma
Em nosso pais, o "exército de reserva" está por planta que nin se eansegue arrancar,
tada parte. Nas rodoviárias, com seus sacos suios Se pageria argumentar que nas paises socialistas
às eosras: na Baixada Fluminense, com seus peitos qualquer que sera a seu caminho, a um o Sovié-
nus à mostra; nas feiras ou Nordeste. agachidns a
espera de "trabaio"; nas Max dus ônibus, os filhos
esouàlroos esmolando urls ceniavos. o Brasil e uma
,
riea, a China, Cuba, vierna, Argelia, Albânia
competição, que estimula e racismo, não desapareceu
a
da riquzu nas suas mãos: tomé-1a abria espaco para Em algun: aspectos, a racismo é Injusto, puis
m Empresários "aulendcsmeme alzmães" aumenr a espécie humana é uma cuisa só.
&
eu não sou".
.».ng correndo, roda vez que Pauln César negava
uma baia, algumas iiisiras arms um suiirario lume-
dor do Grêmio smaldicoavs "Crioulo sem-vergonha!
Foi a maiar mancada u Giêmia comprar este fres-
co Mºu amiga virou-sa sarna para (: pr'msim su-
]e'ito s wiseu:“01hu,tem um outro oria | da
Em
II aim ai atrás
Considera este casa, axrrsiao de uma irrrarmina
EXISTE RACISMO NO BRASIL
vel iisra ds
mimos raciais que conhece, bastante
ilustrativo:
1.0) Nº: hrasiieiras, quando somos nilhados em
flagrante de racismº nus assusramns, reagindo, de
imediato, contra quem denuncia. (Aqusis inimrga
No Maracanã, domingo à tarde da Cláudia Adão, por exemplo, alegou sua condição
de aiiciai da Exército para “provar" que não podia
Um amigo meu, ramasa aror de TV, assisria a um ser racisla.)
Fismerrgo e Grêmio, no Maracanã. Toda Vez que 1.0) Nosso preconceito ramal, zsiasamame guardas
Cláud'iu Adão perdia um gel E foram vários — um do, vem a uma, quase sempre, num momenm de
,
suieilinho as iwamava para berrar. “Criouio burroi
Sai dai, & macacol" Meu amigo sngoiia em seca. Alê
competição. (O lulebnl e um caso mais que «pico
de “mumenm de competição")
3.0) Em nossa pais os brancos sempre usperarii
que Carpag'iani pevdeu uma oportunidade "debaixo
dos paus“. Eleachou que chegava a sua vez. "Ai, bran- que as minorias raciais cumpram carmameme os par
no burrai Branco (apado'" Instuiousse um súbiro e pais que ihss passaram — no caso do negro, as mais
densa mai-assar naquele sem das cadeiras — o único comuns são anisu e jogador de futebol. & fracas
preto aii, é preciso que ss diga, era o meu amigo. sam, um ;ogam na cara a supaara razão do "acesso:
Passada um instante, o suja'itinho não se naum a em da paia. io suieilo achava muito na(urul ligar
"mha aqui, garoraa, você imu a mai alwila. Não o fracasso de ciáudia Adão a sua cor preza; mas não
sou racista, sau ufic'ial do Exército", Mau amigo, aceiwu que se iigasse e erro de Carpeg'iani & sua cui
aparemando rraruraiidada, encerrou a converta: "E branca.)
47. Joel Rufino dot Satirot (; que e' Raertrno 43
(__—__—
[___
49) Muitos negros. sobretudo da classe mêdlar de fato ocorridos, nenhum brasileiro tem do que se
costumam hoje em dia dar o troco ao racismo dos orgulhar nesses asoeotos, Pretinnos, balan'lnhos, pa-
brancos, aswslândo as peasoasoveainda crêem numa raibinnas, indios, caboclos, ]nvens Ndeus, moças
”democracia reoial brasileira". (Meu amigo confessa japonesas estão, nesse exam momento, solrenoo alr
que a partir do incidente loi olhada comu um negro guma espécie de maltrato pelo simples lato de não
perigoso, desses que oaraoamoisoostoea o gar àloa.) pertencerem a marorra branca“, e na, nesta exam mo
Usamos, na primeira oerte deste livro, um varoete menta, em qualquer delegacia de bairro um piUrdEr
do Larousse como ponto de part e. Tomarei, ago. arara lFad-deatara: instrumento de tortura lnven
ra, esse osso como guiª para abordar o racismo no tado pela policia orasilelra. Cnnsiste num pau apoia-
Brasil. do em dois eavaletes no eval a pessoa e amarrada
por tornozelos » pulsºs, o (ronco para baixo, lioan-
do a mercê do torturador t e espera do uma oriatv ra
Brasileiro pilhado em flagrante de humilde que caia na suspeita de polioia.
racismo reage Por que boa parte das brasileiros ainda acredita
que vivamos numa "democracia taoial"7 Para como
A idéia de que “aqm não (emos desses Prºblemas" oar, porque as elites que nos governaram até hole
esta' drolundamente enraizada em nossas oeoeoas. e precisavam vender esta mentira, add. e no exterlur.
comum, também, enaerrarmos uma eonvarsa solore A cabeça de uma sociedade e, em geral, leita pela
violência na mundo com uma frase lmbec i"Ainda sua classe dominante cºm o ooieuvo duplo de
bem que aqui não acontece nada disso", enquanto
do lado de iora das nossas tanelas morrem, em assalt ,
manter seus privilêgíns e deixa-la dormir em paz
Quero exempiiiioar com dois casos atuaiissimos.
tos e enodoas com a policia, mais pessoas pur dia
que no apogeu da guerra oo Vlemã.
wl o i.ee . llnstrtuto Brasiieím de Geografia
Convido as pessoas que ainda creem ne “democra- e Estatistica), óvgão do governo encarregado de pro
oia raoial brasileira”, na “cordialidade inata do brar oooer aos levantamentos de população, retirou do
sileiro", e balelas que tais, e orestarem um pouco ultimo censo (1272) e pergunta: "oval e a sua corr,
mais de alencãu à sua volta os jornais noticiam, em isto aoonteoau, oraoisamento, num momento em
media, dois casos de discriminação racial por mes-, e que o racismo brasileiro começava a ser denunciado
dois ossos de tortura por dia, Considerando que os e discutido amplamente lmilnoes de negms sairam a
,mais não apanham sequer um oontasimo dos casos rua. nesta decada, no Rin, em São Paulo. em Fono
AS
Joot Rumo dos Samui a que e Racismº
governador,
nistrc da Jusrica, ane areoomendoua ao "Esse
Aiern de aoredirar na sua “democrmía racial", o
Jusrica, responde
»
,
Jvc! Rufino dor saum ir quzé Rm'xmo
mãos em idade ascuiar, adquire, ainda na piania, um Aiain oarcciarn dispusroa a oomparircom oa nur/Dx
aparranrsnio de luxo no Jardim América, Tude corr
ra bem até o 49 mas, quando, oarra none, ao ragras
sia queria mnrur “cm lugar de branco", o segundo
queria “jogar em time de brasile a" a o asiuaanrc
,
sai do trabalho, encontra a mãe chorosa.3,0Após uma iuacu queria asrudar com naciudaus. As pessoas
briga comum da orianaas, a vizinha do agraaira que as agrediram, em outra siruaaaa, não camaeri
"muralmzme“ sous dDIS irmãos: "Vocês não iªm ca» riua, possivairncmc seriam smisiosas com eies. a a
iagoria para morar num prédio como estai " quaiqucr menção de racismo, no Brasii, sa mosrra»
Caso ".º 2. Mário é convidado oaias coiagas "|a- riam demremes c indianaaas
porraaas" du cursinho que fraaiiania a amrar nurn (ir foi par
o rioo de racismo que rivamos no passado sacuio,
me de lulubol de salão. No primeiro treino, va fica ramalista: díxcriminaçãu sem confuso; nessa
l'
—___,
joel Rufino llm' .çmrtnr o que é Ram/m) SI
,——
1.0) Era preciso acapar aom a escravidão para mo-
baila sun marginalidade e pobfaza, os de cima encunr
.demizar o Brasil (e para os cremes na "cordialidade
rravarn uma facil e comoaa oxpiioação: “o pais é no» brasiie ra" eis ªqui um recorde nacional; fomm o vi»
bre, que diabo; não na oportunidades ainda para
“timo pais do mundu a aooiir oirciairnenia a eserav
rodos e, aiem disso, eies não estão preparados para
a complexidade da viaa moderna. como aos negros,
Bh).
2?) Era preciso acabar com a escrawdãa para ai
em especiai. tenham paciencia; a escravidão acabou vlar o xoirimenio dos pobres pretas. Ora, compaixão
na oouquisaimo tempo, sua aroanano sooiai não se
rara da noiia para o dia". io argumenro conrinua a pelos pretas e o mesmo que, por exemplo, compai-
ser usado ainda hoje, um anos após a Abolição: sa
xic pelos pobres maoaoos, que esieiam sofrendo de
alguma 'uma. (DS passagem, lembremos que "minar
os negros anao embaixo e porque foram escravos. e
um argumemo que nos exime de ouipa. o propiama :o” é um das xingamentos preferidos de brancos
não a nosso, e histórico.) contra nsgrosJ
Ao começar em século a cabeça dos brasiiarros,
Pretos, mestiços e inoios não eram vistos, naqueie
lm geral, euava cheia de . rar oesravoravoiscom
re»
rampa, como raoaa, Eram vi'sms como subespécies, |açao aos não-brancos. Nada mais narurai: na aos ao
Miz/aro é apenas uma derivação iingiimiaa oe mula;
nos víamos o negro comu escrava, 0 Índio como ser—
ouanro aos índios, os reoiogos orscvxirarn mais de vo, o maariço como vagabundo (por não haver uma
cem anos se elaa iariarn ou não uma aima, Ora, você lho para eie, e oiaroi. Tamo e veroaoe que, na hora
pode ter tudo com mação a uma ourra espe ie, ou
da extinguir a escravidão, ninguém pensou em usar
subespécie, menos preeonaeiro. Vºcê não precisa
os nao-brancos oomo iraoainaoures livres, Formu-
tºl, pois aie nao e aosoiuramenra seu igual. A viaian- iou-so, enrão, uma regra muiio oiara (sem irocadi
ra inglesa Maria Gmham, gue ina reprovou, eeria lha). ovanro mais blanca o Haha/hador, rna/hor,
vez, mairrarar um criado, um iatifundiari'o respon- Noasos fazendeiros sb apreciavam colonos aiemies,
aau cum naruraiioaae: "Ora, a apenas um negro
Sinromariaamenre, as expressões "discriminação ra- micos, eslavos e, na pior das hipóteses, riaiianos.
Por que os de aor não serviam Na aoneepeso re
aiai", "conriiro raciai", “preconaeiro raciai" eram eiara dos nossos iariiunoiários, "não eram capazes
desconnearoas de nosaor avos: eles não oreaisavarn
oaias_ de acompanhar o novo rraoaino, inroiigenre e res
ponsavei". Haviam escravizaoo os povos oe cor e,
Nem mesmo a Campanha Aooiiaionisra
(1579-1333) encarou o negro como geme. Ela se agora, como bagaços, os ariravam na beira da osrra»
baseou em por: argumenros principais. aa.
X
luar Rufino do) Summ a que e Radmin ss
xvn, ate Peie, a iiata tia homens de cor assim "pªrir Broncos sempre esperam que os outros
duladus" em vitrina a extensa. o que pensam, em
gerai, as brancas arasiieiras desses negras e mulatas
cumpram o seu dever
”ilustres“? cvc sac “aiferemes de rasta". iE ce Um amigo prelo, casada com muinar branca, me
mum, em nosso país, se falandº um nugro bem me» cantºu que na pena do seu prédio havia um guarda
dido, nas seguintes termos: "Ele e preto mas a negar; dor da astaeionamenra com quem estabsiecuu uma
como se a car, am si, constituísse um dslsim.) Para curiosa relaclo. Sempre que retirava o carro, o guar-
designáaios inventamos ate uma expressão: “negros aaacr iha perguntava se a madame tinha deixado “ai
de alma branca". num". “Deixou só ista", ale respondia. Nunca passa
Par vaita ca 1930 ioi que começaram a aparecer, ria pela cabeça da guardador qua a madame savina
primeiro nos jornais e nas arganizusães de iuta ne- ura esparsa da outra. o casal combinou manter a
gras, expressões como “preconceito racial", "digerir farsa a, assim, pagar samara menas aaia estaciona
minação raciai", ”segregação raciai". Eram desce manto.
nneeirias antes, porque a sociedade brasiieira não e arasiieira sa acostumou a var o negro desempe
precisava ceias: as negros não disputavam lugares nhanda determinadas aaaa . mendigo, empregado,
com os brancos. Eram necesárias agora que n
capi— aaararic, artista, jogador de lutebol. Meu amigo não
raiismo em desenvaivimenta acirrava as campeticisas. era Conhecido carna artista ou jogada, aa podiaser
Pein menas uma dessas novas exaresaões aarece ahaiar. Maiancrameme, eie se apraveirou da iana,
invenção brasileira: "campiexa de cor". Seria uma rência do guardndur, mas c iate de estarem eandena
especie de cnmpiexn de inferioridade dos não-branr nos a certas aaaeis sutrairernas coma uma praga »,
cos diante da vid aia dava ºportunidade a todos
:
-
e fonte de angústia para miinões de braaiiairas que
não nasceram brancos, "Judeu a sempre aomarcian
que tivessem força de vontªde, mas os nãorbrancos
tinham um inexaiieavai medo de tentar, iargaasam o ra"- a m que não são eu não querem ser? “Japonês
meia e rentassem, estudando, trahainando lirmer esempre esiarcaao eas que praierem maianaraari
cumprindo as regras sociais . Aeabariam premiadas. Nos uitimas cinquenta anos e sociedade aresiiaira
A invenção deste “complexo de car" um sabiº» astabeieeeu para as negros tieis naves plpéii sambii—
me ta e ioaadar de futebol. Samba e futebol vieram na
tiv . jogar em cima das nãu-brancus a cuiaa das suas
a. icuidades. Vºcê não vence parque tem camp/exa crista da Revolução de Trinta, a revºlução qua trans»
de car. A saciedade area/eira não e' sbmluwrnznrs tarmav o Brasii num pais capitaiista dependente. Cla-
ric/sta. m, ]á existiam antes, mas, só enraa, seduzindo a par
juelkumo um Mum; o qu: e Rurmlw
vão e se prarlssrcnalrunae, e qua vlraram "expres. erasllerre um perfeito exemplo, que ae pitoresco
sões ea alma naclonal" Os pnmeims leeles de massa, pnssuu a (régio Paulo César Lima, apelidada ”Car
ncsre ears, rerarn sambrsrase ]ogadores ue bela; e o iu". Todos reconhecem que e um craque, so llre la-
lendo uma restrição: "E merlde demais", “Quer
le—
#;
*r——x
nau diptumas de curso super-or, Começou s frequen— Uma pessas nunc-sa que saísse por São Paula a na.
tar, montado neles, ambientes retatwameme feche (& ficaria ainda mais surpiesa. Tupalia com dezenas
do: dz zona sul. Queixa se que es amigos, sempre de grupos negros de teatro' pelo menos mem duna
que vão apresenta-td, enumeram a 518 dos seus tvtu- de cenãcmcs de poetas negros, escolas profis ona
Ins, como se precisassem se ;usntieat arame dos ou
zantes para negras, pentes de encontra só de negros;
tras por andarem com ele; eu se quisessem lranqu
.
bailes “da cor" e, até, símmes bares eslumaçados em
zar as pessoas: "E negro, mas esta domesticado por
este montão de eretomas at“ que negros de names regulares entram para um tva-
ga antes de dorrmr. Exceto numa escma de samba,
nunca ten'a wsw tantas pessoas de em umas. Sen
Negros não crêem em “democracia mer ra “| entrar em quatduer desses lugares » só
lhe cuslaría o leve eanstrangrmento de se achar entre
racial". Dão h'nco & brancos. pessoas de eur drferenue
Cam » matdna desses negros, este etmese freema-
No final do em passado quem passasse pela movi- samba, futeeaw,
go só Conversana coisas amenas
mentada calcada do Mappín, em São Paulo, veria na
escadaria da Munictpal, em frente, um grupo de nar
gras recítandd em coro
,
mulheres, mu/ Alguns, porém, inststrr'ram em Me da-
tar da "eonsereneza negra", dos "direitos humanos
dos negros", do "qudomblsmo" .. Comanam que es
"( )
Continuamos marginauzados na socledade míUtantes negros se drstnnuem por centenas de orgar
brasileira, que nos discrimina, esmaga e empurra ao
ntzaçaes nacmnats, Vr uxameme euerdenanos pelo
desemprega, subemprego e à marginaHdade, neganr Movimento Negro u cado Comm a Dlscnmmação
dunas e unem a Educaçiu, a saúde e a mmadta de aaer'ar, cuja antecedente mars remoto ta. a Ftente
sentei" (: daeumento se tula “10 de Novembro, Negra, extmta peb drtadura do Esladc Nova, em
Dta Nacwonsl da Conscrênata Negva", e (m distribuir
1937.
do nas ruas, dep de Udo em com Da conversa com mmrames do movimenw negro,
Havia surpresa, e uma punta de increduhdade, nas
das entrevistas, documentos e mas que vêm mean
01h05 das que passavam. Perleiumeme naturah nun-
Undº, ememe alguma coisa pfoíunda e NEW/DSB, UO
ca tivemes assa por aqui. (Não era ngamsameme me
dltn este tipo de manttestaçãe, Esporadtcamente me me mmm não viamos mara, os Wmuaos da de
elas acontecem dame 1950, Nossa atencao nara o moer acla (que, aa menus leorícamenle, sena a mam
(estação organizada de mas as insanstaeões secrets)
problema meia! e que vaVe peace.)
tentaram Eslrangulàrln rm berco, edntandd, para ts
,que 9 Rmvww
,hn/ Rir/inn dur iuri/in
a roupa ,
ra se aprexlmou e, aos berros, ordenou que tirassem
mumu sonâmhulns nunecaram'a obedecen
elª não
,
Se alguém se aproximasse parª dizer—lhes
um díreílo de laler aquilo, seria
que a po
havído por
louco. (Há uma parncularinade curiosa na fmmnçãu
III do nossa nova: os poblªs de hoie são “despossuídos
histéricos", descendem de pessoas que nunca uva
PRINCIPAIS MODALIDADES DO ram nada, msm sequer a posse do seu prbprío cºmo.)
Foram atochadaa, em seguida, num cubículo, (:
RACISMO BRASILEIRO ch㺠pmpusiladameme aWagadu (de tempos em (em-
pus o carmem atirava um balde de àgua). Uma
idéia, mm's completa que & pnmezra Wembranba, me
Onde os pretos são maioria ríscnu então (: cérebro“ onde as pessoassâu tratadas
Não sei se o leitor Já vm um camburãn de pona cume bichos não há democracia nenhumª, muito
despeja sua carga num pátio de deWegacía. Dezenas menus a ran-aL
Para mxm esta e a pnmeira mºdalidade da ramsmo
de pobres coitados descahços, perebenms, encaçhar
brasnenn:
çadm, que haviam entrado alí aos pontªpés, largados Nas acammamos & Ver, e a tratar, o pava cama
pare—a os
agora para lara Cºmu bichos. Por que a b/chox.
"recolheu"? Porque não tinham carreira de trabalho
Se poderia cbielar que ista não é racismo, mas
amnada ou praxicavem pzquenus funos ou (eram
dwscriminacâo mcíal Sena locar numa uma e amar
acusados pur amuém decentemente vestida ou [estar
dnnha discussão: raça & dass? mm são a mesma
uam em amude suspeixa'wuma diabàHca mvençau da
coisa? No BrasM, maltratar us pubres é malvarar pes-
pumiea brasnws, a única do mundo que "prende
por resmênma prisão"). Ou,slmp195mem&, porqne
à soas de W_ e ponto al.
dlar
os invesugaumes premsavam compvmr sua em
*na de uvisõas Discriminado porque tinha
"Oslmiuos lugares em que preta e' mamna,d|zwa
_ _
. .
bunda empinada
um am 90 meu, é na favela e na cana." Cena vgz.
amando um despejo daqueIes de “local pnunegm Me lembro munas vezes de um hino avançam;
,
Jaz! RIA/Ina do: Santa)
Fmãos
que cantei muito
sobre
na infância, agnando, em ouro, as mrrsranárra que nos ensmou aquele hino. (luanda
unmâvamcs addere “ô vem, e vem, vem nos raiar de
a enm Jusus ere queue que, uuuando índms, nze'sse
"Os Índios rá no Norte
.ero pensando em nós aqui. ,
mus carinhas rrisres.) Exvsle um padrão hra/rca de
Eles desejam salvação qual/dade, quem sai dele não sobe na wda um ex?
rs
e pedem, sim, é vem, vem, preieuo de cidade impnname me coníessou, cena
vem nos falar de Jesus voz, a grande lruslvacãu da sua vrda reprovado na
Vem pra guiarrnos à luz." ldmíssãu ao Culéglo Mimar porque rmhe bunda emr
plnhndav (o candidato e ohmal, segundo me garan»
o: pobres índios sô conhecerão a luz se nas bru-
um.
tiu, nãu pode, pelo regulamento, rera "região glúrea
ur-m. em é a segunda modalidade do racirmp
dmnvolwda".) "Ora — redamava ele das»
:lleíro: e, coma
Achamºs, :rnaeramme, que a: brancos s㺠me- undenre de arrreanm eu sb puma rer rraserro ano
lhores que os não-bruna». Fui vrr'rme de drserrmmacâo ramr."
Em matéria de rehglão, Em quarduer erdede bvasMewa os Jomarx estão
pºr exemplo, temos usde cheios de anúnmos de emprego. Arguns, abrindo o
geme de tar (candomblmuimmnda, parerançe, car loga, pedem "pessuas claras", outros xermmem com
rimbó, lerecó, em); e as de branca (esp-í mp, mesa
branca, calolímsmn, proresmmismn. mermon, evanr o “exrgese boa apardnera" Nenhum rapaz ou moça
«da
dórica etc.). Para os cremes naturalmente, esta minha cor ver perder o seu rempo se apresentando. Far
clmificaçln nxa rem gemido quam rodas as relir ço, a em altura, um nonvire às pessoas que amda
-
qíões se pretendem universais; nâ'u vam, contudo, nu
pinno de fã mu no pune abier'wa. Quem quiser
, uràam na nossa "democracia remar". Arenrem para
dulermínada: prprrssões garçom, dlplumatz, pm
cºm
prover a desprezo peías re lglães de gente de em não
precisa iv longe: o iomal o Estuda desãa Pau/a vez
,
pagandrsra de Iaburalónn farmacéuripo. caixa de
banco, aeromoça, pareemsra de bouuque Com as
hunrosas exceçãº: de sempre não encontrara prerus,
por ourra real-ma açlo ppucial contra teneirus de
mlcumbn pur prarícarem "magia negra”. (Seria dí-
venldp ver os macumheims pedirem : iusnca & inter
diçãa das igrejas cristãs ppr pràrrca de "magia bran- Também já fui crioulº, doutor
ca " ...) Me lembro de um eprsôdip contam: pur Robson,
Coma xupumos os brancos melhores, exigímus
que pr não—bruncos os “unirem. (Ainda me lembm da mera esquerda da melnense Futebol clube, Ia
0 que e Rimini; os
nu Iandau de um cartola para a canwmracãa, Quanr mulheres brancas, mias como mais boias e «mas que
do um casal de namorados atravessou a pista corren- as escuras e fala inniga &, às vezes, imia as pessoas
do, e canais «sou e, esiieando a cabeca neia ianois, brancas É
e de Ver a hostilidade cºm que ESSES car
xmgou' “Querem morrer, o Crioulos safados!" Rob
,
sais biooiuros são recebidos numa sometime que se
son enga li em saco mas, passada um stante, iemr diz nãorraclâla. . E naiurai que esses negro: que
omo. "Doutor, eu sei o que e isso Tambem ia im "venceram" queuam as meinores coms que seu
momo". presiigio e seu omneiro possam comoiai. o racismo
Como o mundo que esia ai seu confurto, seus nãu osia nisso. Está em achar que "as brancas são as
padrões, seus vaioros, seus ideais- — e branco, os que melhores momeres" [Como ssiaiia em achar, no
podem Embrinquecgm iem xermos sociais. natural tm cama, que os homens negros são os mais "quen.
ou
memo). Aiouem .a observou que a car, em nosso tes"
pais, e mais uma marcª que uma raca. De em são :o.
das as que vaiem pouco ou não vaiem nada ”istº
,
é serviço de preto”, diz o povo quandu sigma ooisa
resulta mal-(eita. Há, & ciaro, um bom número de
Machado de Assisx Lima Barreto
os dm: maiores ascrlícres negros da nossa mm
bvanquinhos que não valem nada, iaveiados de olhos
azuis, paus-demora de canoios escunidus _ exceções ma sofreram dessa obsessão de embranquecel que
que conh'rmam » Vega, (Paus'de-arara' nordestinas mencionei acima; um curou—se, o outro não
que vão procurar trabalho «ora da sua terra. Não ”Se me discrim am, plºt pam eies", dizia Louis
confundir com instrumento de tortura, delínído an. Armstrong toda vez que Me perguntavam se era
tes.) vi ma de racismo em seu pais Este parece [Er sido
Embranquecer se tomou, por oonseoiisnoia, uma na Vida :) ieme de Joaqulm Maria Machado de Assis
obsessão para as pessoas humildes de cor ”Não sou ”sae-iam), Sua resposta aos prºconccilos fui um
racista. Mas gostaria que mlnha iiiha casasse com duidenhosn dar de ombrus; & uma arte refinada &
auguem menos escuro, para ir hmpandc o sangue", aristocrática, muitu mals aparentada d êmulos
eurºs
cansei de ouvir isso de zaiosss mães suburbanas. Para paus que brasMeiroS, o cérebro oomandanoo o erga
que EmbvinqueCel os filhos e noiosv Para terem me. nizandn as paixões Lileralura sem suur e sem bu
nos obstáculos na vida Não se vá pensar, oomooo, dum
Seu hercmeu esforço
que este processo é sempte conseieme. os negros para embranqueoer foi com
que ficam ricas de aigumo farma, procuram sempm preendido e aiuuado. (Machado de Assis não aneuds
mr mm dox sªum 0 que e mmm 7|
,
meme oprimidos he socreuaoe bvamewa foram
um
Em Triste Frm de Fu/rciwu Quaresma, a sobvmha
do major pergunta :| um roceiro preto, Fehzarao, proprros.
,
levados a se uma: e a pranczr wowehem emma ;-
porque não meme haoa, se a terra e boa a lana. EleE o racrsmo sem essa pecuharldade acaba se uma
exphcn que não sem sementes, não [em aradu [nanda nas suas v/n'mas, mmandc'rax, rem/ww,
cuncmí. " ., Isso & bum para rraueho ou 'aWamão', racistas.
Joel RIA/I'm; da; Saulo; a que 4 Riu-[mto
Agora, um exemplo menos tragico. Quando a TV assassinando rapazes pobre; da região mais pobre
exlblu o seriado Ris/lex, a vida de um nunhecldo do Estado. Descontar as dificuldades coletivas em
meu, pobre rapaz favaiaoo, virou um inferno. Ele se cima dos mais lracos
_ e pobre, o homossexual, a
parecia demais com Kunta Kinte, o alrlcano em prostituta, o deliciente mental ou física, o menor
(mmc do qual se desenrola a ação, Cada vez que abandonada, e preta, o Índio, o iutiau e uma
me gritavam ”Kunm!", meu conhecido partia para
a briga. Sabia perleitamente que se tratava de um
,
invenção da ideologia fascista. ºrganizações desta
natureza não querem saber dos crimes dos ricos; e
antepassado negro que resisriv bravamente a npresenram os Crimes aos pobres como a causa da
vizaaao sem
mas tinna vergonha do aeti cabelo duro, violencia social. lloeologia laseista ldeulugla tie
-
esperado, do seu nariz mm e do seu beico grande extremaadileila, elaborada originalmente na uma
Supanne que a m ' 'a das negros brasileiros seja de entregnerras. Sobrevive inclusive em nosso pa iai
como este meu amigo: não acham D/ack beautiful Por que Mão Branca e vacina? basta correral ta
(Black VI beautiful, negra é bonita, a uma certa dos ”presuntos" que ele envia diariamenre aos
alrura, loi consigna ao movimento negro norteame jornais, para constatar que a esmagadora ma or e
naane.) de jovens e negros. l"vrestinta", na glria policial, e
Delxeí o melbor exemplo de lmmleçân do racismo delunln.) Fooese cbierar que e coincidenci . map
nas suas vlrimas para o «' Branca não olha a cor de suas vitimas. Esta ohiacac
Há cerca de um ano a Baixada Pium nense, no e um sofisma: a maip a tinha de ser mesmo de cor,
Rio, conhece um trio maracer, que se da' ao luxo de pois ele só mala pobre.
o racismo da Mão Branca rica, porém, visivel
&'
avisar aos .ornais, antecipadamente, quem vai
matar e onde. A lhe dar cretino teria executado, na escolha do simbolo: maos crencas represenram a
um só mês, Limpeza e a Bem. As mãn negras, que ele algema
tão celebre m pessoas, chamasse Mao Branca e
flcuu, que muitas maes ameaçam chama antes tie seviciar e matar, são, ao contrario, simbolo
ic quando o filho recusa a sopa. da sineira e do Mal. Preta, em nossas cabaças te
M㺠Branca, porém, é apenas cl slmbalcl de uma
organizacao terrorista, racista, ae extrema-aireim,
nnamos a coragem de confessar
_ ,
está associado a
baixeza, re tira e crime. Nat campanhas de segurança
executora da pena de morte por oelegaçao do que a pol/ela cosnima empreender para . alasca
Governa. meoia ná sempre, penso, uma recomendação: "Não
Por que a Mão Branca e' terrorista tie extrema abra a ma peru para pessoas desconnecioas e dc
direitaz Porque se proppe a acabar com o crime, cor". (o que levou um jornalista de a Pasquim a
76 In:! Rujiuo do; Simm a
que e [Ml-um 77
-,
exterminandu indies e edminuemos cºnvencidos. escreveu qua sou de origem alemã; engan sou
candidamente, de que os víiõxs são eles. “Praaedam auerriuee, e que e muire difereme.) Pois ba . 65
como ases dizia um cronista punugués do século dois remos ser-gue rene. A maiºria do povo brasi-
XVI e -
fazem filhas nae praprras miss." “Parec ierro, porem, “[O e como nós dois, é mas a. Dre,
,
mais um bando de Índios", lembrava a ieeiemunne,
horrorizada, em 1930. Nunca se aeiumou tanto
mesriao, comu você sabe, rem sangue creed. (Na
guerra, par exemplo, cansei de verrreneesas iuredes
n beier-era pur ndo quererem deitar com aiemãd;
rama gema duram tanto tempo. rá as iiaiieues, que não são puras, dairauam
Para muiras peª/aai ino usa pese da increnswu par um
“preconceira racial". Não há dúvida de que e prª» maço de cíqarro) o exércixo sempre que romava
poder devolvia civis. Aguri, não vai devolver
ednaeird, Lá em na Aureª/mr'?raoorrcairamoneei .: e nos
mei já compreendemos que com esre sangue rreeo
m antecigndo; adimiro «armada sem reflexão, Supers-
lição; preiuizo". A todo preconceim, eamdo, todo aí, nae da'."
mrreeparrde uma erirude discriminatóiia. Se eu acho Este mxlm era um raeiere confasomum a sº pa
euiaridade de querer envolver :: exemiio e a ruim
que "japones não da' no cuum porque um a uma
pequenª", mais cedo ou mui: (arde, aonsaieme ou na sua concepção. Se miihões de pessoas que acham
mecensciencememe, este iulzu vai miiueneiar a mesma coisa, em nossa pais, tivessem a sua iran»
queu, ae vh'imas se defende m melhor o mºvi-
'
minha: reiaaões com uriameis Dizer que em nossa
pais não na racismo, ou discriminação raciai, mªs memo negro none-americano parece ter nampreanr
apenas “precºnceito racial“,é enfiar a cabeça na dido isto e ja não prerende mais mudar a cabeça
rerra como os avestruzes. dos brancos: está bem, eominuam ra ra
querem; nós queremos, apenas, nesses
("| wam mv ireedem now", quero minha liberdade
auure, fui uma der suas cons-gum No Brasil, como
Quatrocentos e oitenta anos de estupro ºficialmente nae rra' racismo, as mim:/ía: fav/'a]: nãº
tem direitº aigum a reivindicar nena.
A quarta modaiidade do ramsmc brusileiro é a: Quando os turistas nos pergumam: “cadê os
Ideia de que nio fumº: racistas políticos negros?”, responde-moi que não são
na lua! RIA/lm) rior Sumax «o que e Rucmm Il
“
esta
necessários, "aqui es brancos mpvasemam espretas". uma região para mma “A presença deies
atrapalhanúo o desenvaivimento do território“,
"esas os universitários rndiasi", “Eles estão na
idade da Pedra, cºmo podiam passar no vestibular?" Embutido nesta opinião, apsrenremente bem Inlªnv
Temos pars qusiquer pergunta uma resposta NIEME- cionada, sslá o que achamos do! Índios _ o Brasil
de um lado, eles do outro. cºmo se não fizessem
E
rfpads; mentiras am penes
pm noss-| tranquiiiesde
no(umn. parte da povo tsrasiieire,
A noite, ievsmos De 1945 pam cá, por outro indo, Dhm/eram
e: (urina! sor shows da muisus:
”Sia as mªis belas muineres do pais, Vêem como congressos sobre o negro, sºbre a cuiturs africana,
não urnas preconceim?" na, certamente, turistas religiões afro-brasileiras, stc, Enquanm isso, muitos
bastam mies pªrª acredltav ne “euito brasiieire à negras passaram, orgulhusamums, a ss intitular
muiner mulala". burros, porém, logo percebem que arms e, mais recentemenm, bla kr. A euriesiesee
só as encaramos como objeto da cama e mess. Entre pelo negro e sua mitura e ]usli cável, mas revela
as vitimas dessa originsi explorsesn rseisi, (: shºw de (umhém uma coisa: o brasileiro ainda vi o negro
minas, há de tudo também: desde as que parecem cºmº mxm, um cºmo estranho que merece atenção
ieiizes em esrimuisr brancos en inheirados até, no s estudo.
outro extrema, as que se sentam ssmpradus cada ºs manuais didáricos & que dia, no entretanto, a
noite. (A palavra est/upº parecerá Ione aos que meinor mova de que vêm consíderamas o negro e a
nsreriitarn ns "democrªcia racial" brasilnira. Aos índia cºmo brasiieiras- num "ponto" famoso,A
inocentes, a inocência.) reiseronam as cnmr'ibulcões rins "tres raças"
iermsçse du povo brasilcírn, a(r ndo ªos nlor
brancas sismentus pitorescas e/au animais. «o
negro reris cunlribuldn, par example, com o vatapá;
Os índios saiam da frente para o o Índia com o gosto pelas cores fur—res)
Brasil passar Na verdade, a sociedade nrssiisira sines não tern
condições históricas de se enxergar puma reairnente
A quinta mudsiidsde de mismo brasileiro cun- &:
de cur, isvemente cabana de branco, como os
.
srste em: bolos de chocolate que se adornam de glacê. Pur
Olha/mus E; não-menage como nlarbrasi/eíms. que n㺠conseguimos ver no espelho nossa própria
Recenrenrenre um gºvernador do território de Iane? Em algumas coisas .s' não somas um país
Roraima sugeriu que se rrsnsferirsenr indios ae nolnnial, mas em muitas eurras, todas importantes
,
mx [<a/m.. do; Swim;
de nós mesmas
na um os popular, na concepção
continuamos determinados de
uma:
,
«me para demro. Tanto quanto no tempo da mar-
ques de Pumba]. o negro a o meio foram, durante
Joel
mm da: Santo!
400 anos, as mudas criadores de riqueza não
deram sÓ o candombm, o cuuim, em. — foram eles - leeu no km de Janeiro . 19 de julho de 1941. Ewen-
que cnarem tudu, sul: o chuan-e do amu branco, »: M |Z
mas» (ando nomeado como fama
curnumr da
as mantªvões, os prédios, as estradas, us màveix , . . Num do amu, pmmu pelo Movlmnnm Remin-
Até recentemente nossos amb adures nu exteríor ”um
amido de 54. Publicou, depoix, ox seg-xm»; mam
eram mstluldas para explicar nua o Brasil e um
nação branca, que puªulr também, em número Drum/ez .; República]
reduzido e cada vez msrmr, negras e menos, E um .. o Rzruc'immtº, :: Refºrm: eu Gum da! mm Anº:
absurdo lógica: se memos negros e Indios, o que ªdhzmqueapovofnnhvu
subvaria do BrasilY . (mamonª)
MMar/Dna Prexi'dmfã
.
Na iru Infanta-juvenil pubhcvu, entre mumu:
o Caçador de Lobisomem
.....
a mamºu; . a ampím
Marina»,17
mnhm, : oumrhinúmr
Aventura: na [xfx du pimwpmee
Ilma arranha em Talalal (Prêmio mun,
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a. Clmm Bremen da Livra) ,
Tem pubncme “ngm de Humm : como! em divalus
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E pmlesm de Hktbxln em cursos e humilde! do Rin &
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TITULOS DA COLECAO