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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DE DIREITO DA 2ª VARA

CÍVEL DA COMARCA DE FLORIANÓPOLIS DO ESTADO DE SANTA


CATARINA

EMBARGOS A EXECUÇÃO por dependência ao processo nᵒ.......

PEDRO DE CASTRO (nome completo), nacionalidade, estado civil, profissão,


portador da carteira de identidade nᵒ, inscrito no cpf sob o nᵒ, com endereço eletrônico,
domiciliado em, residente na rua, nᵒ, bairro, estado, vem por seu advogado com
escritório na rua, bairro, cidade, estado, para fins do artigo 77, inciso v, do código de
processo civil, com base no artigo 914 e seguinte do código de processo civil, opor:

EMBARGOS A EXECUÇÃO

Em face do BANCO QUERO SEU DINHEIRO S/A, inscrito no cadastro nacional de


pessoa jurídica sob o nᵒ ___, endereço eletrônico, com sede na rua, bairro, rio de
janeiro, rj, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

I – DOS FATOS

Em agosto de 2015, o embargante, assinou nota promissória assumindo o


encargo de avalista do empréstimo de mútuo financeiro contraído pela executada junto
ao BANCO QUERO SEU DINHEIRO S/A, com sede no Rio de Janeiro, RJ, no valor
de R$ 300.000,00 a serem pagos em 30 parcelas mensais e sucessivas.

Em março de 201, foi informado pelo embargado que a executada havia deixado
de cumprir sua obrigação, vencida em dezembro de 2015. O embargante quitou a dívida
em 03/04/2016. Sem contudo requisitar a nota promissória que havia assinado.
O embargante foi oficiado pelo oficial de justiça que o intimou da penhora que
incide sobre seu imóvel no processo que tramita na 2ª Vara Cível da Comarca de
Florianópolis.

No referido processo consta que o embargado está executando o embargante por


outro empréstimo contraído pela executada no valor de R$ 150.000,00. Sendo que a
nota promissória assinada pelo embargante está vinculada ao contrato assinado pelo
mesmo em abril de 2015.

II – DOS FUNDAMENTOS

II.A – DO EFEITO SUSPENSIVO

Conforme artigo 919, § 1ᵒ do código de processo civil, cabe no caso concreto o


efeito suspensivo, uma vez que seguro o juízo com a penhora do imóvel do embargante
e ainda por configurar-se presente os requisitos: FUMUS BONI IURIS e
PERICULUM IN MORA.

A fumaça do bom direito no caso concreto, verifica-se, uma vez que o


embargante não configurou como parte no negócio jurídico celebrado entre o
embargado e a executada na ação principal.

Já o PERICULUM IN MORA consubstancia-se com a penhora do patrimônio


do embargante para pagar dívida que este não deu causa.

II. B – DA ILEGITIMIDADE PASSIVA

O embargante não deu causa a presente execução, portanto, não deve figurar no
polo passivo da mesma de acordo com o artigo 917, inciso VI do código de processo
civil

Art. 917. Nos embargos à


execução, o executado poderá
alegar:

VI - qualquer matéria
que lhe seria lícito deduzir
como defesa em processo de
conhecimento.
Sendo relevante a citação do artigo 337, inciso XI do código de processo civil
que diz:

Art. 337. Incumbe ao réu,


antes de discutir o mérito,
alegar:

XI - ausência de legitimidade
ou de interesse processual;

Tendo também como jurisprudência o julgado:

TJ-SP - Agravo de
Instrumento AI
22291404220158260000
SP 2229140-
42.2015.8.26.0000 (TJ-SP)

Ementa: Execução – Título


extrajudicial – Decisão que
não conheceu dos embargos
à execução em razão do
procedimento inadequado do
protocolo no portal de
serviços do Tribunal de Justiça
- Reforma – Necessidade –
Erro escusável – Peça
defensiva protocolada
tempestivamente – Má-fé da
peticionária não verificada –
Principio da instrumentalidade
– Observação – Executada que
deve ser intimada para
distribuir os embargos à
execução por dependência à
demanda executiva. Recurso
da executada provido.

III – DOS PEDIDOS

Pelo exposto:

1) Que seja concedido o efeito suspensivo para suspender a penhora que inside
sobre o imóvel do embargante;
2) Intimação do embargado, para, no prazo de 15 dias se ma infestar;
3) Que sejam acolhidos os embargos a execução verificando a ilegitimidade
passiva do embargante, extinguindo a execução em relação ao embargante;
4) Condenação do embargado ao pagamento das custas judiciais e honorários de
advogado em 20 % aos honorários da causa;

IV – DAS PROVAS

Segue em anexo prova documental.

V – valor da cauda

Da-se a causa o valor de R$ ____

Nestes termos

Pede deferimento

Local/data

Advogado/OAB

MARCELO GUIMARÃES DA CRUZ

201402302754

PRÁTICA IV

AULA 4

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