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Cálculo I

Autor: Professor Sebastião Fernandes

Todos os direitos reservados ao autor Sebastião Fernandes:


Professor aposentado da Unifei (Universidade Federal de Itajubá), onde lecionou por 32 anos.

Capa e sumário feito por um aluno admirador do professor, como pessoa e profissional.
Sumário

• Aulas de 1 a 6: LIMITES

• Aulas de 7 a 19: DERIVADAS

• Aulas de 20 a 33: INTEGRAIS

• Aula 34: SEQUÊNCIAS E SÉRIES INFINITAS

• Aulas 35 a 41: SÉRIES

• Aula 42: SÉRIES DE TAYLOR E MACLAURIN

PROIBIDO VENDER
FÍSICA – LICENCIATURA – EAD

CÁLCULO 1 – AULA 01 - LIMITES

1.1 – CONCEITO INTUITIVO DE LIMITE :

Nesta aula, iniciaremos o estudo de Limites.


Para começarmos a entender o conceito de Limite de uma função num ponto, vamos agir de
forma intuitiva.
x2 − 4
Para isto, vamos considerar, por exemplo, a função definida por f ( x ) = , cujo Domínio é
x−2
D( f ) = {x ∈ ℜ / x ≠ 2} , isto é, a função é definida para todo valor Real de x , com exceção de x = 2 .
Vamos estudar o comportamento da função f ( x ) nas proximidades (ou vizinhanças) do ponto
x = 2 , isto é, vejamos o que acontece com a função quando atribuímos à variável x valores cada
vez mais próximos de 2.
Neste caso, dizemos que vamos fazer x tender a 2.
Temos duas possibilidades:

1a: x tende a 2 por valores inferiores a 2:

Construindo uma tabela, dando valores para x e efetuando os cálculos, temos:

x 1 1,5 1,75 1,9 1,99 1,999 …


f (x ) 3 3,5 3,75 3,9 3,99 3,999 …

2a: x tende a 2 por valores superiores a 2:

Construindo uma tabela, dando valores para x e efetuando os cálculos, temos:

x 3 2,5 2,25 2,1 2,01 2,001 …


f (x ) 5 4,5 4,25 4,1 4,01 4,001 …

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Analisando os resultados obtidos nas duas tabelas, podemos verificar que:

a) 1,99 < x < 2,01 ⇒ 3,99 < f ( x ) < 4,01


2 − 0,01 < x < 2 + 0,01 ⇒ 4 − 0,01 < f ( x ) < 4 + 0,01
− 0,01 < x − 2 < 0,01 ⇒ − 0,01 < f ( x ) − 4 < 0,01 ou x − 2 < 0,01 ⇒ f (x ) − 4 < 0,01

b) 1,999 < x < 2,001 ⇒ 3,999 < f ( x ) < 4,001


2 − 0,001 < x < 2 + 0,001 ⇒ 4 − 0,001 < f ( x ) < 4 + 0,001
− 0,001 < x − 2 < 0,001 ⇒ − 0,001 < f ( x ) − 4 < 0,001 ou x − 2 < 0,001 ⇒ f ( x ) − 4 < 0,001

Notamos que, quando x tende a 2, f ( x ) tende a 4, isto é, quanto mais próximo do valor 2
tomarmos o valor de x , mais próximo de 4 vamos obter o valor de f ( x ) .

Observamos também que podemos ter f ( x ) tão próximo de 4 quanto quisermos. Para isto,
basta tomar x cada vez mais próximo de 2.

Generalizando, se quisermos que f ( x ) esteja próximo do valor 4 de uma distância menor que
ε > 0 , basta tomar valores de x próximos a 2 de uma distância δ > 0 .

Por exemplo,se queremos que f ( x ) esteja próximo de 4 de uma distância ε < 0,001 , devemos
tomar x próximo a 2 de uma distância δ < 0,001 .

ATENÇÃO: Observe que f ( x ) não é definida para x = 2 . Porém, podemos tomar valores para
x tão próximos de 2 quanto quisermos, obtendo valores para f ( x ) tão próximos de 4 quanto
também o quisermos. Mas jamais estamos fazendo x = 2 (e nem podemos fazê-lo).

Vamos verificar o que está acontecendo graficamente com esta função nas proximidades (ou
vizinhanças) do ponto x = 2 .

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x2 − 4
f (x ) = = x + 2 , se x ≠ 2
4+ε x−2

4−ε D( f ) = ℜ − {2}
Im( f ) = ℜ − {4}

x
0 2 −δ 2 2+δ

1.2 – DEFINIÇÃO DE LIMITE NO PONTO:

Dizemos que o limite de uma função f ( x ) quando x tende a a ( a ∈ ℜ ) é igual a L, e

escrevemos lim f (x ) = L
x →a
se, para um número infinitesimal ε > 0 , existir em correspondência um

número infinitesimal δ > 0 , sendo δ = δ (ε ) , tais que:

f ( x ) − L < ε sempre que x ≠ a e x − a < δ

Observe que “construímos” esta definição no item anterior, quando conceituamos a definição
de Limites de uma forma intuitiva.

Exemplo:
Usando a definição, mostre que lim (7 x − 4) = 17 .
x −3

SOLUÇÃO:

Devemos mostrar que, para qualquer número infinitesimal ε > 0 existe um número infinitesimal
δ > 0 , sendo δ função de ε , tais que f ( x ) −17 < ε sempre que x − 3 < δ .

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Assim: 7x − 4 − 17 < ε 7x − 21 < ε

7.( x − 3) < ε 7. x − 3 < ε

ε
7. x − 3 < ε x−3 <
7
ε
Portanto, existe δ = que satisfaz a definição de limite no ponto.
7
Então podemos dizer que lim (7 x − 4) = 17 .
x →3

1.3 – PROPRIEDADES DE LIMITES :

Uma vez que conceituamos e definimos o Limite de uma função num ponto, vamos enunciar
as suas propriedades.
É importante observar que essas propriedades se aplicam para limites gerais, isto é, limites
que não tenham indeterminação.
O estudo de limites indeterminados será feito mais adiante.
Sejam, então, as funções f ( x ) e g ( x ) , e os números reais k, a, L e M.

Vamos, ainda, admitir que lim f (x ) = L e lim g (x ) = M .


x →a x→ a

P1: Teorema da Unicidade e Existência:

O Limite de uma função, quando existe, é único.


Podemos ilustrar esta propriedade graficamente.

y y

y = f (x ) L2
y = f (x )
L
L1

x x
0 a 0 a

lim f (x ) = L lim f (x ) não


x →a
existe
x →a

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Observa-se que o Limite no ponto x = 2 da função mostrada no gráfico da direita não existe,
pois o comportamento da função é diferente para valores menores e maiores que 2.
Estes Limites serão tratados nas próximas aulas.

P2: lim [ f (x ) ± g (x )] = lim f (x ) ± lim g (x ) = L ± M


x →a x→a x→a

Exemplos:

lim (x )
+ 2 x = lim x 3 + lim 2 x = 27 + 6 = 33
3
01)
x →3 x →3 x →3

lim (4 x )
− 8 x = lim 4 x 2 − lim 8 x = 100 − 40 = 60
2
02)
x →5 x →5 x →5

P3: lim [ f (x ).g (x )] = lim f (x ). lim g (x ) = L.M


x →a x →a x→a

Exemplo:

lim x
2
. x = lim x 2 . lim x = 16.2 = 32
x→4 x→4 x→4

P4: lim k = k
x →a

Exemplos:

01) lim 5 = 5
x →1

02) lim100 = 100


x → −50

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P5:
f (x ) lim f (x ) L
x →a
lim = = , para M ≠ 0
x →a g ( x ) lim g (x ) M
x→a

Exemplo:
2
x2 lim x
x →2 4
lim = =
x→2 x + 3 lim (x + 3) 7
2 2

x→2

n
P6:  
lim [ f (x )] = lim f ( x ) = Ln
n

x →a  x →a 

Exemplo:
3
 
lim ( ) ( )
3
x + 1 = lim x 2 + 1  = 5 3 = 125
2

x→2  x→2 

P7:
lim f (x ) = lim f (x ) = L
x →a x→a

Exemplo:

lim x
3
= lim x
3
= −8 = 8
x → −2 x → −2

P8: Teorema do Confronto:

Sejam f , g e h funções tais que os seus Domínios sejam subconjuntos de ℜ e seja x = a


um ponto pertencente a esses subconjuntos.
Se lim f (x ) = L , lim g (x ) = L
x →a x →a
e se f ( x ) ≤ h( x ) ≤ g ( x ) nas vizinhanças do ponto x = a , então

podemos afirmar que lim h(x ) = L .


x →a

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A demonstração deste Teorema pode ser feita usando-se a definição de Limites. Entretanto,
podemos visualizá-lo graficamente.

y
g

L
h

f
x
0 a

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CÁLCULO 1 – AULA 02 - LIMITES

2.1 – CONTINUIDADE NUM PONTO :

O conceito de Continuidade, aplicado a funções reais a variáveis reais, é de extrema


importância para o Cálculo.
Devemos estar atentos para os pontos de descontinuidade de uma função, principalmente
quanto ao comportamento da função nas vizinhanças desses pontos.
Por exemplo, serão nesses pontos de descontinuidade que o gráfico da função pode possuir
Assíntotas, que serão estudadas mais adiante.
Definimos a Continuidade de uma função da seguinte maneira:
⇒ Dizemos que uma função f definida pela equação y = f ( x ) é contínua num ponto x = a do
seu Domínio se forem verificadas, simultaneamente, as três condições abaixo:

(1) existe f (a ) , isto é, a função possui valor numérico em x = a ;


(2) existe e é finito o lim f (x ) ;
x →a

(3) lim f (x ) = f (a )
x →a

Se pelo menos uma das condições acima não for satisfeita, dizemos que a função é
descontínua no ponto x = a .

EXEMPLOS:

01) Estudar a continuidade da função f ( x ) = x 2 − 2 no ponto x = 2 .


SOLUÇÃO:

⇒ f (2 ) = 2 2 − 2 ⇒ f (2 ) = 2 (existe)

⇒ lim f (x ) = lim (x )
− 2 = lim x 2 − lim 2 = 2 2 − 2 = 2 (existe)
2

x→2 x→2 x→2 x→2

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⇒ como lim (x )
− 2 = f (2 ) , então a função é contínua no ponto x = 2 .
2

x→2

Podemos confirmar esta continuidade, pelo esboço do gráfico da função.

f (x ) = x 2 − 2
2

x D( f ) = ℜ
Im( f ) = [− 2, ∞ )
0 2

−2

 x 2 − 4x + 4
 , se x ≠ 2
02) Verificar se a função definida por f ( x ) =  x − 2 é contínua no ponto x = 2 .
3 , se x = 2

SOLUÇÃO:

x 2 − 4 x + 4 (x − 2)
2
Para x ≠ 2 , podemos fazer = = x−2
x−2 x −1
⇒ f (2 ) = 3 (existe)

⇒ lim f (x ) = lim (x − 2) = 2 − 2 = 0
x→2 x→2
(existe)

⇒ Como lim f (x ) ≠ f (2) , entendemos que a função é descontínua no ponto


x→2
x = 2.

Graficamente: y

f (x ) D( f ) = ℜ
Im( f ) = ℜ *
x
0 2
−2

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 x − 2 , se x ≤ 3
03) Verificar a descontinuidade da função f ( x ) =  no ponto x = 3 .
2 , se x > 3
SOLUÇÃO:

⇒ f (3) = 3 − 2 = 1 (existe)

⇒ Para x < 3 ⇒ lim f (x ) = lim (x − 2) = 3 − 2 = 1


x →3 x →3

⇒ Para x > 3 ⇒ lim f (x ) = lim 2 = 2


x →3 x →3

Podemos perceber que o comportamento da função para valores de x próximos de 3, mas


menores que 3, é diferente do seu comportamento para valores próximos de 3, mas maiores que
3, isto é, o Limite da função à esquerda de 3 é diferente do Limite à direita.
Então, de acordo com o Teorema da Unicidade, podemos afirmar que a função dada não
possui limite no ponto x = 3 .

Portanto, a função é descontínua nesse ponto.

Graficamente:
y

f (x )

2
1
x
0 2 3

−2

Os conceitos aqui estudados sobre continuidade e descontinuidade serão muito explorados


nas próximas aulas.

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2.2 – LIMITES LATERAIS:

Para que possamos conceituar Limites Laterais, vamos considerar o seguinte exemplo:
 x + 2 , se x < 2
Estudar a continuidade da função f ( x ) =  no ponto x = 2 .
− 2 x + 6 , se x ≥ 2

SOLUÇÃO:

Aplicando as condições de Continuidade num ponto, temos:


a) f (2 ) = −2 x 2 + 6 ⇒ f (2) = 2 (existe);
b) lim f (x ) = ????
x→2

⇒ Para f ( x ) = x + 2 ⇒ lim f (x ) = lim (x + 2) = 4


x →2 x→2

⇒ Para f ( x ) = −2 x + 6 ⇒ lim f (x ) = lim (− 2 x + 6) = 2


x →2 x→2

De acordo com o Teorema da Unicidade, o limite de uma função num ponto, quando existe,
deve ser único.
Então, no nosso exemplo, entendemos que não existe o lim f (x ) .
x→2

Portanto, a função é descontínua em x = 2 .

Graficamente:
y
4

2 f (x ) = x + 2
D( f ) = ℜ
−2 3
x Im( f ) = (− ∞,4 )
0 2

f ( x ) = −2 x + 6

A descontinuidade apresentada neste exemplo nos permite enxergar o conceito de Limites


Laterais.

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Pode-se observar que, quando x tende a 2 por valores inferiores a 2, f ( x ) tende a 4.
Neste caso, dizemos que o Limite Lateral à Esquerda de x = 2 é igual a 4, e representamos
por: lim f (x ) = 4 .
x→2−

Da mesma forma, quando x tende a 2 por valores superiores a 2, f ( x ) tende a 2.


Neste caso, dizemos que o Limite Lateral à Direita de x = 2 é igual a 2, e representamos
por : lim f (x ) = 2 .
x→2+

Concluímos ainda que, para que uma função f ( x ) tenha limite num ponto x = a , é necessário
que ela tenha Limites Laterais neste ponto e que eles sejam iguais.
Se lim f (x ) ≠ lim f (x ) , então não existe lim f (x ) .
x→a − x →a + x→

OBSERVAÇÃO:
Para se estudar os Limites Laterais de uma função f ( x ) num ponto x = a , podemos
considerar dois pontos, um à esquerda e outro à direita de x = a , situados a uma distância h > 0
deste ponto.

x
a−h a a+h

Pode-se estudar os Limites Laterais da função no ponto x = a , fazendo-se:

lim f (x ) = lim f (a − h)
x→a − h →0

lim f (x ) = lim f (a + h)
x →a + h →0

EXEMPLOS:
x2 − 9
01) Calcular os Limites Laterais da função f ( x ) = no ponto x = 3 e verificar se o limite
x−3
da função existe neste ponto.
SOLUÇÃO:

a) Limite Lateral à Esquerda:

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x −9
2
=
(3 − h ) − 9 = 2
9 − 6h + h 2 − 9
= lim
− h(6 − h )
= lim (6 − h ) = 6
lim
x → 3− x − 3
lim
h →0 3−h −3 lim
h →0 −h h →0 −h h →0

b) Limite Lateral à Direita:

x2 − 9
=
(3 + h ) − 9 = 2
9 + 6h + h 2 − 9
= lim
h(6 + h )
= lim (6 + h ) = 6
lim
x →3+ x − 3
lim
h →0 3+ h−3 lim
h →0 h h →0 h h →0

x2 − 9
Como os Limites Laterais existem e são iguais, podemos afirmar que lim = 6.
x →3 x−3
Graficamente: y
x2 − 9
6 f (x ) =
x−3

3 D( f ) = ℜ − {3}
Im( f ) = ℜ − {6}
−3
x
0 3

2−x
02) Repetir o exercício anterior para a função f ( x ) = no ponto x = 2 .
2−x

SOLUÇÃO:

a) Limite Lateral à Esquerda:


2−x 2 − (2 − h ) 2−2+h h h
lim 2 − x = lim 2 − (2 − h ) = lim 2 − 2 + h = lim h = lim h = 1
x→2− h→0 h →0 h →0 h →0

b) Limite Lateral à Direita:


2− x 2 − (2 + h ) 2−2−h −h −h
lim 2 − x = lim 2 − (2 + h) = lim 2 − 2 − h = lim − h = lim
x →2 + h →0 h →0 h →0 h →0 h
= −1

2−x 2− x 2− x
Como lim 2 − x ≠ lim 2 − x
x→2− x →2 +
, então não existe o lim 2 − x .
x→2

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Graficamente:
y
2−x
f (x ) =
2−x
1

x
0

−1

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CÁLCULO 1 – AULA 03 - LIMITES

3.1 – LIMITES ENVOLVENDO INFINITO:

Vamos procurar entender o conceito de Limites Envolvendo Infinito de uma forma intuitiva,
como fizemos com o Limite de uma função num ponto.
1
Por exemplo, vamos estudar o comportamento da função f ( x ) = nas proximidades (ou
x2
vizinhanças) do ponto x = 0 , isto é, vamos atribuir valores para x cada vez mais próximos de zero
e verificar o que acontece com a função.

Temos duas possibilidades:

1a - x tende a zero pela direita:

x 1 0,5 0,25 0,1 0,01 0,01 • • •


f(x) 1 4 16 100 10.000 1.000.000 • • •

2a - x tende a zero pela esquerda:

x -1 - 0,5 - 0,25 - 0,1 - 0,01 - 0,001 • • •


f(x) 1 4 16 100 10.000 1.000.000 • • •

Os resultados obtidos nas tabelas acima indicam que, à medida em que a variável x tende a
zero, a função assume valores cada vez maiores.
Como podemos tomar a variável x tão próxima de zero quanto quisermos, a função tende a
crescer indefinidamente.
1
Neste caso, expressamos este comportamento da função dizendo que o limite de f ( x ) = ,
x2
quando x tende a zero, é infinito , e escrevemos:

1
lim f (x ) = lim x
x →0 x →0
2
=∞

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Graficamente: y

1
f (x ) =
x2

x
0

2
Vamos tomar agora a função definida por f ( x ) = , cujo gráfico é apresentado na figura
x−2
abaixo:
y
2
f (x ) =
x−2

x
0 2
−1

Observando atentamente o gráfico acima, podemos verificar que:


• quando x tende a 2 pela direita, f ( x ) aumenta indefinidamente;
• quando x tende a 2 pela esquerda, f ( x ) diminui indefinidamente.

Expressamos estes fatos escrevendo:


2 2
lim x − 2 = ∞ e lim x − 2 = −∞
x →2 + x→2−

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Em geral, podemos dizer que existem quatro possibilidades para limites laterais num ponto
x = a (a ∈ ℜ) que envolvem o infinito.

Para nossa melhor compreensão, vamos visualiza-las graficamente:

1a) y

f (x )

lim f (x ) = ∞
x →a +

x
0 a

2a)
y

f (x )

lim f (x ) = ∞
x→a −

x
0 a

3a)
y

f (x )
x
0 a
lim f (x ) = −∞
x →a +

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4a)

f (x )

x lim f (x) = −∞
x →a −
0 a

3.2 – LIMITES NO INFINITO:

Tal como foi feito no item anterior, vamos conceituar Limites no Infinito a partir de um exemplo,
isto é, vamos atingir este conceito de uma forma intuitiva.
1
Para isto, vamos tomar a função definida por f ( x ) = e estudar o seu comportamento quando
x
a variável x cresce ou decresce indefinidamente.

1o Caso: x cresce indefinidamente:

x 1 5 10 100 1.000 10.000 • • •


f(x) 1 0,2 0,1 0,01 0,001 0,0001 • • •

2o Caso: x decresce indefinidamente:

x -1 -5 - 10 - 100 - 1.000 - 10.000 • • •


f(x) -1 - 0,2 - 0,1 - 0,01 - 0,001 - 0,0001 • • •

Em ambos os casos, observamos que f ( x ) tende a zero.


Então escrevemos:

1 1
lim f (x ) = lim x = 0
x →∞ x →∞
e lim f (x ) = lim x = 0
x → −∞ x → −∞

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Graficamente:
y

1
f (x ) =
x

x
0

1
Vamos tomar, agora, como exemplo, a função definida por f ( x ) = 2 x cujo Domínio é

D( f ) = ℜ ∗ e estudar o seu comportamento nas vizinhanças do ponto x = 0 (usando Limites


Laterais) e no infinito.

a) Limite Lateral à Direita de zero:

1 1
+ 1
Se x → 0 ⇒ → ∞ e 2 x → 2 ∞ → ∞ , portanto lim 2 x
=∞
x x →0+

b) Limite Lateral à Esquerda de zero:

1 1
1 1 1
Se x → 0 − ⇒ → −∞ e 2 x → 2 −∞ → ∞ → → 0 , portanto lim 2 x = 0
x 2 ∞ x →0 −

c) Limite no Infinito:

1
1
Se x → ∞ ⇒ → 0 e 2 x → 20 → 1
x
1
1
Se x → −∞ ⇒ → 0 e 2 x → 2 0 → 1
x

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1 1

Portanto: lim 2 x = 1 e
x →∞
lim 2 x = 1
x → −∞

Graficamente: y

1
f (x ) = 2 x

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CÁLCULO 1
EXERCÍCIOS - AULA 03

x2 − 4
01. Dada a função f ( x ) = , estudar os seus limites laterais no ponto x = 2 e esboçar o seu
x−2

gráfico. Resp: lim+ f ( x ) = 4 e lim− f ( x ) = −4


x→2 x →2

1
02. Verifique se existe lim 1
e faça um esboço do gráfico da função.
x →0
 3 x
2+ 
 4
Resp: O limite não existe
1
03. Achar os limites laterais da função f ( x) = 2 x − 2 no ponto x = 2 e esboçar o seu gráfico.
Resp: lim+ f ( x ) = ∞ e lim− f ( x ) = 0
x→2 x→2

x 2 − 3x + 2
04. Sendo f ( x) = , pede-se:
x−2

a) achar os limites laterais de f(x) no ponto x = 2; Resp: lim+ f ( x ) = 1 e lim− f ( x ) = −1


x→2 x→2

b) esboçar o gráfico de f(x).

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CÁLCULO 1 – AULA 04 - LIMITES

ASSÍNTOTAS:

4.1 – Definição:

Dizemos que uma reta r é Assíntota da curva de uma função f ( x ) se a distância de um ponto
variável P( x, y ) da curva até essa reta tende a zero, à medida em que o ponto tende ao infinito.
A Assíntota pode ser uma reta vertical, horizontal ou oblíqua.

f (x )
P ( x, y )
x
0
r

Podemos observar que, quando a curva da função possui uma Assíntota, a curva tende a
essa reta.
A determinação das Assíntotas de uma curva (quando existem), é feita com a aplicação de
limites.
Vejamos como isto é feito.

4.2 – Assíntota Vertical:

Dizemos que a reta x = a é Assíntota Vertical da função f ( x ) se pelo menos uma das
condições abaixo for verificada:

1a) lim f (x ) = ∞
x →a +

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2a) lim f (x ) = ∞
x→a −

3a) lim f (x ) = −∞
x→a+

4a)
lim f (x ) = −∞
x→a −

OBSERVAÇÃO:

O ponto x = a deve ser um ponto de descontinuidade da função.

EXEMPLO:

π π
Seja a função definida por f ( x ) = tgx para − <x<
2 2

Temos: lim tgx = ∞ e lim tgx = −∞


− +
π π
x→ x→−
2 2

π π
Portanto, as retas x = − e x= são Assíntotas Verticais da função f ( x ) = tgx .
2 2

f ( x ) = tgx

x
π 0 π

2 2

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4.3 – Assíntota Horizontal:

Dizemos que a reta y = b , com b ∈ ℜ , é uma Assíntota Horizontal da função f ( x ) se pelo


menos uma das condições abaixo for satisfeita:

1a) lim f (x ) = b
x →∞

2a) lim f (x ) = b
x → −∞

EXEMPLO:

Seja a função definida por f ( x ) = arctgx .


π π
Temos: lim arctgx = 2
x →∞
e lim arctgx = − 2 .
x → −∞

π π
Portanto, as retas y = − e y= são Assíntotas Horizontais da função f ( x ) = arctgx .
2 2
y

π
2
f ( x ) = arctgx
x
0

π

2

4.4 – Assíntota Oblíqua:

Caso uma função f ( x ) tenha uma Assíntota Oblíqua, essa Assíntota será uma reta cuja

equação tem a forma reduzida y = ax + b , com a ∈ ℜ ∗ e b ∈ ℜ , onde:

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f (x ) b = lim [ f ( x ) − ax ]
a = lim x →∞
x →∞ x

OBSERVAÇÃO:

f (x )
Caso lim seja nulo ou infinito, então não existem Assíntotas Oblíquas.
x →∞ x

EXEMPLO:

x 2 + 2x − 1
Determinar a equação da Assíntota Oblíqua da curva da função definida por f ( x ) = .
x

f (x ) x 2 + 2x − 1  2 1 
a = lim = lim 2
= lim 1 + − 2  = 1
x →∞ x x →∞ x x →∞  x x 

 x 2 + 2x − 1  x 2 + 2x − 1 − x 2  1
b = lim [ f ( x ) − ax ] = lim   
− x  = lim = lim  2 −  = 2
x →∞ x →∞  x  x →∞ x x →∞  x

Portanto, a reta y = x + 2 é uma Assíntota Oblíqua do gráfico da função dada.


Graficamente:
y = x+2
y

x 2 + 2x − 1
2 f (x ) =
x
−1− 2 x
− 2 0 −1+ 2

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OBSERVAÇÃO:

Pode-se comprovar também que a reta x = 0 (eixo y ) é uma Assíntota Vertical do gráfico

x 2 + 2x − 1 x 2 + 2x − 1
desta função, isto é, lim =∞ e lim = −∞ (VERIFIQUE).
x →0 − x x →0 + x

APLICAÇÃO IMPORTANTE DE ASSÍNTOTAS:

O exemplo resolvido a seguir ilustra uma particularidade de certas funções que possuem
Assíntotas.
Consideremos, então, o problema de se determinar todas as Assíntotas do gráfico da função
x2 + x + 2
definida por f ( x ) = , cujo Domínio é D( f ) = ℜ − {− 2,2}, isto é, esta função é descontínua
x2 − 4
nos pontos x = −2 e x = 2 .

a) Assíntotas Verticais:
x2 + x + 2 x2 + x + 2
Temos: lim =∞ ; lim = −∞
x → −2 − x2 − 4 x → −2 + x2 − 4

x2 + x + 2 x2 + x + 2
lim = −∞ ; lim =∞
x→2− x2 − 4 x →2 + x2 − 4

Portanto, as retas x = −2 e x = 2 são Assíntotas Verticais desta função.

b) Assíntota Horizontal:
x2 + x + 2 x2 + x + 2
Temos lim =1 e lim =1
x →∞ x2 − 4 x → −∞ x2 − 4

Portanto, y = 1 é Assíntota Horizontal desta função.

c) Assíntota Oblíqua:
f (x )
A função dada não possui Assíntota Oblíqua, pois a = lim = 0.
x →∞ x
De acordo com os resultados obtidos acima, o gráfico desta função,aparentemente, é:
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0
x
−2 −1 2 2

Entretanto, existe algo errado com o esboço deste gráfico.


O gráfico desenhado acima mostra que as curvas têm simetria com relação ao eixo y .
Esta é uma característica das funções pares e a função estudada não é par.

Portanto, o gráfico acima está errado. O gráfico correto é mostrado abaixo.


y

x2 + x + 2
f (x ) =
x2 − 4

0
x
−6 −2 −1 2 2

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O que ocorreu com esta função é um caso particular em que a curva intercepta a Assíntota.
Isto pode ocorrer também com relação à Assíntota Oblíqua. Isto é, se a curva possui uma
Assíntota Oblíqua, ela pode interceptar essa Assíntota.
Para verificar se o gráfico de uma determinada função intercepta as Assíntotas Horizontal ou
Oblíqua (quando existirem), basta igualar a equação da curva com a equação da Assíntota.
Se a equação resultante possuir solução Real, é porque existe essa interseção e ela ocorre
exatamente sobre a(s) raiz(es).
No exemplo anterior isto ocorreu no ponto x = −6 pois, para y = 1 , temos:

x2 + x + 2
=1 ⇒ x 2 + x + 2 = x 2 − 4 ⇒ x + 2 = −4 ⇒ x = −6
x2 − 4

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CÁLCULO 1
EXERCÍCIOS - AULA 04

01. Determine todas as Assíntotas das funções definidas abaixo e, se possível, faça o gráfico.

2x − 6
a) f ( x) = Resp: x = 5 e y = 2
x−5
x2 +1
b) f ( x ) = Resp: x = 0 , x = 1 e y = 1
x2 − x
x2 + x − 2 x
c) f ( x) = Resp: x = 3 e y = +2
2x − 6 2
4x − 8
d ) f (x ) = Resp: y = 4 e x = 3
x−3
x2 −1
e) f ( x) = Resp: x = 0 e y = x
x
2 x 3 + 3x 2
f ) f (x ) = Resp: y = 2 x + 3
x2 +1

02. Sabe-se que o gráfico da função f ( x ) = 3 6 x 2 − x 3 possui uma assíntota oblíqua. Determine a
equação dessa assíntota e prove que a curva de f ( x ) intercepta a mesma.
Resp: y = − x + 2

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CÁLCULO 1 – AULA 05 - LIMITES

5.1 – SÍMBOLOS DE INDETERMINAÇÃO:

Na resolução de Limites, são freqüentes os casos em que aparecem operações que não têm
significado algébrico, isto é, operações que não podem ser realizadas algebricamente.
Essas operações recebem o nome de Símbolos de Indeterminação.
São elas:
0 ∞
; ; 0 0 ; 0.∞ ; ∞ 0 ; ∞ − ∞ e 1∞
0 ∞

EXEMPLOS:

x2 − 9 0
1) lim = (indeterminado)
x →3 x−3 0
1
2) lim sen x. x 2
= 0.∞ (indeterminado)
x →0

5x 2 ∞
3) lim = (indeterminado)
x →∞ x + 1
3

lim (2 x )
− x3 = ∞ − ∞
2
4) (indeterminado)
x →∞

lim x = 0
log x 0
5) (indeterminado)
x →0 +

6) lim x
log x
= ∞0 (indeterminado)
x →∞

7) lim x
log x
= 1∞ (indeterminado)
x →1

Para se resolver um Limite que tenha uma destas indeterminações, é necessário eliminar a
indeterminação.
Isto pode ser feito, dependendo do Limite, com o uso da Fatoração, da aplicação de
Conjugados ou aplicando-se Limites Fundamentais.

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EXEMPLOS:

x + 3 − 3x + 1 0
1) lim = (indeterminado)
x →1 x −1 0

Multiplicando e dividindo por ( )


x + 3 + 3 x + 1 , que é o conjugado do numerador, temos:

x + 3 − 3x + 1 x + 3 − 3x + 1 x + 3 + 3x + 1 x + 3 − 3x − 1
= lim = lim
lim (x − 1)( )
.
x →1 x −1 x →1 x −1 x + 3 + 3x + 1 x →1 x + 3 + 3x + 1

x + 3 − 3x + 1 − 2( x − 1) −2 1
= lim = lim =−
lim
x →1 x −1 x →1 ( x − 1) (
x + 3 + 3x + 1 x →1 ) ( x + 3 + 3x + 1 ) 2

2) lim (
x →∞
)
x −1 − x +1 = ∞ − ∞ (indeterminado)

Multiplicando e dividindo pelo conjugado ( )


x − 1 + x + 1 , obtemos:

lim ( x −1 − x +1 . ) (( x −1 + x +1
x −1 +
)=
x + 1)
lim (
x −1− x −1
x −1 + x +1 ) = lim
(
−2
x −1 + x +1 )=0
x →∞ x →∞ x →∞

x 2 − (a + 1)x + a 0
3) lim = (a ≠ 0) (indeterminado)
x →a x3 − a3 0

Fatorando o numerador e o denominador, encontramos:


x 2 − (a + 1)x + a (x − a )(x − 1) = x −1 a −1
lim = lim lim =
x →a x −a
3 3 2
(
x → a ( x − a ) x + ax + a
2
)
x → a x + ax + a
2 2
3a 2

5.2 – LIMITE FUNDAMENTAL TRIGONOMÉTRICO:

sen x
O limite da razão , quando x tende a zero, é igual à unidade, isto é:
x

sen x
lim =1
x →0 x

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DEMONSTRAÇÃO:

Temos dois casos a considerar:

 π
1o Caso: x pertence ao 1o Quadrante  0 < x <  .
 2

Vamos considerar a circunferência trigonométrica, cuja equação é x 2 + y 2 = 1 .

. y
D
AC = sen x
C BC = x
BD = tgx
A x
O B
x2 + y2 = 1

Da figura , observamos que:

AC < BC < BD ⇒ sen x < x < tgx

Tomando os inversos:

1 1 1 1 1 cos x
< < ⇒ > >
sen x x tgx sen x x sen x

Multiplicando por sen x ( sen x > 0 no 1o Quadrante):

sen x sen x
1> > cos x ou cos x < <1 (A)
x x

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 π 
2o Caso: x pertence ao 4o Quadrante  − < x < 0  .
 2 
.
y

AC = sen x
x2 + y2 = 1
BC = x
O A B BD = tgx
x

C
D

Da figura, podemos notar que:

BD < BC < AC ⇒ tgx < x < sen x

Tomando os inversos:

1 1 1 cos x 1 1
> > ⇒ > >
tgx x sen x sen x x sen x

Multiplicando por sen x ( senx < 0 no 4o Quadrante):


sen x
cos x < <1 (B)
x

Percebemos que, tanto no primeiro quanto no segundo caso, as desigualdades são as


mesmas, isto é A = B.

Tomando, agora, o limite para x tendendo a zero, teremos:

lim cos x = 1
x →0
e lim1 = 1
x →0

sen x
Portanto, pelo Teorema do Confronto, podemos afirmar que lim = 1.
x →0 x

EXEMPLOS:

x 0
1) lim sen x = 0
x →0
(indeterminado)

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Podemos escrever:
x 1 1 1
lim sen x = lim sen x =
x →0 x →0
= =1
sen x 1
x lim
x →0 x

arcsen x 0
2) lim = (indeterminado)
x →0 x 0

Chamando: t = arcsen x ⇒ x = sen t


Se x → 0 ⇒ t → 0
Então:
arcsen x t
lim = lim =1
x →0 x t → 0 sen t

Observação:

Os limites resolvidos acima também podem ser considerados como fundamentais.

π
cos
0
3) lim x − 2x
x→2
=
0
(indeterminado)

π π
Se z → 2 ⇒ →
x 2
π 
Da Trigonometria, sabemos que cos x = sen − x  .
2 
Portanto, podemos escrever:

π π π  1 1  x − 2
cos sen −  sen π  −  sen π  
x = 2 x = 2 x =  2x 
lim
x→2 x − 2 lim
x →2 x−2 lim
x →2 x−2 lim
x→2 x−2
π
Multiplicando o numerador e o denominador por , teremos:
2x

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π π  x − 2  x − 2
cos . sen π   sen π . 
x = 2x  2x  = π  2x 
lim x − 2 lim π lim . lim
 x − 2
x→2 x→2
.( x − 2 ) x→2 2 x x →2
π . 
2x  2x 
 x − 2
Fazendo π .  = t , podemos observar que, se x → 2 , então t → 0 .
 2x 
Assim, podemos escrever:
π
cos
π sen t π π
lim x − 2x = lim 2 x .lim
x→2 x →2 t →0 t
= .1 =
4 4
3x 0
4) lim = (indeterminado)
x →0  x 0
tg  
2

 x  x
3 x. cos  lim 3x. cos 2 
3x
= lim
3x
= lim  2 = x →0
lim
x →0  x x →0  x x →0  x  x
tg   sen   sen  lim sen 2 
2 2 2 x →0

 x
cos 
3
Dividindo o numerador e o denominador por 3 x , temos:
 x  x  x
3x lim cos 2 
x →0
lim cos 2 
x →0
lim cos 2 
x →0 1
lim = = = = =6
x →0  x  x 1  x  x 1
tg   sen  . sen  sen   .1
 2  2 6 2 1 2 6
lim
x →0 3x lim
x →0 3 x
.. lim
6 x →0 x
6 2

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CÁLCULO 1
EXERCÍCIOS - AULA 05

01) Mostre que:

lim x + 13 − 2 x + 1 1 lim 1 + 2x − 3 4
a) =− b) =
x→3 x −9
2
16 x→4 x −2 3
lim x + 4 − 3x + 4 lim x+4
c) = −1 d) = 10
x→0 x +1 −1 x→ − 4 x + 29 − 5
e)
lim
x→∞ ( x + 2 x + 3 − x)= 1
2
f)
lim
x→∞ (x 2
)
− 3x + 7 − x 2 + 1 = −
3
2

x→ ∞ ( x + ax + b − x + cx + d ) = 2
lim 2 2a−c
g)

x2 + x − 6 5 9 + 2x − 5 12
h) lim = i ) lim =
x→2 x2 − 4 4 x →8 3
x −2 5

x4 − a 1 1 1
02) Determine valores positivos para a e b de modo que lim = . Resp: a = e b=
x →b b2 8 16 2
1− 2
x

03) Mostre que:


lim x - sen x lim 1 - sen x 1
a) =0 b) =
x→0 x + sen x x→ π / 2 (x - π/2) 2 2
 1 1  sen πx π
c) lim  − =0 d) lim =
x →0 sen x
 tgx  x →1 1 − x 2 2

π lim
04) Sendo S = cos x + cos 2 x + cos 3 x + ... com 0 < x < , determinar o x 2. S . Resp: 2
2 x → 0

1 + tgx − 1 + sen x 1
05) Resolver o limite lim Resp:
x →0 x3 4

arcsen 105 x
06) Calcule lim Resp: 21
x →0 sen 5 x

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CÁLCULO 1 – AULA 06 - LIMITES

6.1 – LIMITE FUNDAMENTAL EXPONENCIAL:


x
 1
O limite da seqüência 1 +  , quando x → ∞ , é igual ao número irracional e, chamado de
 x
Número Neperiano e aproximadamente igual a 2,718.

DEMONSTRAÇÃO:

x
 1
Queremos provar que lim 1 +  = e .
x →∞  x

Para isto, vamos inicialmente desenvolver a expressão (a + b )n aplicando o conceito de


Binômio de Newton.

(a + b )n = C 0n b 0 a n + C1n b1a n−1 + C 2n b 2 a n−2 + C 3n b 3 a n−3 + ... C nn−1 b n−1a1 + C nn b n a 0


Temos:
0 n! n! 1
C = = =
n
0!(n − 0)! 0!n! 0!
1 n! n(n − 1)! n
C = = =
n
1!(n − 1)! 1!(n − 1)! 1!

2 n! n(n − 1)(n − 2 )! n(n − 1) n 2 − n


Cn = 2!(n − 2 )!
=
2!(n − 2 )!
=
2!
=
2!

3 n! n(n − 1)(n − 2 )(n − 3)! n(n − 1)(n − 2 ) n 3 − 3n 2 + 2n


Cn = 3!(n − 3)!
=
3!(n − 3)!
=
3!
=
3!



1
Fazendo a = 1 , b = e n = x , teremos:
x
x 0 1 2 3
 1 1  1  x x  1  x −1 x 2 − x  1  x − 2 x 3 − 3x 2 + 2 x  1  x −3
1 +  = .  .1 + .  .1 + .  .1 + .  .1 + • • •
 x 0!  x  1!  x  2!  x  3!  x
x
 1 1 1 1  1 1  3 2 
1 +  = + + 1 −  + 1 − + 2  + • • •
 x 0! 1! 2!  x  3!  x x 
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Tomando o limite para x → ∞ , resulta:


x
 1 1 1 1 1 1 1
lim 1 +  = + + + + + + • • •
x →∞  x 0! 1! 2! 3! 4! 5!
Pode-se observar que o resultado do limite é uma soma de infinitos termos, que decrescem
cada vez mais rapidamente.
Esta soma particular recebe o nome de Número Neperiano e é indicada pela letra e.
Assim:
x
 1
lim 1 +  = e
x →∞  x

APLICAÇÕES:

1
1) Prove que lim (1 + x ) x
x →0
=e

1 1
Fazendo x = ⇒ t=
t x
Se x → 0 ⇒ t → ∞
t
1
 1
Então: lim (1 + x )
x →0
x = lim 1 +  = e
t →∞  t

x
 k
2) Prove que lim 1 +  = e
k
(k ∈ ℜ )
x→∞  x
k k
Fazendo =t ⇒ x=
x t
Se x → ∞ ⇒ t → 0
x k
 k k
 1

Então: lim 1 +  = lim (1 + t ) t = lim (1 + t ) t  = e
k

x→∞  x t →0  t →0 

x+k
 1
3) Prove que lim 1 +  = e (k ∈ ℜ)
x→∞  x

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x+k x k
 1  1  1
lim 1 +  = lim 1 +  . lim 1 +  = e.1k = e.1 = e
x→∞  x x →∞  x  x→∞  x

OBSERVAÇÃO:

Os limites resolvidos acima podem ser considerados também como fundamentais.

a x −1
4) Calcular lim (a > 0 e a ≠ 1)
x →0 x
0
Podemos verificar que o limite acima possui indeterminação da forma .
0
Vamos, então, fazer a substituição: a x −1 = t ⇒ a x = 1+ t
Tomando logaritmos na base a em ambos os termos dessa igualdade, teremos:
ax (1+ t ) (1+t )
log = log ⇒ x = log
a a a

Se x → 0 ⇒ t → 0
Tomando os limites:
a x −1 t
lim = lim (1+t )
x →0 x t →0
log a

Dividindo o numerador e o denominador por t, resulta:


t
a −1 x
t
lim1
t →0 1 1
lim = lim (1+ t ) = = =
x 1 (1+ t ) 1
(1+t )t
e
x →0 t →0
log a lim . log
lim log log a
t →0 t
a a
t →0
t
a
1log a
Mas: = e
= log a
e
(Propriedade de Mudança de Bases)
e
log log a a

O logaritmo de base e é chamado de Logaritmo Natural ou Logaritmo Neperiano e é indicado


a
pela notação: log = ln a .
e

Portanto:
ax −1
lim = ln a
x →0 x

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OBSERVAÇÃO:

O limite acima deve ser considerado como fundamental a partir dessa demonstração.

x
 x −1
5) Calcule lim  
x →∞  x + 1 


Podemos observar que este limite possui a indeterminação da forma .

Como ele é um limite que envolve Função Exponencial, vamos tentar escreve-lo na forma do
Limite Exponencial Fundamental.
Podemos fazer:
x x x x
 x −1  x − 1 + 1 − 1  x +1 2   2 
lim   = lim   = lim  −  = lim 1 − 
x →∞  x + 1  x →∞  x +1  x →∞  x + 1 x + 1 x →∞  x + 1
2 2
Tomando: − = t ⇒ x = − −1
x +1 t
Se x → ∞ ⇒ t → 0
Com estas substituições, teremos:
x −2
 x −1 2
 1

lim   = lim (1 + t ) − −1
t = lim (1 + t ) t
 . lim (1 + t ) = e − 2 .1 = e −2
−1

x →∞  x + 1  t →0  t →0  t →0

6.2 – LIMITE FUNDAMENTAL POLINOMIAL:

Vamos considerar a função polinomial:


P( x ) = A0 x m + A1 x m −1 + A2 x m −2 + ... + Am

onde A0 , A1 , A2 , ... , Am ∈ℜ e m ∈ Ν .

Podemos considerar dois casos:

1o Caso: A variável x → a (a ∈ ℜ)

Neste caso:

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lim P(x ) = lim ( A x + A1 x m −1 + A2 x m −2 + ... + Am )


m
0
x →a x →a

lim P(x ) = A a + A1 a m −1 + A2 a m −2 + ... + Am = P(a )


m
0
x →a

Assim:
lim P(x ) = P(a )
x →a

Isto é, o limite de um polinômio inteiro e racional na variável x , quando x → a (a ∈ ℜ ) , é igual


ao valor numérico desse polinômio para x = a .

EXEMPLO:

lim (x )
+ 4 x − 2 = 2 2 + 4.2 − 2 = 4 + 8 − 2 = 10
2

x→2

2o Caso: A variável x → ±∞

Neste caso:

lim P(x ) = lim ( A x + A1 x m −1 + A2 x m −2 + ... + Am )


m
0
x → ±∞ x → ±∞

A probabilidade desse limite possuir uma indeterminação da forma ∞ − ∞ é muito grande.


Vamos, então, usar o artifício de colocar em evidência o termo de maior grau do polinômio.
 A A A 
lim P(x ) = lim A x 1 + 1 + 2 2 + ... + m m 
m
0  A0 x A0 x A0 x 
x → ±∞ x → ±∞ 
Porém, quando x → ±∞ , podemos verificar que:
A1 A2 A
→0 ; 2
→ 0 ; ... ; m m → 0
A0 x A0 x A0 x

lim P(x ) = lim A x


m
Portanto, podemos concluir que: 0
x → ±∞ x → ±∞

Isto é, o limite de um polinômio inteiro e racional na variável x , quando x → ±∞ , é igual ao


limite quando x → ±∞ do seu termo de maior grau.

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EXEMPLOS:

lim (2 x )
− 3x 2 + x − 4 = lim 2 x 3 = ∞
3
1)
x →∞ x →∞

lim (4 − 2 x ) (
− 3 x 4 = lim − 3x 4 = −∞ )
2
2)
x →∞ x →∞

lim (2 x )
− 3 x 4 + 5 x = lim 2 x 5 = −∞
5
3)
x → −∞ x → −∞

lim (4 − 2 x − 3x ) = lim (− 3x ) = ∞
5 5
4)
x → −∞ x → −∞

6.3 – LIMITE FUNDAMENTAL RACIONAL:

Vamos considerar a função racional:


P( x ) A0 x m + A1 x m −1 + A2 x m −2 + ... + Am
=
Q(x ) B0 x n + B1 x n −1 + B2 x n− 2 + ... Bn

onde: A0 , A1 , A2 , ... , Am ∈ ℜ ; B0 , B1 , B2 , ... , Bn ∈ ℜ ; m ∈ Ν e n ∈ Ν

Podemos considerar dois casos:

1o Caso: A variável x → a (a ∈ ℜ)

P(x ) A0 x m + A1 x m −1 + A2 x m − 2 + ... + Am
lim = lim
x →a Q ( x ) x→a B0 x n + B1 x n −1 + B2 x n −2 + ... Bn
Neste caso:
P( x ) A0 a m + A1 a m −1 + A2 a m − 2 + ... + Am P (a )
lim = =
x →a Q ( x ) B0 a n + B1 a n −1 + B2 a n −2 + ... Bn Q(a )

Ou seja:
P(x ) P(a )
lim Q(x ) = Q(a )
x →a

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Podemos fazer três observações a respeito deste resultado:


P(x )
1a) Se P(a ) = 0 e Q(a ) ≠ 0 , então lim Q(x ) = 0 ;
x →a

P(x ) 0
2a) Se P(a ) = 0 e Q(a ) = 0 , então lim Q(x ) = 0 (indeterminado)
x→a

Neste caso, o limite é resolvido com o uso da fatoração, pois tanto P( x ) quanto Q(x ) são

divisíveis por ( x − a ) .
P(x ) P(a )
3a) Se P(a ) ≠ 0 e Q(a ) = 0 , teremos lim Q(x ) = .
x →a 0
Neste caso, devemos aplicar Limites Laterais para verificar a existência ou não do limite.

2o Caso: A variável x → ±∞

P(x ) A0 x m + A1 x m −1 + A2 x m − 2 + ... + Am
lim = lim
x → ±∞ Q ( x ) x → ±∞ B0 x n + B1 x n −1 + B2 x n −2 + ... Bn

Neste caso, é muito grande a possibilidade de se obter indeterminações das formas



ou ∞ − ∞ .

Repetindo o procedimento adotado para limites de funções polinomiais, vamos colocar em
evidência os termos de maior grau do numerador e do denominador.
Assim:
 A1 A A 
A0 x m 1 + + 2 2 + ... + m m 
P(x )  A0 x A0 x A0 x 
lim = lim
x → ±∞ Q ( x ) x → ±∞  B1 B B 
B0 x n 1 + + 2 2 + ... + n n 

 B0 x B0 x B0 x 
Para x → ±∞ , teremos:
A1 A2 A B B B
→0; 2
→ 0 ; ... ; m m → 0 ; 1 → 0 ; 2 2 → 0 ; ... ; n n → 0
A0 x A0 x A0 x B0 x B0 x B0 x
Portanto:
P(x ) A0 x m
lim = lim
x → ±∞ Q ( x )
n
x → ±∞ B0 x

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Isto é, o limite de uma função racional no infinito é igual ao limite no infinito do quociente dos
termos de maior grau do numerador e do denominador dessa função.

OBSERVAÇÃO:

Podemos tirar três conclusões a respeito deste resultado:


P(x ) A0
1a) Se m = n , então lim Q(x ) = B ;
x → ±∞ 0

P(x )
2a) Se m > n , então lim Q(x ) = ±∞ ;
x → ±∞

P(x )
3a) Se m < n , então lim Q(x ) = 0
x → ±∞

EXEMPLOS:

2 x 2 − 3x + 5 2.2 2 − 3.2 + 5 8 − 6 + 5 7
1) lim 2 = 2 = =
x→2 x + 2x + 1 2 + 2.2 + 1 4 + 4 +1 9

x2 −1 0
2) lim = =0
x →1 2 x + 3 5

x3 − 1 0
3) lim = (indeterminado)
x →1 x −1 0
Usando a fatoração:
x3 −1
= lim
( (
x − 1) x 2 + x + 1 ) ( )
= lim x 2 + x + 1 = 1 + 1 + 1 = 3
lim
x →1 x −1 x →1 x −1 x →1

5 − 2x − 1
4) lim =
x →3 x−3 0
Neste caso, temos que aplicar Limites Laterais para verificar a existência do limite.
a) Limite Lateral à Direita:
5 − 2x 5 − 2.(3 + h ) − 1 − 2h
lim = lim = lim = −∞
x →3 + x−3 h →0 3+ h−3 h→0 h

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b) Limite Lateral à Esquerda:


5 − 2x 5 − 2.(3 − h ) − 1 + 2h
lim = lim = lim =∞
x → 3− x−3 h →0 3−h −3 h →0 −h

Como os limites laterais no ponto x = 3 são diferentes, entendemos que não existe o limite.

6x5 + 2x 4 + 2 6x 5
5) lim = lim = lim 3x 2 = ∞
x→∞ 2x − x + 1
3
x→∞ 2 x
3
x→∞

2 x 2 − 3x + 1 2x 2 2
6) lim = lim = lim =0
x → −∞ 5x − 1
3
x → −∞ 5 x
3
x → −∞ 5 x

7x9 + 2x5 7x9 7 7


7) lim = lim = lim =−
x→∞ 2 x − 5 x − 3x x→∞ − 3 x x →∞ − 3
2 4 9 9
3

3x 9 + 2 3x 9 3x 3
8) lim = lim = lim = −∞
x → −∞ 2 x + 5
6 6
x → −∞ 2 x x → −∞ 2

9)
3x 2 − 5
= lim
(3x 2
−5 ) 5

= 10 lim
35.x10 10
=
3 5. x 4
=∞
lim
x →∞
5
2x 3 +1 x →∞(2 x
10
3
+ 1)
2
x →∞ 4x 6 lim
x →∞ 4

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CÁLCULO 1
EXERCÍCIOS - AULA 06

01) Mostre que:


x b −c
e ax − 1 a  ax + b 
a) lim = b) lim   =e a

x →0 e bx − 1 b x →∞  ax + c 
x+2

c) (
lim 2 x x e − 1 = 2 ) d) lim
 x −1 
  = e −4
x →∞ x →∞  x + 3 

ax 3 + bx 2 + cx + d
02) Sendo f ( x ) = , obter a, b, c e d, sabendo que:
x2 + x − 2
lim lim
x→ ∞ f ( x) = 1 e x→1 f ( x) = 1 . Resp: a = 0 , b = 1 , c = 1 , d = −2

lim 1  a  2a   3a   (n − 1)a  a
03) Mostre que n→ ∞  x +  +  x +  +  x +  + ... +  x +  = x + .
n  n  n   n   n  2

 1 2 3 x −1 1
04) Calcule lim  2 + 2 + 2 + ... + 2  Resp:

x →∞ x x x x  2

3ax 2 − 5
05) Se f ( x ) = + bx − 5 + a , calcule a e b, de modo que:
2−x

lim lim
a) x →∞ f (x) = 2 b) x → − ∞ f ( x ) = +∞

7 21
Resp: a) a = − e b=− b) b < 3a
5 5

 1 + 3 + 5 + ... (2n − 1) 2n + 1  3
06) Calcule lim  −  Resp: −
n →∞ n +1 2  2

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CÁLCULO 1 – AULA 07 - DERIVADAS

7.1 – INTRODUÇÃO:

O estudo de Derivadas, de maneira geral, trata do problema de se determinar a taxa de


variação de uma grandeza quando outra grandeza, da qual ela depende, sofrer alterações.
A motivação para a descoberta desse conceito veio de problemas físicos simples, como
problemas de cinemática onde se quer, por exemplo, conhecer a velocidade de um objeto em
movimento num determinado instante.
Para se chegar ao conceito de Derivada, é necessário primeiramente que façamos algumas
definições, como faremos a seguir.

7.2 – ACRÉSCIMOS:

7.2.1 – ACRÉSCIMO DE UMA VARIÁVEL:

Chama-se Acréscimo de uma variável x , e representa-se por ∆x , à diferença entre dois


valores particulares x1 e x 2 dessa variável.

x1 x2
x ∆x = x 2 − x1
∆x

7.2.2 – ACRÉSCIMO DE UMA FUNÇÃO:

Seja y = f ( x ) uma função cujo Domínio é um subconjunto de ℜ .

Se atribuirmos à variável x um acréscimo ∆x , vamos obter em correspondência um


acréscimo para a função y = f ( x ) , que indicaremos por ∆y .

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Graficamente: y

y 2 = f (x2 )
y = f (x )
∆y
y1 = f ( x1 )

x
0 x1 x2
∆x
Temos: x 2 − x1 = ∆x ⇒ acréscimo da variável
f ( x 2 ) − f ( x1 ) = ∆y ⇒ acréscimo da função
Como: x 2 = x1 + ∆x , podemos escrever:

∆y = f ( x1 + ∆x ) − f ( x1 )

ou, genericamente: ∆y = f ( x + ∆x ) − f ( x )

Esta é a forma generalizada de se escrever o Acréscimo de uma função definida pela lei
y = f ( x ) para um Acréscimo ∆x na sua variável x .

EXEMPLOS:

01) Achar o Acréscimo da função definida por y = ax + b (a, b ∈ ℜ )


Temos: ∆y = f ( x + ∆x ) − f ( x )
No nosso caso:
∆y = a( x + ∆x ) + b − (ax + b )
∆y = ax + a∆x + b − ax − b
∆y = a∆x (o acréscimo da função é diretamente proporcional ao acréscimo da variável)

02) Encontrar o Acréscimo da função dada por y = x 2 .

∆y = f ( x + ∆x ) − f ( x )
2
∆y = ( x + ∆x ) − x 2

∆y = x 2 + 2 x∆x + ∆x 2 − x 2
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∆y = ∆x(2 x + ∆x ) (O acréscimo da função não é proporcional ao acréscimo da variável).

7.3 – TAXA MÉDIA DE VARIAÇÃO:

Chama-se de Taxa Média de Variação (ou Razão Incremental) de uma função y = f ( x ) ao


quociente de ∆y por ∆x .

∆y f ( x + ∆x ) − f ( x )
T .M . = =
∆x ∆x

A Taxa Média indica a “velocidade média de variação” de uma função num determinado
intervalo do seu Domínio.

EXEMPLOS:

01) Achar a Taxa Média de Variação da função definida por y = 5 x + 8


∆y f ( x + ∆x ) − f ( x )
Temos: =
∆x ∆x
∆y 5( x + ∆x ) + 8 − (5 x + 8)
No nosso caso: =
∆x ∆x
∆y 5 x + 5∆x + 8 − 5 x − 8
=
∆x ∆x
∆y 5∆x
= =5
∆x ∆x
Conclusão: a velocidade de variação da função é constante em qualquer ponto.

02) Encontre a Taxa Média de Variação da função y = x 2 + 3 x no ponto x = 2 .


∆y f ( x + ∆x ) − f ( x )
Temos: =
∆x ∆x

No nosso caso:
2
(
∆y ( x + ∆x ) + 3( x + ∆x ) − x 2 + 3x
=
)
∆x ∆x
∆y x 2 + 2 x∆x + ∆x 2 + 3x + 3∆x − x 2 − 3 x
=
∆x ∆x
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∆y ∆x(2 x + ∆x + 3) ∆y
= ⇒ = 2 x + ∆x + 3
∆x ∆x ∆x
∆y
No ponto x = 2 , teremos: = 7 + ∆x
∆x

7.4 – TAXA INSTANTÂNEA:

Consideremos, por exemplo, a função definida por y = x 2 + 1 .


Vamos determinar as Taxas Médias de Variação desta função nos seguintes intervalos:
[1;2] ; [1;1,5] ; [1;1,2] ; [1;1,1] ; [1;1,05] e [1;1 + ∆x]
a) Intervalo [1;2] :
∆y f (2 ) − f (1) 5 − 2
= = =3
∆x 2 −1 1
b) Intervalo [1;1,5] :
∆y f (1,5) − f (1) 3,25 − 2
= = = 2,5
∆x 1,5 − 1 0,5
c) Intervalo [1;1,2] :
∆y f (1,2 ) − f (1) 2,44 − 2
= = = 2,2
∆x 1,2 − 1 0,2
d) Intervalo [1;1,1] :
∆y f (1,1) − f (1) 2,21 − 2
= = = 2,1
∆x 1,1 − 1 0,1
e) Intervalo [1;1,05] :
∆y f (1,05) − f (1) 2,1025 − 2
= = = 2,05
∆x 1,05 − 1 0,05
f) Intervalo [1;1 + ∆x ] :

∆y f (1 + ∆x ) − f (1) 2∆x + ∆x 2
= = = 2 + ∆x
∆x 1 + ∆x − 1 ∆x

Os resultados obtidos acima parecem nos dizer que a Taxa Média tende a 2 , à medida em
que o acréscimo ∆x tende a zero.

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Portanto, o Limite da Taxa Média de Variação desta função, quando o acréscimo ∆x tende a
zero é igual a 2 .
Este resultado é chamado de Taxa Instantânea de Variação.
Então, definimos:
∆y
“Taxa Instantânea de uma função y = f ( x ) é o limite da Taxa Média de Variação desta
∆x
função quando ∆x tende a zero.”

∆y
T .I . = lim
∆x → 0 ∆x

7.5 – DERIVADA OU FUNÇÃO DERIVADA:

Vamos considerar uma função definida no campo dos Reais pela lei y = f ( x )
.Chama-se de Derivada ou Função Derivada de y = f ( x ) ao limite do quociente de ∆y por
∆x , quando ∆x tende a zero.
A Derivada da função y = f ( x ) pode ser indicada por um dos símbolos abaixo:
.
dy . d
; y ′ ; f ′( x ) ; y ; f ( x ) ; [ f (x )]
dx dx
Neste curso, nos limitaremos a utilizar apenas uma das três primeiras notações apresentadas
acima.
A Derivada nada mais é do que a Taxa Instantânea genérica, ou seja:

dy ∆y f ( x + ∆x ) − f ( x )
= lim = lim
dx ∆x→0 ∆x ∆x→0 ∆x

EXEMPLOS:

Usando a definição, encontre as derivadas das seguintes funções:


01) y = 2 x 2
dy f ( x + ∆x ) − f ( x )
Por definição: = lim
dx ∆x→0 ∆x

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2
dy 2( x + ∆x ) − 2 x 2
No nosso caso: = lim
dx ∆x →0 ∆x
dy 2 x 2 + 4 x∆x + 2∆x 2 − 2 x 2
= lim
dx ∆x→0 ∆x
dy ∆x.(4 x + 2∆x ) dy
= lim = lim (4 x + 2∆x ) ⇒ = 4x
dx ∆x →0 ∆x ∆x →0 dx
Portanto, a Derivada da função f ( x ) = 2x 2 é a função f ′( x ) = 4 x .

02) y = x 3
dy f ( x + ∆x ) − f ( x )
Por definição: = lim
dx ∆x →0 ∆x
3
No nosso caso:
dy
= lim
(x + ∆x ) − x 3
dx ∆x →0 ∆x
dy x 3 + 3 x 2 ∆x + 3 x∆x 2 + ∆x 3 − x 3
= lim
dx ∆x→0 ∆x
dy
= lim
(
∆x. 3x 2 + 3 x∆x + ∆x 2 )
= lim 3 x 2 + 3 x∆x + ∆x 2 ( ) ⇒
dy
= 3x 2
dx ∆x→0 ∆x ∆x → 0 dx

03) f ( x ) = x
f ( x + ∆x ) − f ( x )
Por definição: f ′( x ) = lim
∆x → 0 ∆x

x + ∆x − x
No nosso exemplo: f ′( x ) = lim
∆x → 0 ∆x
0
Observamos que o limite acima possui uma indeterminação da forma . Portanto, vamos
0
fazer uso do conjugado, isto é, vamos tomar:

x + ∆x − x x + ∆x + x x + ∆x − x ∆x
f ′( x ) = lim . = lim = lim
∆x → 0 ∆x x + ∆x + x ∆x →0 ∆x x + ∆x + x (
∆x → 0 ∆x )
x + ∆x + x ( )

1 1
f ′( x ) = lim ⇒ f ′( x ) =
∆x → 0 x + ∆x + x 2 x

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1
04) f ( x ) =
x
f ( x + ∆x ) − f ( x )
Por definição: f ′( x ) = lim
∆x → 0 ∆x
1 1

No nosso exemplo: f ′( x ) = lim x + ∆x x
∆x → 0 ∆x
x − x − ∆x
x ( x + ∆x ) − ∆x
f ′( x ) = lim = lim
∆x → 0 ∆x x → 0 x.∆x.( x + ∆x )

−1 1
f ′( x ) = lim ⇒ f ′( x ) = − 2
∆x → 0 x ( x + ∆x ) x

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CÁLCULO 1 – AULA 08 - DERIVADAS

8.1 – DERIVADA NUM PONTO:

Seja y = f ( x ) uma função cujo Domínio D( f ) é um subconjunto dos Reais e seja x0 um ponto

desse Domínio.
A derivada desta função no ponto x0 , que indicaremos pelas notações f ′( x0 ) ou y ′( x0 ) , é

definida por:

f (x ) − f (x0 )
f ′( x0 ) = lim
x → x0 x − x0

OBSERVAÇÕES:

O1: Como conseqüência da definição, podemos verificar que a função y = f ( x ) só será


derivável no ponto x0 se:

a) existir f ( x0 ) , isto é, a função possui valor numérico no ponto x0 ;

b) a função seja definida nas vizinhanças do ponto x0 (para justificar a aplicação do limite

neste ponto);
f (x ) − f (x0 )
c) exista e seja finito o lim .
x → x0 x − x0

f (x ) − f (x0 )
O2: Se lim existir somente para valores inferiores ou superiores a x0 , ou se este
x → x0 x − x0

limite possui resultados diferentes à esquerda e à direita de x0 , dizemos que se trata de


Derivadas Laterais e indicamos por:

f (x ) − f (x0 )
f −′ ( x0 ) = lim ⇒ Derivada Lateral à Esquerda de x0
x → x0 − x − x0

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f (x ) − f (x0 )
f +′ ( x0 ) = lim ⇒ Derivada Lateral à Direita de x0
x → x0 + x − x0

O3: Se f −′ ( x0 ) = f +′ ( x0 ) então dizemos que a derivada da função y = f ( x ) existe no ponto x0 e

é igual a f ′( x0 ) .

O4: A derivada de uma função num ponto (quando existe) nada mais é do que o valor
numérico da função derivada naquele ponto

EXEMPLOS:

Usando a definição, achar as derivadas das funções definidas a seguir nos pontos dados:

01) f ( x ) = 3 x 2 no ponto x = 5 .

1a Solução:

Aplicando a definição de Derivada, temos:


f ( x + ∆x ) − f ( x )
f ′( x ) = lim
∆x → 0 ∆x

3( x + ∆x ) − 3x 2
2
3 x 2 + 6 x∆x + 3∆x 2 − 3x 2
f ′( x ) = lim = lim
∆x → 0 ∆x ∆x → 0 ∆x
∆x.(6 x + 3∆x )
f ′( x ) = lim = lim (6 x + 3∆x ) ⇒ f ′( x ) = 6 x
∆x → 0 ∆x ∆x → 0

No ponto x = 5 , teremos: f ′(5) = 6.5 ⇒ f ′(5) = 30 .

2a Solução:

Aplicando a definição de Derivada no Ponto:


f (x ) − f (x0 )
f ′( x0 ) = lim
x → x0 x − x0

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f ( x ) − f (5) 3x 2 − 75
f ′(5) = lim = lim
x →5 x−5 x →5 x−5

f ′(5) = lim
(
3. x 2 − 25 )
= lim
3.( x + 5)(
. x − 5)
x →5 x−5 x →5 x−5

f ′(5) = lim 3.( x + 5) ⇒ f ′(5) = 3.(5 + 5) ⇒ f ′(5) = 30


x →5

02) f ( x ) = x + 1 no ponto x = 15 .

f ( x ) − f (15) x +1 − 4
f ′(15) = lim = lim
x →15 x − 15 x →15 x − 15
Aplicando o conjugado do numerador, obtemos:

x +1 − 4 x +1 + 4 x − 15
f ′(15) = lim = lim
(x − 15).( )
.
x →15 x − 15 x +1 + 4 x →15 x +1 + 4

1 1
f ′(15) = lim ⇒ f ′(15) =
x →15 x +1 + 4 8

π
03) f ( x ) = tgx no ponto x = .
4
π  π 
f (x ) − f   tgx − tg  
π   4 =  4
f ′  = lim lim
 4  x→π π π π
4
x− x→
4
x−
4 4
π 
sen 
sen x
−  4
cos x π  π  π 
cos  sen x. cos  − sen . cos x
π  4 = 4 4
f ′  = lim lim
 4  x→π π π  π π 
4
x− x→
4  x − . cos x. cos 
4  4 4
Da Trigonometria, sabemos que: sen A. cos B − sen B. cos A = sen ( A − B )

π  π   π
Portanto, pode-se dizer que: sen x. cos  − sen . cos x = sen x − 
4 4  4

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Assim, podemos escrever:


 π
sen x − 
π   4 1
f ′  = lim . lim
 4  x →π π π π 
4
x− x→
4 cos x. cos 
4  4
Como o primeiro limite é Fundamental e vale 1, então:
π  1 1 1 π 
f ′  = lim = = ⇒ f ′  = 2
 4  x→ π cos x. cos π  cos 2  π   2 
2
4
4      
4 4  2 
 

04) f ( x ) = x − 1 no ponto x = 1 .

f ( x ) − f (1) x −1 − 1−1 x −1
f ′(1) = lim = lim = lim
x →1 x −1 x →1 x −1 x →1 x − 1

Porém, de acordo com a definição de Módulo ou Valor Absoluto, podemos escrever:


 x − 1 = x − 1 , se x − 1 ≥ 0  x − 1 = x − 1 , se x ≥ 1
 ⇒ 
 x − 1 = −( x − 1) , se x − 1 < 0  x − 1 = −( x − 1) , se x < 1

Como queremos obter a derivada no ponto x = 1 , entendemos que devemos calcular as


derivadas laterais neste ponto, isto é:

x −1 − ( x − 1)
f −′ (1) = lim = lim = lim (− 1) = −1
x →1− x −1 x →1 x −1 x →1

x −1 x −1
f +′ (1) = lim = lim = 1=1
x →1+ x −1 x →1 x − 1 lim
x →1

Como f −′ (1) ≠ f +′ (1) , entendemos que a função dada não possui derivada no ponto x = 1 .

SUGESTÕES DE EXERCÍCIOS:

Para que você se auto-avalie com relação ao assunto estudado nesta aula, sugerimos que
você tente resolver os exercícios abaixo:

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3 1
01) Mostre que a derivada da função f ( x ) = no ponto x = 4 é igual a − .
x −1 3
02) Mostre que a derivada da função f ( x ) = e x no ponto x = 3 é igual a e 3 .

03) Mostre que a função f ( x ) = x 2 − 4 x não possui derivada no ponto x = 4 .

8.2 – INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA DA DERIVADA NO PONTO:

Seja y = f ( x ) uma função cujo Domínio D( f ) é um subconjunto dos Reais e seja x0 um ponto
desse Domínio.
Vamos admitir que o gráfico dessa função possua uma reta tangente pelo ponto x0 e que essa

tangente não seja perpendicular ao eixo x e vamos considerar também uma reta secante curva
pelos pontos x0 e x , conforme se pode ver na figura abaixo:

y
y = f (x )
Reta secante
f (x )
Reta tangente
∆y

f ( x0 ) β

∆x
α β
x0 x
0 x

Da figura, temos:
α = inclinação da reta tangente (ângulo que a reta tangente forma com o sentido positivo do
eixo x );
β = inclinação da reta secante (ângulo que a reta secante forma com o sentido positivo do
eixo x );
∆x = x − x0 (Acréscimo da variável);

∆y = f ( x ) − f ( x0 ) (Acréscimo da função)

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∆y f (x ) − f (x0 )
tgβ = ⇒ tgβ =
∆x x − x0

Tomando limites para x → x0 nos dois membros dessa igualdade:

f (x ) − f (x0 )
lim tgβ = lim
x → x0 x → x0 x − x0

Porém, quando x → x0 então β → α .


Assim, podemos dizer que:
f (x ) − f (x0 )
lim = lim tgβ
x → x0 x − x0 β →α

f (x ) − f (x0 )
Mas: lim = f ′( x0 ) e lim tgβ = tgα
x → x0 x − x0 β α

Portanto, concluímos que: f ′( x0 ) = tgα

Isto é, a derivada de uma função num ponto (quando existe) é numericamente igual ao
coeficiente angular da reta tangente à curva dessa função nesse ponto.
A princípio este parece ser um conceito muito elementar.
Porém, em aulas futuras, teremos a oportunidade de observar aplicações importantes deste
resultado.
Para a melhor fixação desse conceito, vamos mostrar algumas aplicações simples do mesmo.

EXEMPLOS:

01) Obter a equação geral da reta tangente à curva da função f ( x ) = x pelo ponto x = 1 .

Solução:

No estudo da Geometria Analítica, aprendemos que a equação de uma reta que passa por um
ponto dado ( x0 , y 0 ) e tem coeficiente angular conhecido m é dada por:

y − y 0 = m( x − x 0 )

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No nosso caso: x0 = 1 e y 0 = f (1) = 1 = 1

Como a reta procurada é tangente à curva de f ( x ) pelo ponto x = 1 , devemos ter m = f ′(1) , ou
seja:

f ( x ) − f (1) x −1
m = f ′(1) = lim ⇒ m = lim
x →1 x −1 x →1 x −1
Como o limite obtido é indeterminado, vamos multiplicar e dividir pelo conjugado do
numerador, isto é:

m = lim
( )( x + 1)
x −1
⇒ m = lim
x −1
x →1 (x − 1)( x + 1) x →1 (x − 1)( )
x +1
1 1
m = lim ⇒ m=
x →1 x +1 2
1
Então, a equação procurada é: y − 1 = (x − 1)
2

Na forma geral: x − 2y +1 = 0

4
02) Determine a equação da reta tangente à curva da hipérbole definida pela equação y = −
x
pelo ponto x = −2 .
Solução:

A equação procurada tem a forma: y − y 0 = f ′( x0 )(


. x − x0 )

4
onde: x0 = −2 e y0 = − =2
−2
f ( x ) − f (− 2)
f ′(− 2) = lim
x → −2 x − (− 2 )

4
− −2
− 4 − 2x
f ′(− 2) = lim x = lim
x → −2 x+2 x → −2 x.( x + 2 )

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− 2.(2 + x ) −2
f ′(− 2) = lim ⇒ f ′(− 2 ) = lim ⇒ f ′(− 2 ) = 1
x → −2 x.( x + 2 ) x → −2 x

Portanto, a equação da reta é:


y − 2 = 1.( x + 2 )

Na forma reduzida: y = x+4


03) Mostre que a equação da reta tangente à curva da função f ( x ) = cot gx no ponto x = é
3
4 8π 3
y =− x+ − .
3 9 3
Solução:

A equação procurada tem a forma: y − y 0 = f ′( x0 )(


. x − x0 )

2π  2π  3
onde: x0 = e y 0 = cot g  =−
3  3  3

 2π 
cos 
cos x
−  3 
 2π  sen x  2π 
cot gx − cot g   sen  
 2π   3 =  3 
f ′  = lim lim
 3  x→ 2π 2π 2π 2π
3
x− x→
3
x−
3 3
 2π   2π   2π 
sen . cos x − sen x. cos  sen − x
 2π   3   =3  3 
f ′  = lim lim
 3  x→ 2π  2 π   2π  2π  2π   2π 
3 x − . sen x. sen  x→
3 − − x . sen x. sen 
 3   3   3   3 

 2π 
sen − x
 2π   3 . 1 1 4
f ′  = lim lim =− =−
 3  x→ 2π 2π 2π  2π   3
2
3
3
−x x→
3
− sen x. sen   
3  3   2 
 
Portanto, a equação da reta é:
 3 2π  8π
 = −  x −
4 3 4
y −  −   ⇒ y+ =− x+
 3  3 3  3 3 9
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4 8π 3
Na forma reduzida: y =− x+ −
3 9 3

OBSERVAÇÃO:

Exercícios como os mostrados acima se tornarão mais fáceis de resolver quando


conhecermos as regras de derivação, pois não precisaremos mais de resolver Limites.

Este assunto será objeto de estudo a partir da próxima aula!

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CÁLCULO 1
EXERCÍCIOS - AULA 08

01) As retas tangentes ao gráfico da função f ( x ) = x 3 − 4 x 2 + 5 x − 7 pelos pontos x = 1 e x = 3 são

5 
concorrentes num ponto P. Encontre as coordenadas desse ponto. Resp: P ,−5 
2 

02) Achar os pontos sobre a curva y= x 2 − 16 onde as tangentes são paralelas à reta

3y + 5x = 2 . Resp: ( − 5 , 3 ) e ( 5 , 3 )

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CÁLCULO 1 – AULA 09 - DERIVADAS

REGRAS GERAIS DE DERIVAÇÃO:

Neste item vamos começar a estudar as regras que nos permitem obter as derivadas de todas
as funções da forma y = f ( x ) .
Este assunto começará a ser desenvolvido nesta aula e se estenderá para as aulas seguintes.

9.1 – FUNÇÃO CONSTANTE:

Seja a função definida por f ( x ) = k , onde k ∈ ℜ .


f ( x + ∆x ) − f ( x )
Por definição: f ′( x ) = lim
∆x → 0 ∆x
k −k 0
No nosso caso: f ′( x ) = lim ⇒ f ′( x ) = lim =0
∆x → 0 ∆x ∆x →0 ∆x

Portanto: Se f ( x ) = k , com k ∈ ℜ, então f ′( x ) = 0

EXEMPLOS:

01) f ( x ) = 1 ⇒ f ′( x ) = 0
02) f ( x ) = −7 ⇒ f ′( x ) = 0

03) f ( x ) = 13 ⇒ f ′( x ) = 0

 3π 
04) f ( x ) = tg   ⇒ f ′( x ) = 0
 11 

9.2 – FUNÇÃO LINEAR:

Seja f ( x ) = ax + b , onde a ∈ ℜ e b ∈ ℜ , isto é uma Função Linear.


f ( x + ∆x ) − f ( x )
Por definição: f ′( x ) = lim
∆x → 0 ∆x

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a( x + ∆x ) + b − (ax + b )
Neste caso: f ′( x ) = lim
∆x → 0 ∆x
ax + a∆x + b − ax − b a∆x
f ′( x ) = lim ⇒ f ′( x ) = lim ⇒ f ′( x ) = lim a = a
∆x → 0 ∆x ∆x → 0 ∆x ∆x →0

Portanto: Se f ( x ) = ax + b, com a ∈ ℜ e b ∈ ℜ, então f ′( x ) = a

EXEMPLOS:

01) f ( x ) = x ⇒ f ′( x ) = 1
02) f ( x ) = −5 x + 7 ⇒ f ′( x ) = −5
2 2
03) f ( x ) = x − 1 ⇒ f ′( x ) =
3 3
π
04) f ( x ) =  log .x + ⇒ f ′( x ) = log
5 5

 2 5 2

9.3 – FUNÇÃO POTÊNCIA:

Seja a função definida por f ( x ) = x n .


f ( x + ∆x ) − f ( x )
Por definição: f ′( x ) = lim
∆x → 0 ∆x

No nosso caso: f ′( x ) = lim


( x + ∆ x )n − x n
∆x → 0 ∆x

Fazendo o desenvolvimento do Produto Notável ( x + ∆x ) por Binômio de Newton, teremos:


n

(x + ∆x )n = C 0n ∆x 0 x n + C1n ∆x 1 x n−1 + C 2n ∆x 2 x n− 2 + C 3n ∆x 3 x n−3 + ... + C nn ∆x n x 0

(x + ∆x )n = x n + n.∆x.x n−1 + n(n − 1) .∆x 2 .x n− 2 + n(n − 1)(n − 2) .∆x 3 .x n−3 + ... + ∆x n


2! 3!
Substituindo no limite:
n(n − 1) 2 n −2 n(n − 1)(n − 2 ) 3 n −3
x n + n.∆x.x n −1 + .∆x .x + .∆x .x + ... + ∆x n − x n
f ′( x ) = lim 2! 3!
∆x → 0 ∆x
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 n(n − 1) n(n − 1)(n − 2 ) 2 n −3 


∆x.n.x n−1 + .∆x.x n − 2 + .∆x .x + ... + ∆x n −1 
f ′( x ) = lim  
2! 3!
∆x → 0 ∆x
 n(n − 1) n(n − 1)(n − 2) 2 n −3 
f ′( x ) = lim n.x n −1 + .∆x.x n −2 + .∆x .x + ... + ∆x n −1  ⇒ f ′( x ) = n.x n −1
∆x → 0  2! 3! 

Portanto: Se f ( x ) = x n , então f ′( x ) = n.x n −1

EXEMPLOS:

01) f ( x ) = x 8 ⇒ f ′( x ) = 8.x 8−1 ⇒ f ′( x ) = 8 x 7

02) f ( x ) = x100 ⇒ f ′( x ) = 100 x 99


1 1
03) f ( x ) = ⇒ f ( x ) = x −1 ⇒ f ′( x ) = −1.x − 2 ⇒ f ′( x ) = − 2
x x
1 1 1
1 −1 1 − 1
04) f ( x ) = x ⇒ f ( x ) = x 2 ⇒ f ′( x ) = .x 2 ⇒ f ′( x ) = .x 2 ⇒ f ′( x ) =
2 2 2 x
1 3
05) f ( x ) = 3
⇒ f ( x ) = x −3 ⇒ f ′( x ) = −3.x − 4 ⇒ f ′( x ) = − 4
x x
4 4 1
4 −1 4 − 4
06) f ( x ) = x 5 4
⇒ f (x ) = x 5
⇒ f ′( x ) = x 5 ⇒ f ′( x ) = x 5 ⇒ f ′( x ) = 5
5 5 5 x

9.4 – FUNÇÃO SOMA:

Seja y = u + v − t , onde u = u ( x ) , v = v( x ) e t = t ( x ) , isto é, u , v e t são funções de x .


Se atribuirmos à variável x um acréscimo ∆x , obtemos em correspondência acréscimos ∆y ,
∆u , ∆v e ∆t para as funções y , u , v e t , respectivamente.
Assim, podemos escrever:
y + ∆y = (u + ∆u ) + (v + ∆v ) − (t + ∆t )
y + ∆y = u + ∆u + v + ∆v − t − ∆t
y + ∆y = (u + v − t ) + (∆u + ∆v − ∆t )

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Como y = u + v − t , então: ∆y = ∆u + ∆v − ∆t
Dividindo os dois membros dessa igualdade por ∆x , teremos:
∆y ∆u ∆v ∆t
= + −
∆x ∆x ∆x ∆x
Tomando os limites para ∆x → 0 :
∆y ∆u ∆v ∆t
lim ∆x = lim ∆x + lim ∆x − lim ∆x
∆x → 0 ∆x → 0 ∆x → 0 ∆x → 0

Porém, de acordo com a definição de Acréscimos, podemos afirmar que:


Se ∆x → 0 , então ∆y → 0 , ∆u → 0 , ∆v → 0 e ∆t → 0
Isto significa que todos os limites relacionados acima representam derivadas, ou seja:
dy du dv dt
= + − ou y′ = u′ + v′ − t ′
dx dx dx dx

Portanto: Se y = u + v − t , então y ′ = u ′ + v ′ − t ′

Podemos interpretar este resultado afirmando que “a derivada de uma soma algébrica de
funções é igual à soma algébrica das derivadas das parcelas”.

EXEMPLOS:

01) y = x 7 − x 6 + x 3 ⇒ y ′ = 7 x 6 − 6 x 5 + 3 x 2

02) y = x 4 − 7 ⇒ y ′ = 4 x 3 − 0 ⇒ y ′ = 4 x 3
1 1 1
03) y = x + ⇒ y′ = − 2
x 2 x x

9.5 – FUNÇÃO PRODUTO:

Seja a função definida por y = u.v , onde u = u ( x ) e v = v( x ) , isto é, y é definida por um


produto de funções de x .
Se atribuimos à variável x um acréscimo ∆x , obtemos acréscimos correspondentes ∆y , ∆u e
∆v para as variáveis y , u e v , respectivamente.

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Assim, podemos escrever:


y + ∆y = (u + ∆u )(
. v + ∆v )
y + ∆y = uv + u∆v + v∆u + ∆u∆v
Como y = uv , podemos simplificar e escrever:
∆y = u∆v + v∆u + ∆u∆v
Dividindo membro a membro por ∆x , fica:
∆y ∆v ∆u ∆v
=u +v + ∆u.
∆x ∆x ∆x ∆x
∆y → 0

Tomando os limites para ∆x → 0 ⇒ ∆u → 0 :
∆v → 0

∆y ∆v ∆u ∆v
lim ∆x = lim u ∆x + lim v ∆x + lim ∆u. ∆x
∆x → 0 ∆x → 0 ∆x → 0 ∆x → 0

∆y ∆v ∆u ∆v
lim ∆x = u. lim ∆x + v.lim ∆x + lim ∆u. ∆x
∆x → 0 ∆x →0 ∆x → 0 ∆x → 0

De acordo com a definição de Derivada, temos como resultado:


dy dv du
= u. + v. ou y ′ = u ′v + uv ′
dx dx dx

Portanto: Se y = u.v , onde u = u ( x ) e v = v( x ), então y ′ = u ′v + uv ′

EXEMPLOS:

01) y = x10 .x 30

Temos: u = x10 ⇒ u ′ = 10x 9 e v = x 30 ⇒ v ′ = 30x 29


Então:
y = u.v ⇒ y ′ = u ′v + uv ′

y ′ = 10 x 9 .x 30 + x10 .30 x 29

y ′ = 10 x 39 + 30 x 39 ⇒ y ′ = 40 x 39

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02) y = x ( x + 1) ⇒ u = x
2 2
e v = x +1

y ′ = 2 x.( x + 1) + x 2 .1

y ′ = 2 x 2 + 2 x + x 2 ⇒ y ′ = 3x 2 + 2 x

x 1 1
03) y = ⇒ y= . x ⇒ u= e v= x
x x x

1 1 1 x 1
y′ = − 2
. x+ . ⇒ y′ = − 2 +
x x 2 x x 2x x

OBSERVAÇÃO:

Se tivermos um produto de 3 ou mais funções, a regra de derivação é semelhante.


Assim, por exemplo, se y = u.v.t , onde u = u ( x ) , v = v( x ) e t = t ( x ) , então:
y ′ = u ′vt + v ′ut + t ′uv

EXEMPLO:
u = x 4 ⇒ u ′ = 4 x 3

y = x 4 .x 5 .x 6 ⇒ v = x 5 ⇒ v ′′ = 5 x 4
t = x 6 ⇒ t ′ = 6 x 5

y ′ = 4 x 3 .x 5 .x 6 + 5 x 4 .x 4 .x 6 + 6 x 5 .x 4 .x 5

y ′ = 4 x14 + 5 x 14 + 6 x14 ⇒ y ′ = 15 x14

9.6 – FUNÇÃO QUOCIENTE:

u
Seja a função definida pela equação y = , onde u = u ( x ) e v = v( x ) .
v
Atribuindo à variável x um acréscimo ∆x , obtemos acréscimos ∆y , ∆u e ∆v , para as funções
y , u e v , de modo que podemos escrever:
u + ∆u
y + ∆y =
v + ∆v
u + ∆u u + ∆u u
∆y = − y ⇒ ∆y = −
v + ∆v v + ∆v v
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v.(u + ∆u ) − u.(v + ∆v )
∆y =
v.(v + ∆v )
uv + v∆u − uv − u∆v v∆u − u∆v
∆y = ⇒ ∆y =
v.(v + ∆v ) v.(v + ∆v )
Dividindo membro a membro por ∆x , teremos:
∆y v∆u − u∆v
=
∆x v.(v + ∆v ).∆x
Podemos ainda escrever esta igualdade na forma:
∆u ∆v
v −u
∆y
= ∆x ∆x
∆x v. v + ∆v )
(
∆y → 0

Tomando os limites para ∆x → 0 ⇒ ∆u → 0
∆v → 0

∆u ∆v du dv
− − u.
∆y lim ∆x lim ∆x
v. u. v.
∆x → 0 ∆x → 0 dy dx dx
lim ∆x = ⇒ =
∆x → 0 lim v.(v + ∆v ) ∆x → 0
dx v2

u u ′v − uv ′
Portanto: Se y = , onde u = u ( x ) e v = v( x ), então y ′ =
v v2

EXEMPLOS:

x 20 u = x ⇒ u ′ = 20 x
20 19

01) y = 
x 7 v = x 7 ⇒ v ′ = 7 x 6

20 x19 .x 7 − x 20 .7 x 6 20 x 26 − 7 x 26 13 x 26
y′ = ⇒ y′ = = 14 ⇒ y ′ = 13x12
(x )
7 2 x 14 x

3x + 5 u = 3 x + 5 ⇒ u ′ = 3
02) y = 
x − 2 v = x − 2 ⇒ v ′ = 1

3.( x − 2 ) − 1.(3 x + 5) 3x − 6 − 3x − 5 − 11
y′ = ⇒ y′ = ⇒ y′ =
(x − 2) 2
(x − 2) 2
( x − 2 )2
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9.7 – FUNÇÃO COMPOSTA:

Sejam y = f (u ) e u = g ( x ) .
Então y = f [g ( x )] , isto é, a variável dependente y é escrita como uma função composta da
variável independente x .
Se atribuirmos à variável x um acréscimo ∆x , vamos obter em correspondência um
acréscimo ∆u para a função u e um acréscimo ∆y para a função y .
Nestas condições, podemos escrever:
∆y ∆y ∆u
= .
∆x ∆u ∆x
∆u → 0
Tomando os limites para ∆x → 0 ⇒ 
∆y → 0
∆y ∆y ∆u
lim ∆x = lim ∆u . lim ∆x
∆x → 0 ∆u →0 ∆x → 0
dy dy du
Portanto, de acordo com a definição, podemos escrever: = .
dx du dx

Com isto, concluímos que a derivada da função composta é igual ao produto das derivadas
das funções em relação às suas variáveis imediatas.
Esta regra é conhecida como Regra da Cadeia e é igualmente válida para funções compostas
de três ou mais partes.
Assim, por exemplo, se y = f (u ) , u = g (t ) e t = h( x ) , então podemos empregar a Regra da
Cadeia e afirmar que:
dy dy du dt
= . .
dx du dt dx

Esta regra é considerada a mais importante entre todas as regras de derivação, uma vez que
é ela quem nos permite obter a derivada de certas funções aparentemente complicadas, conforme
teremos oportunidade de comprovar nas próximas aulas.

EXEMPLOS:
dy
01) Encontre , sendo y = u 2 , u = v 3 , v = t 4 e t = x 5
dx

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dy dy du dv dt
Pela Regra da Cadeia: = . . .
dx du dv dt dx
dy
= 2u.3v 2 .4t 3 .5 x 4
dx
A derivada já está pronta na expressão acima. Entretanto, como entendemos que y é uma
função composta na variável x , então a derivada y ′ deve ser também uma função de x .
Para obter essa função, basta substituir as funções na expressão obtida para a derivada, ou
seja:
dy
dx
( )( )
2 3
= 120.v 3 . t 4 . x 5 .x 4

dy
dx
3
( )( )
8
= 120. t 4 . x 5 .x15 .x 4

dy
dx
= 120. x 5 ( )12
.x 40 .x15 .x 4 ⇒
dy
dx
= 120.x 60 .x 40 .x15 .x 4 ⇒
dy
dx
= 120 x119

dy
02) Achar , sabendo que y = u 2 − 7 , u = t 2 e t = x 5
dx
dy dy du dt
Pela Regra da Cadeia: = . .
dx du dt dx
dy dy dy dy
= 2u.2t.5 x 4 ⇒ = 20.t 2 .x 5 .x 4 ⇒ = 20.x10 .x 5 .x 4 ⇒ = 20 x19
dx dx dx dx

9.8 – FUNÇÃO INVERSA:

Vamos considerar uma função definida pela lei y = f ( x ) , que seja bijetora num intervalo I ⊂ ℜ
e que seja derivável nesse intervalo.
Nestas condições, podemos afirmar que:
∆y
y ′ = lim existe e é finito para todo x ∈ I .
∆x → 0 ∆x
Como, por hipótese, a nossa função y = f ( x ) é bijetora no intervalo I , podemos definir nesse
intervalo a sua função inversa, isto é:
Se y = f ( x ) , então x = f −1
(y) (Inversa)

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Portanto, de acordo com a definição de derivada, podemos também escrever:


∆x
x ′ = lim (lembrando que, se ∆x → 0 ⇒ ∆y → 0 )
∆y →0 ∆y
Podemos, ainda, escrever:
1 1
x ′ = lim ⇒ x′ =
∆y → 0 ∆y ∆y
∆x lim ∆x
∆x → 0

1 1
Finalmente, percebemos que: x′ = ou y ′ =
y′ x′

Conclusão: A derivada da função inversa é igual ao inverso da derivada da função.


Tanto quanto a regra da função composta, estudada anteriormente, a regra da função inversa
será de grande aplicação para obter as derivadas de certos tipos de funções, como as
trigonométricas, por exemplo.

EXEMPLO:
Seja y = x , com x > 0 , isto é, y = f ( x ) .

Então, podemos escrever x = y 2 , ou seja, x = f −1


(y) (função inversa).
Neste caso: x ′ = 2 y
1 1 1
Como y ′ = , então: y ′ = ⇒ y′ =
x′ 2y 2 x

OBSERVAÇÃO: Este resultado está comprovado, pois já foi obtido anteriormente.

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CÁLCULO 1 – AULA 10 - DERIVADAS

10.1 – FUNÇÃO POTÊNCIA:

Na aula anterior aprendemos a regra para se derivar funções da forma y = x n , cuja derivada é

y ′ = n.x n −1 .
Agora, que já conhecemos a regra da Função Composta, vamos aprender a derivar funções
potência da forma y = [ f ( x )] , onde f ( x ) é uma função qualquer.
n

Fazendo y = u n e u = f (x ) , percebemos que y é uma função composta da variável x .


dy dy du
Pela Regra da Cadeia: = .
dx du dx
dy du
Temos: = n.u n −1 e = f ′( x )
du dx
dy
Portanto: = n.u n −1 . f ′( x ) , ou seja: dy
= n.[ f ( x )] . f ′( x )
n −1
dx dx

EXEMPLOS:

01) y = (5 x 3 − 4 x 2 + 8 x − 3)
100

dy
dx
( 99
) (
= 100. 5 x 3 − 4 x 2 + 8 x − 3 . 15 x 2 − 8 x + 8 )

Este exemplo mostra, com bastante clareza, a importância e praticidade desta regra.
Observe que a derivada foi obtida rapidamente e, principalmente, na forma fatorada.
Caso esta regra não existisse, teríamos primeiramente que desenvolver o produto notável, isto
é, elevar o polinômio à centésima potência, dando origem a um polinômio de grau 300, e só
depois o derivarmos para obter um polinômio de grau 299.
Além do trabalho de se desenvolver o polinômio, teríamos ainda o trabalho de deriva-lo e
fatorá-lo.

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5
 3x − 2 
02) y =  
 2x + 5 
3x − 2
Fazendo u = , teremos y = u 5
2x + 5
dy dy du
Pela Regra da Cadeia: = .
dx du dx
du 3.(2 x + 5) − 2.(3 x − 2 ) 19 dy
Temos: = = e = 5u 4
dx (2 x + 5) 2
(2 x + 5) 2
du

4
dy 95  3x − 2 
Portanto: = 2 
. 
dx (2 x + 5)  2 x + 5 

10.2 – FUNÇÃO EXPONENCIAL:

Seja a função exponencial definida por y = a x , onde a > 0 e a ≠ 1 .


dy f ( x + ∆x ) − f ( x )
Por definição, sabemos que: = lim
dx ∆x→0 ∆x

Então:
dy
= lim
a x + ∆x − a x

dy
= lim
(
a x . a ∆x − 1 )
dx ∆x→0 ∆x dx ∆x→0 ∆x
dy a ∆x − 1
= lim a x . lim
dx ∆x→0 ∆x → 0 ∆x
O primeiro limite é imediato e o segundo é um limite fundamental exponencial.

Portanto: dy
Se y = a x , com a > 0 e a ≠ 1, então = a x . ln a
dx

Esta regra, aplicada para exponenciais da forma y = a x , pode ser estendida para funções

exponenciais da forma y = a f ( x ) , isto é, na forma composta.


Se aplicarmos a estas funções a Regra da Cadeia, veremos que a derivada será quase a
mesma que acabamos de mostrar.
Basta trocar x por f ( x ) e multiplicar o resultado por f ′( x ) , ou seja:

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dy
Se y = a f ( x ) , então = a f ( x ) . ln a. f ′( x )
dx

EXEMPLOS:

dy
01) y = 3 x ⇒ = 3 x. ln 3
dx

dy dy
02) y = e x ⇒ = e x . ln e ⇒ = ex
dx dx
Observe que, quando a base for Número Neperiano e, a constante irracional ln a é 1.

dy 1 dy 5 x . ln 5
03) y = 5 x
⇒ = 5 x . ln 5. ⇒ =
dx 2 x dx 2 x

2
−3 dy 2
04) y = e x ⇒ = 2 x.e x −3
dx

10.3 – FUNÇÃO LOGARÍTMICA:

Como já aprendemos a derivar funções exponenciais e funções inversas, podemos obter a


derivada das funções logarítmicas aplicando essas regras, uma vez que as funções logarítmicas
são inversas das exponenciais.
x
Seja, então a função logarítmica definida pela equação: y = log , onde x > 0, a > 0 e a ≠ 1 .
a

Nestas condições, podemos dizer que x = a y (função inversa).


1
Aprendemos também que, para duas funções inversas: y ′ = .
x′
1 1
No nosso caso: x ′ = a y . ln a ⇒ y ′ = y
⇒ y′ =
a . ln a x. ln a
1 ln e 1 e
Porém: = ⇒ = log (pela Propriedade de mudança de bases em logaritmos)
ln a ln a ln a a

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x 1 e
Portanto: Se y = log , então y ′ = log
a x a

e
Observe que log a
é uma constante irracional e que se tornará igual a 1 quando a base do

e
logaritmo for a base Natural e, ou seja, log = 1.
e

x
Uma vez que a regra está demonstrada para y = log , podemos utilizar a Regra da Cadeia e
a

f (x)
estende-la para funções da forma y = log , isto é:
a

f (x ) f ′( x ) e
Se y = log , então y ′ = . log
a f (x ) a

EXEMPLOS:
x 1 e
01) y = log ⇒ y ′ = log
3 x 3

1 e 1
02) y = ln x ⇒ y ′ = log ⇒ y′ =
x e x

1
x 2 x e 1 e
03) y = log ⇒ y′ = . log ⇒ y ′ = log
5
x 5 2x 5

2x − 1
04) y = ln (x 2 − x + 1) ⇒ y ′ =
x − x +1
2

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CÁLCULO 1 – AULA 11 - DERIVADAS

11.1 – FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS:

A) FUNÇÃO SENO:

Seja a função definida por y = sen x .


dy f ( x + ∆x ) − f ( x )
Por definição: = lim
dx ∆x →0 ∆x
dy sen ( x + ∆x ) − sen x
No nosso caso: = lim
dx ∆x →0 ∆x
Porém, da Trigonometria, sabe-se que:
 A− B  A+ B
sen A − sen B = 2. sen  . cos  (transformação de diferença em produto)
 2   2 
 ∆x   2 x + ∆x 
Então: sen ( x + ∆x ) − sen x = 2. sen . cos 
 2   2 
Substituindo no limite:
 ∆x   2 x + ∆x 
2. sen  . cos 
dy
=  2   2 
dx lim
∆x →0 ∆x
Dividindo o numerador e o denominador por 2, podemos escrever:
 ∆x 
sen  
dy  2 .  2 x + ∆x 
= lim lim cos 
dx ∆x→0 ∆x ∆x → 0  2 
2
Como o primeiro limite é fundamental e igual a 1, concluímos que:

dy
Se y = sen x , então = cos x
dx

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Pela regra da função composta, podemos estender esta regra, ou seja:

dy
Se y = sen[ f ( x )], então = f ′( x ). cos[ f ( x )]
dx

EXEMPLOS:
( ) (
01) y = sen x 2 − 2 ⇒ y ′ = 2 x. cos x 2 − 2 )

02) y = sen(7 x ) ⇒ y ′ = 7 cos(7 x )

( )
03) y = sen e x ( )
⇒ y ′ = e x . cos e x

B) FUNÇÃO COSSENO:

Seja a função definida por y = cos x .


dy f ( x + ∆x ) − f ( x )
Sabemos, por definição, que: = lim
dx ∆x →0 ∆x
dy cos( x + ∆x ) − cos( x )
No nosso caso: = lim
dx ∆x→0 ∆x
Da Trigonometria, mostra-se a seguinte identidade:
 A+ B  A− B
cos A − cos B = −2. sen . sen 
 2   2 
 x + ∆x + x   x + ∆x − x 
Assim: cos( x + ∆x ) − cos x = −2 sen  . sen 
 2   2 
Substituindo no limite:
 2 x + ∆x   ∆x 
− 2 sen  . sen 
dy
= lim  2   2 
dx ∆x→0 ∆x
Dividindo o numerador e o denominador por 2 e separando os limites, teremos:

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 ∆x 
sen  
dy  2 .   2 x + ∆x 
= lim lim  − 2 sen 
dx ∆x→0 ∆x ∆x → 0   2 
2
Como o primeiro limite é fundamental e vale 1, portanto:

dy
Se y = cos x , então = − sen x
dx

Estendendo esta regra para funções compostas da forma y = cos[ f ( x )] , teremos:

Se y = cos[ f ( x )], então y ′ = − f ′( x ). sen[ f ( x )]

EXEMPLOS:

dy
01) y = cos(ax + b ) ⇒ = −a sen (ax + b )
dx

(
02) y = cos ln x + x 2 ) 1 
(
⇒ y ′ = − + 2 x . sen ln x + x 2 )
x 

03) y = cos(sen x ) ⇒ y ′ = − cos x. sen (sen x )

C) FUNÇÃO TANGENTE:

sen x
Se y = tgx , então podemos escrever y = .
cos x
Assim, podemos derivar a tangente como uma função quociente, ou seja:
dy cos x. cos x − sen x.(− sen x ) cos 2 x + sen 2 x 1
= 2
= 2
= = sec 2 x
dx cos x cos x cos 2 x

Portanto: dy
Se y = tgx , então = sec 2 x
dx

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Estendendo esta regra para funções compostas da forma y = tg [ f ( x )] , temos:

dy
Se y = tg [ f ( x )], então = f ′( x ). sec 2 [ f ( x )]
dx

EXEMPLOS:

( )
01) y = tg 2 x ⇒ y ′ = 2 x. ln 2; sec 2 2 x( )

( )
02) y = tg x 7 ( )
⇒ y ′ = 7 x 6 . sec 2 x 7

1
03) y = tg (ln x ) ⇒ y ′ = sec 2 (ln x )
x

D) FUNÇÃO COTANGENTE:

cos x
Se y = cot gx , então podemos escrever: y = .
sen x
Derivando pela regra da função quociente, resulta:
dy − sen x. sen x − cos x. cos x sen 2 x + cos 2 x 1
= 2
= − 2
=− = − cos sec 2 x
dx sen x sen x sen 2 x

Portanto: dy
Se y = cot gx , então = − cos sec 2 x
dx

Podemos estender esta regra para funções compostas da forma y = cot g [ f ( x )] .

Assim:
dy
Se y = cot g [ f ( x )], então = − f ′( x ). cos sec 2 [ f ( x )]
dx

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EXEMPLOS:

01) y = cot g ( x) ⇒ y′ = −
1
2 x
cos sec 2 ( x)

02) y = cot g (3 x + 5) ⇒ y ′ = −3 cos sec 2 (3x + 5)

03) y = cot g (sen x ) ⇒ y ′ = − cos x. cos sec 2 (sen x )

E) FUNÇÃO SECANTE:

1
Se y = sec x , então y = .
cos x
Derivando pela regra da função quociente:
dy 0. cos x − 1.(− sen x ) sen x 1 sen x
= 2
= 2
= . = sec x.tgx
dx cos x cos x cos x cos x

Portanto: dy
Se y = sec x , então = sec x.tgx
dx

Estendendo esta regra para funções da forma y = sec[ f ( x )] , teremos:

dy
Se y = sec[ f ( x )], então = f ′( x ). sec[ f ( x )].tg [ f ( x )]
dx

EXEMPLOS:

01) y = sec(sen x ) ⇒ y ′ = cos x. sec(sen x ).tg (sen x )

( ) ( ) ( )
02) y = sec e x ⇒ y ′ = e x . sec e x .tg e x

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( ) ( ) ( )
03) y = sec x m ⇒ y ′ = m.x m −1 . sec x m .tg x m

F) FUNÇÃO COSSECANTE:

1
Se y = cos sec x , então y = .
sen x
Pela regra da função quociente:
dy 0. sen x − 1. cos x cos x 1 cos x
= 2
=− 2
=− . = − cos sec x. cot gx
dx sen x sen x sen x sen x

dy
Portanto: Se y = cos sec x , então = − cos sec x. cot gx
dx

Estendendo esta regra para funções compostas da forma y = cos sec[ f ( x )] , teremos:

dy
Se y = cos sec[ f ( x )] , então = − f ′( x ) cos sec[ f ( x )]. cot g [ f ( x )]
dx

EXEMPLOS:

( ) ( ) (
01) y = cos sec x 2 − 3x + 1 ⇒ y ′ = −(2 x − 3). cos sec x 2 − 3 x = 1 . cot g x 2 − 3x + 1 )

02) y = cos sec(tgx ) ⇒ y ′ = − sec 2 x. cos sec(tgx ). cot g (tgx )

11.2 – FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS INVERSAS:

Para obtermos as derivadas das Funções Trigonométricas Inversas, vamos recordar a Aula 7,
quando definimos essas funções adequadamente, em intervalos onde elas fossem bijetoras e
vamos aplicar a todas elas a Regra da Função Inversa.

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A) FUNÇÃO INVERSA DO SENO:

Se y = arcsen x , então x = sen y .


1
Logo: x ′ = cos y e y ′ = (Regra da Função Inversa)
x′
1 1
Assim: y ′ = =
1 − sen y
2
1− x2

1
Portanto: Se y = arcsen x , então y ′ =
1− x2

Para y = arcsen[ f (x )] , teremos:

f ′( x )
Se y = arcsen[ f ( x )] , então y ′ =
1 − [ f ( x )]
2

EXEMPLOS:

3x 2 3x 2
01) y = arcsen (x 3
) ⇒ y′ = =
( )
1 − x3
2
1 − x6

02) y = arcsen e( ) x
⇒ y′ =
ex
=
ex
1− ex( ) 2
1 − e2x

B) FUNÇÃO INVERSA DO COSSENO:

Se y = arccos x , então x = cos y .


1
x ′ = − sen y e y ′ =
x′

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1 1 1
Assim: y ′ = =− =−
− sen y 1 − cos 2 y 1− x2

1
Portanto: Se y = arccos x , então y ′ = −
1− x2

Estendendo para funções da forma y = arccos[ f ( x )] , resulta:

f ′( x )
Se y = arccos[ f ( x )] , então y ′ = −
1 − [ f ( x )]
2

EXEMPLOS:
5
01) y = arccos(5 x − 2 ) ⇒ y ′ = −
1 − (5 x − 2 )
2

( )
02) y = arccos 3 x ⇒ y′ = −
3 x ln 3
=−
3 x ln 3
( )
1 − 3x
2
1 − 32 x

C) FUNÇÃO INVERSA DA TANGENTE:

Se y = arctgx , então x = tgy .


1
Neste caso: x ′ = sec 2 y e y ′ =
x′
1 1 1
Assim: y ′ = = =
sec y 1 + tg y 1 + x 2
2 2

Portanto: 1
Se y = arctgx , então y ′ =
1+ x2

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Estendendo esta regra para funções compostas da forma y = arctg [ f ( x )]:

f ′( x )
Se y = arctg [ f ( x )] , então y ′ =
1 + [ f ( x )]
2

EXEMPLOS:
7x6 7x6
( )
01) y = arctg x 7
⇒ y′ = ⇒ y′ =
( )
1 + x7
2
1 + x14

( )
02) y = arctg 2 x
⇒ y′ =
2 x ln 2
1 + 22x

D) FUNÇÃO INVERSA DA COTANGENTE:

Se y = arc cot gx , então x = cot gy


1
Neste caso: x ′ = − cos sec 2 y e y ′ =
x′
1 1 1
Assim: y ′ = =− =−
− cos sec y
2
1 + cot g y
2
1+ x2

Portanto: 1
Se y = arc cot gx , então y ′ = −
1+ x2

Estendendo esta regra para função composta:

f ′( x )
Se y = arc cot g [ f ( x )] , então y ′ = −
1 + [ f ( x )]
2

EXEMPLOS:
9 9
01) y = arc cot g (9 x ) ⇒ y ′ = − ⇒ y′ = −
1 + (9 x ) 1 + 81x 2
2

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cos x
02) y = arc cot g (sen x ) ⇒ y ′ = −
1 + sen 2 x

E) FUNÇÃO INVERSA DA SECANTE:

Se y = arc sec x , então x = sec y .


1
Temos: x ′ = sec y.tgy e y ′ =
x′
1 1 1
y′ = = =
sec y.tgy sec y. sec 2 y − 1 x x 2 − 1

Portanto: 1
Se y = arc sec x , então y ′ =
x x2 −1

Estendendo esta regra para função composta:

f ′( x )
Se y = arc sec[ f ( x )] , então y ′ =
f (x ) [ f (x )]2 − 1

EXEMPLOS:
1

01) y = arc sec x ( )⇒ y′ =


2 x
⇒ y′ =
1
x. ( x) 2
−1 2x x − 1

( )
02) y = arc sec e x ⇒ y′ =
ex
⇒ y′ =
1
ex (e )
x 2
−1 e2x −1

F) FUNÇÃO INVERSA DA COSSECANTE:

Se y = arccos sec x , então x = cos sec y .


1
Neste caso: x ′ = − cos sec y. cot gy e y′ =
x′
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1 1 1
Logo: y ′ = =− =−
− cos sec y. cot gy cos sec y cos sec 2 y − 1 x x2 −1

1
Portanto: Se y = arccos sec x , então y ′ = −
x x2 −1

Estendendo a regra para função composta, teremos:

f ′( x )
Se y = arccos sec[ f ( x )] , então y ′ = −
f (x ) [ f (x )]2 − 1

EXEMPLOS:

( )
01) y = arccos sec x 5 ⇒ y′ = −
5x 4
⇒ y′ = −
5
x5 (x )
5 2
−1 x x 10 − 1

( )
02) y = arccos sec 5 x
⇒ y′ = −
5 x ln 5
⇒ y′ = −
ln 5
5x (5 )
x 2
−1 52x − 1

11.3 – FUNÇÕES HIPERBÓLICAS:

Como as Funções Hiperbólicas são todas definidas usando exponenciais de base natural,
podemos obter as suas derivadas a partir da definição de cada uma delas.

A) FUNÇÃO SENO HIPERBÓLICO:

e x − e−x
Se y = senh x então, por definição, y = .
2
dy e x − (− e − x ) e x + e − x
A derivada será: = = = cosh x
dx 2 2

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dy
Portanto: Se y = senh x , então = cosh x
dx

No caso da função composta, teremos:

dy
Se y = senh[ f ( x )], então = f ′( x ) cosh[ f ( x )]
dx

EXEMPLOS:

( ) ( ) (
01) y = senh x 3 − 2 x 2 + 5 x ⇒ y ′ = 3 x 2 − 4 x + 5 . cosh x 3 − 2 x 2 + 5 x )

( )
02) y = senh e x ⇒ y ′ = e x . cosh (e x )

B) FUNÇÃO COSSENO HIPERBÓLICO:

e x + e−x
Se y = cosh x então, por definição, y = .
2
dy e x + (− e − x ) e x − e − x
A derivada será: = = = senh x
dx 2 2

Portanto: dy
Se y = cosh x , então = senh x
dx

No caso da função composta, teremos:

dy
Se y = cosh[ f ( x )], então = f ′( x )senh[ f ( x )]
dx

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EXEMPLOS:

01) y = cosh ( x) ⇒ y′ =
1
2 x
senh ( x)

02) y = cosh (sen x ) ⇒ y ′ = cos x. senh (sen x )

C) FUNÇÃO TANGENTE HIPERBÓLICA:

senh x
Se y = tghx então, por definição, y = .
cosh x
dy cosh 2 x − senh 2 x 1
A derivada será: = 2
= 2
= sec h 2 x
dx cosh x cosh x

Portanto: dy
Se y = tghx , então = sec h 2 x
dx

No caso da função composta, teremos:

dy
Se y = tgh[ f ( x )], então = f ′( x )sec h 2 [ f ( x )]
dx

EXEMPLOS:

1 1 1
01) y = tgh  ⇒ y ′ = − 2 sec h 2  
 x x  x

( )
02) y = tgh 2 x ⇒ y ′ = 2 x. ln 2. sec h 2 (2 x )

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D) FUNÇÃO COTANGENTE HIPERBÓLICA:

cosh x
Se y = cot ghx então, por definição, y = .
senh x
dy senh 2 x − cosh 2 x −1
A derivada será: = 2
= 2
= − cos sec h 2 x
dx senh x senh x

Portanto: dy
Se y = cot ghx , então = − cos sec h 2 x
dx

No caso da função composta, teremos:

dy
Se y = cot gh[ f ( x )], então = − f ′( x ) cos sec h 2 [ f ( x )]
dx

EXEMPLOS:

1
01) y = cot gh(ln x ) ⇒ y ′ = − cos sec h 2 (ln x )
x

02) y = cot gh(tgx ) ⇒ y ′ = − sec 2 x. cos sec h 2 (tgx )

E) FUNÇÃO SECANTE HIPERBÓLICA:

1
Se y = sec hx então, por definição, y = .
cosh x
dy 0. cosh x − 1. senh x − senh x 1 senh x
A derivada será: = 2
= =− . = − sec hx.tghx
dx cosh x cosh x. cosh x cosh x cosh x

Portanto:
dy
Se y = sec hx , então = − sec hx.tghx
dx

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No caso da função composta, teremos:

dy
Se y = sec h[ f ( x )], então = − f ′( x )sec h[ f ( x )].tgh[ f ( x )]
dx

EXEMPLOS:

( )
01) y = sec h x 5 ⇒ y ′ = −5 x 4 . sec h(x 5 ).tgh(x 5 )

( )
02) y = sec h 10 x ⇒ y ′ = −10 x ln 10. sec h(10 x ).tgh(10 x )

F) FUNÇÃO COSECANTE HIPERBÓLICA:

1
Se y = cos sec hx então, por definição, y = .
senh x
dy 0. senh x − 1. cosh x − cosh x 1 cosh x
A derivada será: = 2
= =− . = − cos sec hx. cot ghx
dx senh x senh x. senh x senh x senh x

Portanto:
dy
Se y = cos sec hx , então = − cos sec hx. cot ghx
dx

No caso da função composta, teremos:

dy
Se y = cos sec h[ f ( x )] , então = − f ′( x ). cos sec hx. cot ghx
dx

EXEMPLOS:

01) y = cos sec h(ax + b ) ⇒ y ′ = −a. cos sec h(ax + b ). cot gh(ax + b )

02) y = cos sec h(cos x ) ⇒ y ′ = sen x. cos sec h(cos x ). cot gh(cos x )

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CÁLCULO 1 – AULA 12 - DERIVADAS

APLICAÇÕES:

Agora que já estudamos todas as regras de derivação de funções da forma y = f ( x ) , e já


termos feito exemplos específicos para cada uma delas em particular, achamos importante fazer
esta aula apenas com exercícios resolvidos.

01) Achar a derivada y ′ nas seguintes funções:

a) y = cos(arcsen x )
Fazendo u = arcsen x , temos y = cos u
dy dy du
Pela Regra da Cadeia: = .
dx du dx
dy 1 1 dy x
= − sen u. = − sen (arcsen x ). ⇒ =−
dx 1− x2 1− x2 dx 1− x2

x2

b) y = x.e 2

x2 x2 x2
−  2x  − −
y ′ = 1.e 2
+ x. − .e 2 ⇒ y′ = e 2
.(1 − 2 x )
 x 

1+ x
c) y =
1− x

1 
(
. 1 − x −  −
1 
)
. 1 + x ( )
y′ =
2 x  2 x
1− x
2
( )
1 1 1 1
− + +
2 x 2 2 x 2 1
y′ = ⇒ y′ =
(1 − x ) 2
(
x. 1 − x )2

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a b
d) y = −
3
x2 3
x4
2 4
− −
y = a.x 3
− b.x 3

2 4
2 − −1  4  − −1
y ′ = − .a.x 3 −  − .b.x 3
3  3
5 7
2 − 4 − 2a 4b
y ′ = − .a.x 3 + .b.x 3 ⇒ y ′ = − +
3 3 33 x 5 33 x 7

[ ( )]
3
1 −
e) y = ⇒ y = sen 5 x 2 2

( )
sen 3 5 x 2

[ ( )] ( )
3
3 − −1
y′ = − sen 5 x 2 2 .10 x. cos 5 x 2
2

y′ = −
3
[ ( )]
sen 5 x 2

5
2 ( )
.10 x. cos 5 x 2 ⇒ y′ = −
( )
15 x. cos 5 x 2
2 sen 5 (5x )2

π x 
02) Se y = tg 3   , calcule y ′(2 )
 6 
π x  2π x  π
y ′ = 3.tg 2  . sec  .
 6   6  6
Para x = 2 , teremos:
π  π  π
y ′(2) = 3.tg 2  . sec 2  .
3  3 6
π π
Da Trigonometria, sabemos que: tg = 3 e sec =2
3 3

Então: y ′(2 ) = 3. 3 .2 2. ( ) 2 π
6
⇒ y ′(2) = 6π

 x
03) Se y = ln (1 + x ) + arcsen  , calcule o valor de y ′(1) .
2

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1
1 2 1 1
y′ = + ⇒ y′ = +
1+ x 2
x 1+ x 4 − x2
1−
4
No ponto x = 1 , teremos:

1 1 1 3 3+ 2 3
y ′(1) = + ⇒ y ′(1) = + ⇒ y ′(1) =
2 3 2 3 6
1 + cos 2 x 2 cos x
04) Prove que, se y = , então y ′ = − .
1 − cos 2 x sen 3 x
− 2 sen 2 x.(1 − cos 2 x ) − (1 + cos 2 x ).2 sen 2 x
y′ =
(1 − cos 2 x )2
− 2 sen 2 x + 2 sen 2 x. cos 2 x − 2 sen 2 x − 2 sen 2 x. cos 2 x
y′ =
(1 − cos 2 x )2
4 sen 2 x 4.2 sen x. cos x 2 cos x
y′ = − ⇒ y′ = − ⇒ y′ = −
(1 − cos 2
x + sen x 2
)
2 4
4. sen x sen 3 x

1
05) Sendo y = sen t , u = cos t e x = arccos  e y = f ( x ) , achar y ′ .
u
Temos y como uma função composta da variável x .
Neste caso, devemos ter y = f (t ) , t = g (u ) e u = h( x ) .
Portanto, devemos reescrever as expressões dadas, isto é:
1 1
y = sen t ; t = arccos u e = cos x ⇒ u = = sec x
u cos x
Pela Regra da Cadeia:
dy dy dt du
= . .
dx dt du dx

dy   2
Assim: = cos t. −
1
. sec x.tgx ⇒ dy = − sec x.tgx

dx  1− u2  dx 1 − sec 2 x

Atenção: Observe que, embora tenhamos determinado uma expressão para a derivada desta
função composta, ela não existe no campo dos Reais, uma vez que 1 − sec 2 x = −tg 2 x . No entanto,
o exercício é didaticamente válido, como uma aplicação de funções compostas.
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CÁLCULO 1
EXERCÍCIOS - AULA 12

01) Mostre que:


a) se y = 2 sen ( x + a ). cos( x − a ) − sen 2 x , então y′ = 0 .
tgx − 1
b) se y = então y′ = cos x + sen x .
sec x
1
c) se y = ln  x + x 2 − 1  então y′ = .
  x 2 −1

1 + sen x
d) se y = ln então y′ = sec x .
1 − sen x

1 − cos x 1
e) se y = x − arctg , então y′ = .
1 + cos x 2

x2 − 5 15
02) Achar y′ (3) sendo y = 2
. Resp: .
10 − x 2

arcsen x dy 1 3 3
03) Sendo y = , calcule para x = . Resp:
ar cos x dx 2 π

π 1 + sen x
04) Achar y′   sendo y= . Resp: 2.
 6 cos x

1 3  x − 2
05) Sabendo que f (x ) = ln ( g ( x )) + arctg   + 37 e g ( x ) = x 2 − 4 x + 8 , verifique que
2 2  2 
f ′( x ).g ( x ) − 1 = x .

 3
06) Sendo f ( x ) = cos(arcsen x ) , calcule f ′ .
 Resp: − 3
 2 

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1 3
07) Sabe-se que a reta r, tangente à curva y = arctg   pelo ponto x = , é perpendicular à reta
 x 3
4 23
s, que contém o ponto P(− 2,5) . Mostre que a equação da reta s é y = x+ .
3 3

(
08) Determinar as equações das retas tangentes à curva da função f ( x ) = ln x 2 − 5 x + 7 nos )
pontos de sua interseção com o eixo das abscissas. Resp: y = − x + 2 e y = x − 3

09) As retas tangentes ao gráfico da função f ( x ) = x 3 − 4 x 2 + 5 x − 7 pelos pontos x = 1 e x = 3 são

5 
concorrentes num ponto P. Encontre as coordenadas desse ponto. Resp: P ,−5 
 2 
t dy dt
10) Seja y = , onde t = t ( x ) . Calcule , sabendo que = 4 e que t = 2 para x = 1 .
x+t dx P dx P

2
Resp: .
9

 1 9
11) Seja f : R → R uma função derivável e seja g ( t ) = f  t 2 +  . Supondo que f ′   = 40 ,
 t 2
Calcule g ′ (2) . Resp: 150.

12) Achar os pontos sobre a curva y= x 2 − 16 onde as tangentes são paralelas à reta

3y + 5x = 2 . Resp: ( − 5 , 3 ) e ( 5 , 3 )

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CÁLCULO 1 – AULA 13 - DERIVADAS

13.1 – DERIVADA DE FUNÇÕES IMPLÍCITAS:

Dizemos que uma função é Implícita ou é definida implicitamente quando ela é representada
por uma equação da forma f ( x, y ) = 0 .

EXEMPLOS:
01) 3x 2 + 2 xy = 0

( )
02) cot g ( xy ) − cos 2 y + sen 3 x 2 y = 0

03) x 3 − y 3 = 1

04) ln x + ln y − sen x + cos y = x 2 − 1


π
05) arcsen ( x + y ) =
6

Uma função dada na forma implícita f ( x, y ) = 0 geralmente está representando numa única

equação duas ou mais funções explícitas da forma y = f ( x ) .


Algumas funções implícitas podem ser escritas na forma explícita, mas a maioria não.
Neste item queremos obter a derivada y ′ de uma função implícita, independentemente do fato
de podermos ou não escreve-la na forma explícita.
Para isto, procedemos da seguinte maneira:
a) usando as regras de derivação conhecidas derivamos a equação com relação a x e a y ,
simultaneamente;
b) quando derivarmos com relação a y devemos multiplicar o resultado por y ′ ;
c) como y ′ irá aparecer como um fator comum, então o colocamos em evidência e o
isolamos.

Desta forma teremos obtido a expressão da derivada da função implícita, que será outra
função implícita.

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Esta derivada é válida para todas as funções explícitas que essa função implícita está
representando.

EXEMPLOS:
Achar a derivada y ′ nas funções dadas na forma implícita:

01) x 2 + y 2 = 1
Derivando implicitamente:
2 x + 2 y. y ′ = 0
− 2x x
Isolando y ′ , temos: y ′ = ⇒ y′ = −
2y y
Observação:
A equação x 2 + y 2 = 1 representa no plano cartesiano uma circunferência de centro na Origem
e raio unitário. Portanto, esta equação não representa uma função e sim uma relação.
Entretanto, interpretando essa relação como uma função dada na forma implícita, foi possível
encontrar uma expressão para a sua derivada.
Usando o conceito da Interpretação Geométrica da Derivada, observe que a expressão obtida
para a derivada de x 2 + y 2 = 1 é válida para qualquer ponto (x, y ) da circunferência,
independentemente do quadrante ao qual pertença esse ponto.
Este exemplo ilustra o fato de que, mesmo quando a função implícita representar várias
funções, é possível obter uma única expressão para as derivadas de todas essas funções.

02) 3x 2 − 5 xy = 2
Derivando implicitamente:
6 x − 5.(1. y + x. y ′) = 0
6 x − 5 y − 5 xy ′ = 0 ⇒ 5 xy ′ = 6 x − 5 y
6x − 5 y
Isolando y ′ , obtemos: y ′ =
5x
03) x 3 + y 3 − 3axy = 0
Derivando implicitamente:
3x 2 + 3 y 2 . y ′ − 3a ( y + xy ′) = 0

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3x 2 + 3 y 2 . y ′ − 3ay − 3axy ′ = 0

3 y ′( y 2 − ax ) = 3(ay − x 2 )

ay − x 2
Isolando y ′ , resulta: y ′ =
y 2 − ax

04) arctg ( x + y ) = y
Podemos escrever: x + y = tgy
Derivando implicitamente:
1 + y ′ = sec 2 y. y ′

y ′(sec 2 y − 1) = 1
1 1
Isolando y ′ , teremos: y ′ = ⇒ y ′ = 2 ⇒ y ′ = cot g 2 y
sec y − 1
2
tg y

05) ln y + e xy = x
Derivando implicitamente:
1
. y ′ + e xy ( y + xy ′) = 1
y
y′
+ y.e xy + xy ′.e xy = 1
y
Multiplicando por y :

y ′ + y 2 .e xy + xyy ′.e xy = y

y ′(1 + xy.e xy ) = y − y 2 .e xy

y − y 2 .e xy
Isolando y ′ , obtemos: y ′ =
1 + xy.e xy

06) Mostre que a equação da reta tangente ao gráfico da função x 2 + xy + 2 y 2 = 28 no ponto


P (2 , 3) é x + 2 y − 8 = 0 .
A equação da reta tangente à curva da função y = f ( x ) no ponto ( x0 , y 0 ) é dada por:

y − y 0 = y ′( x0 )(
. x − x0 ) , onde x0 = 2 e y 0 = 3 .

Falta-nos apenas o valor da derivada y ′( x0 ) = y ′(2 ) .

Como a função foi dada na forma implícita, vamos deriva-la implicitamente.


Assim: 2 x + y + xy ′ + 4 yy ′ = 0
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y ′( x + 4 y ) = −2 x − y
− 2x − y
Isolando y ′ , obtemos y′ =
x + 4y
−4−3 −7 1
No ponto P(2,3) ⇒ y ′(2 ) = = =−
2 + 12 14 2
1
Então, a reta tangente será: y − 3 = − (x − 2) , ou, na forma geral: x + 2 y − 8 = 0
2

13.2 – DERIVADA DA FUNÇÃO EXPONENCIAL GERAL:

Dizemos que uma função é Exponencial Geral quando ela se apresenta sob a forma y = u v ,

onde u = u ( x ) e v = v( x ) , isto é, uma função exponencial particular onde tanto a base como o
expoente são funções da variável x

EXEMPLOS:

01) y = x x

02) y = x sen x

03) y = (tgx )
cosh x

Como não se trata de uma função potência e muito menos de uma função exponencial
comum, devemos dar um tratamento especial para essa classe de funções.
Este tratamento consiste em transformar a função dada com o uso de logaritmos e, depois,
deriva-la implicitamente.
De modo geral:
Se y = u v , podemos tomar logaritmos e obter:

ln y = ln u v ⇒ ln y = v. ln u (que é uma função implícita)


Derivando implicitamente:
1 u′
. y ′ = v ′. ln u + v.
y u

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 u ′v 
y ′ = y. v ′ ln u + 
 u 
 u ′v 
y ′ = u v . v ′ ln u + 
Como y = u , podemos escrever:
v
 u 

EXEMPLOS:
1
01) y = x x ⇒ y = x x
Tomando logaritmos:
1
1
ln y = ln x x ⇒ ln y = . ln x
x
Derivando implicitamente:
1 1 1 1
. y ′ = − 2 . ln x + .
y x x x
x
y x
y′ = 2
.(1 − ln x ) ⇒ y ′ = 2
.(1 − ln x )
x x

02) y = x ln x
Tomando logaritmos:
ln y = ln x ln x ⇒ ln y = ln x. ln x
Derivando implicitamente:
1 1 1
. y ′ = . ln x + . ln x
y x x

2y 2 x ln x
y′ = ′
ln x ⇒ y = . ln x
x x

03) y = (sen x )
x

Tomando logaritmos:
ln y = ln(sen x ) ⇒ ln y = x. ln (sen x )
x

Derivando implicitamente:
1 cos x
. y ′ = 1. ln (sen x ) + x.
y sen x

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 x cos x 
y ′ = y.ln (sen x ) +
 sen x 

y ′ = (sen x ) .[ln(sen x ) + x. cot gx ]


x

13.3 – DERIVADAS DE ORDEM SUPERIOR:

Consideremos que a função definida por y = f ( x ) seja Contínua num intervalo I ⊂ ℜ e


derivável num intervalo I 1 ⊂ I .
Então, nesse intervalo I 1 , podemos definir a função y ′ = f ′( x ) , isto é, a função derivada
primeira de y em relação a x ou derivada de primeira ordem.
Se y ′ = f ′( x ) for derivável num intervalo I 2 ⊂ I 1 , podemos definir em I 2 a função y ′′ = f ′′( x ) ,
isto é, a função derivada segunda de y em relação a x ou derivada de segunda ordem.

Se tomarmos intervalos I 3 ⊂ I 2 , I 4 ⊂ I 3 , etc., podemos definir as derivadas:

y ′′′ = f ′′′( x ) ⇒ derivada terceira ou de terceira ordem;

y IV = f IV
(x ) ⇒ derivada quarta ou de quarta ordem;
M
y (n ) = f (n ) (x ) ⇒ derivada enésima ou de enésima ordem.

Estas derivadas, chamadas de Derivadas de Ordem Superior ou Derivadas Sucessivas,


podem ainda ser denotadas por:

d 2 y d  dy 
y ′′ = =
dx 2 dx  dx 
d 3 y d d 2 y
y ′′′ = =  
dx 3 dx  dx 2 
M
d n y d  d n −1 y 
y (n ) = =  
dx n dx  dx n −1 

Cada derivada de ordem superior é obtida derivando-se a derivada anterior, isso é:


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- a derivada de segunda ordem é a derivada da derivada de primeira ordem;


- a derivada de terceira ordem é a derivada da derivada de segunda ordem;
- a derivada de quarta ordem é a derivada da derivada de terceira ordem;
e assim, sucessivamente.

EXEMPLOS:

01) Obter todas as derivadas da função definida por y = 4 x 5 − 3x 4 + 2 x 3 − 5 x 2 + x + 1 .


dy
= 20 x 4 − 12 x 3 + 8 x 2 − 10 x + 1 (derivada de primeira ordem)
dx
d2y
= 80 x 3 − 36 x 2 + 16 x − 10 (derivada de segunda ordem)
dx 2
d3y
3
= 240 x 2 − 72 x + 16 (derivada de terceira ordem)
dx
d4y
= 480 x − 72 (derivada de quarta ordem)
dx 4
d5y
= 480 (derivada de quinta ordem)
dx 5
d6y
=0 (derivada de sexta ordem)
dx 6
d7y
=0 (derivada de sétima ordem)
dx 7
dny
De maneira geral, podemos então afirmar que = 0 , para todo n ∈ Ν e n ≥ 6
dx n

02) Achar todas as derivadas da função definida pela equação y = a x , com a > 0 e a ≠ 1 .

y ′ = a x . ln a

y ′′ = a x . ln a. ln a ⇒ y ′′ = a x .(ln a )
2

y ′′′ = a x . ln a.(ln a ) ⇒ y ′′′ = a x .(ln a )


2 3

Por indução, podemos dizer que: y (n ) = a x .(ln a ) .


n

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1
03) Obtenha uma expressão que represente a enésima derivada da função y = .
x
dy 1 1!
=− 2 =− 2
dx x x
d 2 y 0.x 2 − (− 1).2 x d2y 2 2!
2
= 4
⇒ 2
= 3 = 3
dx x dx x x
d 3 y 0.x 3 − 2.3 x 2 d3y 6 3!
3
= 6
⇒ 3
=− 4 =− 4
dx x dx x x
d 4 y 0.x 4 − (− 6 ).4 x 3 d 4 y 24 4 !
= ⇒ = 5 = 5
dx 4 x8 dx 4 x x

dny n!
= (− 1) . n +1 , com n ∈ Ν .
n
Podemos, então, induzir que n
dx x

d4y
04) Mostre que a função y = e − x . cos x verifica a equação + 4y = 0
dx 4
dy
= −e − x . cos x − sen x.e − x = −e − x .(cos x + sen x )
dx
d2y d2y
= e −x
.(cos x + sen x ) − e −x
.(− sen x + cos x ) ⇒ = 2e − x . sen x
dx 2 dx 2
d3y d3y
3
= −2 e −x
. sen x + 2e −x
. cos x ⇒ 3
= 2e − x .(cos x − sen x )
dx dx
d4y d4y
4
= −2 e −x
.(cos x − sen x ) + 2 e −x
.(− sen x − cos x ) ⇒ 4
= −4e − x . cos x
dx dx
d4y
Substituindo na equação + 4 y = 0 , temos:
dx 4

− 4e − x . cos x + 4e − x . cos x = 0

Observação: A equação do exercício é chamada de Equação Diferencial e a função dada,


que a verifica, é uma das soluções dessa Equação Diferencial. Este assunto será objeto de estudo
em outro curso de Cálculo que você terá futuramente.

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( )
05) Se y = f x 3 e f ′( x ) = 3 x , achar y ′′(4) .

( )
Temos: y ′ = f ′ x 3 .3x 2 , pois y é uma função composta de x .

Como f ′( x ) = 3 x , então f ′(x 3 ) = 3 x 3 ⇒ f ′(x 3 )x

Portanto: y ′ = 3x 2 .x ⇒ y ′ = 3 x 3 ⇒ y ′′ = 9 x 2

Para x = 4 , teremos: y ′′(4) = 9.4 2 ⇒ y ′′(4 ) = 144

06) Se x 2 + y 2 + 2 xy + 2 x + 2 y = 0 , encontre y ′′ no ponto P(1,−3) .


Derivando implicitamente:
2 x + 2 y. y ′ + 2 y + 2 x. y ′ + 2 + 2. y ′ = 0 (1)
Derivando mais uma vez implicitamente, temos:
2 + 2 y ′. y ′ + 2 y. y ′′ + 2 y ′ + 2 y ′ + 2 x. y ′′ + 2 y ′′ = 0 (2)
Substituindo o ponto P em (1):
2 − 6 y ′P − 6 + 2 y ′P + 2 + 2 y ′P = 0 ⇒ y ′P = −1
Levando na equação (2) :
2 + 2( y ′P ) − 6. y ′P′ + 4 y ′P + 2 y ′P′ + 2 y ′P′ = 0
2

Calculando, temos:

2 + 2 − 2 y ′P′ − 4 = 0 ⇒ y ′P′ = 0

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CÁLCULO 1
EXERCÍCIOS - AULA 13

(
01) Se 3 x 2 + y 2 )
2
= 100 xy , achar o valor de y′ no ponto P (3 , 1) . Resp:
13
9
.

02) Se (4 − x ) . y 2 = x 3 , achar o valor de y ′ no ponto P (2 , 2) . Resp: 2.

03) Se (x 2
+ y2 ) 2
= 4x 2 y , achar o valor de y′ no ponto P (1, 1) . Resp: 0.

04) Dada a função definida na forma implícita pela equação x 2 − 6x + 4 y 2 − 8 y + 9 = 0 , mostre

que a derivada y′ no ponto P 2 + ( 2 , 2− 2 ) é igual a


1
4
.

n n
 x  y x y
05) Mostre que a tangente à curva   +   = 2 no ponto (a,b) é + = 2 .
a b a b

06) Seja g uma função tal que g (1) = 2 , g ′ (1) = 3 e g ′′ (1) = 8 . Se f é uma função tal que

f ( x ) = x 4 . g ( x ) , calcule f ′′ (1) . Resp: 56

07) Sendo y 2 − arctgy + 2 x 2 = 2 , achar y ′′ no ponto P (1, 0) . Resp: 36.

π +4
( )
08) Se y = f x 2 e f ′( x ) = arctgx , achar
d2y
no ponto x = 1 . Resp:
dx 2 2

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CÁLCULO 1 – AULA 14 - DERIVADAS

14.1 – DIFERENCIAL DE UMA FUNÇÃO: DEFINIÇÃO:

Consideremos uma função definida por y = f ( x ) e derivável no seu Domínio.


Por definição, sabemos que:
∆y
f ′( x ) = lim
∆x → 0 ∆x
Podemos tirar o limite, escrevendo:
∆y
= f ′( x ) ± ε , onde ε → 0
∆x
Multiplicando membro a membro por ∆x , temos:
∆y = f ′( x ).∆x ± ε .∆x
Como ∆x → 0 e ε → 0 , então o produto ε .∆x tende a zero muito mais rapidamente do que os
fatores ε e ∆x isoladamente.
Logo, a parte principal do Acréscimo ∆y deve-se à primeira parcela f ′( x ).∆x .
A esta parte principal damos o nome de Diferencial da função, e indicamos por dy .

Assim: dy = f ′( x ).∆x
Porém, como x é a variável independente, podemos chamar ∆x = dx .

Portanto, a Diferencial dy é definida por: dy = f ′( x ).dx

CONCLUSÃO: A Diferencial dy de uma função y = f ( x ) é igual ao produto da sua derivada

f ′( x ) pela diferencial dx da variável x .

OBSERVAÇÃO: Não devemos confundir a Diferencial dy com o Acréscimo ∆y de uma

função y = f ( x ) . Na verdade, eles são valores aproximados e, sempre que necessário, podemos
utilizar a Diferencial como uma aproximação do Acréscimo, isto é, dy ≅ ∆y .
Para ilustrar esta observação, vamos considerar o seguinte exemplo:

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“Sendo 27 cm3 o volume de uma caixa cúbica, de quanto devemos aumentar a aresta para
que a mesma atinja, aproximadamente, 30 cm3?”

3 cm

3 cm

3 cm

1a Solução - Usando acréscimos:


Supondo que a aresta do cubo tenha medida x , temos V = x 3 (volume)
Portanto: V + ∆V = ( x + ∆x )
3

V + ∆V = x 3 + 3x 2 .∆x + 3x.∆x 2 + ∆x 3
∆V = 3 x 2 .∆x + 3 x.∆x 2 + ∆x 3

Tomando x = 3 cm e ∆V = 30 − 27 = 3 cm 3 , temos:

3 = 27.∆x + 9.∆x 2 + ∆x 3 ⇒ ∆x 3 + 9.∆x 2 + 27.∆x − 3 = 0

A equação obtida é do terceiro grau, cuja solução não é elementar.


Se resolvermos numericamente esta equação, vamos obter, à custa de muito trabalho, o

seguinte resultado: ∆x = 0,107 cm

2a Solução - Usando diferenciais:


V = x 3 ⇒ V = f ( x ) ⇒ dV = f ′( x ).dx ⇒ dV = 3 x 2 .dx

Tomando x = 3 cm e dV = 3 cm 3 , teremos:
1
3 = 3.9.dx ⇒ dx = cm ⇒ dx ≅ 0,11 cm
9

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14.2 – PROPRIEDADES DA DIFERENCIAL:

Para enunciar as propriedades das Diferenciais, vamos considerar k ∈ ℜ , u = u ( x ) e v = v( x ) ,


isto é, u e v são duas funções de x .

P1 : d [k ] = 0

P2 : d [u.k ] = k .du

P3 : d [u + v ] = du + dv

P4 : d [u.v ] = v.du + u.dv

 u  v.du − u.dv
P5 : d   =
v v2

EXEMPLOS:
Achar as diferenciais das seguintes funções:
01) y = tgx + x 3 + x

 1 
dy =  sec 2 x + 3 x 2 +  . dx
 2 x

02) y = ln x + e x

1 
dy =  + e x  . dx
x 

03) y = x 2 . sen x

( )
dy = 2 x. sen x + x 2 . cos x . dx

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04) 2 x 3 y 2 + 3 xy = 5
Diferenciando implicitamente:
6 x 2 y 2 dx + 4 x 3 ydy + 3 ydx + 3 xdy = 0

( ) ( )
dy 4 x 3 y + 3x = −3 2 x 2 y 2 + y dx ⇒ dy = −
(
3 2x 2 y 2 + y). dx
(
x 4x 2 y + 3)

14.3 – INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA DA DIFERENCIAL:

Seja y = f ( x ) uma função definida e derivável num intervalo dos Reais, cujo gráfico é o da
figura abaixo:
y

y = f (x )

x
0

Vamos considerar, ainda, uma reta tangente à curva no ponto ( x 0 , y 0 ) , formando um ângulo α

com o sentido positivo do eixo das abscissas.


y

reta tangente

y0

α
x0 x
0
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Se atribuirmos à variável x um acréscimo dx = ∆x , com ∆x → 0 , em correspondência vamos


obter um acréscimo dy para y .

y 0 + ∆y

C ∆y
dy
A α
y0 dx B

α
x
0 x0 ∆x x0 + ∆x

Do triângulo ABC, temos:


BC
tgα =
AB
Mas: AB = dx = ∆x
BC
Logo: tgα =
dx
Porém, da Interpretação Geométrica da Derivada, sabemos que tgα = f ′( x ) para todo x do
Domínio da função f ( x ) onde ela é derivável.
Assim:
BC
f ′( x ) = ⇒ BC = f ′( x ). dx
dx
Como, por definição, dy = f ′( x ) , teremos BC = dy .

CONCLUSÃO:

Numa função y = f ( x ) , quando atribuímos à variável x um acréscimo ∆x = dx , vamos obter


em correspondência um acréscimo dy na ordenada da reta tangente à curva desta função em
cada ponto do seu Domínio.

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14.4 – DERIVADA DE FUNÇÕES PARAMÉTRICAS:

Chamamos de Paramétrica a toda função definida de modo que as variáveis independente ( x )


e dependente ( y ) são escritas em função de uma terceira variável chamada de Parâmetro.
Vamos admitir, então, que a função y = f ( x ) seja definida na forma paramétrica da seguinte

 y = g (t )
maneira:  , onde t é o parâmetro, isto é, tanto x quanto y são funções de t .
 x = h(t )
As diferenciais dy e dx são, respectivamente:

dy = g ′(t ).dt e dx = h ′(t ).dt


Dividindo dy por dx , teremos:

dy
dy g ′(t ).dt g ′(t ) dy
= dt
= = ⇒
dx h ′(t ).dt h ′(t ) dx dx
dt

Da mesma forma, se dividirmos dx por dy , obtemos:

dx
dx h ′(t ).dt h ′(t ) dx
= dt
= = ⇒
dy g ′(t ).dt g ′(t ) dy dy
dt

CONCLUSÃO:
Para derivar uma Função Paramétrica, basta derivar as variáveis dependente e independente
com relação ao parâmetro e dividir uma derivada pela outra.

EXEMPLOS:
y = t 2 + t
dy 
01) Calcular , sendo  1 , com t ≠ 0 .
dx x =
 t
dy
dy dy 2t + 1
= dt ⇒ = = −2t 3 − t 2
dx dx dx 1
− 2
dt
t

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dx  y = a sen 2 t
02) Calcule , sabendo que  , onde a ∈ ℜ * e b ∈ ℜ *
dy  x = b cos t
2

dx
dx dx b.2 cos t.(− sen t ) − 2b sen t cos t dx b
= dt ⇒ = = ⇒ =−
dy dy dy a.2 sen t. cos t 2a sen t cos t dy a
dt

d2y  x = eθ . cos θ
03) Calcule , sendo 
dx 2  y = eθ . sen θ

dy
dy eθ . sen θ + eθ . cosθ dy sen θ + cosθ
= dθ ⇒
dy
= ⇒ =
dx dx dx eθ . cos θ − eθ . sen θ dx cosθ − sen θ

d 2 y d  dy  d 2 y d  sen θ + cosθ 
Temos: = ⇒ =
dx 2 dx  dx  dx 2 dx  cosθ − sen θ 
Porém, não podemos derivar com relação à variável x uma função definida na variável θ , que
é o parâmetro.
Portanto, para obtermos a derivada de segunda ordem, devemos fazer:
d2y d  dy  dθ
=  dx . dx
dx 2
dθ  
dθ 1 d2y d  dy  1
Como = , podemos escrever: = .
dx dx dx 2
dθ  dx  dx
dθ dθ

d3y d d 2 y 1
Igualmente, faríamos: =  .
dx 3 dθ  dx 2  dx

E assim, sucessivamente.
d2y d  sen θ + cosθ  1
No nosso caso: =   . θ
dx 2
dθ  cosθ − sen θ  e . cos θ − eθ . sen θ

d 2 y (cos θ − sen θ ) + (sen θ + cosθ )


2 2
1
= . θ
dx 2
(cosθ − sen θ ) 2
e .(cosθ − sen θ )

d 2 y cos 2 θ − 2 sen θ . cos θ + sen 2 θ + sen 2 θ + 2 sen θ . cosθ + cos 2 θ


=
dx 2 eθ .(cos θ − sen θ )
3

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d2y 2
Simplificando: = θ .
e .(cos θ − sen θ )
2 3
dx

d 2x  x = t − sen t
04) Calcule , sabendo que  .
 y = 1 − cos t
2
dy

dx
dx dx 1 − cos t
= dt ⇒ =
dy dy dy sen t
dt
d 2 x d  dx  dt d 2 x d 1 − cos t  1
=   . ⇒ = .
dy 2 dt  dy  dy dy 2 dt  sen t  dy
dt
d 2 x sen 2 t − cos t.(1 − cos t ) 1
= .
dy 2 sen 2 t sen t

d 2 x sen 2 t − cos t + cos 2 t d 2 x 1 − cos t


= ⇒ =
dy 2 sen 3 t dy 2 sen 3 t

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CÁLCULO 1
EXERCÍCIOS - AULA 14

 y = t + t 2 dy 109
01) Sendo  , calcule para x = 22 . Resp:
 x = t t − 5 dx 27

d2y π  y = a sen t −8a


02) Achar , no ponto t = se  . Resp: .
 x = b cos t
2
dx 6 b2

d2y π  y = sen 2 t − cos 2 t


03) Calcule no ponto t = se  . Resp: 8.
dx 2 6  x = 2 sen t cos t

d2y a  y = a cos 3 t π 32 3
04) Achar 2
no ponto x = se  e 0≤t≤ . Resp: .
 x = a sen t
dx 8 3 2 9a

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CÁLCULO 1 – AULA 15 - DERIVADAS

15.1 – REGRA DE L’HÔPITAL:

A Regra de L’Hôpital é uma aplicação imediata de derivadas na resolução de limites que


0 ∞
tenham indeterminações das formas ou , conforme teremos oportunidade de demonstrar
0 ∞
nesta aula.

15.1.1 – Indeterminação da forma 0/0:

Sejam as funções f ( x ) e g ( x ) , deriváveis num intervalo I ⊂ ℜ e seja x0 ∈ I um ponto para o

qual se tem f ( x0 ) = g ( x0 ) = 0 .

f (x ) f (x0 ) 0
Neste caso: lim g (x ) = g (x ) = 0
x → x0 0
(indeterminado)

Como, por hipótese, f ( x0 ) = g ( x0 ) = 0 , podemos escrever:

f (x ) f (x ) − f (x0 )
lim g (x ) = lim g (x ) − g (x )
x → x0 x → x0 0

Dividindo o numerador e o denominador por ( x − x0 ) , resulta:

f ( x ) − f ( x0 )
f (x ) x − x0
lim g (x ) = lim
x → x0 x → x0 g (x ) − g (x0 )
x − x0
Separando os limites, teremos:
f (x ) − f (x0 )
f (x )
lim
x → x0 x − x0
lim g (x ) =
x → x0 g (x ) − g (x0 )
lim
x → x0 x − x0

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f ( x ) − f ( x0 ) g ( x ) − g ( x0 )
Como, por definição: lim = f ′( x0 ) e lim = g ′( x0 ) , podemos
x → x0 x − x0 x → x0 x − x0

f (x ) f ′( x ) f ′( x 0 )
concluir que: lim g (x ) = lim g ′(x ) = g ′(x )
x → x0 x → x0 0
Regra de L’Hôpital

EXEMPLOS:
sen x 0
01) lim = (indeterminado)
x →0 x 0
Pela Regra de L’Hôpital:
sen x cos x cos 0 1
lim = lim = = =1
x →0 x x →0 1 1 1

x 2 − 16 0
02) lim = (indeterminado)
x → 4 x + x − 20
2
0
Pela Regra de L’Hôpital:
x 2 − 16 2x 8
lim = lim =
x → 4 x + x − 20 x →4 2 x + 1
2
9

xn − an 0
03) lim = (indeterminado)
x →a x−a 0
Pela Regra de L’Hôpital:
xn − an n.x n −1
lim = lim = n.a n −1
x →a x − a x→a 1

e x − e−x 0
04) lim = (indeterminado)
x →0 sen x 0
Pela Regra de L’Hôpital:
e x − e−x ex + e−x 1 +1
lim = lim = =2
x →0 sen x x →0 cos x 1

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15.1.2 – Indeterminação da forma 00/00:

Sejam as funções f ( x ) e g ( x ) , deriváveis num intervalo I ⊂ ℜ .

Vamos admitir ainda que f ( x 0 ) → ∞ e que g (x 0 ) → ∞ .

f (x ) ∞
Neste caso: lim g (x ) = ∞
x→ x 0
(indeterminado)

Podemos, ainda, escrever:


1
f (x ) g (x ) 0
lim g (x ) = lim
x→ x 0 x → x0 1
= (indeterminado)
0
f (x )
0
Como há uma indeterminação da forma no segundo limite, então podemos aplicar a ele a
0
Regra de L’Hôpital, ou seja:
0.g ( x ) − 1.g ′( x ) g ′( x )

f (x )
= lim
[g (x )] ⇒
2
f (x )
= lim
[g (x )]2
lim
x → x0 g ( x ) x → x0 0. f ( x ) − 1. f ( x )
′ lim
x → x0 g ( x ) x → x0 f ′( x )

[ f (x )]2 [ f (x )]2
f (x )
= lim
[ f ( x )] g ′( x )
2

lim
x → x0 g ( x ) x → x0 [g ( x )]
2
.
f ′( x )

f (x ) f (x ) f (x ) g ′( x )
lim g (x ) = lim g (x ) . lim g (x ) . lim f ′(x )
x → x0 x → x0 x → x0 x → x0

1 f (x )
= lim
g ′( x ) x→ x0 g ( x )
lim
x → x0 f ′( x )

Portanto, podemos escrever:

f (x ) f ′( x ) f ′( x0 )
lim g (x ) = lim g ′(x ) = g ′(x )
x → x0 x → x0 0
Regra de L’Hôpital

Isto é, a Regra de L’Hôpital é a mesma para os dois tipos de indeterminação.

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EXEMPLOS:
ln x ∞
01) lim ln(x + 1) = ∞
x →∞
(indeterminado)

Pela Regra de L’Hôpital:


1
ln x x = x +1  1
lim ln(x + 1) = lim
x →∞ x →∞ 1 lim
x →∞ x
= lim 1 +  = 1
x →∞  x
x +1

3x 2 + 2 x 3 + 6 ∞
02) lim = (indeterminado)
x →∞ x3 ∞
Pela Regra de L’Hôpital:
3x 2 + 2 x 3 + 6 6x + 6x 2 2 
lim 3
= lim 2
= lim  + 2  = 2
x →∞ x x →∞ 3x x →∞  x 

03) Resolver lim


x
1 + a x , com a > 0 e a ≠ 1 e x ≥ 1 .
x →∞

( )
1
Temos: lim
x
1 + a x = lim 1 + a x x = ∞ 0 (indeterminado)
x →∞ x →∞

0 ∞
Percebemos que o limite em questão é indeterminado, porém não das formas ou . Então,
0 ∞
aparentemente, não podemos aplicar a este limite a Regra de L’Hôpital.
No entanto, vamos tentar fazer uma modificação neste limite.

Chamando: y = (1 + a x ) x e tomando logaritmos nos dois membros, teremos:


1

(
ln y = ln 1 + a x )
1
x ⇒ ln y =
1
(
. ln 1 + a x ) ⇒ ln y =
(
ln 1 + a x )
x x
Tomando limites para x → ∞ :
ln (1 + a x ) ∞
lim ln y = lim = (indeterminado)
x →∞ x →∞ x ∞
Aplicando a Regra de L’Hôpital no segundo limite, resulta:
a x ln a ∞
lim ln y = lim = (indeterminado)
x →∞ x →∞ 1 + a
x

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Aplicando novamente L’Hôpital:


a x (ln a )
2
 
ln lim y  = lim x = ln a ⇒ lim
x
1+ ax = a
 x→∞  x→∞ a ln a x →∞

OBSERVAÇÃO:

Uma vez que definimos a Regra de L’Hôpital, você pode voltar ao capítulo anterior e resolver
novamente os limites que foram propostos usando esta regra.

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CÁLCULO 1 – AULA 16 - DERIVADAS

16.1 – CRESCIMENTO E DECRESCIMENTO DE FUNÇÕES:

16.1.1 – Funções Crescentes e Decrescentes:

Neste item procuraremos empregar o conceito de derivadas para identificar funções


crescentes ou decrescentes.
Porém, é necessário primeiramente definir Função Crescente e Função Decrescente.
Seja a função definida pela lei y = f ( x ) , que seja contínua num intervalo I ⊂ ℜ e seja x0 um
ponto desse intervalo.
Então definimos:

A – Função Crescente:

se x < x0 ⇒ f ( x ) < f ( x0 )


Para todo x ∈ I :  , então dizemos que a função é crescente neste
se x > x0 ⇒ f ( x ) > f ( x0 )
intervalo.

Graficamente:
y

f (x ) y = f (x )

f ( x0 )

f (x)
x
0 x x0 x

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B – Função Decrescente:

se x < x0 ⇒ f ( x ) > f ( x0 )


Para todo x ∈ I :  , então dizemos que a função é decrescente neste
se x > x0 ⇒ f ( x ) < f ( x0 )
intervalo.
Graficamente: y

f (x )

y = f (x )

f ( x0 )
f (x )
x
0 x x0 x

15.1.2 – Intervalos de Crescimento e Decrescimento de Funções:

Podemos identificar os intervalos de crescimento e decrescimento de uma função definida


pela lei y = f ( x ) simplesmente analisando os sinais de sua derivada f ′( x ) .
Seja y = f ( x ) uma função crescente num intervalo I ⊂ ℜ e vamos tomar retas tangentes à
curva dessa função em pontos variados deste intervalo.

y = f (x )

α α α
x
0
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 π
Neste caso, percebemos que α ∈  0,  e tgα > 0 .
 2
Vamos, agora, repetir este procedimento, considerando que a função y = f ( x ) seja
decrescente num intervalo I ⊂ ℜ .

y = f (x )

α α α x
0

π 
Neste caso, percebemos que α ∈  , π  e tgα < 0 .
2 
De acordo com a Interpretação Geométrica da Derivada, f ′( x ) = tgα para todo ponto x do
Domínio da função onde ela é derivável.
Portanto, para um intervalo I ⊂ ℜ onde a função é contínua, podemos concluir que:

Se f ′( x ) > 0 em I , então f ( x ) é crescente em I


Se f ′( x ) < 0 em I , então f ( x ) é decrescente em I

Assim, para identificarmos os intervalos de crescimento ou decrescimento de uma função


f ( x ) , basta estudarmos os sinais de sua derivada f ′( x ) .

EXEMPLOS:

x 3 5x 2
01) Identificar os intervalos de crescimento e decrescimento da função f ( x ) = − + 6x − 7 .
3 2

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Temos: f ′( x ) = x 2 − 5 x + 6
Como a derivada é um polinômio de 2o grau e devemos estudar os seus sinais, vamos
primeiramente achar as suas raízes.
Para x 2 − 5 x + 6 = 0 temos x = 2 ou x = 3 .
Estudo de Sinais:

++++++ −−−−−−−−− +++++++


f ′( x ) x
2 3
Concluímos que:
• f ( x ) é crescente para x < 2 ou x > 3 ;
• f ( x ) é decrescente para 2 < x < 3 .

02) Estudar os intervalos de crescimento e decrescimento da função f ( x ) = 2 x 3 − 9 x 2 − 24 x + 1 .

Temos: f ′( x ) = 6 x 2 − 18 x − 24
Resolvendo a equação f ′( x ) = 0 , temos as raízes: x = −1 e x = 4 .
Estudo de Sinais:

++++++ −−−−−−−−− +++++++


f ′( x ) x
−1 4
Concluímos que:
• f ( x ) é crescente para x < −1 ou x > 4 ;
• f ( x ) é decrescente para − 1 < x < 4 .

x+3
03) Estude a função f ( x ) = quanto ao seu crescimento ou decrescimento.
x−3
1.( x − 3) − 1.( x + 3) −6
Temos: f ′( x ) = ⇒ f ′( x ) =
( x − 3 )2 (x − 3)2
Estudo de Sinais:
------------------------- x
+++++++++++++ +++++++++++ x
3
----------- -----------
x
3

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Percebemos que a derivada f ′( x ) é negativa para todos os pontos do Domínio desta função.
Portanto, a função dada é estritamente decrescente (ou monótona) no seu domínio.

16.2 – MÁXIMOS E MÍNIMOS RELATIVOS:

16.2.1 – Definições:

Seja y = f ( x ) uma função contínua num intervalo I ⊂ ℜ e seja x0 ∈ I .

Então definimos:

A – Máximo Relativo:

A função y = f ( x ) tem Máximo Relativo no ponto x0 se f ( x ) < f ( x0 ) para todo x nas

vizinhanças de x0 .

Graficamente:
y

f ( x0 )
f (x )

y = f (x )

x
0 x x0 x

x0 = ponto de Máximo Relativo

f ( x0 ) = Máximo Relativo

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B – Mínimo Relativo:
A função y = f ( x ) tem Mínimo Relativo no ponto x0 se f ( x ) > f ( x0 ) para todo x nas

vizinhanças de x0 .

Graficamente: y

y = f (x )
f (x )
f ( x0 )
x
0 x x0 x

x0 = ponto de Mínimo Relativo

f ( x0 ) = Mínimo Relativo

Observação:
Os pontos de Máximo ou Mínimo Relativos são chamados de extremantes e os valores
Máximo e Mínimo Relativos são chamados de extremos.
x0 = Extremante

f ( x0 ) = Extremo

EXEMPLO: y = 2 x 3 − 9 x 2 − 24 x + 7

20

4
x
−1 0

y = 2 x 3 − 9 x 2 − 24 x + 7
− 105

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Conclusões:
x = −1 ⇒ Ponto de Máximo Relativo y = 20 ⇒ Máximo Relativo
x = 4 ⇒ Ponto de Mínimo Relativo y = −105 ⇒ Mínimo Relativo

16.2.2 – Teorema de Fermat:

O Teorema de Fermat é importante para o estudo de Máximos e Mínimos Relativos, porque


ele é o primeiro passo que se deve dar para a determinação dos extremantes de uma função,
quando eles existem.
Este Teorema afirma que:

“Se x0 é extremante de uma função f ( x ) e se existe f ′( x0 ) , então f ′( x0 ) = 0 .”

Demonstração:

Conforme é do nosso conhecimento, todo Teorema é composto de Hipóteses e Teses. As


Hipóteses são as afirmações que são feitas e consideradas verdadeiras. Tese é aquilo que se
quer provar a partir das Hipóteses.
No nosso caso, as Hipóteses são:
• x0 é extremante da função f ( x ) (ponto de Máximo ou Mínimo Relativo);

• f ′( x0 ) existe

Nestas condições, a Tese a ser provada é que f ′( x0 ) = 0 .

Vamos admitir que f ′( x0 ) fosse diferente de zero.


Desta forma, temos dois casos a considerar:

1o Caso: f ′( x0 ) > 0

Se f ′( x0 ) > 0 então, por definição, a função y = f ( x ) é crescente nas vizinhanças de x0 .

Neste caso, podemos admitir dois valores x1 e x 2 nas vizinhanças do ponto x0 , de modo que

se tenha: x1 < x0 < x 2 ⇒ f ( x1 ) < f ( x0 ) < f ( x 2 ) .

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Como f ( x1 ) < f ( x0 ) e f ( x 2 ) > f ( x0 ) então não podemos afirmar que x0 seja extremante da

função y = f ( x ) .
Logo, f ′( x0 ) não pode se maior que zero.

2o Caso: f ′( x0 ) < 0

Se f ′( x0 ) < 0 então, por definição, a função y = f ( x ) é decrescente nas vizinhanças de x0 .

Neste caso, podemos admitir dois valores x1 e x 2 nas vizinhanças do ponto x0 , de modo que

se tenha: x1 < x0 < x 2 ⇒ f ( x1 ) > f ( x0 ) > f ( x 2 ) .

Como f ( x1 ) > f ( x0 ) e f ( x 2 ) < f ( x0 ) então não podemos afirmar que x0 seja extremante da

função y = f ( x ) .
Logo, f ′( x0 ) não pode se menor que zero.

Concluímos, finalmente, que f ′( x0 ) só pode ser igual a zero.

EXEMPLO:

Na aula anterior mostramos que a função definida por f ( x ) = 2 x 3 − 9 x 2 − 24 x + 7 tinha como


extremantes os valores x = −1 (ponto de Máximo Relativo) e x = 4 (ponto de Mínimo Relativo).
Temos: f ′( x ) = 6 x 2 − 18 x − 24

Para x = −1 ⇒ f ′(− 1) = 6 + 18 − 24 ⇒ f ′(− 1) = 0

Para x = 4 ⇒ f ′(4 ) = 96 − 72 − 24 ⇒ f ′(4) = 0

Observações:

O1: O Teorema de Fermat afirma que uma condição necessária para que x0 seja extremante

de uma função f ( x ) é que f ′( x0 ) = 0 .

Porém, esta condição não é suficiente, ou seja, o fato de se ter f ′( x0 ) = 0 não implica,

necessariamente, que x0 é um extremante da função.


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Consideremos, por exemplo, a função f ( x ) = x 3 .

Temos: f ′( x ) = 3 x 2

Para x = 0 ⇒ f ′(0 ) = 0
Observamos que a derivada é nula quando x = 0 .
Entretanto, para x < 0 ⇒ f ′( x ) > 0 e para x > 0 ⇒ f ′( x ) > 0 .
Isto significa que a função é crescente nas vizinhanças do ponto x = 0 , o que caracteriza
que este ponto não pode ser extremante da função.
Graficamente:
y

f (x ) = x 3

x
0

Percebemos que a função é estritamente crescente, portanto não possui Máximo e nem
Mínimo Relativos.
O ponto x = 0 , neste caso em particular, recebe o nome de Ponto de Inflexão Horizontal da
função, isto é, ponto em que a curva muda de concavidade.

O2: Os pontos em que se tem f ′( x ) = 0 são chamados de Pontos Críticos da função e são os
possíveis pontos de Máximo ou Mínimo Relativos dessa função.

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CÁLCULO 1 – AULA 17 - DERIVADAS

17.1 – DETERMINAÇÃO DOS EXTREMANTES: 1a REGRA:

A determinação dos extremantes de uma função, quando existem, pode ser feita de duas
maneiras, ou pelo uso de duas regras distintas. Vejamos primeira delas.
Seja y = f ( x ) uma função contínua e derivável num intervalo I ⊂ ℜ e seja x0 ∈ I .

Vamos admitir, ainda, que f ′( x0 ) = 0 .

Neste caso, x0 é um Ponto Crítico da função e um provável Extremante (Ponto de Máximo ou

Mínimo Relativo) dessa função.


Vamos estudar os sinais da derivada f ′( x ) nas vizinhanças do ponto x0 , nos casos em que

esse ponto seja de Máximo ou de Mínimo Relativo:

A) MÁXIMO RELATIVO: y

y = f (x )

x
x0

B) MÍNIMO RELATIVO: y

y = f (x )

x0 x

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Analisando as figuras acima, percebemos que:


 f ′( x ) > 0 para x < x0
• se x0 é Ponto de Máximo Relativo, então  . Em outras palavras, a
 f ′( x ) < 0 para x > x0
função f ( x ) é Crescente à esquerda de x0 e Decrescente à direita de x0 .

 f ′( x ) < 0 para x < x0


• se x0 é Ponto de Mínimo Relativo, então  . Em outras palavras, a
 f ′( x ) > 0 para x > x0
função f ( x ) é Decrescente à esquerda de x0 e Crescente à direita de x0 .

Com estas observações, podemos definir a 1a Regra para a determinação de extremantes da


seguinte forma:

1o Passo: identificar os Pontos Críticos x0 , isto é, resolver a equação f ′( x ) = 0 ;

2o Passo: estudar os sinais de f ′( x ) à esquerda e à direita de x0 , e concluir:

• se f ′( x ) mudar de sinais ⊕ para Θ ao passar por x0 , então x0 será Ponto de Máximo

Relativo da função;
• se f ′( x ) mudar de sinais Θ para ⊕ ao passar por x0 , então x0 será Ponto de Mínimo

Relativo da função;
• se f ′( x ) não mudar de sinais ao passar por x0 , então x0 será Ponto de Inflexão
Horizontal da função;

EXEMPLOS:

1
01) Determinar os extremos da função f ( x ) = 4 x + .
x
a) Pontos Críticos:
Devemos ter f ′( x ) = 0

1 4x 2 − 1
f ′( x ) = 4 − ⇒ f ′( x ) =
x2 x2

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1 1
Assim: 4 x 2 − 1 = 0 ⇒ x 2 = ⇒ x=±
4 2
1 1
Portanto, são Pontos Críticos: x = e x=−
2 2
b) Estudo dos sinais da derivada:
Como a derivada f ′( x ) é um quociente de funções, então devemos estudar os sinais do
numerador e do denominador e fazer a interseção.

+++++ − − − − − − −− ++++++
x
1 1

2 2
++++++++++++ +++++++++++
x
0

+ − − +
x
1 0 1

2 2

Conclusões:
1
• x=− é ponto de Máximo Relativo (+ → − )
2
1  1
• Para x = − , temos f  −  = −4 (Máximo Relativo)
2  2
1
• x= é ponto de Mínimo Relativo (− → + )
2
1 1
• Para x = , temos f   = 4 (Mínimo Relativo)
2 2

Observação: No ponto x = 0 , embora não exista a derivada, temos uma Inflexão Vertical.

02) A derivada da função y = f ( x ) é: f ′( x ) = ( x − 1)(


. x − 2 ) .( x − 3) .( x − 4 ) .
2 3 4

Determinar os extremantes e os pontos de inflexão horizontal dessa função.

a) Pontos Críticos:

Devemos ter f ′( x ) = 0

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No nosso caso: ( x − 1)(


. x − 2) .( x − 3) .( x − 4 ) = 0 .
2 3 4

Os pontos Críticos serão: x = 1 , x = 2 , x = 3 e x = 4

b) Estudo dos sinais da derivada:

Como a derivada f ′( x ) é um produto de funções, então devemos estudar os sinais de cada


fator e fazer a interseção.

−−−−−− ++++++++++++++++++++++++
x −1 x
1
+++++++++ ++ ++++++++++++++++++
( x − 2 )2 x
2
− − − − − − −− − − − − −− − − − +++++++++++++
(x − 3)3 x
3

( x − 4 )4 +++++++++ ++ ++++++ ++++ +++++++++


x
4
_ _
f ′( x ) + + +
x
1 2 3 4

Conclusões:
• x = 1 é ponto de Máximo Relativo (+ → − )

• x = 2 é ponto de Inflexão (− → − )
• x = 3 é ponto de Mínimo Relativo (− → + )

• x = 4 é ponto de Inflexão (+ → + )

03) Determinar os pontos de Máximo Relativo, Mínimo Relativo e Inflexão Horizontal da função

definida por y = 3 6 x 2 − x 3 .

a) Pontos Críticos:
dy
Devemos ter f ′( x ) = 0 ou =0
dx

( )
1
No nosso caso: y = 6 x 2 − x 3 3

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4x − x 2
( ) .(12 x − 3x )
2
dy 1 − dy
= . 6x 2 − x3 3 2
⇒ =
dx 3 dx 3
(6 x 2
− x3 )
2

dy
Para = 0 , teremos 4 x − x 2 = 0 .
dx

Portanto, os Pontos Críticos serão: x = 0 e x = 4


Porém, observamos que a derivada não é definida quando o denominador é igual a zero, isto
é, devemos ter: 6 x 2 − x 3 ≠ 0 ⇒ x ≠ 0 e x ≠ 6 .
dy
Ainda assim, vamos fazer o estudo dos sinais de .
dx

b) Estudo dos sinais da derivada:

−−−−−−−− ++++++++ −−−−−−−−−−−


Num. x
0 4
++++++++ ++++++++ +++++ +++++++
Den. x
0 6

dy _ _ _
+
x
dx 0 4 6

Conclusões:

Percebemos que, embora a derivada não seja definida para x = 0 , o Domínio da função é
Real, isto é, a função é definida em x = 0 .
Observamos também que a derivada muda de sinais ao passar por x = 0 .
Neste caso, podemos afirmar que x = 0 é extremante.
Assim:
• x = 0 é ponto de Mínimo Relativo (− → + ) ;

• x = 4 é ponto de Máximo Relativo (+ → − ) ;

• x = 6 é ponto de Inflexão.

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Graficamente: y

y = −x + 2 Máx.

y = 3 6x 2 − x 3
x
0 4 6

Mín.

17.2 – DETERMINAÇÃO DOS EXTREMANTES: 2a REGRA:

A segunda regra para a identificação dos extremantes de uma função, ao invés de estudar os
sinais da derivada primeira, estuda o sinal da derivada segunda nos Pontos Críticos.
Sejam f ( x ) , f ′( x ) e f ′′( x ) funções contínuas e deriváveis num intervalo I ⊂ ℜ e seja o ponto
x0 ∈ I .

Podemos demonstrar que:

A) Se x0 é Ponto Crítico da função, isto é, se f ′( x0 ) = 0 e f ′′( x0 ) > 0 , então x0 é ponto de


Mínimo Relativo;

B) Se x0 é Ponto Crítico da função, isto é, se f ′( x0 ) = 0 e f ′′( x0 ) < 0 , então x0 é ponto de

Máximo Relativo;

DEMONSTRAÇÃO:

PARTE A:
Se f ′′( x0 ) > 0 , então existe uma vizinhança de x0 na qual a função é crescente.
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se x < x0 ⇒ f ′( x ) < f ′(x0 ) ⇒ f ′( x ) < 0


Neste caso:  .
se x > x0 ⇒ f ′(x ) > f ′( x0 ) ⇒ f ′( x ) > 0
Isto significa que f ′( x ) muda de sinais Θ para ⊕ ao passar por x0 .

Então, x0 é Ponto de Mínimo Relativo da função f ( x ) .

PARTE B:
Se f ′′( x0 ) < 0 , então existe uma vizinhança de x0 na qual a função é decrescente.

se x < x0 ⇒ f ′( x ) > f ′( x0 ) ⇒ f ′( x ) > 0


Neste caso:  .
se x > x0 ⇒ f ′(x ) < f ′( x0 ) ⇒ f ′( x ) < 0
Isto significa que f ′( x ) muda de sinais ⊕ para Θ ao passar por x0 .

Então, x0 é Ponto de Máximo Relativo da função f ( x ) .

EXEMPLOS:

1
01) Determinar os extremos da função f ( x ) = 4 x + .
x
a) Pontos Críticos:
Devemos ter f ′( x ) = 0

1 4x 2 − 1
f ′( x ) = 4 − ⇒ f ′( x ) =
x2 x2
1 1
Assim: 4 x 2 − 1 = 0 ⇒ x 2 = ⇒ x=±
4 2
1 1
Portanto, são Pontos Críticos: x = e x=−
2 2

b) Sinal da Derivada Segunda:


2
Temos: f ′′( x ) = .
x3

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1  1 2 1
• Para x = − , obtemos f ′′ −  = = −16 . Portanto x = − é Ponto de Máximo
2  2 − 1 2
8
Relativo da função.
1 1 2 1
• Para x = , obtemos f ′′  = = 16 . Portanto x = é Ponto de Mínimo Relativo da
2  2 1 2
8
função.

02) Encontrar os extremantes da função f ( x ) = x 3 − 3x + 1

a) Pontos Críticos:
Devemos ter f ′( x ) = 0 .

Temos: f ′( x ) = 3x 2 − 3 ⇒ 3 x 2 − 3 = 0 ⇒ x 2 = 1 ⇒ x = ±1
Portanto, os pontos críticos são x = −1 e x = 1 .

b) Sinal da Derivada Segunda:


Temos: f ′′( x ) = 6 x .
• Para x = −1 , tem-se f ′′(− 1) = −6 (menor que zero). Portanto, x = −1 é Ponto de Máximo
Relativo da função.
• Para x = 1 , tem-se f ′′(1) = 6 (maior que zero). Portanto, x = 1 é Ponto de Mínimo Relativo
da função.

03) Determinar valores para a e b, de modo que a função f ( x ) = 2 x 3 + ax 2 + b tenha Máximo


Relativo no ponto P(− 1,2 ) .

Devemos ter f ′(− 1) = 0 , ou seja, x = −1 deve ser Ponto Crítico.

f ′( x ) = 6 x 2 + 2ax ⇒ f ′(− 1) = 6.(− 1) + 2a.(− 1) ⇒ 0 = 6 − 2a ⇒ a = 3


2

No ponto P(− 1,2 ) , temos: 2 = 2.(− 1) + 3.(− 1) + b ⇒ b = 1


3 2

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Verificação:

Para a = 3 e b = 1 temos f ( x ) = 2 x 3 + 3x 2 + 1 ⇒ f ′( x ) = 6 x 2 + 6 x
a) Pontos Críticos:
Fazendo f ′( x ) = 0 , resulta: 6 x 2 + 6 x = 0 ⇒ x = 0 ou x = −1 (Pontos Críticos)
Por outro lado: f ′′( x ) = 12 x + 6

Para x = −1 , temos f ′′(− 1) = −6 .


Como f ′′(− 1) < 0 , então x = −1 é Ponto de Máximo Relativo da função.

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CÁLCULO 1
EXERCÍCIOS - AULA 17

01) Achar os intervalos de crescimento e decrescimento e os pontos de máximo relativo, mínimo


relativo e inflexão horizontal (caso existam) para a função definida pela equação
f ( x ) = ( x + 2 ) .( x − 3) . Resp: x = −2 (máx) x = 0 (mín) e x = 3 (inf)
2 3

−b −∆
02) Usando derivadas, mostre que o vértice da parábola y = ax2 + bx + c é o ponto P  , .
 2a 4a 

03) Encontre a , b e c de modo que a função f(x) = ax2 + bx + c tenha um máximo relativo no ponto
− 10 100 − 70
P(5,20) e que passe pelo ponto Q(2,10). Resp: a = ,b= ec= .
9 9 9

04) Achar os extremos da função f ( x ) = x 2 − 9 ( )2


e esboçar o seu gráfico.

05) Sabendo que a função f ( x ) = x 3 + 2 x 2 + ax + b apresenta um máximo relativo no ponto P(− 1,6 ) ,

calcule o valor de (3b − 2a ) . Resp: 16

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CÁLCULO 1 – AULA 18 - DERIVADAS

18.1 – APLICAÇÕES GEOMÉTRICAS DE MÁXIMOS E MÍNIMOS:

Nas aulas anteriores aprendemos como determinar os pontos de Máximo e Mínimo Relativos
de uma função y = f ( x ) .
Neste item, faremos algumas aplicações desses conceitos na resolução de problemas
geométricos. A resolução destes problemas pode ser muito útil no futuro.
Para resolve-los, procedemos da seguinte maneira:

• identificamos primeiramente a grandeza existente no problema, da qual queremos


conhecer o Máximo ou o Mínimo;
• escrevemos esta grandeza em função de uma das outras grandezas envolvidas no
problema. Em outras palavras, devemos obter uma função da forma y = f ( x ) ;
• obtemos os Pontos Críticos, isto é, resolvemos a equação f ′( x ) = 0 ;
• aplicamos a 1a ou a 2a Regra para identificar cada Ponto Crítico obtido.

OBSERVAÇÃO:

A maioria das aplicações práticas trata de problemas bem determinados, isto é, problemas
onde só faz sentido a existência de um Máximo ou de um Mínimo.
Nesses casos, a simples determinação dos Pontos Críticos já é suficiente para a resolução do
nosso problema.

EXEMPLOS:

01) Deseja-se construir um reservatório cilíndrico com tampa para armazenar um volume de
250π m 3 . Quais devem ser o raio e a altura desse reservatório para que o consumo de
material usado na sua construção seja mínimo?

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Do enunciado do problema, podemos interpretar que a grandeza da qual se deseja conhecer o


mínimo é a Área Total do reservatório cilíndrico.
O reservatório do problema tem a forma da figura abaixo:

R
Volume: V = π R 2 h (1)

Área Total: S = 2π R 2 + 2π Rh (2)


Como queremos determinar o Mínimo da área total S , então devemos escrever esta grandeza
em função de uma das outras grandezas do problema, no caso R ou h .
V
De (1), temos: h =
π R2
V 2V
Em (2): S = 2π R 2 + 2π R. ⇒ S = 2π R 2 +
πR 2
R
Na expressão acima, obtivemos a grandeza S (área total) em função do raio R , isto é,
encontramos a função S = f (R )
dS
Para a determinação dos Pontos Críticos, devemos fazer = 0.
dR
dS 2V dS 4π R 3 − 2V
= 4π R − 2 ⇒ =
dR R dR R2
dS V V
Para = 0 , resulta 4π R 3 − 2V = 0 ⇒ R 3 = ⇒ R=3
dR 2π 2π
O valor obtido acima é o único Ponto Crítico da função. Portanto, ele já corresponde ao Ponto
de Mínimo procurado. Isto porque o problema em questão é bem determinado, ou seja, não faz
sentido procurar neste problema o máximo relativo.

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Entretanto, podemos comprovar esta conclusão verificando se o Ponto Crítico obtido


corresponde a Máximo ou Mínimo Relativo, usando a primeira ou a segunda regra.
Vamos usar, neste caso, a segunda regra, isto é, vamos estudar o sinal da derivada segunda
no Ponto Crítico.
d 2S 4V
Temos: 2
= 4π + 3
dR R
V d 2S 4V d 2S 8π V d 2S
Para R = 3 ⇒ = 4π + ⇒ = 4π + ⇒ = 12π
2π dR 2 V dR 2 V dR 2

d 2S V
Como > 0 , o valor R = 3 corresponde ao ponto de Mínimo da função.
dR 2

250π 3 V 250π
Assim, teremos R = 3 = 125 ⇒ R = 5 m e h = = ⇒ h = 10 m
2π π R 2
25π

02) Dentre todos os retângulos de mesmo perímetro, qual é o de maior área?

Consideremos um retângulo de base x e altura y , como o da figura abaixo:

Temos:
S = xy (área) (1)
P = 2x + 2 y (perímetro) (2)
P
De (2): y = −x
2
P  Px
Em (1): S = x. − x  ⇒ S = − x 2 , isto é, S = f ( x )
2  2
dS dS P
Devemos ter: =0 e = − 2x
dx dx 2
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P P
Portanto: − 2x = 0 ⇒ x = (Ponto Crítico)
2 4
Tal como ocorreu no problema anterior, a simples determinação do Ponto Crítico já é
P
suficiente para respondermos ao problema. Ou seja, o valor x = já corresponde ao Máximo
4
Relativo.
Entretanto, vamos fazer a verificação usando a 2a regra, isto é, vamos estudar o sinal da
segunda derivada no Ponto Crítico.
d 2S d 2S
Temos: = −2 ⇒ < 0 para todo valor de x .
dx 2 dx 2
P
Então, x = é Ponto de Máximo Relativo da função.
4
P P P P
Para x = , tem-se y = − ⇒ y= .
4 2 4 4

Portanto, nas condições impostas pelo problema, concluímos que o retângulo de área máxima
P
é o quadrado de lados medindo .
4

03) Qual é a altura do cilindro circular reto de maior volume que pode ser inscrito numa esfera de
raio R = 3 m ?

R
h 2R h

2r
2r

Temos: R= 3 ⇒ Raio da esfera


r = raio do cilindro
h = altura do cilindro

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V = π r 2 h ⇒ Volume do cilindro (1)


Do triângulo retângulo:
h2
4 R 2 = 4r 2 + h 2 ⇒ 12 = 4r 2 + h 2 ⇒ r 2 = 3 − (2)
4
Substituindo (2) em (1):
 h2  π h3
V = π h 3 −  ⇒ V = 3π h − ⇒ V = f (h )
 4  4

dV
Devemos ter = 0.
dh
dV 3π h 2 12π − 3π h 2
= 3π − =
dh 4 4
12π − 3π h 2 = 0 ⇒ h 2 = 4 ⇒ h = 2 m

O único Ponto Crítico compatível com o problema é h = 2 . Portanto, esta deve ser a altura do
cilindro inscrito na esfera e que tenha volume máximo.
Para verificar, podemos utilizar a segunda regra, isto é, estudar o sinal da derivada segunda
no Ponto Crítico.
d 2V 6π h 3π h
Temos: 2
=− =−
dh 4 2
d 2V
Para h = 2 m , encontramos: = −3π .
dh 2
Portanto, como a derivada segunda no Ponto Crítico é negativa, este ponto é de Máximo
Relativo.

18.2 – OUTRAS APLICAÇÕES DE MÁXIMOS E MÍNIMOS:

No item anterior aprendemos como determinar os pontos de Máximo e Mínimo Relativos


aplicados a problemas geométricos.
Neste item faremos aplicações desses conceitos a problemas físicos e outros problemas em
geral, sempre adotando o mesmo procedimento que usamos para problemas geométricos.

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Ou seja, inicialmente escrevemos a grandeza da qual queremos conhecer o Máximo ou o


Mínimo Relativo em função de qualquer outra grandeza do problema e depois resolvemos
normalmente, como fazemos com uma função.

EXEMPLOS:

01) O Momento Fletor M de uma viga, à distância x de uma extremidade, é dado pela equação
1
M = qx(l − x ) , onde q é a carga por unidade de comprimento e l é o comprimento da viga.
2
Achar o Momento Fletor Máximo dessa viga.

Como q e l são constantes, temos M = f ( x ) .


Para a determinação do Momento Fletor Máximo, devemos obter primeiramente o(s) ponto(s)
dM
crítico(s) da função, isto é, as raízes da equação = 0.
dx
qlx qx 2 dM ql
Temos: M = − ⇒ = − qx
2 2 dx 2
ql ql l
Portanto: − qx = 0 ⇒ qx = ⇒ x=
2 2 2
l
O Ponto Crítico obtido é x = que, provavelmente, é o valor procurado.
2
Entretanto, podemos verificar estudando o sinal da derivada segunda.
d 2M
Assim: = − q , ou seja, a derivada segunda é negativa para todo valor de x .
dx 2
Portanto, o valor encontrado como Ponto Crítico é de Máximo Relativo.
O Momento Fletor máximo será:
1 l  l ql 2
M máx = q. . l −  ⇒ M máx =
2 2  2 8 .

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 Pv 2 
02) A potência W transmitida por uma correia é dada pela fórmula W = k  Tv −  , onde k > 0 é
 g 

um coeficiente de proporcionalidade, T a temperatura máxima admissível pra a correia, P o


peso por unidade de comprimento, g a aceleração da gravidade e v a velocidade.
Achar a velocidade que corresponde à potência máxima.

kPv 2
Temos: W = kTv −
g
dW 2kPv
= kT −
dv g
Pontos Críticos:
dW
Devemos ter: =0
dv
2kPv 2kPv gT
Assim: kT − =0 ⇒ = kT ⇒ v =
g g 2P

gT d 2W
Para verificar se v = realmente é Ponto de Máximo, vamos estudar o sinal de neste
2P dv 2
ponto.
d 2W 2kP
Temos: 2
=−
dv g
gT
Como a derivada segunda é negativa para qualquer valor de v , então o valor obtido v = é
2P
a velocidade que corresponde à potência máxima.

03) Dadas n = 10 pilhas de f.e.m. (Força Eletromotriz) e = 1,2 volts e resistência interna r = 2 Ω ,
dispô-las em agrupamento misto, de modo que ligando-as a uma resistência externa de
R = 5 Ω a corrente seja máxima.
ex
OBS: num agrupamento misto, a corrente é dada pela fórmula I = 2
, onde x é o número
rx
+R
n
de elementos em série.

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Como o problema nos forneceu os valores de e, r , R , n , então temos I = f ( x ) , isto é, a


corrente I é função apenas do número de elementos em série x .
Queremos determinar exatamente o valor de x para que a corrente seja máxima.
dI
Portanto, devemos ter = 0.
dx
1,2 x 12 x 6x
Temos: I = ⇒ I= 2 ⇒ I= 2
2x 2
2 x + 50 x + 25
+5
10

=
( )
dI 6 x 2 + 25 − 6 x.2 x

dI 150 − 6 x 2
=
dx (
x 2 + 25
2
)
dx x 2 + 25
2
( )
dI x = 5
Para = 0 , resulta: 150 − 6 x 2 = 0 ⇒ x 2 = 25 ⇒ 
dx  x = −5 (não convém)

Portanto, x = 5 é Ponto Crítico.

Para verificar se este ponto corresponde a Máximo ou Mínimo Relativo, vamos aplicar a Regra
da Derivada Segunda.

( ) (
2
d 2 I − 12 x. x 2 + 25 − 150 − 6 x 2 .2. x 2 + 25 .2 x
=
) ( )
dx 2 x 2 + 25 (
4
)
Dividindo o numerador e o denominador por x 2 + 25 , encontramos: ( )
( )
d 2 I − 12 x. x 2 + 25 − 4 x. 150 − 6 x 2
=
( )
dx 2 (
x 2 + 25
3
)
d 2 I − 12 x 3 − 300 x − 600 x + 24 x 3 d 2 I 12 x 3 − 900 x
= ⇒ =
dx 2 (
x 2 + 25
3
) dx 2 x 2 + 25
3
( )
Para x = 5 , obtemos:
d 2 I 12.125 − 900.5 d 2 I 1500 − 4500 − 3000 − 3
= ⇒ = = =
dx 2 (25 + 25)3 dx 2 125000 125000 125

d 2I
Como < 0 , então x = 5 elementos em série produzirão corrente máxima.
dx 2
6.5 30
Esta máxima corrente será: I máx = ⇒ I máx = ⇒ I máx = 0,6 ampéres
5 + 25
2
50

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04) Sabe-se que a intensidade de iluminação varia na razão inversa do quadrado da distância da
fonte luminosa. Duas lâmpadas de 64 e 125 watts, respectivamente, estão a 180 cm uma da
outra. Achar o ponto entre as duas lâmpadas em que a iluminação é mínima.

F1 = 64 P F2 = 125

x 180 − x

180

Chamando de I a intensidade de iluminação no ponto P , e obedecendo às condições dadas


64k 125k
pelo enunciado do problema, teremos I = + , onde k = cons tan te e k > 0 .
x 2
(180 − x )2
dI
Para obter o(s) ponto(s) crítico(s) devemos ter = 0.
dx
dI 0.x 2 − 64k .2 x 0.(180 − x ) − 125k .2.(180 − x )(
. − 1)
2
= +
dx x 4
(180 − x ) 4

dI − 128k 250k
= +
dx x 3
(180 − x )3
3
dI 128k 250k  180 − x  250k
Para =0 ⇒ = ⇒   =
dx x 3
(180 − x )3
 x  128k
3 3
 180 − x  125  5  180 − x 5
  = =  ⇒ = ⇒ 720 − 4 x = 5 x ⇒ 9 x = 720 ⇒ x = 80
 x  64  4  x 4
Portanto, x = 80 representa o Ponto Crítico para este problema.
Vamos verificar se ele realmente é ponto de Mínimo, aplicando a Regra da Derivada Segunda
d 2 I 384k 750k
= 4 + (VERIFIQUE)
dx 2
x (180 − x )4
d 2I
Para x = 80 , temos > 0.
dx 2

Portanto, o ponto em que a iluminação é mínima está situado a x = 80 m da lâmpada de


potência menor.

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CÁLCULO 1
EXERCÍCIOS - AULA 18

01) Determine a razão entre a altura H e o raio R de um cilindro fechado de volume V , se a


sua área total é mínima. Resp: H = 2 R .

02) A soma das medidas das bases e da altura de um trapézio é igual a 40 cm e uma das bases

excede a outra de 8 cm . Achar a área máxima A desse trapézio. Resp: A = 200 cm 2

03) Considere um triângulo retângulo no primeiro quadrante limitado pelos eixos coordenados e
pela reta que passa pelo ponto P(2,3).Encontre os vértices do triângulo de área máxima.
Resp: (0,0) , (4,0) e (0,6)

04) Determinar as dimensões do cone circular reto de volume máximo, cuja geratriz mede 3
metros. Resp: h = 3 m e r= 6m

05) Quais as dimensões do cilindro circular reto de área lateral máxima que pode ser inscrito

R 2
numa esfera de raio R? Resp: r = e h=R 2
2

06) A teoria da probabilidade afirma que a função f definida pela equação


n!
f ( p) = p k . (1 − p) n − k é a probabilidade de exatamente k acertos em n tentativas.
k !( n − k ) !
Sendo n e k inteiros, n > 0 , 0 ≤ k ≤ n e 0 < p < 1 , encontre o número p que maximiza f.
k
Resp: p = .
n

07) A concentração C de uma certa substância química no fluxo sangüíneo em t horas após ser
3t
injetada no músculo é dada por C= .
54 + t 3
Em que instante a concentração é máxima? Resp: 3 horas

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08) Encontre dois números cujo produto é 192 e a soma do primeiro com o triplo do segundo é
mínima. Resp: 24 e 8

09) A resistência de flexão de uma viga é dada pela fórmula R = kxy 2 , onde k > 0 é uma constante
de proporcionalidade, x é a largura e y é a altura da viga. Quais as dimensões da viga de
máxima resistência que se pode extrair de uma tora de madeira de 60 cm de diâmetro?

Resp: x = 20 3 cm e y = 20 6 cm

10) A potência W em watts fornecida a um circuito externo por uma bateria de resistência r ohms
e força eletromotriz E volts, quando a corrente é i ampéres, é dada pela fórmula W = Ei − ri 2 .
Sendo E = 18 volts e r = 15 Ω , achar a corrente que dá a potência máxima.
Resp: i = 0,6 amp

11) Se um projétil é lançado sob um ângulo de elevação θ , sobre um plano inclinado de inclinação
2
2v0 sen (θ − α ). cosθ
α , o alcance do tiro é dado pela equação x = , onde v0 é a velocidade
g cos 2 α
inicial e g é a aceleração da gravidade.
α π
Achar o valor de θ que dá o alcance máximo. Resp: θ = +
2 4

12) O tempo que leva um corpo para percorrer, sem atrito, um plano inclinado de inclinação α e

4b
base b é dado pela fórmula t = , onde g é a aceleração da gravidade.
g sen 2α

Determinar α de modo que t seja mínimo. Resp: α = 45 0

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CÁLCULO 1 – AULA 19 - DERIVADAS

CONCAVIDADE DE UMA FUNÇÃO:

19.1 – Definições:

Consideremos o gráfico de uma função y = f ( x ) , contínua e derivável num intervalo aberto


(a, b ) ⊂ ℜ . Então definimos:

A) a curva de y = f ( x ) tem a concavidade voltada para baixo nesse intervalo se todos os seus

pontos se encontram abaixo da reta tangente traçada por qualquer ponto x0 ∈ (a, b ) .

Graficamente:
y

y tangente

f (x )
y = f (x )

x
0 a x0 x b

 f ( x ) = ordenada da curva
Se  , então f ( x ) − y < 0
 y = ordenada da tan gente

B) a curva tem a concavidade voltada para cima nesse intervalo se todos os seus pontos se
encontram acima da reta tangente traçada por qualquer ponto x0 ∈ (a, b ) .

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Graficamente: y

f (x )
y
tangente

x
a x0 x b

 f ( x ) = ordenada da curva
Se  , então f ( x ) − y > 0
 y = ordenada da tan gente

19.2 – Teorema:

Vamos admitir que a derivada segunda f ′′( x ) seja definida no intervalo (a, b ) . Neste caso:
A) se f ′′( x ) > 0 , então a curva tem a concavidade voltada para cima nesse intervalo;
B) se f ′′( x ) < 0 , então a curva tem a concavidade voltada para baixo nesse intervalo.

DEMONSTRAÇÃO DA PARTE (A):

Demonstraremos apenas a parte (A) do Teorema, uma vez que a demonstração da parte (B) é
semelhante.
Seja x0 ∈ (a, b ) .

A reta tangente à curva pelo ponto x0 é dada pela equação:

y − f ( x0 ) = f ′( x0 )(
. x − x0 ) ou y = f (x0 ) + f ′( x0 )(
. x − x0 )

Da figura imediatamente anterior, observamos que a cada ponto x ∈ (a, b ) podemos associar a
diferença entre as ordenadas da curva e da reta tangente, isto é, f ( x ) e y , respectivamente.
Chamando esta diferença de F (x ) , temos:
F (x ) = f (x ) − y ou F ( x ) = f ( x ) − f ( x0 ) − f ′( x0 )(
. x − x0 )
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Esta função F (x ) é tal que:


(a) F ( x0 ) = f ( x0 ) − y = 0 , pois em x = x0 temos f ( x0 ) = y ;

(b) F ′( x0 ) = 0 , pois F ′( x ) = f ′( x ) − 0 − f ′( x0 ) ;

Para x = x0 ⇒ F ′( x0 ) = f ′( x0 ) − f ′( x0 ) = 0

(c) F ′′( x0 ) > 0 , pois F ′′( x ) = f ′′( x ) e, por hipótese, f ′′( x ) > 0 .

Podemos então concluir que a função F ( x ) tem um Mínimo Relativo em x = x0 .

Logo: F ( x ) > 0 para todo x ∈ (a, b ) e x ≠ x0 .

Como F ( x ) = f ( x ) − y , então f ( x ) − y > 0 e, por definição, a curva tem a concavidade voltada


para cima no intervalo (a, b ) .

19.3 – Pontos de Inflexão:

Dizemos que um ponto P( x0 , y 0 ) é Ponto de Inflexão da função y = f ( x ) se, neste ponto, a

curva da função muda de concavidade.


No ponto de Inflexão a reta tangente intercepta a curva da função.
Podemos ter três tipos de Inflexão:

A) INFLEXÃO HORIZONTAL:

Neste caso, a reta tangente é paralela ao eixo x .

y = f (x )

tangente

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B) INFLEXÃO VERTICAL:

Neste caso, a reta tangente é perpendicular ao eixo x .

y = f (x )

tangente
x

C) INFLEXÃO OBLÍQUA:

Neste caso, a reta tangente é oblíqua ao eixo x .

y = f (x )

tangente

Se f ′′( x0 ) = 0 ou f ′′( x0 ) não existir e se f ′′( x ) muda de sinais ao passar por x0 , então x0 será
um Ponto de Inflexão da função.

Além disso, se tivermos f ′( x0 ) = 0 então x0 é Ponto de Inflexão Horizontal e se f ′( x0 ) → ∞ ,

então x0 á Ponto de Inflexão Vertical.

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EXEMPLOS;

01) Determinar os intervalos de concavidade da função f ( x ) = − x 2 + 6 x − 1 .

Temos: f ′( x ) = −2 x + 6 e f ′′( x ) = −2

Como f ′′( x ) < 0 para todo x ∈ ℜ , concluímos que a função dada tem a concavidade voltada
para baixo em todo o seu Domínio.

OBSERVAÇÃO: Independentemente de termos estudado os sinais da derivada segunda, já


era sabido que o gráfico desta função tem sempre a concavidade voltada para baixo, uma vez que
se trata de uma função quadrática da forma y = ax 2 + bx + c , com a < 0 .

02) Determinar os intervalos de concavidade da função f ( x ) = e − x .


2

Temos: f ′( x ) = −2 x.e − x
2

2
(
f ′′( x ) = −2e − x − 2 x. − 2 x.e − x
2
) ( )
⇒ f ′′( x ) = e − x . 4 x 2 − 2 ⇒ f ′′( x ) =
2 4x 2 − 2
ex
2

2 2
Raízes de f ′′( x ) : x=− e x=
2 2
Estudo dos sinais de f ′′( x ) :

+++++ −−−−−−−−−− ++++++++


x
2 2

2 2
+++++ +++++++++++ +++++++
x

_
+ + x
2 2

2 2
Conclusões:

2 2
• os pontos x = − e x= são Pontos de Inflexão da função;
2 2

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2
• para x < − a curva tem a concavidade voltada para cima;
2

2 2
• para − <x< a curva tem a concavidade para baixo;
2 2

2
• para x > a curva tem a concavidade voltada para cima;
2

03) Encontre o(s) ponto(s) de inflexão da função f ( x ) = ( x − 1) .( x + 2 ) , identifique os seus intervalos


2

de concavidade e o tipo de inflexão.

Temos: f ′( x ) = 2.( x − 1)(


. x + 2 ) + 1.( x − 1)
2

f ′( x ) = 2 x 2 + 4 x − 2 x − 4 + x 2 − 2 x + 1 ⇒ f ′( x ) = 3 x 2 − 3

A derivada segunda será: f ′′( x ) = 6 x


Para f ′′( x ) = 0 , temos x = 0 , que é o ponto de inflexão.
Para verificar a concavidade, vamos estudar os sinais de f ′′( x ) .

−−−−−−− +++++++++
x
0

Conclusões:
• para x < 0 a curva tem a concavidade voltada para baixo;
• para x > 0 a curva tem a concavidade voltada para cima;
• como f ′(0 ) = −3 , isto é, f ′(0 ) existe e é diferente de zero, então a inflexão é oblíqua.

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CÁLCULO 1 – AULA 20 - INTEGRAIS

20.1 – INTRODUÇÃO:

O primeiro e principal objetivo da Integração é obter uma função f ( x ) quando se conhece a


sua derivada f ′( x ) .

EXEMPLOS;

01) Se f ′( x ) = 3x 2 , então f ( x ) = x 3 .

02) Se f ′( x ) = cos x , então f ( x ) = sen x

1
03) Se f ′( x ) = , então f ( x ) = ln x
x

1
04) Se f ′( x ) = e x + sec 2 x − , então f ( x ) = e x + tgx − x
2 x

20.2 – PRIMITIVAS:

Dizemos que uma função F ( x ) , derivável num subconjunto de ℜ , é Primitiva de outra função
d
f ( x ) quando F ′( x ) = f ( x ) , ou [F (x )] = f (x ) .
dx

EXEMPLOS;

1 d
01) A função F ( x ) = ln x é uma Primitiva da função f ( x ) = , pois [ln x] = 1 .
x dx x

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x5 d  x 5  5x 4
02) A função F (x ) = é uma Primitiva da função f ( x ) = x 4 , pois  = = x4 .
5 dx  5  5

d
03) A função F ( x ) = sen (5 x ) é uma Primitiva da função f ( x ) = 5 cos(5 x ) , pois [sen (5 x )] = 5 cos(5 x ) .
dx
x 4 5x 3 7 x 2
04) A função F ( x ) = − + − 3x é uma Primitiva da função f ( x ) = x 3 − 5 x 2 + 7 x − 3 , pois
4 3 2
d  x 4 5x3 7 x 2  4 x 3 15 x 2 14 x
 − + − 3 x = − + − 3 = x 3 − 5x 2 + 7 x − 3 .
dx  4 3 2  4 3 2

Não é muito difícil percebermos que uma determinada função f ( x ) pode possuir infinitas
Primitivas.
Vamos considerar, por exemplo, a função definida por f ( x ) = cos x .

As suas Primitivas serão:


F ( x ) = sen x
F ( x ) = sen x + 1

F (x ) = sen x − 3
F ( x ) = sen x + log 5

 3π 
F ( x ) = sen x + sen 
 7 
M
F ( x ) = sen x + C (C ∈ ℜ)

Podemos então, de maneira generalizada, dizer que a família de funções definidas da forma
F ( x ) = sen x + C representa as infinitas Primitivas da função f ( x ) = cos x , uma vez que
d
[sen x + C ] = cos x , para todo número Real C .
dx

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EXEMPLOS;

1
01) As infinitas Primitivas da função f ( x ) = constituem a família de funções definidas por
x
d
F ( x ) = ln x + C , onde C ∈ ℜ , pois [F (x )] = f (x ) .
dx

02) As infinitas Primitivas da função f ( x ) = x 4 constituem a família de funções definidas por

x5 d
F (x ) = + C , onde C ∈ ℜ , pois [F (x )] = f (x ) .
5 dx

03) As infinitas Primitivas da função f ( x ) = 5 cos(5 x ) constituem a família de funções definidas por
d
F ( x ) = sen (5 x ) + C , onde C ∈ ℜ , pois [F (x )] = f (x ) .
dx

04) As infinitas Primitivas da função f ( x ) = x 3 − 5 x 2 + 7 x − 3 constituem a família de funções

x 4 5x 3 7 x 2 d
definidas por F ( x ) = − + − 3x + C , onde C ∈ ℜ , pois [F (x )] = f (x ) .
4 3 2 dx

20.3 – INTEGRAL INDEFINIDA:

20.3.1 – DEFINIÇÃO:

Se a função F ( x ) é uma Primitiva da função f ( x ) , então à expressão F ( x ) + C , com C ∈ ℜ ,


damos o nome de Integral Indefinida de f ( x ) , e indicamos pela notação:

∫ f (x ).dx = F (x ) + C

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Onde:
• ∫ é o Símbolo de Integração;

• f ( x ) é o Integrando ou Função Integrando;


• f ( x ).dx é o Elemento de Integração;
• F ( x ) é a Primitiva de f ( x ) ;
• C é a Constante Arbitrária ou Constante de Integração.

EXEMPLOS;

x4 d  x4 
∫ x dx = + C , pois  + C = x .
3 3
01)
4 dx  4 

d
02) ∫ sec 2 x.dx = tgx + C , pois [tgx + C ] = sec 2 x .
dx

3x d  3x  3 x . ln 3
03) ∫ 3 x.dx = + C , pois  + C = = 3x .
ln 3 dx  ln 3  ln 3

1 d
04) ∫1+ x dx = arctgx + C , pois [arctgx + C ] = 1 2 .
2
dx 1+ x

cos(3 x ) d  cos(3 x )   − 3. sen (3x ) 


05) ∫ sen (3 x ).dx = − + C , pois  − + C  = −  = sen (3 x ) .
3 dx  3   3

CONCLUSÃO;

Pela definição e pelos exemplos acima apresentados, percebemos que resolver uma Integral
Indefinida significa determinar as infinitas Primitivas da Função Integrando, isto é, obter todas as
funções da forma F ( x ) + C , com C ∈ ℜ , cujas derivadas sejam iguais a f ( x ) .
Portanto, a Integração é uma operação inversa da Derivação.

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Percebemos que, para entender bem a operação de Integração, é necessário conhecermos


suficientemente as regras de derivação.

20.4 – PROPRIEDADES DA INTEGRAL INDEFINIDA:

20.4.1 – 1a PROPRIEDADE:

A derivada de uma Integral Indefinida em relação à variável de integração é igual ao


Integrando, ou seja:

d
dx
[∫ f (x).dx] = f (x)

Esta propriedade não necessita de demonstração uma vez que, ao integrarmos e derivarmos
sucessivamente uma determinada função em relação à mesma variável, nada mais estamos
fazendo do que aplicarmos duas operações inversas de mesma grandeza numa única função.

EXEMPLOS;

01)
d
dx
[∫ x dx] = x
5 5

d  sen x  sen x
dx  ∫ x
02) dx  =
 x

03)
d
dt
[∫ 5 cos t
]
dt = 5 cos t

04)
d
dt
[∫ arctgx.dx] = 0
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Observe, no exemplo anterior, que estamos derivando com relação à variável t uma função
dada na variável x. Portanto, é equivalente a estarmos derivando uma constante. Daí o fato do
resultado ser igual a zero.

20.4.2 – 2a PROPRIEDADE:

A Integral Indefinida de uma soma (ou diferença) de funções é igual à soma (ou diferença) das
Integrais Indefinidas das parcelas.

∫ [ f (x ) + g (x ) − h(x )]dx = ∫ f (x )dx + ∫ g (x )dx − ∫ h(x )dx

A demonstração desta propriedade também é imediata, uma vez que a derivada de uma soma
(ou diferença) de funções é igual à soma (ou diferença) das derivadas das parcelas. Ou seja, de
acordo com a definição de Integrais Indefinidas, a derivada da família de primitivas é igual ao
Integrando.
Assim:
d
dx
[∫ f (x ).dx]+ dxd [∫ g (x).dx]− dxd [∫ h(x ).dx] = f (x ) + g (x) − h(x )

EXEMPLOS;

∫ (3x ) ( ) ( )
− 2 x + 3 .dx = ∫ 3x 2 dx − ∫ 2 xdx + ∫ 3dx = x 3 + C1 − x 2 + C 2 + (3 x + C 3 )
2
01)

∫ (3x )
− 2 x + 3 .dx = x 3 − x 2 + 3 x + (C1 − C 2 + C 3 )
2

Como C1 , C 2 e C 3 são constantes arbitrárias, podemos chamar C1 − C 2 + C 3 = C .

Assim, a integral fica:

∫ (3x )
− 2 x + 3 .dx = x 3 − x 2 + 3 x + C
2

∫ (e )
+ cos x + sen 2 x .dx = ∫ e x dx + ∫ cos x.dx + ∫ sen 2 x.dx
x
02)

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∫ (e ) 1 1
x
+ cos x + sen 2 x .dx = e x + sen x + x − sen 2 x + C
2 4

1 
03) ∫  + sec 2 x − sec x .dx = ln x + tgx − ln(sec x + tgx ) + C
x 

20.4.3 – 3a PROPRIEDADE:

O fator constante que eventualmente apareça multiplicando o integrando pode ser tirado do
símbolo de integração.

∫ k. f (x ).dx = k.∫ f (x ).dx , k ∈ℜ

EXEMPLOS;

01) ∫ 3 cos x.dx = 3.∫ cos x.dx = 3.(− sen x + C ) = −3 sen x + C

 x6  7x6
∫ − = − ∫ = −  +  = − +C
5 5
02) 7 x dx 7. x dx 7 . 6 C 
  6

OBSERVAÇÕES;

O1: Observe que, nos exemplos acima, não multiplicamos a constante de integração C pelos
valores 3 e –7. Isto não significa que o resultado estaria errado caso efetuássemos as
multiplicações.
Acontece que, pelo fato da constante de integração ser arbitrária, isto é, qualquer constante
serve, então não há necessidade de multiplicas os valores 3 e –7 pela constante de
integração C.

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O2: Esta propriedade, apesar de parecer muito elementar, na verdade não é. Na resolução de
integrais, são muito freqüentes os casos em que necessitamos de um fator constante
multiplicando o integrando.
Isto acontece porque vamos precisar da derivada f ′( x ) de uma função f ( x ) que aparece no
integrando.

Portanto, se houver necessidade de uma constante multiplicando o integrando, podemos


acrescenta-la, desde que multipliquemos a integral pela sua inversa.

Este procedimento é equivalente a enxergarmos a 3a propriedade da seguinte maneira:

1
∫ f (x ).dx = k ∫ k. f (x ).dx , k ∈ ℜ*

EXEMPLOS;

01) ∫ x dx =
5 1
6∫
6 x 5
dx =
6
(
1 6
x + C =
x6
6
)+C

1 1 1
02) ∫ cos(2 x ).dx = ∫ 2 cos(2 x ).dx = (sen (2 x ) + C ) = sen (2 x ) + C
2 2 2


x
1 −
x
 −x  −
x
03) ∫ e 2 dx = −2 ∫ − e 2 dx = −2 e 2 + C  = −2e 2 + C
2  

ATENÇÃO;

Não se preocupe ainda com os resultados apresentados para as integrais acima. Por
enquanto, basta saber verificar se esses resultados estão corretos.

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Para isto, basta derivar os resultados e observar se as derivadas são iguais aos respectivos
integrandos.
Se isto acontecer, as integrais estão corretas.
Você vai começar a resolver propriamente dito as integrais a partir da próxima aula.

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CÁLCULO 1 – AULA 21 - INTEGRAIS

CÁLCULO DAS INTEGRAIS INDEFINIDAS- DIRETIVAS:

Estudaremos, a partir desse instante, alguns métodos conhecidos por Diretivas, que permitem
resolver as integrais indefinidas mais elementares.

As Diretivas serão regras aplicadas a determinados tipos de funções, cujas integrais serão
chamadas de imediatas, pois a sua solução é direta.

Essas Diretivas serão identificadas pelos nomes das funções envolvidas e deverão ser do
nosso conhecimento para os assuntos futuros.

Quer dizer, qualquer integral que tenhamos que resolver algebricamente daqui por diante
requer o uso de uma ou mais das Diretivas que vamos aprende neste tópico.
Portanto, é necessário que pratiquemos bastante a resolução de integrais imediatas, para que
não tenhamos dificuldades nos assuntos futuros.

ATENÇÃO;

Acostume-se, de agora em diante, a verificar se o resultado que você encontrou para cada
integral que você resolver está correto. Para isto, basta derivar o resultado e ver se ele é igual ao
integrando.
Faça isto, pelo menos até que você adquira bastante treinamento e possa confiar no seu
resultado.

21.1 – 1a DIRETIVA – FUNÇÃO CONSTANTE:

∫ k.dx = kx + C , k ∈ℜ

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EXEMPLOS;

01) ∫ dx = ∫ 1dx = 1x + C = x + C

02) ∫ − 7dx = −7 x + C

03) ∫ log 7.dx = (log 7).x + C

04) ∫ arctg (− 40).dx = arctg (− 40).x + C

21.2 – 2a DIRETIVA – FUNÇÃO POTÊNCIA:

[ f (x )]
n +1

∫ [ f (x )] . f ′(x ).dx =
n
+ C , n ≠ −1
n +1

DEMONSTRAÇÃO;

Devemos mostrar que a derivada do resultado é igual ao integrando.


u n +1
Sejam, então, y = + C e u = f (x ) , isto é, y é uma função composta de x .
n +1
dy dy du
Pela Regra da Cadeia: = .
dx du dx
dy (n + 1).u n du
Temos: = = un e = f ′( x )
du n +1 dx
dy dy
= u n . f ′( x ) ⇒ = [ f ( x )] . f ′( x ) , que é igual ao integrando.
n
Portanto:
dx dx

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EXEMPLOS;

x4
∫ x .dx = 4 + C
3
01)

1 x −2 1
∫ x3 ∫
−3
02) dx = x .dx = +C = − 2 +C
−2 2x

1 3
1 +1
x2 x2 2 3
03) ∫ x .dx = ∫ x .dx =
2
1
+C =
3
+C =
3
x +C
+1
2 2

sen 5 x
04) ∫ sen 4 x. cos x.dx = ∫ (sen x ) . cos x.dx =
4
+C
5

ln 4 x 1 ln 5 x
05) ∫ x .dx = ∫x .(ln x ) 4
.dx = +C
5

( ) (1 + 3x )
3
2 3
1 1 + 3x 2
( )
1
1 2
06) ∫ x. 1 + 3x dx = ∫ 6 x. 1 + 3 x .dx = .
2 2 2
+C = +C
6 6 3 9
2

arctgx 1 (arctgx ) 2
07) ∫ 1 + x 2 .dx = ∫ 1 + x 2 .arctgx.dx = 2 + C

sec 2 x tg 2 x
∫ cot gx = ∫ = +C
2
08) .dx tgx. sec x.dx
2

cot g 3 x cot g 4 x
09) ∫ sen 2 x .dx = ∫ cot g 3
x. cos sec 2
x.dx = − ∫ cot g 3
x. (
− cos sec 2
x).dx = −
4
+C

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1 sen x
10) ∫ sec x.tgx.dx = ∫ . .dx = ∫ cos − 2 x. sen x.dx = − ∫ cos − 2 x.(− sen x ).dx
cos x cos x
cos −1 x 1
∫ sec x.tgx.dx = − −1
+C =
cos x
+ C = sec x + C

1 cos x sen −1 x
11) ∫ cos sec x. cot gx.dx = ∫ . .dx = ∫ sen −2 x. cos x.dx = + C = − cos sec x + C
sen x sen x −1

21.3 – 3a DIRETIVA – FUNÇÃO QUOCIENTE:

f ′( x )
∫ f (x ) .dx = ln[ f (x )] + C

DEMONSTRAÇÃO;

Devemos mostrar que a derivada do resultado é igual ao integrando.


Sejam, então, y = ln u + C e u = f (x ) , isto é, y é uma função composta de x .
dy dy du
Pela Regra da Cadeia: = .
dx du dx
dy 1 du
Temos: = e = f ′( x )
du u dx
dy 1 dy f ′( x )
Portanto: = . f ′( x ) ⇒ = , que é igual ao integrando.
dx u dx f (x )

EXEMPLOS;

1
01) ∫ x .dx = ln x + C

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1
dx
02) ∫ = x .dx = ln (ln x ) + C
x ln x ∫ ln x

.dx = ln (1 + 2 x 2 ) + C
x 1 4x 1
03) ∫ 1 + 2x 2
dx = ∫
4 1 + 2x 2
4

sec 2 x 1 3 sec 2 x 1
04) ∫ 5 + 3tgx .dx = ∫ .dx = ln (5 + 3tgx ) + C
3 5 + 3tgx 3
sen x − sen x
05) ∫ tgx.dx = ∫ .dx = − ∫ .dx = − ln (cos x ) + C
cos x cos x

cos x
06) ∫ cot gx.dx = ∫ .dx = ln (sen x ) + C
sen x

dx 1 −5 1
07) ∫ 1 − 5x = − 5 ∫ 1 − 5x .dx = − 5 ln(1 − 5 x ) + C

ex
08)
dx dx
∫ 1 + e − x ∫ 1 ∫ e x + 1 .dx = ln e + 1 + C
= = x
( )
1+ x
e

sen (2 x )
09) ∫ 1 − 2 cos 2
x
.dx

Temos:
d
dx
[ ]
1 − 2 cos 2 x = −2.2 cos x.(− sen x ) = 2.2 sen x. cos x = 2 sen (2 x )

sen (2 x ) 1 2 sen (2 x )
Então: ∫ 1 − 2 cos 2
x
.dx = ∫
2 1 − 2 cos x
2
1
( )
.dx = ln 1 − 2 cos 2 x + C
2

1 + ln x
10) ∫ 1 + x ln x .dx
d
Temos: [1 + x ln x] = 1. ln x + x. 1 = ln x + 1 , que é o numerador do integrando.
dx x

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Portanto, essa integral é imediata e o seu resultado é:

1 + ln x
∫ 1 + x ln x .dx = ln(1 + x ln x ) + C

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CÁLCULO 1 – AULA 22 - INTEGRAIS

CÁLCULO DAS INTEGRAIS INDEFINIDAS- DIRETIVAS:

22.1 – 4a DIRETIVA – FUNÇÃO EXPONENCIAL:

a f (x)
∫ a . f ′(x ).dx =
f (x )
+C , a > 0 e a ≠1
ln a

DEMONSTRAÇÃO;

Devemos mostrar que a derivada do resultado é igual ao integrando.


au
Sejam, então, y = + C e u = f (x ) , isto é, y é uma função composta de x .
ln a
dy dy du
Pela Regra da Cadeia: = .
dx du dx
dy a u . ln a du
Temos: = = au e = f ′( x )
du ln a dx
dy dy
Portanto: = a u . f ′( x ) ⇒ = a f ( x ) . f ′( x ) , que é igual ao integrando.
dx dx

EXEMPLOS;

3x
01) ∫ 3 x.dx = +C
ln 3

ex ex
02) ∫ e x .dx = +C = + C = ex + C
ln e 1

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(1− 2 x )
(1− 2 x ) 1 (1− 2 x ) 1 3
03) ∫ 3 .dx = − ∫ − 2. 3
2
.dx = − .
2 ln 3
+C

2 ln x ln x 1 2 ln x
04) ∫ x .dx = ∫ x
2 . .dx =
ln 2
+C

x
x x a x
1 e
05) ∫ e .dx = a ∫ .e .dx = a.
a a
+ C = a.e a + C
a ln e

1 1
∫ x.e ∫
−x2 2 2
06) .dx = − − 2 x.e − x .dx = − .e − x + C
2 2

e sen x
∫ sec x .dx = ∫ cos x.e .dx = e + C
sen x sen x
07)

22.2 – 5a DIRETIVA – FUNÇÃO SENO:

∫ sen[ f (x )]. f ′(x ).dx = − cos[ f (x )] + C

DEMONSTRAÇÃO;

Devemos mostrar que a derivada do resultado é igual ao integrando.


Sejam, então, y = − cos u + C e u = f (x ) , isto é, y é uma função composta de x .
dy dy du
Pela Regra da Cadeia: = .
dx du dx
dy du
Temos: = −(− sen u ) = sen u e = f ′( x )
du dx
dy dy
Portanto: = sen u. f ′( x ) ⇒ = sen[ f ( x )]. f ′( x ) , que é igual ao integrando.
dx dx

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EXEMPLOS;

01) ∫ sen x.dx = − cos x + C

sen (ln x ) 1
02) ∫ .dx = ∫ . sen (ln x ).dx = − cos(ln x ) + C
x x

sen (sen x )
03) ∫ .dx = ∫ sen (sen x ). cos x.dx = − cos(sen x ) + C
sec x

 x 1  x  x
04) ∫ sen − .dx = −3∫ − . sen − .dx = 3. cos −  + C
 3 3  3  3

sen x 1
05) ∫ x
.dx = 2 ∫
2 x
. sen x .dx = −2 cos x + C

sen (arctgx ) 1
06) ∫ .dx = ∫ . sen (arctgx ).dx = − cos(arctgx ) + C
1+ x 2
1+ x2

07) ∫e x
dx
( )
. cos sec e −x
( ) ( ) ( )
.dx = ∫ e − x . sen e − x .dx = − ∫ − e − x . sen e − x .dx = cos e − x + C

22.3 – 6a DIRETIVA – FUNÇÃO COSSENO:

∫ cos[ f (x )]. f ′(x ).dx = sen[ f (x )] + C

DEMONSTRAÇÃO;

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Devemos mostrar que a derivada do resultado é igual ao integrando.


Sejam, então, y = sen u + C e u = f (x ) , isto é, y é uma função composta de x .
dy dy du
Pela Regra da Cadeia: = .
dx du dx
dy du
Temos: = cos u e = f ′( x )
du dx
dy dy
Portanto: = cos u. f ′( x ) ⇒ = cos[ f ( x )]. f ′( x ) , que é igual ao integrando.
dx dx

EXEMPLOS;

01) ∫ cos x.dx = sen x + C

cos(ln x + 3) 1
02) ∫ .dx = ∫ . cos(ln x + 3).dx = sen (ln x + 3) + C
x x

cos(tgx )
03) ∫ .dx = ∫ sec 2 x. cos(tgx ).dx = sen (tgx ) + C
cos 2 x

( )
04) ∫ 3 x. cos 3 x .dx =
1
ln 3 ∫ ( )
3 x . ln 3. cos 3 x .dx =
1
ln 3
( )
. sen 3 x + C

∫ sec(1 − 5 x ).dx = ∫ x. cos(1 − 5 x ).dx = − 10 ∫ − 10 x. cos(1 − 5 x ).dx = − 10 .sen (1 − 5 x ) + C


x. 2 1 1 2 2
05) 2

1 1
06) ∫ cos(ax + b ).dx = ∫ a. cos(ax + b ).dx = . sen (ax + b ) + C , a ≠ 0
a a

22.4 – 7a DIRETIVA – FUNÇÃO SECANTE:

∫ sec[ f (x )]. f ′(x ).dx = ln{sec[ f (x )] + tg [ f (x )]} + C


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DEMONSTRAÇÃO;
Devemos mostrar que a derivada do resultado é igual ao integrando.
Sejam, então, y = ln[sec u + tgu ] + C e u = f (x ) , isto é, y é uma função composta de x .
dy dy du
Pela Regra da Cadeia: = .
dx du dx
dy sec u.tgu + sec 2 u sec u.(tgu + sec u ) du
Temos: = = = sec u e = f ′( x )
du sec u + tgu sec u + tgu dx
dy dy
Portanto: = sec u. f ′( x ) ⇒ = sec[ f ( x )]. f ′( x ) , que é igual ao integrando.
dx dx

EXEMPLOS;

01) ∫ sec x.dx = ln (sec x + tgx ) + C

∫ x. sec(x ).dx = 2 ∫ 2 x. sec(x ).dx = 2 . ln[sec(x ) + tg (x )] + C


2 1 2 1 2 2
02)

dx 1 1
03) ∫ cos(5x − 8) = ∫ sec(5x − 8).dx = 5 ∫ 5. sec(5x − 8).dx = 5 ln[sec(5x − 8) + tg (5x − 8)] + C

3
sec 
3 1   3  3 
= ∫ 2  .dx = − ∫ − 2 . sec .dx = − ln sec  + tg   + C
dx x 1 3
04) ∫
 3 x 3 x  x 3   x  x 
x 2 . cos 
 x

05) ∫ sec(tgx ). sec 2 x.dx = ln[sec(tgx ) + tg (tgx )] + C

22.5 – 8a DIRETIVA – FUNÇÃO COSSECANTE:

∫ cos sec[ f (x )]. f ′(x ).dx = ln{cos sec[ f (x )] − cot g [ f (x )]} + C


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DEMONSTRAÇÃO;

Devemos mostrar que a derivada do resultado é igual ao integrando.


Sejam, então, y = ln[cos sec u − cot gu ] + C e u = f (x ) , isto é, y é uma função composta de x .
dy dy du
Pela Regra da Cadeia: = .
dx du dx

Temos: =
(
dy − cos sec u. cot gu − − cos sec 2 u
=
)
cos sec u.(cos sec u − cot gu )
= cos sec u e
du
= f ′( x )
du cos sec u − cot gu cos sec u − cot gu dx
dy dy
Portanto: = cos sec u. f ′( x ) ⇒ = cos sec[ f ( x )]. f ′( x ) , que é igual ao integrando.
dx dx

EXEMPLOS;

01) ∫ cos sec x.dx = ln(cos sec x − cot gx ) + C

 x 1  x   x  x 
02) ∫ cos sec .dx = 3∫ . cos sec .dx = 3 ln cos sec  − cot g   + C
 3 3 3   3  3 

dx 1
03) ∫ sen(3 − 4 x ) = ∫ cos sec(3 − 4 x ).dx = − 4 ∫ − 4. cos sec(3 − 4 x ).dx
dx 1
∫ sen(3 − 4 x ) = − 4 ln[cos sec(3 − 4 x ) − cot g (3 − 4 x )] + C

 x
cos sec e 2 
 
x
 2x  1 2
x
 2x 
04) ∫ x
.dx = ∫ e . cos sec e .dx = 2 ∫ .e . cos sec e .dx
2  

  2  
e 2
 x
cos sec e 2 
  .dx = 2 ln cos sec e 2  − cot g  e 2  + C
x x

∫ x 

   
e

2     

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cos sec(ln x ) 1
05) ∫ .dx = ∫ . cos sec(ln x ).dx = ln[cos sec(ln x ) − cot g (ln x )] + C
x x

22.6 – 9a DIRETIVA – FUNÇÃO SEC2f(x):

∫ sec [ f (x )]. f ′(x ).dx = tg [ f (x )] + C


2

DEMONSTRAÇÃO;

Devemos mostrar que a derivada do resultado é igual ao integrando.


Sejam, então, y = tgu + C e u = f (x ) , isto é, y é uma função composta de x .
dy dy du
Pela Regra da Cadeia: = .
dx du dx
dy du
Temos: = sec 2 u e = f ′( x )
du dx
dy dy
Portanto: = sec 2 u. f ′( x ) ⇒ = sec 2 [ f ( x )]. f ′( x ) , que é igual ao integrando.
dx dx

EXEMPLOS;

01) ∫ sec 2 x.dx = tgx + C

1 1
02) ∫ sec 2 (5 x − π ).dx = ∫ 5. sec 2 (5 x − π ).dx = .tg (5 x − π ) + C
5 5

03) ∫x
2
( )
. sec 2 5 x 3 − 7 .dx =
1
15 ∫ ( ) 1
( )
15 x 2 . sec 2 5 x 3 − 7 .dx = tg 5 x 3 − 7 + C
15

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1 1
04) ∫ cos(2 x ). sec 2 [sen (2 x )].dx = ∫ 2 cos(2 x ). sec 2 [sen (2 x )].dx = tg [sen (2 x )] + C
2 2

dx dx dx
05) ∫ sen (3x ). cot g (3x ) = ∫
2 2
cos (3 x ) ∫ cos (3 x )
2
= 2
sen (3 x ). 2

sen 2 (3x )
dx 1 1
∫ sen (3x ). cot g (3x ) = ∫ sec (3x ); dx = 3 ∫ 3. sec (3x ).dx = 3 .tg (3x ) + C
2 2
2 2

22.7 – 10a DIRETIVA – FUNÇÃO COSSEC2f(x):

∫ cos sec [ f (x )]. f ′(x ).dx = − cot g[ f (x )] + C


2

DEMONSTRAÇÃO;

Devemos mostrar que a derivada do resultado é igual ao integrando.


Sejam, então, y = − cot gu + C e u = f (x ) , isto é, y é uma função composta de x .
dy dy du
Pela Regra da Cadeia: = .
dx du dx

Temos:
dy
du
( )
= − − cos sec 2 u = cos sec 2 u e
du
dx
= f ′( x )

dy dy
Portanto: = cos sec 2 u. f ′( x ) ⇒ = cos sec 2 [ f ( x )]. f ′( x ) , que é igual ao integrando.
dx dx

EXEMPLOS;

01) ∫ cos sec 2 x.dx = − cot gx + C

dx
∫ sen (1 − x ) = ∫ cos sec (1 − x ).dx = − ∫ − cos sec (1 − x ).dx
2 2
02) 2

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dx
∫ sen (1 − x ) = −[− cot g (1 − x )] + C = cot g (1 − x ) + C
2

1 1
03) ∫ cos sec 2 (π x ).dx = ∫ cos sec (π x ).dx = − cot g (π x ) + C
2

π π

dx 1
∫ x.sen (ln x ) = ∫ x . cos sec (ln x ).dx = − cot g (ln x ) + C
2
04) 2

1
sec (3 x − 8)
2
cos (3 x − 8)
2
1
05) ∫ 2 .dx = ∫ .dx = ∫ .dx = ∫ cos sec (3x − 8).dx
2

tg (3 x − 8) sen (3 x − 8)
2
sen (3 x − 8)
2

cos (3 x − 8)
2

sec 2 (3x − 8) 1 1
∫ tg 2 (3x − 8) .dx = 3 ∫ 3 cos sec (3x − 8).dx = − 3 . cot g (3x − 8) + C
2

22.8 – 11a DIRETIVA – FUNÇÃO INVERSA DA TANGENTE:

f ′( x ) 1  f (x )
∫ a + [ f (x )]
2 2
.dx =
a
.arctg 
 a 
 + C , a ∈ ℜ*

DEMONSTRAÇÃO;

Devemos mostrar que a derivada do resultado é igual ao integrando.


1 u
Sejam, então, y = arctg   + C e u = f (x ) , isto é, y é uma função composta de x .
a a
dy dy du
Pela Regra da Cadeia: = .
dx du dx

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1 1 1
dy 1 2
a2 1 du
Temos: = . a = a = = 2 e = f ′( x )
du a u
2
u 2
a +u
2 2
a + u2 dx
1+   1 +
a a2 a2

dy 1 dy f ′( x )
Portanto: = 2 . f ′( x ) ⇒ = 2 , que é igual ao integrando.
dx a + u 2
dx a + [ f ( x )]2

EXEMPLOS;

dx 1 1  x
01) ∫1+ x 2
=∫
1 +x22
.dx = arctg   + C = arctgx + C
1 1

dx 1 1  x
02) ∫4+ x 2
=∫
2 +x 2
.dx = .arctg   + C
2
2  2

xdx x 1 4x
03) ∫ 3 + 4x 4
=∫
( 3 ) + (2 x )
2 2 2
.dx =
4∫ ( 3 ) + (2 x )
2 2 2
.dx

xdx 1 1  2x 2  1  2x 2 
∫ 3 + 4 x 4 = 4 . 3 .arctg  3  + C = 4 3 .arctg  3  + C
 

ex ex 1  ex 
04) ∫ .dx = ∫ .dx = .arctg   + C
7 + e2x ( 7 ) + (e )
2 x 2 7  7 

sen x − sen x 1  cos x 


05) ∫ 25 + cos 2
x
.dx = − ∫
5 + (cos x )
2
.dx = − .arctg 
2
5  5 
+C

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CÁLCULO 1 – AULA 23 - INTEGRAIS

EXERCÍCIOS – DIRETIVAS:

Apresentamos nesta aula a resolução de algumas integrais indefinidas imediatas, isto é,


integrais cujas soluções são obtidas pela simples aplicação das diretivas estudadas nas últimas
aulas.
Um fato importante, que devemos lembrar de agora em diante, é que, qualquer integral que
possua solução analítica, isto é, qualquer integral em que seja possível obter a primitiva do
integrando, só será resolvida mediante o uso de Diretivas.
Aprenderemos nas próximas aulas algumas técnicas e métodos para resolver integrais que
não sejam imediatas. E, mesmo quando estivermos empregando essas técnicas, o nosso objetivo
sempre será transformar a integral dada em uma ou mais integrais que sejam todas imediatas.
Em outras palavras, a solução analítica de uma integral indefinida só é possível com o
emprego das Diretivas.
Portanto, o conhecimento dessas Diretivas e a prática no seu uso, serão fundamentais para o
desenvolvimento deste assunto daqui por diante.
Assim, o nosso conselho é que você, estudante, pratique bastante até adquirir habilidade
suficiente para resolver integrais.
Para finalizar estes comentários, queremos destacar que o uso dessa ferramenta no
desenrolar do curso de Física (ou qualquer outra ciência exata), será quase diário. Daí a
importância de estudarmos detalhadamente o assunto.
Nos exercícios a seguir procuramos apresentar algumas integrais imediatas devidamente
resolvidas.
Sugerimos que, antes de passar aos exercícios propostos, você resolva novamente estas
integrais por sua conta.

EXERCÍCIOS;

(1 + x )2 .dx = 1 + 2x + x 2 −
1
( ) −
1

1

1
01) ∫ x
∫ 1
.dx = ∫ x 2 . 1 + 2 x + x 2 .dx = ∫ x 2 .dx + ∫ 2 x.x 2 .dx + ∫ x 2 .x 2 .dx
2
x

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1 1 3
− +1 +1 +1
(1 + x ) 2

1 1 3
x 2
x2
x 2

∫ x
.dx = ∫ x .dx + 2 ∫ x .dx + ∫ x .dx =
2 2 2
1
+ 2.
1
+
3
+C
− +1 +1 +1
2 2 2
1 3 5
(1 + x )2 .dx = x 2 x2 x2 4 3 2 5
∫ x 1
+ 2.
3
+
5
+C = 2 x +
3
x +
5
x +C

2 2 2

OBSERVAÇÃO;

Na resolução da integral acima, usamos apenas a diretiva da Função Potência, fazendo o


desenvolvimento do numerador aplicando Produtos Notáveis.

(3x 2
)(
+ x + 2 . x −2 + 2 x −1 + 1 )
3 + 6 x + 3x 2 + x −1 + 2 + x + 2 x −2 + 4 x −1 + 2
02) ∫ x
.dx = ∫
x
.dx

(3x 2
)(
+ x + 2 . x −2 + 2 x −1 + 1 )
7 + 7 x + 3x 2 + 5 x −1 + 2 x −2
∫ x
.dx = ∫
x
.dx

(3x 2
)(
+ x + 2 . x −2 + 2 x −1 + 1 7)
∫ x
.dx = ∫ .dx + ∫ 7dx + ∫ 3 x.dx + ∫ 5 x − 2 .dx + ∫ 2 x −3 dx
x
(3x 2
)(
+ x + 2 . x −2 + 2 x −1 + 1 ) 3 2 x −1 x −2
∫ x
.dx = 7 ln x + 7 x + x + 5.
2 −1
+ 2.
−2
+C

(3x 2
)(
+ x + 2 . x −2 + 2 x −1 + 1 ) 3 5 1
∫ x
.dx = 7 ln x + 7 x + x 2 − − 2 + C
2 x x

OBSERVAÇÃO;
A integral acima foi resolvida de maneira parecida com a primeira, só que ela foi
desmembrada em 5 integrais, sendo uma delas de Função Quociente, outra de Função Constante
e 3 delas de Função Potência.

x x x
a 2x − 1 a 2x −1 a 2x −1
03) ∫ .dx = ∫ .dx = ∫

( )
.dx = ∫ a 2 . a 2 x − 1 .dx = ∫ a
2 x−
2

.dx − ∫ a 2 .dx
(a )
1 x
ax x 2 2
a

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3x x 3x x
a 2x − 1 − 2 3 2 1 −
∫ .dx = ∫ a 2 .dx − ∫ a 2 .dx = ∫ .a .dx − (− 2 )∫ − .a 2 .dx
ax 3 2 2
3x x

a 2x
−1 2 a 2
a 2
2 2 1
∫ a x
.dx = .
3 ln a
+ 2.
ln a
+C =
3 ln a
. a 3x + .
ln a a x
+C

OBSERVAÇÃO;

Esta integral envolveu especificamente Funções Exponenciais, devidamente arrumadas para


que as integrais resultantes fossem imediatas.

04)
x2
∫ 1 + x6 .dx =
x2
∫ 12 + x 3 .dx =
1 3x 2
3 ∫ 12 + x 3
1
( )
.dx = .arctg x 3 + C
( ) 2
( ) 2
3

OBSERVAÇÃO;

A integral acima já era imediata de acordo com a 11a Diretiva. Foi necessário apenas
identificar a função f ( x ) = x 3 e a sua derivada f ′( x ) = 3x 2 .

dx 1 1 1
05) ∫x 2
+ 10 x + 34
=∫
(x + 5) − 25 + 34
2
.dx = ∫
( x + 5) + 9
2
.dx = ∫
( x + 5 )2 + 3 2
.dx

dx 1  x + 5
∫x 2
= .arctg 
+ 10 x + 34 3  3 
+C

OBSERVAÇÃO;

Para resolver esta integral fomos obrigados a fatorar uma parte do denominador, a fim de
obter um quadrado perfeito, no caso (x + 5)2 . Com este procedimento, a integral tornou-se
imediata, novamente envolvendo a 11a Diretiva.

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ATENÇÃO:
1 1 1 1
Cuidado para não escrever = 2 + + , que é um dos erros mais absurdos
x + 10 x + 34 x
2
10 x 34
cometidos por estudantes mal formados conceitualmente.

6 x 3 − 10 x 2 + 4 x
06) ∫ x2 +1
.dx

OBSERVAÇÃO;

Observe que esta integral envolve uma Função Racional, como as integrais 04 e 05 acima.
Entretanto, ao contrário do que aconteceu com aquelas integrais, esta envolve uma Função
Racional Imprópria, isto é, o polinômio do numerador tem o grau maior que o polinômio do
denominador.
Isto significa que existe uma parte inteira na divisão do numerador pelo denominador.
Portanto, para resolvermos a integral, devemos primeiramente efetuar esta divisão, sem nos
preocuparmos se ela será exata ou não.
Lembremo-nos que, na divisão de um polinômio P(x ) por outro polinômio Q( x ) obtemos um
quociente q( x ) e podemos encontrar um resto R(x ) . Neste caso, podemos dizer que:
P(x ) R(x )
= q(x ) +
Q( x ) Q(x )
R(x )
onde q( x ) é um polinômio inteiro e racional na variável x e é uma Função Racional
Q (x )
Própria, isto é, o grau do polinômio R(x ) é menor que o grau do polinômio Q( x ) .

No nosso exemplo, ao dividirmos o polinômio P( x ) = 6 x 3 − 10 x 2 + 4 x por Q( x ) =x 2 +1 , obtemos o

quociente q( x ) = 6 x − 10 e o resto R( x ) = −2 x + 10 (VERIFIQUE!).

6 x 3 − 10 x 2 + 4 x − 2 x + 10
Portanto, podemos escrever: = 6 x − 10 + .
x +1
2
x2 +1
Integrando membro a membro em relação à variável x , teremos:

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6 x 3 − 10 x 2 + 4 x − 2 x + 10
∫ x +1
2
.dx = ∫ 6 x.dx − ∫ 10dx + ∫
x2 +1
.dx

Note que a primeira integral é imediata (Função Potência) e a segunda também é imediata
(Função Constante), mas a terceira ainda não é. Ela parece ser a Diretiva da Função Quociente
ou da Função Inversa da Tangente, mas não é uma coisa nem outra – ainda!
Vamos, então, desmembrar a terceira integral em duas.
Assim:
6 x 3 − 10 x 2 + 4 x 2x 1
∫ x +1
2
.dx = 6 ∫ x.dx − ∫ 10.dx − ∫ 2
x +1
.dx + 10 ∫ 2 2 .dx
x +1
Observe que a terceira integral foi desmembrada em duas integrais imediatas: a primeira de
Função Quociente e a segunda é a 11a Diretiva.
Finalmente:
6 x 3 − 10 x 2 + 4 x
∫ x +1
2
( )
.dx = 3x 2 − 10 x − ln x 2 + 1 + 10.arctgx + C

dx
07) ∫ 1 + cos x

OBSERVAÇÃO;

Observe que esta não se parece com nenhuma integral daquelas que resolvemos até agora.
O integrando é uma Função Racional Trigonométrica, e este tipo específico de integrais será
objeto de nosso estudo em aulas futuras.
Entretanto, neste caso em particular, podemos tentar obter uma solução para esta integral
usando o artifício de aplicar o conjugado do denominador no nosso integrando.

Assim procedendo, vamos obter:


dx 1 1 − cos x 1 − cos x 1 − cos x 1 cos x
∫ 1 + cos x = ∫ 1 + cos x . 1 − cos x .dx = ∫ 1 − cos 2
x
.dx = ∫ 2
sen x
.dx = ∫ 2
sen x
.dx − ∫
sen 2 x
.dx

dx (sen x ) −1

∫ 1 + cos x = ∫ cos sec x.dx − ∫ (sen x ) . cos x.dx = − cot gx − − 1 + C


2 −2

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dx 1
∫ 1 + cos x = − cot gx + sen x + C = − cot gx + cos sec x + C

08) ∫
(
ln x + x 2 + 1 )
.dx
1+ x2

OBSERVAÇÃO;

A integral acima parece totalmente estranha aos tipos de integrais que observamos até agora.
Para começar, ela envolve um radical e uma Função Logarítmica, e não existe nenhuma
Diretiva que trate especificamente de funções logarítmicas.
Portanto, esta integral só poderá ser imediata se envolver a Diretiva da Função Potência
(devido ao radical).

Vamos tentar enxergar esta Diretiva, escrevendo a integral de outra maneira:


(
ln x + x 2 + 1 ) [(
.dx = ∫ ln x + x 2 + 1 2 .
1
)]
.dx
1

1+ x 2
1+ x2
Esta integral será imediata se tivermos no integrando a derivada f ′( x ) da função definida por

( ) 
(
1

f ( x ) = ln x + x 2 + 1 = ln  x + x 2 + 1 2  .
 
)
Vamos, então, encontrar a derivada desta função f ( x ) .
x
( )
1
1
1 + . x 2 + 1 2 .2 x 1 +

x +1
2
x2 +1 + x 1
Temos: f ′( x ) = 2 = = =
x + x +12
x + x2 +1 (
x 2 + 1. x + x 2 + 1 ) x2 +1

∫ [ f (x )] . f ′(x ).dx
n
Comprovamos, portanto, ser esta uma integral da forma: , isto é, uma Diretiva

 
( )
1
1 1
da Função Potência, onde f ( x ) = ln  x + x 2 + 1 2  , n = e f ′( x ) = .
  2 1+ x2

( ) [( )]
3

Logo: ∫
ln x + x 2 + 1
1+ x2
.dx =
ln x + x 2 + 1
3
2
+C =
2
3
[ln(x + x2 +1 )] + C
3

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( a− x ) .dx = (
4
a− x ) .dx =
4
1
.(− 2 )∫ −
1
( )
4
09) ∫ ax
∫ a. x a 2 x
. a − x .dx

( a− x ) .dx = −
4
2 ( a− x )5
2
( )
5
∫ ax a
.
5
+C = −
5 a
. a− x +C

OBSERVAÇÃO;

Na resolução da integral acima, usamos a diretiva da Função Potência, fazendo com que

aparecesse no integrando a derivada da função f ( x ) = ( )


a − x que é f ′( x ) = −
1
2 x
.

x − arctg (2 x ) x 1 1
10) ∫ .dx = ∫ .dx − ∫ 1 + 4x 2 .[arctg (2 x )] 2 .dx
1 + 4x 2 1 + 4x 2
x − arctg (2 x ) 1 8x 1 2 1

∫ [ ( )]
8 ∫ 1 + 4x 2 2 ∫ 1 + 4x 2
.dx = .dx − . arctg 2 x 2 .dx
1 + 4x 2
3
x − arctg (2 x ) 1 [arctg (2 x )]2
∫ 1 + 4x 2
1
8
(
.dx = . ln 1 + 4 x 2 − .
2
) 3
+C

2
x − arctg (2 x )
.dx = . ln (1 + 4 x 2 ) −
1 1
∫ [arctg (2 x )]3 + C
1 + 4x 2
8 3

OBSERVAÇÃO;

A integral dada foi desmembrada em duas: uma diretiva de Função Quociente (a primeira) e
outra diretiva de Função Potência (a segunda).

1 − cos(2 x ) 1 1 1 1 1
11) ∫ sen 2 x.dx = ∫ .dx = ∫ .dx − ∫ cos(2 x ).dx = ∫ .dx − . ∫ 2 cos(2 x ).dx
2 2 2 2 2 2
1 1
∫ sen
2
x.dx = x − sen (2 x ) + C
2 4

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OBSERVAÇÃO;

Para a resolução desta integral, fizemos uso de uma identidade trigonométrica, que é dada
1 − cos(2 x )
por: sen 2 x = .
2
Para a demonstração desta identidade, vamos partir do segundo membro e tentar chegar ao
primeiro:
Sabemos que cos(2 x ) = cos 2 x − sen 2 x (1)

Por outro lado, também sabemos que: sen 2 x + cos 2 x = 1 (2)


Da relação (2) tiramos: cos 2 x = 1 − sen 2 x
Substituindo em (1): cos(2 x ) = 1 − sen 2 x − sen 2 x
1 − cos(2 x )
cos(2 x ) = 1 − 2 sen 2 x ⇒ 2 sen 2 x = 1 − cos(2 x ) ⇒ sen 2 x =
2
Portanto, com a troca do integrando pela identidade correspondente, obtivemos duas integrais
imediatas: uma de Função Constante e outra da Função Cosseno.

1 + cos(2 x ) 1 1 1 1 1
12) ∫ cos 2 x.dx = ∫ .dx = ∫ .dx + ∫ cos(2 x ).dx = ∫ .dx + . ∫ 2 cos(2 x ).dx
2 2 2 2 2 2
1 1
∫ cos
2
x.dx = x + sen (2 x ) + C
2 4

OBSERVAÇÃO;

Para a resolução desta integral, fizemos uso de uma identidade trigonométrica, que é dada
1 + cos(2 x )
por: cos 2 x = , cuja demonstração é semelhante àquela do exemplo anterior.
2

( )
13) ∫ sen 3 x.dx = ∫ sen x. sen 2 x.dx = ∫ sen x. 1 − cos 2 x .dx = ∫ sen x.dx + ∫ cos 2 x.(− sen x ).dx

1
∫ sen x.dx = − cos x + . cos 3 x + C
3

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14) ∫ cos 3 x.dx = ∫ cos x. cos 2 x.dx = ∫ cos x.(1 − sen 2 x ).dx = ∫ cos x.dx − ∫ sen 2 x. cos x.dx

1
∫ cos x.dx = sen x − . sen 3 x + C
3

2
 1 − cos 2 x  1 − 2 cos 2 x + cos 2 2 x
15) ∫ sen x.dx = ∫
4
( )
2
sen x .dx = ∫ 
2
 .dx = ∫ .dx
 2  4

∫ sen
4
x.dx =
1
4
[
∫ ] 1
1dx − ∫ 2 cos 2 x.dx + ∫ cos 2 2 x.dx =  ∫ dx − ∫ 2 cos 2 x.dx + ∫
4
1 + cos 4 x 
2
.dx 

1 1 1 
∫ sen x.dx = ∫ dx − ∫ 2 cos 2 x.dx + ∫ .dx + ∫ cos 4 x.dx 
4

4 2 2 
1 1 1 1 
∫ sen x.dx = ∫ dx − ∫ 2 cos 2 x.dx + ∫ dx + . ∫ 4. cos 4 x.dx 
4

4 2 2 4 
1 1 1 
∫ sen x.dx = x − sen 2 x + x + . sen 4 x  + C
4

4 2 8 
1 3 1 
∫ sen x.dx = x − sen 2 x + . sen 4 x  + C
4

4 2 8 

OBSERVAÇÃO;

Observe que, para resolver esta integral, foi necessário utilizar por duas vezes a mesma
identidade trigonométrica que utilizamos no exemplo 11.

2
 1 + cos 2 x  1 + 2 cos 2 x + cos 2 2 x
16) ∫ cos x.dx = ∫
4
( )
2
cos x .dx = ∫ 
2
 .dx = ∫ .dx
 2  4

∫ cos
4
x.dx =
1
4
[
∫ ] 1
1dx + ∫ 2 cos 2 x.dx + ∫ cos 2 2 x.dx =  ∫ dx + ∫ 2 cos 2 x.dx + ∫
4
1 + cos 4 x 
2
.dx 

1 1 1 
∫ cos x.dx = ∫ dx + ∫ 2 cos 2 x.dx + ∫ .dx + ∫ cos 4 x.dx 
4

4 2 2 
1 1 1 1 
∫ cos x.dx = ∫ dx + ∫ 2 cos 2 x.dx + ∫ dx + . ∫ 4. cos 4 x.dx 
4

4 2 2 4 

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1 1 1 
∫ cos x.dx = x + sen 2 x + x + . sen 4 x  + C
4

4 2 8 
1 3 1 
∫ cos x.dx = x + sen 2 x + . sen 4 x  + C
4

4 2 8 

6x 2
17) Uma função f(x) é tal que f ′′( x ) = 2 − − . Achar f(x), sabendo que a curva passa
(1 + x ) 2 2 x3

pelo ponto P (1, π ) e que a reta tangente à curva pelo ponto P tem coeficiente angular igual
ao da reta 2 y − 9 x + 10 = 0 .

Antes de começar a resolver este problema, vamos reconhecer o que foi dado e o que foi
pedido e, principalmente, que caminhos devemos tomar para atingir o nosso objetivo.
Conhecemos a expressão da derivada segunda e podemos obter a derivada primeira através
da integração da derivada segunda.
Ao integrarmos a derivada segunda para obter a derivada primeira, vamos chegar a uma
constante de integração, que aqui vamos chamar de C1 . Para obtermos o valor dessa constante,
vamos usar o fato de que a curva da função passa pelo ponto P (1, π ) e tem nesse ponto o
mesmo coeficiente angular da reta 2 y − 9 x + 10 = 0 . Em outras palavras, basta tomarmos a
derivada primeira da função no ponto igual ao coeficiente angular da reta dada (Interpretação
Geométrica da Derivada no Ponto).
Uma vez obtida a constante C1 , conhecemos a derivada primeira. Integrando a derivada

primeira vamos obter a nossa função f ( x ) .


Assim:
 6x 2
f ′( x ) = ∫ f ′′( x ).dx = ∫ 2 − − .dx
 (
1+ x2 )2
x 3 

(
f ′( x ) = ∫ 2dx − 3∫ 2 x. 1 + x 2 )
−2
.dx − 2 ∫ x −3 .dx

f ′( x ) = 2 x − 3.
(1 + x )2 −1
− 2.
x −2
+ C1
−1 −2
3
f ′( x ) = 2 x + + x − 2 + C1
1+ x 2

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9 9
Da reta tangente, temos: y = x − 5 , cujo coeficiente angular é igual a .
2 2
9
Portanto, devemos ter a derivada f ′( x ) no ponto P (1, π ) igual a , ou seja:
2
9 3 9 3
= 2 + + 1 + C1 ⇒ C1 = − − 2 − 1 ⇒ C1 = 0
2 2 2 2
3
Logo, a derivada primeira da função procurada é f ′( x ) = 2 x + + x −2 .
1+ x2
Integrando esta expressão, obtemos:
 3 
f ( x ) = ∫ f ′( x ).dx = ∫  2 x + + x − 2 .dx
 1+ x 2

1
f ( x ) = ∫ 2 x.dx + 3∫ .dx + ∫ x − 2 .dx
1+ x 2

x −1
f ( x ) = x 2 + 3.arctgx + + C2
−1
1
f ( x ) = x 2 + 3arctgx − + C2
x
Como a curva de f ( x ) passa pelo ponto P (1, π ) , então:
π = 1 + 3arctg1 − 1 + C 2
π π
C 2 = π − 3. ⇒ C2 =
4 4
Finalmente, a função procurada é:

1 π
f ( x ) = x 2 + 3arctgx − +
x 4

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CÁLCULO 1
EXERCÍCIOS - AULA 23

01) Mostre que:

∫ (3x ) 2 3
a) 2
+ 5 + x .dx = x 3 + 5 x + x +C
3
sec 2 x
b) ∫ cos sec x .dx = sec x + C
cos x
c) ∫ sen 2
x
.dx = − cos sec x + C

1

x + 3x
4 2
+4 3 3 14
d) ∫ 3
x
.dx =
14
x + 186 x + 63 x 2 + C

 sen x 2  1
∫  2e − + 7 .dx = 2e x − sec x − 6 + C
x
e) 2
cos x x  3x

x2 −1
f) ∫ x 2 + 1 .dx = x − 2arctgx + C
g) ∫ senh x.dx = cosh x + C (SUGESTÃO: use a definição de senhx)

h) ∫ cosh x.dx = senh x + C (SUGESTÃO: use a definição de coshx)

i) ∫ sec 2 x.(cos 3 x + 1).dx = sen x + tgx + C

j) ∫ tg 2 x. cos sec 2 x.dx = tgx + C

tg 2 x
k) ∫ tg x.dx =
3
+ ln (cos x ) + C
2
dx 1  x +9
l) ∫ 3x 2
= arctg 
+ 54 x + 255 6  2 
+C

02) Resolver as integrais:


x +1  x −2
a)
∫x 2
dx Resp:
1
( )
ln x 2 − 4 x + 6 +
3
arctg  +C
− 4x + 6 2 2  2 

∫ ( sen 3 x cos 3 x − e ) 1 1 1
b) 5 x +1
+ cot g 7 x d x Resp: sen 2 3 x − e 5 x +1 + ln (sen 7 x ) + C
6 5 7

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∫ [( 1 + cos 6 x ) ] 3 1 1 tg 2 x
c) 2
+ tg 3 x dx Resp: x + sen 6 x + sen 12 x + + ln(cos x ) + C
2 3 24 2

1 π 2 π  12 − π
03) Se f ′( x ) = cos x − e f   = , achar f  . Resp:
x 2
 2 π 6  2π

2
 1 
04) Se f ′( x ) = 1 −  e f (8) = −5 , mostre que f (27 ) = 2 .
 3
x

3 π
05) Se f’(x) = sec2x + - cos2x e f   = 3 π , determine f(x).
x  4
1 1
Resp: f ( x ) = tgx + 6 x − sen 2 x −
2 2

π  1
06) Se f ′( x ) = cos 2 x − sen 2 x e f   = , encontre f(x).
4 4
x sen 2 x cos 2 x π
Resp: f ( x ) = + + −
2 4 2 8

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CÁLCULO 1 – AULA 24 - INTEGRAIS

INTEGRAIS DEFINIDAS:

24.1 – DIFERENCIAL DA ÁREA SOB UMA CURVA:

Seja y = f ( x ) uma função contínua num intervalo [a, b] , cujo gráfico é a curva AB , onde
admitimos f (a ) = A e f (b ) = B .
y

f (b ) B

y = f (x )

A
f (a )

x
0 a b

Vamos considerar agora a área S , limitada pela curva AB , pelo eixo das abscissas e pelas
ordenadas f (a ) = A (fixa) e y = f ( x ) (variável).

y
f (b ) B

f (x ) y = f (x )

A
f (a ) S

x
0 a x b

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Se atribuirmos à variável x um acréscimo ∆x , vamos obter em correspondência um


acréscimo ∆S para a área S , conforme a figura:

f (b ) Q R B

f (x ) M P

∆S
A
f (a ) S
N O x
0 a x x + ∆x b

Da figura, podemos tirar a seguinte relação:


S MNOP < S MNOR < S QNOR

OP.∆x < ∆S < OR.∆x


Dividindo por ∆x , teremos:
∆S
OP < < OR
∆x
Tomando os limites para ∆x → 0 , obtemos:

lim OP = MN = y = f (x )
∆x → 0

lim OR = MN = y = f (x )
∆x → 0

Portanto, de acordo com o Teorema do Confronto, podemos afirmar que:

∆S dS
lim ∆x = f (x )
∆x → 0

dx
= f (x ) ⇒ dS = f ( x ).dx

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CONCLUSÃO:

A diferencial dS da área sob uma curva, limitada pela curva, pelo eixo das abscissas e por
uma ordenada fixa e outra móvel, é igual ao produto da ordenada variável f ( x ) pela diferencial da
variável independente x .

24.2– INTEGRAL DEFINIDA – DEFINIÇÃO:

Consideremos a diferencial dS da área S sob a curva de uma função f ( x ) :


dS = f ( x ).dx
Integrando membro a membro, teremos:

∫ dS = ∫ f (x ).dx
S = ∫ f ( x ).dx

S = F (x ) + C
onde F ( x ) é a Primitiva de f ( x ) .
Se a curva da função f ( x ) é definida no intervalo [a, b] , temos:
• Para x = a ⇒ S = 0

Logo: 0 = F (a ) + C ⇒ C = − F (a )
• Para x = b ⇒ S = S (área total sob a curva)

Logo: S = F (b ) − F (a )
A área S será, então, representada pela notação:

S = ∫ f ( x ).dx = F (x ) a = F (b ) − F (a )
b b
a

∫ f (x ).dx é chamada de Integral Definida de y = f ( x ) no intervalo [a, b] .


b
e
a

Assim:

∫ f (x ).dx = F (x ) = F (b ) − F (a )
b b
a a

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onde:
• f ( x ) é o Integrando ou Função Integrando;
• F ( x ) é a Primitiva de f ( x ) ;

• a é o Limite Inferior de Integração;


• b é o Limite Superior de Integração

24.3 – PROPRIEDADES DAS INTEGRAIS DEFINIDAS:

P1 :
∫ f (x ).dx = 0
a

k . f ( x ).dx = k .∫ f ( x ).dx , para k ∈ ℜ


b b
P2 : ∫ a a

∫ f (x ).dx = − ∫ f (x ).dx
b a
P3 : a b

∫ [ f (x ) + g (x ) − h(x )].dx = ∫ f (x ).dx + ∫ g (x ).dx − ∫ h(x ).dx


b b b b
P4 : a a a a

f ( x ).dx = ∫ f ( x ).dx + ∫ f ( x ).dx , para a < c < b


b c d
P5 : ∫ a a c

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24.4 – RESOLUÇÃO DE INTEGRAIS DEFINIDAS:

∫ f (x ).dx , devemos proceder da seguinte


b
Para o cálculo de uma Integral Definida da forma
a

maneira:

• obtemos a Primitiva F ( x ) da Função Integrando e desprezamos a constante de


integração;
• substituímos na Primitiva obtida os limites superior e inferior de integração e subtraímos
os resultados nesta ordem.

EXEMPLOS;

5
5 x3 5 3 2 3 125 8 117
01) ∫ x .dx = 2
= − = − = = 39
2 3 2
3 3 3 3 3

3 4 (− 1)
3 4
3 x4 81 1 80
02) ∫ x .dx = 3
= − = − = = 20
−1 4 4 4 4 4 4
−1

a
dx
a 1  x 1 a 1 0 1 1 π π
03) ∫ 2 = .arctg   = .arctg   − .arctg   = .arctg1 − 0 = . =
0 a + x2 a a0 a a a a a a 4 4a

( )
1
1 1+ x
( )
1 2 2 1
1 x.dx 1 1 −
04) ∫ 0
1+ x2
=
2 ∫ 0
2 x. 1 + x 2 2 .dx =
2
.
1
= 1+ x2
0
= 2 −1

2 0

π π π π π
05) ∫ 0
3
0 0
( )
sen 3 x.dx = ∫ 3 sen x. sen 2 x.dx = ∫ 3 sen x. 1 − cos 2 x .dx = ∫ 3 sen x.dx + ∫ 3 cos 2 x.(− sen x ).dx
0 0

π π
π π cos 3
cos 3 x 3 π 3
3 − cos 0
∫ 0
3 sen 3 x.dx = − cos x 03 +
3
= − cos
3
+ cos 0 +
3 3
0
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π
1 1 1 − 12 + 24 + 1 − 8 5
∫ 0
3 sen 3 x.dx = − + 1 +
2
− =
24 3 24
=
24

dx dx
= ∫ ( x − 2 ) .dx
1 1 1 −2
06) ∫ 0 x − 4x + 4
2
=∫
0
(x − 2) 2 0

1 dx ( x − 2) −1 1
1
1
1 1 1 1
∫0 x 2 − 4 x + 4 = − 1 =−
x−2 0
=− +
1− 2 0 − 2
= 1− =
2 2
0

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CÁLCULO 1 – AULA 25 - INTEGRAIS

INTEGRAÇÃO POR PARTES:

O Método de Integração Por Partes constitui-se numa das técnicas mais importantes e
utilizadas na resolução de integrais que, em geral, não são imediatas.
Ele se fundamenta em interpretar o Integrando como sendo resultado do produto de uma
função pela diferencial de outra função ou, se quisermos simplificar, no produto de duas funções.

Consideremos, então, o produto de duas funções u = u ( x ) e v = v( x ) .


A derivada do produto u.v destas funções, com relação à variável x , é dado por:
d
(u.v ) = u. dv + v. du
dx dx dx
A Diferencial deste produto será:
d (u.v ) = u.dv + v.du
Integrando membro a membro, teremos:

∫ d (u.v ) = ∫ u.dv + ∫ v.du


u.v = ∫ u.dv + ∫ v.du

Isolando uma das integrais do segundo membro, resulta:

∫ u.dv = u.v − ∫ v.du

que é o chamado Método de Integração Por Partes.

Se a integral é Definida no intervalo [a, b ] , fazemos:

b b
∫ u.dv = u.v a − ∫ v.du
b
a a

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OBSERVAÇÃO;

Provavelmente, você não deve ter entendido muito bem a definição formulada acima. Talvez
esteja se perguntando: por que Integração Por Partes?
As razões para este nome são que devemos enxergar o integrando como formado por duas
partes: uma função (u ) e uma diferencial (dv ) , e também de que devemos resolver a integral dada
em duas partes.
Nos exemplos resolvidos a seguir você, com certeza, vai conseguir entender o método.

EXEMPLOS;

Resolver as integrais abaixo, usando o Método de Integração por Partes:

∫ x.e
x
01) .dx

Por Partes ∫ u.dv = u.v − ∫ v.du :


u = x ⇒ du = dx
fazemos: 
dv = e .dx ⇒ ∫ dv = ∫ e .dx ⇒ v = e
x x x

Observe que não escrevemos a constante de integração quando integramos dv . É assim


mesmo que devemos proceder. A constante de integração C só será escrita no final e, é claro, se
a integral dada for indefinida.

∫ x.e .dx = x.e x − ∫ e x .dx


x
Então:

∫ x.e
x
.dx = x.e x − e x + C = e x .( x − 1) + C

(VERIFIQUE esta solução, derivando o resultado e comparando com o integrando).

OBSERVAÇÃO;

Note que escolhemos uma parte do integrando para chamar de u e a parte restante para
chamar de dv , ou seja, neste exemplo fizemos a escolha u = x e dv = e x .dx .
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Com este procedimento, transformamos a integral dada numa diferença entre uma função,
que é u.v , e uma nova integral, que é ∫ v.du .
O que aconteceria se trocássemos as escolhas, isto é, se fizéssemos u = e x e dv = x.dx ? Será
que a integral teria a mesma solução?
Vamos experimentar fazer a troca para ver o que acontece.
Para u = e x , teremos du =e x .dx
x2
Para dv = x.dx , teremos ∫ dv = ∫ x.dx ⇒ v = 2
Assim, a integral dada ficaria:
x2 x x2
∫ x.e .dx = .e − ∫ .e x .dx
x

2 2
x 2e x 1 2 x
∫ x.e .dx = − ∫ x .e .dx
x

2 2

Ou seja, a segunda integral, além de não ser imediata, como aconteceu na nossa primeira
escolha, ainda traz no integrando uma função mais complexa que aquela dada inicialmente.
Portanto, esta escolha não é uma escolha feliz.
Em outras palavras, partimos de uma integral que não era imediata e chegamos a outra que
também não era imediata.
Percebemos também que a escolha da função u e da diferencial dv é subjetiva, isto é,
podemos fazer a escolha que julgarmos ser mais conveniente para nós em cada caso. Quer dizer,
não existe uma regra que especifique qual o tipo de função devemos chamar de u e qual
devemos chamar de dv para que possamos resolver nossa integral.
Infelizmente, esta escolha deve ser feita por tentativa, mas sempre usando o bom senso e
escolhendo para dv a parte da integral dada que resultará numa segunda integral imediata.
Isto nos leva a concluir que só mesmo a prática é que nos levará a aplicar corretamente e com
sucesso este método.

π
02) I = ∫ 2 x. cos x.dx
0

Por Partes: ∫ u.dv = u.v − ∫ v.du

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u = x ⇒ du = dx
Fazendo: 
dv = cos x.dx ⇒ ∫ dv = ∫ cos x.dx ⇒ v = sen x

Assim, a nossa integral que chamamos de I , torna-se:


π π
I = x. sen x 2
0
− ∫ 2 sen x.dx
0

π π π
π π
I = x. sen x 02 + cos x 02 = ( x. sen x + cos x ) 02 = .1 − 0 + 0 − 1 = −1
2 2

03) I = ∫ x. ln x.dx

Por Partes: ∫ u.dv = u.v − ∫ v.du


 1
u = ln x ⇒ du = x .dx
Fazendo:  2
dv = x.dx ⇒ dv = x.dx ⇒ v = x
 ∫ ∫ 2
Portanto, a integral torna-se:
x2 x2 1
I= . ln x − ∫ . .dx
2 2 x
x2 1 x 2 ln x 1 x 2 x 2 ln x x 2
I= . ln x − ∫ x.dx = − . +C = − +C
2 2 2 2 2 2 4

04) I = ∫ e x . sen x.dx

Por Partes: ∫ u.dv = u.v − ∫ v.du


u = e x ⇒ du = e x .dx
Fazendo: 
dv = sen x.dx ⇒ ∫ dv = ∫ sen x.dx ⇒ v = − cos x

I = −e x . cos x + ∫ e x . cos x.dx

Chamando de I 1 = ∫ e x . cos x.dx , teremos:

I = −e x . cos x + I 1 (1)
Aplicamos novamente a Integração Por Partes:

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u = e x ⇒ du = e x .dx
Fazendo: 
dv = cos x.dx ⇒ ∫ dv = ∫ cos x.dx ⇒ v = sen x

Assim, teremos:
I 1 = e x . sen x − ∫ e x . sen x.dx

Observe que chegamos novamente à integral dada para ser resolvida.


Este fato nos leva a supor que não conseguimos resolver a integral, mas isto não é verdade.
O que aconteceu (e que pode voltar a acontecer com outras integrais) é que partimos de uma
determinada integral e voltamos a ela novamente. Entretanto, conseguimos resolve-la como era o
nosso objetivo.
Note que podemos escrever:
I 1 = e x . sen x − I (2)
Substituindo agora (2) em (1), resulta:
I = −e x . cos x + e x . sen x − I
ex
2 I = e x (sen x − cos x ) ⇒ I = .(sen x − cos x ) + C
2
OBSERVAÇÃO;

Observe que escolhemos chamar u = e x e dv = sen x.dx para começarmos a resolver esta
integral.
Se tivéssemos feito a escolha trocada, ou seja, se tomássemos u = sen x e dv = e x .dx ,
resolveríamos do mesmo jeito esta integral (EXPERIMENTE).

05) I = ∫ sec 3 x.dx

Se quisermos resolver esta integral diretamente, devemos encontrar sérias dificuldades.


Vamos, então, fazer: I = ∫ sec x. sec 2 x.dx .

Por Partes: ∫ u.dv = u.v − ∫ v.du


u = sec x ⇒ du = sec x.tgx.dx
Fazendo: 
dv = sec x.dx ⇒ ∫ dv = ∫ sec x.dx ⇒ v = tgx
2 2

Desta forma, teremos:


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I = sec x.tgx − ∫ sec x.tg 2 x.dx

Mas: tg 2 x = sec 2 x − 1

Logo: I = sec x.tgx − ∫ sec x.(sec 2 x − 1).dx

I = sec x.tgx − ∫ sec 3 x.dx + ∫ sec x.dx

I = sec x.tgx − I + ∫ sec x.dx

2 I = sec x.tgx + ln (sec x + tgx ) + C


1
I= [sec x.tgx + ln(sec x + tgx )] + C
2
06) I = ∫ arctgx.dx

Em integrais como esta, que apresentam apenas uma função no integrando, devemos chamar
esta função de u , no caso de aplicarmos este método.
Portanto, pelo Método de Integração Por Partes: ∫ u.dv = u.v − ∫ v.du

 1
u = arctgx ⇒ du = 1 + x 2 .dx
Fazendo: 
dv = dx ⇒ dv = dx ⇒ v = x
 ∫ ∫
Assim, teremos:
x
I = x.arctgx − ∫ .dx
1+ x2
A segunda integral é imediata (Diretiva da Função Quociente). Basta arrumarmos o numerador
do integrando, ou seja:
1 2x
I = x.arctgx − ∫
2 1+ x2
.dx

1
(
I = x.arctgx − . ln 1 + x 2 + C
2
)

07) I = ∫ sen 2 x.dx ⇒ I = ∫ sen x. sen x.dx

Embora esta integral já tenha sido resolvida por aplicação de Diretivas, nós também podemos
resolve-la por este método, desde que façamos sen 2 x = sen x. sen x .

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Por Partes: ∫ u.dv = u.v − ∫ v.du


u = sen x ⇒ du = cos x.dx
Fazemos: 
dv = sen x.dx ⇒ ∫ dv = ∫ sen x.dx ⇒ v = − cos x

Assim, a integral torna-se:


I = − sen x. cos x + ∫ cos 2 x.dx

Mas: cos 2 x = 1 − sen 2 x


Logo: I = − sen x. cos x + ∫ (1 − sen 2 x ).dx

I = − sen x. cos x + ∫ dx − ∫ sen 2 x.dx

I = − sen x. cos x + x − I
1
2 I = x − sen x. cos x ⇒ I = .( x − sen x. cos x ) + C
2

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CÁLCULO 1
EXERCÍCIOS - AULA 25

01) Resolver a integral I =


∫ ( x + 10 ) 20 . ( x + 2 ) dx , usando o método de integração por partes.

Resp: I=
( x + 10 ) 21x + 34
21
. +C
21 22
x 2 − 2x + 5
02) Resolver I =
∫ x
dx por partes. ( )
Resp: − e − x x 2 + 5 + C
e
1/ 2 π 3
03) Calcule I = ∫ arcsen x dx Resp: + −1
0 12 2
 a sen bx 
∫e ax b
04) Resolver por partes I = sen b x dx . Resp: e ax  − cos bx  + C
a +b22
 b 
π/ 2
π
05) Resolver por Partes I =
∫ 0
x 2 cos 2 x dx . Resp: I = −
4
π
π

2 1
06) Calcule I = x 3 cos x 2 dx Resp: I = −
0 4 2
x m +1  1 
07) Resolver I =
∫ x m ln xdx Resp: I =
m +1
 ln x − +C
m +1


x
08) Resolver por partes I = sen(ln x)dx Resp: I = [sen (ln x ) − cos(ln x )] + C
2

Resp: I = xarctg 2 x − ln (1 + 4 x 2 ) + C

1
09) Calcule I = arctg 2 xdx
4

10) Resolver I = ∫ ln (x 2 + 16 )dx Resp: I = x ln (x 2 + 16 ) − 2 x + 8arctg   + C


 x
 4

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CÁLCULO 1 – AULA 26 - INTEGRAIS

INTEGRAÇÃO POR SUBSTITUIÇÃO DE VARIÁVEIS:

Tão importante quanto o Método de Integração por Partes é o Método de Integração por
Substituição de Variáveis.
Em linhas gerais, este Método se propõe a fazer uma troca conveniente na variável de
integração, de modo que a integral se torne mais simples de ser resolvida e, às vezes, até mesmo
imediata.
Genericamente, se temos uma integral da forma ∫ f (x ).dx , podemos fazer a substituição:

x = g (t ) ⇒ dx = g ′(t ).dt .
Com esta substituição, a integral torna-se:

∫ f (x ).dx = ∫ f [g (t )].g ′(t ).dt


Isto é, uma integral para ser resolvida na variável x passará a ser resolvida na variável t .

OBSERVAÇÃO;

Se a integral é Definida e vamos usar substituição de variáveis para resolve-la, então é


conveniente mudar também os limites de integração, ao fazer a mudança de variável.

Não existe uma regra básica que estabeleça se devemos ou não trocar a variável para
resolver a integral. A princípio, podemos efetuar a mudança de variáveis quando quisermos.
Entretanto, existem certas situações particulares para as quais é aconselhável, ou até mesmo
necessário, que se faça essa substituição de variáveis.

Dessas situações, a mais comum é aquela em que aparecem radicais no integrando. Nesses
casos, a mudança de variáveis servirá exatamente para eliminar esses radicais.

Nesta aula, vamos estudar dois dos quatro casos mais comuns envolvendo essas situações.

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26.1 – 1o CASO:

Se o integrando apresenta um radical da forma a2 − x2 (a ∈ ℜ ) então é conveniente fazer a


*

substituição: x = a. sen t ⇒ dx = a cos t.dt

Com esta substituição, teremos:

a 2 − x 2 = a 2 − a 2 . sen 2 t = a 2 .(1 − sen 2 t ) = a 2 . cos 2 t = a. cos t

ou seja, o radical é eliminado.

EXEMPLOS;

x.dx x
01) I = ∫ ⇒ I=∫ .dx
1− x2 12 − x 2

Vemos que esta integral possui um radical da forma a 2 − x 2 , com a = 1 .

Podemos, então, fazer: x = 1. sen t ⇒ dx = cos t.dt e 1 − x 2 = cos t .


Portanto, a integral torna-se:
sen t. cos t.dt
I=∫ = ∫ sen t.dt = − cos t + C
cos t

Voltando para a variável original, teremos: I = − 1− x2 + C .

OBSERVAÇÃO;

A integral acima já era imediata. No entanto, isto não invalidou o fato de tê-la resolvido por
substituição de variáveis.

02) I = ∫ 16 − x 2 .dx ⇒ I = ∫ 4 2 − x 2 .dx

Novamente, temos um radical da forma a 2 − x 2 , com a = 4 .

Fazendo: x = 4. sen t ⇒ dx = 4. cos t.dt e 16 − x 2 = 4 cos t


Assim, a integral torna-se:
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I = ∫ 4 cos t.4 cos t.dt = 16∫ cos 2 t.dt

1 + cos 2t
Lembrando que cos 2 t = , podemos escrever:
2

I = 16∫
1 + cos 2t
2
[
.dt = 8 ∫ dt + ∫ cos 2t.dt ]
 1 
I = 8 ∫ dt + ∫ 2. cos 2t.dt 
 2 
 1 
I = 8 t + sen2t  + C ⇒ I = 8t + 4 sen2t + C
 2 
I = 8t + 4.2sent . cos t + C ⇒ I = 8t + 8sent. cos t + C
Voltando para a variável x , temos:

x  x 16 − x 2
x = 4 sen t ⇒ sen t = ; t = arcsen  e 16 − x 2 = 4 cos t ⇒ cos t =
4 4 4
Finalmente, a integral torna-se:

x x 16 − x 2  x  x 16 − x
2
I = 8arcsen  + 8. . + C ⇒ I = 8arcsen  + +C
4 4 4 4 2

26.2 – 2o CASO:

Se o integrando apresenta um radical da forma a2 + x2 (a ∈ ℜ ) então é conveniente fazer a


*

substituição:
x = a.tgt ⇒ dx = a sec 2 t.dt

Com esta substituição, teremos:

( )
a 2 + x 2 = a 2 + a 2 .tg 2 t = a 2 . 1 + tg 2 t = a 2 . sec 2 t = a. sec t
ou seja, o radical é eliminado.

EXEMPLOS;

dx dx
01) I = ∫ ⇒ I=∫
x x +9
2
x x 2 +3 2

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Temos um radical da forma a 2 + x 2 , com a = 3 .

Fazendo: x = 3tgt , teremos dx = 3 sec 2 t.dt e x 2 + 9 = 3 sec t


Com isto, a integral torna-se:
1
3 sec 2 t 1 sec t 1 cos t 1 1
I=∫ .dt = ∫ .dt = ∫ .dt = ∫ .dt
3tgt.3 sec t 3 tgt 3 sen t 3 sen t
cos t
1 1
I= ∫ cos sec t.dt = ln (cos sec t − cot gt ) + C
3 3
Voltando para a variável x , resulta:

x 1 3
tgt = ⇒ cot gt = =
3 tgt x

9 x2 + 9
Mas: cos sec t = 1 + cot g 2 t = 1 + =
x2 x

1  x 2 + 9 − 3 
Assim: I = ln +C
3  x 

3 x2 +1 3 x 2 + 12
02) I = ∫ .dx ⇒ I = ∫ .dx
1 x 1 x

Fazendo: x = tgt ⇒ dx = sec 2 t.dt ⇒ x 2 + 1 = sec t


Como a integral é definida, vamos mudar também os limites de integração:
π
Para x = 1 , temos tgt = 1 ⇒ t =
4
π
Para x = 3 , temos tgt = 3 ⇒ t =
3
Portanto, a integral torna-se:

I = ∫π3
π
sec t
π
. sec 2 t.dt = ∫π3
(
sec t. 1 + tg 2 t )
.dt
4
tgt 4
tgt
π π π π
sec t
I = ∫π3 .dt + ∫π3 sec t.tgt.dt = ∫π3 cos sec t.dt + ∫π3 sec t.tgt.dt
4
tgt 4 4 4

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π
I = [ln (cos sec t − cot gt ) + sec t ] π3
4

Substituindo os limites de integração:


 π π  π π π π
I = ln cos sec − cot g  − ln cos sec − cot g  + sec − sec
 3 3  4 4 3 4
Porém:

π 1 1 2 2 3 π 1 1 2 2 2
cos sec = = = = ; cos sec = = = = = 2
3 π 3 3 3 4 π 2 2 2
sen sen
3 2 4 2
π 1 1 3 π
cot g = = = ; cot g =1
3 π 3 3 4
tg
3

π 1 1 π 1 1 2 2 2
sec = = =2 ; sec = = = = = 2
3 π 1 4 π 2 2 2
cos cos
3 2 4 2

2 3 3
Logo: I = ln
3

3
 − ln 2 − 1 + 2 − 2
 ( )
 

 3
I = ln  − ln 2 − 1 + 2 − 2
 ( )
 3 

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CÁLCULO 1 – AULA 27 - INTEGRAIS

INTEGRAÇÃO POR SUBSTITUIÇÃO DE VARIÁVEIS:

27.1 – 3o CASO:
Se o integrando apresenta um radical da forma x2 − a2 (a ∈ ℜ ) então é conveniente fazer a
*

substituição: x = a. sec t ⇒ dx = a sec t.tgt.dt

Com esta substituição, teremos:

( )
x 2 − a 2 = a 2 . sec 2 t − a 2 = a 2 . sec 2 t − 1 = a 2 .tg 2 t = a.tgt
ou seja, o radical é eliminado.

EXEMPLOS;

dx dx
01) I = ∫ ⇒ I =∫
x x −1
2
x x 2 − 12

Vemos que esta integral possui um radical da forma x 2 − a 2 , com a = 1 .

Podemos, então, fazer: x = 1. sec t ⇒ dx = sec t.tgt.dt e x 2 − 1 = tgt .


Portanto, a integral torna-se:
sec t.tgt.dt
I=∫ = ∫ .dt = t + C
sec t.tgt
Mas x = sec t ⇒ t = arc sec x

Portanto: I = arc sec x + C

OBSERVAÇÃO;

A integral acima já era imediata, quer dizer, o integrando é igual à derivada da função inversa
da secante. Entretanto, nada impede que tenhamos resolvido esta integral por substituição de
variáveis, uma vez que o resultado será aquele que já esperávamos.

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x2 − 4 x 2 − 22
02) I = ∫ .dx ⇒ I = ∫ dx
x x

Novamente, temos um radical da forma x 2 − a 2 , com a = 2 .

Fazendo: x = 2. sec t ⇒ dx = 2. sec t.tgt.dt e x 2 − 4 = 2tgt


Assim, a integral torna-se:

I=∫
2.tgt.2. sec t.tgt.dt
2. sec t
( )
= 2 ∫ tg 2 t.dt = 2 ∫ sec 2 t − 1 .dt = 2.(tgt − t ) + C

x2 − 4  x
Mas: tgt = e t = arc sec 
2  2
 x
Logo: I = x 2 − 4 − 2arc sec  + C
2

27.2 – 4o CASO – FUNÇÕES IRRACIONAIS:

 m p r 
Se a integral é do tipo I = ∫ R x, x , x , ... , x s .dx , então fazemos a substituição:
 n q
 
 

x = tk ⇒ dx = k .t k −1 .dt , onde k = MMC (n, q, ... , s

Esta substituição é a mais conveniente, pois ela elimina todos os radicais ao mesmo tempo.

EXEMPLOS;

1
2
x x
01) I = ∫ .dx = ∫ 3
.dx
4
x +1
3
x +1
4

Temos: MMC (2,4 ) = 4

Fazendo, então, a substituição: x = t 4 ⇒ dx = 4t 3 .dt


Logo, a integral torna-se:

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t2 t5
I=∫ .4t 3
.dt = 4 ∫ t 3 + 1 .dt
t3 +1

Como o integrando é uma função racional imprópria, devemos efetuar a divisão antes de
integrarmos:
t5 t2
Assim: 3 =t − 3
2

t +1 t +1
 2 t2 
Portanto: I = 4  ∫ t .dt − ∫ 3 .dt 
 t +1 

 1 3t 2 
I = 4  ∫ t 2 .dt − .∫ 3 
 3 t + 1

t 3 1 
( ) 4
I = 4  − . ln t 3 + 1  + C ⇒ I = . t 3 − ln t 3 + 1 + C [ ( )]
3 3  3

Como x = t 4 , então t = 4 x e t 3 = 4 x 3 .

4
[
Finalmente: I = . 4 x 3 − ln 4 x 3 + 1 + C
3
( )]
1
4
x x4
02) I = ∫ .dx = ∫ 1
.dx
1+ x
1+ x 2

Temos: MMC (4,2 ) = 4

Fazendo: x =t 4 ⇒ dx = 4t 3 .dt
Com esta substituição, a integral torna-se:
t t4
I=∫ . 4t 3
.dt = 4 ∫ 1 + t 2 .dt
1+ t2
Novamente, temos no integrando uma função racional imprópria.
Efetuando a divisão, obtemos:
t4 1
= t 2 −1+ 2
1+ t 2
t +1

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 1 
Portanto: I = 4  ∫ t 2 dt − ∫ 1dt + ∫ 2 .dt 
 t +1 

t 3 
I = 4  − t + arctgt  + C
3 

Como x = t 4 , então t = 4 x .

 4 x3 
Logo: I = 4 − 4 x + arctg 4 x  + C
 3 
 

ln 5 ex ex −1
03) Calcule I =
∫ 0 ex + 3
dx

Para eliminarmos o radical, vamos fazer a substituição:

ex −1 = t ⇒ ex −1 = t 2 ⇒ ex = t 2 +1

Diferenciando membro a membro, obtemos: e x .dx = 2t.dt


Como a integral é definida, vamos mudar também os limites de integração:

Para x = 0 ⇒ t = e 0 − 1 = 1 − 1 = 0

Para x = ln 5 ⇒ t = e ln 5 − 1 = 5 − 1 = 4 = 2
Substituindo na integral, resulta:

2t 2 .dt 2 t +4−4 2t + 4 4 


2 2
2 2 4 
I=∫ = 2.∫ .dt = 2 .∫ 
 − 2 .dt = 2 ∫ 1 − 2 .dt
0 t +4
2 0 t +4
2 0 t +4

2
t + 4 0
 t +4
2
2 1 2   t  π
I = 2.∫ dt − 8∫ 2 .dt = 2t − 4arctg   = 4 − 4. = 4−π
0t +4
0
  2  0
4

8 dx
04) Calcule I = ∫
−1
2+3 x

Neste exemplo, observamos que existe um radical dentro do outro. Isto não tem importância
nenhuma. Podemos eliminar os dois radicais simultaneamente com uma única substituição.

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Portanto, vamos fazer:

2 + 3 x = t ⇒ 2 + 3 x = t2 ⇒ 3
(
x = t2 − 2 ⇒ x = t2 − 2 )
3

Diferenciando, obtemos: dx = 3.(t 2 − 2 ) .2t.dt ⇒ dx = 6t.(t 2 − 2 ) .dt


2 2

Novamente, a integral é definida. Uma vez que fizemos a substituição de variáveis, vamos
fazer também a mudança nos limites de integração:

Para x = −1 ⇒ t = 2 + 3 − 1 = 2 − 1 = 1 = 1

Para x = 8 ⇒ t = 2 + 3 8 = 2 + 2 = 4 = 2

I=∫
2 ( )2
6t. t 2 − 2 .dt
(2
)2 2
( )
= 6 ∫ t 2 − 2 .dt = 6∫ t 4 − 4t 2 + 4 .dt
1 t 1 1

2
 t 5 4t 3   2 5 4.2 3   15 4.13 
I = 6. − + 4t  = 6. − + 4.2  − 6. − + 4.1
5 3 1  5 3  5 3 

 32 32  1 4  192 6 186 26
I = 6. − + 8  − 6. − + 4  = − 64 + 48 − + 8 − 24 = − 32 =
 5 3  5 3  5 5 5 5

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CÁLCULO 1
EXERCÍCIOS - AULA 27

2+ 2 dx π
01) Calcular ∫ 3
4x − x 2
Resp:
12

3 (9 − x ) 2 3

Resp: I = 9 − 1 +
9 3 π
− 
02) Calcule I = ∫ 3 2 x 2
dx
8 2

2 4 − x2 3 3 −π
03) Resolver I =
∫ 1 x 2
dx . Resp: I =
3

b/2
b4 π 3
04) Mostre que
∫ 0
x2 b 2 − x 2 dx =
16
 −
 3
 4
.

05) Resolver I =

x2 +1
x2
dx Resp: I = −
1+ x2
x
(
+ ln 1 + x 2 + x + C )
(4 + x ) 2 5
(4 + x ) 2 3

∫x 4 + x dx Resp: I = − +C
3 2
06) Resolver I =
5 12
8
∫ ( x − A)
4
07) Determine o valor de A para que 4 − x dx = 0 Resp: A =
0 5
49


dx 52
08) Calcule I = . Resp: I =
4 2+ x 3

∫ x 2 + x dx .
33
09) Calcule I = 3
Resp: I = (2 + x )7 − 3 3 (2 + x )4 + C
7 2

10) Calcule I=

∫ θ . 1+ θ . 3 3
(
Resp: I = 2 1 + 3 θ ) 3
− 6 1+ 3 θ + C

b
11) Calcule I = ∫ sen x dx 2 Resp: 2
0

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CÁLCULO 1 – AULA 28 - INTEGRAIS

INTEGRAÇÃO DE FUNÇÕES RACIONAIS POR FRAÇÕES PARCIAIS:

P(x )
Dizemos que uma função é Racional quando ela se apresenta sob a forma , onde:
Q (x )

P( x ) = A0 x m + A1 x m −1 + A2 x m −2 + ... + Am e Q( x ) = B0 x n + B1 x n −1 + B2 x n − 2 + ... + Bn são funções

polinomiais de graus m e n , respectivamente.

Para esta classe de funções, são válidas as seguintes definições:


• Se m ≥ n , dizemos que a Função Racional é Imprópria;
• Se m < n , dizemos que a Função Racional é própria.

Toda Função Racional Imprópria representa uma Função Polinomial (quando a divisão de
P(x ) por Q( x ) é exata), ou pode ser decomposta na soma de uma Função Polinomial com uma
Função Racional Própria (quando a divisão não é exata).
P(x ) R(x )
Assim, podemos dizer que: = q(x ) + , onde q( x ) é o quociente e R( x ) o resto desta
Q( x ) Q(x )
divisão.
A integral da Função Polinomial é imediata. Estamos interessados em saber como resolver a
integral da Função Racional Própria.
Para isto, basta lembrar que uma Função Racional Própria pode ser decomposta numa soma
de Frações Parciais.
Vamos considerar 4 casos:

28.1 – 1o CASO – FATORES LINEARES DISTINTOS:

A cada fator linear da forma (ax + b ) que aparece no denominador da Função Racional Própria
A
corresponde uma Fração Parcial do tipo , onde A ∈ ℜ .
ax + b

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EXEMPLOS;

x A B
01) = + , A, B ∈ ℜ
(x − 1)(x + 2) x −1 x + 2
3x − 4 A B C
02) = + + , A, B, C ∈ ℜ
(x + 3)(x − 2)(3x + 5) x + 3 x − 2 3x + 5

Portanto, para resolver uma integral cujo integrando é uma Função Racional como as dos
exemplos acima, basta decompor essa função em frações parciais.

EXERCÍCIOS;

dx 1
01) I = ∫ =∫ .dx
x −42
(x − 2)(x + 2)
Podemos observar que o integrando é uma Função Racional Própria, pois é o quociente de
um polinômio de grau zero por um polinômio de grau 2.
Vemos também que o denominador dessa função é um produto de fatores de primeiro grau
(lineares) diferentes (distintos).
Portanto, por Frações Parciais, podemos escrever:
1 A B
= +
(x + 2)(x − 2) x+2 x−2
Reduzindo o segundo membro ao mesmo denominador, temos:
1 A( x − 2) + B( x + 2 )
=
(x + 2)(x − 2) (x + 2)(x − 2)
Como os denominadores são iguais, basta igualar os numeradores.
Assim, devemos ter: A( x − 2) + B( x + 2 ) = 1 .
O nosso objetivo, agora, é determinar valores positivos para as constantes A e B que
satisfaçam a equação acima.
Aparentemente temos uma só equação com duas variáveis ( A e B ). Entretanto, não é assim
que devemos olhar para igualdades como esta. Vamos obter os valores destas constantes por
comparação, ou seja, vamos impor a condição de que o primeiro membro desta igualdade (e de
outras que irão aparecer no futuro) seja igual ao segundo membro.
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Temos duas maneiras de fazer isto:

1a MANEIRA:
Um procedimento que podemos usar para obter os valores destas constantes é desenvolver o
primeiro membro e compara-lo com o segundo, termo a termo.
Temos: A( x − 2) + B( x + 2 ) = 1
Abrindo os parênteses:
Ax − 2 A + Bx + 2 B = 1
Reagrupando os termos semelhantes:
( A + B )x + (2 B − 2 A) = 1
Comparando o primeiro com o segundo membro, devemos ter:
A + B = 0

2 B − 2 A = 1
1 1
Resolvendo este sistema, obtemos: A = − e B = (Confira!)
4 4
2a MANEIRA:
Podemos atribuir valores para a variável x de maneira conveniente a eliminar todas as
constantes, menos uma, e assim calcular o valor dessa constante.
No nosso exemplo, temos: A( x − 2) + B( x + 2 ) = 1 .
1
• Para x = 2 , temos B(2 + 2) = 1 ⇒ 4 B = 1 ⇒ B =
4
1
• Para x = −2 , temos A(− 2 − 2 ) = 1 ⇒ − 4 A = 1 ⇒ A = −
4
Encontramos, portanto, os mesmos resultados.
Á princípio, a segunda solução parece ser a mais simples por ser mais prática. Podemos,
então, lançar mão deste procedimento sempre que quisermos.
Entretanto, é bom saber que esta segunda solução só será eficiente quando o denominador
da Função Racional Própria tiver raízes reais. São essas raízes que nós vamos utilizar para obter
os valores das constantes procuradas, com fizemos acima com as raízes x = 2 e x = −2 .
1 1

1 1 1 1 
Logo: = 4 + 4 =  − 
(x + 2)(x − 2) x + 2 x − 2 4  x − 2 x + 2 
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dx 1  1 1  1 1 1 
Assim: I = ∫ = ∫ − .dx =  ∫ .dx − ∫ .dx 
x − 4 4  x − 2 x + 2
2
4 x−2 x+2 

1
Resolvendo: I = [ln(x − 2) − ln(x + 2)] + C
4

ATENÇÃO;
1  x −2
Alguns livros trazem a solução de integrais como esta da forma: I = ln  + C , isto é,
4  x + 4
aplicam uma propriedade de Logaritmos para juntar os dois logaritmos obtidos na integração.
Entretanto, esta solução está ERRADA, uma vez que esta propriedade é operatória, isto é, só
tem validade quando existirem os dois logaritmos.
1
Por outro lado, quem nos garante que as funções f (x ) = [ln(x − 2) − ln(x + 2)] e
4
1  x − 2
g (x ) = ln  são iguais?
4  x + 2

5 x 2 + 8 x − 77
02) I = ∫ .dx
(x − 3)(x + 1)(x − 4)
Novamente, vemos que o denominador apresenta um produto de três fatores de primeiro grau
distintos.
Portanto, por Frações Parciais, podemos escrever:
5 x 2 + 8 x − 77 A B C
= + +
(x − 3)(x + 1)(x − 4) x − 3 x + 1 x − 4
Reduzindo o segundo membro ao mesmo denominador, temos:
5 x 2 + 8 x − 77 A( x + 1)( x − 4 ) + B( x − 3)( x − 4 ) + C ( x − 3)( x + 1)
=
(x − 3)(x + 1)(x − 4) (x − 3)(x + 1)(x − 4)
Comparando os numeradores:
5 x 2 + 8 x − 77 = A( x + 1)( x − 4) + B( x − 3)( x − 4 ) + C ( x − 3)( x + 1)
Percebemos que o denominador possui três raízes reais, que são x = 3 , x = −1 e x = 4 .
Portanto, podemos usar a segunda maneira para encontrar os valores de A , B e C .

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• Para x = 3 ⇒ 5.3 2 + 8.3 − 77 = A(3 + 1)(3 − 4 ) ⇒ − 8 = −4 A ⇒ A = 2

• Para x = −1 ⇒ 5.(− 1) + 8.(− 1) − 77 = B(− 1 − 3)(− 1 − 4 ) ⇒ − 80 = 20 B ⇒ B = −4


2

• Para x = 4 ⇒ 5.4 2 + 8.4 − 77 = C (4 − 3)(4 + 1) ⇒ 35 = 5C ⇒ C = 7


Portanto, podemos escrever:
5 x 2 + 8 x − 77 2 −4 7
I=∫ .dx = ∫ .dx + ∫ .dx + ∫ .dx
(x − 3)(x + 1)(x − 4) x−3 x +1 x−4
Resolvendo:
I = 2 ln( x − 3) − 4 ln ( x + 1) + 7 ln ( x − 4 ) + C

2 x 2 − 3x + 5
03) I = ∫ .dx
(x − 1).(x 2 − 5 x + 6)
Vemos que o integrando traz uma Função Racional Própria, porém aparecem no denominador
dois fatores: um de primeiro e outro de segundo grau.
O polinômio de segundo grau pode ser fatorado, de modo que podemos escrever a integral na
2 x 2 − 3x + 5
forma: I = ∫ .dx .
(x − 1)(x − 2)(x − 3)
Por Frações Parciais:
2 x 2 − 3x + 5 A B C
= + +
(x − 1)(x − 2)(x − 3) x − 1 x − 2 x − 3
Reduzindo o segundo membro ao mesmo denominador:
2 x 2 − 3x + 5 A( x − 2 )( x − 3) + B ( x − 1)( x − 3) + C ( x − 1)( x − 2 )
=
(x − 1)(x − 2)(x − 3) (x − 1)(x − 2)(x − 3)
Comparando os numeradores, devemos ter:
2 x 2 − 3x + 5 = A( x − 2 )( x − 3) + B( x − 1)( x − 3) + C ( x − 1)( x − 2)

• Para x = 1 ⇒ 2.12 − 3.1 + 5 = A(1 − 2 )(1 − 3) ⇒ 4 = 2 A ⇒ A = 2

• Para x = 2 ⇒ 2.2 2 − 3.2 + 5 = B(2 − 1)(2 − 3) ⇒ 7 = − B ⇒ B = −7

• Para x = 3 ⇒ 2.3 2 − 3.3 + 5 = C (3 − 1)(3 − 2 ) ⇒ 14 = 2C ⇒ C = 7


Portanto:
2 x 2 − 3x + 5 2 −7 7
I=∫ .dx = ∫ .dx + ∫ .dx + ∫ .dx
(x − 1).(x − 5 x + 6)
2
x −1 x−2 x−3
Resolvendo estas integrais, resulta:
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I = 2 ln( x − 1) − 7 ln ( x − 2 ) + 7 ln( x − 3) + C

28.2 – 2o CASO – FATORES LINEARES REPETIDOS:

A cada fator linear repetido da forma (ax + b ) (n ∈ Ν )


n
que aparece no denominador de uma
Função Racional Própria, corresponde à soma de n Frações Parciais da forma:
A B C N
+ + + ... + , onde A, B, C , ... , N ∈ ℜ .
ax + b (ax + b ) 2
(ax + b )3
(ax + b )n

EXEMPLOS;

x 2 + 2x + 4 A B C D E
01) = + + + +
(x − 2) .(x + 1) x − 2 (x − 2) x + 1 (x + 1) (x + 1)3
2 3 2 2

3x − 7 A B C D
02) = + 2 + 3+
x .( x − 1) x x
3
x x −1

OBSERVAÇÃO;

Observe que, no primeiro exemplo existem dois fatores lineares repetidos, um deles duas
vezes e o outro, três vezes. No segundo exemplo, apenas um fator linear aparece repetido três
vezes e o outro é distinto.
Porém, o mais importante é observar que, no primeiro exemplo, existe no denominador um
polinômio de quinto grau. Quando decompomos em Frações Parciais, aparecem cinco constantes
a serem determinadas. Ao mesmo tempo, no segundo exemplo temos um polinômio de quarto
grau no denominador e, como conseqüência, quatro constantes a serem calculadas.
Isto não foi uma coincidência, ou seja, quando decompomos uma Função racional Própria em
Frações Parciais, o número de constantes a serem calculadas é o mesmo número que mede o
grau do polinômio do denominador.

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EXERCÍCIOS;

3x + 5
01) I = ∫ .dx
(x + 1)(x − 1)2
Percebemos que o integrando traz uma Função Racional Própria e que no denominador
aparecem dois fatores lineares, sendo que um deles está repetido duas vezes.
Por Frações Parciais:
3x + 5 A B C
= + +
(x + 1)(x − 1) x + 1 x − 1 (x − 1)2
2

Reduzindo ao mesmo denominador:

A( x − 1) + B( x + 1)( x − 1) + C ( x + 1)
2
3x + 5
=
(x + 1)(x − 1) 2
(x + 1)(x − 1)2
Comparando os numeradores:
3x + 5 = A( x − 1) + B( x + 1)( x − 1) + C ( x + 1)
2

Embora, neste caso, o denominador apresente apenas duas raízes reais, vamos tentar obter
os valores das constantes pela segunda maneira, isto é:
1
• Para x = −1 ⇒ 3.(− 1) + 5 = A(− 1 − 1) ⇒ 2 = 4A ⇒ A =
2

2
• Para x = 1 ⇒ 3.1 + 5 = C (1 + 1) ⇒ 8 = 2C ⇒ C = 4
1 1 1
• Para x = 0 ⇒ 3.0 + 5 = .(0 − 1) + B (0 + 1)(0 − 1) + 4.(0 + 1 ) ⇒ 5 = − B + 4 ⇒ B = −
2

2 2 2
Portanto, a integral torna-se:
1 1

3x + 5 4
I=∫ .dx = ∫ 2 .dx + ∫ 2 .dx + ∫ .dx
(x + 1)(x − 1) 2
x +1 x −1 (x − 1)2
1 1 1 1
.dx + 4 ∫ ( x − 1) .dx
−2
I= ∫
2 x +1
.dx − ∫
2 x −1
1 1 4
I= ln ( x + 1) − ln ( x − 1) − +C
2 2 x −1

− 3e x − 1
02) Resolver I = ∫ dx
(
e x e2x −1 )
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Neste exercício, observamos que o integrando traz um quociente de funções. Porém, não se
trata de uma Função Racional Polinomial.
Portanto não podemos, ainda, aplicar Frações Parciais.
Vamos, então, fazer uma mudança de variáveis.
1
Chamando: e x = t ⇒ x = ln t ⇒ dx = .dt
t
− 3t − 1 1 − 3t − 1
Assim: I = ∫ . .dt = ∫ 2 .dt
(
t t −1 t
2
) t (t + 1)(t − 1)
Podemos perceber, agora, que o novo integrando apresenta uma Função Racional Própria,
onde aparece no denominador um produto de fatores lineares na variável t , sendo um deles
repetido duas vezes.
Vamos resolver esta integral por Frações Parciais e depois voltar à variável original x .
Assim, podemos escrever:
− 3t − 1 A B C D
= + 2 + +
t (t + 1)(t − 1) t t
2
t +1 t −1
Reduzindo ao mesmo denominador:
− 3t − 1 At (t + 1)(t − 1) + B(t + 1)(t − 1) + Ct 2 (t − 1) + Dt 2 (t + 1)
=
t 2 (t + 1)(t − 1) t 2 (t + 1)(t − 1)
Comparando os numeradores:
− 3t − 1 = At (t + 1)(t − 1) + B(t + 1)(t − 1) + Ct 2 (t − 1) + Dt 2 (t + 1)
• Para t = 0 ⇒ − 3.0 − 1 = B(0 + 1)(0 − 1) ⇒ − 1 = − B ⇒ B = 1

• Para t = 1 ⇒ − 3.1 − 1 = D.12 (1 + 1) ⇒ − 4 = 2 D ⇒ D = −2

• Para t = −1 ⇒ − 3.(− 1) − 1 = C.(− 1) .(− 1 − 1) ⇒ 2 = −2C ⇒ C = −1


2

• Para t = 2 ⇒ − 3.2 − 1 = A.2.(2 + 1)(2 − 1) + 1.(2 + 1)(2 − 1) − 1.2 2.(2 − 1) − 2.2 2.(2 + 1) ⇒ A = 3
Portanto:
− 3t − 1 1 3 1 −1 −2
I=∫ . .dt = ∫ .dt + ∫ 2 .dt + ∫ .dt + ∫ .dt
t (t − 1) t
2
t t t +1 t −1
Resolvendo:
1
I = 3 ln t − − ln (t + 1) − 2 ln (t − 1) + C
t

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1 1 1
Porém t = e x ⇒ = x ⇒ = e −x e ln t = ln e x = x
t e t

( ) ( )
Logo: I = 3 x − e − x − ln e x + 1 − 2 ln e x − 1 + C

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CÁLCULO 1 – AULA 29 - INTEGRAIS

INTEGRAÇÃO DE FUNÇÕES RACIONAIS POR FRAÇÕES PARCIAIS:

29.1 – 3o CASO – FATORES DE SEGUNDO GRAU DISTINTOS:

A cada fator de segundo grau irredutível da forma ax 2 + bx + c (a, b, c ∈ ℜ) que aparece no


denominador de uma Função Racional Própria, corresponde uma Fração Parcial da forma:
Ax + B
, onde A, B, C ∈ ℜ .
ax + bx + c
2

OBSERVAÇÃO;
Chamamos um polinômio de segundo grau de IRREDUTÍVEL quando ele não pode ser
fatorado, isto é, quando ele não possui raízes Reais.

EXEMPLOS;

3x 2 + 2 x − 7 A Bx + C
01) = + 2
( )
(x + 1) x + 3x + 4 x + 1 x + 3x + 4
2

5x − 9 Ax + B Cx + D
02) = 2 + 2
( 2 2
)(
x +1 x + 4 x +1) x +4

EXERCÍCIOS;

x2 + 2
01) I = ∫ .dx
( )
(x − 1) x 2 + 2 x + 2
Nesta integral, podemos perceber que o integrando é uma Função Racional Própria e que o
denominador possui um fator linear e um fator de segundo grau que é irredutível, uma vez que o
discriminante do polinômio de segundo grau é negativo, portanto ele não possui raízes reais.
Por Frações Parciais:

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x2 + 2 A Bx + C
= + 2
( )
(x − 1) x + 2 x + 2 x − 1 x + 2 x + 2
2

Reduzindo o segundo membro ao mesmo denominador:


x2 + 2
=
( )
A x 2 + 2 x + 2 + (Bx + C )( x − 1)
(
(x − 1) x 2 + 2 x + 2 ) (
(x − 1) x 2 + 2 x + 2 )
Comparando os numeradores:
( )
x 2 + 2 = A x 2 + 2 x + 2 + (Bx + C )(x − 1)
Embora exista apenas uma raiz real no denominador, que é x = 1 , ainda assim podemos
tentar obter os valores das constantes A, B e C pelo segundo método.
Assim:

(
• Para x = 1 ⇒ 12 + 2 = A 12 + 2.1 + 2 ⇒ 3 = 5 A ⇒ A = ) 3
5

• Para x = 0 ⇒ 0 2 + 2 =
3 2
5
( ) 6
0 + 2.0 + 2 + C (0 − 1) ⇒ 2 = − C ⇒ C = −
5
4
5

• Para x = −1 ⇒ (− 1) + 2 =
2 3
( )
(− 1)2 + 2.(− 1) + 2 +  − B − 4 (− 1 − 1) ⇒ B = 2
5  5 5
Portanto:
3 2 4
x−
x +2 2
I=∫ .dx = ∫ 5 .dx + ∫ 25 5 .dx
2
(
(x − 1) x + 2 x + 2 )
x −1 x + 2x + 2
3 1 1 2x − 4
I= ∫
5 x −1
.dx + ∫ 2
5 x + 2x + 2
.dx

A primeira integral já é imediata. Precisamos arrumar a segunda integral pra que ela também
se torne imediata.
Então, vamos fazer:
3 1 1 2x − 4 + 2 − 2
I= ∫
5 x −1
.dx + ∫ 2
5 x + 2x + 2
.dx

3 1 1 2x + 2 1 −6
I= ∫
5 x −1
.dx + ∫ 2
5 x + 2x + 2
.dx + ∫ 2
5 x + 2x + 2
.dx

Observe, agora, que a segunda integral também já é imediata (Diretiva da Função Quociente).
Quanto à terceira integral, podemos arrumar o integrando de modo a que ela também se torne
imediata (Diretiva do arco tangente).
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3 1 1 2x + 2 6 1
Assim: I = ∫
5 x −1
.dx + ∫ 2
5 x + 2x + 2
.dx − ∫
5 ( x + 1)2 + 12
.dx

Resolvendo estas integrais, obtemos:

I = ln ( x − 1) + ln (x 2 + 2 x + 2) − arctg ( x + 1) + C
3 1 6
5 5 5
x2 − x −1
02) I = ∫ .dx
(x 2 + 4)(x 2 + 9)
Podemos perceber que o integrando acima é uma Função Racional Própria, na qual o
denominador é um produto de dois polinômios de segundo grau irredutíveis.
Por Frações Parciais:
x2 − x −1 Ax + B Cx + D
= 2 +
(x + 4)(x + 9) x + 4 x 2 + 9
2 2

Reduzindo o segundo membro ao mesmo denominador, tem-se:


x2 − x −1
=
( Ax + B )(x 2 + 9) + (Cx + D )(x 2 + 4)
(x 2 + 4)(x 2 + 9) (x 2 + 4)(x 2 + 9)
Comparando os numeradores:
x 2 − x − 1 = ( Ax + B )(x 2 + 9) + (Cx + D )(x 2 + 4 )
Como não existe nenhuma raiz real no denominador, o processo de atribuir valores para x a
fim de obter os valores de A B, C e D se torna ineficiente.
Neste caso, vamos encontrar os valores destas constantes por comparação, ou seja, vamos
desenvolver o segundo membro e compara-lo com o primeiro.
Assim:
x 2 − x − 1 = Ax 3 + 9 Ax + Bx 2 + 9 B + Cx 3 + 4Cx + Dx 2 + 4 D
Reduzindo os termos semelhantes:
x 2 − x − 1 = ( A + C )x 3 + (B + D )x 2 + (9 A + 4C )x + (9 B + 4 D )

 A + C = 0 (1)
B + D = 1 (2)

Por comparação, devemos ter o seguinte sistema:  .
9 A + 4C = −1 (3)
9 B + 4 D = −1 (4 )

Da equação (1): C = − A
1 1
Em (3): 9 A − 4 A = −1 ⇒ 5 A = −1 ⇒ A = − ⇒ C=
5 5
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Da equação (2): D = 1 − B
Em (4): 9 B + 4(1 − B ) = −1 ⇒ 9 B + 4 − 4 B = −1 ⇒ 5 B = −5 ⇒ B = −1 ⇒ D = 2
Portanto, a integral torna-se:
1 1
− x −1 x+2
x − x −1
2
5 5
I=∫ .dx = ∫ 2 .dx + ∫ 2 .dx
( )(
x2 + 4 x2 + 9 x +4 ) x +9
1 x+5 1 x + 10 1 x 1 5 1 x 1 10
I =− ∫
5 x +4
2
.dx + ∫ 2
5 x +9
.dx = − ∫ 2
5 x +4
.dx − ∫ 2
5 x +4
.dx + ∫ 2
5 x +9
.dx + ∫ 2
5 x +9
.dx

1 1 2x 1 1 1 2x 1
I =− . ∫ 2 .dx − ∫ 2 .dx + . ∫ 2 .dx + 2 ∫ 2 .dx
5 2 x +4 x +2 2
5 2 x +9 x + 32

 x 1  x
ln (x 2 + 4 ) − arctg   + ln (x 2 + 9 ) + arctg   + C
1 1 2
Portanto: I = −
10 2  2  10 3 3

29.2 – 4o CASO – FATORES DE SEGUNDO GRAU REPETIDOS:

A cada fator irredutível do segundo grau, repetido n vezes e da forma (ax 2 + bx + c ) , que
n

aparece no denominador de uma Função Racional Própria, corresponde uma soma de Frações
Parciais do tipo:
Ax + B Cx + D Ex + F Mx + N
+ + + ... + .
ax + bx + c ax 2 + bx + c
2
( ) (ax
2 2
+ bx + c )
3
(ax 2
+ bx + c )
n

EXEMPLOS;

3x 2 − 4 x + 7 A Bx + C Dx + E Fx + G
01) = + 2 + +
(x − 1)(x 2 + 4) 3
x −1 x + 4 (
x2 + 4
2
) (
x2 + 4
3
)

x3 − x + 2 Ax + B Cx + D Ex + F Gx + H
02) = + + 2 +
(x 2
)(
2
+1 x + 2 2
) 2
x2 +1 (
x2 +1
2
x +2 ) x2 + 2
2
( )

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EXERCÍCIO;
x2 + x + 2
Resolver a integral I = ∫ .dx
(x 2
+ 2 x + 3)
2

Neste exercício, percebemos que o integrando possui uma Função Racional Própria, tendo no
denominador um polinômio de segundo grau irredutível e que está repetido duas vezes.
Portanto, por Frações Parciais, podemos escrever:

x2 + x + 2 Ax + B Cx + D
= +
(x 2
+ 2x + 3 )2
x + 2x + 3 x + 2x + 3 2
2 2
( )
Reduzindo o segundo membro ao mesmo denominador:
x2 + x + 2 ( Ax + B )(x 2 + 2 x + 3) + Cx + D
=
(x 2
+ 2 x + 3)
2
(x 2
+ 2 x + 3)
2

Igualando os numeradores:
x 2 + x + 2 = ( Ax + B )(x 2 + 2 x + 3) + Cx + D

x 2 + x + 2 = Ax 3 + 2 Ax 2 + 3 Ax + Bx 2 + 2 Bx + 3B + Cx + D
Reduzindo os termos semelhantes:
x 2 + x + 2 = Ax 3 + (2 A + B )x 2 + (3 A + 2 B + C )x + (3B + D )
Comparando, devemos ter:
A=0
2A + B = 1 ⇒ B = 1
3 A + 2 B + C = 1 ⇒ C = −1
3B + D = 2 ⇒ D = −1
1 − x −1
Portanto: I = ∫ .dx + ∫ .dx
x + 2x + 3
2
(x + 2 x + 3)2
2

I=∫
1
.dx −
1
∫ ( )
(2 x + 2). x 2 + 2 x + 3 − 2 .dx
(x + 1)2 + ( )
2
2 2

Resolvendo, obtemos:
1  x + 1 1
I= arctg  + +C
 2  2(x + 2 x + 3)
2
2

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CÁLCULO 1
EXERCÍCIOS - AULA 29

4 x 2 − 12 x − 10
01) Resolver I =
∫ ( x − 2) ( x 2
− 4 x + 3)
dx . Resp: I = 18 ln ( x − 2) − 9 ln ( x − 1) − 5 ln ( x − 3) + C


dx 1 6
02) Calcule I = 2
. Resp: I = ln
0 x + 6x +8 2 5

11 x 2 + 9 x − 12
03) Calcule I =
∫ x ( x + 3) ( x − 2 )
dx . Resp: I = 2 ln x + 4 ln ( x + 3) + 5 ln( x − 2 ) + C

dx 1 1
04) Resolver I = ∫ Resp: I = ln x − ln ( x − 1) + ln( x − 2 ) + C
(x − x )(x − 2)
2
2 2

5 x 2 + 3x − 1
05) Resolver I = ∫ dx Resp: I = 5 ln( x − 2 ) + 3arctgx + C
x3 − 2x 2 + x − 2
3
2x +1

1 3 3
06) Calcular I = 3 2
dx . Resp: I = ln +
2 x − x − x +1 4 8 4

∫x
dx 1
07) Resolver I = 4 2
. Resp: I = − + arctgx + C
+x x
dx 1
08) Resolver I =
∫ x(4 − ln 2
x )
Resp: I =
4
[ln(2 − ln x ) − ln(2 + ln x )] + C

− 3e x − 1
09) Resolver I =
∫ dx ( ) ( )
Resp: I = 3 x − e − x − ln e x + 1 − 2 ln e x − 1 + C
(
e x e2x −1 )

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CÁLCULO 1 – AULA 30 - INTEGRAIS

INTEGRAÇÃO DE FUNÇÕES RACIONAIS TRIGONOMÉTRICAS:

30.1 – SUBSTITUIÇÃO UNIVERSAL:

Consideremos a integral I = ∫ R(sen x, cos x ).dx , isto é, uma integral cujo integrando é uma

função racional trigonométrica.


 x
Podemos mostrar que a substituição t = tg   , chamada de Universal, transforma I numa
 2
integral de função racional polinomial na variável t .
Para isto, devemos considerar as seguintes identidades trigonométricas:
sen 2a = 2 sen a. cos a e cos 2a = cos 2 a − sen 2 a
x
Para a = , teremos:
2
 x  x  x
sen 2.  = 2. sen  . cos 
 2 2  2
Podemos, ainda, escrever:
 x  x
2. sen . cos 
sen x =  2  2
1
 x  x
Porém, sabemos que: 1 = cos 2   + sen 2  
 2  2
 x  x
2. sen  . cos 
Assim: sen x = 2  2
 x  x
cos 2   + sen 2  
 2 2  x
2.tg  
 x sen x =  2
Dividindo o numerador e o denominador por cos 2   , resulta:  x
 2 1 + tg 2  
2

Da mesma maneira:

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 x  x  x
cos 2.  = cos 2   − sen 2  
 2  2  2
 x  x  x  x
cos 2   − sen 2   cos 2   − sen 2  
cos x =  2  2 = 2 2
1  x  x
cos 2   + sen 2  
2  2

 x
1 − tg 2  
 x  2
Dividindo o numerador e o denominador por cos 2   , resulta: cos x =
 2  x
1 + tg 2  
 2

 x
Fazendo nestas expressões a substituição t = tg   , teremos:
 2

sen x =
2t 1− t2
cos x =
1+ t2 1+ t2

 x 2dt
Se t = tg   ⇒ x = 2arctgt ⇒ dx =
2 1+ t2

Com estas substituições, a integral torna-se:

 2t 1 − t 2  2dt
I = ∫ R (sen x, cos x ).dx = ∫ R , .
2 
1+ t 1 + t  1+ t
2 2

Isto é, uma integral cujo integrando passa a ser uma Função Racional Polinomial definida na
variável t e que pode ser resolvida por Frações Parciais.

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OBSERVAÇÃO;

A substituição que acabamos de estudar é chamada de Universal porque ela é capaz de


transformar qualquer integral racional trigonométrica em racional polinomial.

EXEMPLOS;

dx
01) I = ∫
1 + sen x − cos x
 2t
sen x = 1 + t 2

 x  1− t2
Fazendo t = tg   , teremos: cos x = .
 2  1 + t 2

 2dt
dx = 1 + t 2

Assim, teremos:
2dt
I=∫ 1+ t2 =∫ 2
2dt
=∫
1
.dt
2t 1− t 2
2t + 2t t (t + 1)
1+ −
1+ t2 1+ t 2
A integral acima pode ser resolvida por Frações Parciais:
1 A B
= +
t (t + 1) t t + 1
1 A(t + 1) + Bt
=
t (t + 1) t (t + 1)
Igualando os numeradores:
1 = A(t + 1) + Bt
• Para t = 0 ⇒ A = 1
• Para t = −1 ⇒ − B = 1 ⇒ B = −1
1 −1
Então: I = ∫ .dt + ∫ .dt = ln t − ln (t + 1) + C
t t +1
 x   x    x 
Como t = tg   , portanto: I = ln tg   − ln tg   + 1 + C
 2   2    2 
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dx
02) I = ∫
3 − 2 cos x
 1− t2
 cos x =
 x 1+ t2
Fazendo t = tg   , teremos: 
 2 dx = 2dt
 1+ t2
Substituindo na integral, resulta:
2dt 2dt
I = ∫ 1+ t 2 = ∫ 1+ t 2
2 2dt 1
=∫ 2 = 2∫ .dt
3 − 2.
1− t 3 + 3t − 2 + 2t
2 2
5t + 1 ( 5t )
2
+1
2

1+ t2 1+ t 2

I=
2

5
.dt =
2
( )
arctg 5t + C
5 ( 5t )
2
+12 5

 x 2   x 
Como t = tg   , então: I = arctg  5.tg   + C
 2 5   2 

dx
03) I = ∫
cos x + 2 sen x + 3
 2t
sen x = 1 + t 2

 x  1− t2
Fazendo t = tg   , teremos: cos x =
 2  1+ t2
 2dt
dx = 1 + t 2

Substituindo na integral, resulta:
2dt 2dt
I=∫ 1+ t2 =∫ 1+ t2 =∫ 2
2dt
=∫ 2
1
.dt
1− t 2
2t 1 − t + 4t + 3 + 3t
2 2
2t + 4t + 4 t + 2t + 2
+ 2. +3
1+ t2 1+ t2 1+ t2
1
I=∫ .dt = arctg (t + 1) + C
(t + 1)2 + 12
 x   x 
Como t = tg   , então: I = arctg tg   + 1 + C
 2  2 

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30.2 – CASOS PARTICULARES:

 x
Vimos que a substituição t = tg   sempre permite transformar uma integral racional
 2
trigonométrica em racional polinomial, portanto ela sempre pode ser utilizada.
Entretanto, existem certos casos particulares para os quais podemos fazer uso de outro tipo
de substituição, que também vão transformar a integral dada numa integral racional polinomial. E
com a vantagem de se obter uma integral mais simples de ser resolvida.
Por este motivo, é importante estudarmos esses casos. São eles:

1o CASO;

Se a integral é do tipo I = ∫ R(sen x ). cos x.dx , isto é, se o integrando é o produto de uma função

racional em sen x , e se essa função racional está sendo multiplicada pelo cos x , então o mais
conveniente a fazer é usar a substituição t = sen x ⇒ dt = cos x.dx .

Com esta substituição, a integral torna-se: I = ∫ R(t ).dt , ou seja, uma integral de função

racional polinomial na variável t .

t = sen x
Resumindo: I = ∫ R(sen x ). cos x.dx ⇒ fazemos  ⇒ I = ∫ R(t ).dt
dt = cos x.dx

EXEMPLOS;

sen x. cos x sen x


01) I = ∫ .dx = ∫ . cos x.dx
1 + sen x 1 + sen x
Fazendo: t = sen x ⇒ dt = cos x.dx
Com estas substituições, a integral torna-se:
t t +1−1  t +1 1 
I=∫ .dt = ∫ .dt = ∫  − .dt
1+ t 1+ t 1+ t 1+ t 
1
I = ∫ dt − ∫ .dt = t − ln (1 + t ) + C
1+ t
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Como t = sen x , então: I = sen x − ln(1 + sen x ) + C

cos x
cot gx 1
02) I = ∫ .dx = ∫ sen x .dx = ∫ . cos x.dx
1 + sen x 1 + sen x sen x.(1 + sen x )
Fazendo: t = sen x ⇒ dt = cos x.dx
1
Com estas substituições, a integral torna-se: I=∫ .dt
t (1 + t )
Por Frações Parciais, podemos escrever:
1 A B 1 A(1 + t ) + Bt
= + ⇒ =
t (1 + t ) t 1 + t t (1 + t ) t (1 + t )
Igualando os numeradores: 1 = A(1 + t ) + Bt

• Para t = 0 ⇒ A = 1
• Para t = −1 ⇒ 1 = − B ⇒ B = −1
1 −1
Portanto: I = ∫ .dt + ∫ .dt = ln t − ln (1 + t ) + C
t 1+ t
Como t = sen x , então: I = ln (sen x ) − ln (1 + sen x ) + C

2o CASO;

Se a integral é do tipo I = ∫ R(cos x ). sen x.dx , isto é, se o integrando é o produto de uma função

racional em cos x , e se essa função racional está sendo multiplicada pelo sen x , então o mais
conveniente a fazer é usar a substituição t = cos x ⇒ dt = − sen x.dx ⇒ − dt = sen x.dx .

Com esta substituição, a integral torna-se: I = ∫ R(t )(


. − dt ) , ou seja, uma integral de função

racional polinomial na variável t .


Resumindo:

t = cos x
I = ∫ R(cos x ). sen x.dx ⇒ fazemos  ⇒ I = ∫ R(t )(
. − dt )
dt = − sen x.dx

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EXEMPLOS;

cos 2 x. sen x.dx cos 2 x


01) I = ∫ = ∫ 1 + cos 2 x . sen x.dx
1 + cos 2 x
Fazendo t = cos x ⇒ − dt = sen x.dx

t2 t 2 +1−1  t2 +1 1 
I=∫ .(− dt ) = − ∫ .dt = − ∫  − .dt
1+ t 2
1+ t 2
1+ t
2
1 + t 2 

1
I = − ∫ dt + ∫ .dt = −t + arctgt + C
1 + t2
2

Mas t = cos x , logo: I = − cos x + arctg (cos x ) + C

sen (2 x ) 2. sen x. cos x cos x


02) I = ∫ .dx = ∫ .dx = 2 ∫ . sen x.dx
2 + cos x 2 + cos x 2 + cos x
Fazendo t = cos x ⇒ − dt = sen x.dx

t t +2−2 t +2 2 
I = 2∫ .(− dt ) = −2∫ .dt = −2 ∫  − .dt
2+t 2+t 2+t 2+t
1
I = −2∫ dt + 4 ∫ .dt = −2t + 4 ln (2 + t ) + C
2+t
Mas t = cos x , logo: I = −2 cos x + 4 ln (2 + cos x ) + C

3o CASO;

Se a integral é do tipo I = ∫ R(tgx ).dx , isto é, se o integrando é uma função racional em tgx ,

então o mais conveniente a fazer é usar a substituição:


dt
t = tgx ⇒ x = arctgt ⇒ dx = .
1+ t 2
dt
Com esta substituição, a integral torna-se: I = ∫ R(t ). , ou seja, uma integral de função
1+ t2
racional polinomial na variável t .

Resumindo: t = tgx
 dt
I = ∫ R(tgx ).dx ⇒ fazemos  dt ⇒ I = ∫ R(t ).
dx–=UNIFEI
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1+ t2

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EXEMPLOS;

tgx
01) I = ∫ .dx
1 + tgx
dt
Fazendo: t = tgx ⇒ dx =
1+ t2
Com estas substituições, a integral torna-se:
t dt t
I=∫ . =∫ .dt
1+ t 1+ t 2
(
(1 + t ). 1 + t 2 )
Observe que o integrando é uma função racional própria que traz no denominador o produto
de um fator linear por um fator de segundo grau irredutível.
t A Bt + C
Por Frações Parciais: = +
(1 + t ).(1 + t ) 1 + t 1 + t 2
2

t
=
( )
A 1 + t 2 + (Bt + C )( . 1+ t)
(
(1 + t ). 1 + t)2
(
(1 + t ). 1 + t 2
)
Igualando os numeradores: t = A 1 + t 2 + (Bt + C )( (
. 1+ t) )
1
• Para t = −1 ⇒ − 1 = 2 A ⇒ A = −
2
1 1
• Para t = 0 ⇒ 0 = − + C ⇒ C =
2 2
1
• Para t = 1 ⇒ 1 = −1 + 2 B + 1 ⇒ 2 B = 1 ⇒ B =
2
Logo:
1 1 1
− t+
1 1 1 t +1 1 1 1 t 1 1
I = ∫ 2 .dt + ∫ 2 22 .dt = − ∫ .dt + ∫ .dt = − ∫ .dt + ∫ .dt + ∫ .dt
1+ t 1+ t 2 1+ t 2 1+ t 2
2 1+ t 2 1+ t 2
2 1+ t2
1 1 1 1 2t 1 1
I =− ∫
2 1+ t
.dt + . ∫
2 2 1+ t 2
.dt + ∫ 2 2 .dt
2 1 +t

Resolvendo: I = − ln (1 + t ) + ln (1 + t 2 ) + arctgt + C
1 1 1
2 4 2
Como t = tgx ⇒ x = arctgt , então:
1
2
1
4
( x
I = − ln(tgx ) + ln 1 + tg 2 x + + C
2
)
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dx
02) I = ∫
1 − tgx
dt
Fazendo: t = tgx ⇒ dx =
1+ t2
Com estas substituições, a integral torna-se:
dt
I = ∫ 1+ t = ∫
2 1
.dt
1− t (1 − t )(1 + t 2 )
Por Frações Parciais:
1 A Bt + C
= +
(1 − t )(1 + t ) 1 − t 1 + t 2
2

Reduzindo o segundo membro ao mesmo denominador:


1
=
( )
A 1 + t 2 + (Bt + C )(1 − t )
(
(1 − t ) 1 + t 2 ) (
(1 − t ) 1 + t 2)
Igualando os numeradores:
( )
1 = A 1 + t 2 + (Bt + C )(1 − t )
1
• Para t = 1 ⇒ 1 = 2 A ⇒ A =
2
1 1
• Para t = 0 ⇒ 1 = +C ⇒ C =
2 2
1
• Para t = −1 ⇒ 1 = 1 − 2 B + 1 ⇒ B =
2
1 1 1
t+
1 1 1 t +1
Logo: I = ∫ 2 .dt + ∫ 2 22 .dt = ∫ .dt + ∫ .dt
1− t 1+ t 2 1− t 2 1+ t2
1 −1 1 1 2t 1 1
I =− ∫
2 1− t
.dt + . ∫
2 2 1+ t 2
.dt + ∫ 2 2 .dt
2 1 +t
1
2
1
4
( 1
)
I = − ln (1 − t ) + ln 1 + t 2 + arctgt + C
2
Como t = tgx , então x = arctgt .

Portanto: I = − ln (1 − tgx ) + ln (1 + tg 2 x ) + + C
1 1 x
2 4 2

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4o CASO;

Se a integral é do tipo I = ∫ R (sen 2 x, cos 2 x ).dx , isto é, se o integrando for uma função racional

em sen 2 x e/ou cos 2 x , podemos mostrar que a substituição t = tgx transforma I numa integral de
função racional polinomial.
Sabemos que:

1 1 1
cos 2 x = = ⇒ cos 2 x =
sec x 1 + tg 2 x
2
1 + tg 2 x

tg 2 x tg 2 x
sen 2 x = tg 2 x. cos 2 x = ⇒ sen 2 x =
1 + tg 2 x 1 + tg 2 x

Fazendo, nas expressões acima, t = tgx , teremos:

t2 1
sen 2 x = cos 2 x =
1+ t2 1+ t2

Como t = tgx , então x = arctgt ⇒ dt


dx =
1+ t2

Com estas substituições, a integral torna-se:

 t2 1  dt
( )
I = ∫ R sen 2 x, cos 2 x .dx = ∫ R , .
2 
1+ t 1 + t  1+ t
2 2

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Isto é, uma integral cujo integrando passa a ser uma Função Racional Polinomial definida na
variável t e que pode ser resolvida por Frações Parciais.

EXEMPLOS;

dx
01) I = ∫
2 − sen 2 x
 2 t2
 sen x =
Fazendo t = tgx , obtemos:  1+ t2
dx = dt
 1+ t2
Com estas substituições, a integral torna-se:
dt dt
 t 
I = ∫ 1 + t 2 = ∫ 1 + 2t 2 = ∫
2 2 1 1 1
.dt = ∫ .dt = arctg  +C
2−
t 2 + 2t − t 2 +t2 ( 2)
2
+t 2 2  2
1+ t2 1+ t2
1  tgx 
Como t = tgx , então I = .arctg  +C
2  2

dx
02) I = ∫
1 + 3 cos 2 x
 2 1
cos x = 1 + t 2
Fazendo t = tgx , obtemos: 
dx = dt
 1+ t2
Com estas substituições, a integral torna-se:
dt dt
t
I = ∫ 1+ t = ∫ 1 +2t
2 2 1 1 1
=∫ .dt = ∫ 2 2 .dt = arctg   + C
3 1+ t + 3 4+t 2
2 +t 2  2
1+
1+ t 2
1+ t 2

1  tgx 
Como t = tgx , então: I = arctg  +C
2  2 

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CÁLCULO 1
EXERCÍCIOS - AULA 30

∫ sen
cot g x dx
01) Calcule I = 2
.
x + 7 sen x + 10
1 1 1
Resp: I = ln (sen x ) − ln (sen x + 2 ) + ln (sen x + 5) + C
10 6 15

dx
02) Usando a substituição t = tgx , resolver I = ∫ .
1 + tgx

Resp: I =
1
2
1
( x
ln (1 + tgx ) − ln 1 + tg 2 x + + C
4 2
)

∫ sen
cos x dx
03) Resolver a integral I = 3
.
x − sen 2 x + 4 sen x − 4

Resp: I = ln (sen x − 1) − ln (sen 2 x + 4) − arctg 


1 1 1  sen x 
+C
5 10 10  2 

cos x
04) Calcule I = ∫ dx .
sen x − 7 sen 2 x + 12 sen x
3

1 1 1
Resp: I = ln (sen x ) + ln (sen x − 4) − ln (sen x − 3) + C
12 4 3

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CÁLCULO 1 – AULA 31 - INTEGRAIS

APLICAÇÕES DAS INTEGRAIS DEFINIDAS:

31.1 – TEOREMA FUDAMENTAL DO CÁLCULO INTEGRAL:

Vamos admitir que y = f ( x ) seja uma função contínua num intervalo [a, b] contido no conjunto
dos Números Reais, de modo que f ( x ) ≥ 0 neste intervalo.
y

f (x2 )
y = f (x )

f ( x1 )

x
a ∆x1 ∆x 2 b

Da definição de Integrais Definidas, vimos que S = ∫ f ( x ).dx , onde S é a área limitada pela
b

curva da função y = f ( x ) , pelo eixo x e pelas ordenadas correspondentes aos pontos a e b .


Vamos dividir o intervalo [a, b] em n intervalos de amplitude ∆xi (i = 1,2,3, ... , n ) e construir

retângulos elementares de base ∆xi e altura f ( xi ) , conforme mostrado na figura acima.

A área ∆S i de cada um desses retângulos elementares é dada por ∆S i = f ( xi ).∆S i .

Chamando de S n a soma das áreas dos n retângulos elementares construídos, teremos:

S n = f ( x1 ).∆x1 + f ( x 2 ).∆x 2 + f ( x3 ).∆x3 + ... + f ( xi ).∆xi + ... + f ( x n ).∆x n

n
Esta soma pode ser representada pela notação: S n = ∑ f ( xi ).∆xi
i =1

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Podemos observar que:


Se n → ∞ ⇒ ∆xi → 0 e S n → S

Portanto, podemos dizer que:


n
S = lim S n = lim ∑ f ( xi ).∆xi
n →∞ n →∞ i =1

Porém, como S = ∫ f ( x ).dx , então podemos afirmar que:


b

n
f ( x ).dx = lim ∑ f ( xi ).∆xi
b
∫ a
n →∞ i =1

CONCLUSÃO:

O resultado que acabamos de obter é o Teorema Fundamental do Cálculo e ele nos mostra
que a Integral Definida nada mais é do que o limite de uma somatória de infinitos termos.
Este Teorema é que nos permite a aplicação de Integrais Definidas na resolução de
problemas geométricos e físicos.

31.2 – CÁLCULO DE ÁREAS DE FIGURAS PLANAS:

O cálculo de áreas de figuras planas é uma aplicação imediata do Teorema Fundamental do


Cálculo, que aprendemos na aula anterior.
Para efetuar o cálculo da área solicitada, devemos:
• esboçar os gráficos das funções envolvidas, para identificarmos a área a ser calculada;
• a partir do gráfico, identificarmos os limites de integração;
• integrar entre os limites identificados.
Antes de escolhermos os limites de integração, é conveniente tomar retângulos elementares,
das maneiras como estão mostradas nas figuras abaixo:

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y = f (x )
y

b
S = ∫ y.dx
a
S

x
0 a ∆x b

d x

∆y
d
S = ∫ x.dy
c
S x = g(y)

x
0

OBSERVAÇÃO:

A escolha do retângulo elementar vai depender da área a ser calculada. Devemos fazer a
escolha que torne o mais simples possível o cálculo da área.

EXEMPLOS:

01) Calcular a área limitada pelas curvas y = x 2 , x = 0 e x = 3 , e pelo eixo das abscissas.

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A curva y = x 2 é uma parábola com vértice na origem e concavidade voltada para cima. A reta
x = 0 é o próprio eixo das ordenadas e a reta x = 3 é uma reta paralela a este eixo.
Então, a área a ser calculada pode ser esboçada da seguinte maneira:

y
x=3

y = x2
y

x
0 ∆x 3

Como a área a ser calculada se situa acima do eixo x , optamos por escolher o retângulo
elementar da forma y.∆x .
3
x3 33 0 3
⇒ S = 9 [u. A]
3 3
Assim: S = ∫ y.dx = ∫ x .dx =
2
= −
0 0 3 0
3 3

OBSERVAÇÂO: u. A = unidades de área.

02) Achar a área limitada no quarto quadrante pela curva y = x 2 − 3 x e pelo eixo x .

A curva y = x 2 − 3 x representa uma parábola com a concavidade voltada para cima e que

intercepta o eixo x nos pontos x = 0 e x = 3 , que são as raízes da equação x 2 − 3 x = 0 .


y

y = x 2 − 3x

∆x 3
x
0

−y
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Como a área a ser calculada situa-se toda abaixo do eixo x , escolhemos o retângulo
elementar desta forma, porém considerando-o da forma − y.∆x , uma vez que a ordenada é
negativa e a área é positiva.
3

0 0
3
( ) 0
3
Assim: S = ∫ − y.dx = ∫ − x 2 − 3 x .dx = ∫ 3 x − x 2 .dx( )
3
 3x 2 x 3  27 9
S= −  = − 0 − 9 + 0 ⇒ S = [u. A.]
 2 3 0 2 2

03) calcular a área limitada pela parábola x = 8 + 2 y − y 2 , pelo eixo das ordenadas e pelas retas
y = −1 e y = 3 .

A parábola x = 8 + 2 y − y 2 tem a concavidade voltada para a direita e intercepta o eixo y nos

pontos y = −2 e y = 4 , que são as raízes da equação 8 + 2 y − y 2 = 0 . Já as retas y = −1 e y = 3


são paralelas ao eixo x .
y
4 y=3

3 x
∆y
x = 8 + 2y − y2
0 x

−1
−2 y = −1

Como a área a ser calculada situa-se toda à direita do eixo y , optamos por escolher o
retângulo elementar da forma x.∆y .
3
Assim: S = ∫ x.dy = ∫
−1
3

−1
(8 + 2 y − y ).dy
2

3
 y3  1 92
S = 8 y + y 2 −  = 24 + 8 + 9 − 1 − 9 − ⇒ S = [u. A.]
 3  −1 3 3

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04) Calcular a área plana limitada pela parábola y 2 = 4 x e pela reta y = 2 x − 4 .

A parábola y 2 = 4 x tem o vértice na origem e a concavidade voltada para a direita e a reta


y = 2 x − 4 é oblíqua aos eixos coordenados.

y
y = 2x − 4
4

x*
∆y

x
0 2

−2 y 2 = 4x

−4

Como a área a ser calculada situa-se toda à direita do eixo y , optamos por escolher um

retângulo elementar da forma x * .∆y , onde x * = x reta − x parábola .

Por outro lado, para identificarmos os limites de integração, é necessário encontrar os pontos
de interseção da reta e da parábola.
Assim, obtivemos os pontos y = −2 e y = 4 .

4 y y2
Portanto: S = ∫ x * .dy , onde x * = +2−
−2 2 4
4
y y2   y2 y3  16 2
⇒ S = 9 [u. A.]
4
Logo: S = ∫  + 2 − .dy =  + 2 y −  = 4 − 1 + 8 + 4 − −
−2 2 4
 4 12  −2 3 3

05) Calcular a área de um círculo de raio R .

Como a área do círculo depende apenas do seu raio, vamos tomar esse círculo com o centro
na origem, ou seja, aquele cuja equação é x 2 + y 2 = R 2 .

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Neste caso, os eixos coordenados vão dividir o círculo em quatro partes iguais. Portanto, não
é necessário calcular toda a área de uma vez. Podemos calcular a sua quarta parte e multiplicar
por 4.
y

x2 + y2 = R2
R
S
4
y

x
0 ∆x R

S R R R
Portanto: = ∫ y.dx = ∫ R 2 − x 2 .dx ⇒ S = 4 ∫ R 2 − x 2 .dx
4 0 0 0

Como a integral obtida não é imediata, vamos resolve-la por substituição de variáveis.

Fazendo: x = R sen t , teremos dx = R cos t.dt e R 2 − x 2 = R cos t .


• Para x = 0 ⇒ 0 = R sen t ⇒ sen t = 0 ⇒ t = 0
π
• Para x = R ⇒ R = R sen t ⇒ sen t = 1 ⇒ t =
2
Portanto:
π π
S = 4∫ 2 R cos t.R cos t.dt = 4 R 2 ∫ 2 cos 2 t.dt
0 0

π
π
1 + cos 2t 1 1 2
S = 4R 2 ∫ 2 .dt = 4 R 2  t + sen (2t )
0 2 2 4 0

1 π 1 1 1  π
S = 4 R 2  . − .0 + .0 − .0 ⇒ S = 4 R 2 . ⇒ S = π R 2 [u. A.]
2 2 2 4 4  4

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CÁLCULO 1
EXERCÍCIOS - AULA 31

4a 2
01) Calcular a área comum às curvas y2 = 2ax e x2 = 2ay (a>0) Resp:
3

02) Calcular a área limitada pelas curvas y = lnx , x = 1 e y = 4. Resp: e 4 − 5

03) Achar a área limitada pelas curvas y = x 3 + 9 , Y = 1 e x = 2 . Resp: 32

04) Calcular a área compreendida pela curva xy = 16 , pelo eixo x e pelas retas x = 4 e x = 8.
Resp: 16 ln 2

05) Calcular a área limitada pelas curvas y2 = 2x e y = x2 – 2x. Resp:


16
3
( )
2 −1

9
06) Calcular a área da região limitada pelas curvas y + x 2 = 5 e y − x − 3 = 0 . Resp:
2

07) Calcular a menor área que é limitada pela parábola y = x2 e pela circunferência
π 1
( x − 1) 2 + y 2 = 1 . Resp: −
4 3

08) Mostre que a área S limitada pela parábola y = x 2 − 3 x , pelo eixo x e pelas retas x = −1 e
49
x = 4 é igual a .
6

09) Se f ( x ) = px 2 + qx + r , com f ( x ) ≥ 0 para todo x ∈ ℜ , prove que a área S sob o gráfico de f ,

de x = 0 até x = b , é igual a S =
b
6
(
2 pb 2 + 3qb + 6r . )

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1
10) Calcular a área comum às curvas y = x − 1 e y = x 2 − 2 x + 1. Resp:
3

9
11) Calcular a área limitada pelas curvas y = x 2 e y = 3 x . Resp:
2

9
12) Calcular a área limitada pelas curvas y = x 2 e y = x + 2 . Resp:
2

 x 3 + 1 , se − 1 ≤ x ≤ 0

 1 − x , se 0 < x ≤ 1 73
13) Calcule a área limitada pelo eixo x e pela curva f ( x ) =  . Resp:
2 12
 x − 1 , se 1 < x ≤ 2
 x + 1 , se 2 < x ≤ 3

 x = 3 cos t
14) Calcular a área limitada pela elipse  . Resp: 6π
 y = 2 sen t

15) Calcular a área limitada pelas parábolas 2x 2 − y = 0 e y + x 2 − 6 = 0 . Resp: 8 2

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CÁLCULO 1 – AULA 32 - INTEGRAIS

CÁLCULO DE VOLUMES DE SÓLIDOS DE REVOLUÇÃO:

Chamamos de Sólido de Revolução ao sólido obtido pela rotação de uma área plana em
torno de um eixo do seu plano, chamado Eixo de Revolução.
Por exemplo, são Sólidos de Revolução o cilindro reto, o cone reto e a esfera.
Genericamente:

x
0

Consideremos uma área plana S , limitada pela curva y = f ( x ) , pelo eixo x e pelas ordenadas
f (a ) e f (b ) no intervalo [a, b] .

y
∆xi

yi
x
0 a b

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Dividindo a área S em n retângulos elementares de base ∆xi (i = 1,2,3, ... , n ) e altura yi , esses

retângulos terão área elementar ∆S i = yi .∆xi .

Fazendo a rotação desses retângulos em torno do eixo x iremos obter cilindros elementares
de raio yi e altura ∆xi , com volumes elementares ∆Vi = π . y i .∆xi .
2

n n
O volume Vn de todos os n cilindros elementares gerados será Vn = ∑ ∆Vi = ∑ π . yi .∆xi .
2

i =1 i =1

Porém, quando n → ∞ ⇒ ∆xi → 0 e Vn → V (volume total).


n
Neste caso, podemos dizer que: V = limVn = lim ∑ π . y i .∆x i .
2

n→∞ n →∞ i =1

Portanto, pelo Teorema Fundamental, podemos afirmar que:

b
V =π ∫ a
y 2 .dx

A integral acima serve para rotação em torno do eixo x ou em torno de um eixo paralelo a ele.
Se quisermos a rotação ao redor do eixo y ou de outro eixo paralelo a y , fazemos:

d
V =π ∫ c
x 2 .dy

OBSERVAÇÃO:

Para o cálculo do volume de um sólido de revolução, não é necessário desenhar o sólido.


Procedemos como se estivéssemos calculando áreas de figuras planas. Para isto:
• esboçamos os gráficos das funções envolvidas para identificarmos a área que devemos
fazer a rotação;
• identificamos os limites de integração, conforme o eixo de rotação;
• construímos um retângulo elementar de acordo com o eixo de rotação, porém mantendo a
base desse retângulo sempre sobre o eixo de rotação, ao longo do intervalo de integração;
• aplicamos a integral conveniente para o caso.

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EXEMPLOS:

01) Calcular o volume do sólido gerado pela rotação em torno do eixo x da área limitada pelas
curvas y = x , x = 1 e pelo eixo x .

A curva y = x representa o ramo positivo da parábola x = y 2 e a reta x = 1 é paralela ao eixo


y. Portanto, a área a ser girada é a da figura abaixo:

y x =1

y= x

x
0 ∆x 1
Como a rotação é em torno do eixo x , escolhemos o retângulo elementar da forma y.∆x
Assim:
1

∫( )
x2 12 0 2  π
[u.V .]
1 1 2 1
V =π ∫ y .dx = π x .dx = π ∫ x.dx = π . = π. −  ⇒ V =
2
0 0 0 2 0 2 2 2

02) Calcular o volume do sólido gerado pela rotação em torno do eixo x da área compreendida
pela parábola y = x 2 e pela reta y = 4 .
A área a ser girada é:

y
y=4
4

y = x2 y1

y2
x
−2 0 ∆x ∆x 2

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Como a rotação se dará em torno do eixo x e como a base do retângulo elementar deve estar
sobre o eixo de rotação ao longo do intervalo de integração, então, neste caso, somos obrigados a
proceder da seguinte maneira:
- giramos a área retangular limitada pelo eixo x e pela reta y = 4 entre x = −2 e x = 2 ,
obtendo um volume V1 ;
- fazemos a rotação da área compreendida abaixo da parábola e acima do eixo x entre
x = −2 e x = 2 , obtendo um volume V2 ;
- fazemos V = V1 − V2 .
2 2
Portanto: V = π ∫ y1 .dx − π ∫
2 2
y 2 .dx
−2 −2

∫ (x ) .dx = π ∫
2 2 2 2
2 2
V =π ∫ −2
4 2.dx − π
−2 −2
16dx −π ∫ −2
x 4 .dx

2
x5  32 32  256π
V = π .16 x −2
2
−π . = 16 π (2 + 2) − π  +  ⇒ V = [u.V .]
5 −2  5 5 5

03) Calcular o volume de uma esfera de raio R .

Para calcularmos o volume da esfera, vamos considerar um círculo com centro na origem,
cuja equação é x 2 + y 2 = R 2 .
Se girarmos apenas um quarto desse círculo ao redor de um dos eixos (o eixo x , por
V
exemplo), vamos obter uma semi-esfera de volume , isto é, vamos usar a simetria para
2
resolvermos o nosso problema.
Assim:
y

x2 + y2 = R2
y

x
0 ∆x R

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∫ (R − x 2 ).dx
V R
=π ∫ y 2 .dx = π
R 2
Neste caso:
2 0 0

R
 x3   R3  4
V = 2π  R 2 x −  = 2π  R 3 − 0 − + 0  ⇒ V = π R 3 [u.V .]
 3 0  3  3

04) Achar o volume do sólido gerado pela rotação da área limitada pela parábola y 2 = 8 x e pela
reta x = 2 :
a) em torno do eixo x ;
b) em torno do eixo y ;
c) em torno da reta x = 2 .

Neste problema temos uma única área que deverá sofrer três rotações diferentes. Então, na
verdade, temos três problemas diferentes.
a) Rotação em torno do eixo x ;

4
x=2
y = 8x
2

x
0 ∆x 2

−4

Neste caso:

2 2
V =π ∫ 0
y 2 .dx = π ∫ 0
8 x.dx

V = π .4 x 2
2

0
(
= 4π . 2 2 − 0 2 ) ⇒ V = 16π [u.V .]

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b) em torno do eixo y ;
Neste caso, vamos proceder como no exercício 02, isto é, vamos obter o volume através de
duas rotações.
y

4 x x=2
2
∆y
x1
∆y
x
0 2
y 2 = 8x

−4

2
4 4 4 4  y2 
Temos: V = V1 − V2 = π ∫ x1 .dy − π ∫ x 2 .dy = π ∫ 2 .dy − π ∫   .dy
2 2 2
−4 −4 −4 −4
 8 
4
y5 128π
4
V = π .4 y − 4 −π . ⇒ V = [u.V .]
320 −4 5

c) em torno da reta x = 2 .

4
y 2 = 8x x*
∆y
x * = x reta − x parábola

x
0 2

x=2
−4

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Como a área a ser rotacionada é simétrica em relação ao eixo x , podemos girar apenas a
metade da área, obtendo a metade do volume, isto é:
2
 y2 
∫ (x )
V 4
* 2
4
=π .dy = π ∫  2 −  .dy
2 0 0
 8 

 4 y2 y4 
V = 2π ∫  4 − + .dy
0
 2 64 
4
 y3 y5 
V = 2π .4 y − + 
 6 320  0

 32 4 5  256π
V = 2π .16 − +  ⇒ V= [u.V .]
 3 320  15

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CÁLCULO 1
EXERCÍCIOS - AULA 32

01) Sabendo que a função f ( x ) tem máximo relativo no ponto ( x0 ,6) e que f ′( x ) = −12 x + 24 ,

pede-se:
a) determine f ( x ) ; Resp: f ( x ) = −6 x 2 + 24 x − 18
b) calcule o volume do sólido obtido pela rotação em torno da reta x = 4 da área limitada pelo
gráfico de f ( x ) e pelo eixo x. Resp: 32π

02) Calcular o volume do sólido obtido pela rotação em torno do eixo x da área limitada pelas
79π
curvas x 2 = y − 2 , 2 y − x − 2 = 0 , x = 0 e x = 1 . Resp:
20

03) Achar o volume do sólido obtido pela rotação em torno do eixo x da área limitada pela elipse
 x = a cos θ 4πab 2
 . Resp:
 y = b sen θ 3

04) Determinar, usando integral definida, o volume de um cone de raio R e altura H.

05) Calcule o volume do sólido gerado pela rotação em torno do eixo y, da área compreendida
π
pelas curvas y − x 2 = 0 e x − y = 0. Resp:
3

06) Achar o volume do sólido gerado pela rotação em torno do eixo x da área limitada pela
1023π
parábola y = x 2 + 5 e pelas retas y = x , x = 0 e x = 3 . Resp:
5

07) Calcular o volume do sólido obtido pela rotação em torno do eixo x da área limitada pelas
256π
curvas y − 4 x = 0 e 2 x 2 − y = 0 . Resp:
15

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08) Calcular o volume do sólido obtido pela rotação em torno da reta x = 1 da área compreendida
11π
pelas curvas y − x = 0 e y − x 2 = 0 . Resp:
30

09) Calcular o volume do sólido obtido pela rotação em torno do eixo x da área limitada pelas
108π
curvas y = 4 x − x 2 e y − x = 0 . Resp:
5

10) Calcular o volume do sólido gerado pela rotação, ao redor do eixo das ordenadas, da área
limitada pelas curvas y = 5 x 2 , x = 2 e pelo eixo das abscissas. Resp: 40π

11) Calcular o volume do sólido que se obtém quando se faz a rotação, em torno do eixo x, da
π
área limitada pelas curvas y = e x , y = x , x = 0 e x = 1 . Resp:
2
(e 2
)
−1

1
12) Calcular o volume gerado pela rotação em torno da reta y = da área limitada pela parábola
2
1 4π
x 2 − 2 y = 0 e pela reta y = . Resp:
2 15

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CÁLCULO 1 – AULA 33 - INTEGRAIS

CÁLCULO DO COMPRIMENTO DE ARCOS:

Seja l o comprimento de um arco da curva AB da função y = f ( x ) , contínua e derivável um


intervalo [a, b] contido no conjunto dos Reais.
Vamos dividir o intervalo [a, b ] em n intervalos de amplitude ∆xi (i = 1,2,3, ... , n ) , obtendo sobre

o arco AB n pontos P1 , P2 , P3 , ... , Pi , ... , Pn .

y
y = f (x )
Pi
∆l i B
Pi −1 ∆y i
P2 ∆xi
P1

x
0 a ∆xi b

Consideremos o comprimento elementar ∆l i compreendido entre os pontos Pi −1 e Pi .

Esse comprimento pode ser calculado pela resolução do triângulo retângulo abaixo:

∆l i
∆yi

∆xi

Aplicando o Teorema de Pitágoras, podemos verificar que:

∆l i = ∆xi + ∆y i ⇒ ∆l i = ∆x i + ∆y i
2 2 2 2 2

Colocando ∆xi em evidência, teremos:


2

2
 ∆y 2   ∆y 
∆l i = ∆xi .1 + i 2  ⇒ ∆l i = 1 +  i  .∆xi
2

 ∆xi   ∆xi 
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2
n n
 ∆y 
O comprimento l n de todos os arcos elementares será: l n = ∑ ∆l i = ∑ 1 +  i  .∆xi
i =1 i =1  ∆xi 
Porém, quando n → ∞ ⇒ ∆xi → 0 , ∆y i → 0 e l n → l
2
n
 ∆y 
Portanto, podemos dizer que: l = lim l n = lim ∑ 1 +  i  .∆xi .
n →∞ n →∞ i =1  ∆x i 
Assim, de acordo com o Teorema Fundamental, podemos concluir que:

2
b  dy 
l=∫ 1 +   .dx
a
 dx 

Da mesma forma, se tivermos x = g ( y ) , podemos fazer:

2
d  dx 
l=∫ 1 +   .dy
c
 dy 

EXEMPLOS:

01) Calcular o comprimento de uma circunferência de raio R .


Tal como fizemos com o cálculo da área do círculo e com o volume da esfera, vamos tomar a
circunferência com centro na origem dos eixos coordenados e usar a simetria.

R
x2 + y2 = R2
l
4

x
0 R
2 2
l R  dy  R  dy 
Temos: = ∫ 1 +   .dx ⇒ l = 4 ∫ 1 +   .dx
4 0
 dx  0
 dx 
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Derivando implicitamente a função x 2 + y 2 = R 2 com relação à variável x , temos:


dy dy x dy x
2 x + 2 y. =0 ⇒ =− ⇒ =−
dx dx y dx R2 − x2
Substituindo na integral:
R x2 R R2 − x2 + x2 R 1
l = 4∫ 1+ 2 .dx = 4 ∫ .dx = 4 R ∫ .dx
0 R −x 2 0 R −x
2 2 0
R − x2
2

Como a integral obtida não é imediata, podemos usar uma substituição de variáveis.

Fazendo x = R sen t ⇒ dx = R cos t.dt e R 2 − x 2 = R cos t


• Para x = 0 ⇒ 0 = R sen t ⇒ sen t = 0 ⇒ t = 0
π
• Para x = R ⇒ R = R sen t ⇒ sen t = 1 ⇒ t =
2
π π
1 π
π
Portanto: l = 4 R ∫ 2 .R cos t.dt = 4 R ∫ 2 dt = 4 R.t 02 = 4 R. ⇒ l = 2π R [u.C.]
0 R cos t 0 2

 x = a cos 3 θ
02) Calcular o comprimento do arco da astróide  .
 y = a sen 3 θ

A função acima foi dada na forma paramétrica. Para esboçarmos o seu gráfico, devemos
atribuir valores para o parâmetro θ e obtendo os pontos ( x, y ) .
O gráfico procurado tem a forma abaixo:

y
a

l
4 astróide

x
−a 0 a

−a

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A curva especial acima tem o nome de Astróide porque tem a forma de uma estrela. Observa-
se, também, que a curva é simétrica em relação aos eixos coordenados.
Portanto, podemos calcular apenas a quarta parte do comprimento e multiplicar por 4 o
resultado obtido.
2 2
l a  dy  a  dy 
Assim: = ∫ 1 +   .dx ⇒ l = 4 ∫ 1 +   .dx
4 0
 dx  0
 dx 
dy
dy dθ dy 3a sen 2 θ . cos θ dy
Mas: = ⇒ = ⇒ = −tgθ e dx = −3a cos 2 θ . sen θ .dθ
dx dx dx − 3a cos θ . sen θ
2
dx

π
• Para x = 0 ⇒ 0 = a cos 3 θ ⇒ cosθ = 0 ⇒ θ =
2
• Para x = a ⇒ a = a cos 3 θ ⇒ cos θ = 1 ⇒ θ = 0

Portanto: l = 4∫ π 1 + tg 2θ .(− 3a cos 2 θ . sen θ ).dθ


0

π π
1
l = 4.3a.∫ 2 secθ cos 2 θ . sen θ .dθ = 12a ∫ 2 . cos 2 θ . sen θ .dθ
0 0 cosθ
π
π
sen θ
2 2
l = 12a ∫ 2 sen θ . cosθ .dϑ = 12a. = 6a(1 − 0) ⇒ l = 6a [u.C.]
0 2 0

03) Calcular o comprimento do arco da curva y = x 3 , desde x = 0 até x = 5 .

2
5  dy 
Temos: l = ∫ 1 +   .dx
0
 dx 
3 1
dy 3 2 dy 3
Como: y = x 2
⇒ = .x ⇒ = . x
dx 2 dx 2
1 1
5 9 5 9 2 4 5 9  9 2
Portanto: l = ∫ 1 + x .dx = ∫ 1 + x  .dx = .∫ .1 + x  .dx
0 4 0
 4  9 0 4 4 
3 5
 3

4 2 9  8  45  2 3 335
. 1 +  − (1 + 0) 2  ⇒ l = [u.C ]
2
l = . .1 + x  ⇒ l=
9 3 4  27  4  27
0  

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CÁLCULO 1
EXERCÍCIOS - AULA 33

01) Calcular o comprimento da parábola semicúbica y 2 − x 3 = 0 desde a origem dos eixos

coordenados até o ponto P(4,8). Resp:


8
27
(
10 10 − 1 )

 x = e t sen t π
02) Calcule o comprimento do arco da curva  desde t = 0 até t = .
 y = e cos t
t
2

 π 
Resp: 2  e 2 −1
 

17
03) Calcular o comprimento do arco da curva 24 xy = x 4 + 48 , de x = 2 até x = 4. Resp:
6

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CÁLCULO 1 – AULA 34 – SEQUÊNCIAS E SÉRIES INFINITAS

34.1 – Seqüências: Definição:

Chamamos de Seqüência ou Sucessão a uma função f cujo Domínio é o conjunto dos


números Inteiros e Positivos.
Para indicar uma Seqüência, usamos as notações {a n }, < a n > ou f (n ) , onde a n é chamado
de Termo Geral e n = 1, 2, 3,L (infinitos).

EXEMPLOS:

 2n  6 4 2n
01)   = 2,1, , ,L , ,L
 3n − 2  7 5 3n − 2
5 − 2n
02) f (n ) =
n +1

Para especificar uma Seqüência é suficiente fornecer uma fórmula para o Termo Geral.

EXEMPLO:

n 1 2 3 4 n
a n = (− 1) . representa a Seqüência , − , , − , L, (− 1) .
n +1 n +1
,L .
n +1 2 3 4 5 n +1

OBSERVAÇÃO 1:

Uma Seqüência pode ser Crescente, Decrescente ou Oscilante.


• Crescente: a n +1 > a n ;

• Decrescente: a n +1 < a n ;

a n +1 > a n e a n + 2 < a n +1
• Oscilante: 
a n +1 < a n e a n + 2 > a n +1

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EXEMPLOS:

01) Crescente: 1, 4, 9,16,L, n 2 ,L .


1 1 1 1
02) Decrescente: 1, , , ,L , 2 ,L .
4 9 16 n
1 1 1
03) Oscilante: 1, − , , − , L,
(− 1) n+1
,L .
4 9 16 n2

OBSERVAÇÃO 2:

Uma Seqüência Crescente ou Decrescente é chamada de Monótona, caso contrário é Não


Monótona.

34.2 – Limite de Seqüências e Convergência:

Dizemos que uma Seqüência {a n } converge para um número Real L se, para todo número

infinitesimal ε > 0 , existir um número inteiro e positivo N tal que:


a n − L < ε , sempre que n ≥ N .

Neste caso, escrevemos: lim a n = L.


n→∞

OBSERVAÇÃO 1:

Se lim a n = ±∞ ou se lim a n = ∃/ , então a Seqüência será Divergente.


n→∞ n→∞

TEOREMA:

Seja f uma função definida no intervalo [1, ∞ ) e seja a Seqüência {a n } definida por a n = f (n )

para todo inteiro positivo n .


Neste caso, se lim f (x ) = L , então lim a
x →∞ n→∞
n = L.

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Isto significa que podemos tratar o Termo Geral de uma Seqüência para estudar a sua
convergência e as propriedades de limites de Seqüências serão as mesmas aplicadas a limites de
funções de uma variável.

EXEMPLOS:

Estudar a convergência das Seqüências:


100 
01)  
 n 
SOLUÇÃO:

100
Temos: a n = .
n
100
Tomando o limite no infinito: lim = 0 (Convergente).
n→∞ n

 n 3 − 5n 
02)  3 
 7 n + 2n 
SOLUÇÃO:

n 3 − 5n
Temos: a n =
7 n 3 + 2n
n 3 − 5n ∞−∞
Tomando o limite no infinito, temos: lim = .
n → ∞ 7 n + 2n
3

Vemos que este limite possui dois símbolos de indeterminação.
Porém, como se aplicam as mesmas propriedades de limites aplicados a funções, este limite é
Fundamental Racional.
Portanto, para resolve-lo basta tomar os termos de maior grau do numerador e do
denominador.
n 3 − 5n n3 1 1
Assim: lim = lim = lim = (Convergente).
n → ∞ 7 n + 2n
3 3
n →∞ 7 n n →∞ 7 7

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 e n + e −n 
03)  n −n 
e − e 
SOLUÇÃO:

e n + e −n
Temos: a n = .
e n − e −n
e n + e −n ∞
Tomando o limite no infinito: lim −n
= .
n →∞ e − e
n


Novamente temos uma indeterminação da forma .

1
Vamos, então, fazer no limite: e n = .
e −n
1
−n + e −n
e +e
n −n 1 + e −2 n
lim e = lim e = lim = 1 (Convergente).
n →∞
n
− e −n n →∞ 1 −n n→∞ 1 − e
−2 n
−e
e −n

 5n 2 
04)  
 3n + 1
SOLUÇÃO:

5n 2
Temos: a n = .
3n + 1
5n 2 ∞
Tomando o limite no infinito: lim = .
n → ∞ 3n + 1 ∞
Portanto, assim como no exemplo 02, este limite também é fundamental.
Então podemos fazer:
5n 2 5n 2 5n
lim = lim = lim = ∞ (Divergente).
n → ∞ 3n + 1 n →∞ 3n n →∞ 3

 2n 2 + n  π 
05)  .sen 
 n +1  2n  

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SOLUÇÃO:

2n 2 + n π 
Temos: a n = .sen  .
n +1  2n 

 2n 2 + n  π  ∞
Tomando o limite no infinito: lim  .sen  = .0 (indeterminado).
n →∞  n + 1  2n   ∞
π
Vamos, então, multiplicar e dividir por para obtermos um limite fundamental.
2n
  π  π 
 π 2n 2 + n sen 2n   π
sen 
 .   = 2n + 1  2n  = π .2.1 = π (Convergente).
lim
n → ∞  2n n +1
.
π lim . lim . lim
 n →∞ 2 n → ∞ n + 1 n →∞ π 2
 2n   2n

 ln (n + 1) 
06)  
 n +1 
SOLUÇÃO:

ln (n + 1)
Temos: a n = .
n +1
ln(n + 1) ∞
Tomando o limite no infinito: lim = .
n→∞ n +1 ∞
Novamente, temos um limite indeterminado.
Podemos, neste caso, usar a Regra de L’Hôpital, ou seja:
1
ln (n + 1)
= lim n + 1 = lim
1
lim = 0 (Convergente).
n →∞ n +1 n→∞ 1 n →∞ n + 1

{( ) }
07) ln e n + 2 − n
SOLUÇÃO:

(
Temos: a n = ln e n + 2 − n)
lim [ln(e ) ]
+ 2 − n = ∞ − ∞ (indeterminado).
n
Tomando o limite no infinito:
n →∞

Neste caso, podemos fazer:


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  e n + 2    
lim [ln(e ]
+ 2 ) − ln (e n ) = lim ln n  = lim ln1 + n
2
 = ln 1 = 0 (Convergente).
n

n →∞ n →∞   e  n →∞   e 

 5
n

08) 1 +  
 n 

SOLUÇÃO:

n
 5
Temos: a n = 1 +  .
 n
n
 5
Tomando o limite no infinito: lim 1 +  = 1∞ (indeterminado).
n→∞  n

Este limite é possui a indeterminação 1∞ , porém ele é o Limite Fundamental Exponencial.


n
 5
Assim: lim 1 +  = e 5 (Convergente).
n →∞  n

34.3 – Teorema de Cesaro:

O Teorema de Cesaro representa para Seqüências o mesmo que a Regra de L’Hôpital para a
resolução de limites de funções de uma variável.
Este Teorema afirma que:
“Se {a n } é uma Seqüência Monótona qualquer e se {bn } é uma Seqüência divergente, então:

an a n − a n −1
lim b = lim ”
n →∞ n n →∞ bn − bn −1

EXEMPLOS:

Usando o Teorema de Cesaro, verifique a convergência das Seqüências:

 2n 
01)  
n

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SOLUÇÃO:

2n ∞
Temos: lim = (indeterminado).
n →∞ n ∞

a = 2 n
Chamando  n , verificamos que {a n } é monótona (crescente) e {bn } é divergente, pois
bn = n

lim b = lim n = ∞ .
n →∞
n
n →∞

Portanto, pelo Teorema de Cesaro, podemos escrever:


2n 2 n − 2 n −1 2 n −1 (2 − 1)
lim = lim = lim = lim 2 n −1 = ∞ .
n →∞ n n →∞ n − (n − 1) n →∞ n − n +1 n →∞

Assim, a Seqüência dada é Divergente.

 2n + 3 
02)  
 3n + 4 
SOLUÇÃO:

2n + 3 ∞
Temos: lim 3n + 4 = ∞
n →∞
(indeterminado).

a n = 2n + 3
Chamando  , verificamos que {a n } é monótona (crescente) e {bn } é divergente, pois
bn = 3n + 4

lim b = lim (3n + 4) = ∞ .


n →∞
n
n →∞

Portanto, pelo Teorema de Cesaro, podemos escrever:


2n + 3 2n + 3 − [2(n − 1) + 3] 2n + 3 − 2 n + 2 − 3 2
lim 3n + 4 = lim 3n + 4 − [3(n − 1) + 4] = lim 3n + 4 − 3n + 3 − 4 = 3
n →∞ n →∞ n →∞

Assim, a Seqüência dada é Convergente.

 2n 
03)  n 
3 + 5 
SOLUÇÃO:

2n ∞
Temos: lim = (indeterminado).
n →∞ 3 + 5
n

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a = 2 n
Chamando  n , verificamos que {a n } é monótona (crescente) e {bn } é divergente, pois
bn = 3 + 5 n

lim b = lim (3 + 5 ) = ∞ .
n
n
n →∞ n →∞

Portanto, pelo Teorema de Cesaro, podemos escrever:

2 n −1 (2 − 1)
n −1
2n 2 n − 2 n −1 1 2
lim = lim = lim = lim .  = 0.
n →∞ 3 + 5 − (3 + 5 ) n→∞ 5 (5 − 1) n→∞ 4  5 
n −1 n −1
n →∞ 3 + 5
n n

Assim, a Seqüência dada é Convergente.

34.4 – Teorema da Raiz:

O Teorema da Raiz é uma conseqüência do Teorema de Cesaro, e estabelece que:


a 
“Se a Seqüência {a n } é de termos positivos e a Seqüência  n  é Monótona, então a
 a n −1 

Seqüência { a } também é Monótona e tem-se: lim


n
n
n a n = lim
an
a n −1
.”
n →∞ n →∞

EXEMPLOS:

Usando o Teorema da Raiz, verifique a convergência das Seqüências:

01) { n}
n

SOLUÇÃO:

Pelo Teorema da Raiz, podemos fazer:


n
lim n
n = lim =1
n →∞ n →∞ n −1

Portanto, a Seqüência dada é Convergente.

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02) { 2n + 1}
n

SOLUÇÃO:

Aplicando o Teorema da Raiz, temos:


2n + 1 2n + 1
lim n
2n + 1 = lim = lim = 1.
n →∞ n→∞ 2(n − 1) + 1 n→∞ 2n − 1
Portanto, a Seqüência dada é Convergente.

 n! 
03) n n 
 n 
SOLUÇÃO:

Aplicando o Teorema da Raiz, temos:


n
n!   1 
n1 − n 
n! (n − 1) n.(n − 1)! (n − 1)n =
n −1
 
.
n! nn n
lim n = lim = lim . = lim . lim
n →∞ n n
n→∞ (n − 1)! n→∞ n (n − 1)! n→∞ n
n n
(n − 1)(. n − 1)! n→∞ n n n −1
(n − 1)n−1
n
 1
n .1 − 
n
n n
n! n  n n −1+1  1   1  1  −1
lim n = lim n . = lim .1 −  = lim 1 + .1 −  = e .
n →∞ n n
n →∞ n n −1 n →∞ n −1  n  n →∞  n −1  n 
Portanto, a Seqüência dada é Convergente.

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CÁLCULO 1
EXERCÍCIOS - AULA 34

Estudar a convergência das Seqüências:

 2n 2 + 1  2
01)  2  Resp: (Convergente)
 9n + 5  9

 1 
 ln n  
02)     Resp: − 1 (Convergente)
 ln (n + 4) 
 

{( )
03) ln e n + 2 − ln e n + 1( )} Resp: 0 (Convergente)

 1 
04)   Resp: ∞ (Divergente)
 n +1 − n
2

{
05) 3 n − n } Resp: − ∞ (Divergente)

 3n 
06)  n 
Resp: 1 (Convergente)
1 + 3 

 3n 4 
07)  n 
Resp: 0 (Convergente)
n + 3 

08) { n+4− n+3 } Resp: 0 (Convergente)

 2n 
09) 1 −  Resp: − ∞ (Divergente)
 n

{
10) 3 n − 2 n } Resp: ∞ (Divergente)

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CÁLCULO 1 – AULA 35 – SÉRIES:

35.1 – Definição:

Consideremos uma Seqüência ou Sucessão de infinitos termos da forma:


{a n } = {a1 , a 2 , a3 ,L, a n ,L}
A partir desta Sucessão podemos formar uma nova Seqüência pela adição sucessiva dos
seus termos, isto é, {S n } = {S1 , S 2 , S 3 ,L , S n ,L}, onde:

• S1 = a1 (1a soma parcial ou reduzida)


• S 2 = a1 + a 2 = S1 + a 2 (2a soma parcial ou reduzida)

• S 3 = a1 + a 2 + a 3 = S 2 + a3 (3a soma parcial ou reduzida)

• S 4 = a1 + a 2 + a3 + a 4 = S 3 + a 4 (4a soma parcial ou reduzida)

• M
n
• S n = a1 + a 2 + a3 + L + a n = S n −1 + a n = ∑ a k
k =1

Se somarmos os infinitos termos de uma Seqüência obtemos uma Série Infinita ou,
simplesmente, Série.
Portanto, podemos definir a Série como a expressão que representa a soma dos infinitos

termos de uma Seqüência, ou seja, representamos uma Série pela notação ∑a
n =1
n .

EXEMPLOS:

01) Seja a Seqüência {1, 3, 5, 7,L} .


A Série correspondente a esta Seqüência é:

1 + 3 + 5 + 7 + L = ∑ (2n − 1)
n =1

02) Seja a Seqüência {1, − 1,1, − 1,L}.


A Série correspondente a esta Seqüência é:

1 − 1 + 1 − 1 + L = ∑ (− 1)
n +1

n =1

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 1 1 1 
03) Seja a Seqüência 1, − , , − ,L .
 2 3 4 
A Série correspondente a esta Seqüência é:

1−
1 1 1
+ − +L = ∑

(− 1) n +1

2 3 4 n =1 n

 1 1 1 
04) Seja a Seqüência 1, , , ,L .
 3 9 27 
A Série correspondente a esta Seqüência é:

1 1 1 1
1+ + + + L = ∑ n −1
3 9 27 n =1 3

35.2 – Convergência: Conceito Intuitivo:


1 1 1 1
Seja, por exemplo, a Série: 1 + + + + L = ∑ n −1 .
2 4 8 n =1 2

Vamos determinar algumas de suas somas parciais.


• S1 = 1
1
• S2 = 1+ = 1,5
2
1 1
• S3 = 1 + + = 1,75
2 4
1 1 1
• S4 = 1+ + + = 1,875
2 4 8
• M
1 1 1
• S 25 = 1 + + + L + 24 = 1,99999998
2 4 2
Estes resultados parecem nos dizer que a soma dos infinitos termos dessa Seqüência tende a
ser igual a 2 .
Portanto, podemos escrever:

1
lim S n = 2 ou
n→∞
∑2
n =1
n −1
=2

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Isto significa que a Série é Convergente e converge para 2 .



Da mesma forma, não é difícil concluir que a Série ∑ (3n + 4) , por exemplo, tende ao infinito,
n =1

portanto é Divergente.

35.3 – Convergência: Definição:


Se a Seqüência {S n } das somas parciais da Série infinita ∑a k converge para um limite
k =1

S = lim S n , dizemos que a Série é Convergente e sua soma é S .


n→∞

Por outro lado, se lim S n = ∞ ou se lim S n = ∃/ , então a Série será Divergente.


n→∞ n→∞

EXEMPLOS:


01) S = 1 + 2 + 3 + 4 + L = ∑ k é Divergente (Série Aritmética).
k =1


1 1 1 1
02) S = + + + L = ∑ k é Convergente (Série Geométrica).
2 4 8 k =1 2


1 1 1 1
03) S = 1 + + + + L = ∑ é Divergente (Série Harmônica).
2 3 4 k =1 k


1 1 1 1
04) S = + + +L= ∑ é Convergente (Série de Encaixe)
1.2 2.3 3.4 k =1 k (k + 1)


05) S = 1 − 1 + 1 − 1 + L = ∑ (− 1)
k +1
é Divergente, pois não possui limite.
k =1

35.4 – Série de Encaixe: Definição e Convergência:


Chamamos de Série de Encaixe (ou de Mêngoli) a uma Série do tipo ∑ (a
k =1
k − a k +1 ) .

Para toda Série de Encaixe tem-se S n = a1 − a n +1 , onde a1 é a primeira soma parcial.

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Neste caso: S = lim S n = lim (a1 − a n +1 ) = a1 − L , onde L = lim a n +1 .


n→∞ n→∞ n →∞

Se L ∈ ℜ , então a Série de Encaixe é Convergente e converge para a1 − L .


Se L = lim a n +1 = ±∞ ou se L = lim a n +1 = ∃/ , então a Série de Encaixe será Divergente.
n →∞ n →∞


1
Para exemplificar a convergência da Série de Encaixe, vamos tomar a Série ∑ k (k + 1) .
k =1

1 1 1
Decompondo o Termo Geral da Série em Frações Parciais, teremos: = − .
k (k + 1) k k + 1
n
1 n
1 1 
Portanto, podemos afirmar que a enésima soma parcial é S n = ∑ = ∑ − .
k =1 k (k + 1) k =1  k k + 1
Desenvolvendo esta soma parcial, teremos:
1 1 1 1 1 1 1
Sn = 1− + − + − +L+ − .
2 2 3 3 4 n n +1
1 n
Simplificando, obtemos: S n = 1 − = .
n +1 n +1
Tomando o limite para n → ∞ , obtemos:
n
S = lim S n = lim = 1.
n →∞ n→∞ n +1

1
Portanto, esta Série de Encaixe é Convergente e converge para 1 , ou seja: ∑ k (k + 1) = 1 .
k =1

35.5 – Série Geométrica:

Chamamos de Série Geométrica a uma Série do tipo:


∑ a.r
k =1
k −1
= a + ar + ar 2 + ar 3 + L + ar n −1 + L , onde r é a razão.

A enésima soma parcial desta Série é:


S n = a + ar + ar 2 + ar 3 + L + ar n −1 . (1)

Multiplicando por r , encontramos:


r.S n = ar + ar 2 + ar 3 + ar 4 + L + ar n −1 + ar n (2)
Fazendo (1) - (2), teremos:
S n − r.S n = a + ar + ar 2 + ar 3 + L + ar n −1 − ar − ar 2 − ar 3 − ar 4 − L − ar n −1 − ar n

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Simplificando, encontramos:

(
S n (1 − r ) = a 1 − r n
) ⇒ Sn =
a 1− rn ( )
1− r

Com relação a este resultado, podemos verificar que:


a
• Se r < 1 , então lim S n = e a Série Geométrica é Convergente.
n →∞ 1− r
• Se r > 1 , então lim S n = ∞ e a Série Geométrica é Divergente.
n →∞

• Se r = 1 , a Série Geométrica será Divergente.

OBSERVAÇÃO:

Vamos verificar a razão pela qual a Série Geométrica é Divergente para r = 1 .

• Para r = 1 , temos S n = a + a + a + a + L = n.a .

Neste caso: lim S n = lim n.a = ∞ .


n →∞ n→∞

• Para r = −1 , temos S n = a − a + a − a + L .

Neste caso, não existe lim S n .


n →∞

EXEMPLOS:


1
01) Estudar a convergência da Série Geométrica ∑2
k =1
k
.

SOLUÇÃO:


1 1 1 1
Temos: ∑2
k =1
k
= + + +L .
2 4 8
1 1
Neste caso: a = e r= (r < 1) .
2 2

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1 1 
1 − n 
A enésima soma parcial será: S n = 
2 2  1
⇒ Sn = 1− n .
1 2
1−
2
 1 
Assim: lim S n = lim 1 − n  = 1 (Série Convergente).
n →∞ n→∞  2 


02) Estudar a convergência da Série Geométrica ∑3
k =1
k −1
.

SOLUÇÃO:


Temos: ∑3
k =1
k −1
= 1 + 3 + 9 + 27 + L .

Neste caso: a = 1 e r = 3 .

A enésima soma parcial será: S n =


( )
1. 1 − 3 n
=
3n − 1
.
1− 3 2
3n − 1
Assim: lim S n = lim =∞ (Série Divergente).
n →∞ n →∞ 2

03) Expresse a dízima periódica 3,141414L como razão de números inteiros, usando a Série
Geométrica.
SOLUÇÃO:

Podemos escrever:
 14 14 14 
3,141414L = 3 + 14.10 −2 + 14.10 −4 + 14.10 −6 + L = 3 +  + + + L .
 100 10.000 1.000.000 
14 1
A expressão entre parênteses representa uma Série Geométrica com a = e r= , cuja
100 100
14
1 14
soma S vale: S = = 100 ⇒ S = .
1− r 1 99
1−
100
14 311
Assim: 3,141414 L = 3 + = .
99 99
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35.6 – Propriedades das Séries Infinitas:

A condição ideal para se fazer o estudo da convergência de uma Série de Potências seria
conhecermos uma fórmula geral para S n .

Entretanto, a determinação dessa fórmula geral nem sempre é simples ou possível.


Daí a importância de se conhecer as Propriedades das Séries Infinitas, que poderão ser
usadas como ferramenta para o estudo da sua convergência.
São elas:

Propriedade 1 – Condição Necessária de Convergência:


Se uma Série Infinita ∑a
k =1
k é Convergente, então lim a
n →∞
n = 0.

Observação:
A recíproca desta propriedade não é verdadeira, ou seja, o fato de que lim a n = 0 não
n →∞


implica, necessariamente, que ∑a
k =1
k seja uma Série Convergente.

EXEMPLOS:


1 1
01) A Série ∑2
k =1
k
é Convergente e converge para 1 . Temos lim 2
n →∞
n
=0.


1 1
02) A Série ∑k
k =1
é Divergente. No entanto, temos lim n = 0 .
n →∞

Propriedade 2 – Condição Suficiente para Divergência:


Se lim an é diferente de zero ou não existe, então a Série
n →∞
∑a
k =1
k é Divergente.

EXEMPLOS:


k n
01) A Série ∑ k +1
k =1
é divergente, pois lim n + 1 = 1 , isto é, diferente de zero.
n →∞

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02) A Série − 1 + 1 − 1 + 1 − 1 + L = ∑ (− 1) é divergente, pois ∃/ lim a n .
k

k =1 n →∞

Propriedade 3:

∞ ∞ ∞ ∞
Se as Séries ∑ ak e
k =1
∑ bk são convergentes, então as Séries
k =1
∑ (ak + bk )
k =1
e ∑ (a
k =1
k − bk )

também serão convergentes.


Além disso, podemos escrever:
∞ ∞ ∞
• ∑ (ak + bk ) = ∑ ak + ∑ bk
k =1 k =1 k =1

∞ ∞ ∞
• ∑ (ak − bk ) = ∑ ak − ∑ bk
k =1 k =1 k =1

EXEMPLO:


 3 2
Encontre a soma da Série: ∑  2
k =1
k
+ .
3k 
SOLUÇÃO:


 3 2 ∞ 3 ∞
2
Podemos escrever: ∑ 
k =1  2
k
+ k  = ∑
3  k =1 2 k
+ ∑
k =1 3
k
.


3 3 3 3 3 3 1
Temos: ∑2
k =1
k
= + + + + L , que é uma Série Geométrica com a = e r = .
2 4 8 16 2 2
3

3
Assim: ∑ k = 2 = 3 (Convergente).
k =1 2 1
1−
2

2 2 2 2 2 1
Temos: ∑3
k =1
k
= + +
3 9 27
+ L que é uma Série Geométrica com a = e r = .
3 3
2

2
Assim: ∑3 k
=
1
3 = 1 (Convergente).
k =1
1−
3
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 3 2
Portanto: ∑  2
k =1
k
+  = 3 + 1 = 4 também é Convergente.
3k 

Propriedade 4:

∞ ∞ ∞
Se a Série ∑ a k é Convergente e se c é uma constante, então a Série
k =1
∑ c.ak = c.∑ ak
k =1 k =1

também será convergente.


∞ ∞
Se a Série ∑ ak é Divergente e se c ∈ ℜ* , então a Série
k =1
∑ c.a
k =1
k também será divergente.

Propriedade 5 – Divergência de uma Soma de Séries:

∞ ∞ ∞
Se a Série ∑ ak é convergente e a Série
k =1
∑ bk é divergente, então
k =1
∑ (a
k =1
k + bk ) será uma

Série divergente.

Observação:
∞ ∞ ∞
O fato de que as Séries ∑ ak e
k =1
∑ bk sejam ambas divergentes não implica que
k =1
∑ (a
k =1
k + bk )

seja uma Série obrigatoriamente divergente.


∞ ∞
Por exemplo, se a k = k e bk = −k , então ∑ ak e
k =1
∑b
k =1
k são divergentes.

∞ ∞
Porém, ∑ (ak + bk ) = ∑ 0 = 0
k =1 k =1
(Convergente).

Propriedade 6:

Não é necessário descrever uma Série infinita começando pelo índice k = 1 . Podemos
perfeitamente começar com outro valor qualquer de k , desde que seja um número Natural.
Assim, por exemplo, podemos escrever:
∞ ∞ ∞
1 1 2k

k =0 3
k
; ∑
k =2 k + 3
; ∑1+ k
k =10
, etc.

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Observação:

Se for conveniente, pode-se mudar o índice da somatória de uma Série.



1
Por exemplo, seja a Série: ∑2
k =1
3 k −1
.

Fazendo: n = 3k − 1 , temos n = 2 para k = 1 .


∞ ∞
1 1
Assim, podemos escrever: ∑2
k =1
3 k −1
=∑
n=2 2
n
.

Propriedade 7:

A remoção dos M primeiros termos de uma Série não causa alteração na sua convergência
ou divergência.
∞ M ∞
Podemos escrever: ∑ ak = ∑ ak +
k =1 k =1
∑ a (M ∈ Ν ) .
k = M +1
k

M ∞ ∞
Como ∑ a k é uma constante, então
k =1
∑ ak só converge se
k =1
∑a
k = M +1
k também convergir.

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CÁLCULO 1
EXERCÍCIOS - AULA 35

01) Encontre a soma S das Séries Geométricas a seguir:

2 4 8 7
a) 1 + + + +L Resp: S =
7 49 343 5
∞ k +1
9 81
b) ∑  
k =1  10 
Resp: S =
10
5 25 125 625 5
c) − + − + −L Resp: S = −
8 64 512 4096 13

3 k −1 1
d) ∑
k =1 4
k +1
Resp: S =
4
e) 0,9 + 0,09 + 0,009 + 0,0009 + L Resp: S = 1

02) Expresse cada uma das dízimas periódicas abaixo como razão de números inteiros:

10
a) 1,1111L Resp:
9
467
b) 4,717171L Resp:
99
15697
c) 15,712712712 L Resp:
999
244
d) 0,4929292 L Resp:
495

03) Calcule a soma S de cada uma das Séries abaixo:

∞  1  k  1  k  5
a) ∑   +    Resp: S =
 3   4  
k =1  6

∞  1  k −1  1  k +1  23
b) ∑   −  −   Resp: S =
 2 
k =1   3   12

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k −1
∞  1 3 
c) ∑  −   Resp: S = −3
 k (k + 1)  4  
k =1 

k +1
∞   1 k  1  15
d) ∑ 2.  − 3. −   Resp: S =
  3
k =1   5   4


 2 k + 3k 1  31
e) ∑ 
k =1  6 k
− k +1 
7 
Resp: S =
21
k −1
∞  1 1 3  35
f) ∑  k −1
k =1 
− +   
3 k +1  4  
Resp: S =
6
2


 1  k 
04) Mostre que a Série ∑  k (k + 1) − ln k + 1  é Divergente.
k =1  

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CÁLCULO 1 – AULA 36 – SÉRIES:

36.1 – Teste da Integral:

O Teste da Integral se aplica para o estudo da Convergência de Séries de termos não



negativos e se baseia na comparação das somas parciais de uma Série da forma ∑ f (k )
k =1
com

certas áreas sob o gráfico da função f contínua, decrescente e não negativa no intervalo da

forma [1, n + 1] .
Para interpretarmos este Teste, vamos considerar as figuras abaixo, nas quais vamos tomar
uma área e aproxima-la por retângulos elementares:

y y
f (1)
f (2) f (2)
f (3) f (3)
f (4)
f (n − 1) f (n − 1)
f (n ) f (n )
y = f (x )
... y = f (x ) ...
x x
0 n +1 0 n
1 n 1 n −1
2 n −1 2 n−2
3 3
4 4
FIG. 1 FIG. 2

Do estudo de Integrais, vimos do Teorema Fundamental do Cálculo que, se f ( x ) ≥ 0 no

intervalo [a, b] , então a área S sob o gráfico dessa função neste intervalo é S = ∫ f ( x ).dx .
b

Usando este conceito e observando a Figura 1, podemos perceber que:


n +1
∫ f ( x ).dx ≤ f (1) + f (2) + f (3) + L + f (n ) (A)
1

Da mesma forma, podemos observar da Figura 2 que:

f (2 ) + f (3) + f (4 ) + L + f (n ) ≤ ∫ f ( x ).dx
n
(B)
1

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Adicionando f (1) a ambos os termos da expressão (B) obtemos:

f (1) + f (2 ) + f (3) + f (4 ) + L + f (n ) ≤ f (1) + ∫ f ( x ).dx


n

Portanto, se f ( x ) é uma função contínua, decrescente e não negativa no intervalo [1, n + 1] ,


n +1
f ( x ).dx ≤ f (1) + f (2) + f (3) + L + f (n ) ≤ f (1) + ∫ f ( x ).dx .
n
então: ∫ 1 1

Deste resultado, concluímos que:


∞ n
f ( x ).dx é Convergente, então {S n } = ∑ f (k ) ≤ f (1) + ∫ f ( x ).dx também converge,
n
• Se ∫ 1
k =1
1

pois é limitada superiormente.


∞ n +1
• Se ∫ f (x ).dx
1
é Divergente, então ∫ 1
f ( x ).dx cresce sem limites quando n → ∞ . Como

n n +1
{S n } = ∑ f (k ) ≥ ∫ 1 f ( x ).dx , logo {S n } também diverge.
k =1

EXEMPLOS:

Usando o Teste da Integral, verificar a convergência das Séries:



k
01) ∑e
k =1
k

SOLUÇÃO:

n 1
Temos: lim e n
= lim = 0 (pela Regra de L’Hôpital),portanto este teste não é conclusivo.
n→∞ n →∞ en
x
Por outro lado, a função f ( x ) = é decrescente no intervalo (1, ∞ ) (Verifique!), o que significa
ex
que podemos aplicar o Teste da Integral.
∞ x ∞ b
Assim: ∫ 1 e x
dx = ∫ x.e − x dx = lim ∫ x.e − x dx .
1
b →∞
1

Resolvendo esta integral, pelo Método de Integração Por Partes, teremos:


∞ x  (b + 1) 2 2
∫ dx = lim − e − x .( x + 1) 1b = lim − b + = (Convergente).
1 e x
b →∞ b→∞  e e  e

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k
Portanto, a Série ∑e
k =1
k
também é convergente.


1
02) ∑ k. ln k. ln(ln k )
k =2

SOLUÇÃO:

1
Temos: lim n. ln n. ln(ln n) = 0 , portanto este teste não é conclusivo.
n →∞

1
Como a função f ( x ) = é decrescente, podemos empregar o Teste da Integral.
x. ln x. ln (ln x )
1
∞ 1 b 1 b
Assim: ∫ dx = lim ∫ dx = lim ∫ x. ln x dx .
2 x. ln x. ln (ln x ) b →∞
2 x. ln x. ln (ln x ) b→∞
2 ln (ln x )

f ′( x )
Esta integral é imediata, pois ela é da forma ∫ f (x ) dx .
∞ 1
∫ dx = lim ln[ln (ln x )] 2 = ∞ (Divergente).
b
Portanto:
2 x. ln x. ln (ln x ) b→∞


1
Então a Série ∑ k. ln k. ln(ln k )
k =2
também será divergente.

36.2 – Convergência da Série p:


1
Chama-se de Série p à série da forma ∑k
k =1
p
, onde p é uma constante.


1 1 1
No caso particular em que p = 1 a Série torna-se ∑ k = 1 + 2 + 3 + L , que é a chamada Série
k =1

Harmônica.
Podemos verificar, pelo Teste da Integral, que a Série p converge se p > 1 e diverge se p ≤ 1 .
Temos:
∞ dx ∞ dx
• ∫ 1 x p
=∫
1 x
, se p = 1 .

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∞ dx b dx
∫ = lim ∫
b
Neste caso: = lim ln x 1 = lim ln b = ∞ (Divergente).
1 x b→∞
1 x b→∞ b →∞

∞ dx ∞
• ∫ 1 x p
= ∫ x − p dx , se p ≠ 1 .
1

b ∞ , se p < 1
∞ dx b x − p +1  b1− p − 1 
∫ ∫ 1 x dx = lim
−p
Neste caso: = = lim   =  1 , se p > 1 .
1 x p lim
b →∞ b →∞ − p + 1 1 b →∞  1 − p   p −1

EXEMPLOS:


1
01) ∑k
k =1
5
é uma Série p com p > 1 , portanto é Convergente.

∞ ∞
1 1
02) ∑ k
=∑ 1
2
é uma Série p com p < 1 , portanto é Divergente.
k =1 k =1 k

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CÁLCULO 1
EXERCÍCIOS - AULA 36

Use o este da Integral para estudar a convergência das Séries a seguir:


1
01) ∑k
k =1 k
Resp: 3 (Convergente)


1 1 π 1
02) ∑k
k =1
2
+4
Resp:  − arctg  (Convergente)
2 2 2

1
03) ∑1+
k =1 k
Resp: ∞ (Divergente)


arctgk 3π 2
04) ∑ Resp: (Convergente)
k =1 1 + k
2
32

1 9
05) ∑ (2k + 1)(3k + 1)
k =1
Resp: ln  (Convergente)
8

1  3
06) ∑ k (k + 1)(k + 2) Resp: − ln  (Convergente)

k =1  2 
1
07) Mostre que a Seqüência f (n ) = é decrescente para n ∈ [1, ∞ ) . Em seguida, aplique o
e + e −n
n


1
Teste da Integral para verificar a convergência da Série ∑e
k =1
k
+ e −k
.

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CÁLCULO 1 – AULA 37 – SÉRIES:

Testes da Comparação:
∞ ∞
Sejam ∑ ak e
k =1
∑b
k =1
k Séries cujos termos são não negativos.

∞ ∞
Dizemos que a Série ∑ bk domina a Série
k =1
∑a
k =1
k se, para todos os valores inteiros e positivos

de k , tivermos a k ≤ bk .

Se existir um número inteiro e positivo N , tal que a k ≤ bk para todo k ≥ N , dizemos que a
∞ ∞
Série ∑ bk domina eventualmente a Série
k =1
∑a
k =1
k .

37.1 – Comparação Direta:

∞ ∞
Consideremos que a Série ∑ bk domina (ou domina eventualmente) a Série
k =1
∑a
k =1
k . Nestas

condições:
∞ ∞
• Se ∑ bk converge, então
k =1
∑a
k =1
k também converge.

∞ ∞
• Se ∑ a k diverge, então
k =1
∑b
k =1
k também diverge.

Para a aplicação deste teste, devemos escolher uma Série de termos não negativos que seja
conhecida, como a Série Geométrica ou a Série p , das quais já sabemos as condições de
convergência ou divergência.

EXEMPLOS:

Use o Teste da Comparação Direta para verificar a convergência das Séries a seguir:

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1
01) ∑k
k =1
2
+3
SOLUÇÃO:


1
Vamos comparar a Série dada com a Série p ∑k
k =1
2
que é convergente, pois p > 1 .

1 1
Podemos observar que < 2.
k +3 k
2


1
Isto significa que a Série ∑k
k =1
2
domina a Série dada.

Como a Série p é convergente, então a Série dada também é convergente.


1
02) ∑ ln k
k =2

SOLUÇÃO:


1
Vamos comparar esta Série com a Série Harmônica ∑k .
k =2

Observamos que ln k < k para k ≥ 2 .



1 1 1
Isto implica que > para todo k ≥ 2 , o que significa dizer que a Série
ln k k
∑ ln k
k =2
domina a


1
Série Harmônica ∑k.
k =2

Como a Série Harmônica é divergente, então a Série dada também é divergente.

37.2 – Comparação no Limite:

O Teste da Comparação no Limite, tal como o da Comparação Direta, exige que façamos a
comparação da série dada com uma Série da qual já conhecemos a convergência ou divergência.
∞ ∞
Sejam, então, ∑ a k uma Série de termos não negativos e
k =1
∑b
k =1
k uma Série de termos

positivos.

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∞ ∞
Se queremos estudar a convergência da Série ∑a
k =1
k , então escolhemos uma Série ∑b
k =1
k

an
conhecida, calculamos o limite lim b = c , e concluímos:
n →∞ n

• Se c > 0 , ou ambas convergem ou ambas divergem.


∞ ∞
• Se c = 0 e ∑ bk converge, então
k =1
∑a
k =1
k também converge.

∞ ∞
• Se c → ∞ e ∑ bk diverge, então
k =1
∑a
k =1
k também diverge.

EXEMPLOS:

Use o Teste da Comparação no Limite para verificar a convergência das Séries a seguir:


1
01) ∑k
k =1
2
+3
SOLUÇÃO:

 1
a =
1 ∞
 n n 2 + 3
Comparando com a Série p ∑ 2 , que é convergente, temos  .
k =1 k b = 1
 n n 2

an
Tomando o limite lim b = c , temos:
n →∞ n

1
n +3 = 2 n2
lim lim =1 ⇒ c =1
n →∞ n + 3
2
n →∞ 1
n2

1
Como c > 0 e ∑k
k =1
2
é convergente, então a Série dada também é convergente.


2k
02) ∑
k =1 k 3 +1

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SOLUÇÃO:

 2n
∞a n =
1  n3 + 1
Comparando com a Série p ∑ 1 , que é divergente, temos  .
k =1 k 2 b = 1
 n n
an
Calculando o limite lim b = c , temos:
n →∞ n

2n
n3 + 1 n n3 1
lim = lim 2n. 3 = lim 2. 3 = lim 2. 1 − 3 = 2 ⇒ c = 2.
n →∞ 1 n →∞ n + 1 n →∞ n + 1 n →∞ n +1
n
∞ ∞
1 2k
Como c > 0 e ∑ 1
diverge, então ∑ também diverge.
k =1 k 2 k =1 k 3 +1


ln k
03) ∑
k =1 k
3

SOLUÇÃO:

 ln n
∞ an = 3
1  n
a) Comparando com a Série p ∑ 3 , que é convergente, temos  .
k =1 k b = 1
 n n 3

an
Calculando o limite lim b = c , temos:
n →∞ n

ln n
n3 = ln n = ∞ ⇒ c → ∞ (NADA SE PODE CONCLUIR)
lim
n →∞ 1 lim
n →∞

n3
 ln n
 an = 3

1  n .
b) Comparando com a Série Harmônica ∑ , que é divergente, temos 
k =1 k b = 1

n
n
an
Calculando o limite lim b = c , temos:
n →∞ n

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ln n
n3 = ln n 1
lim lim 2
= lim 2 = 0 ⇒ c = 0 (NADA SE PODE CONCLUIR)
n →∞ 1 n →∞ n n →∞ 2 n

n
 ln n
1 ∞ a n = n 3
c) Comparando com a Série p ∑ 2 , que é convergente, temos  .
k =1 k b = 1
 n n 2

an
Calculando o limite lim b = c , temos:
n →∞ n

ln n
n3 = ln n 1
lim lim = lim = 0 ⇒ c = 0 .
n →∞ 1 n →∞ n n →∞ n
2
n
∞ ∞
1 ln k
Como c = 0 e ∑
k =1 k
2
é convergente, então concluímos que ∑
k =1 k
3
também é convergente.

OBSERVAÇÃO:

Tal como aconteceu no item (b) desse exemplo, sempre que pudermos e for necessário,
podemos empregar a Regra de L’Hôpital para resolver o limite.


k!
04) ∑ (2k )!
k =1

SOLUÇÃO:

 n!
 an =
1 ∞

Comparando com a Série Geométrica ∑ k , que é convergente, temos 
(2n )! .
k =1 2 b = 1
 n 2 n

an
Calculando o limite lim b = c , temos:
n →∞ n

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n!
(2n )! = 2 n.n!
.
lim
n →∞ 1 lim
n → ∞ (2n )!

2n
Temos:
 
• 2 n.n!=  2.2.2.2. L .2  . (1.2.3.4. L .n ) = 2.4.6.8. L .2n
 1424 43 4 
 n vezes 
• (2n )!= 1.2.3.4. L.2n
Então:
2 n.n! 2.4.6.8. L .2n 1
lim = lim = lim = 0 ⇒ c = 0.
n → ∞ (2n )! n → ∞ 1.2.3.4. L .2n n →∞ 1.3.5.7. L .(2 n − 1)

∞ ∞
1 k!
Portanto, como ∑
k =1 2
k
é convergente, então a Série ∑ (2k )!
k =1
também é convergente.

OBSERVAÇÃO:

A convergência de Séries envolvendo fatoriais é mais simples de ser estudada pelo Teste da
Razão, que será apresentado nas próximas aulas.

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CÁLCULO 1
EXERCÍCIOS - AULA 37

01) Use o este da Comparação Direta para estudar a convergência das Séries a seguir:


k2
a) ∑k
k =1
4
+ 3k + 1
Resp: Convergente


k
b) ∑k
k =1
3
+ 2k + 7
Resp: Convergente


5
c) ∑ 3 .(k + 1)
k =1
k
Resp: Convergente


5k
d) ∑ 3
Resp: Convergente
k =1 k7 +3

8
e) ∑
k =1
3
k +1
Resp: Divergente


ln k
f) ∑
k =1 k
Resp: Divergente


k
g) ∑k+2
k =1
Resp: Divergente


k +1
h) ∑ 7 .(k + 2)
k =1
k
Resp: Convergente


1 + e −k
i) ∑
k =1 ek
Resp: Convergente

02) Use o Teste da Comparação no imite para estudar a convergência das Séries abaixo:


1
a) ∑ Resp: Divergente
k =1 k2 +5

5k 2
b) ∑ (k + 1)(k + 2)(k + 3)(k + 4)
k =1
Resp: Convergente

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k2
c) ∑
k =1 1 + k
3
Resp: Divergente


1
d) ∑ Resp: Convergente
k =1 k . 2k 3 + 5

1
e) ∑7
k =1
k
− cos k
Resp: Convergente


arctgk
f) ∑
k =1 k2
Resp: Convergente

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CÁLCULO 1 – AULA 38 – SÉRIES:

38.1 – Séries Alternadas:


∑ (− 1)
k +1
Chamamos de Alternadas às Séries da forma .a k .
k =1

EXEMPLOS:


1 1 1 1 n +1 1
∑ (− 1) = 1 − + − + L + (− 1) . + L
k +1
01) .
k =1 k 2 3 4 n
Esta é uma Série Harmônica Alternada.

∞ k −1 n −1
 1 1 1 1  1
02) ∑ (− 1). −  = −1 + − + − L + (− 1). −  +L
k =1  2 2 4 8  2
1
Esta é uma Série Geométrica Alternada, de razão r = − .
2

O fator (− 1)
k +1
que aparece nestes tipos de Séries faz com que os seus termos sejam,
alternadamente, positivos ou negativos.
O teste a seguir se aplica especificamente para estes tipos de Séries.

38.2 – Teste de Leibniz:

Se {a n } é uma Seqüência Decrescente e de termos positivos, e se lim a n = 0 , então a Série


n →∞


Alternada ∑ (− 1)
k =1
k +1
.a k = a1 − a 2 + a3 − a 4 + L + (− 1) .a n + L é Convergente.
n +1

Se a Seqüência {a n } não for decrescente , o Teste de Leibniz falha. Nesses casos, faremos

uso dos Testes da Razão ou da Raiz, que serão vistos na próxima aula.

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EXEMPLOS:

Use o Teste de Leibniz para verificar a convergência das Séries a seguir:


1
01) ∑ (− 1)
k =1
k +1
.
k
(Série Harmônica Alternada)

SOLUÇÃO:

1
Neste caso, temos a n = .
n
 1 1 1 
Assim, temos a Seqüência {a n } = 1, , , , L que é Decrescente e de termos positivos.
 2 3 4 
1
Portanto, temos lim a n = lim = 0 , o que caracteriza, pelo Teste de Leibniz, que a Série
n→∞ n→∞ n
Harmônica Alternada é Convergente.


k +3
02) ∑ (− 1)
k =1
k +1
.
k (k + 2)
SOLUÇÃO:

n+3
Neste caso, temos a n = , significando que a Seqüência {a n } é de termos positivos.
n(n + 2)
Resta saber se ela é decrescente.
x+3 x+3
Para isto, vamos considerar a função f ( x ) = = 2 .
x( x + 2 ) x + 2 x
Calculando a derivada desta função, temos:
x 2 + 2 x − ( x + 3)(
. 2 x + 2)
f ′( x ) = .
(x 2
+ 2x )
2

x 2 + 2x − 2x 2 − 2x − 6x − 6
f ′( x ) = .
(x 2
+ 2x )
2

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x + 6x + 6
2
f ′( x ) = − .
(x 2
+ 2x )
2

Podemos observar que f ′( x ) < 0 para todo valor real e positivo de x , o que significa que esta
função é decrescente neste intervalo.
Assim, a Seqüência {a n } também é decrescente.

Pelo Teste de Leibniz:


n+3 n 1
lim a = lim = lim 2 = lim = 0 .
n(n + 2 ) n→∞ n
n
n →∞ n →∞ n →∞ n

Logo, a Série dada é Convergente.

∞ k −1
 1
03) ∑ (− 1). − 
k =1  2
SOLUÇÃO:

∞ k −1 ∞ k −1 ∞ k −1
 1 k −1  1  k 1
Vamos fazer: ∑ (− 1). − 
k =1  2
= ∑ (− 1)(
k =1
. − 1) . 
2
= ∑ (− 1) . 
k =1 2
.

n −1
1
Neste caso, temos a n =   e a Seqüência {a n } é de termos positivos.
2
x −1
1
Para verificar se ela é decrescente, vamos tomar a função f ( x ) =   .
2
x −1 x −1
1 1 1
Calculando a derivada desta função, teremos f ′( x ) =   . ln  = −  . ln 2 .
2 2 2
Percebemos que a derivada é negativa para todo valor real de x , o que caracteriza que esta
função é decrescente.
Assim, a Seqüência {a n } é decrescente.

Pelo Teste de Leibniz:


n −1
1
lim a n = lim   = 0.
n→∞ n→∞  2 

Portanto, a Série dada é Convergente.

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CÁLCULO 1
EXERCÍCIOS - AULA 38

Use o Teste de Leibniz para estudar a convergência das Séries Alternadas a seguir:


(− 1)k +1
01) ∑
k =1 (2k )!
Resp: Convergente


k
02) ∑ (− 1)
k =1
k +1
3
k +2
Resp: Convergente


cos kπ
03) ∑−
k =1 k3
Resp: Convergente


(− 1)k .k
04) ∑ Resp: Convergente
k =1 k5 + 7

(− 1)k +1
05) ∑k
k =1
2
− 10k + 26
Resp: Convergente


06) ∑ ln k. cos kπ
k =1
Resp: Divergente


k +1
∑ (− 1)
k +1
07) Resp: Divergente
k =1 k +7

k
∑ (− 1)
k +1
08) Resp: Divergente
k =1 ln k

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CÁLCULO 1 – AULA 39 – SÉRIES:

39.1 – Teste da Razão:

O Teste da Razão é um dos mais simples e eficientes testes de convergência para Séries
infinitas, embora exista uma situação em que ele falha, conforme veremos a seguir.

Seja, então, ∑a
k =1
k uma Série de termos não nulos.

a n +1
Para a aplicação deste teste, calculamos o limite lim e concluímos:
n →∞ an

a n +1
• Se lim n →∞ an
< 1 , então a Série ∑a
k =1
k é Convergente.


a n +1 a n +1
• Se lim n→∞ an
> 1 ou se lim
n→∞ an
= ∞ , então a Série ∑a
k =1
k é Divergente.

a n +1
• Se lim = 1 , então o teste é não conclusivo.
n→∞ an

a n +1
Para ilustrar o fato de que o teste é não conclusivo quando lim = 1 , vamos tomar como
n →∞ an
∞ ∞
1 1
exemplo as Séries p ∑
k =1 k
2
(convergente) e ∑k
k =1
(divergente).

Temos:
1


a n +1
= lim
(n + 1)2 = n2
=1
lim
n →∞ an n →∞ 1 lim
n → ∞ (n + 1)
2

n2

1
a n +1 n
• lim = lim n + 1 = lim =1
n →∞ an n →∞ 1 n ←∞ n + 1

n
No caso em que o Teste da Razão falhar, devemos estudar a convergência da Série aplicando
outro teste conveniente.

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EXEMPLOS:

Usando o Teste da Razão, verifique a convergência das Séries a seguir:


k +3
01) ∑
k =1 k!

SOLUÇÃO:

Pelo Teste da Razão:


n+4
a n +1 (n + 1)! = n!.(n + 4) n+4
lim = lim lim = lim 2 = 0 < 1.
n→∞ an n →∞ n+3 n→ ∞ (n + 3)(
. n + 1).n! n→∞ n + 4n + 3
n!

Portanto, a Série é Convergente.


k!
02) ∑ (2k )!
k =1

SOLUÇÃO:

Pelo Teste da Razão:


(n + 1)!
a n +1
= lim
(2n + 2)! = lim
(2n )!.(n + 1).n! = lim 2
n +1
= 0 < 1.
lim
n→∞ an n →∞ n! n →∞ (2n + 2)(. 2n + 1)(. 2n )!.n! n→∞ 4n + 6n + 2
(2n )!
Portanto, a Série é Convergente.


1.3.5. L .(2k − 1)
03) ∑
k =1 k!
SOLUÇÃO:

Pelo Teste da Razão:

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1.3.5. L .(2n − 1)(


. 2n + 1)
a n+1 (n + 1)! 1.3.5. L .(2n − 1)(
. 2n + 1).n!
lim = lim = lim .
n→∞ an n→∞ 1.3.5. L .(2n − 1) n → ∞ 1.3.5. L .(2n − 1)(. n + 1).n!
n!

a n +1 2n + 1
lim = lim = 2 > 1.
n→∞ an n →∞ n + 1

Portanto, esta Série é Divergente.


(4k )!
04) ∑ (− 1) . (k!)
k =1
k
2

SOLUÇÃO:

Pelo Teste da Razão:

(− 1)n+1 .(4n + 4)!


a n+1
= lim
[(n + 1)!]2 .
lim
n →∞ an n →∞ (− 1)n .(4n )!
(n!)2
a n +1
= lim
(− 1) .(− 1)(
n
. 4n + 4 )(
. 4n + 3)( . 4n + 2)(. 4n + 1)(
. 4n )!.(n!)
2
.
lim
n→∞ an n →∞ (− 1)n .(4n )!.(n + 1)2 .(n!)2

Fazendo as devidas simplificações, obtemos:

a n +1
= lim
(4n + 4)(. 4n + 3)(. 4n + 2)(. 4n + 1) = ∞ .
lim
n→∞ an n →∞ (n + 1)2

Portanto, a Série dada é Divergente.

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39.2 – Teste da Raiz:


Consideremos uma Série da forma ∑a
k =1
k .

O Teste da Raiz consiste em calcular o limite lim n a n e concluir:


n →∞

• Se lim n a n < 1 , então a Série é Convergente.


n →∞

• Se lim n a n > 1 ou se lim n a n = ∞ , então a Série é Divergente.


n →∞ n →∞

• Se lim n a n = 1 , então o teste é não conclusivo.


n →∞

EXEMPLO:


(− 1)k .
Usando o Teste da Raiz, verifique a convergência da Série ∑
k =1 [ln (k + 1)]
k

SOLUÇÃO:

Pelo Teste da Raiz:

1 1
lim n a n = lim n = lim = 0.
n→∞ n→∞ [ln(n + 1]n
n →∞ ln (n + 1)

Como lim n a n < 1 , então a Série dada é Convergente.


n→∞

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CÁLCULO 1
EXERCÍCIOS - AULA 39

01) Use o Teste da Razão para verificar a convergência das Séries a seguir:


(− 1)k +1 .5 k 5
a) ∑k =1 k .4 k
Resp:
4
(Divergente)


(− 1)k +1 .(k 3 + 1)
b) ∑k =1 k!
Resp: 0 (Convergente)


(− 1)k .(2k − 1)!
c) ∑
k =1 ek
Resp: ∞ (Divergente)


(− 1)k +1 .k 4
d) ∑
k =1 (1,02)k
Resp: 0,98 (Convergente)


(− 1)k .(1 + e k ) e
e) ∑k =1 2 k
Resp:
2
(Divergente)


2.4.6.8. L .(2k ) 2
f) ∑ 1.4.7.10. L .(3k − 2)
k =1
Resp:
3
(Convergente)


(k!)2 1
g) ∑
k =1 (2k )!
Resp:
4
(Convergente)

02) Use o Teste da Raiz para verificar a convergência das Séries abaixo:

∞ k
k +1  k  1
a) ∑ (− 1) .
k =1

 3k + 1 
Resp:
3
(Convergente)


(− 1)k .k k
b) ∑
k = 2 (ln k )
k
Resp: ∞ (Divergente)


kk 1
c) ∑ k
Resp:
2
(Convergente)
k =1  1
 2k + 
 k

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CÁLCULO 1 – AULA 40 – SÉRIES:

Séries de Potências:

Chamamos de Séries de Potências a toda Série da forma:


∑ C .(x − a )
k =0
k
k
= C 0 + C1 .( x − a ) + C 2 .( x − a ) + C 3 .( x − a ) + L .
2 3

Nesta Série, o número Real a é chamado de Centro da Série e C 0 , C1 , C 2 ,L são chamados de

Coeficientes.

No caso particular em que a = 0 , teremos ∑C
k =0
k .x k = C 0 + C1 x + C 2 x 2 + C 3 x 3 + L, isto é, um

polinômio generalizado na variável x .


Numa Série de Potências, vemos x como uma variável que pode assumir qualquer valor Real.
Entretanto, a Série pode ser convergente para certos valores assumidos pela variável x e
divergente para outros.
Daí a importância de se conhecer, numa Série de Potências, o seu Intervalo de Convergência,
que vamos denotar por I .
Naturalmente que, para x = a , a Série é convergente e converge para C 0 .

O Intervalo de Convergência I de uma Série de Potências assume sempre uma das três
formas seguintes:
• I = (a − R, a + R ) , isto é, um intervalo limitado pelos números reais (a − R ) e (a + R ) , em
que o número real R é chamado de Raio de Convergência da Série.
• I = (− ∞, ∞ ) , isto é, a Série de Potências é convergente para qualquer valor real
assumido pela variável x .
• I = {a} , isto é, a Série só é convergente no seu centro.

Para a determinação do Intervalo de Convergência de uma Série de Potências, utilizamos o


a n +1
Teste da Razão, impondo a condição: lim < 1 que, conforme vimos na aula anterior, é a
n →∞ an

condição suficiente e necessária para que a Série seja convergente.

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Desta condição, obtém-se uma inequação na variável x que, resolvida, dará o Intervalo de
Convergência da Série.

Observação:

No caso em que a Série de Potências é convergente num intervalo limitado I = (a − R, a + R ) o


Teste da Razão não é suficiente para indicar a convergência da Série nos extremos do intervalo.
Para a verificação da convergência nos extremos, devemos substituir esses valores na Série
de Potências, obtendo uma Série numérica e estudar a convergência dessa Série por qualquer um
dos testes estudados e que se aplique a ela.

EXEMPLOS:

Determinar o Intervalo de Convergência das Séries de Potências a seguir:


k
01) ∑ (− 1) . 3
k =0
k
k
.x k

SOLUÇÃO:

a n +1
Vamos calcular o limite lim .
n →∞ an

a n +1
(− 1)n+1 . n n++11 .x n+1 (− 1)n .(− 1)(. n + 1).x n .x.3n
= lim 3 = lim .
lim (− 1)n .n.x n .3 n.3
n →∞ an n →∞
(− 1) . nn .x n
n n →∞

3
Fazendo as devidas simplificações, obtemos:
a n +1
= lim
(− 1)(. n + 1).x = x . n +1 1 x
= x. = .
lim
n →∞ an n →∞ 3n lim
n →∞ 3n 3 3

a n +1 x
Impondo a condição: lim < 1 , temos: < 1 ⇒ x < 3 ⇒ − 3 < x < 3.
n →∞ an 3

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Portanto, a Série converge para valores de x no intervalo − 3 < x < 3 e diverge para x > 3 .

Como o Intervalo de Convergência é limitado da forma I = (a − R, a + R ) , precisamos verificar a


convergência desta Série nos extremos desse intervalo.
Assim:
∞ ∞ ∞
k
• Para x = −3 , temos a Série ∑ (− 1)k . 3 k .(− 3)k = ∑ (− 1)2 k .k = ∑ k ,
k =0 k =0 k =0
que é a Série

Aritmética (Divergente)
∞ ∞
k k
• ∑ (− 1) . 3 k .3 k = ∑ (− 1) .k = 0 − 1 + 2 − 3 + 4 − 5 + L ,
k
Para x = 3 , temos a Série que
k =0 k =0

também é Divergente.

Portanto, o Intervalo de Convergência desta Série é: I = (− 3,3)


( x − 5 )2 k
02) ∑
k =0 k!
SOLUÇÃO:

Temos: a n =
( x − 5 )2 n e a n +1 =
( x − 5 )2 n + 2 .
n! (n + 1)!
a n +1
Aplicando então o Teste da Razão, devemos ter lim < 1.
n →∞ an

( x − 5 )2 n + 2
a n +1
= lim
(n + 1)! = lim
(x − 5)2n .(x − 5)2 .n! < 1 .
lim
n →∞ an n →∞ ( x − 5 )2 n n →∞ (x − 5)2 n .(n + 1).n!
n!
Simplificando, encontramos:
1
(x − 5)2 . lim <1 ⇒ ( x − 5 )2 . 0 < 1 .
n →∞ n +1

Portanto, a Série é convergente para qualquer real x , ou seja: I = (− ∞, ∞ )

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∑ (k!)(. x + 2)
k
03)
k =0

SOLUÇÃO:

Temos: a n = (n!)(
. x + 2 ) e a n +1 = (n + 1)!.( x + 2)
n n +1
.

a n +1
Aplicando então o Teste da Razão, devemos ter lim < 1.
n→∞ an

a n +1
= lim
(n + 1)!.(x + 2)n+1 = (n + 1).n!.(x + 2)n .(x + 2) .
lim
n→∞ an n→∞ (n!)(. x + 2)n lim
n →∞ n!.( x + 2 )
n

Efetuando as simplificações, devemos ter:


x + 2 . lim (n + 1) < 1 ⇒ x + 2 .∞ < 1 .
n →∞

Isto significa que a Série é divergente para qualquer valor de x exceto, é claro, o centro da
Série, que é x = −2 .

Assim: I = {− 2}


1
04) ∑ k .x
k =1
k

SOLUÇÃO:

1 n 1
Temos: a n = .x e a n +1 = .x n +1 .
n n +1
a n +1
Aplicando então o Teste da Razão, devemos ter lim < 1.
n→∞ an

1
.x n +1
a n +1 n + 1 n.x n .x
lim = lim = lim < 1.
n → ∞ (n + 1). x
n
n→∞ an n →∞ 1 n
.x
n
Fazendo as simplificações, obtemos:
n
x . lim < 1 ⇒ x .1 < 1 ⇒ x < 1 ⇒ − 1 < x < 1 .
n→∞ n +1

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Devemos verificar, agora, os extremos do intervalo.


Assim:

1
• Para x = −1 , temos a Série ∑− k ,
k =1
que é a Série Harmônica Alternada, portanto

convergente.

1
• Para x = 1 , temos a Série ∑ k , que é a Série Harmônica, portanto divergente.
k =1

Assim, o Intervalo de Convergência da Série dada é: I = [− 1,1)


(x + 1)k
05) ∑
k =0 k!
SOLUÇÃO:

Temos: a n =
(x + 1)n e a n +1 =
(x + 1)n+1 .
n! (n + 1)!
a n +1
Aplicando então o Teste da Razão, devemos ter lim < 1.
n →∞ an

(x + 1)n+1
a n +1
= lim
(n + 1)! = lim
(x + 1)n .(x + 1).n! < 1 .
lim
n →∞ an n →∞ (x + 1)n n →∞ (x + 1)n .(n + 1).n!
n!

Simplificando, devemos ter:


1
x + 1. lim < 1 ⇒ x + 1.0 < 1 .
n →∞ n +1

Portanto, o Intervalo de Convergência será: I = (− ∞, ∞ )


06) ∑ k!.(x − 1)
k =0
k

SOLUÇÃO:

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Temos: a n = n!.( x − 1) e a n +1 = (n + 1)!.( x − 1)


n n +1
.

a n +1
Aplicando o Teste da Razão, devemos ter lim < 1.
n →∞ an

a n +1
= lim
(n + 1)!.(x − 1) n +1
= lim
(n + 1).n!.( x − 1) .( x − 1)
n
< 1.
lim
n →∞ an n →∞ n!.( x − 1)
n
n →∞ n!.( x − 1)
n

Simplificando:
x − 1. lim (n + 1) < 1 ⇒ x − 1.∞ < 1 .
n →∞

Portanto, a convergência só ocorre no centro, ou seja: I = {1}


( x + 3 )k
07) ∑
k =0 k +1
SOLUÇÃO:

Temos: a n =
( x + 3)
n
e a n +1 =
( x + 3)
n +1
.
n +1 n+2
a n +1
Aplicando o Teste da Razão, devemos ter lim < 1.
n →∞ an

(x + 3)n+1
a n +1
= lim n+2 = lim
(x + 3)n .(x + 3)(. n + 1) < 1 .
lim
n→∞ an n→∞ ( x + 3 )n n→∞ (x + 3)n .(n + 2)
n +1
Simplificando, temos:
n +1  x + 3 < 1 ⇒ x < −2
x + 3 . lim <1 ⇒ x +3 <1 ⇒  ⇒ − 4 < x < −2 .
n →∞ n+2 − x − 3 < 1 ⇒ x > −4
Devemos então estudar a convergência da Série nos extremos desse intervalo.
Assim:

(− 1)k
• Para x = −4 , temos ∑ k + 1 , que é a Série Harmônica Alternada (convergente).
k =0


1
• Para x = −2 , temos ∑ k + 1 , que é a Série Harmônica (divergente).
k =0

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Portanto: I = [− 4,−2 )

3 k .( x − 4)
∞ k
08) ∑
k =1 k2
SOLUÇÃO:

3 n.( x − 4) 3 n +1.( x − 4 )
n n +1
Temos: a n = e a n +1 = .
n2 (n + 1)2
a n +1
Aplicando o Teste da Razão, devemos ter lim < 1.
n→∞ an

3 n +1.( x − 4 )
n +1

(n + 1)2 3 n.3.( x − 4 ) .( x − 4 ).n 2


n
a n +1
lim = lim = lim < 1.
3 n.( x − 4 ) 3 n.( x − 4) .(n + 1)
n n 2
n→∞ an n →∞ n →∞

n2

Efetuando as simplificações, teremos:


 1 13
 x−4< ⇒ x<

2
3n 1 3 3
x − 4 . lim 2 < 1 ⇒ x − 4 .3 < 1 ⇒ x − 4 < ⇒ .
n → ∞ n + 2n + 1 3 − x + 4 < 1 ⇒ x > 11
 3 3
11 13
Temos, então: <x< .
3 3
Devemos estudar os extremos.

11 1
• Para x =
3
, temos ∑ (− 1) . k
k =1
k
2
,que é uma Série Alternada e convergente, de acordo

com o Teste de Leibniz.



13 1
• Para x =
3
, temos ∑k
k =1
2
, que é uma Série p convergente, pois p > 1 .

Portanto, o Intervalo de Convergência desta Série é: 11 13 


I= , 
3 3

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CÁLCULO 1
EXERCÍCIOS - AULA 40

Determinar o Intervalo de Convergência das Séries a seguir:


 1 1
01) ∑ 7 .x
k =0
k k
Resp: I =  − , 
 7 7

x k +1
02) ∑ Resp: I = [− 1,1)
k =0 k +1

xk
03) ∑ Resp: I = (− ∞, ∞ )
k =0 k !


(− 1)k .(x − 1)k Resp: I = (0,2]
04) ∑
k =0 k +1

(− 1)k +1 .x 2 k −1 Resp: I = (− ∞, ∞ )
05) ∑
k =0 (2k − 1)!

(− 1)k +1 .k.(x + 3)k −1 Resp: I = (− 10,4)
06) ∑
k =0 7 k −1

(x + 2)k −1 Resp: I = [− 3,−1]
07) ∑
k =1 k2

(x + 1)k Resp: I = [− 2,0]
08) ∑ k.
k =0 k +1

(− 1)k .2 k .x k  1 1
09) ∑
k =0 (k + 1)3
Resp: I = − , 
 2 2

k .x k
10) ∑ Resp: I = (− ∞, ∞ )
k = 0 1.3.5. L .(2k + 1)

∞  (− 1)k   x  2 k
11) ∑  .  Resp: I = [− 2,2]
k = 0  2k + 1   2 


(x + 1)5k [ )
12) ∑
k = 0 (k + 1).5
k
Resp: I = − 5 5 − 1, 5 5 − 1

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∞ k
1 x 
13) ∑ . − 1 Resp: I = [0,8)
k =1 k  4 
∞ k
1  x 2
14) ∑ . +  Resp: I = [− 5,1)
k =1 3k − 1  3 3

 1 
∑ (5 + 5 −k ).( x + 1)
3k − 2 1
15) k
Resp: I =  − 1 − 3 ,−1 + 3 
k =0  5 5

16) ∑ arctgk.(x − 1)
k =0
k
Resp: I = (0,2 )

3 k .( x − 4 )  3
∞ 2k
3
17) ∑ k2
Resp: I = 4 −
3
,4 + 
3 
k =1 

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CÁLCULO 1 – AULA 41 – SÉRIES:

Continuidade, Derivação e Integração de Séries de Potências:


Como uma Série de Potências é uma função generalizada da forma f ( x ) = ∑ C k .( x − a ) , é
k

k =0

natural esperarmos que ela possa ser derivada ou integrada.



Realmente, se ∑ C .(x − a )
k =0
k
k
é uma Série que converge para f (x ) no intervalo

I = (a − R, a + R ) ou x − a < R , então podemos enunciar as seguintes propriedades:

• P1: a função f ( x ) é Contínua em (a − R, a + R ) .

• P2: Para x − a < R , temos:


k −1
d ∞ k

f ′( x ) = ∑ C .( x − a ) = ∑ k .C k .( x − a )
dx  k =0 
k
 k =1
• P3: Para x − a < R , temos:

∞ k 

C
f ( x ).dx = ∫ ∑ C k .( x − a ) .dx = ∑ k .( x − a ) + C (C ∈ ℜ)
k +1
∫  k =0  k =0 k + 1

• P4: Para b − a < R , temos:

b ∞ k

C
f ( x ).dx = ∫ ∑ C k .( x − a ) .dx = ∑ k .(b − a )
b k +1
∫ a a
 k =0  k =0 k + 1

EXEMPLOS:

01) Encontre f ′( x ) , sabendo que f ( x ) = 1 + 2 x + 3 x 2 + 4 x 3 + L .

SOLUÇÃO:


Podemos dizer que f ( x ) = ∑ (k + 1).x k
k =0

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d ∞
(k + 1).x k  ⇒

Portanto: f ′( x ) =  ∑ f ′( x ) = ∑ k .(k + 1).x k −1
dx  k =0  k =1

a n +1
Para verificar o intervalo de convergência desta Série, vamos calcular o limite lim .
n →∞ an

Temos: a n = n.(n + 1).x n −1 e a n +1 = (n + 1)(


. n + 2 ).x n .

a n +1
Devemos impor a condição: lim < 1.
n →∞ an

Assim:
a n+1
= lim
(n + 1)(
. n + 2 ).x n
= x . lim
n+2
= x .1 < 1 ⇒ − 1 < x < 1 .
lim
n →∞ an n →∞ n.(n + 1).x n −1
n →∞ n

Portanto, o intervalo de convergência desta Série é: I = (− 1,1)


02) Encontre ∫ f ( x ).dx , se f ( x ) = ∑ (k + 1).x k para x < 1 .
k =0

SOLUÇÃO:

∞  ∞
k + 1 k +1
Temos: ∫ f ( x ).dx = ∫ ∑ (k + 1).x k .dx = ∑ .x + C .
 k =0  k =0 k + 1


Portanto:
∫ f ( x ).dx = ∑ x k +1 + C
k =0


xk x2 x3
03) Encontre f ′( x ) e f ′′( x ) na função f ( x ) = ∑ (− 1) . =1− x + − + L = e −x .
k

k =0 k! 2! 3!

SOLUÇÃO:

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d ∞ k x 
k ∞
x k −1 ∞
x k −1
Temos: f ′( x ) = ∑ (− )  ∑
= (− ) = ∑ (− )
k k
1 . 1 .k . 1 .k . .
dx  k =0 k!  k =1 k! k =1 k .(k − 1)!

Simplificando, temos:

x k −1
f ′( x ) = ∑ (− 1) .
k
.
k =1 (k − 1)!
Porém, podemos fazer: (− 1) = (− 1)(
. − 1)
k k −1
.


xn
Chamando k −1 = n , teremos finalmente: f ′( x ) = −∑ (− 1) . = −e − x
n

n=0 n!

n −1 n −1
[ f ′(x )] = d − ∑ (− 1)n . x  = −∑ (− 1)n .n. x = −∑ (− 1)(. − 1)n−1 .n. x
∞ n ∞ ∞
d
f ′′( x ) = .
dx dx  n =1 n!  n =1 n! n =1 n.(n − 1)!


xk
f ′′( x ) = ∑ (− 1) . = e −x
k
Fazendo, agora, n − 1 = k , teremos:
k =0 k!


t 2k
04) Sendo f (t ) = ∑ (− 1) . ∫ f (t ).dt
k x
, escrever uma Série de Potências para e determinar o
k =0 (2k )! 0

seu intervalo de convergência.

SOLUÇÃO:

x
∞ t 2k  ∞
t 2 k +1
f (t ).dt = ∫ ∑ (− 1) . .dt = ∑ (− 1) .
x x

k k
Temos: .
0 0
 k =0 (2k )! k =0 (2k + 1)(. 2k )! 0


x 2 k +1
f (t ).dt = ∑ (− 1) .
x
Substituindo os imites de integração, resulta:

k
0
k =0 (2k + 1)!

a n +1
Para determinar o intervalo de convergência desta série, fazemos lim < 1.
n→∞ an

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x 2 n +1 x 2n+3
No nosso caso: a n = (− 1) . e a n +1 = (− 1) .
n n +1
.
(2n + 1)! (2n + 3)!
x 2 n +3
(− 1)n+1 .
a n +1
= lim
(2n + 3)! = (− 1)n .(− 1).x 2 n .x 3 .(2n + 1)! < 1.
lim an x 2 n +1 lim
n → ∞ (− 1) .x .x.(2n + 3)(
n 2n
. 2n + 2)( . 2n + 1)!
n →∞ n →∞
(− 1) .
n

(2n + 1)!
1
Simplificando, teremos: x 2 . lim < 1 ⇒ x 2 .0 < 1 .
n →∞ (2n + 3)(. 2n + 2)

Este resultado caracteriza que: I = (− ∞, ∞ )


1
05) Usando a fórmula ∑x
k =0
k
=
1− x
(com x < 1 ) da Série Geométrica, obtenha uma Série infinita

que represente a função f ( x ) = arctgx e dê o seu intervalo de convergência.

SOLUÇÃO:


x dt 1
Sabemos que arctgx = ∫
01+ t2
e que ∑x
k =0
k
=
1− x
.

∞ ∞
Fazendo na Série x = −t 2 , teremos:
1
= ∑
1 + t 2 k =0
(− t )
2 k
= ∑ (− 1)k .t 2 k .
k =0

Integrando membro a membro no intervalo [0, x] , teremos:


2 k +1 x
1 x ∞ k 2k 

k t
( ) ( )
x
∫01+ t2 dt = ∫ 0 ∑
k =0
− 1 .t 

.dt = ∑
k =0
− 1 .
2k + 1 0
.

Portanto, concluímos que: ∞


x 2 k +1
arctgx = ∑ (− 1) .
k

k =0 2k + 1

Para determinar o intervalo de convergência da Série obtida, basta verificarmos a condição


a n +1
lim < 1.
n →∞ an
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x 2 n +1 n +1 x
2n +3
No nosso caso, temos: a n = (− 1) . e a n +1 = (− 1) .
n
.
2n + 1 2n + 3
x 2n+3
a n +1
(− 1) .
n +1
(− 1)n .(− 1).x 2n .x 3 .(2n + 1) < 1 .
= lim 2n + 3 =
lim an 2 n +1 lim (− 1)n x 2 n .x.(2n + 3)
n →∞ n →∞
(− 1)n . x n →∞

2n + 1
Simplificando, obtemos:
2n + 1
x 2 . lim < 1 ⇒ x 2 < 1 ⇒ x 2 − 1 < 0 ⇒ − 1 < x < 1.
n→∞ 2n + 3
Como o intervalo de convergência obtido é aberto, devemos verificar a convergência nos
extremos desse intervalo.
Assim:

(− 1)3k +1 , que é uma Série Alternada e convergente (pelo Teste
• Para x = −1 , teremos ∑
k =0 2k + 1
de Leibniz).

(− 1)k
• Para x = 1 , teremos ∑ 2k + 1 , que também é uma Série Alternada e convergente (pelo
k =0

Teste de Leibniz).

Portanto, o intervalo de convergência é: I = [− 1,1]

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CÁLCULO 1
EXERCÍCIOS - AULA 41


1
01) Use a fórmula ∑x
k =0
k
=
1− x
(com x < 1 ) da Série Geométrica para obter uma série infinita

que represente cada uma das funções abaixo e verifique o Intervalo de Convergência das Séries
obtidas:


1
a) f ( x ) = Resp: ∑x 4k
e I = (− 1,1)
1− x4 k =0


x
b) f ( x ) = Resp: ∑x 4 k +1
e I = (− 1,1)
1− x4 k =0


1  1 1
c) f ( x ) = ∑ (4 x ) e I = − , 
k
Resp:
1 − 4x k =0  4 4

x
d) f ( x ) = Resp: ∑x 2 k +1
e I = (− 1,1)
1− x2 k =0

t ∞
x 2k +2
e) f ( x ) = ∫ e I = (− 1,1)
x

01− t2
dt Resp: ∑
k =0 2k + 2

f) f ( x ) =
1 ∞
(− 1)k .x k e I = (− 2,2 )
2+ x
Resp: ∑k =0 2 k +1

x k  (− 1) 1 
∞ k
1
g) f ( x ) = Resp: ∑ . k +1 − k +1  e I = (− 2,2 )
6 − x − x2 k =0 5  3 2 

arctg (2t ) ∞
(− 1)k .2 2 k +1.x 2 k +1  1 1
h) f ( x ) = ∫
x

0 t
.dt Resp: ∑
k =0 (2k + 1)2
e I = − , 
 2 2

02) Dada a representação em Séries de Potências para f ( x ) , escreva uma Série de Potências
para f ′( x ) e encontre o seu intervalo de convergência.


a) f ( x ) = ∑ k 2 .x k Resp: I = (− 1,1)
k =0


b) f ( x ) = ∑ (− 1) .k 2 .( x − 2) Resp: I = (1,3)
k +1 k

k =0

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xk
c) f ( x ) = ∑ Resp: I = (− ∞, ∞ )
k =0 k!

d) f ( x ) = ∑
(− 1)k +1 .x 2k +1 Resp: I = (− ∞, ∞ )
k =0 (2k + 1)!
(x − 1)k
3

e) f ( x ) = ∑ Resp: I = (− 1,1]
k =0 k3

∫ f (t ).dt
x
03) Escreva uma Série de Potências para e encontre o seu intervalo de convergência.
0


a) f (t ) = ∑
(− 1)k .t 2k Resp: I = (− ∞, ∞ )
k =0 (2k )!

tk
b) f (t ) = ∑ k +1
Resp: I = [− 2,2 )
k =0 2 !

t 2 k +1
c) f (t ) = ∑ Resp: I = (− ∞, ∞ )
k = 0 (2k + 1)!


tk
d) f (t ) = ∑ 3
Resp: I = [− 1,1]
k =0 k

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CÁLCULO 1 – AULA 42 – SÉRIES DE TAYLOR E MACLAURIN:

42.1 - Introdução:

∑ C .(x − a )
k
Vimos que uma Série de Potências da forma k , com raio de convergência R ≠ 0 ,
k =0


define a função f ( x ) = ∑ C k .( x − a ) , isto é, partimos de uma Série e obtivemos uma função.
k

k =0

Vamos tentar o caminho inverso, ou seja, dada uma função f ( x ) , queremos encontrar uma
Série de Potências que convirja para esta função.
Neste caso, dizemos que vamos expandir a função f ( x ) em Séries de Potências.
Embora não possamos afirmar que toda função possa ser expandida em Séries de Potências,
pelo menos podemos verificar que a maioria das funções elementares, e que são úteis no cálculo,
podem ser representadas por séries convergentes num certo intervalo.
Dentre essas séries, destacamos as Séries de Taylor e de MacLaurin.

42.2 – Série de Taylor:

Vamos admitir que a função f seja continuamente derivável num intervalo aberto I e seja

a ∈ I , de modo que f ( x ) = ∑ C k .( x − a ) = C 0 + C1 .( x − a ) + C 2 .( x − a ) + C3 .( x − a ) + L .
k 2 3

k =0

Para x = a , temos:
• f (a ) = 0!.C 0

• f ′( x ) = C1 + 2C 2 .( x − a ) + 3C3 .( x − a ) + 4C 4 .( x − a ) + L ⇒ f ′(a ) = 1!. C1


2 3

• f ′′( x ) = 2C 2 + 6C3 .( x − a ) + 12C 4 .( x − a ) + L ⇒ f ′′(a ) = 2!. C 2


2

• f ′′′( x ) = 6C3 + 24C 4 .( x − a ) + L ⇒ f ′′′(a ) = 3!. C3

M
Podemos, então, generalizar a derivada de ordem k no ponto x = a por:
f ( k ) (a )
f (k ) (a ) = k!. C k ⇒ Ck = .
k!

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Substituindo na função, teremos a chamada Série de Taylor com centro no ponto x = a :


f (k ) (a )
f (x ) = ∑ .(x − a )
k

k =0 k!

42.3 – Série de MacLaurin:

A Série de MacLaurin nada mais é do que a Série de Taylor com centro a = 0 . Assim, a Série
de MacLaurin da função f ( x ) tem a forma:


f (k ) (0 ) k
f (x ) = ∑ .x
k =0 k!

Observação:

Teoricamente, podemos dizer que uma função sempre poderá ser expandida em Série de
Taylor ou de MacLaurin.
A única condição para que isto possa ser feito é que a função seja continuamente derivável.
Entretanto, nem sempre a Série obtida vai convergir para a função.
Daí ser importante, sempre que necessário, estudar o intervalo de convergência da série
obtida pela expansão.

EXEMPLOS:

π
01) Encontre a Série de Taylor para a função f ( x ) = senx com centro a = .
4

SOLUÇÃO:

Temos:

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π  2
• f ( x ) = senx ⇒ f   =
4 2

π  2
• f ′( x ) = cos x ⇒ f ′  =
4 2

π  2
• f ′′( x ) = − senx ⇒ f ′′  = −
4 2

π  2
• f ′′′( x ) = − cos x ⇒ f ′′′  = −
4 2

π  2
• f (4 ) ( x ) = senx ⇒ f (4 )   =
4 2
M
Assim, os coeficientes da Série de Taylor para esta função podem ser escritos na forma:
π 
f (k )   ± 2
Ck = 4 = 2 =± 2
k! k! 2.k!
A Série de Taylor para esta função será:

2 3
2 2  π 2  π 2  π
senx = + . x −  − . x −  − . x −  + L
2 2  4  2.2!  4 2.3!  4

Observação:

No exemplo acima, ao contrário do que poderíamos supor, não temos uma Série Alternada.
Portanto não é possível escrever esta expansão na forma de uma somatória.

02) Encontre a Série de MacLaurin para a função f ( x ) = e x .

SOLUÇÃO:

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Sabemos que a Série de MacLaurin é a mesma de Taylor, porém com centro em a = 0 , isto é,

uma Série da forma ∑C
k =0
k .x k .

Assim:
• f ( x ) = e x ⇒ f (0 ) = 1

• f ′( x ) = e x ⇒ f ′(0 ) = 1

• f ′′( x ) = e x ⇒ f ′′(0 ) = 1

• M

f (k ) (0) 1
Portanto, temos C k = ⇒ Ck = .
k! k!


Então, a Série de MacLaurin para f ( x ) = e x é: xk
e =∑
x

k = 0 k!

03) Desenvolver a função f ( x ) = ln( x + 1) em Série de Taylor com centro em a = 2 e determinar o


intervalo de convergência da série obtida.

SOLUÇÃO:

Temos:
• f ( x ) = ln ( x + 1) ⇒ f (2) = ln 3
1 1
• f ′( x ) = ⇒ f ′(2 ) =
x +1 3
−1 −1
• f ′′( x ) = ⇒ f ′′(2 ) = 2
(x + 1) 2
3
2 2
• f ′′′( x ) = ⇒ f ′′′(2) = 3
(x + 1)3
3
−6
• f IV
(x ) = ⇒ f IV
(2) = − 46
(x + 1)4 3

• M

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Podemos então dizer que, para k ≥ 1 , temos:

(− 1)k +1 . (k −k 1)! (− 1)k +1 .(k − 1)! (− 1)k +1 .


Ck = 3 = k ⇒ Ck =
k! 3 .k .(k − 1)! k .3 k
Assim, teremos:


ln ( x + 1) = ln 3 + ∑
(− 1)k +1 .(x − 2)k
k =1 k .3 k

Para determinar o intervalo de convergência desta Série, devemos impor a condição


a n +1
lim < 1.
n →∞ an

Temos: a n =
(− 1)n+1 .(x − 2)n e a n +1 =
(− 1)n+ 2 .(x − 2)n+1 .
n.3 n (n + 1).3n+1
Então:

(− 1)n+2 .(x − 2)n+1


a n +1
= lim
(n + 1).3 n+1 = lim
(− 1)n .(− 1)2 .(x − 2)n .(x − 2).n.3 n < 1.
lim
n →∞ an n →∞ (− 1)n+1 .(x − 2)n n →∞ (− 1)n .(− 1)(. n + 1).3 n.3.(x − 2)n
n.3 n

Fazendo as simplificações:
n 1
x − 2 . lim < 1 ⇒ x − 2. < 1 ⇒ x − 2 < 3 ⇒ −1 < x < 5 .
n→∞ 3n + 3 3

Devemos verificar os extremos desse intervalo.



(− 1)2 k +1 , que é a Série Harmônica Alternada (convergente).
• Para x = −1 , temos ∑
k =1 k

(− 1)k +1 , que é a Série Harmônica Alternada (convergente).
• Para x = 5 , temos ∑
k =1 k

Portanto, o intervalo de convergência é: I = [− 1,5]

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1
04) Dada a função f ( x ) = , pede-se:
4− x
a) fazer a sua expansão em Série de MacLaurin;
b) estudar o seu intervalo de convergência;

∫ f (x ).dx , usando os 4 primeiros termos da Série obtida.


2
c) calcular o valor aproximado de
0

SOLUÇÃO:

a) Temos:
1 1 0!
• f (x ) = ⇒ f (0 ) = =
4− x 4 4
1 1 1!
• f ′( x ) = ⇒ f ′(0 ) = = 2
(4 − x ) 2
4 2
4
2 2 2!
• f ′′( x ) = ⇒ f ′′(0 ) = = 3
(4 − x ) 3
4 3
4
6 6 3!
• f ′′′( x ) = ⇒ f ′′′(0 ) = = 4
(4 − x ) 4
4 4
4

• M
k! k!
• f (k ) (x ) = ⇒ f (k ) (0 ) =
(4 − x ) k
4 k +1

k!
f (0) 4 k +1
(k )
1
Portanto: C k = = ⇒ C k = k +1 .
k! k! 4


1 xk
Assim: =∑
4 − x k =0 4 k +1

Observação:

1
Esta Série poderia ser obtida usando-se o resultado ∑x
k =0
k
=
1− x
, que é uma Série

Geométrica convergente (VERIFIQUE!).

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a n +1
b) Para determinar o intervalo de convergência, devemos ter lim < 1.
n →∞ an

Neste caso:
x n +1
4 n+ 2 = x n .x.4 n.4
lim lim < 1.
n →∞ xn n
n → ∞ x .4 .4
n 2

4 n +1
1
Simplificando: x . < 1 ⇒ x < 4 ⇒ − 4 < x < 4 .
4

Devemos verificar os extremos do intervalo:



(− 1)k 1 1 1 1
• Para x = −4 , temos ∑
k =0 4
= − + − + L , que é uma Série divergente, pois não
4 4 4 4
existe o limite no infinito.

1 1 1 1
• Para x = 4 , temos ∑ 4 = 4 + 4 + 4 + L , que é divergente, pois trata-se de uma Série
k =0

Geométrica de razão r = 1 .

Portanto, o intervalo de convergência é: I = (− 4,4 )

c) Usando os 4 primeiros termos da Série:


2
dx 2 1 x x2 x3  x x2 x3 x4 
f ( x ).dx = ∫
2 2
∫ 0 04− x
= ∫  + 2 + 3 + 4 dx =  +
0 4
 4 4 4   4 2.4
2
+ +  .
3.4 3 4.4 4  0

2 4 8 16
∫ f (x ).dx = 4 + 2.4
2
2
+ 3
+
0 3.4 4. 4 4

131
∫ f (x ).dx = 192
2
Calculando, obtemos:
0

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42.4 – Série Binomial:

Consideremos a função f ( x ) = (1 + x ) , em que 1 + x > 0 e p é uma constante diferente de


p

inteiro positivo.
Vamos expandir esta função em Série de MacLaurin.
Temos:
1
• f ( x ) = (1 + x ) ⇒ f (0 ) = 1 ⇒ C 0 =
p

0!
p
f ′( x ) = p.(1 + x ) ⇒ f ′(0 ) = p ⇒ C1 =
p −1

1!
p.( p − 1)
f ′′( x ) = p.( p − 1)(
. 1 + x) ⇒ f ′′(0 ) = p.( p − 1) ⇒ C 2 =
p −2

2!
p.( p − 1)(
. p − 2)
f ′′′( x ) = p.( p − 1)(
. p − 2 )(
. 1 + x) ⇒ f ′′′(0 ) = p.( p − 1)(
. p − 2) ⇒ C3 =
p −3

3!
• M

Podemos, então generalizar os coeficientes desta Série da forma:


p.( p − 1)(
. p − 2). L .( p − k + 1)
Ck = , para k ≥ 1 .
k!
Portanto, a Série de MacLaurin desta função, que é a chamada Série Binomial é:


p.( p − 1)(
. p − 2). L .( p − k + 1) k
(1 + x ) p = 1+ ∑ .x
k =1 k!

Esta Série é convergente para x < 1 .

EXEMPLO:

Expandir a função f ( x ) = 1 + x em Série Binomial.

SOLUÇÃO:

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1
Podemos escrever f ( x ) = 1 + x = (1 + x ) 2 .
1 1
Neste caso, temos p = , C 0 = 1 e C1 = p = .
2 2
p.( p − 1)(
. p − 2). L .( p − k + 1)
Os coeficientes desta Série serão da forma: C k = .
k!
Assim:
1 1  1 1  1 
. − 1. − 2 . − 3 . L . − k + 1
Ck = 
2 2  2  2  2 .
k!
1  1 3 5 1 
. − . − . − . L . − k + 1
2  2 2 2  2 .
Ck =
k!

Podemos, então, escrever:


(− 1)k +1 . 1k .1.3.5. L .(2k − 3) (− 1)k +1 .1.3.5. L .(2k − 3) , para k ≥ 1.
Ck = 2 ⇒ Ck =
k! 2 k .k!

Finalmente, a Série procurada é: 1+ x = 1+ ∑



(− 1)k +1 .1.3.5. L .(2k − 3)
k =1 2 k .k

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CÁLCULO 1
EXERCÍCIOS - AULA 42

Encontre a Série de Taylor para cada função f no centro a indicado e determine o seu
intervalo de convergência:

1
a) f ( x ) = , em a = 2

(− 1)k .(x − 2)k e I = (0,4 )
x
Resp: ∑
k =0 2 k +1

e 4 .(x − 4 )
∞ k
b) f ( x ) = e x , em a = 4 Resp: ∑ e I = (− ∞, ∞ )
k =0 k!


x 2 k +1
c) f ( x ) = senhx , em a = 0 Resp: ∑ e I = (− ∞, ∞ )
k = 0 (2k + 1)!

d) f ( x ) = 2 x , em a = 0

(ln 2)k .x k e I = (− ∞, ∞ )
Resp: ∑
k =0 k!

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