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Políticas Econômicas

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Política Econômica: Objetivos

 Alto nível de emprego;


 Estabilidade de preços;
 Distribuição de renda socialmente justa;
 Crescimento econômico.

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Política Econômica: Desdobramento
POLÍTICA
EXTERNA

POLÍTICA POLÍTICA POLÍTICA


DE RENDAS ECONÔMICA FISCAL

POLÍTICA
MONETÁRIA
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Política Monetária: Conceito

 Pode ser definida como o controle da oferta da moeda


e das taxas de juros que garantam a liquidez ideal de
cada momento econômico, ou seja, é a maneira como
o Estado controla a quantidade de dinheiro que
circula na economia.

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Política Monetária: Objetivo

 Expansão econômica e pleno emprego;


 Minimização da inflação;
 Equilíbrio da balança de pagamentos.

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Política Monetária: no Brasil
 Regime de metas de inflação
 A partir de junho de 1999 o Banco Central do Brasil (BC) adotou
o regime de metas para a inflação.
 Nesse regime, cabe ao Banco Central conduzir a política
monetária de forma a cumprir a meta de inflação determinada
pelo Conselho Monetário Nacional.
 A adoção do regime permite que os agentes econômicos
passem a ter uma referência da inflação futura de modo que o
processo de formação de preços no presente se balize por essa
perspectiva de inflação.

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Política Monetária
 Executor: Banco Central do Brasil
 Instrumentos Monetários utilizados:
 Emissão de Moeda;
 Depósito compulsório;
 Open Market;
 Redesconto;
 Controle da taxa de juros;
 Taxa Selic.

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Política Monetária
Emissão de Moeda
 É a forma primária de administração de política monetária.
 A emissão desenfreada de papel-moeda tende a gerar impactos inflacionários.
 O ideal é que a emissão de moeda esteja relacionada não só com o ritmo de
atividade econômica do país, mas também com um rigoroso controle de gastos por
parte do governo.

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Política Monetária
Depósito compulsório
 É o recolhimento feito pela rede bancária de determinado percentual sobre seus
produtos financeiros para o Banco Central.
 As alíquotas de depósitos compulsórios estão determinadas em legislação
específica e incidem sobre:
 os depósitos a vista,
 os depósitos a prazo
 e a poupança.

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Política Monetária
Open Market
 As operações de mercado aberto representam a sintonia fina para o controle
instantâneo da liquidez bancária.
 Por meio desse instrumento, o Banco Central regula o fluxo de moeda
comprando ou vendendo títulos públicos federais, por um dia ou mais, por meio
de leilões eletrônicos ou leilões formais.

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Política Monetária
Redesconto
 É o socorro que o Banco Central fornece aos bancos para atender às suas
necessidades momentâneas de caixa de curtíssimo prazo.
 É a última linha de atendimento às faltas de caixa das instituições bancárias.
 É utilizado somente nos casos mais graves.
 Nesta operação, o Banco Central opera como o Banco dos Bancos.

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Política Monetária
Controle da taxa de juros
 Quando deseja estimular o consumo e gerar emprego, o Banco Central aumenta
a oferta monetária, diminuindo assim, a taxa média de juros do mercado.
 Quando deseja frear o consumo e controlar a inflação, o Banco Central reduz a
oferta monetária, o que acarreta o aumento da taxa de juros.

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Política Monetária

Como é definida a Taxa Selic:


 A Selic, a taxa básica de juros, é definida pelo Banco Central através das
decisões do Comitê de Política Monetária (Copom), que reúne-se
mensalmente.
 A taxa Selic é definida como uma meta a vigorar no período entre as reuniões
do Copom.

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Política Monetária

Qual o uso e a influência da Taxa Selic na


economia?
 As operações do Selic (Sistema Especial de Liquidação e
Custódia) governam as operações do open market (compra e
venda de títulos públicos).
 A partir da Selic, é formada toda a estrutura de juros do
mercado financeiro, ou seja, a Taxa Selic, acrescida do custo
de impostos, custos bancários e margem de lucro, é que vai
determinar quanto as instituições financeiras cobrarão de
juros em suas diferentes carteiras de empréstimos ao setor
empresarial e ao consumidor final.

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Política Fiscal

 Consiste na elaboração e organização do orçamento


do governo, o qual demonstra as fontes de
arrecadação e os gastos públicos a serem efetuados
em um determinado período (exercício).
 O responsável pela condução da Política Fiscal é o
Congresso Nacional, que aprova os orçamentos do
governo.

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Política Fiscal: Objetivos

 Função alocativa (fornecimento de bens públicos),

 Função estabilizadora (uso da política econômica


para aumentar o nível de empregos, estabilizar os
preços e obter uma taxa apropriada de
crescimento).

 Função distributiva (ajustes na distribuição de


renda de forma justa),

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Política Fiscal

Instrumentos fiscais: Receitas


 Impostos diretos: incidem diretamente sobre a renda ou o
patrimônio das unidades familiares e das empresas. Ex.: IRPF
(Imposto de Renda de Pessoa Física); IRPJ (Imposto de Renda
de Pessoa Jurídica), IPTU (Imposto Predial e Territorial
Urbano).
 - Impostos indiretos: são tributos que oneram as transações
intermediárias e finais. São incorporados ao processo
produtivo e, portanto, incidem indiretamente sobre o
contribuinte (consumidor). Ex.: IPI (Imposto sobre Produtos
Industrializados); ICMS (Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços); ISS (Imposto sobre Serviços);
COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade
Social); PIS (Programa de Integração Social).

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Política Fiscal

Instrumentos Fiscais: Despesas


 Consumo: gastos com salários do funcionalismo civil e militar e gastos para
a manutenção da máquina pública em geral (combustível, papel, fotocópias,
passagens, cerimoniais, merenda escolar, medicamentos, aquisição de
serviços de terceiros, etc.).
 - Transferências: benefícios pagos pelos institutos de previdência social, sob
a forma de aposentadorias e pensões, bolsa-família e encargos da dívida
pública.
 - Subsídios: pagamentos realizados pelo governo a algumas empresas
públicas ou privadas com o objetivo de estimular a produção, a geração de
empregos e o consumo.
 - Investimentos: gasto com aquisição de novas máquinas, equipamentos,
construção de estradas, pontes, infra-estrutura, aquisição de imóveis e
ainda as diferentes formas de participação do governo na constituição ou
aumento do capital de empresas.

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Política Fiscal

O Uso da Política Fiscal


a) Em um contexto de desemprego, os instrumentos fiscais tenderão
a ser usados expansivamente, de forma a aumentar os gastos
públicos e/ou reduzir os tributos;
b) Em um contexto de inflação, os instrumentos fiscais tenderão a
ser usados restritivamente, de forma a reduzir os gastos e/ou
expandir a cobrança de tributos.

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Política Fiscal
O orçamento do governo
 O resultado das operações de receitas menos os gastos do setor público
representam o orçamento do governo. Este saldo possui duas
classificações:
 Resultado primário (déficit/superávit)
 Resultado nominal ou operacional (déficit/superávit) –

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Política Fiscal: Resultado Primário
ARRECADAÇÃO
SUPERÁVIT FISCAL
PRIMÁRIO
GASTOS
PÚBLICOS

ARRECADAÇÃO

DÉFICT FISCAL
GASTOS PRIMÁRIO
PÚBLICOS

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Política Fiscal: Resultado Nominal
ARRECADAÇÃO
SUPERÁVIT FISCAL
GASTOS NOMINAL
PÚBLICOS +
JUROS

ARRECADAÇÃO

DÉFICT FISCAL
GASTOS NOMINAL
PÚBLICOS + JUROS

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Resultado do orçamento do governo
em 2011
 Resultado primário R$ 128,7 bi (superávit)
 Juros nominais R$ 236,7 bi
 Resultado nominal R$ 108,0 bi (déficit)

 Em 2013 a meta de superávit primário é de R$ 110,9 bi (2,3% do PIB).

 Fonte: Banco Central do Brasil

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Política Fiscal

 Opções de financiamento do déficit público:


a) Elevação da carga tributária: a geração de receita adicional
mediante a elevação dos tributos pode servir para financiar
déficits, mas possui o extremo inconveniente de desestimular a
atividade produtiva e até mesmo de provocar um aumento da
sonegação fiscal.
b) Emissão de moeda: O governo emite moeda e através desta
salda a sua dívida. Contudo, esta forma de financiamento do
déficit é criticada por gerar pressão inflacionária.
c) Venda de títulos da dívida pública. O governo oferta títulos no
mercado financeiro em troca de moeda para financiar sua
dívida atual. Esse financiamento tende a aumentar o déficit
nominal devido ao pagamento dos juros.

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Política Externa
 Representa um conjunto de medidas que tem por objetivo manter o
equilíbrio do balanço de pagamentos do país, proteger setores em
desenvolvimento e desenvolver as relações comerciais com outros países.
 A Política Externa é colocada em prática principalmente através da Política
Cambial e da Política Comercial.

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Política Cambial

 Está, fundamentalmente, baseada na administração


da taxa de câmbio e no controle das operações
cambiais.
 No Brasil, as decisões de política cambial, assim
como as de política monetária, estão subordinadas
ao Banco Central.

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Política Cambial

 A taxa de câmbio, é o preço, em moeda corrente


nacional, de uma unidade de moeda estrangeira.
Por exemplo, se a taxa de câmbio do real frente ao
dólar é de 2,0, entregam-se R$ 2,0 para se obter
US$ 1,0.

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Política Cambial
Câmbio Fixo
É quando o valor da moeda nacional é atrelado a um
referencial fixo, como por exemplo, o dólar.
Poder ser extremamente oneroso para o país, em momentos
de instabilidade: o governo terá que gastar grandes
quantidades de reservas cambiais para manter a cotação da
moeda nacional.
No caso de entradas abundantes de moedas estrangeiras, o
governo terá que emitir títulos para enxugar o excedente de
moeda.

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Política Cambial
Câmbio Flutuante
A cotação da moeda nacional frente à moeda estrangeira
“flutua” de acordo com a oferta e a demanda da mesma no
país.
O governo está desobrigado a manter a taxa de câmbio
preestabelecidas diante de oscilações que venham a
acontecer.
É menos oneroso, mais dinâmico e mais flexível.
Expressa de forma imediata o verdadeiro valor de troca da
moeda nacional.
É o adotado no Brasil desde janeiro de 1999.

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Política Comercial

 A política comercial diz respeito aos instrumentos de incentivos às


exportações e ao desestímulo às importações.
 No caso das exportações, os estímulos se dão mediante mecanismos
fiscais (crédito prêmio do ICMS, do IPI etc.) e creditícios (concessão
de financiamentos com taxas de juros subsidiadas).
 Já o controle das importações se dá via tarifas e barreiras
quantitativas sobre importações (quotas).
 No Brasil, as decisões de política comercial estão vinculadas aos
Ministérios do Planejamento, da Indústria, Comércio e Agricultura,
com o apoio do Ministério das Relações Exteriores.

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Política de Rendas
 Representa o conjunto de medidas que têm por
objetivo a redistribuição da renda, a garantia de renda
mínima a determinados setores ou classes sociais, a
redução do nível das tensões inflacionárias, etc.

 São exemplos da política de rendas adotadas no Brasil:


a política de preços mínimos – utilizada na área rural e
que garante um preço mínimo aos produtos
agropecuários – política e controle de preços, política
salarial, programas de Renda Mínima, etc

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Conclusão

 É importante notar que as medidas adotadas no


âmbito de cada uma dessas políticas (monetária,
fiscal, externa, e de rendas) acabam influenciando
as demais e gerando reflexos na área de atuação de
cada uma delas.

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Veja um exemplo:

 Quando ocorre uma queda na taxa de juros (política


monetária), essa queda pode influir na cotação do
câmbio, (política externa), pois o país ficará menos
atrativo aos capitais estrangeiros.
 Por outro lado, o recuo das taxas de juros poderá
aquecer a economia (política de expansão ou
expansionista), mas, também incentivará o
consumo, levando pressões inflacionárias (política
monetária).

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Referências

 LAGIOIA, Umbelina Cravo Teixeira. Fundamentos do mercado de


capitais. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
 VASCONCELLOS, Marco Antonio. Fundamentos de Economia. 3 ed.
São Paulo: Saraiva, 2008.

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