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A estabilidade de sistema de potência pode ser definida como a propriedade do sistema que

permite as máquinas síncronas desse sistema responder a um distúrbio, a partir de uma


condição de operação de tal maneira a retomarem uma condição de operação novamente
normal. Estudos de estabilidade são usualmente classificados em três tipos, dependendo da
natureza e ordem de grandeza do distúrbio. Estes estudos são chamados estudo de
estabilidade transitória, dinâmica e em regime permanente. Hoje os estudos de estabilidade
transitória constituem a principal metodologia analítica para o estudo do comportamento
dinâmico eletromecânico. Estudos de estabilidade transitória são esperados quando se
determina que o sistema permanecerá em sincronismo após distúrbios significativos tais
como faltas no sistema de transmissão, variações rápidas de carga, perdas de unidades
geradoras ou chaveamento de linhas. Atualmente os sistemas de potencia são vastos, sistemas
fortemente interconectados com varias centenas de máquinas que podem interagir através do
meio composto das redes com extra alta tensão e ultra alta tensão. Estas maquinas tem,
associados a elas, sistemas de excitação e sistemas de controle turbina – governador que, em
alguns casos, devem ser modelados em ordem de refletir apropriadamente a resposta
dinâmica correta ao sistema de potência para certos distúrbios do sistema. Os estudos da
estabilidade dinâmica e em regime permanente são menos extensivos em escopo e envolvem
uma ou algumas poucas máquinas que sofrem mudanças lentas ou graduais nas condições de
operação. Portanto, os estudos de estabilidade dinâmica e de regime permanente referem-se a
estabilidade do “lócus” dos pontos de operação essenciais em regime permanente do sistema.
Estudos de estabilidade transitória são mais comumente efetuados por refletirem sua
grandiosa importância na pratica. Tais problemas envolvem grandes distúrbios que não
permitem procedimento de linearização a ser usado e as equações algébricas e diferenciais
não lineares devem ser resolvidas por métodos diretos ou por procedimentos interativos passo
a passo. Os problemas de estabilidade transitória podem ser subdivididos em problemas de
estabilidade considerando a primeira oscilação ou multioscilações. A estabilidade da primeira
oscilação é baseada num modelo razoavelmente simples de gerador sem a representação dos
sistemas de controle. Usualmente, o período de tempo para estudo é o primeiro segundo que
se segue a uma falta no sistema. Se as máquinas do sistema mantém o sincronismo dentro do
primeiro segundo, o sistema é dito estável. Problemas de estabilidade e multioscilações se
estendem sobre um longo período e ainda deve considerar os efeitos do sistema de controle
do gerador que afeta o desempenho da máquina durante o período de tempo considerado.
Modelos de máquinas com grande sofisticação devem ser representados com o objetivo de
refletir o comportamento apropriado. Em todos os estudos de estabilidade, o objetivo é
determinar se os rotores das máquinas, sendo perturbadas, retornam ou não a operação com a
velocidade constante. Obviamente, isto significa que as velocidades dos rotores se desviam,
pelo menos temporariamente, da velocidade síncrona. Para facilidade de computação, três
considerações fundamentais são feitas em todos os estudos de estabilidade:
64 1 . Somente correntes e tensões na freqüência síncrona são consideradas nos enrolamentos
ao estator e no sistema de potência. Conseqüentemente, correntes CC de ajuste e
componentes harmônicas são desprezadas. 2. Componentes simétricos são usadas na
representação e fruta desequilibradas. 3. A tensão gerada é considerada não afetada pelas
variações de velocidade da máquina. Estas condições permitem o uso da álgebra fatorial para
a rede de transmissão e a solução pelas técnicas de fluxo de carga usando os parâmetros de
60hz. Também, as redes de seqüência negativa e seqüência zero podem ser incorporadas na
rede de seqüência positiva no ponto de falta

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