08 de
abril de
2019
MEMORIAL DESCRITIVO
Cicero Genro
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................ 4
5.4 O Biofertilizante................................................................................................................................... 9
7. VANTAGENS............................................................................................................................................. 12
9. GEOMEMBRANAS ................................................................................................................................... 13
9.1 Definição............................................................................................................................................ 13
11. BIODIGESTORES..................................................................................................................................... 16
1
11.1 Introdução .................................................................................................................................. 16
13. DRENAGEM............................................................................................................................................ 21
18. VALAS.................................................................................................................................................... 25
19.1. Geral.................................................................................................................................................... 25
24.1.4. Piso.......................................................................................................................................... 29
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MEMORIAL DESCRITIVO
BIODIGESTOR
INTRODUÇÃO
2. DEFINIÇÃO DE BIODIGESTOR
3. HISTÓRICO DO BIOGÁS
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Apesar do processo de biodigestão anaeróbica ser conhecido a longos tempos, só mais
recentemente é que tem sido desenvolvido mundialmente.
A China tem sido o país que mais desenvolveu o biogás no âmbito rural, visando
atender principalmente a energia par cozimento e iluminação doméstica. A Índia também
tem desenvolvido uma larga propagação com biodigestores, possuindo um total de 150 mil
unidades instaladas.
Com a crise do petróleo na década de 70, foi trazida para o Brasil a tecnologia dos
biodigestores. Os principais modelos implantados, o Chinês e o Indiano, eram quase que
exclusivamente orientados para produção do combustível alternativo biogás. Na região
nordeste, foram implantados vários programas de difusão dos biodigestores e a expectativa
era muito grande, mas os resultados não foram satisfatórios.
4. NOVA ABORDAGEM
Além das melhorias técnicas nos sistemas, a tecnologia de biodigestão hoje desperta
o interesse de produtores porque está se considerando o aproveitamento integral do esterco
animal, não só para biogás como para biofertilizante. Além disso, grande importância é dada
ao tratamento adequado de dejetos, para evitar a poluição dos recursos hídricos e a emissão
de gases de efeito-estufa.
5. PRODUÇÃO DE BIOGÁS
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Toda digestão anaeróbica (ausência de oxigênio) é um processo biológico. O
organismo anaeróbico não pode sobreviver enquanto estiver oxigênio. Por isso, no digestor
não deve entrar o ar atmosférico.
Nitrogênio --> Alguns compostos e resíduos são indigestíveis para as bactérias, como
a lignina, palhas e fibras vegetais.
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a) Impermeabilidade ao Ar
b) Temperatura adequada
c) Nutrientes
A produção de biogás não é bem sucedida se apenas uma fonte de material for
utilizada.
d) Teor de Água
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e) Substâncias prejudiciais
Materiais poluentes, como NaCl, Cu, Cr, NH3, K, Ca, Mg e Ni, são conciliáveis se
mantidas abaixo de certas concentrações diluídas em água, por exemplo.
5.4 O Biofertilizante
Depois de passarem no digestor, os resíduos sobrantes apresentam alta qualidade para
uso como fertilizante agrícola, devido principalmente aos seguintes aspectos: diminuição no
teor de carbono do material, pois a matéria orgânica ao ser digerida perde exclusivamente
carbono na forma de CH4 e CO2;
5.5 O Biogás
O metano, principal componente do biogás, não tem cheiro, cor ou sabor, mas os
outros gases presentes conferem-lhe um ligeiro odor de alho ou de avo podre. O peso do
metano é pouco mais da metade do peso do ar ou seja:
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5.5.1 Uso do Biogás
No emprego do biogás como combustível, deve-se estabelecer entre este e o ar, uma
relação que permita a combustão integral. Quando esta se dá, a chama é forte, de coloração
azul claro, e o gás emite um assobio. Se a chama tremer, há insuficiência de ar e combustão
incompleta. Se for curta, amarela e bruxuliante, indica biogás insuficiente e ar excessivo.
Segurança:
c) O ar deve circular para que haja ventilação dentro da casa. Se alguém sentir cheiro forte
de ovo podre, abrir as portas e janelas para expelir o gás, e evitar acender cigarro ou
fósforo. Na utilização do biogás, acende-se primeiro o fósforo e depois abre-se a válvula
de gás.
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A fermentação anaeróbica é um processo biológico que ocorre devido a ação de
bactérias. Evidentemente que quando maior a população bacteriana mais eficiente e rápido
será a digestão. Para se manter uma boa flora bacteriana há necessidade de se facultar um
ótimo meio de cultura. A disponibilidade de nutrientes é fundamental para o meio de cultura
e consequentemente para obter uma cultura bacteriana em rítimo acelerado de síntese e
desenvolvimento.
6. NOVOS CONCEITOS
Uma nova concepção energética se impõe a todos os brasileiros nesta crise irreversível
do petróleo.
1- "Nos últimos anos têm-se afirmado amplamente que um dos principais entraves à
disseminação de tecnologia do biogás no meio rural do terceiro mundo é o custo do digestor.
À medida que detalhes dos modelos criados na China vão sendo conhecidos, torna-se
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evidente que os digestores construídos com material disponível no local podem realmente
ter custo muito baixo.
2- "É arbitrário pensar que quanto maior o digestor mais gás produzirá". Já foi dito que "o
sucesso de um digestor depende da sua operação".
"A noção de que é melhor possuir um grande digestor do que um pequeno deve, pois,
ser combatida. Naturalmente, o volume do digestor não deverá ser tão pequeno que a
produção de gás seja insuficiente e as necessidades não sejam atendidas".
7. VANTAGENS
O uso do biogás na cozinha é higiênico, não desprende fumaça e não deixa resíduos
nas panelas. As donas de casa ficam livres de pesadas tarefas domésticas, de mobilizar carvão
e lenha para a cozinha.
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O desenvolvimento de um programa de biogás também representa um recurso
eficiente para tratar os excrementos e melhorar a higiene e o padrão sanitário do meio rural.
8. TEMPO DE RETENÇÃO
9. GEOMEMBRANAS
9.1 Definição
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9.2 Resistência Química
9.3 Fabricação
9.4 Durabilidade
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No contexto internacional a análise de envelhecimento acelerado vem sendo
estudada há algum tempo.
Vários autores estimam a vida útil de reservatório de geomembranas PEAD na ordem
de centenas de anos.
Testes de envelhecimento acelerado em condições expostas realizados em
laboratório indicaram que a vida útil do reservatório de geomembrana de PE linear pode ser
semelhante a do PEAD. Estudos realizados
sugerem que, embora o PE linear perca seus antioxidantes mais rápido do que PEAD, o PE
linear envelhece mais lentamente do que o PEAD após o esgotamendo dos antioxidantes.
a) Ar quente - utiliza-se uma máquina de solda (manual ou automática) que produz um jato
de ar quente aquecendo as superfícies que serão unidas.
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10.2 Por solventes
A união é feita aplicando-se solvente com a ajuda de uma brocha plana e de forma
regular entre as superfícies das bordas das lâminas a serem sobrepostas, pressionando-as
posteriormente com a mão ou com roletes de borracha e limpando o excedente, de solvente,
com um pano. Deve-se evitar qualquer derramamento de solvente sobre as lâminas que, se
acidentalmente ocorrer, deve ser limpo imediatamente com panos secos. Recomenda-se
observar atentamente as instruções dos fabricantes de solvente para o seu manuseio e
aplicação.
10.3 PRÉ-CONFECÇÃO
11. BIODIGESTORES
11.1 INTRODUÇÃO
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11.2 CONCEPÇÃO DO PROJETO
b Características geométricas
• Superfície da geomembrana;
• Altura máxima do líquido;
• Diâmetro máximo dos granulados do suporte;
• Risco de perfuração hidráulica;
• Características gerais dos taludes;
• Volume do líquido armazenado;
• Extensão máxima da lâmina d’água.
c. Climatologia
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• Condições climáticas;
• Velocidade e direção dos ventos;
• Ocorrência de neve e/ou gelo.
f. Entrada de líquidos
A entrada de líquidos na lagoa deve ser feita de preferência por tubulação, que pode
ser impulsionada por diferentes sistemas (bombeamento, sifão, cota etc).
Deve-se ter cuidado no ponto de impacto do líquido sobre o elemento impermeabilizante,
mediante a um sistema de dispersão de energia.
g. Manutenção
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NOTA: Recomendamos que no caso de lagoas onde existam constantes operações de
esvaziamento, deve-se prever uma proteção mecânica da geomembrana.
h. Meio-ambiente
• Vegetação: todos os materiais orgânicos de origem vegetal devem ser retirados do leito de
colocação, a fim de evitar:
- a criação de pontos duros sob a membrana;
- a formação de gás pela decomposição destes materiais.
• Vandalismo: em regiões onde possam ocorrer vandalismo ou passagem de animais,
poderão ser adotadas algumas soluções como:
- proteção mecânica;
- cercar a lagoa com tela de arame.
i. Modulação
12. INSTALAÇÃO
a. Terraplenagem
• Marcação (piquetes): para a implantação sobre o sítio e, em particular, no caso de pré-
fabricação da geomembrana, é necessário verificar se a empresa de terraplenagem respeitou
as cotas e as inclinações dos taludes.
b. Geometria do leito
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• Fundo da bacia: para um bom funcionamento da drenagem e para facilitar a instalação,
assim como para encher e esvaziar a lagoa, o fundo da bacia deverá apresentar uma
inclinação mínima (geralmente 1%, para adaptação da membrana à superfície da obra e ao
abatimento previsível).
• Talude: a inclinação dos taludes deve assegurar sua estabilidade uma vez que a
geomembrana não contribui para a estabilidade mecânica do talude.
• Em função da altura da lagoa e inclinação do talude pode ser necessário a execução de uma
berma intermediária.
• Crista do talude: a largura da crista do talude deverá ser suficiente para permitir:
- o tráfego de equipamentos (veículos, máquinas) durante a exploração das lagoas (por
exemplo: caminhão cisterna para aspiração da lama de decantação).
a. Preparação da superfície
b. As estruturas de concreto e/ou alvenarias e tubos passantes que serão revestidos, deverão
apresentar arestas arredondadas e bordas bem acabadas bem como isentas de incrustações,
rebarbas, poeiras e oleosidade.
13. DRENAGEM
A drenagem deve assegurar a evacuação dos líquidos e gases acumulados ou presentes sob
a membrana.
a. Com relação aos painéis estendidos, para se efetuar a soldagem em campo, todo o
cuidado na sua preparação é imprescindível para a perfeita estanqueidade do sistema.
c. Nos pontos onde for necessário a execução de soldagem química, a largura de sobreposição
nas emendas passa a ser de no mínimo 50 mm e as partes após a aplicação do adesivo, devem
ser comprimidas firmemente através de roletes de borracha para garantir um perfeito
espalhamento do solvente e uma colagem homogênea.
e. O adesivo de contato deverá ser aplicado nas duas faces a serem coladas e em camadas
espessas (ver recomendações do fabricante de adesivo).
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f. Na solda do pé do talude, é recomendável que os painéis dos taludes avancem no mínimo
1,0 metro para dentro da área do fundo do lago, pois o pé do talude é uma região em que o
solo sofre grande tensão.
15.1 LASTRO
15.2 ANCORAGEM
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15.3 SEGURANÇA
a. Na aplicação da manta de PEAD todo o acesso de pessoas estranhas ao serviço deverá ser
bloqueado, devendo apenas circular pessoas previamente orientadas para os cuidados e
restrições peculiares à obra.
16.1 - DEMOLIÇÕES
16.3 – LOCAÇÃO
16.4. GENERALIDADES
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18. VALAS
18.1. ESCAVAÇÕES
18.1.1 - A locação da obra deverá ser feita rigorosamente de acordo com os níveis e indicações
constantes dos projetos e detalhes e respeitando todas as normas vigentes da legislação
ambiental Federal e Código Sanitário Estadual.
18.1.2 - As escavações do terreno deverão ser executadas até o nível indicado no projeto ou
até que se verifique a resistência mínima adequada, coesão mínima e ausência de águas
agressivas, possibilitando a execução dos elementos da fundação a céu aberto, sem a
necessidade de escoramentos.
19.1. GERAL
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A viga deverá ser construída a uma distância mínima de 20 cm da borda superior da
vala. O piso onde será alocada deverá ser devidamente nivelado e não possuir nenhum tipo
de material estranho que possa prejudicar a construção e funcionamento da mesma.
19.2 - PILARETES
Ao longo da extensão de toda a viga deverão ser alocados pilaretes de concreto para
que aumente a resistência da viga, os pilaretes deverão ser dispostos a uma distância máxima
entre eles de 2,00 m (as distâncias dos pilaretes de cada granja constam nos desenhos
técnicos).
19.3. VIGAS
Deverão ser executadas, em concreto usinado, com FCK de no mínimo 20MPa. Para
as vigas deverão ser executadas formas de madeira de pinho e/ou formas metálicas com
fundo aberto. As formas deverão ser limpas e umedecidas até a saturação imediata antes da
concretagem. As vigas deverão receber armadura longitudinal em 04 barras de ferro 8,0 mm
(5/16”) CA-50 e estribos 4,2mm em aço CA 50, a cada 20cm com recobrimento de 2,0 cm.
20. IMPERMEABILIZAÇÕES
A parte inferior das valas deve ser totalmente revestida por manta em PEAD com no
mínimo 0,80 mm de espessura, compondo a parte inferior do biodigestor, fixa na borda
superior da viga de concreto através de chapa zincada 3/16 x 2” com parafusos 3/8 x 80
galvanizados, espaçados longitudinalmente entre si, no máximo, a 25 cm, de modo a garantir
perfeita vedação (estanqueidade) e segurança.
A cobertura das lagoas (fechamento da cúpula dos biodigestores) será em PEAD com
espessura de 1,25 mm, fixa na borda superior da viga de concreto através de chapa de ferro
zincada 3/16 x 2”, sobreposta ao anterior e fixada pelos parabolts a cada 25 cm, de modo a
garantir perfeita vedação (estanqueidade) e segurança.
A entrada e saída dos dejetos no biodigestor será feita através de tubo PVC 200 mm
de diâmetro com tratamento de raios ultra violeta.
A ligação de saída deverá seguir a mesma descrição, mas apenas estar a uma
profundidade máxima de 0,90 m do nível superior da lagoa. A ligação será feita direta, não
constando nenhuma caixa de passagem. A ligação será feita até 2 (dois) m da viga do
biodigestor. Deste ponto até a lagoa seguinte, a ligação é de responsabilidade do produtor.
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24.1.1 - PREPARAÇÃO DO TERRENO
Do interior do quadro da obra deverá ser removido todo o solo com detritos, material
orgânico em decomposição e solo que não atenda as condições mínimas de rigidez e coesão
e resistência. Haverá caso o solo do local não atenda as condições acima, empréstimo de solo
de boas condições para dentro do quadro de obra. O solo deverá ser devidamente nivelado
e apiloado em camadas de 15 cm.
Será instalada um total de 04 (quatro) caixa de passagem por biodigestor (conforme desenho
técnico).
24.1.3. CONTRA-PISO
24.1.4. PISO
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O piso deverá ter uma espessura aproximada 3 cm. Para essas quantidades devem ser
colocados aproximadamente 20 litros de água, devendo a água ser controlada na betoneira
conforme a umidade da areia ou serragem molhada por 7 dias.
24.1.5. PAREDES
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Localização: Santa Maria - RS
Dados Referência
Quantidade: 45 m³
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28. O PROJETO
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