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A delicada história de Felipe e seu cão-guia

4 de março de 2017

Um cão-guia excepcional, a cadelinha Nala, uma Golden Retriever, se


tornou acompanhante sob sol e chuva de Felipe, um menino de 11 anos de
idade. São amigos inseparáveis.

Quando se pergunta a Felipe o que ele ser quando crescer, ele sempre
diz: “eu vou montar uma oficina mecânica. Vou me levantar de madrugada,
quando todos estiverem dormindo, e vou dizer à Nala para irmos trabalhar”.

Felipe nasceu portador de cegueira e foi diagnosticado aos seis anos


de idade com Transtorno Generalizado do Desenvolvimento (TGD) de tipo
social e comunicacional.

Nala, o cão-guia de Felipe, foi adestrada pela Escola de Cães-Guia


Argentinos (EPGA). Uma instituição que oferece grande ajuda.

Viciado em tecnologia e amigo de seu cão-guia

Felipe é irrequieto, ele adora tecnologia e é muito curioso. Diariamente,


concilia seu tempo entre a escola especial e as atividades de estímulo. Além
disso, ele pratica natação em um clube, onde também planeja começar a jogar
tênis.

Quando Felipe começou a ponderar, desde criança, em ter um cão-


guia, não entendia no início a forma como Nala podia ajudá-lo. Quando
começou a descobrir as coisas que podia fazer com sua nova amiga, foi se
engajando nessa forma de vida.

Uma amizade que começou aos poucos

Fonte: Facebook de PerrosGuia Leones Quilmes O La Colonia

A amizade que surgiu entre Felipe e Nala foi se desenvolvendo por


meio da superação de alguns obstáculos e desafios. A princípio, o menino não
sabia como dar ordens à cadela. Para interagir com um cão-guia, o tom de voz
é uma questão fundamental.
Com pequenos treinamentos, o garoto foi modulando a voz para se
comunicar com sua nova amiga.
Sobre a forma em que se comunica com Nala, Felipe disse: “não tenho
que me irritar com a cadela, mas às vezes é preciso agir como se estivesse
irritado. Quando eu digo que ela fez algo errado; ajo como se estivesse irritado.
Tampouco é preciso castigá-la, nem por um curto tempo, nem por longo
tempo”.
A relação que se criou entre Felipe e seu cão-guia é tão forte que
quando ele a “libera” de seu trabalho, a cadela fica com ele e lhe segue por
todo lugar.
Se Felipe está dentro do quarto dele, no computador, Nala se deita aos
seus pés. E quando ele toma banho, ela o espera na saída.
Benefícios psíquicos e físicos
A chegada de Nala teve um impacto muito positivo na responsabilidade
que Felipe teve que assumir para dar os cuidados necessários para sua nova
amiga e apoio.
No âmbito emocional, Nala também foi muito benéfica para Felipe.
Serve para acalmá-lo. Quando ele acaricia seu cão-guia, relaxa e obtém muitas
mudanças positivas.
O que se pode conseguir com um cão-guia?
Esse tipo de cão é adestrado para guiar pessoas cegas ou que têm
deficiências visuais graves. Além disso, podem ajudar nos trabalhos do
cotidiano.
O cão-guia, embora seja o mais conhecido, é apenas um dos tipos de
cães adestrados que existem. É o único reconhecido legalmente hoje em dia.
Esse reconhecimento lhes permite ter direitos e privilégios não reconhecidos
para o restante dos cães. Por exemplo, a entrada no transporte público.
Embora esses cachorros possam ser adestrados para evitar os
obstáculos, não podem distinguir, por exemplo, as cores verde e vermelha dos
sinais de trânsito.
Para reconhecer também o significado dos sinais de trânsito e quando
se pode atravessar (pela posição, não pela cor), é preciso uma capacidade
bastante alta de inteligência e um nível de adestramento avançado do animal.

Um adestramento intensivo
A formação desses cachorros pode durar até dois anos. É realizada
desde o nascimento deles até serem entregues a um usuário que o tenha
solicitado, que precisa ser maior de 18 anos de idade.
Com relação a esse adestramento, os especialistas garantem que nem
todos os animais têm o mesmo ritmo. Por exemplo, não é a mesma coisa um
cão que viva com seu dono em uma cidade pequena do que um cão que viva
em uma grande cidade, com transporte público, etc.
A “vida profissional” desses cachorros costuma durar em torno de 12
anos. Ao final desse tempo, é feita uma revisão para avaliar em que situação
estão os animais.

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