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5-1 5-2 5-3 5-4 5-6 5-7 5-8 5-9 5-10 5-11 5-12 5-13 5-14 Falhas resultantes de carregamento estatico Resisncia estéica 294 Concentiagdo de lensdo 235 Teotias de falha 237 Teoria da tensdo de cisolhamenio méxima para materiais dicieis 237 Teoria da energia de distoredo para materiais dicteis 239 Teoria de Coulomb Mohr para materiais dicieis 248 Resumo das teorias de falha de materiais dicteis 248 Teoria da tensdo normal méxima para materiais frage’s 252 Teoria de Mohr modificade para materais hageis 283 Resumo de falha de materiais fgeis 258 Selegdo de critéios de falha 256 Inrodugio ¢ mecénica da fatwa 287 Andlise estocésiica 266 Equogées de projeto importantes 272 231 232 | elementos do m Figura 5-1 [a) Falha da esta de exo ‘motor de um cominhio pot causa de fadiga associade & contoado, Note que foi recesstio wor fta adesiva clara pore marie os pares no hogar.) Vista dole da ‘extiemidade do falha 12 de Shigly: pojate de enganhario mecénica No Capitulo 1 aprendemos que resisténcia é uma propriedade ou caracteristica de um elemento mecénico. Essa propriedade resulta da identidade do material, do tratamento © processamento incidental para criar sua geometria ¢ do carregamento, ¢ esti na loc: ‘glo de controle ou eritica ‘Além de considerarmos a resisténcia de uma tinica pega, devemos estar cientes de {que as resistencias de pegas produzidas em massa serdo sempre algo diferentes de ou- iza- tras na colecdo ou no conjunto por causa das variagdes em dimensdes, usinagem, conformagio e composigio. Descritores de resisténcia sto necessariamente estatisticos por natureza, envolvendo parametros tais como média e desvios padrao ¢ identificagio distribucional. Carga estatica & uma forga estacionéria ou momento aplicado a. um membro. Para ser estacionaria, a forga ou momento deve ser imutivel em magnitude, ponto ou pon- tos de aplicagao e direco. Uma carga estitica pode produzir trago axial ou compres- sto, uma carga de cisalhamento, uma carga de flexo, uma carga torcional, ou qualquer combinagao dessas. Para ser considerada estitica, a carga ndo pode mudar de maneira alguma, Neste capitulo cor fim de tomar as decisdes concernentes a0 material e seu tratamento, fabricacZo e geome- ttia para satisfazer aos requisitos de funcionalidade, seguranga, confiabilidade, competiti vidade, usabilidade, fabricabilidade e mercantilidade. A possibilidade de avangarmos nessa lista esta relacionada ao escopo dos exemplos. “Falha” € a primeira palavra no titulo deste capitulo. Falha pode significar que uma ppeca tenha se separado em dois ou mais pedacos; tenha se tornado permanentemente dis- torcida, arruinando assim sua geometria; tenha tido sua confiabilidade depreciada ou sua fungdo comprometida, qualquer que seja a razio, Um desenhador falando de falha pode referit-se a qualquer ou a todas essas possibilidades. Neste capitulo, nossa atengio esta focada na previsibilidade de distorgo permanente ou separagio. Em situagdes de sensi lidade a resisténcia, 0 desenhador deve separar a tensio média e a resisténcia média no jdderamos as relagdes entre resisténcia e carregamento estético a local critico para atingir seus propésitos. ‘As Figuras 5-1 a 5-5 sto fotografias de vérias pegas falhadas. Elas exemplificam a ne- ‘cessidade que tem 0 desenhador de ser bem versado em prevengiio de falhas. Voltado a esse fim, consideraremos estados de tenso unidimensionais, bidimensionais e tridimensionais, ‘com ou sem concentragdes de ten: , para ambos os materiais, dct e frig 5. Falhos reshones de coregamants etsico | 233 Figura 5-2 falha de impacto de um cabo guia do pa de um cort-grama, A pa impactou tum cano matcador de insperdo, Figura 5-3 Falha de un poraiso de poco relent do polis Sxperir de uma maquina da levonimento de pesos. Um tera de fabrcasdo causou time cberua quo forgou © parahso o absoner toda o Carga de momen @ © Figura 5-4 Dispostvo de ensoio de cortente que falhou em um ciclo, Para ciminvir reclamagées de desgasle ‘excessivo, 0 fabicanle decidu por endurecersupericialmento © maletal, (a) Duas metades mostondo « frtua; ese € um excelente exemplo de hata agi iniciada por concenttagdo de lensdo. [Vista ‘umentada de ua poreéo para moshar rincas induzidas por concenkago de tensdo nos oificios dos pinos de suporte 230 | elementos de m Figura 5-5 Folha de mola de valula ccaviada por esliamento 2 > 03. A méxima tensio de cisalhamento é entio Tax = (01 ~ 03)/2 (ver Figura 3-12). Assim, para um estado de tensio geral, a teoria da tenstio de cisalhamento maxima prediz escoamento quando a, Sy Trax = 2 a- 02S, = zoey ow s (51) Note que isso implica que a resisténcia de escoamento em cisalhamento € dada por Sy=05 Sy (5-2) que, como veremos mals alante, fica cerca de 15% abulxo (conservatno). Para 0s prop6sitos do projeto, a Equagdo (1) pode ser modificada para incorporar um fato de Seguranga,n. Assim, - a ou 05 & (5-3) Problemas de tensto plana resultanes da presenga de uma tensio principal mola e das cures, 04 ¢ cp, determinadas por meio da Equagio (3-13) so muito comuns.Assumindo que 04 2 op, ha wés casos a considerar quando se utiliza a Equaco (5-1) para tensdo plana: Caso 1: 04 2 op 2 0. Para esse caso, 01 = 04 € 03 = 0. A Equacio (5-1) para tensio plan redaz-se tutta condlgho de escoamento 42 Sy (5-4) Caso 2: 04 2 02 ap. Aqui, 01 = 04 € 03 = op, € a Equagio (5-1) toma-se oA— on Sy (5-5) Caso 3: 02 04 2 op, Para esse caso, 0; = Oe 03= op, € a Equacio (5-1) resulta em onS-Sy (5-6) As Equagbes (5-4) a (5-6) estilo representadas na Figura 5~7 pelas trés linhas indicadas no plano a4, ag. AS linhas remanescentes no marcadas referem-se a casos o> 04, que no so normalmente usados. As Equacdes (5-4) a (5-6) podem também ser convertidas ‘em equagbes de projeto por substituig&o do sinal de igualdade em lugar do sinal de maior ‘ou igual que, ¢ divisio de S, por n. Note que a primeira parte da Equac3o (5-3), tmay = Sy/2n, € suficiente para os propé- sitos do projeto desde que o desenhador seja cuidadoso na determinagao de tmax- Contudo, considere 0 caso especial quando uma tensio normal & zero no plano, digamos oy € Ty possuem valores enquanto 0,=0. Pode-se mostrar que esse é um problema do Caso 2,e a tensio de cisalhamento determinada pela Equago (34) € tyax- Problemas de projeto de eixos caem tipicamente nessa categoria, em que uma tensio normal existe devido a flexo fou carregamento axial, ¢ uma tenso de cisalhamento surge da torcio. Figura 5-7 Tota da tendo de cisalhamenio méxima (MSS) para estado plano de fenséo, sendo 04 ¢ 05 05 dos tnsées pncipas no rules, alas rcutontes de coragaments extica | 239 |. caso 1 Caso? caso 9! Teoria da energia de distorcéo para materiais dicteis A teoria da energia de distorgdo prediz que 0 escoamento ocorre quando a energia de deformaso por distoredo em uma unidade de volume alcanga ou excede a energia de deformagdo por distorgdo por unidade de volume no escoamento sob tragdo ou com- pressao simples do mesmo material. A teoria da energia de distorgdo (DE) originou-se por causa da observagao de que ma- teriais diicteis tensionados hidrostaticamente exibiam resisténcias de escoamento bem acima_ dos valores dados pelo ensaio de trac3o simples. Consequentemente, foi postulado que o escoamento nao era um fendmeno simples de tracio ou compressfo em absoluto, mas, pelo contrrio, que estava relacionado de alguma mancira a distorgio angular do elemento tensio- nado, Para desenvolver a teoria, note, na Figura 5-82, a unidade de volume sujeita a um es- tado de tensdo tridimensional qualquer, designado pelas tensdes 0), 02 € 03. O estado de tensio mostrado na Figura 5-8 é de tensio hidrostitica devido a tensBes a, atuando em cada uma das mesmas diregSes principais que as da Figura 5-8a. A formula para 0, 6 at 3 Assim, 0 elemento na Figura 5-8b passa por mudanca pura de volume, isto é, sem distor¢o angular. Se considerarmos oy uma componente de 04, 02, € 05, 884 componente pode ser (ey Tenses ianinis (2) Component idostiea_() Componente distrcionst ura 5-8 [ol Elemento com lensées axils; esse elemento passa por ambos, mudonea de volume e distoreSo ‘angular. [5 Elemento sob tensdo hidresttica passa somente por mudanca de volume. (c| Elemento tem disloredo angular som medanca de volume Elomantot de méqvinas de Shigly: projeto de enger des subtaida, resultando no estado de tensto mostado na Figura 6-8c. Esse elemento est suit Adstorgo angular pure ist é, nenhuma mudanca de volume. ‘Acnergia de deformagao por uniade de volume para trago simples é 6 elemento na Figura 5-82, energa de deformaglo por unkade de um volume é 1 = 4 {ero + e222 + eso. Subtituindo a Equaso (3-19) para as deformagtes principals, mos $ eo. Para 2 A energia de deformagaio necessria & produgao de mudanga de volume apenas, u,, pode ser obtida por substituigo de aay em lugar de 0}, 02, € 03 na Equagio (b). O resultado é lof + oF + of -— 2Woo2+ 0203+ o301)] (b) 303, w= FEU 20) (a Se agora substituimos 0 quadrado da Equagao (a) na Equacao (c) e simplificamos a ex- pressiio, obtemos 1-203 ay a “FE P+ 0f + of + 20100 + 20305 + Bove My (5-7) A cnergia de distorgiio é obtida subtraindo-se a Equaciio (5-7) da Equagio (b). Isso nos dé ws ef V+ (on = 09)? + (os oe) (5-8) 3E 2 Note que a energia de distorcio ¢ zer0 se 01 = 02 = Para 0 ensaio simples de taco, quando do escoamento, 0; = Sye a2 = 03 = 0; assim, ‘com base na Equacio (5-8), a energia de distorgo resulta em levy 3B Portanto, para o estado geral de tenses dado pela Equago (5-8), © escoamento & predito se a Equagio (5-8) iguala ou excede a Equagao (5-9). Assim, temos, g= (5-9) A [om (or 0)? + wooo") in 5 15-10) a Se ivéssemos um caso simples de tragto 0,0 escoamento ocorreria quando oS, Assim, parte esquerda da Equacao (5-10) pode ser pensada como uma tensio iinica, equivalen- te on efetiva para o estado geral de tensdo completo dado por nico de a,c oy. Essa tensdo efetiva é usualmente chamada de fensdo de von Mises, 0, denominada pelo dr. R. von Mises, que contrbuin para a teora, Assim, a Equagdo (5-10) para escoamento pode ser escrita como oS, (5-11) ‘em que a tensio de von Mises & [ee 02)? + (02 - 03) 2 Para tensfo plana, Sejam a4 ¢ ay as duas tensbes principais io nulas. Portanto, da Equacao (5-12), obtemos 21/2 (= a ] 5-12) (5-13) Figura 5-9 Tota da energia de dlstoroao (DE) para estados panos de tenséo. Este é un atdlico de pontos abides por meto da Equocdo (5-13} com 5. Falhor reshanes de conegaments etiico | 201 ‘A Equaco (5-13) representa uma elipse rotacionada no plano 04, og, como mostra a Figura 5-9, com o' = S). As linhas tracejadas na figura representam a teoria MS: pode ser vista como mais restrtiva e, assim, mais conservativa* Utilizando as componentes xyz do tensor tridimensional de tensdes, a tensfio de von Mises pode ser escrita como + que z [lox - 0)? + (oy ~ 0)? + (@: - 04)? + (03, + + AY]? (5-14) para tensdes planas o'= (02 — 1.0, + 02+ 303)? (5-15) A teoria da energia de distorgio é também chamada: + Teoria de von Mises ou teoria de von Mises-Hencky. + Teoria da energia de cisalhamento. + Teoria da tensio de cisalhamento octaédrico, O entendimento das tensdes de cisalhamento octaédricas langaré um pouco de luz no por que de a teoria MSS ser conservativa. Considere um elemento isolado no qual as tenses normais em cada uma das faces sejam idénticas & tensGo hidrostética day. Ha oito superfi cies simétricas com relacao as diregdes principais que contém essa tensao. Isso forma um octaedro, como mostra a Figura 5-10. As tensdes de cisalhamento nessas superficies so iguais e so chamadas de tensdes de cisalhamento octaédricas (A Figura 5-10 possui apenas uma das superficies octaédricas identificada). Por meio de transformago de co- ordenadas, a tensio de cisalhamento octaédrica € dada por’ 1 faa = [ler = 0298+ (02 0n)?+ (oy - 01)*] (516) "As equagbestidimensionais para DE e MSS podem ser tragadas relaivamente a eixos coordenados tridimen- sionals 9.02. € 05-A superficie de fatha para DE um cilindro cireular com eo inclinado de 45° em relagd0 cada um dos eixosprineipas, enquanto a superficie para a MSS é um hexdgono inserito dento do ciinde. ‘er Arthur P. Boresi: Richard J. Schmidt Advanced Mechanics of Materials: 6! ed. Nova York: John Wiley & Sons, 2003, Sesto 44, *Para uma derivago, ver A. P.Boresi op. cit p. 36-37, 292 | elementos do méauinas de Sigh: projets de enge ura 5-10 Supericies octaédhicas Sob o nome de teoria de tensfio de cisalhamento octaédrica, supde-se ocorrer falha sempre que 4 tensdo de cisalhamento octaédrica para qualquer estado de tensdo iguala-se ou excede a tensdo de cisalhamento octaédrica para um espécime de ensaio de tracdo simples em falha. Como antes, com base em resultados de testes de trac, o escoamento ocorre quando Syeo: 0. Da Equagao (5-16) a tenso de cisalhamento octaédrica sob essa condi- ioe (5-17) Quando, para o caso geral de tensdes, a Equagio (5-16) é igual ou maior que a Equacio (5-17), 0 escoamento é predito. [ss0 se reduz a 2 2 24/2 [* y+ (a- o) + (0 ] es 15-18) {que € idéntica & Equagdo (5-10), verificando-se, portanto, que a teoria da tensdo de cisa- Ihamento méxima octaédrica ¢ equivalente &teoria da energia de distorgao. © modelo para a teoria MSS ignora a contribuigao das tensdes normais nas supertficies 45° do espécime sob traglo. Contudo, essas tensbes valem P/2 A, que ndo & 0 valor das tensbes hidrostiticas P/3 A. Aqui aparece a diferenga entre as teorias MSS e DE. ‘A manipulagio matemiética envolvida no desenvolvimento da teoria DE pode tender a obscurecer o valor real a utilidade do resultado. As equages dadas permitem que a situagdo de tenses mais complexas seja representada por uma dnica quantidade, a tensio de von Mises, que pode ser comparada a resistencia ao escoamento do material por meio dda Equagiio (5-11). Essa equaco pode ser representada como uma equacio de projeto por meio de (5-19) ‘A teoria da energia de distorgio prediz nfio ocorréncia de falha sob tensdo hidrostética concorda bem com todos os dados para materiais diicteis. Assim, ela é a teoria mais utilizada para materiais diicteis e € recomendada para problemas de desenho, a menos que haja outra especificagao. ‘Uma nota final se refere a resisténcia a0 escoamento sob cisalhamento. Considere um. ‘caso de cisalhamento puro r,,, em que para tensdio plana, 2 = oy = 0, para escoamento a Equagio (5-11) com a Equagio (5-15) produz ou ty= oss, (5-20) ale Falhas weculonts de coragamenta eaéico | 243 ‘Assim, a resist@ncia ao escoamento sob cisalhamento predita pela teoria da energia de distorgio & Ss 577 Sy (5-21) © que, como afirmamos antes, é cerca de 15% maior que o predito pela teoria MSS. Para cisalhamento puro, r,,, a8 tensdes principais obtidas da Equagao (3-13) so ¢4=—on= ty A linha de carga para esse caso esti no terceiro quadrante a um angulo de 45° a partir dos eixos 04, op mostrados na Figura 5-9. EXEMPLO 5-1 Solucdo Resposta Resposta Resposta Resposta ‘Um ago laminado a quente tem resisténcia ao escoamento de Syy = Sye = 700 MPa e uma deformago verdadeira na fratura de «y= 0,05. Calcule o fator de seguranga para os segui tes estados de tensdo princip: (@) 490, 490, 0 MPa. (6) 210, 490, 0 MPa. (©) 0,490, -210 MPa, (d) 0,210, ~ 490 MPa. (e) 210, 210, 210 MPa. Sendo ¢, >0,05 e S,-€ Sy iguais, o material é dctil ea teoria da energia de distorgdo (DE) se aplica. A teoria da tensdo de cisalhamento maxima (MSS) também sera aplicada e comparada 0s resultados da DE. Observe que 0s casos a ad representam estados planos de tensio. (a) As tensbes principais ordenadas so 04 = 01 = 490, 68 90, 03 = 0 MPa. DE DaEquagio (5-13), [490 — 490(490) + 4907]! = 490 MPa Sy _ 700 _ =F m8 MSS Caso I, usando a Equagao (S~4) com um fator de seguranga, Sy _ 700 _ oc, 490 143 (b) As tensbes principais ordenadas so 04 = 01 = 490, 0 = 2 = 210, 03 = 0 MPa. DE of = [490" — 490(210) + 2107} Sy _ 700 _ Saag = 164 MSS Caso 1, usando a Equagio (5-4), 20a | elementos do méauinas de Shigky:projte de enganhora macénica Resposta Resposta Resposta Resposta Resposta Resposta (6) As tensbes principais ordenadas so a4 = 0 = 490, 02 =0, 0» = 03 =~210 MPa. DE a" = [490 — 490(-210) + (-210)*]"* = 622 MPa Ss 7 143 o2 MSS Caso 2, usando a Equagdo (5-5), S700 oa oe 490 (210) 1,00 (@ As tensbes principais ordenadas so 0 = 0, 04 = 02 DE (490)? - 490-210) + -210)))"" 700 aa5 = 4 700 a9 8 (©) As tensées principais ordenadas sio 0; DE Da Equacao (5-12), 210, 02 = 210, 03 = 10 MPa. oF = 2107 1974" [a 210)? + (210 = 2107 + @10 - 210) oe 2 Sy _ 700 a 0. MSS Da Equagao (5-3), _ 70 a- a 210-210 °° Uma tabela resumida dos fatores de seguranca é incluida aqui para comparagSes: o oC oO (d)_(e) DE 143° «164-113 1,64 eo MSs 1,431.43 (1,00 1,43 Considerando que a teoria MSS esté sobre ou € interna & fronteira da teoria DE, ela ird sem- pre predizer um fator de seguranea igual ou menor do que aquele da teoria DE, como pode ser visto na tabela. Para cada caso, exceto no caso (), a8 coordenadas e linhas de carrega- ‘mento no plano a4, og S40 mostradas na Figua 5-11. O caso (e) no é de tensio plana. Figura 5-11 Linhas de caregamento pare © Exemplo 5-1 5-6 5. Falhos reshantes de caregamants extiico | 285 Mss Las de carezamento / @ Observe que a linha de carregamento para © caso (a) se constitui no nico caso de tenstio plana em que as duas teorias coincidem, dando, portanto, o mesmo fator de seguranga. Teoria de Coulomb-Mohr para materiais ducteis [Nem todos os materiaistém resistencias & compressdo iguais &s suas correspondentes re- sténcias &tracio. Por exemplo, a resisténeia a0 escoamento de ligas de magnésio em compressio pode representar valores t0 pequenos quanto 50% das correspondentes resis- téncias& tragio, A resisténcia iltima de ferros fundidos cinza em compresséo € entre trés © quatro vezes maior que a resisténcia dltima a tragdo. Portanto, nesta segao, estamos pri- ‘meiramente interessados naquelas teorias que podem ser aplicadas para predizer a falha de ‘materiais cujas resistencias em trago e compressio nBo sejam iguais. Historicamente, a teoria de falha de Mohr data de 1900, 0 que é relevante para sua apresentago, Nao havia computadores, apenas réguas de célculo, compassos ¢ cuvas fran- cesas, Procedimentosgraficos, comuns entio, so ainda itis hoje para visualizacio. A ideia dde Mohr baseia-se em ts ensaios “simples: trago, compresso e cisalhamento, até 0 es- coamento se 0 material puder escoar, ou até a ruptura. mais fécil definir a resistencia de escoamento por cisalhamento como Si, do que fazer um ensaio para obté-la, {A parte as dificuldades praticas, a hip6tese de Mohr foi usar 0s resultados de ensaios de tragio, compressio e cisalhamento por torcio para construir os trés circulos da Figura 5-12 a fim de definir uma envolt6ria de fatha, representada como linha ABCDE na figura, acima do eixo a. A envolt6ria de falha nao necessita ser reta, O argumento resultou nos tués circulos de Mohr, descrevendo o estado de tensio em um corpo (ver Figura 3-12), crescendo durante o carregamento até que um deles fica tangente & envolt6ria de falha, definindo desse modo a falha. A forma da envoltria de falha era rea, circular ou quadri- tica? Um compasso ou uma curva francesa definiu 0 envelope de falha. ‘Uma variagdo da teria de Mohr, conhecida como teoria de Coulomb-Mor, ou teoria 4a fricedo interna, assume que a fronteira BCD na Figura 5-12 6 reta. Com essa hipdtese, somente as resisténcias & compressio e trago si necessérias. Considere o ordenamento convencional das tenses principais na forma 0; > 02 > os. O eftculo maior conecta 01 € a3, como mostra a Figura 5-13. Os centros dos circulos na Figura 5-13 so C), Ce Cs. ‘Triangulos OB;C; sao similares, portanto BaCo~ BC, _ BaC3 ~ BC 0C:— OC, OC, OC; 246 | Evans de méavinos do Shigloy: poet de ong yura 5-12 Ths circulos de Mahe: vim pore 0 ensaio de compressdo, Uniaxial, um para @ ensaio de cisalhamonto puro @ um ara 0 ensalo de tape Uniaxa; sd utizados para dof flho pela hipétese de ‘Mohr. As resisiincias $0 5, $50 08 resistincias de ‘compressio e tagso, respectvamente; elas podem ser vsadae para a resséncia cde ercoamento ou dima igura 5-13 CCircvlo maior de Mohr pare um estado geral de leno. Linh de faha de CCoalomt Mok, ana Ss S&S 2.272 Sata SH 2 2 202 (5-22) ‘em que tanto a resisténcia a0 escoamento quanto a resisténcia iltima podem ser usadas. Para tensio plana, em que as duas tensdes principais nfo nulas s40 04 2 op, temos uma situagao similar aos ts casos apresentados para a teoria MSS, Equagdes (5-4) a (5-6), isto &, Caso I: 04 2 on 2 0. Para esse caso, 0} = 04 € 03 = 0. A Equacdo (5-22) se reduz a condigio de falha de on2S: (5-23) Caso 2: 04 2 02 ap. Aqui, 01 = 04 € 03= 95, ¢ a Equagio (5-22) torna-se eS (5-24) Caso 3: 02 a4 2 ap. Nesse caso, 01 = 0'e a3 = am, € a Equagio (5-22) nos dé (5-25) Figura 5-14 Gréfico de teria de falho cde Covlombtobe para cestades de tonsso plana, EXEMPLO 5-2 Solucéo Resposta Falhas weculonts de caragamenta eséico | 247 ‘Um tragado desses casos, juntamente com os casos normalmente no usados correspon- dentes a op > 04, é mostrado na Figura 5-14. Para equagdes de desenho, incorporando o fator de seguranga n, divida todas as resist cias por n. Por exemplo, a Equagao (5-22) como equacao de desenho pode ser escrita como reo (5-26) Si Soom ‘Uma vez que para a teoria de Coulomb-Mohrnio necessitamos do circulo de resistén- cia por cisalhamento torcional, podemos deduzi-la da Equagio (5-22). Para ci puro r, 0) =—05= r.A resisténcia torcional de escoamento ocorre quando Tnax tituindo o =~ 03 = Syy na Equagdo (5-22) ¢ simplificando, temos Sy1Sye %= Se (5-27) Um eixo de didmetro de 25 mm ¢ estaticamente torcido até 230 N-m. Ele ¢ feito de alu- minio 195-T6 fundido com uma resisténcia de escoamento em trago de 160 MPa ¢ uma resisténcia de escoamento em compressio de 170 MPa. Ele € usinado ao diimetro final Calcule o fator de seguranga do eixo. A tensiio de cisalhamento maxima é dada por ler 16(230) xP x [25 (10) 5 (10°) N/m? = 75MPa As duas tensdes principais nflo nulas so 75 ¢ ~75 MPa, fazendo as tensdes principais or- denadas 0) = 75, 02= 0 € 03 =~75 MPa. Da Equagao (5-26), para escoamento, 10 o1/Sy. = 05/3. 75/160 ~ (-73)/170 Alternativamente, pela Eque%o (5-27), SyrSye__ 1600170) Sy Sw Se 1604 170 ae 298 | elementos do m Resposta Figura 5-15 Dados experiments superpeslos 0 leorias de falta (Eshade do Figura 7.11 p. 257, Mechanical Behavior of Materials, 2 edi, N. E Dowling Pence Hal, Englewood Clif, NJ, 1999. Medticado para most apenas falhas dices) ings de Shige: piojelo de engonharia mecérica ‘5 MPa. Assim, = 1,10 mmx 73 dicte’ ‘Tendo estudado algumas entre as varias teorias de fala nés as avaliaremos agora e mos- traremos como sio aplicadas em anilisee projeto, Nesta segio nos limitaremos a mate- riaise pogas que sabidamente falham de mancira dictl, Materiais que falham de mancira frégil serio considerados separadamente porque requerem teorias de falha diferentes. Para ajudar a decidir com relagao a hip6teses apropriadas e trabalhaveis de falha, Ma- rin® coletou dados de muitas fontes. Alguns dos pontos de dados usados para selecionar entre teorias de falha para materiais diicteis so mostrados no grafico da Figura 5-15.” Mann também coletou muitos dados para cobre eligas de nfquel; se mostrados, 0s pontos de dados para esses apareceriam mesclados com aqueles jé diagramados. A Figura 5-15 mostra que tanto a teoria da tensto de cisalhamento maximo quanto a teoria da energia de Resumo das teorias de falha de materi Gisthamert0 06. Egcoamento(S,=5;) © AgoNiceMo AgpAST 1023 Azo2s-ts al3st “Joseph Marin fi um dos ploneios na coet, desenvolvimento ¢ isserinagSo de material relaionado 3 falha de ‘elementos de engenharia, Ele publicou véros lvtose artigo sobre oassunto. Agu a eferénca utiliza € Joseph Marin, Engineering Materials. Englewood Clif. N.: Prentice-Hall 1952. 7 serve que alguns duos na Figura S-15 esto dispostos ao longo da rote horizontal superior em que 2 04. 0 6 frequentemente feito com dados de ala pra alargar pont de dadoscongestionaos,warando na imagem-espetho a linha op EXEMPLO 5-3 | Figura 5-16 alas reautontes de coragaments extica | 249 distorgo so aceitaveis para desenho e analise de materiais que falhariam de uma forma dict. Voeé pode querer tracar outras teorias usando um lépis vermelho ou azul na Figura 5-15, para mostrar por que elas nfo so aceitaveis ou nfo sto usadas. A selegio de uma ou outra dessas duas teorias é algo que 0 engenheiro deve decidir. Para projeto, a teoria da tensfo de cisalhamento maxima ¢ fécil, ripida de usar e conser- vativa. Se 0 problema consiste em saber por que uma parte falhou, entio a teoria da ener- gia de distorgo pode ser a melhor; a Figura 5-15 mostra que 0 locus da teoria da energia de distorgdo passa mais proximo da srea central abrangida pelos pontos de dados, assim é zgeralmente, um melhor preditor de falha, Para materiais dicteis com resistencias de escoamento desiguais, Syyem traglo € Sy em compressao, a teoria de Mohr & a melhor entre as disponfveis. Contudo, ela requer 0s resultados de t's modos de teste separados, construcio gréfica do locus de falha e ajuste do maior eieulo de Mohr ao locus de falha. A alternativa consiste no uso da teoria de Coulomb-Mohr, que requer apenas as resisténcias ao escoamento Sob trago ¢ compressio € facilmente utilizada em forma de equagao. Este exemplo ilustra o uso de uma tcoria de falha para determinar a resisténcia de um elemento mecfnico ou componente. O exemplo pode também esclarecer qualquer confu- stl existente entre as expressbes resistencia de uma peca de méquina, resisténcia de um ‘materiale resistencia de uma peca em um ponto. Certa forga F aplicada em D préximo a extremidade da alavanca de 380 mm mostrada nna Figura 5-16, que é bastante similar a uma chave de roda, resulta em certas tensdes na barra em balango OABC. Essa barra (QABC) ¢ feita de ago AISI 1035, forjado e tratado termicamente de modo que possui uma resistencia minima (ASTM) ao escoamento de 560 MPa, Supomos que esse componente nao tem valor algum apés ter sofrido escoamento. Assim, a forga F requerida para iniciar 0 escoamento pode ser considerada como a resis- téncia da parte do componente. Encontre essa forca. eet 40 am 250 Elmentoe de maquina: de Shige projets de engonharia mecérica Solucdo Resposta EXEMPLO 5-4 Assumiremos que 0 brago DC é forte o suficiente, e assim nao é parte do problema. O ago AISI 1035, tratado termicamente, teré uma redugdo de area de 50% ou mais e, portanto, é um material diictil a temperaturas normais, Isso também significa que a concentragiio de tensio no ressalto A nflo necessita ser considerada, Um elemento de tensiio em A na super- ficie de cima estard sujeito a uma tensdo de tracZo por flexdo e a uma tensio de toreao. Esse ponto, na seedo de 25 mm de didmetro, é a posico mais fraca, e governa a resisténcia, do conjunto, As duas tensées siio M _ 32M _ 32(0,355F) © Tie xd ~ (0,025) _ Tr _ 16T _ 16(0,38F) _ = T= a (0.028) ~ 123800F = 231424 F Empregando a teoria da energia de distorgo, encontramos, com base na Equagtio (5-15), que 2 > 1/2 3412386087] = (231424 = 315564 F (#303 Ipusando a tenso de von Mises aS reslvemos para variévelF para ober Sy _ 560 x 10 SIsse 315560 = 177kN Neste exemplo a resisténcia do material no ponto A € Sy = 560 MPa. A resisténcia da mon- tagem ou componente é F= 1,8 kN. ‘Vejamos como aplicar a teoria MSS. Para um ponto sob tensio plana com apenas uma ten- ‘io normal nfo nula e uma tensio de cisalhamento, as duas tenses principais nfl nulas a4 € 68 {ero sinais opostos e, portanto, conformam com o Caso 2 da teoria MSS. Da Equacio (3-13), on on= 2f(%) +a] = (ote ae)” Para 0 Caso ? da teoria MSS, a Equagio (5-5) € aplicavel e, portanto, (2 + 423)" = 5, (1231424 FP + 4123860 FY)" = 339002 F = 560 x 10° F = 1,65kN que & cerca de 7% menor que 0 encontrado com 0 uso da teoria DE. Como se afirmou antes, a teoria MSS é mais conservativa que a teoria DE. © tubo em balango mostrado na Figura 5~17 deve ser construido de uma liga de aluminio 2014 tratada para obter uma resisténcia especificada minima ao escoamento de 276 MPa. Desejamos escolher um tubo de inventério da Tabela A-8 utilizando um fator de projeto q= 4. A catga de flexio é F= 1,75 KN, a tragdo axial € P = 9,0 KN € a torgio é T= 72 N-m. Qual € 0 fator de seguranga aleangado? | Figura 5-17 Solucdo Resposta 5. Falhorresuhanes de comegamenta esttico | 251 ‘Uma vez que 0 momento fletor maximo € M- nna superficie de topo do tubo, na origem, Me _ 9 , 120(1,75)(d/2) _ 9 | 105dy TA T avcT 120 F, a tensio normal, para um elemento, a ox em que, a tenso resulta em gigapascais, se utilizarmos milimetros para as propriedades de fea, A tensio torcional no mesmo ponto é Tr _ Tde/2) _ 36, 5 2 7 7 7 es Por acuricia, escolhemos a teoria da energia de distorgio como base de desenho. A tensio de von Mises, como no exemplo anterior, (o2 +3t3) (3) Com base no fator de projeto dado, o objetivo para a’ é 0,276 os % “na 4 0,0690 GPa 4 em que utilizamos gigapascais nessa relago, por concordancia com as Equagées (1) ¢ (2). Programar as Equagdes (1) a (3) numa planiha, entrando os tamanhos métricos obtidos da Tabela A-8, revela que um tubo de 42 mm x 5 mm é satisfat6rio. A tensdio de von Mises encontrada é 0 =0,06043 GPa para esse tamanho. Assim, 0 fator de seguranga alcangado é Sy _ 0276 Sy O77 _ 457 a” ~ dos = “5 Para o préximo tamanho menor, um tubo de 42 mm x 4 mm, 0’ = 0,07105 GPa, dando um fator de seguranga de 252 | elementos do méauinas de Sigh: projle de enger 5-8 [o} Gratic da teoria de falha da tenssio normal rméxima (MINS| para ‘estados de tensdo plana, Estados de tensdo localizados dento de locus de falha sao seguros. |b) Gratico da inha de ‘caregamenio, Teoria da tensdo normal maxima frageis normal méxima (MNS) afirma que ocorre falha sempre que uma das trés tensdes principaisiguala-se ou excede a resistencia, Novamente arranjamos as tes tensdes prineipais para um estado de tensio qualquer na forma ordenada o 292 03. Ess tcoria prediz ocorréncia de falha sempre e quando M1 2Sy OW 3S “Sye (5-28) em que Sy€ Sy: S40 as resisténcias de tragdo e compressao dtimas, respectivamente, dadas ‘como quantidades positivas. ara tenso plana, com as tenses principais dadas pela Equaco (3-13), com a4 > op, a Equacio (5-28) pode ser escrita como OA2Sw OW OBS “Suc (5-29) que ¢ tragada na Figura 5-184, Como anteriormente, as equagdes do critério de falha po- dem ser convertidas em equagdes de desenho. Podemos considerar dois conjuntos de ‘equacdes para linhas de carregamento, em que ¢4 2, como 6 Lisa de earezament Lokade cartegamenio 4 Lake de carepanmto 3 o Fotos sores de coregonen eitico | 258 or= SH gy> on20 Linha de carregamento 1 on2 0208 = Linha de carregamento 2. (5-30a) Suc os on=-S# 042020» © |2]> 5 Linhade canezameno 3 02 on2 op Linba de carregamento 4 (5-208) em que as linhas de carregamento so mostradas na Figura S-18b, Antes de comentarmos algo mais relativo & teoria MNS, vamos explorar algumas ‘modificagdes da teoria de Mohr para materiais frageis. 5-9 Teoria de Mohr modi para materiais frageis ‘Vamos discutir duas modificagdes da teoria de Mohr para materiis frageis: a teoria de Coulomb-Mohr fragil (BCM) e a teoria de Mohr modificada (MM). As equagoes apresen- tadas para as teorias se restringirSo a tenses planas e sero de desenho, com a incorpora- «fo do fator de seguranga. A tcoria de Coulomb-Mohr foi discutida no comego da Seg 5-6 com as Equagdes (5-23) a (5-25), Eseritas como equagdes de desenho para um material frégil, so: ada Coulomb-Mohr fragi (5-319) on op _ i A) gz 02a (5-316) Sa Suen * aes Suc op=-"* 02 a2 08 (314 Com base em dados observados para 0 quarto quadrante, a teoria de Mohr modificada expande o quarto quadrante, como mostra a Figura 5-19, Teoria de Mohr modificada ($-32a) (Sue (5-026) Gyae & 02 on 2 op (5-324) Os dados estio ainda fora dessa frca extendida. A linha reta introduzida pela teoria de Mohr modificada, para 4 > 0 > op ¢ log/o4l > 1, pode ser substitufda por uma relagio 254 Figura 5-19 Dodos de fre biaxial de feo fundide cinza ccomparades com wétios, citérios de falho (Dowling, NE. Mecharical Behavior of Materials, 2 ed, 1999, p. 261 Reimpresso com peymissGo dl Pearson Education, re Upper Sadi River Nowa Jesey| EXEMPLO 5-5 Solucdio Elmantce de méqvinas de Shigly: projeto de enger parabélica, que pode, de maneira mais aproximada, representar alguns dos dados.* Contu- do, isso introduz uma equagao nao linear com o propésito de obter uma corrego menor, ¢ niio ser apresentado aqui. Seri E Shigley,C. R. Mischke,R.G, Budynas, Mechanical Engineering Design: Tod, Nova York: McGraw-Hill 2004, p. 275, Considere a chave de roda no Exemplo 5-3, Figura 5-16, como feita de ferro fundido, usinado as dimensdes. A forga F requerida para fraturar essa parte pode ser considerada @ resisténcia do componente da parte. Se 0 material usado ¢ 0 ferro fundido ASTM grau 30, cencontre a forga F com (a) Modelo de falha de Coulomb-Mohr. (b) Modelo de falha de Mohr modificado. Assumimos que a alavanca DC é forte 0 suficiente, portanto ndo é parte do problema. Uma vez. {que ferro fundido grau 30 ¢ um material frégil, e sendo ferro fundido, 0s fatores de concentra ‘0 de tensio K; € Ki S8o tomados como unitirios. Da Tabela A-22, a resisténcia dltima & traglo é 210 MPa ea resistncia tiltima & compressa vale 750 MPa, O elemento de tenséo em ‘Ayno topo da superficie, estarésujeito & tensio de trago proveniente da flexio e & tensdo tor- ional. Essa localidade, no filete da sego de 25 mm de difmetro, é a mais fraca e govema a resistencia do conjunto. A tenslo normal ea tensio de cisalhamento em A sio dadas por M4 32M _ 320,355) _ 7 on= Ki = Kia = Dg gasp = 312A F Trg 16T _ (4, 16(0,38) _ By = Kup = Kua = Deg gasp = 123860F Da Equacio (3-13), as tensdes principais nao nulas 04 € oy S80 > on on Biro = + (123860F)?= 285213F, -33789F 5. Faas esuhnies do careganentoessico | 255 Isso nos coloca no quarto quadrante do plano o4, 6p. (a) Para BCM, a Equago (5-314) é aplicdvel com n = I para a falha. 4 oy _ 285213 F_ (-53789F) Su Sue 210105 ~ 750x106 Resolvendo-se para F, resulta Resposta F=699N (b) Para MM, a inctinagdo da linha de carregamento 6 lop/a4l = 53 789 /285213 = 0,189 < I Obviamente, a Equagio (5-32a) ¢ aplicavel. oq _ 2852138 Su 210 10% Resposta F=736N Como se esperaria de uma inspegio da Figura 5-19, a teoria Coulomb-Mohr é mais conservativa, 5-10 Resumo de falha de materiais frageis Figura 5-20 Gralica de dadoe cexperimentasobtidos de tensaios em frre fundido, 'Sdo mosados lambém os dgrdlicos de ts teorias de fatto de possivel vildade ora moterais ages. Note (3 pontos A, B,C. © D. Para cevilor congestionaments no primeit quadrante, pontos foram tacados pore ‘24> 08, bem como para © sentido oposto Fonte: Charles F Wallon fed), kon Castings Handbook, kan Found! Sociey, 1971, p. 215, 216, Cleveland, Ohio. Identificamos a falha ou resisténcia de materiais frégeis, que se amoldam ao significado usual da palavra rdgil, relacionando-a aqueles materiais cuja deformagio verdadeira na fratura é de 0,05 ou menos. Também temos de estar cientes de materiais normalmente diicteis que, por alguma razfo, podem desenvolver uma fratura frégil ou trinca se usados abaixo da temperatura de transigdo. A Figura 5-20 mostra dados para um ferro fundido de Teoria de Mobr modiicata \ ASTM w 30CL Figura 5-21 Diagram de fxo para selocao de teoria de falha 12% de Shighy: projet de enganhore macénica ‘grau nominal 30 submetido a condigdes de tenso biaxial, sob varias hipéteses de fratura frdgil mostradas de forma superposta. Notamos 0 seguinte: + No primeiro quadrante, os dados aparecem em ambos 0s lados e a0 longo do lugar geométrico de falha da tensdo normal maxima, das teorias de Coulomb-Mohr e de ‘Mohr modificada. Todas as curvas de falha sto idénticas ¢ os dados se ajustam bem. + No quarto quadrante, a tcoria de Mohr modificada representa melhor os dados. + No terceiro quadrante, os pontos 4, B, Ce D sto em ndmero insuficiente para efetuar qualquer sugestdo concernente a um lugar geométrico de fratura, Selecao de critérios de falha Para materiais diicteis, o critério preferido € o da teoria de energia de distorgfo, embora alguns desenhadores também apliquem a teoria da tensfo de cisalhamento maxima por ‘causa de sua simplicidade e natureza conservativa. No caso raro em que Syx # Sye, 0 méto- do diictil de Coulomb-Mohr é utilizado. Para comportamento frégil, hipétese original de Mohr, construida com testes de tragaio, compressio e tore, com um locus de falha curvo, é a melhor hipétese que se tem. Contudo, a dificuldade em aplicé-ta sem um computador leva os engenheiros a escolhe- rem modificagdes, nomeadamente as teorias de Coulomb-Mohr ou a de Mohr modificada. A Figura 5-21 apresenta carta de fluxo de resumo para a selecdo de um procedimento cefetivo para andlise ou predig&o de falhas para carregamento estitico no caso de compor- tamento fragil ¢ diictil. = Comporamenio fit {+ comportamento il ——————+ “Teatla de Mohr Coslom’-Mohr fyi! Coulomt Mohr dct rmoifcada (MND eM) (DCM). TEquagio (5-32) BquagioS3) 8) mmsxima Bquagses (5-18) Mss) 19) guagio (3-3) 5-12 alas rautontes de coragamentaeetica | 257 Introducdo @ mecdnica da fratura ‘A ideia de que existem trincas em pegas mesmo antes de o servigo comegar e de que elas podem crescer durante o servigo levou & criago da expresso “desenho tolerante a dano”. O foco dessa filosofia esté no crescimento da trinca até ela se tornar critica e a pega ser retirada de servigo, A ferramenta de anilise € a mecénica de fratura linear eldstica (LEFM). A ins- eco e a manuten¢do sfo essenciais na deciso de retirar pecas antes que as trincas atinjam tamanhos comprometedores. Sempre que a seguranca humana estiver envolvida, inspecOes periddicas de trincas so obrigatérias por c6digos de ética e decisées governamentais. Examinaremos agora, brevemente, algumas das ideias basicas e 0 vocabulério neces- sério para que o potencial da abordagem seja apreciado, A intengo aqui € tornar o leitor ciente dos perigos associados com a fratura fragil sibita dos assim chamados materiais diicteis. O tépico € demasiado extenso para ser aqui tratado em detalhes, ento, aconselha- se ao leitor ler mais sobre esse complexo assunto.’ 0 uso de fatores elisticos de concentraco de tenso prevé uma indicagio da carga, ‘média requerida em uma pega para o inicio da deformago plistica, ou escoamento; esses fatores so também titeis para a anslise das cargas em uma pega que causariio fratura por fadiga. Contudo, os fatores de concentragao de tensao séo limitados a estruturas para as uais todas as dimensdes so conhecidas com preciso, particularmente 0 raio de curvatu- +a nas regides de alta concentracio de tens0. Quando existe trinca, vazio, incluso ou defeito de pequeno raio desconhecido em uma pega, 0 fator de concentragio de tensio aproxima-se do infinito & medida que 0 raio de raiz se aproxima de zero, tornando inttil a abordagem do fator de concentragio de tensio. Além disso, ainda que 0 raio de curvatura da ponta da falha seja conhecido, as altas tensbes locais levario a deformagSes plasticas locais circundadas por uma regitio de deformacio clistica. Fatores de concentragio de tensio eléstica no so mais vilidos nessa situago, de modo que a andlise sob o ponto de vista dos fatores de concentragdo de tensi0 no leva a critérios dteis para um desenho quando trincas bastante pronunciadas estio presentes. ‘Ao combinar a andlise das mudancas elésticas brutas em uma estrutura ou pega que ocorrem & medida que uma trinca frégil agueada cresce, com medidas da energia requeri: da para a produgio de novas superficies de fratura, ¢ possivel calcular a tensdio média (se rnenhuma trina estivesse presente) que causaré crescimento da trinca na pega. Tal célculo € possivel apenas para partes com trincas em que @ andlise eléstica foi completada, ¢ para ‘materiais que trincam de uma maneira relativamente fragil e cuja energia de fratura tenha sido cuidadosamente medida. O termo relativamente frégil é rigorosamente definido nos procedimentos de teste," mas ele significa, grosso modo, fratura sem escoamento que ‘ocorre por toda a segao transversal fraturada, Desse modo, vidro, agos duros, ligas fortes de aluminio e até agos de baixo carbono abaixo da temperatura de transigao dtictil-frégil podem ser analisados dessa maneira, Feliz~ ‘mente, os materiais dicteis embotam trincas pronunciadas, como haviamos previamente descoberto, assim, a fratura ocorre a tenses médias da ordem da resisténcia ao escoamento, 0 desenhador esta preparado para essa condig0. Os materiais intermedidrios que se situam * Refertncias sobre fratua fei inven: 1H. Tada: PC Pris. The Stress Analysis of Cracks Handbook: 2 ed. St Lous: Paris Productions, 1985, . Brock, Blementary Engineering Fracture Mechanics 4d, Londres: Martinus Nijho, 198 1. Brook. The Practical Use of Fracture Mechanics. Londres: Kluwar Academic Pubs, 1988. David K. Felbeck, A. G. Atkins, Strength and Fracture of Engineering Solids, Englowood Cliffs. NJ Prentice-Hall, 1984 Kellan. uroduction ro Fracture Mechanics. Nova York: MeGraw-Hil 1984 "gs 547:1977 e ASTM £39.78 258 Elmantce de méqvinas de Shigly: projeto de enger centre “relativamente fragil” e “dtictil” esto, no presente, sendo analisados de maneira ativa, porém, critérios exatos de desenho para esses materiais ainda ndo esto disponivei Fratura quase estética Muitos de n6s jd tivemos a experiéncia de observar fraturafrégil, quer seja a quebra de um «espécime de ferro fundido em um ensaio de tragio, quer sejafratura por torgio de um pedago de giz de quadro-negro. Ela ocorre tio rapidamente que pensamos nela como instantanea, isto 6, a segio transversal simplesmente se partindo. Poucos entre nds patinaram em um lago ‘congelado na primavera, sem ninguém por perto e, 20 ouvir um estalido de trincamento, pa- ‘ram para observar. O barulho deve-se a trincaduras no gelo. As trincas movem-se devagar 0 suficiente para que possamos vé-las correndo. O fendmeno nao ¢ instanténeo, uma vez. que se requer algum tempo para fornecer a energia de fratura, a partir do campo de tensio para a trinca, para a propagaco. Quantificar essas coisas é importante para entender 0 fendmeno em ‘pequenas proporgdes. Em grande escala, uma trinca estitica pode ser estavel e nfo se propa- ‘gar. Certo nivel de carga pode tornar a trinca instavel e ela se propagard até a fratura, ‘A fundagtio da mecénica de fratura foi estabelecida primeiramente por Griffith, em 1921, usando célculos dos campos de tensio para uma pequena imperfei¢ao elipticaem uma placa, desenvolvidos por Inglis em 1913. Para a placa infinita carregada por uma tensio uniaxial aplicada o da Figura 5-22, a tensdo méxima ocorre em (a, 0) ¢ & dada por (ymax = (1 + a) (5-33) Note que, quando a= 6, aelipse torna-se um cftculo ¢ a Equagdo (5-33) nos dum fator de cconcentrago de tenso 3. Isso esté em concorincia com o resultado bem conhecido de uma placa infinita com um furo circular (ver Tabela A-13-1). Para uma trinca fina, 6/a —> 0, © a Equacio (5-34) prediz. que (0,)max > 60. Contudo, num nivel microsc6pico, uma trinca infinitamente pontiaguda é uma abstracio hipotética fisicamente impossfvel, & ‘quando ocorre deformacgo plastica a tensio sera finita na ponta da trinca Griffith mostrou que o crescimento da trinca ocorte quando a taxa de lberagao de enerpia 4o carregamento aplicado for maior que a taxa de energia requerida para o crescimento da, trinca. Crescimento instivel de trinca ocorre quando a razdo de mudanga da taxa de libe- ragio de energia com relagdo ao tamanho da trinca é igual ou maior que a razdio de mu- ddanga da taxa de energia de crescimento da trinca. O trabalho experimental de Griffith se restringiu a materias frégeis, nominadamente o vidro, o que confirmou bastante bem sua hipdtese de energia de superficie. Contudo, para materiais dcteis, sabe-se que a energia necesséria para realizar trabalho pléstico na ponta da trinca é muito mais crucial que a cenergia de superficie. c ES : 5. Falhos reshontes de caragamanto etsico | 259 Figura 5-23 Modo Modo tt Modo tt Modos de trinca e o fator de intensidade de tenséo [Existem trés modos istintos de propagagio de trinca, como mostra a Figura 5-23. Um eam- po de tensdo de traglo dé origem ao modo I, 0 modo de propagacdo de abertura de trinca, como mostrado na Figura 5-23a. Esse modo ¢ 0 mais comum na prética. O modo Il é 0 modo de deslizamento, que resulta do cisalhamento de plano ¢ pode ser visto na Figura 5-236. 0 ‘modo III €0 modo de rasgamento, que surge do cisalhamento de fora de plano, como mostra a Figura 5-23c. Combinagdes desses modos também podem ocorrer. Considerando que 0 ‘modo I ¢ 0 mais comum e importante, o restante desta seco trataré somente dele. Considere uma trinca de modo I com comprimento 2a na placa infinita da Figura 5-24. Usando fungoes de tenso complexas, mostrou-se que 0 campo de tensdo em um elemento dx dy na vizinhanga da ponta da trinca € dado por a8 636 o, Feo (1-son 3 sen’) (5-34a) © con” (1+ sen? sen! ay 5, 6085 (I +8en5 sens (5-346) 68 30 ty sens €08 5 e08 (5-34e} 0 (para tensdo plana) a { v(%,+0,) (para deformagao plana) (Sade Figura 5-24 , ‘Modelo de tinea do medo | i 260. | Elorenics de méauinas de Silay: plies de ergo A tenso oy proxima a ponta, com Tal como acontece com a trinca eliptica, vemos que gjly=o > co & medida que r > 0,€ novamente 0 conceito de uma concentraglo de tensio infnita na ponta da trea é inapro- priado. A quantidade o;l¢.0 Y3r =o Ya, contudo, permanece constante & medida que r—> 0. E pratica comum definir um fator K, chamado de fator de intensidade de tensio, dado por K=0o \xa (6) no qual as unidades sio MPa m ou kpsiVin. Visto que estamos considerando uma trinca do modo 1, a Equagio (b) € escrta como K,= 0 {xa (5-35) O fator de intensidade de tensio ndo deve ser confundido com os fatores de concentragio de tensio estitica K; and K,, definidos nas Segdes 3-13 ¢ 5-2. Assim, as Equagdes (5-34) podem ser reescritas como a,= KL cos® (1 sen? sen2® (5-360) Qar 2 2 Kr eo O36 0088 (1+ sen8 sen2? 5-266 ere (Itongeny) a kK 6 38 y= he sent cos Scos (06d ° (para tensbo plana) (5-36d) v(o, +0) (para deformacao plana) fator de intensidade de tensdo é uma fungio da geometria, do tamanho ¢ da forma da trinca e do tipo de carregamento. Para varias cargas e configuragdes geométricas, a Equacdo (5-35) pode ser escrita como Ky = fo Sra (5-37) ‘em que f é 0 fator de modificagdo da intensidade de tensiio. Tabelas para f esto disponi- veis na literatura para configuragSes basicas."' As Figuras 5-25 a 5-30 apresentam alguns ‘exemplos de 6 para propagacio de trinca do modo Tenacidade de fratura Quando a magnitude do fator de intensidade de tensa do modo | alcanga um valor critica Kj, tem inicio a propagacio de trinca. O fator de intensidade de tensao critico Ky é uma propriedade material que depende do material, do modo de trinca, do processamento do "er, por exemple: H. Tada, PC. Pats. The tress Analysis of Cracks Handbook: 2", St Lous: Paris Productions, 1985, G.C. Sib. Handbook of Sires: Intensity Factors for Researchers and Engineers. Bethlehem, Pa: Intute of Fracture and Solid Mechanis, Lehigh Universi, 1973 ¥, Murakami, (ed). tress Intensity Factors Handbook. Oxford Reino Unido: Pergamon Press, 1987 W.D. Pity. Format for Sires, Strain and Stractaral Matrier: 8, Nova York: John Wiley & Sos, 2005, 5. Falhas esshanes de comegaments estico | 261 Figura 5-25 22 4 Tinea foe de cento nua ploca seb race tretttett Beagidinal cx evra ‘Bids to de panda 30 tinea em A; 08 curves wwacejadas sd0 de ponte ra é om B. \“ oe HALE * “toa “ Figura 5-26 ™ Plca sb tao longhdinl . Com uma inca na bed setae pore a cuva sélida no hi restigdes 6 fexdo; a cuva tnacejada foi obtida com restigdes & fexdo ‘odicionadas. 262 12: de Shik: projete de enganhore macénica igura 5-27 Vigas de seq rtongular ‘com uma tinea de bord saaio ah Placa contendo umn fo ccicular com duas fincas, 0b woxdo, raxio a/b ‘material, da temperatura, da razo de carregamento ¢ do estado de tensfo no local da trin- ca (tal como tensio plana versus deformacio plana). O fator de intensidade de tensio critico Kie € também chamado de tenacidade de fratura do material. A tenacidade de fra- tura para deformagio plana € normalmente menor que aquela para tensio plana, Por essa +4220, 0 termo K€ tipicamente definido como tenacidade de fratura de deformaao pla- ‘na, modo I. A tenacidade de fratura K. para materiais de engenharia situa-se no intervalo 20'S Kx. $ 200 MPa-Jm; para polimeros de engenharia e materiais ceramicos, 1 < Kx S ‘5. MPa-Jm. Para um ago 4340, no qual a resisténcia ao escoamento devido a tratamento térmico muda de 800 MPa para 1 600 MPa, Kj. decresce de 190 MPa a 40 MPa-¥m. Figura 5-29 Um clindro cartegado em ‘rag axial endo ume inca todial de profundidade & que se estende completamente 00 redor de sua crcunferéncio, Figura 5-30 Cline submetide & pressdo interna p, passuinde uma tinea radial na direc longivdinal, com protundidade o. Use @ Equagdo [4-51) para a fensdo tangencial em r= 6, 5. Falhos resuhanes de caregamants etsico | 263 40 AAEM AAA 20] o 02 oa 06 oe raaioa/(r,r) raeio aftr, 7) ‘A Tabela 5-1 apresenta alguns valores aproximados tipicos & temperatura ambiente de Kj. para varios materiais. Como previamente notado, a tenacidade de fratura depende de varios fatores ¢ a tabela visa apenas comunicar algumas magnitudes tipicas de Ki. Para uma aplicagao real é recomendado que © material especificado para a aplicago seja certifi do, utilizando procedimentos normalizados de ensaio [ver norma E399 da American So- ciety for Testing and Materials (ASTM)]. 264 | Elemartos de méauinas de Shigly: projle de enge Tabela 5-1 Mat are a Vee de Ki para alguns motes de engerhana's Aluminio temperatura ambiente. 2024 26 455 7075 24 495 778 33 490 Tino Troalay nis 910 Troabav 55 1035 Ago. “4340 99 260 4340 60 1515 52100 14 2070 ‘Um dos primeiros problemas enfrentados pelo desenhador é decidir se existem condi- ‘¢8es, ou nao, para uma fratura fragil. Operagao a baixa temperatura, isto é, temperatura abaixo da ambiente € um indicador-chave de que a fratura frégil € um modo possivel de tém sido publicadas tabelas de temperaturas de transi¢o para varios materiais possivelmente em raziio das amplas variagdes em valores, ainda que para um tnico mate- rial, Assim, em vérias situagdes, ensaios de laboratério podem dar a tinica pista para a possibilidade de uma fratura fragil. Um outro indicador-chave da possibilidade de fratura € a razio entre a resisténcia ao escoamento e a resisténcia tiltima. Uma razio alta S,/Sy indica haver apenas pequena habilidade de absorgo de energia na regio plastica, e por- tanto a probabilidade de uma fratura fragil. A razio resisténcia pela tensio Ki./K; pode ser utilizada como um fator de seguranga Kite Ki 5-29 Kr ‘ ! EXEMPLO 5-6 Uma placa de convés de navio de ago tem 30 mm de espessura e 12 m de largura. E carre- ‘gada com uma tensfo nominel de trago uniaxial de 50 MPa. E operada absixo de sua temperatura de transigdo dictil a frégil com Ki. igual a 28,3 MPa, Se uma trinca transver- sal central de 65 mm de comprimento estiver presente, calcule a tensfo de trago na qual ‘ocorrerd uma falha catastréfica. Compare essa tenso com a resisténcia ao escoamento de 240 MPa para esse ago. Solugdo Pela Figura 5-25, com d = 6, 2a = 65 mm ¢ 26 = 12 m, assim que d/b = Le a/d = (65/12(10") = 0,00542. Visto que a/d é bem pequeno, = 1, tal que Ky = 0 {a= 50/7325 X10) = 16,0 MPa fm Da Equacao (5-38), n= Ke. 783 _ ay K, 160 Resposta EXEMPLO 5-7 Solugdo 5. Falhos resales de caregamanto estico | 265 A tensdo na qual ocorre falha catastrofica é: (50) = 88,4 MPa A resisténcia ao escoamento € de 240 MPa, ¢ a falha catastr6fica ocorrerd a 88,4/240 = 0,37, ou a 37% do escoamento. O fator de seguranga nessa circunstincia € Kj-/K; 28,3/16 = 1,77 e ndo 240/50 = 4,8. Espera-se que uma placa de largura 1,4 m e comprimento 2,8 m suporte uma forga de tracdo de 4,0 MN na direcdo dos 2,8 m. Procedimentos de inspeco detectarao, através da cespessura, apenas trincas de borda maiores que 2,7 mm, As duas ligas Ti-6AL-4V da Ta- bela 5-1 esto sendo consideradas para essa aplicagdio, em que um fator de seguranga de 1,3 € peso minimo s20 importantes. Que liga deve ser utilizada”” (a) Decidimos calcular primeiro a espessura requerida para resistir ao escoamento. Uma ver que 6 = P/wt, temos que a= P/wa. Para a liga mais fraca, temos, da Tabela 5-1, 5, 910 MPa. Assim, a tensdo admissivel ou & Sy _ 910 om = Be eT no 13” MOMS Portanto, 10)? 1,4(700) = 4,08 mm ou maior at Para a liga mais forte, temos, a partir da Tabela 5-1, 1035 ou= y= T96MPa sim, a espessura é P__ 4,010) wou 1.40796) (b) Agora determinemos a espessura requerida para evitar crescimento da trinca. Usando a Figura 5-26, temos 3,59 mm ou maior h_ 282, a_ aT Brae! Be rai = 200193 Correspondentemente a essas duas razdes, encontramos na Figura 5-26 que B K)=1,lo fra. Kc _ 115 4108 Kr Vlofma’ 7 > ‘Tinga 266 Elomantoe de méquinas de Shigly: projets de engonharia mecérica 5-13 Da Tabela 5-1, Kj. 115 MPafim para a mais fraca das duas = I leva tensdo de fratura igas. Resolver para o.com us 1, 1yn(2,7 x 10>) que é maior que a resisténcia ao escoamento de 910 MPa, de modo que a resisténcia a0 135 MPa cescoamento é a base para a decisto geométrica, Para a liga mais forte, S)= 1035 MPa, com n= 1, a tensfo de fratura fica Ki 55 © 0K) 1D a27 x10) ‘que & menor que a resisténcia ao escoamento de 1035 MPa. A espessura ré = 542,9 MPa P 4,0010°) wou 1,4(542,9/1,3) Esse exemplo mostra que a tenacidade de fratura Kj limita a geometria quando a liga mais, forte € utilizada, e uma espessura de 6,84 mm ou mais se faz necesséria. Quando a liga mais fraca é usada a geometria é limitada pela resisténcia ao escoamento, dando-nos uma cespessura de apenas 4,08 mm ou maior. Assim, a liga mais fraca leva a uma escolha mais fina ¢ leve, uma vez que os modos de falha diferem. = 6,84 mm ou maior Andlise estocastica'? Confiabilidade representa a probabilidade de que sistemas de méquina e componentes iro desempenhar as respectivas fungbes pretendidas satisfatoriamente, sem falha, Até esse onto, a discussio neste capitulo foi restrita a relagdes deterministicas entre tensio ¢s- titica, resisténcia e 0 fator de projeto. Tensao e resisténcia, contudo, so, por natureza, estatisticas e, em grande medida, atreladas & confiabilidade da componente sob tensao. Considere as fungdes densidade de probabilidade para tensdo e resisténcia, 6 e S, mostra- das na Figura 5-314. Os valores médios de tensto e resisténcia So j1g ¢ s15, Fespe mente. Aqui, 0 fator de seguranga “médio” é (o} (6) A parte média tera uma margem de seguranga 7 = 1s — 1. Contudo, para a sobreposigao das distribuigdes mostrada por meio da area sombreada na Figura S-31a, em que a tensio excede a resisténcia, a margem de seguranca é negativa, e espera-se que essas partes fa- them. Essa rea sombreada é chamada de interferéncia de oe 8. ‘A Figura 5-316 mostra a distribuiglio de m, a qual obviamente depende das distribui- ‘gBes de tensiio e resisténcia. A confiabilidade que uma parte desempenhara sem falha, Ry & Grea da distribuigo de margem de seguranga para m>0. interferéncia a drea I — R, em er 0 Capito 20 antes de ler et 6590, Figura 5-31 Trocodo de funcées de ddensidade mostrando como © inerferencie de Sea & utzada para obter @ mmaigem de fonsdo m. (a) Disibugées de tensdo © resistencia, (b Disrbuigso de inereréncio; a confiabildade Ré 0 é1e0 da fungo densidad para m maior que ze10; 0 intorforéncia 6 @ éreo ak 5. Falhos resuhanes de caregamants etsico | 267 feo, fo Tensio ue se espera que as partes falhem, Consideremos a seguir alguns casos tipicos envolven- do interferéncia entre tensiio ¢ resistencia, Caso normal-normal Considere as distribuicdes normais, § = Nyis, 6s) € 6=N(J4, 9): A margem de tensio & m= S~ 6c estaré distribufda de maneira normal, porque a adig20 ou subtragio de normais € normal. Assim, m = N(jtpy, 87)- Confiabilidade & a probabilidade p de que m > 0, isto é, R= p(S>o) = p(S—o >0)= plm>0) (5-39) Para encontrarmos a chance de que m > 0, formamos a varidvel z de m e substituimos m= 0. [ver Equacao (20-16)]. Observando que jm = 4s ~ Ho € Bn = (62 +83)", escrevemos, mim _O-Hm im Ks ~ eo Sa tn Gn Gs bay (5-40) ‘A Equaco (5-40) é chamada de equacdo de acoplamento normal. A confiabilidade asso- ciada com z é dada por R= f se e0(- Sau = corpo da Tabela A-10 nos da R quando z>0¢ (I~ R= F) quando z <0. Observando que fi = 4s/#4o, quadre ambos os lados da Equagao (5~40), introduza C,e C,, em que Cy = 84/tts€ Co=So/ Mor Resolva a quadritica resultante em fi para obter F=1- 0) (5-41) (5-42) sinal de mais € associado com R > 0,5,€ 0 sinal de menos, com R < 0,5. Elements de néaunas de Shigly: pojete de engenhora mecca Caso lognormal-lognormal Consider as disribuigdeslognormais § = LN(ts 2,)€ 0= LN (ite) Se interferirmos has normais que as acompanham usando as Equagbes (20-18) c 20-19), bteremos Hing = Ins — In + C3 fus= Vin(t+ 3) (resistencia) Hing = Ing — In y+ C Sine = vfin(1+ C3) Usando a Equacao (5-40) para distribuigbes normais interferentes, tem-se n(us [LEG Hins = Hino eV 1+ CG © (s+ 63.) in[(i+ C2) (1+ C2)] (tensio) (5-43) A confiabilidade R é expressa pela Equagio (541). O fator de projeto mé a varidvel alea- (ria que representa 0 quociente $/6. O quociente de lognormais ¢ lognormal; portanto, usando a varivel da lognormal n, observa-se are 1+ C2 bn = Cutty /Anmormal que acompanha& n= LN(jin 8), das EquagBes (20-18) ¢ 20-19), possui mé- dine desvio padro de y= Ing, —Infi+ CF 8, = sfin(1 + C2) A varivel z da distribuigdo normal y que a acompanha é Ocorreré falha quando a tensao for maior que a resisténcia, quando fi < 1, ou quando y <0. _O-Hy ay __ Ing In TEER, _ In (un/ VT) ‘ wn [ee(—e+ $) nu o[-e Jin(t+ C2) + in f+ al (5-44) Falhas weculonts de caragamenta easico | 269 ‘As Equagdes (5-42) e (5-45) sto marcantes por diversas razdes: + las relacionam o fator de projeto 77 & confiabilidade objetiva (por meio de z) ¢ a coeti- cientes de variagio da resisténcia e tensio. las ndo so fungdes das médias de tensio e resistencia + Elas alculam o fator de projeto necessério para alcancar a confiabilidade objetiva antes que as decisdes concernentes 8s médias sejam tomadas. C, depende ligeiramente do material em questo. C, possui coeficiente de variagdo (COV) da carga e, geralmente, é dado. EXEMPLO 5-8 Uma barra redonda de aco 1018 repuxado a frio possui uma resi cia a0 escoamento de 0.2% S) = N(S40, 40) MPa, e deve ser submetida a uma carga estitica P= N(220, 18) KN. Que valor do fator de projeto 7 corresponde & confiabilidade de 0,999 contra escoa- mento (z = 3,09)? Determine o diémetro correspondente da barra. Solugdo C= 40/540 = 0.0741 € Par AD oe Uma vez que 0 COV do didmetro é uma ordem de magnitude menor que o COV da carga, ou resisténcia, 0 didmetro é tratado deterministicamente: 18, Co= Cr= x55 0.082 Da Equagdo (5-42), didmetro encontrado deterministicamente: a. [2 4220000), Resposta * VaSpa \ 640x 109/141 Verificagio —_, 0,027 m 18) KN ¢ d= 0,027 m. Assim, moan 572.6 x 10° m? (220000) S7zxi0% ~ 346 MPa 18 Cp= Cy = = 0082 ,082(384,6) = 31,5 MPa 270 | Elowartos de méquinas de Shigly: projets de engor EXEMPLO 5-9 Solugao Verificacéo Refaga o Exemplo 5-8 com tensdo e resisténcia distribufdas de forma lognormal. C5= 40/540 = 0,0741 ¢ C, = Cp = 18/220 = 0,082. Assim, PL a 3+ C2 __ [o.o7ai?+ 0.0827 14C: VY 1+ 0,082 Onn Cy Da Tabela A-10, z=-3,09, Da Equagio (5-45), = exp 309) find + ANP) + In{T + ATT] = 1416 a= [AP [42200007 orn mSy/n 'r(540 x 10°)/1,416 S)= LN(540, 40), P = LN(220, 18) kN. Assim _ (0,0271) _ 6 ma? OORT 516,8% 10° my P_ (220000) _ 7 3168x103 84 MPa 8 Co Cr= r= 0.082 Gy = Coto = 0,082(381,4) = 31,3 MPa Da Equacio (5-43), Interferéncia - Geral Nas segées anteriores, empregamos a teori de interferéncia para cstimar confabilidade, ‘quando as distribuigbes sfo ambas normal e quando sto ambas lognormal. As vezes,en- tretanto, ocome que a resisténcia tem uma distribuigao de Weibull, enquanto a tensdo & distribuida como lognormal. De fato,é muito provével que as tensBes tenham uma dist buigdo lognormal, porque a multiplicagao de variants que sfo normalmente distribuidas produz um resultado que se aproxima da lognormal. O que isso tudo significa é que deve- mos esperar encontrar problemas de inteferéncia envolvendo distribuigdes misturadas © necessitamos de um método geral para manipular o problema Falhas reculontos de caragamento eatsico Figura 5-32 Hs (o) POF de disibuigso de resistencia; (b) POF do aie = finite dlstbvipdo de tensdo induzido pela carga » an F bem provivel que usemos a teoria de interferncia para problemas envolvendo dis- tribuigdes outras que resisténciae tenso. Por essa razto empregamos o subscrito 1 para designar a dstibuigdo de resistencia eo subscrito 2 para designar a dstibuigto de tens A Figura 5-32 mostra essas duas distribuiges alinhadas tal que um tinico cursor x pode ser usado para identificar pontos em ambas as distribuigdes. Pdemos agora eseever Probabilidade de que atensio) = dp (0 i (5-326) Diagrama de fluxo de teoria de falha Figura 5-21, << omporamento fit | —_____—- cormorants att —————» TEquaia (3-32) aco (3-26) Encegin de ditoryan Todo de iam DE) mixin quads (5-15) ‘otss) e515) Equsgio (53) Mecénica de fraturas Ky = po {aa (5-37) cem que f € encontrado nas Figuras 5-25 a 5-30, 274 Elemantoe dem 5-1 5-2 5-3 5-4 nas do Staley: pojo de engerharimecénica Kre (5-38) em que Ki. é encontrado na Tabela 5-1. Andlise estocéstica Fator de seguranga médio definido como i dias, respectivamente). +/o (Its © Ho $0 resistencia e tensdo mé- Caso normal-normal T= 0- CN — eC? ‘em que z pode ser encontrado na Tabela A-10, C, = 65/145 € Cy = Fo/ Ho: (5-42) Caso lognormal-lognormal a= oo[-efmas ae mye es oof (er S)] tea = [Ste " 14+ C2 (Ver outras definigdes no caso normal-normal.) PROBLEMAS ‘Uma barra de ago dict! laminado a quente possui uma resistncia ao escoamento minima sob tragio e ‘compressio igual a 350 MPa, Utiizando as terias da energia de distorsio e tensio de cisalhamento maxima, determine os fatores de seguranga para os seguintes estados de tensio plana: (a, em que |80 MPa, 0, = 100 MPa. 180 MPa, ry = 100 MPa 160 MPa z= 100 MPa, () = 150 MPa. Repita 0 Problema $1 para uma barra de ago AISI 1018 laminado a quente (a) 24= 100 MPa, 25 = 80 MPa, 100 MPa, 09 = 10 MPa, }00 MPa, ap = 80 MPa. 80 MPa, op =—100 MPa. 5-5 5-6 5-7 5-9 5-11 5. Falhor reahontes de caregamanto etsico | 275 Repita o Problema 5-3, primeiramente, tragando os lugares de falha no plano 04.08 paraaescala depots, para cada estado de tens, trace a linha de carga e, por medigio grifca, caleule os ftores de seguranga, Repitao Problema S-4, primeiramente, traando os lugares de faa no plano a4, para a escala; depois, para cada estado de tens, race a linha de carga e, por medisio grfica calcule os fatores de seguranga, Um ferro fundido ASTM possui resistencias minimas ao escoamento de 210 MPa sob tragdo © 700 MPa sob compressio, Encontre os fatores de seguranga utilizando as teorias MSN, BCM e MM para cada um dos seguintes estados de tensio. Trace os diagramas de falha no plano ¢, 9g para a escala e localize as ‘coordenadas de cada estado de tr (a) 0,= 140 MPa, 0, = 42 MPa. Para o Problema 5-7, Caso (d),ealcule os fatores de seguranga das ts teorias a partir de medidas grtt- cas da linha de carga Enire as decisBes que um desenhador deve tomar, existe aquela elativa ao lugar de falha que se aplica 20 ‘material e seu carregamento esttico. Um ago 1020 laminado a quente possui as seguintes propriedades: 5S, = 294 MPa, Sy,= 463 MPa e deformagio verdadeiranafratura¢/=0,90. Trace o lugar de falhae, para (0s estados de tensio estticns nas localidadeserftieas incluidas a seguir, desenhe a linha de carga e cal- cule analitica graficamente ofator de seguranga. (@) 0, = 63 MPa, 6, =-35 MPa. (0) 0,= 84 MPa, t)= 21 MPa, anichoraro, 28 MPa, 6, = -63 MPa, rz) = 35 MPa, horéro. 8 MPa, t= 7 MPa, hori. ‘Um ago 4142 temperado e revenido a 30°C exibe $= 164,5 MPs, 5,.= 192,5 MPa e = 0,06. Escotha ce trace o lugar geométrico de falha e, para tenses esticas em locaiserticos que sio dez vezes aquelas do Problema $-9, trace as linhas de carga e calcule analtica e graficamente os fatores de seguranca, Para ferro fundido grav 20, a Tabela A~22 nos dé Sy = 154 MPa, Sy. = 581 MPa. Escolha e trace o lugar _geométrico de falhae, para carregamentasestéticos induzindo as tensbes nos locas erticos do Problema ‘5-9, trace as linhas de carga e calcvle analitcae graficamente os fatores de seguranga. ‘Um aluminio fundide 195-T6 tem uma resistencia Ultima em teagdo de Syy= 252 MPa e uma resis: ‘ncia dima em compressio de 5,.= 245 MPa, e exibe uma deformagio verdadeira em fratura «j= 0,045, Escolha e trace 0 lugar geométrico de falha e, para cartegamento estético induzindo as tens®es nos locais erticos do Problema 5-9, trace as linhas de carga e calcule analitica e graficamente os fatores de seguranga, {Um ferro fundido ASTM grau 30 (ver Tabela A~22) suporta um carregamento estitico resultando no es tado de tensio, listado abaixo, nos locais riticos. Escolha o lugar geométrco apropriado, trace-0, como ‘também as linhas de carga, e calcul analiticae graficamente 0s fatores de seguranga, 140 MPa, 09 = 140 MPa, 100 MPa, Este problema ilustra que o fator de seguranga para um elemento de méquina depende do ponto particular escolhido para anlise. Aqui voo8 deve computa fatores de seguranga, com base na teoria da energia de dlistorgio, para elementos de tensio em A e B do membro mostrado na figura. Esta barra é feta de ago AISI 1006 repuxado a fri e &carregada pelas forgas F= 0,55 KN, P = &0KN e T = 30 Nem. 276 | Evans de méavnas do Shigloy: posto de engoho Problema 5-14 Probleme 5-15 | amet 20 mm ‘A figura mostra uma alavanea earregada por uma forga F = 800 N que causa torgio e flexio do eixo de 20 mm de diimetro engastado a um suporte na origem do sistema de referéncia. Na realidade, o suporte pode ser uma inéreia que queremos rodar, mas, para efeitos de andlise de tensio, podemos supor ser esse um problema estético. O material do eixo AB é ago AISI 1018 laminado a quente (Tabela A-18). Usando a teoria da tensio de cisalhamento maxima, encontre o fator de seguranga baseado na tensio no ponto A. amet 20 mm ime 12 9m Resolva o Problema 5-15 usando a teoria da energia de distorgZo, Se voc® resolveu o Problema 5-15, ‘compare os resultados e diseutaadiferenga. Dimensione o brago de alavanca CD da Figura $-16 especificando um tamanho convenientee material ‘Um vaso de pressio esfrico é feito de uma chapa de ago AISI 1018 bitola 18 (1,25 mm) repuxado afro. Se o vaso tem um ditmetro de 200 mm, estime a pressio necesséria para inciar 0 escoamento. Qual & a pressdo estimada de rompimento? “O asteisco indica um problema que pode nio ter um resultado dnico ou um problema paicularmente desafinte 5-19 5-20 5-21 Problema 5-28 5-24 5. Falhos reshones de comegamanto etsico | 277 [Este problema ilustra que a resistencia de uma pega de mquina pode, as vezes, ser medida em unidades diferentes das de forga ou momento. Por exemplo, a velocidade méxima que um volante pode aleanga sem escoamento ou fratura é uma medida de sua resistencia. Neste problema vocé tem um ane rotativo feito de ago AISI 1020 forjado a quente; o anel tem um diametro interno de 150 mm e um diémetro ex- terno de 250 mm, e em 40 mm de espessura. Que velocidade, em revolugdes por minuto, faria 0 ane! ? Em qual rato comegariao escoamento? (Nota: a tensio radial maxima ocorre em r= (rr)! ver Um vaso de pressio leve ¢ feito de tubo de liga de alumfnio 2024-T com fechamento apropriado das cextremidades. Esse ilindro tem 100 mm de didmettoexterno (OD), uma espessura de parede de 1,5 mm [3M A ordem de compra especiica uma resistencia de escoamenta minima de 320 MPa, Qual 60 fator de seguranga se a vélvula de alivio de pressio esti regulada para 3,5 MPa? ‘Um tubo de ago AISI 1015 repuxado a rio tem 300 mm didmeteo externa (OD) por 200 mm de didmeteo imtemo (ID) ¢ deve ser submetido a uma pressio externa causada por um ajuste por contragio. Qual pressio mxima faria 0 material do tubo eseoar? ‘Que velocidade causariafratura do anel do Problema 5-19 se ele fosse feito de um ferro fundido de grat 30? ‘A figura mostra um eixo montado em mancais em A ¢ De tendo polias em B e C. As forgas que latuam nas superficies da polia representam as tragbes de correia, O eixo é para ser feito de ferro fundido ASTM grau 25, usando um fator de projeto ng = 2,8. Que dimetro deve ser usado para o cixo? metro 150 mm 1600 D games) 50 ai eos padsBes modernos,o desenho do eixo do Problema 5-23 & pobre porque ele & muito longo. Supo- ‘nha que ele seja redesenhado para a metade das dimensbes de comprimento. Usando 0 mesmo material ¢ {ator de projeto do Problema 5-23, encontre 0 novo diimetro do eixo. ‘As forgas de engrenagem mostradas atuam em planos paralelos ao plano yz. A forga na engrenagem A & [L.2 KN. Considere os mancais em O e B como apoios simples. Para anise estitica efator de seguranca de 3.5, use aenergia de dstorgdo para determinar o didmetro minimo seguro para o eixo. Considere que ‘o material tenha uma resisténcia ao escoamento de 42 MPa. Repita o Problema 5-25 usando a tensio de cisalhamento méxima ‘A figura é um desenho esquemstico de um contraeixo que suporta duas polias em V. Para cada poli, as ‘ragdes de correa sio paralelas. Para polia A considere que a tragio do tramo frouno sea 15% dat ‘no tramo tenso, Um eixo de ago UNS G10180 repuxado afro, com diametro uniforme, deve ser selecio ‘nado para esta aplicagio. Para uma anise estitica com um fator de seguranga de 3,0, determine o menor tamanho de didmetro preferencial Use a teoria da energia de distor 278 Elomenes de méquins de Sig: pjete de engerhaia mecdrica Problema 5-25 Problema 5-27 Dimers om mlimetoe 5-30 5-31 Engrenagem A iio 600 am Engrenagens C Repita 0 Problema $-27 utilizando a tensio de cisalhamento méxima. (© pino do terminal em U mostrado na figura tem 12 mm de didmeto ¢ tem as dimensies a= 12 mm e = 18 mm. Esse pino € usinado de ago AISI 1018 (HR) laminado a quente (Tabeta A~18) e € para ser ccarregado a nio mais que 4.4 KN. Determine se o caregamento suposto na figura ¢ leva a um fator de ‘seguranga diferente daquele da figura d ou nio. Use a teoria da tensio de cisalhamento maxima. Repita 0 Problema $-29, mas desta vez use a teoria da energia de distorgio. ‘Um colar de eixo de anel partido, tipo bragadeira, € mostrado na figura, O colar tem dimetro externa (OD) de 50 mm por 25 mm de diémetro temo (ID) por 12 mm de largura. © parafuso € designado como M6. A relagdo entre o torque de aperto do parafuso T, o diametro nominal do parafuso d e a tragao no pparafuso Fé de aproximadamente T= 0,2 Fd. O eixo & dimensionado para obter um ajuste de desliza- mento apertado, Encontre a forga axial de sustentagio F, no colar como uma funga0 do coefciente de atrito eo torque do parafuso, Problema 5-29 Problema 5-31 5-33 5-34 5. Falhos resuhones de comegamants etsico | 279 \ mr loaal ol © nh fase. @ ‘Suponha que o colar do Problema 5-31 seja apertado usando um torque de rosca de 20 N-m, O material do colar é ago AISI 1040 termotratado a uma resisténcia de escoamento minima de 430 MPa, (a) Caleute a tag no paratuso. (8) Relacionando a tensio tangencial & tragio circunferencial, encontre a pressio interna do eixo no nel () Encontre as tenses tangencial¢ radial na superficie interna do anel (@ Determine a tensio de cisalhamento méxima ea tensfo de von Mises. (6) Quais si os fatores de seguranga baseados na ipétese da tensio de cisalhamento maxima e na teoria de energia de distorga07 [No Problema 5-31, 0 papel do parafuso era indir tragocircunferencal que produso aperto.O para ‘0 deve ser colocado tal que nenhum momento é induzido no anel. Onde justamente deve o parafuso ser colocade? Um tubo tem um outro tubo cont ido sobre cle. As especificagées sio: ‘Membre interno Membro e: ID 254£0,05mm 49-4001 mm 0502 0.01mm 7540.1 mm Ambos 05 tubos so feitos de ago carbone comum. (a) Encontre a pressio nominal de juste por contragio e as tenses de von Mises na superficie de juste. (8) Seo tubo intern 6 trocado por um eixo sélido com as mesmas dimensBes externas, encontte a pressio nominal de ajuste de contragio e a tenses de von Mises na superficie de ajuste 280 Elomantoe dem 5-35 5-36 5-37 5-38 5-39 5-40 5-41 5-42 5-43 12 de Shigly: projate de enganhario mecénica Tubos de ago com médulo de Young de 207 GPa tém as especificagdes: D 250,050 mm 49,98 £0,010 mm 50£0010mm 75+ 0 men Eles sfo ajustados um ao outro por contragio, Encontre a pressio nominal de ajuste por contraglo e a tensio de von Mises em cada corpo na superficie de ajuste. Repita 0 Problema 5-35 para condigdes méximas de juste por contrasio. ‘Um eixo s6lido de ago de 50 mm de diametro tem uma engrenagem com cubo de fer fundido ASTM. ‘grav 20 (E = 100 GPa) ajustado a ele por contragio, As especiticages para oeixo sto +0,0000 50 mm 0.01 © orifcio no cubo € dimensionado a 49 + 0,01 mm com um didmetro externo OD de 100 + 0.8 mm. Usando valores de meio de intervalo a teoria de Mohr modifcada calcul o fator de seguranga resguar ‘dando contra fratura no cubo da engrenagem devido ao ajuste de contragio. Doi tubos de ago so ajustadosente si por contragéo, sendo os dimetros nominais 38 mm, 44 mam e SO mm Mesias cukdadosas antes do ajusterevelam que a interferéncia diametral entre os tubos 6 de 0,06 mm. Apés juste © conjunta & submetido a um torque de 900 N-m e um momento flexor de 700 N-m, Assumindo {que no acorradeslizamento entre 0s cilindros, nalise oelindro externo nos seus raios interno e extern. Determine o fator de projetoutlizando a energia de distorglo com S, = 420 MPa, Repita 0 Problema S-38 para o tubo intern. Para as EquagOes (5-36), mostre que as tensdes principas sfo dads por 2) 0 (tensio plana) VE vx reo} @efomago plan) Use os resultados do Problema 5-40 para deformagao plana pr6ximos & ponta com resisténcia ao escoamento da placa €5,, qual 0 valor de 0; quando ocorre 0 escoamento? (a) Use a teoria da energia de distorgao, (6) Use ateoria da tensio de csalhamento maxima. Utilizando eieulos de Mohs, explique a sua resposta Uma placa com largura de 100 mm, 200 mm de comprimento € 12 mm de espessra é carepada sob teagdo na dreso do comprimento. A placa contém uma fissura, como aguela mostada na Figura 5-26, com eomprimento de 15,65 mm.O material é ago com Kie= 490 MPa din eS, = 1,1 GPa, Determine & maxima carga possivel que se pode apicar antes que a placa (a) escoee (B)apresente um erescimento incontolvel de issu, Um cilindro submetido & pressio interna p, possui um didmetro externo de 350 mm e uma espessura de parede de 25 mm. Para o material do cilindro, Kj. = 80 MPa - Ym, S,= 1200 MPa e S,,= 1350 MPa, Seo cilindro contém uma fissura radial na direg3o longitudinal, com profundidade de 12,5 mm, determi- ne a pressio que causaré crescimento incontrolivel da issura, 5-44 5-45 5-46 5. Falhor esshones de comegaments estico | 281 ‘Um eolar de ago carbono de 25 mm de comprimento deve ser usinado nos diametros interno e externo, respectivamente, de D,=20+001mm — D,=30+ 0.05 mm Esse colar deve ser ajustado por contragio a um eixo de ago vazado tendo didmetros interno ¢ externo, respectivamente, de d)= 104005 mm — d,= 20.06 + 0.01 mm Essastolerncias supostamente tm uma distibuiglo normal, sfo centradas no intervalo de dispersio ‘ém um espalhamento total de desvios padrio. Determine as médias e desvios padtio das componentes de tensio tangencial para ambos os cilindros na interface. ‘Suponha que o colar do Problema $~4 tenfha uma resisténcia de escoamento de 8, (Qual € a probabilidade de que o material io escoari? (660, 46) MPa. Um tubo de ago carbono possui um didmetro externo de 25 mm e uma espessura de parede de 3 mm.O tubo deve caregar uma pressio hiduliea interna dada por p = N(42, 35) MPa, O material do tubo possut uma resisténcia a0 escoamento de S, = N(350, 28) MPa. Encontre a confiabilidade usando a teoria de parede fina

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