A escola britânica de Antropologia, assim como a francesa, apresenta uma
interpretação sincrônica do tempo, porém com a diferença de que sua tradição é empirista, e não intelectualista. Neste sentido, autores como Malinowsky e Radcliffe-Brown buscam um conhecimento objetivo, em contraposição à análise histórica que eles consideram como especulativa. Esta linhagem de pensamento rompeu com o estudo do indivíduo e passou a atuar como uma antropologia social, criticando tanto o evolucionismo quanto a psicologia e passando a utilizar o método comparativo baseando-se nas relações de parentesco.
O etnólogo Bronislaw Malinowsky introduziu em seus estudos um método
denominado observação participante, em que sugere que o trabalho etnográfico deve ser realizado a partir de uma relação direta do observador com o grupo que este se dedica a estudar, ou seja, o trabalho não deve ser apenas teórico, mas sim vivido empiricamente. Este autor defende que, para se conhecer os costumes e estilo de vida de um determinado grupo social, é necessário estar introduzido naquele ambiente, vivenciando as necessidades e possibilidades de sobrevivência (tais como clima, alimentos disponíveis, recursos para se construir abrigo, etc.). É possível apontar para um caráter funcionalista de seu trabalho, observando-se uma preocupação com o particular e também uma visão das sociedades como sistemas.
Malinowsky possui uma tendência a caracterizar as práticas psicológicas dos
indivíduos como sendo responsáveis pelas representações coletivas, de modo que o comportamento da pessoa (ou a mentalidade) representa uma necessidade emocional que, por sua vez, engloba a totalidade do pensar nativo e que, por fim, representa uma globalidade funcional. Dessa forma, ele busca a abstração de uma totalidade integrada através da observação. A escola estruturalista, representada principalmente pelo antropólogo francês Lévi-Strauss,
Lévi-Strauss também recebeu influências de um campo da linguística que buscou compreender
um aspecto estrutural da língua, sem se referir a uma evolução histórica acerca dos idiomas.