Ementa da Aula:
DIREITO PENAL. INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL. PRINCÍPIOS
CONSTITUCIONAIS PENAIS.
AULA 02
5. INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL
b) Quanto ao modo
Gramatical/filológica/literal: parte da literalidade do texto.
Teleológica: ligada a finalidade.
Histórica: parte da origem da norma.
Sistemática: considera o sistema em que a lei está inserido.
Evolutiva: interpretação de acordo com a evolução do tempo.
c) Quanto ao resultado
Declarativa: basta ao intérprete fazer mera declaração. Há
consonância entre o texto da norma e a vontade do legislador.
Restritiva: é aquela em que é preciso restringir o alcance da
norma, pois tal norma interpretada da forma como está não se
permite que se extraia o real significado. Ex.: artigo 28, II, CP –
patologia exclui sim.
Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal:
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo
álcool ou substância de efeitos análogos.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Ementa da Aula:
DIREITO PENAL. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS PENAIS. FONTES DO DIREITO
PENAL.
AULA 03
Ementa da Aula:
DIREITO PENAL. FONTES DO DIREITO PENAL. VELOCIDADES DO DIREITO
PENAL. QUESTÕES. IMUNIDADE DIPLOMÁTICA.
AULA 04
8. VELOCIDADES DO DIREITO PENAL
É o tempo que o Estado leva para punir uma infração penal mais ou
menos grave.
a) Primeira Velocidade: vai punir com pena privativa de liberdade.
Crimes graves. Observância de direitos e garantias fundamentais.
b) Segunda velocidade: trabalha com crimes menos graves, com penas
alternativas, tem a flexibilização dos direitos e garantias fundamentais.
Ex.: Lei 9.099/95.
c) Terceira velocidade: crimes apenados com pena privativa de
liberdade, mas também há flexibilização dos direitos e garantias.
Celeridade. Direito penal do inimigo.
d) Quarta velocidade: vai impor para quem é governante ou ex-
governante de países signatários de direitos humanos que a violaram;
trata de direito internacional (neopunitivismo).
QUESTÕES – RESOLVIDAS EM SALA DE AULA.
1) Para o Direito Penal no Estado Social e Democrático de Direito, modelo
de atuação do poder previsto na Constituição Federal, é correto afirmar
que
a) o poder do Estado é ilimitado e os direitos fundamentais têm
concretização discricionária.
9. IMUNIDADE DIPLOMÁTICA
Artigo 5º, CP – territorialidade temperada.
Artigo 4º, CP – teoria da atividade.
Por meio da Convenção e Viena (Áustria), do qual o Brasil é signatário,
estatuiu-se que Chefes de Estados estrangeiros, representantes de
governos, embaixadores, diplomatas, pessoa técnico e administrativo
das embaixadas, familiares de diplomata e embaixadores que vivem sob
sua dependência econômica e membros de organizações
internacionais (ONU, OEA, SANTASÉ) -> credenciais de Estado. Tem-se o
Estado acreditante e de outro lado o Estado acreditado. A Natureza
jurídica da imunidade diplomática: causa de exclusão da jurisdição do
Brasil.
QUESTÕES
1) Ano: 2016Banca: CESPE Órgão: PC-GO Prova: Escrivão de Polícia
Substituto
Considerando os princípios constitucionais e legais informadores da lei
penal, assinale a opção correta.
GABARITO
1- C 2- D 3- C
Ementa da Aula:
DIREITO PENAL. IMUNIDADE DIPLOMÁTICA. IMUNIDADE CONSULAR.
IMUNIDADE PARLAMENTAR. TERRITORIALIDADE. UBIQUIDADE.
EXTRATERRITORIALIDADE.
Ementa da Aula:
DIREITO PENAL. EXTRATERRITORIALIDADE. CONFLITOS DE LEIS PENAIS NO
TEMPO OU DIREITO PENAL INTERTEMPORAL.PRINCÍPIOS SOLUCIONADORES
DO CONFLITO DE LEIS NO TEMPO. EXTRATIVIDADE DA LEI PENAL. LEI
TEMPORÁRIA E LEI EXCEPCIONAL.
AULA 06
EXTRATERRITORIALIDADE
Condicionada: artigo 7º, §2º, CP.
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei
brasileira depende do concurso das
seguintes condições: (Incluído pela Lei nº
7.209, de 1984)
a) entrar o agente no território nacional;
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
b) ser o fato punível também no país em que
foi praticado; (Incluído pela Lei nº 7.209, de
1984)
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos
quais a lei brasileira autoriza a extradição;
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
d) não ter sido o agente absolvido no
estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
e) não ter sido o agente perdoado no
estrangeiro ou, por outro motivo, não estar
extinta a punibilidade, segundo a lei mais
favorável. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
Hipercondicionada: artigo 7º, §3º, CP.
Ementa da Aula:
DIREITO PENAL. LEI TEMPORÁRIA E LEI EXCEPCIONAL. CONFLITO APARENTE
DE NORMAS.
AULA 07
LEI TEMPORÁRIA E LEI EXCEPCIONAL
As leis temporárias e excepcionais para terem efetividade possuem
ultratividade. Elas são autorrevogáveis, não precisam de lei posterior para
serem revogada. São exceções ao princípio da continuidade da lei. São
intermitentes.
19. CONFLITO APARENTE DE NORMAS
Na verdade não existe. Soluciona através dos princípios. Tem que haver
fato único e duas ou mais leis em tese aplicáveis e todas em vigor.
O fundamento é evitar o “bis in idem” (dupla punição pelo mesmo fato).
Princípios:
Especialidade
Lei especial x lei geral.
Le especial é aquela que possui todos os elementos de uma lei
geral mais alguns que torna especializante.
Ementa da Aula:
DIREITO PENAL. TEORIA GERAL DO CRIME. FATO TÍPICO.
AULA 08
20. TEORIA GERAL DO CRIME
Crime formal: é toda conduta que viola a norma penal.
Crime material: é a conduta que viola norma penal e lesa bens
jurídicos relevantes.
Conduta analítica de crime: crime é fato típico, ilícito e culpável.
Objeto jurídico: o bem penalmente protegido.
Objeto material: é o bem de natureza corpórea ou incorpórea sob
o qual recai a conduta do agente. Ex.: homicídio: objeto jurídico
é a vida e objeto material é a pessoa morta.
Sujeito ativo (autor): é aquele que isoladamente ou em conjunto
com outras pessoas, pratica a conduta descrita no tipo penal
(pessoas físicas ou pessoas jurídicas em crime ambiental).
Sujeito passivo: é o ofendido ou vítima, ou seja, é o titular do bem
jurídico lesado.
o Sujeito passivo constante, mediado, indireto: é o Estado
(sempre será prejudicado).
QUESTÕES
1) Banca: VUNESP Órgão: SAEG Prova: Advogado
Sobre a aplicação da lei penal, assinale a alternativa correta.
1- E 2- E 3- Certo
Ementa da Aula:
DIREITO PENAL. FATO TÍPICO: Conduta.
AULA 09
FATO TÍPICO
1) CONDUTA
a) Teoria causalista/naturalista/mecanicista/clássica
(Von List/Beling/ Rodbwech)
Positivistas. Definem conduta como sendo movimento voluntário
produtor de uma alteração no mundo exterior ou fenomênico (ser –
exatas).
Para os naturalistas o mundo deveria ser observado apenas no seu
aspecto fenomênico sem abstrações.
A conduta relevante bastava que tivesse o mero nexo físico de
causalidade (fotografia do evento).
3 elementos:
i. Vontade (sem finalidade);
ii. Movimento;
iii. Resultado.
Críticas ao modelo causalista:
b) Neokantismo/Neoclássico
Queriam romper os ideais positivistas.
Sistema da racionalização do método. A conduta será o
comportamento voluntário que produz um resultado.
Admitem presença de elementos subjetivos e normativos do tipo.
Dolo e culpa continuam sendo estudado na culpabilidade.
Críticas:
i. Continuava estudando dolo e culpa na culpabilidade;
ii. Já que dolo e culpa estão na culpabilidade como admitem
elementos subjetivos do tipo?
Obs.: há tipo normais e tipos anormais. Normais – elementos
descritivos objetivos; anormais – elementos subjetivos e normativos.
c) Finalismo
(Hans Welzel – 1930)
Inseriu o dolo e culpa dentro da conduta e a conduta está dentro do
fato típico.
Conduta ≠ movimento reflexo.
A culpabilidade fica com esses elementos:
i. Imputabilidade – artigo 26, CP;
Art. 26 - É isento de pena o agente que, por
doença mental ou desenvolvimento mental
incompleto ou retardado, era, ao tempo da
ação ou da omissão, inteiramente incapaz de
entender o caráter ilícito do fato ou de
Ementa da Aula:
DIREITO PENAL. FATO TÍPICO: Resultado. Nexo de causalidade.
AULA 10
FATO TÍPICO
2) RESULTADO
É a consequência, é o dano, suportado pelo bem jurídico.
Há dois tipos de resultado: jurídico/normativo e material/naturalístico.
Nem todo crime possui resultado naturalístico/material; mas todo crime
possui resultado jurídico/normativo.
a) Naturalístico/material: alteração, modificação no mundo dos fatos
causada pela conduta do agente.
i. Crime material: é aquele em que o legislador prevê no tipo um
resultado naturalístico, uma modificação no mundo exterior e
exige que essa modificação ocorra para fins de consumação.
ii. Crime formal: é aquele em que o legislador prevê o resultado
naturalístico, uma alteração no mundo exterior, mas não exige
que esta alteração ocorra para fins de consumação.
iii. Crime de mera conduta: é aquele em que não há se quer
resultado naturalístico previsto. Ex.: violação de domicílio; por
te arma.
3) NEXO DE CAUSALIDADE
É a relação de causa e feito entre a conduta do agente e o resultado.
a) Teoria da conditio sine qua non (teoria da equivalência dos
antecedentes causais – Thyrem) – artigo 13, CP.
Art. 13 - O resultado, de que depende a
existência do crime, somente é imputável a
quem lhe deu causa. Considera-se causa a
ação ou omissão sem a qual o resultado não
teria ocorrido.
Ementa da Aula:
DIREITO PENAL. FATO TÍPICO: Nexo de causalidade. Crime doloso. Crime culposo.
Responsabilidade subjetiva.
AULA 11
FATO TÍPICO
4) NEXO DE CAUSALIDADE
Concausa:
iii. Concausa relativamente independente
Artigo 13, §1º, CP.
Art. 13. § 1º - A superveniência de causa
relativamente independente exclui a
imputação quando, por si só, produziu o
imperícia.
i. Violação do dever objetivo de cuidado;
ii. Conduta voluntária;
iii. Resultado involuntário;
iv. Ausência de previsão subjetiva;
v. Previsibilidade objetiva
vi. Nexo de causalidade;
vii. Tipicidade: só há crime culposo se houver previsão legal – artigo
18, parágrafo único, CP.
Parágrafo único - Salvo os casos expressos em
lei, ninguém pode ser punido por fato previsto
como crime, senão quando o pratica
dolosamente.
O crime culposo não admite tentativa.
Dolo
Dolo
Culpa
Dolo
Culpa
Culpa
Dolo
Culpa
Ementa da Aula:
DIREITO PENAL. FATO TÍPICO: Responsabilidade subjetiva. Questões. Tentativa.
AULA 12
FATO TÍPICO
RESPONSABILIDADE SUBJETIVA
Crimes consumado e tentado
Ex.: latrocínio
Subtração – homicídio
II. Segundo Hans Welzel, o Direito Penal tipifica somente condutas que
tenham certa relevância social; caso contrário não poderiam ser delitos.
Welzel desenvolve, a partir dessa ideia, o princípio da adequação social.
São corretas:
a) Somente as proposições I e II.
b) Somente as proposições III e IV.
c) Somente as proposições I, II e IV.
d) Somente as proposições II e III.
e) Somente as proposições I, II e III.
23. TENTATIVA
Artigo 14, II, CP
Art. 14 - Diz-se o crime:
II - tentado, quando, iniciada a execução, não
se consuma por circunstâncias alheias à
vontade do agente.
Iter criminis
i. Cogitação;
ii. Preparação;
iii. Execução;
iv. Consumação;
v. Exaurimento: ocorre quando mesmo já tendo consumado o crime,
o sujeito ativo continua agredindo o bem jurídico da vítima.
QUESTÕES
e) O estudo do nexo causal nos crimes de mera conduta é relevante, uma vez
que se observa o elo entre a conduta humana propulsora do crime e o resultado
naturalístico.
GABARITO
2- E 3- E
1- D
Ementa da Aula:
DIREITO PENAL. FATO TÍPICO: Desistência voluntária e Arrependimento eficaz.
Arrependimento posterior. Crime impossível.
AULA 13
FATO TÍPICO
8) DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E ARREPENDIMENTO EFICAZ
Artigo 15, CP.
Art. 15 - O agente que, voluntariamente,
desiste de prosseguir na execução ou impede
que o resultado se produza, só responde pelos
atos já praticados.
Há o chamado “Ponte de Ouro” (Nelson Hungria).
Na desistência voluntária, o a gente dá início a execução e desiste
voluntariamente de prosseguir com a intenção criminosa.
O arrependimento eficaz, também conhecido como resipiscência.
No arrependimento eficaz, o sujeito ativo após praticar ato de execução
suficiente para a consumação do crime, realiza conduta de salvamento.
9) ARREPENDIMENTO POSTERIOR
Artigo 16, CP.
Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou
grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou
restituída a coisa, até o recebimento da
denúncia ou da queixa, por ato voluntário do
Ementa da Aula:
DIREITO PENAL. FATO TÍPICO: Crime impossível. Erro de tipo.
AULA 14
FATO TÍPICO
CRIME IMPOSSÍVEL
Delito de ensaio – súmula 145, STF, veda o flagrante preparado.
Não há crime, quando a preparação do
flagrante pela polícia torna impossível a sua
consumação.
11) ERRO DE TIPO
Artigo 20, CP.
Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do
tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite
a punição por crime culposo, se previsto em lei.
Erro é a falsa percepção da realidade.
Descriminantes putativas
Artigo 20, §1º, CP.
Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do
tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite
a punição por crime culposo, se previsto em lei.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Descriminantes putativas.
§ 1º - É isento de pena quem, por erro
plenamente justificado pelas circunstâncias,
supõe situação de fato que, se existisse,
tornaria a ação legítima. Não há isenção de
pena quando o erro deriva de culpa e o fato
é punível como crime culposo.
Descriminantes são excludentes de ilicitude (justificantes).
Ementa da Aula:
DIREITO PENAL. FATO TÍPICO: Erro de tipo. Concurso de crimes.
AULA 15
FATO TÍPICO
ERRO DE TIPO
Erro de tipo essencial ≠ erro de tipo acidental.
Erro de tipo acidental: erro sobre a coisa; erro sobre a pessoa; aberratio
ictus (erro na execução) resultado diverso do pretendido; erro sobre o
nexo de causalidade.
Obs.: no que diz respeito ao erro sobre a coisa, exemplo, o agente queria
subtrair relógio de outro, errou e subtraiu relógio dourado. Neste caso, de
acordo com a doutrina majoritária, reponde pelo objeto subtraído (teoria
da concretização); já no erro sobre a pessoa (artigo 20, § 3º, CP) e na
aberratio ictus (artigo 73, CP), o legislador em ambos os casos estabelece
que o agente responderá como se tivesse praticado o crime contra a
vítima visada (teoria da equivalência).
Ementa da Aula:
DIREITO PENAL. FATO TÍPICO: Continuidade delitiva. Aberratio Criminis. Erro sobre
o nexo causal. Erro determinado por terceiro. EXCLUDENTES DE ILICITUDE: Estado
de necessidade.
AULA 16
GABARITO
1- C 2- E 3- Errada
Ementa da Aula:
DIREITO PENAL. CONCURSO DE PESSOAS: Teoria sobre o concurso de pessoas.
Classificação dos crime conforme a espécie de concurso de pessoas. Autoria.
AULA 18
CONCURSO DE PESSOAS
1.2. Teoria sobre o concurso de pessoas
Teoria pluralista: haverá um crime para autores e partícipes.
Teoria dualista: uma infração para os autores e outra para os
partícipes. Ex.: artigos 124 e 126, CP; artigos 317 e 333, CP.
Ementa da Aula:
DIREITO PENAL. CONCURSO DE PESSOAS: Autoria.
AULA 19
CONCURSO DE PESSOAS
Autoria
Formas de autoria de acordo com a teoria do domínio do fato
Autoria propriamente dita;
Autoria intelectual: há coautoria.
Autoria mediata: não há relação de modo e execução com dois
autores igualmente puníveis. Somente o mandante (autor
mediato) é punível. Mão há coautoria.
Formas de coautoria de acordo com a teoria do domínio do fato
Coautoria direta;
Autoria Mediata
Ementa da Aula:
DIREITO PENAL. CONCURSO DE PESSOAS: Participação. Participação e coautoria.
AULA 20
CONCURSO DE PESSOAS
1.5. Participação
Decorre de uma norma de extensão pessoa e espacial da figura
típica; determinante da subsunção típica mediata ou indireta.
Os crimes de mão própria admitem participação? Sim.
Natureza jurídica
Teoria da acessoriedade mínima: é suficiente que a
conduta do partícipe aceda a uma comportamento
principal que seja fato típico.
GABARITO
2- C 3- A
1- D
Ementa da Aula:
Ementa da Aula:
DIREITO PENAL. CULPABILIDADE: teoria psicológica da culpabilidade, teoria
psicológico-normativa, teoria normativa pura (extremada), teoria limitada da
culpabilidade. Elementos da culpabilidade.
AULA 22
1. CULPABILIDADE
É o vínculo psicológico que une o autor ao fato típico e ilícito por ele
praticado.
É a culpabilidade que vai distinguir a conduta de quem é imputável
porque tem o caráter de entendimento daquilo que faz, da pessoa
inimputável que não tem essa compreensão.
É reprovabilidade. É juízo de censura. Aqui analisa o autor.
Culpabilidade de autor ≠ culpabilidade de fato.
Na culpabilidade de autor, há culpabilidade pelo o que o autor é.
No Brasil adota a culpabilidade de fato. A conduta do autor de acordo
com as circunstâncias fáticas. Artigo 59, CP.
Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos
antecedentes, à conduta social, à
personalidade do agente, aos motivos, às
circunstâncias e consequências do crime,
bem como ao comportamento da vítima,
estabelecerá, conforme seja necessário e
suficiente para reprovação e prevenção do
crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
I - as penas aplicáveis dentre as cominadas;
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - a quantidade de pena aplicável, dentro dos
limites previstos; (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
Ementa da Aula:
DIREITO PENAL. CULPABILIDADE: elementos da culpabilidade. Sistema de aferição
da inimputabilidade. Embriaguez. Potencial consciência da ilicitude.
AULA 23
CULPABILIDADE
Elementos da culpabilidade
Inimputável: Artigo 26, caput, CP – absolvição imprópria.
Semi-imputável: artigo 26, parágrafo único, CP – perturbação
mental retira parcela do entendimento. Sistema vicariante. O juiz
pode aplicar pena reduzida ou medida de segurança – artigo 98,
CP. O semi-imputável é necessariamente condenado.
Ementa da Aula:
DIREITO PENAL. CULPABILIDADE: exigibilidade de conduta diversa. QUESTÕES.
AULA 24
CULPABILIDADE
Exigibilidade de conduta diversa
QUESTÕES
1) Ano: 2016Banca: CESPE Órgão: PC-GO Prova: Agente de Polícia
Substituto
A respeito da aplicação da lei penal e dos elementos e das causas
de exclusão de culpabilidade, assinale a opção correta.
GABARITO
1- C 2- B 3- C
Ementa da Aula:
DIREITO PENAL. PENAS: introdução. Características da pena.
AULA 25
27. PENAS
a. Introdução
A tendência universal é a liberdade. A privação de liberdade é a
ultima ratio. Artigo 59, CP – princípio da intervenção mínima.
Ementa da Aula:
DIREITO PENAL. PENAS: penas privativas de liberdade: espécies, regimes
penitenciários, regime inicial na pena de reclusão, súmulas correlatas, detenção –
regime inicial, regime fechado – regras, regime semiaberto – regras.
AULA 02
PENAS
c. Penas privativas de liberdade
Espécies
a) Reclusão (crimes graves) – regimes iniciais fechado,
semiaberto, aberto.
b) Detenção (menos grave) – regimes iniciais aberto e
semiaberto; incidente de execução quando se pratica falta
grave – regressão regime fechado.
c) Prisão simples (contravenção penal) – regimes iniciais
semiaberto, aberto.
Regimes penitenciários
a) Aberto
b) Semiaberto
c) Fechado
Regime inicial na pena de reclusão
a) Pena imposta superior a 8 anos: regime fechado.
b) Pena imposta superior a 4 anos e até 8 anos: poderá ser regime
semiaberto.
c) Pena igual ou inferior a 4 anos: regime aberto.
d) Condenado reincidente: regime fechado.
e) Circunstâncias judiciais desfavoráveis: regime fechado.
Súmulas correlatas
Súmula vinculante 26, STF
S.V 26. Para efeito de progressão de regime no
cumprimento de pena por crime hediondo, ou
equiparado, o juízo da execução observará a
inconstitucionalidade do art. 2º da Lei nº 8.072,
de 25 de julho de 1990, sem prejuízo de avaliar
se o condenado preenche, ou não, os
requisitos objetivos e subjetivos do benefício,
podendo determinar, para tal fim, de modo
fundamentado, a realização de exame
criminológico.
Súmulas 719, 718, 717, 716, 715, STF
Súmula 715
Súmula 716
Admite-se a progressão de regime de
cumprimento da pena ou a aplicação
imediata de regime menos severo nela
determinada, antes do trânsito em julgado da
sentença condenatória.
Súmula 717
Não impede a progressão de regime de
execução da pena, fixada em sentença não
transitada em julgado, o fato de o réu se
encontrar em prisão especial.
Súmula 718
A opinião do julgador sobre a gravidade em
abstrato do crime não constitui motivação
idônea para a imposição de regime mais
severo do que o permitido segundo a pena
aplicada.
Súmula 719
A imposição do regime de cumprimento mais
severo do que a pena aplicada permitir exige
motivação idônea.
Súmulas 491, 471, 440, 439, 269, STJ
Súmula 491: é inadmissível a chamada
progressão per saltum de regime prisional.
Ementa da Aula:
DIREITO PENAL. PENAS: penas privativas de liberdade: regime aberto- regras, regime
especial, direitos do preso, trabalho do preso, progressão, regressão – hipóteses,
superveniência de doença mental, remição, detração, regime disciplinar diferenciado.
AULA 27
PENAS
d. Penas privativas de liberdade
Regime aberto – regras
a) Requisitos:
- guia de recolhimento – artigo 107, LEP;
Art. 107. Ninguém será recolhido, para
cumprimento de pena privativa de liberdade,
sem a guia expedida pela autoridade
judiciária.
- trabalho lícito;
- trabalho e remição da pena – não existe remição da pena
pelo trabalho no aberto. O estudo irá remir a pena;
- exceção à obrigatoriedade do trabalho do preso – artigo 117,
LEP – preso provisório e preso político não precisam trabalhar.
Art. 117. Somente se admitirá o recolhimento
do beneficiário de regime aberto em
residência particular quando se tratar de:
I - condenado maior de 70 (setenta) anos;
II - condenado acometido de doença grave;
Detração
Artigo 42, CP
Competência exclusiva do Juízo da Execução – artigo 66,
III, “c”, LEP;
Art. 66. Compete ao Juiz da execução:
III - decidir sobre:
Ementa da Aula:
DIREITO PENAL. TEORIA DAS PENAS: PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO:
Características. Espécies. Classificação. Fora do CP. Questão de concurso.
AULA 28
1. PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO
2. CARACTERÍSTICAS
3. ESPÉCIES
4. CLASSIFICAÇÃO
5. FORA DO CP
Existem penas restritivas fora do código penal, como por exemplo, no art. 28
da lei n. 11343/2006:
6. QUESTÃO DE CONCURSO
A) Multa
B) Perda de bens e valores
Que o crime não seja praticado com violência ou grave ameaça contra a
pessoa.
Nos crimes menor potencial ofensivo, em que pese, ter no seu descritivo,
violência ou grave ameaça contra a pessoa, permitem a substituição.
QUESTÕES
2) Ano: 2015 Banca: VUNESP Órgão: PC-CE Prova: Delegado de Polícia Civil de
1a Classe
1- B 2- E 3- A
Ementa da Aula:
Se a condenação for igual ou inferior a 1 ano a pena poderá ser substituída por
multa ou 1 pena restritiva de direito.
Se a condenação for pena superior a 1 ano e que não exceda a 4 anos, poderá
ser substituída por 1 pena restritiva de direito mais uma pena de multa ou 2
penas restritivas de direito, desde que compatíveis.
2. SÚMULA CORRELATA.
3. QUESTIONAMENTOS
4. HIPÓTESES DE CONVERSÃO
Quando o condenado não for encontrado por estar em lugar incerto e não
sabido, ou desatender a intimação editalícia.
Não comparecer, injustificadamente, à entidade ou programa em que deva
prestar o serviço.
Recusar-se, injustificadamente, a prestar o serviço, que lhe foi imposto.
Praticar falta grave.
Sofrer condenação por outro crime à pena privativa de liberdade, cuja
execução não tenha sido suspensa.
5. Prestação pecuniária
Não se confunde com multa.
Artigo 45, §§1º, 2º CP.
Observações:
a) Vítima e seus dependentes têm prioridade no recebimento da
prestação pecuniária.
Ementa da Aula:
O valor do dia-multa será fixado pelo juiz não podendo ser inferior a um trigésimo
do maior salário mínimo mensal vigente ao tempo do fato, nem superior a 5
(cinco) vezes esse salário.
a) Aplicada isoladamente;
QUESTÕES
1- A 2- C 3- Errada