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Migração de petróleo

Por que deve haver migração?


Produção
Migração
• A migração é necessária para formação
de reservas convencionais de
hidrocarbonetos.

• Alguns tipos de reservas não-


convencionais (ex. shale gas e oil shale):
rocha geradora = reservatório.
Reserva
não-convencional
de oil shale, shale gas e
coalbed methane

Produção
Migração
Tipos de migração
• Migração primária: expulsão a partir da
rocha geradora

• Migração secundária: migração através


de camada permeável (camada
carreadora)
Migração primária ou expulsão

Poros das rochas geradoras e


moléculas de hc têm dimensões
similares.

Allen & Allen (1990)


Pressão de poro maior
que a pressão litostática
Porque há expulsão?

“Overpressure”
Fraturamento hidráulico
σv

σh σh
Pf

σv
Sobrepressão
Pf > Tn + σv Pf: pressão de fluido

Tn e Tp: resistência normal e paralela ao acamamento


Pf > Tp + σh
σv: esforço vertical
σh: esforço horizontal
Fraturas produzidas por sobrepressão

Cosgrove (1995)
Processos geradores de condições de
sobrepressão (overpressure):

-Conversão de querogênio em hidrocarbonetos (>60oC)

-Transformação de esmectita em ilita (>80oC)

-Soterramento rápido de sedimentos impermeáveis


Saponita (esmectita) (Ca 0.25(Mg,Fe)3((Si,Al)4O10)(OH)2· nH2O)

Esmectita (esm) em poro de arenito (Fm. Pirambóia, Bacia do Paraná – Ferreira (2010)
Ilita (K0.65-0.85Al2(Si,Al)4O10(OH)2

Ilita (il) sobre cristal de feldspato autigênico (fsp) (arenito, Bacia do Oeste da Sibéria – www.sandia-exploration.com
% de ilita (%I) vs. temperatura

Esmectita + K+ Al3+ = ilita +


Si4+ + Cátions + H20

Lynch et al. (1997)


Esmectita
Ilita

Tranformação
S-I gera espaço

Perda de sustentação gera


compactação e aumento da
pressão de fluido
Fraturas geradas por sobrepressão (Fm. Teresina, Bacia do Paraná) (Nomura, 2010)
Betume em poros e fraturas (Fm. Teresina, Bacia do Paraná) (Nomura, 2010)
Inclusões fluidas de hidrocarbonetos (Fm. Irati, Bacia do Paraná) (Fernandes, 2012)
Eficiência de expulsão

5kg/ton (~1,5% COT)

Mackenzie & Quigley (1988)


PGI:Geração Classe I
Querogênio reativo (I e II)
PEE: Expulsão COT > 10 kg/ton rocha
Expulsão de óleo, condensado
e gás em T > 100o

Classe II
Querogênio reativo (I e II)
COT < 5 kg/ton rocha
Expulsão de condensado
e gás em T > 150o

Classe III
Querogênio refratário (III e IV)
Expulsão de gás em T > 150o

Mackenzie & Quigley (1988)


O que determina a direção da
migração primária?
Sobrepressão vs. maturidade térmica

Law (2002)
Migração secundária
• Forças de impulsão (flutuabilidade e
gradiente de pressão)

• Forças restritivas (pressão capilar e


gradiente de pressão)
Flutuabilidade

Allen & Allen (2005)


Molhabilidade

Óleo
γoa

γos θ Água
γas
Substrato

γos - γas = γoa cosθ


γ: Tensão interfacial
Não
Molhável
(hidrofóbica)
Molhável
(hidrofílica)

θ=0 θ=180
Sólido

Molhabilidade depende dos tipos de fluidos e sólidos


Rocha molhada por água vs. molhada por óleo
Pressão capilar

Berg (1975)
Cálculo da altura da coluna de HC

0,2 mm
Direção da migração secundária

England (1994)
Fluxo dispersivo

Fluxo focalizado

Allen & Allen (1990)


Estilo de migração de um
sistema petrolífero

• Sistema drenado lateralmente

• Sistema drenado verticalmente


Sistema drenado lateralmente

Bacia de Maracaibo (Venezuela)

Demaison & Huizinga (1994)


Sistema drenado lateralmente

Demaison & Huizinga (1994)


Sistema drenado verticalmente

Mello et al. (1994)


Sistema drenado verticalmente

Bacia do Mar do Norte Demaison & Huizinga (1994)


Sistema drenado verticalmente

Delta do Niger Demaison & Huizinga (1994)


Perda de HC durante a migração

Lewan (1994)

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