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‘entilo esse mod! ntaréo mundo modern dente, como j se, 0 hom também 0 eixo Como também a teressada, cultur eda realizada nas oficinas nica, pragmética, de caréter aplicativo, por outro, 2 ot ca 2 a0 aprendizado, Sio alguns des principios que 500 anos os modelos e as age © que terio uma dimensio de formagio proprios da tradigio ocidental longa duracao" fo slientames, £m primeiro gar, e382 passage ise como tradigio)& pedagogia (como tea Ge moceos auvbaomos inovadores em relagto 8 tadigio. i nstrucio de um grande ideal de formagao ana com a . io do comércio intimo com a contempla no centro da histéria ocidertal Jelo que permaneceré no centro 2 Grécia epe- escola em dois dmbitos: desin: res do homem € pelo homem, que devem ser sola e dos préprios programas de estudo, 0, por um lado; tée- ras de caPITULO mI 4 EDUCAGAO NA GRECIA | A IDADE ARCAICA E O MODELO HOMERICO: AS ARMAS E O DISCURSO. foram um povo vni Os gregos io, étmica ¢ culouralmente, mas tuma mescla de etnias ¢ de culturas que foram se espa em ondas sucessivas na Hélade, a peninsula acidentada e pedregosa que, abaixo da Macedonia, se projeta no Mar Egeu, contomada por il lagos. Sobre esse terreno estéril, mas aberto para o mar, tom por volta do If milé teenicamente eva ago cretense na ilha de Cr ara, na eserita), aneos, governada por reis-sacerdotes; depois ~ por v aespléne do cretense foi subjugada por Micene, Argolida que vinha exercendo ma supremacia sobre a regiso © cujos tragos aparecem nos poemas homéricos; a esticpe ‘gados a Micene, foi depois ~ entre 1200 e 1100 a. C. - superada pelos Eigios pelos dérios, povos invasores que se instalaram na peninsu Neste processo, a propria estrutura geogrifica da Grécia - como se “topografia montanhosa" receu a formagio de ri queus, ‘fracionamento geogréfico naniral” — favo- nos isolados ¢ independentes, que s6 se aliavamn 7 FRANCO CAMB separar se, mas vindo assim a ‘dade espiri Kngua, ao mesmo alfabeto, a uma atividade mitop Jco dessa unidade espiritual serio 08 as de Homero, a Iiada, que nara os eventos da guerra de Tréia, a Ga taecgane cet, neste pove fracionado e dividido, de vitéria dos eaceitagio do destino. Os dois por sia oral, composta, recitada © aedos, sem 0 auxilio tado também 0 est da Grécia mais arca ém de comér- al o poder esta na mo da ‘eas regras do poder, as préprias pri- ide ¢ ao papel-chave do aedo em tal con- {ados os tempos arcaicos, fixados micas € sociais tdcas culearais, li texto ingua” ¢ “mio” e versa sobre 0 pelo “cencauro Q por uma 10, que remete, talv avés de uma )) com um guerreiro mais velho que funcionava como te mulko vempé com eceu dh aspecto que perman elemento caracteristico da educagdo grega. Elementos dessa formag; MISTORIA DA PEDAGOGIA. 77 herdiea en emboza neste caso, doravante, suas priticas e seus afetos. Outros se também na Odisséia, em relacio a0 jov Telemaco, aspecios da educacao, do a0 povo, encontram:se em Flesfodo (séeulo VIM 2, C.), em Os rabathos 40s dias, onde é exaltado o trabalho e si0 apontadas praticas de iniciacio, que em todas as culturas arcaicas assumem um papel crucial no crest. io das jovens geracbes na sociedade adult, sancionan- a maturidade do individuo por meio de provas rituais. do uma ‘A educacéo herdica destina-se aos adolescentes aristocréticos riidos no palicio do rei, onde s4o treinados para 0 combate através de competicées e jogos com disco, dardo, arco, cattos, que devem fivorecer a forca mas também da asticia ¢ da inteligéncta. O esptrito io educative fundamental, 4 aspecto fisico-esportivo quanto 9 cortésoratéi cicios com a lira, danga e canto e remetendo o jovern também a religiosas como “a leitura dos signos, os ritos do sacr Geuses dos hersis". Estamos di ocr de Iuta é aq) as jovens geracées justamente pela Jeitura educativa do poema homérico, que ser texto de formacio ~ por séculos ~ das classes dominantes. 2 A POLIS E A FORMACAO DO CIDADAO: LEIS E RITOS, AGONISTICA E TEATRO, A organizacio pol ~reinos ependentes ¢ territoriais ~ tende gradativamente, mas de mado pro fundo, a mudar com a afirmagio da pals: uma cidade-Estado com forte lunidade espiritual (religiosa e mitopoi mas que sobretudo € aberta para o exterior (comércio, em nizacio) ¢ administrada por regime ora monsrquico, ora democritico, ora tr a do Estado tipica da Grecia ar tia) que organiza um texritorio, jérquico, or inico, mas no qual o poder € regulado por meio dit ‘ago dé assembléias e de cargos e! fos, Se a polis é “um Estado que se 78 FRANCO CAMB autogoverna’, as cidades Estado gregas eram independentes entre si, vi viam em luta e davam vigor ~ dentro da cidade - a uma intensa vida co- munitaria, organizada em torno de valores e de fins comuns, embora se- srupos e por fungbes, ¢ regulada por leis estabelecidas pela :mentavam oposigdes ra- hegemonia ade; externamente, porém, ‘que condenaram 2 Grécia a sofier eulada e comum, n 2 pelas diversas 1s reis macedénios e, depois, dos reis romanos foi afirmando- 1, entre os séculos VII € VII, “assin: i4 que nela “a vida social ¢ as relacdes entre nova”: temos “uma extraordindriarpre- is. um ponto de partida, uma verdadeira invengi 1 uta forn os homens assumir senga da palavra”, que se « cussio” ¢ 2 “argumentac: instrumento politico” e alimenta nifestagdes mais importantes da vida nascimento do hoplita: oc bater pela cidade) (Vernant). Mas o que faz da polis uma co o cidadao e inspiram seus comportamentos por meio de normas que fixam aces ¢ proibigdes. Até os deuses s4o cidadios (ainda que depois rkuadlos); So deuses que protegem cn a vida da comunidade, que sio exaltados nas grandes festas Jor.sacerdotes que nfo formam uma casta, mas s40 "leigos” ou HISTORIA DA PEDACOSIA. 79 de expe- como acorria em Atenas (Finley). E sio “sen coujas his ates a08 ho- m tos “explicavam” o ritual e da as ou nterpretagio complexa do regulava, embora se ¢ los com os culos d ‘idades, A parte a sacralidade do santuario de Delfos e seu o: de Eléusis e seus cultas iniciaticos rizasse em se oucras sto (além pia, 05 Jogos, inaw Desse modo, 0s jogos agonisticos - ou ginasticos, masa le teatral, a se fe 0 ligados a festividades religiosas s, vinham deseavolver uma fun- momentos eminentes do educativa no Ambito da nhando seus fimdamentos ético-antropolégicos, como ainda o carter de livre vinculo coletivo. Ja Tucidlides reconhecia que "a cidade é uma em- ‘esa educativa", referindo-se sobretudo a Atenas, uma vez que tende a cs que sho req) aque! cegracho, aquela coestio, aquela horwogencidad os esseuciais para a seguranca e par: cidade. Com tal objetivo, se desenvolve “uma atividade ediucativa total e permanente, que faz da (veg lis inteira uma 'comunidade pedagégi 1e enfrenta seus problemas de legitim: iagio dos costumes, Assim, 0 teatro, em Atenas, é “t tudo um lugar de represent: lbém e sobre- das contradicdes que laceram 0 da cidade e as cor Jas de seus membros", references esc ticas, éticas, psicolbgicas, como ocorre pelo incesto em Ealipo Ret ou p leis interiores superiores as da cidade na Aniigona de Séfocles, como tama- bém pela aceitagao do destino na Oréstia de Esquilo. No teatro, a comuni- dade educa a si mesma; com a comédia que fastiga c comportamentos, castigat ridendo mores, como dirao 0s latinos. Os jogos agonisticos também educam: pelo desafio de enfreniar os Cutros nas cortdas, pelo uso da inteligéncia como metis("ravdo-astuta’”) pela comunicacio e pela Imaginacio. A areté masculina’e fetitlaing eat contrava nos jogos agonisticos e nas suas provas um memes eile digi eee w fp FRANCO CANE formativa e de apelo & exceléncia que estabelecia com 0 corpo € com seu dominio uma precisa ¢ harmoniosa atividade espiritual. Na agonistica, portiva revela-se como a mais antiga expressio manidade”, que ultrapassard os tempos herdicos ¢ pertencerd a0 0 espiritual e educativo da cultura grega, até a época cldssica e ‘depois também na helenistica, embora com énfases diferentes. E é signi- ficativo que por Songa tempo os jogos agonfsticos pertencam tambi 1s “seus comportamentos nao ofi (Frasca), is in caveté da mulher, vista timos ¢ privados, © nos so 3 A EDUCAGAO FAMILIAR, A MULHER, A INFANGIA iro fugar de socializagko ralquer sociedade, € 0 A familia, em 4 do individuo, onde cle aprende a reconhecer a sie aos outros, a comu- ticar ea falar, onde depois aprende comportamentos, regras, sistemas primeiro regulador da Fisica, psicologieae a Kuo e age sobre ele por meio de uma forissima agio ideolgica. Ese era também 0 pa familia na Antigtidade, ma crareal, ampliada, coincidente com a gon ou genes (estirp niram 0$ latinos ¢ os gregos, ora como relagio Segundo um modelo autoritirio que vé 0 pai quase come sm deus ex tracking da vida familiar. da unio das fais, portanto, que nasce omumidode social que dard vida 8 prépria lis balhos domésticos ¢ a ficativo da condicéo feminina na Grécia arcaica e também na clissica Fora da casa, a mulher’é tentadora (para o homem), desvia-o da sua “arefa”, afasta-o de seus deveres: como fazem Circe ¢ Calipso com Ulisses na Oiisséia. A feminilidade é também perdigdo, é mal, & desordem: como ceixa entrever o mito de Pandora, uma deusa que é simbolo da \dade, Hera, pelo contririo, a “rainha dos deuses", é esposa e mie, pro- tege 0 casamento € 0s partos ¢ indica o modelo da verdadeira (= justa) HISTORIA.DAPEDAGOGIA SL marido, ao quat deve fidelidade € amor absolutos (os vasos de acolhem freqientemente a imagem mftica de Alceste, a esposa que tou chegar ao Além no lugar do marido”). Suas fumebes pablicas so ape- para funerais (sio suas atribuigées a toalete dos mortos e os lamentos para o retorno ou a pi nas festividades, para sacrifi sido aparece como canéfora, porta dora do handin ou cesto sacrificial, para festas como as de Adénis ¢ de [Artemis ou 0s ritos dionisfacos. Fora de casa ~na vida cotidiana -, os seus espagos sio as fontes; dentro de casa, o lugar onde ela fia ¢ tece, “As cenas de mulheres co", na pintura de vasos; as mulheres sio representadas c indo so muico numerosas no fim do periode arcai- cesto”, para indicar s representados no écio Existem, poré ddomesticidade e submissdo da mulher: as Amazonas, mulheres guerreiras, com caracterfsticas masculinas de coragem ¢ de forca; as Ménades, sequa zes de Dioniso, possufdas e selvagens, que rompem toda regra moral no |, jf no mito, modelos femininos que se opdem a essa transe € se carregam de violén: Mutheres assassinas que inqui sculinos de autoridade e de sub- também Biguras de mutheres mais livres as hetairas ou prostitutas deluxo, que vivem ao lado dos homens, slo cultas, participam da vida social (como Aspasia, a favorita de Péricles, em Atenas}. Em geral, porém, € no dikos que se desenvolve a vida feminina, entre “casamentos, nascimentos, cosmo ordienado segundo os mod isso, Na sociedade grega existe ‘emenos subalternas: as sacerdotisas as “ancl cumpre assinalar que nele também é “a lei masculina que reina ¢ que san ciona por diltimo a atividade” (Duby & Perrot). ‘As criancas vivem a primeira infancia em fan Iheres e submetidas a autoridade do pai, que pode recon! abandoné-las, que escolhe seu papel social e € seu tutor legal infancia nao € valorizada em toda a cult iga: € uma idade de passagems ameacada por doengas, incerta nos scus sucessos; sobre ela; portant; $6, faz um minimo investimento afetivo, como salientou Aries parseasisss 82 FRANCO CANT dades tradicionais em geral. A infancia cresce em casa, controlada pelo nelhantes as bruxas sgratificada com brinquedos (pense-se nas bone- , aros, armas nudimentares), mas sempre vida social. Ou entio por esta brutalmente cor ele colocada margem rorpida, submetida a violéncia, a estupro, a trabalho, até a sacrificios ri- tuais. O menino ~ em toda a Antigiidade e na Grécia também ~ € um “marginal” e como ral € violentado e explerado sob varios aspectos, mes sate ~ a partir dos sete anos, em geral ~ € inserido em instimuigées puiblicas we concedem uma identidade, the in- dicam uma fungio ¢ exercem sobre ele também uma protegio. ais que 4 ATENAS E ESPARTA: DOIS MODELOS EDUCATIVOS tos entre si e verdaceiramente exemplares, alimentando depois durante séculos e durante milénios o debate historiogréfico, mas também cult val, jf que vieram a representar as duas opcies radicais ~ e radicalmente alternativas - do espirito grego, 0 que significa também de toda a hist6- econsiderada nas suas origens. Esparta foi o modelo de via ociden talitério; Atenas, de democritico, e de uma democracia muito avancadda, Até seus ideais e modelos educativos se caracterizavam de ma- neita oposta pela perspectiva militar de formagao de cidadaos-guerrei ros, homogéneos & ideologia de uma sociedade fechada e compacta, ou por um tipo de formagio cultural e aberta, que valorizs Estado suas capacidades de construgio do p Fsparta e Atenas deram vida a dois ideais de educacio: um baseado no conformismo e-no estatismo, outro na concep¢io de paidéia, de formacao humana livre e nutrida de experiéneias diversas, sociais mas também cul turais © antropolégicas. Os dois ideais, depois, aliinentaram durante sé culos o debate pedagégico, sublinhando a riqueza e fecundidade ora de gpimpra de outro modelo. ISTORIA DA PEDAGOGIA 's subalzernos), £ go- conselho de 23 membros, ¢ por dois reis com diteito heredi ico Licargo quem ditou as regras politicas de Esparta e delineou sev sistema educativo, conforme o testemunho de Plutarco. As criancas do sexo masculin partir dos sete anos, eram retiradas ios onde recebiam, até os T6 ani que devia favorecer a aquisigio da formacio de tipo sailtar, nga € da coragem, O cidaddo-guer- é formado pelo adestramenta ni armas, reunido em equi pes sob o controle de jovens guerreiros e, depois, de um supe mes). Levava-se uma vida em com: particular a obe 0 espago era dado a ‘espartano ~"o estritamente necessirio”, diz Plt aprender de memés ‘Tamnbém as mulheres, em Esparta, devi po co cultura ~ ler, escrever ~, Homero ¢ Hesfodo ou o poeta Tirteo robustecer 0 pr bem a gravidez” e para de- 's da virtude © da gléria", nota ainda com Atenas, na longa guerra do Pelopo- © entrou em ripido declinio. No século V, ja outras cidades desenvolveram sua propria hegemonia sobre a Grécia, a partir de Atenas. Es i educagio fisica ~ “para suport wa permaneceu P ios por uma nova qual Eg ilizagao — baseada no intercdmbio ¢ na es sta tinba permanecide alheia, Reduzida a "mediocre formagio do guerreiro era agora uma atra ara os turistas que desejavam “ver o combate de jovens junto a0 v de Artemis” (Mialaret & Vial) ‘Aascensio de Atenas no mundo grego ocorre através da obra de Sélon m 594 a, C,, estava na direcio da cidade, enquanta nela fermen= s € econdaicas tendentes a limitar os poderes Sélon dew a Atenas uma constiticio de tipo demoeré- tico:libertou os camponeses; instituiu 0 tribunal do povo; criou o Conselho dos Quatrocentos (executivo) designado por sorteo pela Assembléia do [povo. Ainda sob a tirania de Pisistrato ¢ do flho Hipias, em segiica si sdemocracia de Clistenes e durante a guerra contra 03 persas.comil 184 FRANCO CAMBL HISTORIA DA PEDAGOGLL ns (480 a. C), At erescer 0 comércio € a exercer uma fungio-chave na Grécia inteira. També a adogio do alfabeto iéni (em 403), que se to oda a Grécia, teve um espli cescimento em todos la poesia a0 teatro, éa historia & filosofia. No séeulo V, Ate I nabitantes € exer rt ocracia culsa, que conliecesse a es 1s campos: rnas tinha cerca de 300 Grécia: tinha necessidade de uma crita, Esta difundiu-se a todo 0 povo ¢ os cidad um influxo sobre 5 © NASCIMENTO Da PAIDELA dos livres adquirixam o habito de dedicar-se 2 oratéria, & filosofia, & esprevando (€ No curso dos séculos V-IV a. C., a cultura grega = ci ico de Atenas ~ entra numa fase de crise © de atesta a pr ‘a. Afirmou-se tm ideal de formagéo mais culto € ci ia ¢ a8 letras conse- diréo Cicero ¢ 0 | guem nele fazer emengir € amadurecer. Assim, sum papel-chave ¢ complexo, tornava-se ar-se, superando os limites da pélis. Numa p: a educagio era dada aos rapazes que freqtientavam a escol onde eram i da escrita, da mi cacio fisica, sob a diregio de trés instrutores: 0 gr itharists (professor de miisica), 0 paidatribes (professor de gram rapaz (bas) era depois acompanhado por um escravo que o conirolava € © paidagegos. Depois de aprender 0 tabuinhas de madeira cobertas de cera namentos, narrativas 0s, elogios de homens fu icos* que eram cantados, como atesta edueagio assuinia em matéria de debate, ten- res de vetrica (en oe ate De ‘gamento por quase toda a Gréci igentes ¢ iniciando-os m: ando-se aos grupos so tecline oratéria, por meio de poetas bém 0 cuidado do corpo, para torné-to sadio, forte ¢ belo, realizado nos rasa, Aos 18 anos, 0 jovem era “ef crevia-se no proprio deme (ou circunscrig na vida de cidadio e depois prestava servigo mi A particularidade da ecucagéo ateniense € indie: ménica de formagio que inspira o processo educativo ¢ 0 In iterSria.€ musical, desprovida de valor pr 3 S ‘A posi i Abdera (484-411 Srgias de Lentini (484-376 a. C.J, que su- aram 9 antropologismo e o relativismo de todo saber ~ exiqh oeupa a ener eas al ean Peter a a bee 85 FRANCO CAMBE sivas do discurso, além de desenvolver uma critica radical 20 eleatismo a sua visio metafisica por ser impossivel a0 ho “Nasce assim uma cultura diferente” em relagio a0 passado. Feita “de conhecimentos c de capacidades distintas da sapiéncia do saccrdote, da producio tedrica do cientista, das habilidades do técnieo especialista € “entendida como a formacio moral, retérico-lingistica, historica do E “a transmissdo desta cultura” torna-se dade educativa” (Vegetti). De uma educa- ue visa A formagio do homem politico enquanto tudo). £ uma educagio que se liga & palavra e & escrita ¢ tende a for- rmagio do homem coma orador, marcado pelo principio do lalokagahas (Go belo e do bom) e que vita cultivar os aspectos mais préprios do amano em cada individuo, elevando-o a uina condicao de exceléncia, que todavia no se possui por natureza, mas se adquire pelo estudo ¢ pelo empenko ale Mais ainda: essa complexa formagio (social, politica ecducativa) coloca em crise o ethos tradicional da pélis grega, que era aris- Locritico eligioso, transmitido por meio do exemplo e dos processes de socialiagéo e vivido como uma profunda ~e também natural, imediaca — identidade social. A pats como organismo também educativo entra em crise; a ela se contrapée o individuo, o sujeite, que vive uma profunda Gesorientagio e é levado a buscar uma nova identidade, Trata-te de fixar ‘modelos de homem, de cultura e de participagéo na vida social bem dife- rentes dos do pasado, nao mais sustentados pelos valores da pals, mas, 20 mesmo tempo, mais pessoais, mais individualmente escolhides ¢ construidos, ¢ mais universais, mais idéneos para a formacio do homem enquanto tal, sem limite de etaia, de casta, dé cidadania: um homem de ivido de maneira mais geral e mais livre, mais apto a reconhecer € realizar sua prépria “livre universalidade Se 0s sofistas exer bem a guinada antropolégica da educagso « de como ela se torna techne da formagéo humana (através da linguagem), sera Sécrates quem ir mostrar a dramaticidade e a universalidade de tal proceso, que envolve o individuo ab iis ¢ busca sua identidade pela alivato de um daimon que taca seu caminho e pelo uso da dialétia que eae iniversalizacio do. individuo pela discussio racional ¢ pelo seu SS HISTORIA DA FEDAGOGIA. 87 homem, que € 0 “conhece-te a ti mesmo”. Fst ‘paidéia, daquele ideal de formagio humana, da “f. nidade si 10 parte do individuo, mas da idéia, Acima do homem-rebanho, ¢ do homem imagem wniversal e exemplar da espécie” (Jaeger) nutrida de histéria ¢ sar os prinefpios da vida cont (bios teoretibas), Ease (ow fumanits) ninguém o possui por natureza, ele & fruto apenas da educagio, e #0 desafio maximo que alimenta t sos de formacio Se a nogio de paidia deve ser procurada jé nas foses mais remotas da cultura grega, atingindo a por firm & dos lésofos, é todavia na época dos sofistas ¢ de Sderates que la se afirmaa de modo organico ¢ indep explicita~ da 0 para a pedagogia, da educagio para uma dimenséo tebrica, racteristicas universais e necessérias da saber aut6nomo, sist como epistone, ¢ capaz de rea bum os proces: cos, depois a dos trigicos ia a passagem — jensiio pragmatica mais alto e complexo os problemas da educagio e os enfrenta fora de qualquer localismo ¢ determi de universalidade racional; ¢ pord em circu! que sustentou por n num processo aquela nogio de paidéia lenios a reflexio educativa, reelaborando-se como Paidtia cristd, como paidvia humanistica e depois como Bildung. 6 OS GRANDES MODELOS TEORICOS: SOCRATES, PLATAO, ISOCRATES, ARISTOTELES Entre Sete Artes, no breve aro de tempo qu és sofia afirmar-se come ate ain en parc) «4 8 FRANCO CAMB extremamente complexe, articulando-se numa s fletem tanto a intensa problematica da tivas segundo as como o centro teérico da elaboracdo pedagogica da Antigiidade, que tem no seu centro a experiencia grega, € no centro dl dos séeulos V € IV. Estamos tanto, nao elim! ‘num leque bastante complexo ¢ variado de este aspecto de aomé atingido nos terior e de liberagio do individuo se choca co da pls, aué que e: acolhendo em se fora} e dislogo que se r ‘um daimen interior), 0 qual desperta, aunificacho através da oposigSo, construindo uma uni nar se cada vex mais rica). A agio edu cexitiea; desse modo se realiza o “trazer para fora” da personal individuo que tem como objetivo o “conhece-te a ti mesmo zagao segundo 0 pi Js peas paiddia de Socrates € problemética ¢ aberta a HISTORIA DA PEDAGOGIA 99 ¢ dos problemas que 0 animam, mas também do homem ¢ de suas ivas, a paidéia recebe um desenvolvimento tempo individual e universal, Estamos diante de um modelo de paiddia cares e d pessoal da formacio, s fo autodominio ¢ autodirecio € o fato de ser uma tarefa continua, A sciéncia individual” orientada pela filosofia (tipica de que Sdcrates bem reconhece o car iticas éticas € co4 envee os mais li ic de modelos que re. rrregado de tensdes, sua tendénci \gde quanto as diversas perspec ais pode desenvolver-se, © pluralismo dos modelos © papel da paidéia © a r esti o periodo modelo paradigmatico e eapaz de incr em profundidade sobre ante da paidéie dos filésofos que, entre 1 pedagégica ociden filésofo ateniense (427-347 a. C.), ces, elabora um grandioso sistema 0 20 ser-experiénciae, por desenvolvimento de uma especulagio que reconquiste a pureza e Platdo, 0 (470-399 a, C.}~ 0 filésofo ateniense que se te motivacio ético- didlogo ¢ que depois wa seu pensamento, que nesta época de despertar in- Com Socrates mes. ‘io teleol6gica das idéias) e 0 desenvolve através de losdticos ~ 08 Didlagos - divididos em és fases (da juv dade ¢ da velhice), que ret ,-gnosealigicos d ¢ reabrem os problemas met idealismo platinico, ‘ocondena a morte por de) ~, estamos diante de uma paidéia como problem: gue visa a1um individuo em constante amadurecimento de i proprio, ior a vor do mestre e fazendo-se mestre de si mes- sna € para Séerates maiéu liza por parte de u evanta diividas, sige, problematizaete. por meio do didlogo, que abre paraa dialétca (para quetende ator- ligada aos intrinsect politica. A fort ha o mite da biga aiada), tendendo & pura conten 1a de Sécrates consiste em favo- e uum aprofurdamento cad a se eleva 1 parte dos carpos em solicit izac “or dos conceitos para chegar a uma formulagio mais universal e mais de decar jewatiza por atributda a da liberdade ¢ da universalidade. 8 fixa 0 itinerario ¢ se 0 forte acento individual ¢ dramético da pai nhecimento da espiritualidade 6: . Nid Repl seis, PI lo de formagao em rel ia, cujo 0 identidade contemplativa (0 desenvolve sua visio politica da-eth te ae asatie Imae dass agestrutura do processo com as escolhas que o sujeito deve realizar; con- modelo de formagio dintmico ¢ dramético, mas a mesmo ica e desenvolvida) teorizada por Platao 5 © 0s produ sociais. A “cidade humorosa’ vé presentes trés classes sociais: os governantes, os guard aches, das quais a cidade necesita para ser realmemt (érufisa). Pela divisio do trabalho, delineiam-se também trés tipos de edu abalho como aprendi: ides-guerteiros (phylakes-polemitai), destinada a coragem e da modera flésofos, que é formacio espec dos guardides, individuos escolhidos pelo seu tutos do Estado, Pl educagio cagio: a dos produtores, que ocorre no local de fo se refere (gindstica mais que exciua, porém, a guerza, Poe 10 mesino tempo temperante sio educados em comum, homens ¢ mulheres, gindstica dao vida a uma alma harménic ce corajosa”, Os guard vivendo depois em comunidade com 03 filhos. hhados depois d es que se revelarem mais aptos de efebos para o estado parao estudo da garse até-os 85 de idad nos, mas podendo prolon- \dores e gover lade, guiada pela idéia do Bem, que é pensamento puro que deve guiar 0 governante para a dialésica, p ‘direcionar-se para a unidade, se est leva a alma para os principios ¢ para a contempl Bee dno perfeica,ordenada, na qual cada umn faz 35 uma coisa, re onhecimenco puro dos fbofesé, ma realidade, a de ura HISTORIA DAPEDAGOGIA 91 tal modelo pesou, sobrem femética € & flosofia de um alto e fund: ge nao foi 0 modelo cominante na escol ‘gyande importincia na tradigio do platonismo e, depo: a de Plato, herdeira de Socrates, de um 0, de outro, permaneceré na 10 mnareado por fortes antiga e medieval, teve a organi: impli- eagies utopicas. ‘Q modelo alternativo/complementar ao platénico ¢ que resultari do- ode Isdcrates (436-388 a, C.}, de ico-literaria. Aluno dos sofistas, en- Sdcrates, “dedicou-se a profissio de \dos depois no tribunal pelos retérica. De IsGcrates nos restam diversas oragdes, politicas ¢ forenses, que bem ca- racterizam sua concepgio de oratoria, bem proxi ‘minante no mundo antigo foi, codavi 7 de discursos pri logéyrafo, eseri Interessados" (Bowen) e fandou em At & dos sofistas, Na também uma “filosofia da vida pratica”, ciava dos sofistas e da sua técnica de debate. O ‘unto ¢ confrontando ani belecidos pelo mesir pe (gindstica) come a di pessoal. Com [sécrates, ou es (proemio, mi vant rl cm HISTORIADA PEDAGOGIA 95 central esta carefa araxia (indiferenea) ou ra grega no Mediterraneo, cm que se chega dadeira e propria komé grega (una lingua comurn) e a afirmar um mo fa e se indica na lade) a virtude mais prépria do homem como sshio. Com Elida (965-275 a. C.) ¢ o ceticisme coloca-se em crise também toda busca da verdade € se exalta a “suspensio do juizo” e afin. Es dante de um novo cima filos6fico e cultural: mais individvalista, que plha o homem © o mundo com maior desencanto ¢ ¢o is laicos, mas que se interroga com deciséo sobre Yacio” do homiem, reconhecendo-as apenas na requalifc: E sao temas que d je; mas se trata também de uma época em que ineia uma cultura cada vez mais cientifi comportamen vias de interior. sofia em sentido estrito penetram no romance, na poesia, na historiografia; so temas alimentados pelo despertar das religiées de salvagio (de {sis a Mitra, aos mistérios, do hebrafsmo ao ristianismo, depois 20 maniqueismo) ¢ que perc articulada em formas diferenciadas entre si métodos: € época em que se desenvolve a ciéncia fsicae cexperimentais, em que se delineiam a filosofiae a histeriografia em for- ‘mas amadurecidas, em que cresce a astronomia tanto quanto a geometria ém a botinica, a zoologia, a gramitica, dando pédia bastante complexa do saber. Além di helenismo é uma €poca que assiste n formas quase ea matemética, cos m toda a longa e complexa época do helenismo. Esta se inicia com a morte Je Alesaniee Magno (823 a. C) e chega, podemos dizer, até a morte de Auguso, ales, a grande crise do séeulo IV dC, que asste a0 choque froweal defnitivo entre cultura cléssica e pensamento eristio, Um papel derisive tesa rraneo foi exercido por Roma, que, ver conquistada pela cultura greco- ia € 8 difundiu amplamente por todo o império. Tal cultura Tevava A maturidade a rica tradigdo da Grecia, desem siasartculagdes, construda em fortnas grandiosas em todos os setones (a arquierura d poesia, 3 Flosofia © as ciéncias), mareada agora de om te individualismo apoltico e orientado para o “cuidado de si” que uma rea elaboracio de “exerccios om laro declinio da pétis eae nasei- po, A afir- onhece mento de monarquias territoriais burocraticas e, 20 mesmo te magio da individualidade t sobremdo como homem eniio mais com6 cidadao. O helenismo é, portanto, ‘uma grande época da cultura antiga que chega & maturidade em torno de ima crise (da relagio e: Ke, a de um sujeito que se sente e se r icagio espiritual do Medi conquistando © Oriente, foi por su ES heleni re o individuo ¢ © Estado) e de um crescimento (a0 mesmo tempo cientifico ¢ humanistico) da cultura, a qual vem se mo- Gelando segundo a tadigdo grega, de modo que esta se torna patrimGnio ‘comum do Mediterraneo ¢ momento de unificagio ¢ de a civilizagao antiga. Nesta época, ao lado de Arenas, que perde sua hegemonia jé a partir de 404 com a con: cultura: Redes, Pérg: ada por Alexandre Magno Wvida em tadas as aglode toda 4 ‘a macedOnica, desenvolvem-se outros centros de ituais" capazes de Fecer a ascese. Se “o homem classico nao acreditava poder viver fora da és ¢ da vespectiva estrutura social, o homem helenistico quer deions- Nan, ao contririo, que o homem pode bastar a si mesmo como indivi- ~ duo, pode ser totalmente auto-suliciente"; “é 0 homem que se conven. ceu profundamente de que © verdadeiro bem e 0 verdad: derivam das coisas mas , Alexandria; Alexandria, em particular ~ fun- 08 de Plato e Aristételes, delineia-se uim ido que elabora um pensamento de fundamento antropols- gico dividido em ca ¢ ética, mas mais ligado avs problemas da étiea e da busca da “vida boa” que é indicada na figura do “sabio": aque- “ge que limita suas proprias necessidades, pratica uma meditacgéo cons: icamente da opinido que ele forma das coi- io das coisas nos torna invuineraveis" (Reale) Aldéia de Alexandre de uma ecumtene grega realizou-se, portantozcon yoma, mas mantendo no centro a cultura grega, do mode comowiiins ica, fs 23") assim, “a justa aval 9 FRANCO CaMar HISTORADA PEDAGOGIA 97 definindo e se organizando sobretudo em Alexandria: como formagio moral, a qual encontra seu préprio ‘yértice no “cuidado de si -ato organizativo verdadeiramente g1 Com Luciano, estamos no sé cxpecializago, nicamente articulado, a presenga de tura da Biblioteca realmente universal e completa de todo © ps igo marcando a cultura alexandrina, com 0 seu filologisn lamento, seu formalismo também; de outro, estava a forte cor a que atravessava ta cultura dando-the uma conotacte profundam: pedagégica, da qual a enkyklios paiddia seré o produto como se apresenta nas anotacées de um , dominio e de brancara, Em toe: ‘ como se vem realizando na escola helents as de Phutarco ~ desde as Obras morais até as Vidas parla partir da geracto que ven A * texto, que € ps cos de cada disciplina e a estr imdnio seu refi ‘educativaformalista ¢ corruptora, porquanto insincera e impositive Com Plutarco de Queronéia (50-120), estamos numa fase js maduro, tal em que ¢ central a fo anterior, helenistico de fer que faz convergir de modo harménico que valoriza a obra do mestre (que acon- rescas” ¢ “escolares”, difunde-se “em toda a parte-oriental que sublinha o papel do meio na educagio e, Processo. © Pseudo-Plutarco, sobretuco, que acolhem “a tradigio cléssica a acto helenistica 4 sublinha que “a educagto das criangas” é considerada uma ‘dxima imporiancia" ¢ que o seu “resultado é 2 exceléncia mor Aqui, a paidéia 6 entendida como “$F Sexto Empirico (entre os sécalos Ie ID escreve dus obras: Contra os te desenvolvido”, como é indicada na dgniticas ¢ Contra os dacents, 0s quais sto eriticados segundo a3 perspec. incfpio anim: livas do ceticismo, que favorece, exclusivamente, o conhecimento teneo. ea alates aera b I. Portanto, os “dogméticos” (os logicas, os metatisico¥ etc) erram ao baro”, A formagao visa a um “homem co te desenvol partir de prinefpios especulativos, mundo mediterrineo” ¢ prolonga-se depois até Roma e por fim até Passo que os docentes sio comple- 4 que se desviam do conheciiie: cultura antes de tudo literaria e habil no uso da palavra, consciente da Sfvel. Mas € talvee com Plotino (203-270) q do, que no seja s6 um técnico, mas just famente imiteis e corruptores, 2 formagio como ascese € tradigdo e que se faz ‘pessoa, sujeite dotado de carter passagem da beleza 30 Uno, segundo tm processo 4 “ais principios ideas ragdo precisa tanto : erdvio edueativo es ieoiiear de Boeeaie Bios. Nas Endads Fxa-se a ascensto da alma até a idéia e a unidade, seguindo o percurso do Platio socritico © 0 valor rel pan anne ; 0, & qual ni é apenas interior ¢ ética, rego alguinas vozes represent com aquele Uno que cons lista Platareo, depois, fo : , sem apresentar autores com modelos compardveis em riqueza e ador € a regra de todo 0 fo. Neste itinersrio, € imagio educativamente io pedagégico helenistico coloca-se a form: do cariter, que se realiza com 98 FRANCO.CAMBE HISTORIA DA PEDAGOOL diregio de si, desenvolvi ido, por uma dosagem harmé- nica de prazeres e renincias ¢ de um “exercicio espiriual” que visa a terior que marque de maneira constante a perso- os eventos, de modo que 3 fio se faz por graus e a vinculaca EEE da pelas nogoes aprendidas, vive-se co oso. Caracteristicas mais laicas terao as escolas de Mileto on de Elia, com Tales ¢ com Parménides, mas s6 com 0s sofistas é que se cheg: criagio de um habe nalidade do sujeito ¢ a disponha a co go venham perturbar os processos de equiltbrio salientou Foucault em 0 «sidado de si, todos 0s problemas da vis ide, deve fazer parte de um "cosmo" espiri individual ordenado ¢ harménico, do qual o proprio sujeito € 0 ordenador cerior, Como bem ensino no sentido moderno, como transmissao de fo docente € do seu proprio produto, As ese abarrotadas, voltadas para a formacio do 0 fiador carreira educativa 8 AESCOLA GREGA E A ESCOLA HELENISTICA seola, Ban casa, mpanham © menino, depois & pedagogo Na escola do helenismo, com 0 conceito de enkyklins paidéia, “baseado xa disciplina intelectual resultante do estudo analitico da ps e destinado a sublin! que € bom eo que € justo, sures que ensinam o a fungio formativa ancrops 0s poetas, a musica ea gindstica. O as letras, depois escrevend ae como for escola na Grécia, que inicia seu caminho j4 desde os tempos pré-so fe se manifesta cada vez mais como uma instituigéo central em toda a cultura grega, enquanto desenvolve seus aspectos cientificos ¢ aqueles que so comuns & transmissio e & sintese pessoal da culeura. no seitas culturais ¢ religiosas ~ 0 * tagio € da observacio, dura disc core de boi” ou 2 “cinta de couro”, present Afirma-se como escala est /pélis (pense-se em Esparta ¢ em Ate~ nas), onde se quer que “todos os filhos dos cidadiios apren¢ No inicio, encontramos escolas c tyasos ~, presentes sobr res ligados por uma mest ecucagio “iniea igu: em. comum, educando-se em valores coletives © comunitarios. O thyaves de Lesbos, onde operou a poetisa Safo, ou 9 da escola pitagé: inscrigdes encontradas e1 4 Mileto, de Pérgamo a es" ¢ is mulheres, m pica da escola gréga nesta época 6 0 ¢ incelect “ésias especializagées olimpi : Entretanto, vio sendo criadas também novas instituigdes educative-cil: sagrado: a matematiea. O mimero é 0 como as escolas de alta cultura filosdfica que sto centros de eunie Bié-r2 superior, como a Academia de com fortes vinculos de g otérico e aspectos de seita religiosa. “A escola pitagérica era io” com seus mitas érficos de purifica ba A Academi de form dando espago ). Depois de » que metafisico, acompanhado porém de em forte c “co. © Liceu, fundado em 33. se restringe ¢ se especi observacio da natureza” ou sobre a ‘ciéncia dos mi Chega-se assim a época he ciosamente o sistema de estudos, do nivel element ‘9. NAS ORIGEN: a DA PEDAGOGIA OCIDENTAL pela escola de efebo. A escola e! A complexa aventura da educagio na Grécia assinalou uma fase de o de vir; so dos séculos” e compreendi sen (Bowen); nela se lecerdo indeleveis, + 0, como jd 0 dissemos — a experiéi indamental de uma identidade cultuy ss40. Estamos = eujo inicio se dava aos doze anos -, a gram: centro € 0 docente (gra exercicios; depois eram te mais hist6ricos € ‘éncins classicas, explicagbes de formas raras”; depois "acom feréncia dos debates ¢ Panhava-se a pritica da composicio ou mimesis" compondo oragoes se gundo os modelos litersrios. Um espaco central era atribufdo e ria uma fingwagem pai fermos técnicos niatemacica, seguindo os Blementos de Eu: lo de dois ou irés anos em que tar, mas se formava o cardter, atividade desenvolvida no g: palestra descoberta, com seus banhos qu’ modo que se tornava também w exempio, o liceu}; chega a cons de modelos, léxicos, insti tes € fri0s, com es, textos, exper ainda hoje os problemas educ: colocados, para um con- certo de contas, trés aspectos im de modo muito particular

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