Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
GINÁSTICA ARTÍSTICA
autoras
VALÉRIA REGINA SILVA
MARÍLIA FERNANDES ANDRADE
1ª edição
SESES
rio de janeiro 2015
Conselho editorial sergio augusto cabral; roberto paes; gladis linhares.
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida
por quaisquer meios (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em
qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita da Editora. Copyright seses, 2015.
isbn: 978-85-5548-144-4
2. Qualidades Físicas 13
2.1 Conceitos 14
2.1.1 Força 14
2.1.1.1 Dinâmica 14
2.1.1.2 Estática 15
2.1.2 Resistência 15
2.1.2.1 Aeróbica 15
2.1.2.2 Anaeróbica 15
2.1.3 Flexibilidade 16
2.1.4 Coordenação 16
2.1.5 Velocidade 17
2.1.5.1 de Reação 17
2.1.5.2 de Segmento 17
2.1.5.3 de Deslocamento 17
2.1.6 Agilidade 17
2.1.7 Equilíbrio 18
2.1.7.1 Estático 18
2.1.7.2 Dinâmico 18
2.1.7.3 Recuperado 18
2.1.8 Ritmo 18
2.1.9 Descontração 19
2.1.9.1 Parcial ou Diferencial 19
2.1.9.2 Total 19
3. Propostas Para o Ensino da
Ginástica Artística de Base 21
5. Planejamento, Organização e
Vivência de Eventos de Popularização
da Ginástica Artística 43
8• capítulo 1
Em Berlim a repercussão nos jornais chegou a comparar Hasenheide como
uma miniatura de jogos olímpicos, já outros, considerando a situação da
Alemanha dominada pela França, diziam que a prática da Ginástica Artística
(GA) tinha ligação com a formação militar, dizendo que a prática levaria a au-
mento de força muscular, flexibilidade e velocidade pelos exercícios e que isso
contribuía para a juventude servir de forma mais eficaz ao país.
Jahn enfatizava que a ginástica artística não era um treinamento militar e
deveria fugir da rigidez escolar. Ele expunha que a GA era uma ferramenta de
educação popular e deveria “resgatar a regularidade da formação humana, atri-
buindo importância ao corpo, em contraponto á espiritualização exclusiva”.
A ginástica artística, em 1813, perdeu seus ginastas, pois os mesmos foram
participar da guerra e o campo de atividade foi destruído por vândalos. Já em
1814 começou a reconstrução e, em 1817, o campo ampliado podia acomodar
de 1.400 a 1.600 ginastas praticando as atividades juntos com diversos apare-
lhos. No meio do campo existia um local para guardar as roupas e uma louça
para as mensagens do dia.
Foi criado um Festival de Ginástica em comemoração a batalha de Leipzig
que era o ponto alto em 1814, realizado em 18 de outubro. Em Berlim, a prática
de GA era a grande atração e reunia milhares de pessoas. Jahn foi perseguido
por seus discursos em 1817, condenando a presença francesa na Prússia.
Jahn foi preso em 1819 e as atividades no campo foram proibidas, porém jovens
praticantes continuaram a exercer a GA em locais fechados. Os aparelhos foram
reestruturados para locais pequenos, ate mesmo porões, tudo feito por Jahn. Em
1820 a Federação Internacional de Ginástica (FIG) classifica a origem da Ginástica
Artística como esporte de rendimento. Jahn liberado em 1825 não podia ter con-
tato com estudantes. Em 1842 foi liberado totalmente e Frederico Guilherme IV
aprovou a seguinte proposta dos ministros da Guerra, do Interior e de Instrução: "...
que os exercícios corporais sejam reconhecidos como parte indispensável da edu-
cação dos jovens e que sejam adotados no programa de educação popular".
Na Alemanha a GA se propagou rapidamente e foram criadas sociedades, exis-
tentes até hoje. Os ginastas mais experientes iam passando seus conhecimentos
e todos iam criando novos elementos. No século XIX a GA e a Educação Física
estavam muito legadas. Na Suíça existiam professores como Jahn nas escolas.
No Brasil, foi trazida por imigrantes alemães que vieram para o Rio Grande
do Sul e Santa Catarina, a partir de 1824, e esses fundaram sociedades de gi-
násticas. As sociedades começaram com reuniões, lazer e foi desenvolvendo
capítulo 1 •9
atividades gímnicas. A primeira foi o “Turnverein Joinville” em 1858. Outras
foram surgindo no sul, no Rio de Janeiro e São Paulo.
10 • capítulo 1
As Uniões Continentais de Ginástica (Europa, Ásia, África, Américas) regem
a Ginástica em nível continental e estão diretamente vinculadas à FIG.
No Brasil a GA foi oficializada em 1951, com a união das federações do Rio
de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul e se filiaram a Confederação Brasileira
de Desporto (CBD), que pelo Conselho de Assessores de Ginástica, passou a or-
ganizar o esporte no país. Em 1951 o Brasil se filiou a FIG e pode participar de
eventos internacionais, sendo que já organizavam Campeonatos Brasileiros.
A ginástica se desvinculou da CBD em 1978, e foi criada a Confederação
Brasileira de Ginástica (CBG), que foi aprovado pelo Conselho Nacional do
Desporto e homologado pelo Ministério de educação e Cultura (MEC), com o
Parecer n° 13/79, que foi publicado no Diário Oficial da União em 19 de mar-
ço de 1979. O CBG teve como primeiro presidente que deslanchou o Brasil
no cenário internacional Sr. Siegfried Fischer e que permaneceu no cargo até
1984. Sr. Siegfried ainda foi eleito como integrante do Conselho Executivo da
Federação Internacional de Ginástica em 1980 e foi vice-presidente da FIG até
sua morte, em 2003.
Atualmente a CBG tem 17 estados filiados: Amazonas, Distrito Federal,
Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Maranhão, Pernambuco, Rio Grande do Norte,
Sergipe, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná,
Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BROCHADO, F. A. e Brochado, M.M.V. Fundamentos da Ginástica Artística e de Trampolins. 1. ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005;
PUBLIO, N. S. Evolução Histórica da Ginástica Olímpica. São Paulo: Phorte Editora, 1998;
capítulo 1 • 11
12 • capítulo 1
2
Qualidades Físicas
2.1 Conceitos
Qualidades físicas ou também chamadas de capacidades motoras podem ser
definidas como todo o atributo “treinável” num organismo, ou seja, passíveis
de adaptações. Em outras palavras, são todas as qualidades físicas motoras pas-
síveis de treinamento. É preciso verificar o condicionamento físico de maneira
mais ampla, portanto, não adianta desenvolver a força e não ter resistência, ou
ter flexibilidade e não ter força, ou ter resistência sem ter velocidade etc.
Essas também são divididas em qualidades da forma física e qualidades das
habilidades motoras, sendo:
2.1.1 Força
Força motora pode ser definida como a capacidade que o músculo ou um grupo
muscular tem de se opor a uma carga ou a uma resistência externa. Pesquisas
científicas têm demostrado que a força muscular é um dos componentes mais
importantes no desenvolvimento atlético, tendo efeitos marcantes em diferen-
tes modalidades esportivas (Costill et. al. 1986; Sharp et. al. 1982).
A força é uma habilidade que permite um músculo ou grupo de músculos
produzirem uma tensão e vencer ou igualar-se a uma resistência na ação de em-
purrar, tracionar ou elevar.
2.1.1.1 Dinâmica
Força dinâmica ou também chamada força isotônica é o tipo de força que en-
volve os músculos dos membros em movimento ou suportando o peso do pró-
prio corpo em movimentos repetidos, sendo a capacidade de desenvolver ten-
são máxima no movimento articular.
Ela ocorre quando existe um encurtamento das fibras musculares, provo-
cando uma aproximação ou afastamento dos seguimentos ou partes muscula-
res próximas, portanto há movimentos. A força dinâmica pode ser positiva ou
14 • capítulo 2
negativa. A força dinâmica positiva é aquela em que se verifica uma superação
da resistência (peso). Este tipo de força é também chamada concêntrica. Já a
força dinâmica negativa é quando existe a resistência (peso) é maior que a força
muscular, provocando, então, um movimento de recuo. É também conhecida
como força excêntrica. Por exemplo, no salto triplo quando o pé toca o solo no
primeiro salto (força dinâmica negativa) e imediatamente quando se impulsio-
na para o segundo salto (força dinâmica positiva).
2.1.1.2 Estática
Força estática, também chamada força isométrica é o tipo de força que explica
o fato de haver força produzindo calor e não havendo produção de trabalho em
forma de movimento.
2.1.2 Resistência
2.1.2.1 Aeróbica
2.1.2.2 Anaeróbica
A resistência anaeróbica, por sua vez, permite manter por um determinado pe-
ríodo de tempo, um esforço em que o consumo de oxigênio é superior a sua ab-
sorção, acarretando um débito que somente será recompensado em repouso,
sendo os esforços de grande intensidade.
capítulo 2 • 15
Ainda temos o trabalho da resistência muscular localizada (RML) que é a
capacidade individual de realizar num maior tempo possível a repetição de um
determinado movimento, em um mesmo ritmo e com a mesma eficiência. É a
capacidade de repetir várias vezes uma mesma tarefa utilizando-se baixos ní-
veis de força. É a capacidade do músculo em trabalhar contra uma resistência
moderada durante longos períodos de tempo.
2.1.3 Flexibilidade
2.1.4 Coordenação
16 • capítulo 2
2.1.5 Velocidade
2.1.5.1 de Reação
2.1.5.2 de Segmento
2.1.5.3 de Deslocamento
2.1.6 Agilidade
capítulo 2 • 17
A agilidade pode ser observada nos segmentos corporais isoladamente, ou
no corpo como um todo.
2.1.7 Equilíbrio
2.1.7.1 Estático
2.1.7.2 Dinâmico
2.1.7.3 Recuperado
2.1.8 Ritmo
18 • capítulo 2
Segundo Gobbi, Villar e Zago (2005) é a capacidade física de gerar um mo-
vimento em determinado período de tempo, havendo trocas constantes entre
tensão e relaxamento muscular.
2.1.9 Descontração
2.1.9.2 Total
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARBANTI, V. Treinamento Físico: Bases Cientificas. 3. ed. São Paulo: Balieiro Editores, 2001;
COSTILL D.L., Rayfield F, Kirwan J, e Thomas R.A. A computer based system for the measurement
of force and power during front crawl swimming. J Swim Res.; 2:16-19, 1986.
GOBBI, S.; VIllar, R. e Zago,A.S. Educação Física no Ensino Superior: Bases Teórico-Práticas do
Condicionamento Físico. Conceito e Contexto do Condicionamento Físico. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2005.
NUNOMURA, M.; Nista-Piccolo V.L. Compreendendo a ginástica artística. 1° Edição. São Paulo:
Phorte, 2005;
SHARP R.L., Troup J.P. e Costill D.L. Relationship between power and sprint freestyle swimming.
Med Sci Sports Exerc. 1982; 14:53-56.
TUBINO, M.J. e Macedo, M. Qualidades Físicas na Educação Física e no Esporte. 8ºedição. Rio de
Janeiro: Shape, 2006;
WEINECK, J. Treinamento Ideal: São Paulo. Ed. Manole, 1999.
capítulo 2 • 19
20 • capítulo 2
3
Propostas Para o
Ensino da Ginástica
Artística de Base
3.1 Aspectos Conceituais na Orientação
do Ensino das Tarefas Próprias da Ginástica
Artística
O ensino da Ginástica Artística deve ser cuidadosamente estruturado, pois ela
se trata de um esporte de precisão e deve ter perfeita execução, com a técnica
bem descrita e efetuada. O aprendizado mais importante nesse sentido é a cria-
ção de uma demonstração completa da técnica.
Para execução da técnica é necessária a aprendizagem motora, que se deno-
mina como o estudo dos mecanismos subjacentes ao processo de aquisição de
habilidades motores e fatores que as influenciam. Essa aprendizagem identifi-
ca e age nos fatores que podem interferir na aquisição de habilidades motoras e
isso irá proporcionar maior rendimento do ginasta quando pensamos em trei-
namento de técnicas de GA.
Podemos, assim, dizer que nesses conceitos a habilidade é usada para indi-
car diferentes tarefas motoras e a tecnica consiste em uma informação espe-
cifica sobre a execução dessa tarefa motora. Os elementos que compõem a GA
são fundamentais para o desenvolvimento motor humano, como por exemplo,
os movimentos como de rolar, equilibrar-se, o saltar, girar e entre outros. Pra
aprender a executá-los é necessario a melhora do desempenho da habilidade
motora, gerando assim a aprendizagem de forma consequente e eficaz. Na GA
existe uma enorme variedades de exercícios que devem ser ensinados aos ini-
ciantes e para que isso ocorra é necessário um conhecimento amplo e domínio
da técnica e dos processamentos dos moviemntos, da sistematização estrutu-
tal, das combinações e modelos efetivos de treinos.
22 • capítulo 3
3.1.2 Princípios elementares da concepção parcial de ensino
Genérica
Experiências
capítulo 3 • 23
leva a diversos fatores, como por exemplo: partir do que ele já sabe fazer, desco-
brir o que ele tem mais afinidade e perceber seu nível de motivação para execu-
ção daquela tarefa. Segundo Gardner (1999) existe várias formas de ensinar e se
a iniciação do aluno for bem realizada, esse facilmente se lembrará do conhe-
cimento transmitido a ele.
As primeiras aulas devem preencher dois requisitos: estimular os alunos a
se movimentarem e oferecer-lhes a oportunidade de conseguir evolução, para
que tenham motivação e continuem praticando as atividades. Portanto, é pre-
ciso desafios, porém dentro do limite de cada um.
Para iniciar uma aula ou um treinamento de GA deve-se começar com um
aquecimento das grandes funções do organismo, como a circulação e respira-
ção para a preparação do atleta. As atividades propostas podem ser: corridas
leves (trotes), saltos e atividades rítmicas as quais podem ser desenvolvidas em
forma de atividades lúdicas, com crianças.
Em outro momento da aula, em uma segunda fase o objetivo é preparar os mús-
culos e articulações por meio de exercícios de mobilidade articular e elasticidade
muscular, ou seja, alongamentos e exercícios de flexibilidade. As principais articu-
lações exigidas na GA são a escapulo-umeral (ombros) e a coxo-femoral (quadris).
Exercícios de força leve também podem acompanhar essa parte da aula.
Como um terceiro momento da aula será realizado de forma expressiva um trei-
namento técnico dos movimentos ginásticos e suas combinações, nos aparelhos
oficiais e auxiliares, tais como: trampolim, banco sueco, plinto e etc. os níveis de
dificuldade vão aumentar conforme o nível da turma e seus objetivos na aula.
Logo após será realizado um treinamento específico de força que deve ser pla-
nejado conforme a necessidade individual de cada aluno, inclusive no que se refere
à faixa etária, competições e planejamentos. Deve-se enfatizar a musculatura dos
membros superiores, bem como a musculatura da cintura escapular e do tronco,
pois os movimentos de GA, principalmente os de suspensão, exigem força vigorosa.
O abdômen também tem sua importância devido à manutenção de uma
adequada postura, assim como glúteos fortalecidos e íliopsoas alongados
auxiliam também no controle e no bom posicionamento da pelve.
Para complementar ainda deve-se realizar um trabalho de resistência, poten-
cia e velocidade. Ao final, podem ser feitos alongamentos leves, movimentos de
soltura e descontração, ou mesmo massagens para alivio e relaxamento corporal.
24 • capítulo 3
3.3 Dimensões Sociais da Ginástica Artística,
considerando as Dimensões Sociais do
esporte
A Ginástica Artística conhecida como um esporte de alto rendimento causa a
preocupação em seus atletas de superar e conseguir novos êxitos. Isso implica
em observarmos a dimensão do esporte expondo que o mesmo se mostra como
uma tendência de grandes talentos esportivos, marcando seu caráter antide-
mocrático, tenso em vista somete a vitória, não tornando o esporte acessível a
todos, mas sim, somente aos “melhores”.
Se levarmos para o contexto das escolas, essa forma de trabalhar com a GA
causa uma crítica importante, já que pode trazer malefícios aos alunos. Um dos
pontos a destacados por Voser, Neto e Vargas (2007) é a iniciação desportiva
precoce como atividade esportiva desenvolvida antes da puberdade, caracteri-
zada por uma alta dedicação aos treinamentos (mais de 10 horas semanais) e
principalmente com finalidade eminentemente competitiva.
A criança inserida prematuramente no esporte ocasiona prejuízos em seu
futuro, como: formação escolar deficiente, devido à grande exigência na car-
reira esportiva; unilateralizaçâo de um desenvolvimento que deveria ser plural;
reduzido desenvolvimento da personalidade na infância e tanto a saúde física
quanto a psíquicas são atingidas.
Os pontos positivos que justificam uma relevância social da GA como um
esporte de alto rendimento é a dimensão por ser uma atividade cultural que
proporciona um intercambio internacional; a geração de turismo; o envolvi-
mento de recursos humanos qualificados, o que provoca a existência de várias
profissões especializadas no esporte, entre outros.
Nesse sentido podemos perceber que historicamente um dos principais er-
ros que constitui o esporte educacional é a competição exacerbada. Os jogos es-
colares, por exemplo, que deveriam ter um caráter eminentemente educativo,
apresentam outro significado, ou seja, o de competições de alto rendimento.
Deve ser objetivo do professor proporcionar aos alunos uma vivencia em di-
ferentes esportes, trabalhando o conteúdo na escola oportunizando a prática
de várias modalidades esportivas, e através dessas práticas poder instigar os
alunos a refletirem de forma crítica sobre o assunto.
capítulo 3 • 25
Santos et al (2006) faz uma caracterização do esporte da escola e o esporte
na escola. No esporte da escola o objetivo é educacional e tem prioridade de
inclusão, sem separação de sexos, atividades lúdicas são propostas e as regras
são flexíveis. Já o esporte na escola, o aprendizado é técnico, as regras rígidas,
os alunos separados por sexo e a tendência é a prática de talentos esportivos.
26 • capítulo 3
3.5 Posturas básicas da Ginástica Artística
As posturas básicas são independentes dos aparelhos. São elas:
capítulo 3 • 27
3. Orientar os ginastas em relação à vestimenta: roupas justas, sem zíper,
prender os cabelos, não usar relógios, correntes e outros;
4. Inspecionar regularmente os equipamentos e instalações;
5. Orientar os praticantes para possíveis riscos;
6. Desenvolver habilidades apropriadas para o nível dos alunos;
7. Supervisionar e registrar o plano de aulas e dos dados dos alunos;
8. Realizar o aquecimento e o relaxamento de forma apropriada.
28 • capítulo 3
As divisões dos aparelhos de ginástica são seguindo o gênero, sendo só
femininos:
capítulo 3 • 29
Toledo (2009), apresenta algumas sugestões para adaptação e confecção de
aparelhos como:
30 • capítulo 3
Além disso, também é possível elaborar Colchões com enchimento usando
palha, capim, pneus velhos, câmaras de ar, garrafas PET para exercícios de solo
com revestimento de lona, saco de ráfia e tecidos de média espessura. Bancos
suecos que é a madeira usada para fazer os bancos podem ser utilizado como
trave de equilíbrio e barras fixas paralelas. Plintos que é o equipamento pra saltos
e rolamentos pode ser feito com engradados de cerveja revestidos de espuma.
capítulo 3 • 31
6. Amarelinha: jogo de deslocamento em um dos pés;
7. Garrafão: pegador com deslocamento sobre um dos pés em um espaço
delimitado com formato de um garrafão;
8. Mãe-da-rua: pegador com deslocamento sobre um dos pés em um espa-
ço delimitado com formato de uma rua;
9. Ambos com os pés sobre uma linha, tentar desequilibrar o colega em-
purrando-o com uma das mãos;
10. Dentre outras.
32 • capítulo 3
vezes são os materiais caros e a falta de recursos para esse, além do local, falta
espaço adequado para a prática.
Partindo da experiência da Profa. Vilma Lení Nista-Piccolo nas aulas de GA
da Faculdade de Educação Física da Unicamp. Essa professora pretendia levar
a GA as escolas para acesso de todos e necessitava de materiais e equipamentos
de baixo custo e pequeno porte, além de ser desmontáveis para que as quadras
utilizassem e em seguida já pudessem estar livres para demais atividades.
No salto há um material compatível no mercado, o plinto (figura 3.1). Esse
equipamento é utilizado em outras modalidades, é regulável e também pode
ser utilizado para treinar rolamentos, estrelas e mortais. Ele pode ser feito até
por algum marceneiro e mesmo sendo barato, ainda cai o custo se conseguir a
própria escola fabricar.
capítulo 3 • 33
Figura 3.2 – Adaptação da trave de equilíbrio. Fonte da imagem: http://portaldoprofessor.
mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=25286
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BROCHADO, F. A. e BROCHADO, M.M.V. Fundamentos da Ginástica Artística e de Trampolins. 1.
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
GARDNER, H. O verdadeiro, o belo e o bom. Rio de Janeiro: Ed. Objetiva, 1999.
HOSTAL, P. Ginástica em aparelhos: espaldar, banco, plinto, corda. São Paulo: Manole, 1982.
LEGUET, J. As ações motoras em ginástica esportiva. Editora Manole LTDA. SP. 1987.
Nunomura, M.; Nista-Piccolo V.L. Compreendendo a ginástica artística. 1° Edição. São Paulo:
Phorte, 2005.
34 • capítulo 3
RUSSELL, K. Gymnastics - Why is it in School Curricula? Leisure and Movement. Journal of the
Saskatchewan Physical Education Association, 6 (1), Marc, p. 7-11, Saskatchewan, Canada, 1980.
SANTOS, et al. As diferenças entre os esporte da escola e o esporte na escola. Revista
treinamento desportivo, v. 7, n. 1, p. 21 – 28, 2006.
TANI, G.; MEIRA JÚNIOR, C.M. e GOMES, F.R.F. Frequência, precisão e localização temporal de
conhecimentos de resultados e processo adaptativo na aquisição de uma habilidade motora
de controle da força manual. Revista Portuguesa de Ciências do Desporto, Porto, v. 5, n. 1, p. 59-68;
2006.
TOLEDO, E. Fundamentos da ginástica rítmica. In: NUNOMURA, M; TSUKAMOTO, M.H. C.
Fundamentos das ginásticas. Jundiaí: Fontoura, 2009. p.143-172.
TUBINO, M, J, G. Dimensões sociais do esporte. 2º ed. São Paulo: Cortez, 2001.
United States Gymnastics Federation- USGF. Guide to Gymnastics. USGF Publication,1995.
capítulo 3 • 35
36 • capítulo 3
4
Noções Básicas dos
Regulamentos da
Ginástica Artística
4.1 Organização e estrutura básicas dos
campeonatos de Ginástica Artística
38 • capítulo 4
Paralelas; trabalha membro superior, com o corpo em apoio. (6) Barra Fixa: tra-
balho de membros superiores, com o corpo em suspensão.
A Competição 4 é denominada com essa classificação, porém sabe-se que ela, sen-
do a final por equipes, é disputada antes das finais individuais geral e por aparelho.
A composição das equipes ocorre de acordo com cada etapa das competições.
capítulo 4 • 39
Competição 1 – Preliminar (C1): equipe composta por no mínimo quatro e
no máximo seis ginastas. Equipes com menos de quatro ginastas, participam
somente da classificação individual geral e por aparelhos.
Competição 2 – Final individual geral (C2): competem do total, no máximo
dois ginastas por país.
Competição 3 – Final individual geral por aparelho (C3): podem participar no
máximo dois ginastas de um mesmo país, em cada aparelho nessa etapa final.
Competição 4 – Final por equipes (C4): nessa etapa cada equipe pode ser
composta por até seis ginastas, dos quais competem três em cada aparelho.
40 • capítulo 4
NOTA A (BANCA A)
FATORES DE AVALIAÇÃO SÉRIE FEMININA SÉRIE MASCULINA
(VALOR DOS PONTOS)
NOTA B (BANCA B)
DEDUÇÃO DE FALHAS SÉRIE FEMININA SÉRIE MASCULINA
(VALOR DOS PONTOS)
COMPOSIÇÃO/
EXECUÇÃO/ 5p 5p
APRESENTAÇÃO
ARTÍSTICA
capítulo 4 • 41
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BROCHADO, F. A. e Brochado, M.M.V. Fundamentos da Ginástica Artística e de Trampolins. 1. ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
SANTOS, J. C. E. e Albuquerque F, J. A. Manual de Ginástica Olímpica. Editora Sprint Ltda. Rio de
Janeiro. RJ, 1984.
42 • capítulo 4
5
Planejamento,
Organização e
Vivência de Eventos
de Popularização da
Ginástica Artística
5.1 Planejamento, Organização e Vivência
de Demonstração de Ginástica em Grupos,
Considerando os Princípios da Ginástica para
Todos (Gpt)
44 • capítulo 5
Os princípios da GPT têm uma expansão cultural muito importante e uma
conscientização que proporciona o devido efeito educacional e que trás benéfi-
cos e intercâmbios culturais .
A conscientização e a democratização ainda estão reduzidas no Brasil, é neces-
sária uma ação mobilizadora para empregar a promoção do bem estar geral a todos.
O professor deve traçar sua aula, conforme seus objetivos e sua observação
prática da GPT, porém existem várias possibilidades de estruturação de aulas:
capítulo 5 • 45
Freire e Scaglia (2003) deixam clara a necessidade dos profissionais de Educação
Física saírem do “achismo” e começarem a se fundamentar nas suas próprias expe-
riências, [...] “pois grande parte da produção teórica da Educação Física ainda não
possibilitou a construção de princípios que pudessem nortear tal prática”.
A ginástica é conteúdo essencial nas escolas e deve ser colocada no plano
para oferecer conteúdo rico em elementos e possibilidade de conhecimento
diferenciado.
Uma aula bem planejada deve conter o domínio do professor sobre aquele
determinado assunto. No decorrer no ensino o aluno vai desenhar uma trajetória
e aprendem diversos conteúdos, e na área se utiliza este termo quando se refere a:
[...] conceitos, ideias, fatos, processos, princípios, leis científicas, regras,
habilidades cognitivas, modos de atividade, métodos de compreensão e apli-
cação, hábitos de estudos, de trabalho, de lazer e de convivência social, valores,
convicções e atitudes. (Darido, 2005).
Os professores fixam em explicar a técnica do futebol, por exemplo, mas
fazer a consciência do aprendizado na prática, porque acredita-se na ampliação
do conhecimento nesse momento mais prático.
Nessa linha de pensamento temos uma forma que sugere que o aluno possa
se desenvolver melhor tendo em vista o ensinamento global, ainda no exemplo
do futebol, onde Freire (1998), que retrata como ensinar uma aula de futebol
ajudando na condução e formação aprimorada na Educação Física escolar, pois
orientam os professores nos seguintes critérios: “1. Ensinar futebol a todos; 2.
Ensinar futebol bem a todos; 3. Ensinar mais que futebol a todos; 4. Ensinar a
gostar do esporte”.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DARIDO, S. C. Os conteúdos da Educação Física na escola. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2005, p. 64-79.
FREIRE, J. B. Pedagogia do futebol. Rio de Janeiro: Editora Ney Pereira, 1998.
FREIRE, J. B. Scaglia, A. Educação como prática corporal. São Paulo: Scipione, 2003.
OLIVEIRA N.R.C. Ginástica para todos: perspectivas no contexto do lazer. Revista Mackenzie de
Educação Física e Esporte, 6(1):27-35, 2007.
46 • capítulo 5
ANOTAÇÕES
capítulo 5 • 47
ANOTAÇÕES
48 • capítulo 5