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BANCA EXAMINADORA
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Gerente Acadêmica do CETAM – São Gabriel da Cachoeira.
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Secretária de Meio Ambiente e Turismo – SEMATUR.
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Professor escolar de São Gabriel da Cachoeira – AM
AGRADECIMENTOS
Ao Colégio São Gabriel, por disponibilizar sala para serem ministradas as aulas do curso de
Meio Ambiente.
Aos professores Luana Sintia Costa Bezerra e Luís Carlos Penha, dedicação, atenção e pelas
aulas ministradas durante o curso.
RESUMO
Este trabalho surgiu com a identificação da falta de consciência ambiental local, pois
trata da falta de consciência das pessoas com relação ao meio ambiente, da estrutura do ensino
das escolas públicas, com métodos antiquados, descontextualizados com realidade e a
complexidade que são os problemas ambientais.
O objetivo deste trabalho foi em desenvolver sugestões de ações educativas para uma
gestão de educação ambiental, para que a Escola Municipal Dom Miguel Alagna, possa
aproveitar os resíduos sólidos por ela gerados, além de mostrar soluções e uma visão diferente
da educação ambiental local. Através da atualização na formação dos docentes e inserir
propostas pedagógicas diferenciáveis, no imprtantíssimo processo de melhoria do ensino.
Constatou-se que educação ambiental na escola é hoje o instrumento muito eficaz para
se conseguir criar e aplicar formas sustentáveis de interação sociedade-natureza. Este é o
caminho para que cada indivíduo mude de hábitos e assuma novas atitudes que levem à
diminuição da degradação ambiental, promovam a melhoria da qualidade de vida e reduzam a
pressão sobre os recursos ambientais.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 7
ANEXOS ................................................................................................................................ 29
INTRODUÇÃO
Este projeto tem como temática: "Educação Ambiental: Uma Abordagem de Ensino na
Escola Dom Miguel Alagna de São Gabriel da Cachoeira – AM”, no qual se identifica há falta
de consciência ambiental local, pois se origina da estrutura educacional com métodos
defasados, sem sintonia com a realidade, em que está gerando cidadãos com hábitos e
comportamentos prejudiciais ao meio ambiente, não porque pretendem ser assim, e sim, por
não terem recebido uma educação com métodos que se adeqüem a realidade local e cultural.
O objetivo geral deste trabalho foi em diagnosticar a visão do uso práticas de educação
ambiental pelos professores da Escola Municipal Dom Miguel Alagna, situada na cidade de
São Gabriel da Cachoeira - AM, no bairro Fortaleza, com a possibilidade de desenvolver
sugestões de ações educativas para uma gestão de educação ambiental, mundo a visão sobre a
educação ambiental local.
A escola educa; por sua vez também é responsável pela sociedade. A educação
ambiental é uma forma transversal de educação, que se engloba através de um processo
pedagógico participativo no qual procura infiltrar uma consciência crítica sobre os problemas
do ambiente.
Porém, devemos tratar a educação ambiental, a qual esta intimamente ligada aos
resíduos sólidos, de uma forma efetiva e eficiente. Segundo Mello (2000), a implantação
dessas medidas, no entanto, requer mudanças no sistema de formação de professores. O
modelo disciplinarista que norteia as licenciaturas do ensino superior deve ser reestruturado
para que as competências sejam mais valorizadas, pois a transdisciplinaridade e os conteúdos
transversais possam ser trabalhados pelo licenciando, e só assim dessa forma as práticas
pedagógicas poderão estar em acordo com sua formação.
1 EDUCAÇÃO AMBIENTAL
1.1 Conceito e categorias da Educação Ambiental
Conforme Varine (2000, p. 62), "a natureza é um grande patrimônio da sociedade.
Consequentemente, a Educação Ambiental se torna uma prática social, com a preocupação da
preservação da sua riqueza”. Mesmo assim, o meio ambiente está sendo atacado, agredido,
violentado, e uma das causas é o veloz crescimento da população humana, que provoca
decadência de sua qualidade e de sua capacidade para sustentar a vida, não basta apenas
denunciar os estragos feitos pelo homem na natureza, é necessário um processo educativo,
com atitudes pró-ambientais e sociais.
(...) formar uma população mundial consciente e preocupada com o ambiente e com
os problemas que lhe dizem respeito, uma população que tenha os conhecimentos, as
competências, o estado de espírito, as motivações e o sentido de participação e
engajamento que lhe permita trabalhar individualmente e coletivamente para
resolver os problemas atuais e impedir que se repitam (...) (SEARA FILHO, p. 40,
1987).
(...) desenvolver uma população que seja consciente e preocupada com o meio
ambiente e com os problemas que lhes são associados. Uma população que tenha
conhecimentos, habilidades, atitudes, motivações e compromissos para trabalhar,
individual e coletivamente, na busca de soluções para os problemas existentes e para
a prevenção dos novos (...) (Capítulo 36 da Agenda 21).
Segundo a Política Nacional de Educação Ambiental - PNEA, Lei 9.795/99, no art. 1º,
diz:
Entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a
coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e
competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do
povo, essencial a sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.
Porém, devemos tratar a educação ambiental de uma forma efetiva e eficiente, e para
que isso aconteça, é necessário que seja massificado na grade curricular das disciplinas os
temas pertinentes de Educação Ambiental. Nas escolas, essa massificação, é tida como uma
Transversalidade, segundo (Macatto, 2002, p.19), propõe-se que as questões ambientais não
sejam tratadas como uma disciplina específica, mas sim que permeie os conteúdos, objetivos e
orientações didáticas em todas as disciplinas. A educação ambiental é um dos temas
transversais dos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ministério da Educação e Cultura.
Entretanto, com a publicação da Lei 9.795/99, que dispõe sobre a educação ambiental,
institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências, a questão tomou
força, pois a implantação e aplicação da Educação Ambiental como disciplina passou a ser
obrigatória. Mas, segundo Portugal (1997), existem três vertentes de opiniões visando afirmar
as melhores formas de se proceder a educação ambiental. A primeira vertente defende que
deve haver uma disciplina específica para tratar do assunto, a ser incluída no currículo
escolar, tal quais as disciplinas comuns. A segunda vertente defende que a educação
ambiental deva fazer parte do conteúdo programático da disciplina de Ciências. Já a terceira
vertente defende que a educação ambiental deva ser passada aos alunos sem pré-
estabelecimentos de disciplinas e de professores específicos, isto é, deve ser ministrada por
todos os professores indistintamente, de forma natural usando doses homeopáticas, adequando
o assunto com os aspectos locais e culturais. Para que as informações sejam absorvidas.
As agressões enfrentadas pela natureza são causadas por gerações e gerações que
desconheciam o delicado equilíbrio homem/ambiente, ao qual criaram esse modelo de
desenvolvimento predatório. A solução está em preparar as novas gerações para um modelo
de desenvolvimento alternativo, ou seja, um modelo sustentável.
Segundo Oliveira (1973), a problemática do lixo vem sendo agravada, entre outros
fatores, pelo acentuado crescimento demográfico, especialmente nos centros urbanos,
resultantes do êxodo rural e da falta de um planejamento familiar. Entretanto, a palavra
resíduo é um sinônimo da palavra lixo, Frasson (2001). O termo resíduo sólido está
relacionado a tudo que resulta das atividades do ser humano e que não tem ou deixou de ter
utilidade. Os componentes mais usados pelo homem dos resíduos sólidos são classificados de
diversas maneiras como: doméstico, institucional, comercial, industrial, varrição, demolição
ou construção.
10004 Classificação
10005 Procedimentos
10006 Procedimentos
10007 Amostragem
2. PESQUISA DE CAMPO
A referida pesquisa aplicada na Escola Municipal Dom Miguel Alagna, São Gabriel da
Cachoeira/AM, foi dividida em três etapas: 1º etapa: Apresentação ao gestor do projeto, visita
na escola (dependências), onde através do processo visual foi feito um diagnóstico preliminar.
Nesta mesma visita foi aplicado questionário pré-determinado sobre educação ambiental aos
professores. Os questionários aos professores têm como finalidade de investigar o interesse
em trabalhar e avaliar os conhecimentos em Educação Ambiental. 2º etapa: Inventário e
caracterização dos resíduos com o uso de metodologia para caracterização dos resíduos
sólidos, o qual compreende coleta, acondicionamento, pesagem e separação. Durante três
semanas em dias específicos os quais foram: segunda-feira (1ª semana), quarta-feira (2ª
semana) e sexta-feira (3ª semana). Nesta metodologia a cada dia os resíduos foram pesados na
sua totalidade, separados e classificados (papel, plásticos, metal, matéria orgânica e rejeitos).
3º etapa: Compilar, analisar os dados coletados e após elaborar sugestões de práticas
ambientais para um Plano de Gestão Ambiental com capacitação, além de um monitoramento
para as escolas, o qual será transformado em um instrumento uso contínuo nas escolas
municipais e de consulta para uso em outras instituições.
Já para a coleta de dados para o inventário de resíduos sólidos gerados pela escola, se
utilizou o método de composição física e em seguida foi determinado a composição
gravimétrica, ou seja, procedeu-se a separação de todo material inorgânico de acordo com os
componentes escolhidos para determinar que eram: papel/papelão, plástico, vidro, metais
ferrosos/não ferrosos do material orgânico e rejeito. E por fim, foram pesados cada um dos
materiais: orgânicos e repetiu-se esse procedimento com os materiais inorgânicos.
29%
Sim
71%
Não
Observa-se que há 3% dos 38 educadores se diz que não faz parte do meio ambiente.
Ou seja, não há conscientização nessa pessoa, isto é, na atualidade não é cabível que
indivíduos tenham esse pensamento. Conforme mostra o gráfico 2:
Sim
97% Não
educação ambiental. Isso se evidencia, que por parte dos educadores, não esta sendo feita o
trabalhado de conscientização e sensibilização dos problemas ambientais na escola. Como
exemplos têm a resposta: “Nunca ouvi falar sobre educação ambiental, por isso não sei quem
são responsáveis.” Isso demonstra que a educação ambiental é deixada de lado na escola. E
que os professores estão se confundindo no que tange do entendimento sobre EA em relação
aos trabalhos de educação ambiental. Já em relação à responsabilidade sobre os trabalhos de
educação Ambiental, os professores jogam grande parte da responsabilidade em si própria,
isto é, ele que tem a obrigação de inserir a conscientização juntos aos alunos. Conforme
mostra o gráfico 4 e 4A:
13% Queimadas
40%
Conservação
Não desenvolvidos
Compostagem
Coleta Seletiva
Poluição
10% 3% 3% Coleta seletiva
5% 21% Tratamento da água
5% Sem temas
16%
Saneamento básico
34% Proteção e conservação
Reciclagem
3%
Efeito estufa
Conscientização
A questão sétima aborda: Quais são os principais problemas dessa escola quando se
pensa em meio ambiente e educação ambiental?
As duas questões mais abordadas em relação à problemática da escola foram ambas
com 24%: a conscientização e o lixo (resíduo sólido). Realmente a questão dos resíduos
sólidos é das mais preocupantes e diz respeito a cada ser humano. Abordar a problemática da
produção e destinação do lixo no processo de educação é um desafio, cuja solução passa pela
compreensão do indivíduo como parte atuante no meio em que vive. A conscientização
também é o outro elemento fundamental no processo da educação ambiental na escola, pois o
educador pode buscar desenvolver, em seus alunos, hábitos e atitudes sadias de conservação
ambiental e respeito à natureza, transformando-os em cidadãos conscientes e comprometidos
com a vida.
Não se pode descarta a falta de iniciativa com 18%. No qual esta relacionada com a
percepção dos professores em percebem a problemática ambiental que os envolvem e o grau
de importância que conferem a ela.
8% Conscientização
18%
2% 24% Lixo
5% Falta d'água
8% Escola
8% 24% Não sabe
Falta de projeto
Falta de iniciativa
Fossa
Apesar de 61% estarem satisfeitos com a educação provida pela escola, outras
perguntas como: “Quais são os principais problemas dessa escola quando se pensa em meio
ambiente e educação ambiental?” e “Existe trabalho de Educação Ambiental na escola, quem
são os responsáveis?”, demonstram que não um consenso nas respostas, pois há vários
problemas na escola tais, como: o não uso correto da lixeira, a conscientização, o lixo, a falta
d’água, a falta de projeto, a fossa séptica. Cujo, o maior problema é o lixo quanto a sua
destinação. Já em relação ao trabalho de educação ambiental e responsabilidade demonstra
que 82% (gráfico 4) respondeu que não existe trabalho de Educação Ambiental, ou seja, as
temáticas de EA, não são abordadas com frequência em sala de aula.
39%
Sim
61%
Não
Frequentemente
32%
Uma vez por mês
60%
Quando necessário
Nunca
3%
Apesar da importância dos eventos e da participação, nota-se 50% ainda fica restrita a
semana do meio ambiente como evento principal, mas se deve reconhecer que é muito
superficial a demanda de atividades na escola. Porém, palestras (24%) se tornam desgastante e
pouco eficaz na maioria das vezes para um assunto tão importante, ou seja, para essa
problemática, deve-se aplicar uma educação ambienta em aspectos lúdicos através de
trabalhos práticos com jogos e brincadeiras educacionais.
50% Feiras
Outras
4. SUGESTÕES
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este projeto teve a finalidade de diagnosticar através dos dados coletados e evidenciou
as seguintes conclusões:
2. Na maioria das vezes não estão abertos a discutir assuntos da atualidade em relação
à Educação Ambiental, tal vez seja por que alguns professores não estão devidamente
capacitados para trabalhar com EA, porém, muitos conhecem a sua importância, mas não tem
muito conhecimento de legislação e documentos oficiais sobre o tema de forma específica.
Considerou-se ter sido este estudo bem sucedido, podendo o mesmo ser aplicado em
outras escolas, visto a importância do trabalho que deu informação suficiente para seja criado
um Plano de Gestão Ambiental.
REFERÊNCIAS
AGENDA 21. Conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente e desenvolvimento.
Rio de Janeiro, 1992.
MELLO, G.N. de (2000). Formação inicial de professores para a educação básica: uma
revisão radical. Rev. Ibero Americana Ed., 25. Retirado em 20/11/2006, no World
WideWeb: www.rieoei.org/rie25f.htm.
PORTUGAL, Gil. Educação ambiental desde a base. Mar. 1997. Disponível em:
<www.gpca.com.br/Gil/art24.html> Acesso em 20 jun. 2006.
REIGOTA, Marcos. A floresta e a escola: por uma educação ambiental pós-moderna. São
Paulo: Cortez, 1999.
ANEXOS
ANEXO 1: Questionário
Sim ( ) Não ( )
7. Quais são os principais problemas dessa escola quando se pensa em meio ambiente e
educação ambiental?
8. Quais datas comemorativas ligadas ao meio ambiente que a escola desenvolve atividades?
Sim ( ) Não ( )
10. Com que frequência você menciona as temáticas de educação ambiental nas aulas?
ANEXO 2: Formulário
3. CARACTERISTICA DO EMPREENDIMENTO
Atividade Principal:
No. de Pessoas:
Docentes: Discentes: Colaboradores: