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1ª Avaliação
Arendt faz uma crítica à ideia ou consenso dos teóricos políticos de que a
violência é uma manifestação de poder, ou seja, de que o poder político é
manifestação de violência. Neste contexto cita Max Weber, para quem "o
Estado é o domínio de homens sobre homens com base nos meios de violência
legítima, isto é, supostamente legítima"; assim como Voltaire, onde o poder está
presente onde quer que se tenha a chance de se impor à própria vontade, contra
a resistência dos outros. Na sequência, a autora lembra a análise de Hobbes, de
que muitos fracos unidos se tornam tão fortes ou mais que aquele que exerce o
domínio pela força, e reafirma que o poder não pode continuar existindo pela
força, uma vez que ele para quando a força acaba. Logo, para a autora, o poder
é diferente de força. Arendt lamenta o fato da ciência política moderna não
conseguir diferenciar os conceitos "poder", "força", "autoridade" e "violência",
fenômenos estes diferentes entre si. Ela apontou que não é violência, mas poder
que é a essência do governo.
Arendt conclui então que Weber realmente entendi a diferença entre poder
e violência. A violência pode destruir o poder antigo, disse ela, mas nunca pode
criar a autoridade que legitima o novo. A violência é, portanto, a base mais
pobre possível para construir um governo.