Você está na página 1de 3

RESENHA DA SEÇÃO VIII DENOMINADA “A

CONVERSÃO” DO LIVRO “CONFISSÕES” DE


SANTO AGOSTINHO
(AGOSTINHO, Santo. Confissões. Tradução de Maria Luiza Jardim Amarante;
revisão cotejada de acordo com o texto latino por Antônio da Silveira Mendonça.
São Paulo, SP: Editora Paulinas, 1984. 418p.)

Trabalho acadêmico apresentado ao Seminário


Teológico Presbiteriano Reverendo Ashbel Green
Simonton, como requisito para obtenção de nota para
avaliação da Disciplina de História do Pensamento
Cristão I do Curso de Bacharelado em Teologia.

Professor: Rev. Prof. Me. Doutorando Junio Cesar Rodrigues Lima

Disciplina Acadêmica: História do Pensamento Cristão I

Departamento: Teologia Histórica

Seminarista: Diego Honorato de Almeida

Matrícula: 830

Período: 6º

Ano: 3º

Rio de Janeiro
2018
RESENHA
Diego Honorato de Almeida

AGOSTINHO, Santo. Confissões. Tradução de Maria Luiza Jardim Amarante; revisão cotejada
de acordo com o texto latino por Antônio da Silveira Mendonça. São Paulo, SP: Editora
Paulinas, 1984. 418p.

O livro possui 418 (quatrocentos e dezoito) páginas e está dividido em treze seções (livros),
iniciando com uma introdução do Pe. Frei Francisco de Maria Santíssima, responsável pelo
Ofício Central de Lisieux Nihil Obstat, que articulará uma pequena biografia da vida e obra de
Santo Agostinho de Hipona. Salienta-se que o Livro contará, através de suas treze seções, as
diversas fases da vida e obra de Santo Agostinho, todavia, na presente resenha será avocada a
oitava seção do sobredito livro denominada “A Conversão”, onde no decorrer de seus doze
capítulos demonstrará os conflitos e dúvidas existentes no interior de Santo Agostinho, no que
tange a sua futura conversão.

O primeiro conceito do livro, no que tange a educação cristã o autor denomina como “A
Lei do Professor”, onde delimitará que o professor eficiente é aquele que dá suporte ao ensino
através de experiências de vida, ou seja, tais experiências são fundamentais para o crescimento
do professor e de seus alunos. Dentro de tal premissa, o autor aponta que os alunos ouvirão mais
atentamente tais ensinos, pois não estarão baseados somente em teorias escritas ou formais, mas
de vivências e experiências sentidas no decorrer da vida de um professor. Portanto, o autor
afirmará que “enquanto estivermos vivos estaremos aprendendo; e enquanto estivermos
aprendendo estaremos vivos” (p.14), pois o ser humano, em especial o professor, deve buscar
um constante crescimento como o próprio Apóstolo Pedro afirma em sua segunda epístola,
capítulo 03, versículo 18, in verbis: “Antes crescei na graça e no conhecimento do nosso Senhor
e Salvador Jesus Cristo).

Salienta-se ainda que o autor demonstrará a necessidade para o crescimento intelectual que o
professor deve almejar, tendo um disciplinado programa de leitura e estudo, fazer cursos de
atualização, além de conhecer bem os seus alunos. (p.24.26)

Por fim, o sétimo e último conceito abordado por Hendricks é a “Lei da Preparação
Prévia”, onde o autor explanará e dará como exemplo um corredor que antes da corrida realiza
atividades físicas, com o intuito precípuo de estar preparado fisicamente e emocionalmente para
a corrida, ou seja, trazendo tal exemplo para a esfera da educação em geral, e, em especial na
educação cristã, a necessidade de ambos (professores e alunos) estarem preparados previamente

2
para a ministração/recebimento do ensino. O desenvolvimento de tal preparação se dará através
de estímulos do educador através de exercícios prévios que possuem o objetivo de facilitar a
percepção do ensino, uma luta constante contra a previsibilidade que faz com que o aluno perca
o interesse pelo recebimento do ensino, entre outros exemplos fornecidos por Hendricks.
Salienta-se ainda que o professor deva utilizar-se da confiança que possui, com o fim precípuo de
gerar nos receptores um sentimento de autoconfiança. (p.124), além de fazer com que a
aula/ensino seja ministrada através de uma coparticipação com os alunos, ao invés de uma
monopolização do ensino, por parte de um aluno específico ou professor. (p.126).

No que tange a obra literária exposta nesta breve resenha, denota-se que é um excelente
texto, e sua leitura foi bem produtiva, atendendo o propósito de demonstrar a necessidade de um
ensino cristão que agregue professor e aluno, ao invés de segregar e romper o elo do ensino que
deva existir, além da necessidade do professor/educador de estimular e motivar seus alunos, pois
a preocupação de todo professor, principalmente aquele que ministra na Educação Cristã, será o
que seu aluno fará após o recebimento de tal ensino, ou seja, qual será a aplicação direta do
receptor/aluno, no que abarca o ensino recebido, pois a educação em geral, e, em especial, a
educação cristã, deve gerar um sentimento de transformação e propagação de uma nova
realidade de vida, confrontando assim a inércia e a paralização intelectual e emocional dos
alunos.

Você também pode gostar