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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA – UNIPÊ

PRÓ-REITORIA DE ENSINO GRADUAÇÃO


CURSO DE PSICOLOGIA

CATIUCE CARDOSO DE SOUZA

VITÓRIA MARIA MEDEIROS BATISTA

RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO BÁSICO INTEGRADO –

IDENTIFICAÇÃO DE DEMANDAS: PSICOLOGIA SOCIAL E DO TRABALHO

JOÃO PESSOA
2017
CATIUCE CARDOSO DE SOUZA

VITÓRIA MARIA MEDEIROS BATISTA

RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO BÁSICO INTEGRADO –

IDENTIFICAÇÃO DE DEMANDAS: PSICOLOGIA SOCIAL E DO TRABALHO

Relatório apresentado a Professora Maria


Jozina Ferreira da disciplina Estágio
Supervisionado Básico Integrado –
Identificação de Demandas do 1° período do
Curso de Psicologia do Centro Universitário
de João Pessoa (Unipê), como requisito para a
obtenção da nota da 1° unidade.

JOÃO PESSOA
2017
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................3

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA........................................................................................4

3 ASPECTOS METODOLÓGICOS.......................................................................................6

4 DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE PRÁTICA........................................................................7

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................8

REFERÊNCIAS........................................................................................................................9
1 INTRODUÇÃO

Este relatório é uma reflexão da experiência na prática do Estágio Supervisionado


Básico Integrado – Identificação de Demandas – disciplina oferecida no curso de Psicologia e
tem como questão central a inserção do aluno no campo do estágio e sua preparação para a
observação. Utilizando-se da observação sistemática não participante, na prática de
observação de grupo, vamos poder experimentar o processo de desenvolvimento da
observação, seus métodos e procedimentos, enfatizando a importância da relações em grupo,
pois todo o individuo é um ser social que depende da interação com outras pessoas para a sua
realização.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

No campo do saber científico, a escolha do método a ser utilizado pelo pesquisador


está vinculada ao fenômeno tomado como objeto de estudo. Na Psicologia, uma das opções
metodológicas diz respeito ao método observacional. Esse método mostra-se relevante
especialmente para entender o que os organismos fazem e sob quais circunstâncias (DANNA
e MATOS 2006), e nos estudos que envolvem interações humanas, visto haver situações que
dificilmente poderiam ser captadas ou apreendidas de outra forma (DESSEN e MURTA,
1997; KREPPNER, 2001).
O ato de observar atualmente tem sido usado como ferramenta para auxiliar a
avaliação dos candidatos nos processos seletivos. Em geral, nas dinâmicas de grupo é mais
nítida a utilização da observação, cuja finalidade é registrar os comportamentos dos
candidatos.
A observação informal de situações cotidianas é diferente da observação científica,
pois a última possui uma finalidade conhecida de antemão, descrita através dos objetivos
(DANNA e MATOS, 2006) e que é atentamente buscada (FERREIRA e MOUSQUER, 2004).
Mestre, Moser e Amorim (1998) ressaltam que a importância da observação e do registro
sistemático do comportamento está no quanto a sociedade pode se beneficiar com a descrição
minuciosa do comportamento, pois ela permite que profissionais de diferentes áreas possam
se comunicar acerca de um fenômeno observado a partir de suas principais características.
Algumas situações do comportamento social só podem ser pesquisado através do
registro da observação, pois facilita a análise posterior, a leitura e compreensão do que
ocorreu mesmo por pessoas que não estavam presentes durante a situação observada.
A observação comportamental é importante para psicólogos, modificadores
do comportamento e pesquisadores, servindo-lhes como um instrumento de
trabalho para obtenção de dados que, entre outras coisas, aumentem sua
compreensão a respeito do comportamento sob investigação. (FAGUNDES,
1999, p. 23).
O relato dos fatos pode ser feito de diversas maneiras, dependerá do objetivo a ser
alcançado através da observação. No caso deste estudo, ao invés de interpretar as intenções do
sujeito, o observador deve descrever as ações a serem observadas pelas atos que podem
influenciar o grupo, tendo cuidado para não individualizar em nenhum momento a
observação, o foco é o comportamento social.
Dessen e Murta (1997) ressaltam que as observações no campo natural, onde ocorre o
fenômeno estudado, permitem o acesso a características comportamentais talvez não
acessíveis em laboratório. Assim, a validade externa é favorecida, embora a validade interna
possa estar comprometida pela presença do observador no contexto. As autoras ainda citam
como uma fonte de erro, no processo de representação da realidade, a mudança de
comportamento dos observados devido à presença do observador. Elas enfatizam a
necessidade de o pesquisador definir onde, quem, como, qual comportamento, quais aspectos
e por quanto tempo o fenômeno escolhido será alvo de observação.
Enfim, a observação pode envolver muitas técnicas e, como todas as práticas de
observação, requer treinamento e preparação. Objetiva-se, assim, expressar dimensões mais
amplas e qualitativas; valorizando-se mais o recorte das interações sociais, e nem tanto
comportamento individual.
3 ASPECTOS METODOLÓGICOS

A observação foi realizada no Centro Universitário de João Pessoa (Unipê), no bloco


EVA- Espaço de Vivência Acadêmica, que foi construído para dar mais conforto aos seus
alunos, professores, funcionários e visitantes, o prédio localiza-se numa área de 2.800 metros
quadrados e abriga doze salas de aula climatizadas, auditório, praça de eventos, praça de
alimentação, café expresso, agência bancária, xerox e quatro baterias de banheiros. O prédio
possui Internet, Wi-Fi e abriga também a Secretaria Geral de Ensino (Segen), Gerência do
campus, Coordenação do curso de Enfermagem, Núcleo de Documentação com a memória do
Unipê e o Arquivo da Segen, no térreo, área própria para a maior interação dos alunos com
mesas e alguns quiosque, ali foi realizada a observação no dia 20 de março de 2017, das 11
horas e 45 minutos até às 12 horas e 06 minutos.
O grupo observado era composto de cinco pessoas, quatro do sexo feminino e um do
sexo masculino, aparentemente estudantes da instituição entre 18 e 21 anos.
A técnica utilizada foi a observação sistemática não participante, com o objetivo de
descrever o comportamento do grupo em geral, o procedimento utilizado foi um relatório
detalhado da observação e o material usado foi um caderno e uma caneta.
4 DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE PRÁTICA

O início da observação ocorreu às 11 horas e 45 minutos, no bloco EVA da Instituição


de Ensino Unipê. O grupo observado era composto por 5 integrantes, quatro do sexo feminino
e um do sexo masculino. Todos os integrantes conversam muito, e estavam sentados em uma
mesa dos quiosques. De repente uma integrante começa a falar no celular enquanto os outros
continuam conversando alegremente, ela abaixa a cabeça aparentemente para escutar melhor a
ligação, logo volta a se interessar pelo assunto do grupo.
Durante a conversa todos levantam, mas somente dois integrantes saem, os outros três
continuam de pé conversando. O integrante do sexo masculino se afasta, e fica olhando de
longe, quando chega mais uma pessoa do sexo feminino que fica conversando com as outras
integrantes do grupo, todas sorriam muito e conversam, enquanto o integrante afastado
somente olha distraidamente para os lados. Logo depois voltam as outras duas integrantes que
haviam saído e sentam na mesa, mas as outras continuam de pé, a que chegou a pouco, se
despede e sai. O integrante do sexo masculino se aproxima novamente e começam todos a
conversar, mas as duas integrantes sentadas na mesa não participam da conversa, pois estão
em um diálogo paralelo. Os três integrantes que estão de pé começam a conversar com mais
três pessoas do sexo feminino que estavam sentadas na mesa ao lado. Logo após elas
levantam-se e continuam com um assunto aparentemente bem animado, pois gesticulam
bastante, e uma das novas integrantes do grupo está falando com as outras segurando um
celular na mão, outra gesticula muito enquanto passa também a mão no cabelo e todos
sorriam muito.
Aos poucos, com o avanço da conversa, vão se criando dois subgrupos, formados por
três pessoas cada. Mas de vez em quando interagem entre si, um dos subgrupos ri muito, e o
outro somente conversa de uma forma mais formal; uma das integrantes desse grupo retira
uma pasta da mochila e dela um boleto, ela o observa por um momento e depois guarda
novamente, é a que menos participa da conversa.
Um dos integrantes de um dos subgrupos, está mais animado, começa a conversar
com um membro do outro subgrupo, devido a esse fato os dois subgrupos voltam a se juntar e
formam um só grupo. Todos estão com suas mochilas ou bolsas, nas costas ou nos ombros; a
conversa continua muito animada e descontraída, todos estavam rindo muito.
Apesar de parecer que estão indo embora, todos integrantes continuam a conversa de
forma descontraída e animada, todos participam ativamente do assunto. O término da
observação ocorreu às 12 horas e 06 minutos e o grupo continuou conversando.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do que observamos podemos destacar que aparentemente o grupo apresentou-


se em todo momento bastante harmonioso e empolgado, a idade deles também ajuda muito
nesse momento de suas vidas, considerando que a juventude geralmente é uma fase prazerosa
e divertida da vida.
Contudo podemos finalizar esse relatório destacando que ao longo do
desenvolvimento da Psicologia, a observação tem se mostrado o instrumento mais utilizado na
coleta de dados, como de suma importância para o nosso desenvolvimento como acadêmicas
e futuras profissionais, pois é importante treinar a capacidade de observação como processo
ativo para uma maior compreensão dos processos grupais.

.
REFERÊNCIAS

DANNA, M. F., e Matos, M. A. Aprendendo a observar. São Paulo: Edicon, 2006.

DESSEN, M. A. C., e Borges, L. M. . Estratégias de observação do comportamento em


psicologia do desenvolvimento. Ribeirão Preto: Legis Summa, 1998.

ROMANELLI, G e Z. M. M. Alves (Orgs.), Diálogos metodológicos sobre prática de


pesquisa. Ribeirão Preto: Legis Summa, 1998.

FAGUNDES, A. J. F. M. . Definição, descrição e registro do comportamento. 12ª ed. São


Paulo, 1999.

KREPPNER, K. Psicologia Teoria e Pesquisa: Sobre a maneira de produzir dados no estudo


da interação social. 2001.

MACHADO, V. L. S. Psicologia: Um sistema de categorias para a observação da interação


verbal professor-aluno. 1984.

MESTRE, M. B. A., Moser, A. M., e Amorim, C. A. Psicologia Argumento: Observação e


registro do comportamento. 1998.

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