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JOÃO PESSOA
2017
CATIUCE CARDOSO DE SOUZA
JOÃO PESSOA
2017
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................3
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA........................................................................................4
3 ASPECTOS METODOLÓGICOS.......................................................................................7
4 DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE PRÁTICA......................................................................11
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................................12
REFERÊNCIAS......................................................................................................................13
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1 INTRODUÇÃO
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Conforme Rudio (1986) a observação é o ponto de partida para todo estudo científico
e o meio para verificar e validar os conhecimentos adquiridos. Não se pode, portanto falar de
ciência sem fazer referência à observação.
Na vida cotidiana a observação é um dos meios mais frequentemente utilizado pelo ser
humano para conhecer e compreender pessoas, coisas, acontecimentos e situações. Por isso
uma das condições de se observar bem é limitar e definir com precisão o que se deseja
observar.
A observação informal de situações cotidianas é diferente da observação científica,
pois a última possui uma finalidade conhecida de antemão, descrita através dos objetivos
(DANNA e MATOS, 2006) e que é atentamente buscada (FERREIRA e MOUSQUER, 2004).
Mestre, Moser e Amorim (1998) ressaltam que a importância da observação e do registro
sistemático do comportamento está no quanto a sociedade pode se beneficiar com a descrição
minuciosa do comportamento, pois ela permite que profissionais de diferentes áreas possam
se comunicar acerca de um fenômeno observado a partir de suas principais características.
Quando o observador já define anteriormente o fenômeno que vai estudar através da
observação, ele realiza uma observação sistemática, também chamada estruturada. Neste
caso, a observação requer planejamento e necessita de operações específicas para o seu
desenvolvimento. O pesquisador antes mesmo da observação, já terá feito um roteiro
predeterminado, com campo (população, circunstância, local), tempo, duração e instrumento.
Pode ser feita de modo direto, isto é, aplicando-se imediatamente os sentidos sobre o
fenômeno que se deseja observar ou, de modo indireto, utilizando-se instrumentos para
registrar ou medir a informação que se deseja obter.
Segundo Gil (2008) a observação participante, ou observação ativa, consiste na
participação real do conhecimento na vida da comunidade, do grupo ou de uma situação
determinada. Neste caso, o observador assume, pelo menos até certo ponto, o papel de um
membro do grupo. Daí por que se pode definir observação participante como a técnica pela
qual se chega ao conhecimento da vida de um grupo a partir do interior dele mesmo.
A observação participante é a metodologia mais adequada para o psicólogo escolar
pois permite a ele desta forma inserido no contexto, olhar para o processo de apropriação de
conhecimento dos vários segmentos que estão inseridos no ambiente escolar e poder ter
acesso as mediações que os indivíduos estabelecem para compreender sua realidade. Isso quer
dizer, que o psicólogo escolar poderá desvendar os significados, que os agentes sociais
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buscando a promoção de cidadania, diminuindo o distanciamento entre a família, a escola e a
sociedade. Assim, reforça estratégias para que haja a participação dos pais, juntamente com a
instituição (MINGHETTI; KANAN, 2010).
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O psicólogo escolar tem sua especialidade ainda pouco difundida na escola, é preciso
enfrentar esse desafio, o de ser aceito, e ser apoiado na organização de atividades preventivas
que afetam o curso do desenvolvimento da criança. O enfoque da atuação dos psicólogos
escolares estaria muito mais próximo de uma atitude de interlocuções junto aos educadores,
discutindo e refletindo sobre as práticas educacionais na complexidade das relações que
ocorrem no cotidiano escolar, devendo centralizar-se na competência estimuladora da
pesquisa e incentivando com engenho e arte a gestação de sujeitos críticos e auto-críticos,
participantes e construtivos.
Atualmente pensar sobre o lugar e as práticas do psicólogo escolar, assim como sua
atuação e seu papel junto a educação brasileira, com os professores, com alunos e pais, são de
suma importância . Pois é preciso ter em mente que o papel deste profissional está em
constante construção e transformação.
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3 ASPECTOS METODOLÓGICOS
Diagrama da Observação:
mesa do professor
sujeito observado
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observador
REGISTRO
A letra “S” está sendo referida a palavra “sujeito”.
• “S” está sentado numa cadeira olhando para o lado.
• “S” se abaixa e mexe na bolsa.
• O sujeito observado descasca e come uma banana.
• “S” se levanta vai até o lixo e joga a casca fora.
• “S” olha atentamente os slides e a professora falando.
• “S” copia algumas questões do quadro.
• “S” abre e folheia um livro.
• “S” olha atentamente a professora falando.
• “S” abaixa a cabeça e escreve no caderno.
• O sujeito observado olha o livro e faz anotações no caderno.
• “S” levanta a cabeça e olha quando alguém entra pela porta.
• “S” continua a escrever no caderno e mexer no livro.
• “S” olha para um outro aluno que fala e volta a escrever.
• “S” olha para a professora.
• “S” coça as costas e se movimenta muito na cadeira.
• “S” olha as anotações feita pela professora no quadro e copia.
• O sujeito observado olha quando a porta é aberta por um colega que está chegando.
• “S” se movimenta na cadeira e volta a olhar atentamente a professora e slides.
• “S” olha a professora falando e balança a cabeça no sentido de concordância.
• “S” olha o quadro e volta a copiar.
• “S” coloca os cotovelos sobre a mesa e apóia a cabeça nas mãos.
• “S” passa as mãos no cabelo.
• “S” coloca o cabelo atrás da orelha.
• O sujeito observado olha para os colegas e sorri.
• “S” arruma a calça e a puxando para cima, arruma a blusa sobre a calça.
• “S” mexe nos cadernos que estão sobre a mesa.
• “S” olha para o lado quando entra mais um colega na sala.
• “S” olha o quadro e escreve no caderno.
• “S” mexe no cabelo e o coloca todo para o lado.
• O sujeito observado olha o livro.
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este relatório foi muito importante para o meu aperfeiçoamento, na parte prática, sobre
as técnicas de observação estudadas anteriormente, pois tive a oportunidade de vivenciar uma
experiência num ambiente em sala de aula, que permitiu um aprofundamento melhor nos
conhecimentos da área, compreender as etapas da observação, seus aspectos, desde o contexto
social do indivíduo, até o contexto ambiental onde ele se encontra.
Na parte teórica, pude aprofundar um pouco o conhecimento da psicologia escolar e
educacional, que ainda apresenta muitos desafios em sua área de atuação, desde de
dificuldades encontradas e das possibilidades de intervenção, pois tomar a complexidade dos
processos interativos que ocorrem na escola como alvos da atuação e de reconhecer também a
natureza interativa dessa atuação, não é fácil. Assim, sem perder de vista a especificidade do
conhecimento psicológico, com uma atuação socialmente relevante no contexto social.
Por fim, posso dizer que o registro dos fatos e fenômenos observados, decorreu de
forma produtiva e foram essenciais para o amadurecimento teórico, prático e pode mostrar de
forma clara a importância da observação na nossa vida acadêmica.
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REFERÊNCIAS
MINGHETTI, L. R.; KANAN, L. A. Atuação do psicólogo no contexto escolar. Visão geral,
Joaçaba, v. 13, n. 2, p. 419440, jul./dez. 2010.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6° Ed. São Paulo: Atlas, 2008.
RUDIO, Franz Victor. Introdução ao Projeto de Pesquisa Científica. 11° Ed. Petrópolis:
Vozes, 1986.